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prefácio

Pois tudo, tudo há-de passar, enfim. O homem, o próprio mundo passará. Mas a Saudade é irmã da Eternidade.

In “Marânus”, Teixeira de Pascoaes

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Prefácio

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Todos os edifícios, durante a construção, provocam uma revolução, mas apenas alguns permanecem revolucionários. Têm características únicas para se tornarem ícones regionais, nacionais ou internacionais. Desde o início da história, o Homem construiu estruturas que não proporcionam só abrigo. São também grandes afirmações de estatuto. De poderio. De carácter. E grandiosidade. Mais do que triunfos arquitetónicos ou de engenharia, estes edifícios captam um momento da história e sobrevivem à passagem do tempo. Simbolizam o espírito de um lugar específico. São admirados por todos. Dividem opiniões, mas unem as pessoas. Ambiciosos e duradouros, são edifícios icónicos, que refletem diferentes culturas, que a Teixeira, Pinto e Soares, SA aceitou, há já alguns anos, trazer à memória. Como propósito fundamental. Com minúcia. Atenção aos pormenores. E o mesmo cuidado que o conterrâneo Teixeira de Pascoaes dedicava aos seus poemas sobre o carácter infinito da saudade. Amarante, terra onde se sedeou há 25 anos, reforça, com a TPS, um desígnio histórico: dar vida à saudade que habita em nós. Em templos e igrejas. Escavações arqueológicas e monumentos. Teatros e cinemas. Sem depreciar a dita construção nova, a que também se dedica com afinco, como depreenderá o leitor das suas diversas reinvenções empresariais, é na reabilitação do edificado que a vocação da TPS melhor se cumpre. Reerguer e preservar, para a posteridade, edifícios que sofreram, ao longo dos tempos, demolições e reconstruções, amputações ou acrescentos é uma missão a que muitos procuram dedicar-se, mas poucos cumprem, com absoluto zelo pelo espírito original, num tempo que é necessariamente diferente… Mais do que a evocação de 25 anos de dedicação à engenharia civil, estas são páginas consagradas à arte de (re)construir a memória.

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