Arthur Cabral | Portfólio

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Arthur Cabral

arquitetura, urbanismo e paisagismo


Arthur Simões Caetano Cabral

arquitetura, urbanismo e paisagismo (11) 962 478 781 arthurscc@yahoo.com.br


Apresentação

Produção científica

formação acadêmica formação complementar experiências profissionais competências específicas competências complementares

artigos publicados em periódicos capítulos de livros participação em eventos premiações experiência didática

DEPAVE

LABPARC FAU USP

Projetos Parque das Bordas do Córrego Piqueri Parque Jardim Felicidade Espaços livres do Vale da Esperança Habitação de Interesse Social | Hidroanel Habitação na área central de São Paulo Livraria | praça Ouvidor Pachêco e Silva Jardins do edifício central da FFLCH-USP Espaços livres do CEI Yojiro Takaoka Jardim MAC-USP Parque Chácara do Jockey Parque Orlando Villas-Bôas (ampliação) Parque linear Nascentes do Ribeirão Jaguaré Parque linear Charque Grande Parque linear Itararé Parque Tatuapé 3


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parque das bordas do córrego piqueri bacia do piqueri

jd. tremembé | são paulo fauusp | trabalho final de graduação (2014) Entre áreas de chácaras remanescentes e aglomerados densos de casas assobradadas, o contato da ocupação humana com uma natureza que sobra, e que, nessas condições, se apresenta ostensiva, desvela uma linguagem que é absolutamente característica das bordas da cidade de São Paulo nos arredores do vale do Piqueri. As diversas manifestações da incompletude da urbanização ali consolidada – lacunas, interrupções, afrouxamentos – e o modo como vêm à tona os elementos naturais que por lá resistem – afloramentos, aparições, transbordamentos – constituem a essência dessa linguagem. Assim como acontece nas tantas línguas, quando faladas ou escritas, o “dialeto” das bordas do Piqueri é dotado de ritmos, de intervalos e continuidades, entre consonâncias e vocalizações. É

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vibração que percorre o espaço no transcorrer do tempo. É imagem e transmissão do sentido de ser das bordas. Assim como ocorre com os idiomas no ato da comunicação, a linguagem que caracteriza as bordas é apropriada cotidianamente pelo povo que nelas habita. Na fala do diaa-dia, contudo, o timbre proveniente do contato da ocupação humana com a natureza emergente nos arredores do Piqueri, por si só, não permite que ressoe a apreciação estética de tal contato. Por outro lado, a possibilidade de assimilação dessa linguagem numa intervenção projetual que devolva a ela aquilo que lhe é a essência faria emergir a experiência das bordas enquanto paisagem. O ponto de partida desse projeto não reside em sua forma, mas na linguagem do território sobre o qual repousa e nos


ri ue piq go rre có

modos como ele é habitado. Os arredores dos bairros de Vila Zilda, do Jardim Fontális e do Jaçanã tiveram sua ocupação urbana caracterizada pelo empreendimento de loteamentos informais e pela auto construção, processos que levaram a expressivas densidades construtivas e habitacionais. Ainda que seja extremamente escassa, em decorrência disso, a presença de praças e áreas verdes públicas nesses bairros, há terrenos ociosos, encostas com fragmentos de mata, e algumas faixas livres junto aos corpos d’água. O projeto do Parque das Bordas do Piqueri adere-se ao território a partir, justamente, da possibilidade de intervenção ao longo das lacunas entre o urbano e o não-urbano. Compreendido por uma mancha aparentemente desforme, a espraiar-se pela conformação dos vales e topos, o projeto do parque não define perímetro e, com isso, não prevê sua completude: formado por órgãos fisicamente descontínuos, relacionados uns aos outros antes pela expressão dos indícios da presença das águas do Piqueri e da natureza que resiste nas bordas do que por contiguidades espaciais, sua implantação é gradual. A essência do parque reside em ser uma entidade aberta, pervasiva, e em constante interação com as bordas onde se situa. Propõe-se um parque cujo processo de implantação não se conclui, um parque dilatável à beira d’água que se viabiliza a partir do envolvimento em diversos âmbitos da população habitante de seus arredores. Trata-se de um parque que relaciona os espaços residuais entre as franjas esgarçadas do tecido urbano às áreas verdes existentes e que incorpora ao contexto que lhe é próprio as áreas livres institucionais, os equipamentos esportivos existentes, os passeios públicos, as pontes. Apesar de tais especificidades, trata-se, efetivamente, de um parque público: são áreas livres situadas no espaço urbano – ou melhor, no limite dele – nas quais é possível experimentar, esteticamente, as feições de uma natureza externa à cidade. Contudo, a natureza a ser experimentada, enquanto natureza dessas bordas, também é absolutamente específica. É visando à possibilidade de seu reconhecimento, enquanto paisagem, que justifica-se a assimilação da linguagem própria dos territórios ao longo do vale do Piqueri como o partido formal do projeto.

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parque das bordas do córrego piqueri estudo preliminar

praça da ocupação

fábrica de cultura do jaçanã

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escola estadual eunice frágoas

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ceu jaçanã


modelo físico | implantação geral escala 1 : 5000

modelo físico | núcleo igarapé primavera escala 1 : 500 9


vista 1 | situação atual

vista 1 | proposta [ fotomontagem ]

vista 2 | situação atual

vista 2 | proposta [ fotomontagem ]


vista 3 | situação atual

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percursos realizados 12

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matriz de espécies arbóreas com ocorrência no parque estadual da serra da cantareira

matriz de espécies herbáceas ruderais com ocorrência no parque estadual da serra da cantareira

O Parque das Bordas do Piqueri se estende segundo a intenção projetual de retomada de paisagens latentes, intimamente relacionadas à presença das águas. A matéria da qual essa intervenção se apropria, (re)significando-a, é constituída dos elementos naturais e antrópicos que, em constante interação, definem as feições de tal território e os modos como ele é habitado. A especificação vegetal e a escolha dos elementos, bem como o desenho dos pisos e elementos presentes no projeto tiveram como partido, assim, a expressão que é própria das bordas do Piqueri. No que diz respeito à escolha das espécies arbóreas, arbustivas e de forrações presentes no projeto, foi considerado o Plano de Manejo do Parque Estadual da Cantareira (SMA-SP. 2009). O referido plano consta das espécies vegetais com ocorrência registrada nos vários núcleos do parque estadual. Seja na arborização prevista para passeios públicos, seja na reconstituição de bosques e fragmentos de mata, todas as árvores determinadas para o projeto são de espécies que ocorrem na Cantareira. A validade dessa premissa se justifica não apenas por seu viés ambiental: se, por um lado, a sucessão ecológica é garantida pela presença de espécies pioneiras frequentes na região, como a embaúba ou o guapuruvu, e de espécies emergentes em floresta de “clímax”, como o jequitibá-branco ou o cedro-rosa, as texturas e cores, as formas e arranjos, os sabores e aromas que caracterizam, sensivelmente, os sopés da Cantareira, por sua vez, ganham expressão com essa intenção projetual. Pretende-se a integração entre espécies frutíferas e de floração sazonal, de modo que os traços do parque se transformem ao longo do ano. A natureza que comparece nas bordas, aderente às suas lacunas de modo tão espontâneo, é um ente rústico, em grande medida degradado, mas que é, também, contundente em sua presença inusitada, reveladora da aspereza das relações entre o homem e a Terra. Não pretende-se, aqui, trabalhar possíveis contrastes entre a intervenção proposta e a situação existente. Na tentativa de assimilação das feições das bordas do Piqueri, o projeto se propõe a expressar, sensivelmente, espécies arbustivas e de forrações ruderais que tenham ocorrência registrada no Parque Estadual da Cantareira. 13


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parque jardim felicidade pirituba | são paulo fauusp | estudo preliminar de paisagismo produzido para a disciplina Paisagismo: parque urbano (2013) e discutido junto à comunidade de Pirituba (2017) Ao longo do processo de urbanização observado nas mais diversas cidades do mundo, os elementos naturais constituintes do espaço são frequentemente sobrepujados pelas marcas do fazer humano. Embora apartados de seu reconhecimento enquanto paisagem, muitos desses elementos não desapaparecem por completo: há entrelinhas no urbano onde vestígios atestam, espacialmente, a persistência de uma natureza primitiva. Estabelecendo fortes relações com as características geomorfológicas da bacia sedimentar do Alto Tietê, o esqueleto urbano da cidade de São Paulo se estende ao longo de várzeas, terraços fluviais e outeiros esculpidos, ao longo de milênios, por uma complexa trama de corpos d’água. Na Zona Norte de São Paulo, à margem direita do rio Tietê, são diversas as afluências do “Grande Rio”. Nascidas nos sopés da Serra da Cantareira, onde grandes rochas de granito afloram à superfície, essas águas escoam hoje, em sua maioria, tamponadas sob largas avenidas de fundo de vale. O córrego Pirituba, ou “Ajuntamento de Juncos”, da língua Tupi, ainda que transfigurado, pode ser apreendido em certos trechos, confinado entre muros da estrada de ferro, fundos de lote ou ocluso sob becos. Embora o projeto de loteamento do bairro tenha previsto a implantação de áreas verdes ao longo das linhas naturais de drenagem, de modo a preservá-las, tais áreas foram apenas parcialmente implantadas. Coincidente ao vale de um pequeno afluente à direita do Pirituba, o Parque Jardim Felicidade se insere enquanto equipamento urbano público que articula usos muito diversos. A ampliação do parque existente em terreno adjacente, restituindo a unidade de uma grande área verde associada à presença das águas é o objeto projetual do presente trabalho. A possibilidade do reconhecimento, enquanto paisagem, de elementos naturais ainda presen16

bacia do pirituba

tes na cidade, embora ostensivamente modificados ao longo da consolidação urbana, por sua vez, é balizadora do projeto que aqui se apresenta. Pretende-se assim, nas formas propostas, contribuir minimamente à reflexão acerca dos possíveis significados e funções do parque urbano na contemporaneidade. Inaugurado em 1990, o parque municipal Jardim Felicidade foi concebido com a participação ativa dos moradores do entorno, desde a solicitação de sua criação até a definição de seu programa. Sua concepção projetual demonstra grande atenção às condições naturais do terreno, prevendo poucas transformações na topografia e preservando as nascentes de um afluente do córrego Pirituba, cujas águas alimentam um lago implantado em suas cotas mais baixas. Contando com diversas quadras esportivas, cancha de bocha, playgrounds e áreas para piquenique, seu programa relaciona-se, sobretudo, à recreação e às práticas esportivas da população habitante do entorno. A proposta de ampliação do Parque Jardim Felicidade, aqui apresentada, comprende o agenciamento de uma área livre municipal adjacente ao parque implantado em três patamares distintos, definidos a partir de diferentes expressões assumidas pelas águas em sua relação com a topografia existente. Esses patamares retomam, na condição de paisagem, na escala do parque urbano, a configuração geomorfológica característica do sítio urbano de São Paulo.

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modelo tridimensional eletrônico [ sketchup + google earth + photoshop ] Visa-se, com a intervenção proposta, à possibilidade da apreciação estética das formas do relevo e de sua materialidade esculpida pela ação das águas na temporalidade da natureza. O movimento das águas correntes é a expressão da insurgência de veios que se fazem e se desfazem, esguios; o espelho d’água, a refletir o relevo e a vegetação, são os olhos da Terra que se voltam aos céus; o brejo retoma a expresão das águas escuras das várzeas do Pirituba.

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A Acessos; 1 Trilha ao longo da encosta em terra batida; 2 Afloramento de córrego, tamponado a montante, junto a trilha em bosque; 3 Aberturas do espaço do parque ao passeio público, conferindo pequenos estares gramados; 4 Canteiros ajardinados com herbáceas e arbustivas de diferentes tonalidades; 5 Deck em madeira junto a espelho d’água e banco corrido de concreto; 6 Platô gramado, com diferentes espécies de grama, abre-se à vista do vale; 7 Afloramento do córrego em canaleta adjacente à rampa; 8 Percursos com material particulado (pedriscos e pó de telha);

9 Espelho d’água alimentado pelo córrego canalizado; 10 Gruta formada por enorme rocha existente, junto a canteiros de herbáceas e área gramada para permanência e convívio; 11 Formação de ipês-roxos (Tabebiua impetiginosa) pontua o limite das cotas inundáveis; 12 Afloramento do curso d’água em situação de brejo; 13 Plataforma-palafita sobre o brejo em placas de aço patinável e estrutura em concreto armado; 14 Brejo com vegetaçao palustre (Juncus trifidus; Nymphaea colorata; Typha domingensis; etc.); 15 Dispositivo gotejador, cria ondas periódicas sobre as águas escuras do brejo; 16 Bosque de figueiras (Ficus guaranitica e Ficus elastica) às margens ocultas do Pirituba.


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requalificação dos espaços livres do vale da esperança jardim jaqueline | são paulo fauusp | estudo preliminar produzido para a disciplina Desenho urbano e projeto dos espaços da cidade (2013) O projeto desenvolvido teve como mote inicial estudar as relações entre o espaço edificado e as áreas livres e seus diversos significados, especialmente no que se refere ao direito à cidade para todos. Nesse sentido, o projeto urbano foi abordado de modo a considerar as diferentes interações entre as formas da cidade e os seus cidadãos, bem como os aspectos relativos às atividades econômicas, o uso social, sua relação com o ambiente natural, a percepção espacial, a legislação urbanística e a história do urbanismo, da arquitetura e da cidade. A intervenção no espaço urbano, notadamente a comunidade do Vale da Esperança, situada no setor oeste da metrópole, visou à melhoria da qualidade do ambiente para o conjunto da população que habita a área. Para isso, o projeto de requalificação dos espaços livres do Vale da Esperança teve início com a tentativa de aproximação e de entendimento acerca das dinâmicas sociais que regem a produção do espaço urbano, de modo a considerar todas as condicionantes que interferem em seu desenvolvimento. Os aspectos teóricos relacionados à complexidade da gestão urbana foram cotejados à experiência direta do território abordado em projeto, possibilitada pela realização de diversas visitas à comunidade e pelo contato estabelecido com moradores e com lideranças locais. Situada entre o fundo de vale de um afluente tamponado do córrego Pirajussara e os divisores de águas correspondentes, entre vertentes bastante íngremes, a ocupação urbana do Vale da Esperança é caracterizada pela autoconstrução e pela precariedade de infraestruturas básicas. Trata-se da ocupação irregular de um amplo terreno particular ocioso à beira da rodovia Raposo Tavares, a qual teve início no final dos anos 1970. Embora parte 22

considerável das edificações esteja consolidada (constituídas, em sua maioria, por estruturas de concreto armado e vedos de alvenaria), são escassas as áreas de lazer e convívio, a disponibilidade de equipamentos públicos e a oferta de infraestruturas básicas. Soma-se a isso a existência de moradias implantadas em área de risco geotécnico. A intervenção proposta, desenvolvida em âmbito de estudo preliminar, tangenciou questões habitacionais e de infraestrutura - com relação às quais foram propostas diretrizes projetuais gerais -, embora o foco tenha correspondido à requalificação dos espaços livres da comunidade. Concomitantemente ao empreendimento de visitas à área, fora realizado o levantamento e o mapeamento de todas as vielas, becos e pequenos pátios existentes entre as edificações. Com base nos levantamentos realizados, foram propostas soluções projetuais bastante específicas a cada setor da comunidade. No que diz respeito à circulação pedonal, a implantação de pavimentos em placas pré-moldadas de concreto, associadas a dutos para canalização de esgoto separadamente à galeria pluvial, favoreceria a acessibilidade da área e o saneamento básico. Para a av. Alessandro Bibiena, principal via da comunidade, propõe-se a intervenção no sistema de drenagem e nos passeios públicos, de modo a convertê-la em uma avenida de uso compartilhado. Em uma de suas extremidades, um pequeno largo existente (atualmente utilizado para o descarte e acúmulo de lixo) seria convertido em uma praça associada a um centro comunitário proposto. Por fim, após a realização do levantamento das habitações em situação de risco, propõe-se a construção de um conjunto habitacional em terreno ocioso adjacente, garantindo a realocação das moradias removidas.


01. levantamento e mapeamento das vielas; reestruturação de escadas e rampas; “sistema capilar” de drenagem pluvial; 02. remoção de casas em área de risco de enchente; desenho de uso compartilhado para a rua Alessandro Bibiena; 03. sede comunitária e posto para coleta de lixo; 04. remoção de casas em área de risco de deslizamento; implantação de área de lazer com playground e arquibancada 05. centro comunitário, com proposta de atividades educacionais e recreativas 06. implantaçao de horta comunitária associada às nascentes do curso d’água 07. praça da comunidade associada à presença de comércio e serviços 08. habitação de interesse social junto à comunidade para realocação das famílias removidas

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vale da esperança

readequação do fundo de vale e dos acessos às suas vertentes

requalificação da rua Alessandro Bibiena, dos passeios públicos e de possíveis áreas de estar

horta comunitária a ser implantada em terreno ocioso adjacente

levantamento das edificações situadas em área de risco

praça pública associada a centro comunitário

implantação sugerida para conjunto habitacional referente à realocação das moradias removidas

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identificação das vielas de acesso principal e proposta de implantação de estuturas pré-moldadas visando à canalização do esgoto, à drenagem de águas pluviais e à regularização das rampas e escadarias

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habitação de interesse social | hidroanel suzano | rmsp fauusp | estudo preliminar e anteprojeto produzidos para a disciplina Arquitetura - Projeto V (2012)

O projeto de habitação de interesse social no trecho oeste da proposta do Hidroanel Metropolitano de São Paulo foi desenvolvido de acordo com o objetivo geral de investigar, por meio da pesquisa configurada num exercício projetual de arquiteutra, os aspectos essenciais da condição urbana dos lugares de habitação e trabalho habitual. A proposta definiu um complexo edificado de uso misto dedicado à vida habitual – espaços de moradia, trabalho, pequeno equipamento e comércio local – numa quadra típica da cidade canal prevista na Articulação Urbana e Arquitetônica dos Estudos de Pré-Viabilidade do Hidroanel Metropolitano de São Paulo, elaborado pelo grupo de pesquisa em projeto de arquitetura de infraestruturas urbanas fluviais [grupo metrópole fluvial], do Laboratório de Projeto do Departamento de Projeto da FAUUSP, para o Departamento Hidroviário [DH], da Secretaria Estadual de logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo. No desenvolvimento do projeto foi considerado o contexto urbano do hidroanel, onde é prevista a articulação do canal hidroviário a um parque fluvial, a uma eclusa, a reservatórios de regulagem da drenagem urbana e a um sistema VLT – veículo leve sobre trilhos – para o transporte público coletivo de passageiros. Junto ao contexto hidroviário, destaca-se, ainda, a presença de um bulevar fluvial, estruturador da urbanização prevista para a área. A área de projeto corresponde a uma quadra de 86,5 x 118 m (10.200 m2). A proposta foi elaborada de acordo com os seguintes parâmetros urbanísticos:

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Área permeável mínima: 40%. Taxa de Ocupação (T.O.): 50% Coeficiente de Aproveitamento (C.A.): 2 O programa do projeto é misto, composto por unidades habitacionais associadas a serviços, comércio e equipamento público de alcance local. Como premissa inicial, o projeto deveria acolher, no mínimo, 100 unidades habitacionais, o que corresponde a uma população estimada de 350 moradores. Com isso, a densidade urbana prevista para a cidade canal atingiria, aproximadamente, 185 hab/ ha. No projeto proposto, preconizou-se a integração das circulações horizontais e verticais ao longo dos volumes edificados. A implantação proposta visa a articular os acessos ao bulevar fluvial e as áreas livres intraquadra, de modo a favorecer a fruição paisagística dos espaços associados à água, aos fluxos hidroviários e ao contato com a natureza sugerido pela presença do parque fluvial. Disso decorre a permeabilidade mútua, na esfera do cotidiano, entre as dinâmicas atinentes à hidrovia, a presença da natureza e a vivência habitual da cidade. Os nexos entre as unidades habitacionais, o equipamento público, as áreas de serviço e o comércio são estabelecidos, assim, ao nível da rua, em passeios públicos pelos quais o espaço intraquadra é franqueado à circulação, à vivência e ao convívio.


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pavimento residencial tipo nível 769

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apartamento tipo 1 62 m² | 15 unidades

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habitação na área central de São Paulo república | são paulo fauusp | estudo preliminar produzido para a disciplina Arquitetura IV (2012)

Desenvolvido no âmbito da Operação Urbana Centro, o projeto de habitação de interesse social na região central de São Paulo foi norteado pelos seguintes objetivos gerais: consolidar a função de centro institucional, de modo a reforçar a importância da área central para a metrópole; tornar o centro da cidade atraente para investimentos culturais, turísticos e imobiliários. A proposta partiu do levantamento de terrenos sub-utilizados ou ociosos situados no perímetro da operação urbana que apresentassem potencial para a implantação de edifícios habitacionais. Dessa atividade inicial, decorreu a elaboração de projetos para uma diversidade bastante razoável de terrenos, apresentando tipologias e soluções arquitetônicas variadas. O projeto aqui apresentado teve como objeto um lote sub-utilizado situado na rua 24 de maio. Com 14 metros de testada por 55 metros de fundo, o terreno se situa entre edifícios de uso misto de 11 pavimentos, sem recuo frontal e lateral. Afora a tipologia construtiva do entorno imediato, foram considerados como parâmetros de projeto: zoneamento: subcategoria de uso R2v; coeficiente de aproveitamento: 6,0; taxa de ocupação: mantido o limite da zona de uso; sem exigência de vagas de estacionamento. O partido do projeto se define pela possibilidade de articulação entre usos múltiplos - comércio, habitação e serviços - e de integração destes usos à circulação, à fruição, ao estar e ao convivío nos espaços intersticiais do 30

miolo de quadra. Nesse sentido, procurou-se estabelecer relações entre o projeto e as tipologias da ocupação urbana local, a qual se caracteriza pela existência de diversas galerias de comércio e serviços. A possibilidade do passeio público espraiar-se pelo térreo do edifício, sugerindo percursos os mais variados e abrindo-se à descoberta de situações espaciais que permanecem desconhecidas ao olhar geral da rua, foi entendida como uma potencialidade do projeto. A conexão da galeria proposta ao espaço de galerias adjacentes, por sua vez, enriquece a experiência dos espaços públicos coletivos da área central. À complexidade de circulações ao nível térreo se soma uma variedade bastante razoável de volumetrias e de gabaritos das edificações existentes na quadra. Dentre as

soluções projetuais investigadas ao longo do desenvolvimento do estudo preliminar, a definição da volumetria proposta, dos espaços construídos e dos espaços livres a eles associados foi decorrente, entre outros aspectos, da leitura das massas edificadas adjacentes: a porção frontal do edifício, com 11 pavimentos, integra-se ao gabarito da testada da rua 24 de maio; o bloco posterior, com 4 pavimentos, por sua vez, corresponde ao gabarito das edificações que dão fundos ao lote. À altura do quinto pavimento, um pátio elevado se abre enquanto espaço coletivo de convívio e lazer. Quanto à tipologia das unidades habitacionais, foram propostos apartamentos de 70, 80 e 90m², os quais se organizam em diferentes andares tipo.


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térreo

andar tipo 1

laje livre superior

andar tipo

comércios de 24m² restaurante com deck de 220m²

aptos. de 70, 80 e 90m² serviços de 50 e 60m²

pátio elevado com jardim e área comunitária

aptos. de 70, 80 e 90m²

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níveis 750; 753,5; 757

área construída: 3 900m²

nível 760,5

níveis 765,5; 769; 772,5; 776; 779,5; 783

coeficiente de aproveitamento: 6,12

taxa de ocupação: 70% 0

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elevação 24 de maio

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livraria | praça ouvidor pachêco e silva sé | são paulo fauusp | estudo preliminar produzido para a disciplina Arquitetura II (2011)

O projeto para a livraria da praça Ouvidor Pachêco e Silva, desenvolvido no âmbito de estudo preliminar, teve como partido a integração dos espaços internos ao edifício às áreas livres adjacentes. Partindo do reconhecimento dos principais fluxos de circulação pelos quais a praça se relaciona com o largo São Francisco e com as vias do entorno imediato, o projeto procurou atender às dinâmicas locais existentes, tanto pela concepção dos ambientes internos como pelo modo como se propõe a implantação do edifício. Nesse sentido, afora o atendimento objetivo das atividades programáticas relacionadas ao projeto de uma livraria (área expositiva, administração, depósito, estares para leitura), procurou-se criar condições para que a fruição e as dinâmicas caracteríticas de uma praça

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pública fossem preservadas e reafirmadas. Isso justifica não apenas a permeabilidade do nível térreo ao fluxo de pedestres constatado nos passeios da praça, mas, também, a proposta de abertura da cobertura do edifício ao uso público, à permanência, ao convívio. Do ponto de vista formal, a proposta de distribuição do programa da livraria em dois blocos distintos (relacionados, no nível térreo, pelos passeios da praça e, na cobertura, por uma passarela), por sua vez, é justificada pelo desnível existente na praça, favorável à implantação concebida. Soma-se a isso, a proposta de preservação, em sua totalidade, da vegetação arbórea preexistente, o que se mostrou possível na solução projetual investigada.


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térreo

nível 750 bloco leste | área expositiva; recepção; estares para leitura; caixa. bloco oeste | área expositiva; bar; balcão de informações; caixa.

primeiro pavimento nível 753,40

bloco leste | área expositiva; caixa; espaço para conferências. bloco oeste | área expositiva; estar para leitura; depósito; administração.

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elevação largo são francisco

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jardins do edifício central da faculdade de filosofia, letras e ciências humanas da USP cidade universitária | são paulo labparc | projeto básico de paisagismo (2017) A proposta de intervenção nos jardins da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo foi elaborada pelo Laboratório Paisagem, Arte e Cultura – LABPARC, da FAU-USP, nas etapas de estudo preliminar e projeto básico. A demanda pela requalificação dos espaços livres adjacentes ao edifício central foi trazida à equipe do LABPARC pela direção da FFLCH. Tendo como partido a criação de um jardim a ser fruído pelo ato de caminhar, de modo a reforçar a linearidade da área de intervenção, entendida no âmbito do Corredor

das Humanas, o projeto procura trazer à tona, em diferentes situações, a expressividade das águas. O lago que dá nome à rua onde se situam os edifícios da FFLCH encontra-se oculto em meio a um bosque denso e inacessível à experiência sensível. Por meio de um jardim palustre, proposto junto a esse bosque, a presença do lago aflora entre espécies vegetais de áreas úmidas. A linearidade do jardim, a partir da imagem metafórica de um rio, tem continuidade em um jardim rupestre, situado em uma área bastante ensolarada, na qual a linha d’água

é remetida pelo próprio passeio, constituído por placas cimentícias pré-moldadas. Adiante, a presença de um arvoredo denso encerra a linearidade do percurso em uma área sombreada, na qual o rio metafórico passa à condição de um jardim de mata galeria. São propostas no contexto dos jardins, ainda, a requalificação de um anfiteatro existente e a implantação de uma praça seca, na qual é explorada a expressão de plantas ruderais (especificadas com o apoio de pesquisadores do Departamento de Botânica).

FAU

Letras Filosofia e Ciências Sociais área de intervenção

corredor das humanas 38

História


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jardim de mata galeria

jardim rupestre

DET. 1

3 contenção de talude

anfiteatro

4 jardim rupestre

jardim palustre DET. 2

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vista 1 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

vista 2 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

vista 3 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.) 40


vista 4 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

Detalhe 1 Passeio e estar superior

Detalhe 2 Praça seca 0 1

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espaços livres do centro de educação infantil yojiro takaoka capela do socorro | são paulo labparc | projeto básico de paisagismo (2015) A proposta de intervenção nos espaços livres do Centro de Educação Infantil Yojiro Takaoka da Prefeitura do Município de São Paulo, situado na Av. Lourenço Cabreira, 1023, foi elaborada pelo Laboratório Paisagem, Arte e Cultura – LABPARC, da FAU-USP, nas etapas de estudo preliminar e projeto básico. Com base no Estudo Preliminar, apresentado e entregue à diretoria do C.E.I. Yojiro Takaoka em janeiro de 2015, desenvolveu-se o Projeto Básico, aqui apresentado. A proposta se estrutura nas seguintes intervenções:

ESPAÇO A Objetivo: controlar a erosão provocada pela água das chuvas. Proposta: 1. Abertura manual de uma “bio-valeta” na linha preferencial de escoamento da água das chuvas, com blocos de concreto intercalados transversalmente de modo a diminuir a velocidade de escoamento. 2. Formação de caixas de drenagem cavadas em patamares horizontais, cujas dimensões, localização, cotas de nível aproximadas e diretrizes básicas de execução estão indicadas na prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS e DETALHE 01, na mesma prancha. As águas serão retidas em cada patamar até atingirem o nível de saída para o patamar situado na cota imediatamente abaixo. 3. O escoamento da água de um patamar a outro se dará por pequenos desníveis rampeados, em terra batida, e escorados lateralmente por caibros de madeira roliça, de diferentes alturas, disponíveis no terreno. 42

4. As águas superficiais serão assim conduzidas até uma “cortina vertical”, a ser construída em gabião com malha de aço e pedras, ou membrana com grelha metálica, em substituição ao trecho removido do muro de arrimo existente, de onde escoará para o plano horizontal do piso que leva aos espaços B e C, adotando-se, no plano horizontal, o mesmo sistema utilizado na “cortina vertical”. 5. Complementação do plantio, conforme especificado na prancha 04/04 – PLANTIO. ESPAÇO B Objetivo: conferir atratividade a um espaço residual e linear. Proposta: 1. Intervenções de caráter efêmero na tela de alambrado existente, conforme memorial de projeto do ESTUDO PRELIMINAR DE PAISAGISMO DO C.E.I. YOJIRO TAKAOKA 2. Plantio de arbustos e forrações, conforme especificado na prancha 04/04 – PLANTIO. ESPAÇO C Objetivo: proporcionar condições para permanência e atividades lúdicas. Proposta: 1. Plantio de arbustos e forrações, conforme especificado na prancha 04/04 – PLANTIO. 2. Colocação de pedras esféricas ou de arestas atenuadas, agrupadas conforme desenho na prancha 03/04 – PISOS E ELEMENTOS.

ESPÁÇO D Objetivos: remanejamento e escoamento de águas pluviais / proporcionar condições para lazer e permanência Proposta: 1. Demolição da canaleta inclinada existente e sua substituição por uma sucessão de caixas de drenagem escavadas em patamares horizontais, delimitadas por blocos de concreto, preenchidas com pedra britada, à semelhança do proposto no espaço A (ver DETALHE 01, prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS) 2. Ao atingirem a cota do piso do edifício anexo, as caixas serão delimitadas por orlas de concreto, conforme DETALHE 02, prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS, preenchidas com pedrisco e providas de ladrões (pelo rebaixamento da orla) para extravasamento. 3. Escavação manual e apiloamento de depressão no quadrante noroeste do terreno (conforme prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS), de modo a reter as águas de chuva propiciando condições para o desenvolvimento de vegetação brejosa. 4. Construção de passarela de tábuas de madeira apoiadas em estrutura de vigas para Laje Prel apoiadas em pilares de concreto armado moldado in locu em tubos de PVC, provida de proteção lateral em madeira tratada conforme DETALHE 03, prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS. 5. Complementação do plantio, conforme especificado na prancha 04/04 – PLANTIO. ESPAÇO E Objetivos: controlar a erosão provocada pela água das chuvas / disciplinar o escoamento e a retenção das águas /


proporcionar condições para lazer e permanência. Propostas: 1. Assentamento irregular de blocos de concreto vazado, ou distribuição também irregular de blocos de concreto maciço (quebra-mar) na parte superior do terreno (ver prancha 04/04 - PISOS E ELEMENTOS), de modo a amortecer o impacto das águas e explorar o efeito de cascata por ocasião das chuvas fortes. 2. Condução das águas concentradas aos pés da “cascata” por uma canaleta escavada manualmente no solo e revestida com solo-cimento, conforme DETALHE 04, prancha prancha 04/04 - PISOS E ELEMENTOS. 3. Aplainamento do terreno ao longo da “margem” esquerda da canaleta, formando pequenos planos horizontais, em cotas de nível ditadas pelas conveniências do próprio terreno. Os espaços entre patamares serão suavemente rampeados em terra batida. 4. Complementação do plantio, conforme especificado na prancha 03/04 – PLANTIO.

B

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C E

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ESPAÇO F Objetivo: proporcionar condições para permanência e atividades lúdicas. Propostas: 1. Condução da videira existente com fios de arame, conforme indicado na prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS 2. Pavimento em solo-cimento na área sombreada, prancha 03/04 - PISOS E ELEMENTOS 3. Plantio de espécies vegetais conforme especificado na prancha 04/04 – PLANTIO.

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UNIVERSIDA

FACULDADE D

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LABPARC -

CENTRO DE


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vista 1 | situação atual

vista 1 | proposta [ fotomontagem ]

vista 2 | situação atual

vista 2 | proposta [ fotomontagem ] 45


jardim do mac-usp ibirapuera | são paulo labparc | estudo preliminar e projeto básico de paisagismo (2014) A proposta de intervenção no jardim do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo foi elaborada pelo Laboratório Paisagem, Arte e Cultura – LABPARC, da FAU-USP, nos âmbitos de estudo preliminar e projeto básico. A demanda pela intervenção paisagística nos espaços livres do complexo arquitetônico, criado nos anos 1950 por Oscar Niemeyer e equipe, por sua vez, foi trazida à equipe do LABPARC pela direção do MAC-USP em 2014. A intervenção projetual teve como partido a possibilidade de trazer à tona a expressividade paisagística dos campos

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de Piratininga. Formados, em sua maioria, por capins e espécies herbáceas rústicas, estes campos eram predominantes na bacia sedimentar do Alto Tietê. A condição de várzea da área onde se situa o museu, entre os vales dos córregos Sapateiro e Caaguaçu (ambos ocultos), foi igualmente considerada desde a concepção geral do estudo preliminar ao desenvolvimento do projeto básico e à especificação vegetal. Afora o atendimento de demandas objetivas relacionadas às dinâmicas do museu, tais como a readequação do estacionamento e dos acessos a veículos de carga do acervo,

procurou-se criar condições para que os espaços livres se oferecessem à fruição paisagística e à experiência sensível da obra de arte. Nesse sentido, em meio a canteiros de espécies herbáceas e capins diversos que tangenciam o passeio central em direção a um bosque formado por goiabeiras (Psidium guajava), o jardim é entendido enquanto extensão do espaço expográfico, podendo acolher instalações artísticas as mais diversas. O projeto básico completo, incluindo orçamento de execução das obras, foi entregue em 2014 à direção do MAC-USP.


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vista 1 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

vista 2 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

vista 3 situação atual (esq.) proposta [ fotomontagem ] (dir.)

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parque chácara do jockey vila sônia | são paulo depave | estudo preliminar de paisagismo (2014-2015) acompanhamento e fiscalização de obras (2015-2016) A área correspondente ao Parque Chácara do Jockey, cuja proposta de implantação foi desenvolvida em âmbito de Estudo Preliminar pela equipe do Departamento de Parques e Áreas Verdes da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, situa-se na vertente oeste do rio Pinheiros, junto ao vale do córrego Pirajussara. O terreno possui, aproximadamente, 143.500m², dos quais 7.774m² correspondem às edificações das antigas cocheiras e 415m² são respectivos à edificação sede do Clube Pequeninos do Jockey. A demanda pela implantação do parque na área correspondente à antiga propriedade do Jockey Club de São Paulo foi colocada pela população local que, desde 2006, mobiliza-se em prol da implantação da área verde pública. Visando a considerar, efetivamente, o acúmulo de reflexões viabilizadas pelo histórico de mobilização social em defesa da criação do parque, foi elaborado, em 2014, um plano de trabalho para desenvolvimento do projeto em âmbito participativo. Além de reuniões técnicas integrando diferentes departamentos da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e a Subprefeitura do Butantã, foram realizadas, ao longo do ano de 2014, audiências públicas e reuniões abertas à comunidade. Procurou-se integrar, no zoneamento do programa geral do parque, as potencialidades e vocações da área às demandas colocadas. A situação topográfica característica das várzeas do córrego Pirajussara, enquanto aspecto fundamental do qual decorre a escolha da área pelo Jockey Club de São Paulo para implantação da pista de turfe e a utilização de campos de futebol pelo clube Pequeninos do Jockey, relaciona-se à vocação esportiva e cultural do novo parque: trata-se de uma área predominantemente plana, de natureza inundável, com densos maciços arbóreos e de utilização histórica esportiva. 50


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implantação da pista de skate e de quadra poliesportiva (vistoria realizada em 25.02.2016)

readequação do interior do edifício da sede administrativa e de sanitários do parque (vistoria realizada em 25.02.2016)

preparação de formas para a concretagem de bebedouros e preparação dos passeios em solocimento (vistoria realizada em 18.02.2016)

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passeio de acesso ao redondel

coreto requalificado junto a estar gramado

passeio em solocimento

painel de graffiti executado em muro de arrimo por artistas locais

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pergolado junto a lago

arquibancada junto a pista de corrida e campo de futebol

passeio em terra batida em bosque

banco corrido junto a passeio em solocimento


parque orlando villas-bôas (ampliação) vila leopoldina | são paulo depave | estudo preliminar (2014-2015) A área de ampliação do Parque Orlando Vllas-Bôas corresponde ao terreno da antiga Usina de Compostagem de Vila Leopoldina, com cerca de 55.000m², localizado na zona Oeste de São Paulo, Subprefeitura da Lapa, Substrito Vila Leopoldina. A demanda pela desativação da usina de compostagem e pela ampliação do parque municipal partiu da comunidade, ante os inconvenientes relacionados ao processamento de lixo e a carência de equipamentos públicos de lazer. Em 2010, estudos realizados por SVMA indicaram a contaminação da área por metais e das águas subterrâneas por solventes halogenados. Entretanto, considerou-se viável a ampliação do parque municipal sem a necessidade de descontaminação prévia da área, desde que adotadas as seguintes diretrizes de projeto: recobrimento do terreno exposto com uma camada de 50 cm de aterro; não realizar escavações ou construir edificações sobre a pluma de contaminação; prever todas as novas edificações com ventilação cruzada e permanente. Desse modo, o estudo preliminar de ampliação elaborado pela equipe de DEPAVE preconizou o aproveitamento de edificações existentes, bem como a manutenção e a integração de um dos antigos biodigestores à proposta de paisagismo. Para atender as condições de ventilação permanente, estas edificações serão fechadas com portas corrediças treliçadas. Para evitar interferências no solo subsuperficial e nas águas subterrâneas, é prevista a implantação de passeios acima da camada de 50 cm de aterro, os quais distribuem a circulação entre os edifícios, estares, playgrounds, administração e área esportiva. Todas as pavimentações terão drenagem em espinha-de-peixe para captação e destinação adequada das águas pluviais superficiais. A conexão entre a área de ampliação e o parque existente se dá por meio de uma praça de amortecimento e de um espaço lúdico implantados sob um ramal ferroviário desativado a ser preservado. 56


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parque linear nascentes do ribeirão jaguaré jaguaré | são paulo depave | estudo preliminar (2012-2014)

O Parque Linear Nascentes do Ribeirão Jaguaré se situa na bacia do ribeirão Jaguaré, afluente do Rio Pinheiros. O projeto do parque linear desenvolvido por DEPAVE focou, trecho a trecho, as áreas que margeiam o alto curso do ribeirão, considerando suas características e especificidades com vistas a mitigar os efeitos da impermeabilização e a garantir a unidade do projeto de paisagismo. Além disso, o partido projetual foi norteado pelas demandas da comunidade local, manifestas em oficina participativa realizada em novembro de 2011. O entendimento da bacia hidrográfica, em seu conjunto, subsidiou uma leitura abrangente do território, da ocupação urbana e de aspectos sociais a ela atinentes, a qual balizou a elaboração do estudo preliminar de implantação pela equipe de DEPAVE. No contexto imediato do parque linear, foram analisados o conjunto das infraestruturas de drenagem e as potencialidades para implantação de dispositivos de infraestrutura verde, considerando as áreas livres existentes e as possibilidades que elas oferecem para atenuar os efeitos da intensa urbanização na linha hídrica principal. Ao longo do perímetro do parque linear foram consideradas estruturas físicas, ambientais e sociais existentes, bem como novos equipamentos a serem implantados, com vistas à adequação do projeto às condicionantes físicas locais e ao atendimento das demandas sociais, de modo a oferecer oportunidades à fruição paisagística por parte da população. No tocante à situação fundiária, o parque linear corresponde a uma sucessão de áreas públicas situadas nas imediações do CEU Uirapuru, de um campo de futebol de uso público e de um loteamento realizado pela CDHU, cujas áreas verdes apresentam grande potencialidade para integração ao contexto do parque. 60


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parque linear charque grande vila sônia | são paulo depave | estudo preliminar (2013-2014)

O paraque linear Charque Grande corresponde ao entorno imediato de trecho do córrego Ibiraporã, situado no Distrito de Vila Sônia, Subprefeitura do Butantã. O perímetro do parque linear, com aproximadamente 4.700 m lineares, delimita uma área de pouco mais de 73.700 m², dos quais cerca de 17.500 m² correspondem à Área de Proteção Permanente (APP) do referido córrego. É prevista em projeto a inserção do perímetro do parque linear no contexto da rota cicloviária proposta para a região, considerando, dentre as diferentes possibilidades de tipologias de ciclovias, as mais adequadas para cada trecho e propondo, ainda, um percurso viável para a transposição de viaduto existente na Av. Prof. Francisco Morato. Tendo em vista a forma como a ocupação urbana se consolidou nas imediações do córrego Charque Grande, aproximando-se, em certos trechos, ao limite de suas margens e delas se afastando, em outros, as relações estabelecidas entre o fundo do vale e as áreas livres adjacentes são as mais variadas. Embora grande parte das margens tenha sido ocupada por lotes residenciais em ambas as vertentes – sobretudo no trecho onde o córrego encontra-se tamponado – há, também, espaços onde a contemplação das águas é possível já a partir das ruas adjacentes. Desse modo, as áreas livres públicas abarcadas pelo perímetro do parque apresentam características notadamente variadas. O partido projetual balizou o desenho de soluções bastante específicas para cada trecho do parque linear, visando à compatibilidade não apenas entre os vários modos de deslocamento pelas vias – automóveis, bicicletas, pedestres – como também à possibilidade de implantação de estares às margens do córrego, favorecendo o contato e a fruição paisagística das imediações do curso d’água. 62


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parque linear itararé morumbi | são paulo depave | estudo preliminar (2013-2014)

O parque linear Itararé se localiza na bacia do córrego Pirajussara, subprefeitura do Butantã. Suas nascentes estão localizadas em área de topografia acidentada, adjacente à praça Sérgio Vieira de Mello. O curso d’água escoa em direção ao norte, lindeiro ao Cemitério Getsêmani e à praça Engenheiro Noriyuki Yamamoto, ao longo de uma extensa faixa de área verde com grande potencial paisagístico. A área total do parque é de 141.662 m², dos quais 75.118 m² correspondem a áreas municipais. Sua implantação segue diretrizes estabelecidas pelo Plano Regional Estratégico da Subprefeitura do Butantã. A definição do perímetro e as diretrizes gerais do projeto se pautaram pelo perímetro correspondente à área de preservação permanente do curso d’água, pela análise do sistema viário existente e da configuração dos espaços livres adjacentes. Entre as áreas públicas existentes nas imediações do córrego Itararé, destacam-se um clube da terceira idade, a ser integrado ao contexto do parque, e três praças: Praça Sérgio Vieira de Mello; Praça Engenheiro Noriyuki Yamamoto e Praça Moysés Fucs. O projeto do Parque Linear Itararé tem como objetivo principal a proteção e a recuperação ambiental e paisagística do córrego Itararé e de suas faixas lindeiras. O projeto preconiza, além disso, a conexão entre as praças e os espaços livres situados nas imediações do fundo do vale, proporcionando à população espaços de lazer e oportunidades à fruição paisagística. O estudo preliminar elaborado pela equipe de DEPAVE contemplou soluções arquitetônicas e paisagísticas que visam à valorização do curso d’água e à expressividade da topografia local. Para tanto, foram integradas às propostas gerais de intervenção, soluções de bioengenharia para conter os processos erosivos e para a estabilização do talude da Praça Sérgio Vieira de Mello. 64


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parque tatuapé tatuapé | são paulo depave | estudo preliminar (2013-2014)

O parque Tatuapé se localiza na Subprefeitura da Móoca, distrito de Tatuapé, em área correspondente à antiga Praça Lions Club Penha. Integram a área pública, de 19.500m², o Centro da Comunidade - equipamento esportivo público administrado pela Secrataria Municipal de Esportes - e um terreno municipal residual abarcado no perímetro do parque. Situado nas imediações do parque Piqueri, o parque Tatuapé foi definido a partir de demanda da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e sua implantação foi apresentada em âmbito de estudo preliminar pela equipe de DEPAVE. O programa de atividades proposto é bastante simples, o que se justifica pela proximidade em relação ao parque Piqueri. O partido projetual visou à implantação de passeios e de estares que ressaltassem a expressividade paisagística das várzeas do rio Tietê. Para tanto, procurou-se contemplar a implantação de biovaletas e de jardins de chuva, junto aos quais é proposto o plantio de espécies de vegetação palustre. O programa de atividades do parque contempla quadra poliesportiva; playground; equipamentos de atividades para terceira idade. No terreno municipal residual a ser incorporado ao parque é proposta a implantação de uma pista de skate integrada a uma marquise; quadras de basquete modalidade street e arquibancada ensgastada a talude existente.

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produção científica artigos publicados em periódicos CABRAL, A. S. C.. A realidade sensível da natureza nos espaços rejeitados da cidade de São Paulo. ICHT 2017 Colloque International: Imaginaire - construire et habiter la Terre. Actes du colloque. Lyon: Université Jean Moulin - Lyon 3, 2017.

CABRAL, A. S. C.. Entre o existente e o que vem a existir: reflexões sobre o projeto em paisagismo. Anais do 13º ENEPEA. Salvador: UFBA, 2016.

BARTALINI, Vladimir; CABRAL, A. S. C.. Espectros e esmeros no parque Chácara do Jockey. ICHT 2016 - Colóquio Internacional: Imaginário - construir e habitar a Terra Cidades. Atas do colóquio. São Paulo: FAU-USP, 2016.

CABRAL, A. S. C.. Os córregos ocultos e seus resquícios nos espaços livres urbanos: os afluentes do córrego Mandaqui. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 177.03, Vitruvius, fev. 2015.

BARTALINI, Vladimir; CABRAL, A. S. C.. Espectros e esmeros no Parque Chácara do Jockey. Arquitextos, São Paulo, ano 17, n. 194.03, Vitruvius, jul. 2016.

CABRAL, A. S. C.. Os Córregos ocultos na paisagem urbana: o caso do Carajás. Revista Anagrama (USP), v. 5, p. 1-34, 2012.

CABRAL, A. S. C.. Os córregos ocultos e seus resquícios nos espaços livres urbanos: os afluentes do córrego Mandaqui. Paisagem e Ambiente: ensaios, 2015.

CABRAL, A. S. C.. A Sociedade do Século XVI e a Pintura Renascentista Flamenga: análise iconográfica e iconológica da obra Jogos Infantis (1560), de Pieter Bruegel. Revista Anagrama (USP), v. 05, p. 1-15, 2012.

capítulos de livros BARTALINI, Vladimir; CABRAL, A. S. C.. Habitar paisagens de margens. Experiências de fronteiras em São Paulo. In: Luis Müller; Maria Lucia Refnietti Martins. (Org.). Arquitetura e qualidade socioambiental nas cidades do Cone Sul. 1ed. São Paulo; Santa Fé: Universidad Nacional del Litoral; FAU/USP, 2016, v. 1, p. 166-183. 72


participação em eventos Participações com apresentação de trabalho ICHT 2017 - Colloque international Imaginaire : construire et habiter la Terre. La realité sensible de la nature dans les espaces délaissés de la ville de São Paulo. Comunicação oral. Lyon, 2017 (Colóquio internacional). 13º ENEPEA - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura. Entre o existente e o que vem a existir: reflexões sobre o projeto em paisagismo. Comunicação oral. Salvador, 2016. (Encontro); ICHT 2016 - Colóquio internacional Imaginário: construir e habitar a Terra. Espectros e esmeros no Parque Chácara do Jockey. Debatedor. São Paulo, 2016 (Colóquio internacional). Paesaggio e conflitto: esperienze e luoghi di frontiera Giornate internazionali di studio sul paesaggio. Abitare i margini del paesaggio: I casi di São Paulo. Palestra realizada em parceria com Vladimir Bartalini. Treviso, 2015. (Seminário internacional); 12º ENEPEA - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura.Os córregos ocultos e seus vestígios no espaço urbano: Os afluentes do córrego Mandaqui. Pôster.Vitória, 2014. (Encontro); Paisagem, Imaginário e Narratividade: olhares transdisciplinares e novas interrogações da Psicologia Social.Os córregos ocultos e seus vestígios no espaço urbano: Os afluentes do córrego Mandaqui. Pôster. São Paulo, 2013. (Colóquio Científico Internacional); 3º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão. Educação ambiental voltada às comunidades litorâneas com ênfase à valorização do homem do mar, Cananéia. Pôster. Ribeirão Preto, 2013. (Simpósio); 20 º SIICUSP - Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP. Os córregos ocultos na paisagem urbana: O caso da bacia do Carajás. Comunicação.São Paulo, 2012. (Simpósio); 11º ENEPEA - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Os

córregos ocultos na paisagem urbana: O caso da bacia do Carajás. Pôster. Campo Grande, 2012. (Encontro).

Participações como ouvinte Questões contemporâneas sobre a paisagem. Participação da comissão de trabalho. São Paulo, 2014. (Seminário Internacional); Drenagem urbana e gestão das águas: Experiências no Brasil. São Paulo, 2013. (Seminário); Interfaces Urbanas - Reflexões para a construção de novas abordagens ambientais. São Paulo, 2013. (Seminário internacional); Seminário da Área de Concentração Paisagem e Ambiente. 2012. (Seminário); ELEA – Encontro Latinoamericano de Estudantes de Arquitetura. 2010. (Encontro).

Entrevistas “Os lados do rio”. Entrevista em conjunto com Vladimir Bartalini para a Revista Página 22, Ed. 84, 2014; “O mistério dos corpos desaparecidos”. Entrevista em conjunto com Vladimir Bartalini para o coletivo Rios (in) visíveis, 2014; “Estudo urbanístico mapeia córregos escondidos sob a cidade de São Paulo”. Entrevistaem conjunto com Vladimir Bartalini para telejornal da Globo News, 2013;

experiência didática Monitor voluntário (PAE) na disciplina AUP 650 - Arquitetura da Paisagem, sob supervisão do Profº Drº Vladimir Bartalini, na FAU-USP, 2017 (Carga horária: 80h); Monitor voluntário na disciplina AUP 652 - Planejamento da Paisagem, sob supervisão do Profº Drº Vladimir Bartalini, na FAU-USP, 2017 (Carga horária: 80h), na qual preparou e apresentou aula intitulada “O espaço das águas no

norte de São Paulo - o caso do Tremembé”; Monitor voluntário (PAE) na disciplina AUP 608 - Fundamentos de Projeto, sob supervisão do Profº Drº Vladimir Bartalini, na FAU-USP, 2017 (Carga horária: 160h); Monitor bolsista (PAE) na disciplina AUP 659 - Paisagismo: Parque Urbano, sob supervisão do Profº Drº Vladimir Bartalini, na FAU-USP, 2016 (Carga horária: 80h), na qual preparou e apresentou aula intitulada “O parque urbano e a experiência da natureza na cidade contemporânea”; “Paisagismo e espaços públicos”. Palestra em parceria com Vladimir Bartalini para a Semana de Integração do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Taubaté, 2017 (Carga horária: 2h); “Os espaços intersticiais no norte de São Paulo - o caso de Jaçanã e Tremembé”. Palestra para a disciplina AUP 5814 Espaços Livres Públicos Coletivos Urbanos, sob responsabilidade dos Profs. Catharina Pinheiro e Eugenio Queiroga, no Programa de Pós-Graduação da FAU-USP, 2015. (Carga horária: 2h); “À beira do urbano - o espaço das águas no norte de São Paulo”. Palestra para a disciplina Projeto de Urbanismo e Paisagismo: Áreas Periféricas, sob responsabilidade dos Profs. Caio Boucinhas, Sylvia Dobry e Ana Gabriela Akaishi, no Centro Universitário FIAM-FAAM, 2015. (Carga horária: 4h); “Desvelamentos, apagamentos, aparições: paisagem e córregos ocultos em São Paulo”. Palestra em parceria com Vladimir Bartalini no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, 2015. (Carga horária: 1h); “Patrimônio paisagístico paulistano”. Palestra e visita técnica em parceria com Vladimir Bartalini para o Curso de Zeladoria do Patrimônio no Museu de Arte Sacra de São Paulo, 2014. (Carga horária: 8h).

premiações 2014 – Terceiro Prêmio no Concurso Nacional de Artigos de Iniciação Científica para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, 12º ENEPEA - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura. 73


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