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SUMÁRIO 10 História - A história do dinheiro no Brasil

Capa: Alencar Burti

6 Entrevista com João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do Mecir, do Banco Central

Editorial

06 Entrevista

O Banco Central lançou uma campanha de utilidade pública com o objetivo de conscientizar a população sobre o uso do dinheiro. Em função da sua capilaridade, a CACB tem um papel muito importante nesse processo. E a revista Empresa Brasil, órgão oficial da confederação, traz uma matéria sobre a campanha Nosso Dinheiro e, de forma bem didática, conta um pouco da história do dinheiro no Brasil. Além disso, escolheu para ser o entrevistado do mês o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central do Brasil, João Sidney de Figueiredo Filho, que dá mais esclarecimentos sobre questões como segurança, circulação e conservação do nosso dinheiro. Há muito tempo a CACB e o Sebrae são parceiros, exatamente porque tem objetivos comuns: o fortalecimento das micro e pequenas empresas no Brasil. E conseguiram sucesso em vários projetos que desenvolveram conjuntamente. Um deles foi o Empreender que, além de atingir os seus objetivos, despertou a atenção de outros países. Foi um passo para o surgimento do Empreender Internacional. Nesta edição, você pode conferir os resultados da primeira missão internacional, realizada por diretores e consultores da CACB a quatro países da América Latina e dois da África, com o objetivo de iniciar o processo de implantação do programa. Outra parceria da CACB, que vem se consolidando cada vez mais, é com a Caixa. Em março, a Caixa patrocinou o I Seminário Nacional dos Executivos do Progerecs, um programa de geração de receitas e serviços para as associações comerciais de todo o Brasil. Dentro do Progerecs o destaque fica por conta do convênio CEF/CACB, que está nas páginas do Informativo CACB, no final desta edição. A capa desta edição foi dedicada ao presidente da CACB, Alencar Burti, que, ao assumir as presidências da ACSP e da Facesp, realiza um fato inédito na história que é dirigir estas três instituições ao mesmo tempo.

João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do Mecir, do Banco Central 10 História do dinheiro no Brasil 16 Campanha Nosso Dinheiro 20 Matéria de Capa Alencar Burti é o novo presidente da ACSP e da Facesp 22 Não se perde aquilo que não se tem Por Guilherme Afif Domingos 23 Michelângelo - a consciência profissional Por Fernando Brites 24 Programa Empreender Internacional 28 Programa Capacitar O desenvolvimento das entidades empresariais SEÇÕES

33 SEBRAE Boletim Informativo

Boa leitura,

39 CACB

Hugo Julião Publisher hugojuliao@uol.com.br

Especial Progerecs

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Campanha Nosso Dinheiro

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Matéria de Capa

Alencar Burti é o novo presidente da ACSP e da Facesp

Palavra do presidente O brasileiro precisa aprender a participar, exigir mais, parar de culpar os políticos por tudo e assumir suas responsabilidades. Por isso, mais uma vez, as entidades que representam a classe empresarial se mobilizam para alcançar dois objetivos bem definidos: a derrubada do veto à emenda 3 e a extinção da CPMF. Como presidente da Associação Comercial de São Paulo, da Facesp (presente em 420 municípios paulistas) e da CACB (presente em mais de dois mil municípios no restante do país), tenho o dever de conclamar a todos que fazem parte do sistema para nos unirmos e vencermos mais estes desafios. Nossa rede de associações comerciais tem um princípio: a defesa da liberdade de empreender. O veto à emenda 3 não contribui para o fortalecimento desse princípio. Sob nenhum ângulo é conveniente que um fiscal da Receita Federal haja como juiz, decidindo sobre a legalidade da constituição de determinadas pessoas jurídicas que atenderam às leis vigentes no país. Isto é ditadura fiscal. Ninguém contesta a atribuição fundamental do Estado de fiscalizar e arrecadar tributos, mas a função de julgar é prerrogativa constitucional do Judiciário.

Publisher Hugo Julião B. da Costa / Produção Juliano Azuma, Marcel Azuma / Diretora Comercial Mel Almeida / Diretor de Arte Josue Jackson / Editoração Eletrônica Alexandre Ribas, Marcos Ribas / Gerente Operacional Leonardo Mittaraquis / Colaboradores: Gilda Pessoa, Jorge Santana de Oliveira, Jefferson Nogaroli, Luiz Carlos Barboza, Eraldo Alves da Cruz, Fernando Brites, Sérgio Papini / Revisão Rosângela Dória - DRT-SE 1073 / Jornalista Responsável Thaïs Bezerra - DRTSE 364 Assessoria de Imprensa da CACB Monique Menezes / Estagiária: Lívia Villela

Administração

e

Comercialização

Representantes Comerciais: Sergipe / Alagoas - Jonatal Souza (79) 8801-2074 / Bahia - Júlio César Ferreira (Cartão Postal) (71) 3287-0833 / São Paulo - José Moraes Alfaya (11) 9943-4977 empresabrasil@biizeditora.com.br Escritório Distrito Federal David da Costa SCN - Centro Empresarial Liberty Mall - Torre A Salas 316/317 -(61) 3315-9071 - Brasília/DF - CEP 70712-903 / Circulação DF Itamar Amaral - (61) 8118-6311 / Escritório Sergipe Rua Capitão Benedito T. Otoni, 477 - Bairro 13 de Julho - (79) 3246-4707 - Aracaju/SE - CEP 49020-050.

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Enquanto isso, as reformas estruturais do país continuam em compasso muito lento e os entes governamentais, por sua vez, continuam sem controlar suas despesas, gerando necessidades cada vez maiores de aumento de arrecadação. É certo que o país não vive sem tributos. O que combatemos são os excessos e a falta de regras claras. A CPMF é um exemplo: criada para ser uma contribuição provisória, com fim específico, querem torná-la permanente, como mais um tributo. Vamos lutar contra essa hipótese participando da Frente Nacional em Defesa da Constituição e pela extinção da CPMF, que já reúne quase uma centena de entidades em todo o país. O Congresso Nacional, que deveria ser a caixa de ressonância da sociedade, não tem ouvido o recado das ruas. O nosso apelo é para que os deputados e senadores fiquem mais atentos à agenda da sociedade. São questões como a excessiva burocracia e a alta carga tributária que contribuem para o elevado índice de desemprego - conseqüência do grande número de fechamento de empresas - que gera o aumento da violência, a maior preocupação dos brasileiros, segundo recente pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha. Mas eu sou um otimista e acredito no resultado do nosso trabalho, do esforço voluntário de todos aqueles que fazem parte deste importante sistema que congrega e mobiliza milhares de empreendedores. Um forte abraço, Alencar Burti

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Entrevista

João Sidney de Figueiredo Filho João Sidney de Figueiredo Filho é o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central do Brasil - MECIR desde novembro de 2005. É formado em Economia pela Uerj e mestre em Economia pela UFF e está no Banco Central - no Mecir - há 13 anos, onde atuou em todas as áreas do departamento. O Departamento do Meio Circulante, cuja sede é no Rio de Janeiro, é responsável, dentre outras funções, pelos projetos de cédulas e moedas, inclusive as comemorativas, em parceria com a Casa da Moeda do Brasil (CMB) – que no Brasil é a quem compete, de forma exclusiva, a produção de dinheiro – pela substituição do dinheiro desgastado; pela segurança da moeda (monitorando falsificações, etc.) e pela formulação de normas sobre o meio circulante. Pesquisa encomendada pelo Banco Central ao Instituto Datafolha (veja matéria nesta edição) revelou que 98% da população realizam transações usando dinheiro em espécie. O cenário que enfrenta o Banco Central, no que se refere ao dinheiro, é que a falsificação tem conseqüências sociais e econômicas, a circulação de moedas metálicas é baixa e há um alto volume indesejável de cédulas em mau estado de conservação. Isso também tem um aspecto negativo no que concerne à higiene, já que as cédulas desgastadas acumulam bactérias e podem ser um instrumento de transmissão de doenças se não houver os cuidados básicos de lavar as mãos após manusear esse tipo de dinheiro. É por isso que o BC decidiu substituir as notas de R$ 1 por moedas do mesmo valor: além de reduzir custos minimiza também os riscos com a saúde. Esta substituição vem sendo feita de forma gradual, sem atropelar a demanda da população pelas notas de um real. Vamos conferir o que João Sidney falou sobre estes temas em entrevista concedida à revista Empresa Brasil. No Brasil, a circulação de moedas metálicas é muito baixa. Isto gera um problema crônico no dia-a-dia das pessoas: a falta generalizada de troco. È um problema cultural? Estima-se que apenas 30% das quase 12 bilhões de moedas metálicas do Real em circulação estejam efetivamente circulando. Há uma grande resistência em portar moedas e, por conseqüência, uma tendência de entesourá-las em gavetas, copinhos, etc. Quando uma

parcela de 10% da população entesoura as moedas, é um ralo que faz com que num tempo breve não haja mais moedas em circulação. Este é um problema sério, porque a cada rodada na mão desse grupo 10% das moedas são retidas. Isto gera transtornos nas transações comerciais do varejo. Há seis anos houve um problema crítico de falta de moedas para troco no mercado: o comércio culpava o BC e os bancos, que por sua vez culpavam o

comércio. Foi justamente nesta época que se iniciou o processo de conversação entre o Banco e as entidades representativas do comércio brasileiro, em especial a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) focando a demanda por moedas, a falta de troco e a questão da falsificação. Também há um outro problema que é a falta de cuidados com as notas...

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Em 2006, foram gastos mais de 40 milhões na produção de notas de R$ 1, R$ 2 e R$ 5. Cerca de 80% deste custo vêm da reposição de notas rasgadas, grampeadas, sujas, escritas, etc. Quando se dá curso ao dinheiro ruim cria-se um ambiente propício para a falsificação, já que a identificação das características dee segurança das notas legítimas fica mais difícil. Os falsários costumam envelhecer as notas justamente para facilitar o encaminhamento delas. O papel ideal do comércio seria justamente recolher o dinheiro sujo, rasgado, junto aos bancos que por sua vez encaminha ao BC, que recolhe esse dinheiro e não devolve mais ao mercado. E esta questão do dinheiro em mau estado de conservação não se restringe apenas ao aspecto da falsificação, abrange também um importante item: a saúde da população. O que está sen-

do feito quanto a isso? De fato, as cédulas acumulam germes que podem prejudicar a saúde principalmente daqueles profissionais que manuseiam dinheiro na sua rotina de trabalho, como os cobradores de ônibus, caixas de supermercados, de bancos, motoristas de táxis, funcionários de casas lotéricas, etc. O que nós usamos no Banco são cremes anticépticos para proteger as mãos, prática que deveria ser adotada por esses profissionais. Uma pesquisa independente realizada em 2001 para avaliar o nível de sujeira das cédulas, mostrou que as cédulas de R$ 1 eram verdadeiros depósitos de bactérias. Mas as notas de 10, também avaliadas, não ficaram muito para trás em termos de contaminação. Esse problema também ocorre com as moedas? No metal, diferentemente do papel de origem vegetal, os germes não têm

como se proliferarem. Além disso, as moedas permitem uma grande economia dos custos de produção, por conta de sua durabilidade. É por isso que o BC tomou a decisão de substituir paulatinamente as notas de R$ 1 por moedas do mesmo valor. A troca será feita de maneira gradual e enquanto a população demandar as cédulas de um real, elas serão mantidas no mercado. Que papel a CACB pode ter na busca de soluções para esses problemas? O Banco Central iniciou uma campanha nacional buscando mudança de comportamento da população quanto ao uso do dinheiro, visando a incorporação de hábitos como o estímulo ao uso de moedas, cuidados no manuseio de cédulas e verificação das notas. A CACB terá um papel fundamental nesse processo por ser uma entidade com uma capilaridade enorme, que atinge mais de 2.300 municípios no

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país. Seria fantástico se os comerciantes em geral aderissem ao espírito da campanha, motivando clientes a facilitar o troco e também enviando aos bancos comerciais com que trabalham as notas em mau estado de conservação, para que possamos substituí-lo por notas novas. Além disso, a CACB também participa do Conselho Técnico de Custódia de Numerários (CTCN), de caráter consultivo, que foi instituído pelo BC em novembro de 2005 com o objetivo de realizar estudos e proposições de soluções relacionadas com a execução das políticas do meio circulante. É uma oportunidade enorme para opinar e colaborar com soluções para os problemas apontados. Qual o panorama da falsificação de dinheiro no país? O movimento de cédulas falsas no Brasil foi mapeado, há dois anos, por uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha (ver matéria nesta edição). A pesquisa mostrou que quase um terço dos brasileiros já recebeu uma nota falsa. Quando se restringe o universo da pesquisa ao comércio o problema se mostra ainda mais agudo: 74% dos caixas já receberam notas falsas. São números preocupantes. O que fazer para enfrentar esse problema? De forma rotineira, as notas de real voltam ao BC para averiguações. Esta é uma das formas de retirar de circulação as notas falsificadas. Além disso, também é muito importante realizar um trabalho de esclarecimento. Um exemplo disso foi o convênio com os Correios, com a Caixa (incluindo as casas lotéricas) e com setores do comércio para treinamento dos funcionários no reconhecimento dos elementos de segurança. A maioria da população des-

maticamente em ações de comunicação destinadas a auxiliar na diminuição da falsificação de dinheiro. O Banco Central Europeu, por exemplo, tem uma verba anual de 80 milhões de euros para a realização destas ações.

"Estima-se que menos de 50% das quase 12 bilhões de moedas metálicas do Real em circulação estejam efetivamente circulando. Há uma grande resistência em portar moedas e, por conseqüência, uma tendência de entesourálas" conhece esses sinais, mesmos os caixas não são capazes de identificar grande parte deles. Entre 2005 e 2006 foram treinadas mais de 33.000 pessoas em mais de 607 palestras e cursos. Nesses anos também foram sensibilizadas mais de 130.000 pessoas em 32 eventos por todo o Brasil. Em 2007 nossa expectativa é de ampliar esse trabalho por meio da campanha divulgando o tema segurança do dinheiro através dos veículos de comunicação, além de tentar crescer a participação em eventos nas 10 praças onde o BC está representado. Para os demais locais do país, estamos oferecendo, por intermédio da CACB, um curso à distância, que pode ser demandado pelas Associações Comerciais filiadas em todo o país. Não há qualquer custo e os interessados podem encaminhar seu pedido para as federações estaduais que por sua vez nos trazem a demanda. Em outros países os BCs investem siste-

Quais os principais elementos de segurança que devem ser verificados em uma cédula? Uma dica muito importante é verificar a marca d´água, que não existe em 98% das notas falsas. Outros itens importantes são o relevo, a imagem latente, o fio de segurança e registro coincidente, além do tipo de papel. O problema é que, segundo a pesquisa mencionada, apesar de 53% da população afirmarem que costumam verificar se a nota é verdadeira, apenas 27% fazem a verificação em todos os valores. No comércio esse índice – o dos que verificam as notas de todos os valores – sobe para 58%. Isso significa que a educação, no sentido da mudança de comportamento, é essencial para a redução deste crime. O que o cidadão deve fazer ao detectar que está com dinheiro falsificado? A pesquisa apontou que cerca de 9% dos entrevistados disseram que tentam passar adiante a cédula falsificada que recebeu, para não ter prejuízo, mesmo sendo crime. No comércio esse índice é de apenas 2%. A prática correta se alguém pegar uma nota falsa é levá-la ao banco ou à Polícia Federal, pois isso ajuda no rastreamento dos criminosos. A pessoa não será presa ou investigada. A não ser que esteja de posse de uma grande quantidade de notas. Em todo esse contexto, ter o comércio como parceiro é fundamental, pois ele é a porta de entrada, é o local aonde se transforma o dinheiro falsificado em algo com valor tangível, real.

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História

A História do

Pero Vaz de Caminha, em carta a El-Rei D. Manuel, em 23 de Abril de 1500, fez o primeiro registro de troca no Brasil: barrete e carapuça do navegante por cola e cocar do indígena. Algumas curiosidades sobre moedas e cédulas no Brasil Brasil Colônia (1500-1815) Pau-Brasil Foi a primeira moeda de nossa terra. Os indígenas o retiravam e entregavam aos portugueses em troca de miçangas, tecidos, facas e outros pequenos objetos. Zimbo Pequena concha que circulou como moeda no Congo e Angola. Encontrada também nas costas brasileiras, foi utilizada para compra de escravos na África e nas trocas entre os escravos trazidos para o Brasil.

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Pano de Algodão Moeda-mercadoria que circulou durante muito tempo em nossa terra, assim como o açúcar, o fumo, o sal e outros produtos. Carimbo Coroado A partir de 1642, dois anos após o fim da União Ibérica, os reis de Portugal, D. João IV e seu sucessor D. Afonso VI, tomaram uma série de decisões relativas ao dinheiro, entre elas, determinaram a carimbagem das moedas espanholas. O carimbo aumentava o valor da moeda e restringia sua circulação a Portugal e suas colônias.

Florim Primeira moeda cunhada no Brasil. Foi fabricada em ouro pelos holandeses, quando ocuparam o Nordeste brasileiro, atraídos pelas vastas plantações de canade-açúcar ali existentes. Trazia gravado o nome de nossa terra. 2 Patacas A Casa da Moeda da Bahia, a primeira do Brasil, começou a fabricar moedas em ouro e prata em 1695, com metal vindo de Portugal. A moeda de prata de 320 réis era chamada de pataca. Dobra de 8 Escudos Os escudos foram as primeiras moedas cunhadas no Brasil com a imagem do rei

em uma das faces; na outra, trazia as Armas da Coroa portuguesa. Desse uso originouse a expressão popular CARA/COROA, para indicar os dois lados das moedas. Barra de Ouro Portugal fiscalizava severamente a produção do ouro brasileiro. Todo o ouro encontrado tinha que ser levado às Casas de Fundição, a fim de que a quinta parte fosse retirada para a Coroa portuguesa: era o imposto chamado de quinto. Depois, o ouro era transformado em barras marcadas com o selo real, que circulavam como dinheiro. Apesar do controle, o ouro era contrabandeado de várias formas. Uma delas era escondê-lo dentro de imagens sagradas, feitas em madeira e ocas – os santos de pau-oco.


Escambo No início não havia dinheiro: praticava-se o escambo - simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor.

no Brasil C

omo os índios não conheciam o dinheiro, as trocas eram muito comuns no início da nossa colonização. Depois disso, muita coisa aconteceu e o comércio crescente trouxe a necessidade do dinheiro. No início eram moedas de ouro, prata e cobre, vindas de Portugal. Aos poucos as moedas começaram a ser cunhadas no Brasil. Em seguida surgiram os bancos, onde todos podiam depositar suas moedas recebendo em troca pequenos papéis com o valor correspondente – eram as primeiras cédulas. Por comodidade ou segurança, as

Certificado de Barra Documento que acompanhava cada uma das barras de ouro produzidas nas Casas de Fundição. Comprovava o pagamento do quinto e era aceito como moeda no comércio local. Bilhete da Casa de Administração Geral dos Diamantes Criada em 1771, a Casa de Administração Geral dos Diamantes emitia vales, quando se via sem moedas para pagar mantimentos, empregados, aluguel de escravos. Aceito por todos como dinheiro, esses vales eram pagos quando a Casa recebia moedas de Lisboa. Patacão A vinda da Família Real portuguesa, em

pessoas passaram a fazer circular estas cédulas, dando-as em pagamento. No século 19, muitos bancos emitiram cédulas garantidas pelas moedas que guardavam em seus cofres. Com o tempo, a necessidade de dinheiro em circulação tornou-se maior. As moedas metálicas passaram a ser usadas para troco e o uso de papel-moeda

1808, para o Rio de Janeiro, aumentou os gastos do Brasil, agora sede do Governo. Necessitando de fundos para equilibrar as finanças, o Príncipe Regente D. João tomou uma série de medidas. Uma delas foi mandar recolher os pesos espanhóis de 8 reales, que circulavam no Brasil ao valor de 750 réis, para que fossem carimbadas com o novo valor de 960 réis, denominado patacão. Bilhete de Permuta do Ouro em Pó Foi criado em 1808 para pagar o ouro em pó, que deveria ser recolhido aos cofres da Coroa, por ordem de D. João. O bilhete era aceito em toda a região das minas como se fosse moeda. Bilhete do Banco do Brasil O crescimento dos gastos com a presença da Corte portuguesa no Rio de Janeiro e a

Moedas Antigas No século VII a.C. surgem as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C. Moeda de Papel Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.

falta de metal precioso levaram à necessidade de emissão de moeda de papel para atender ao comércio. Criou-se o Banco do Brasil e, em 1810, foram lançados em circulação os primeiros bilhetes de banco no País, precursores das atuais cédulas. Brasil Reino Unido (1815-1822) 37 ½ Réis Moeda cunhada para circulação exclusiva em Minas Gerais, em substituição aos bilhetes de permuta do ouro em pó. Foi denominada vintém-ouro, por ser equivalente a um vintém – medida de peso equivalente a 112 miligramas de ouro. Brasil Império (1822-1889) Peça da Coroação É o mais valioso elemento da coleção brasileira de moedas, cunhado para comemo-

rar a coroação de D. Pedro I como Imperador do Brasil. Só foram produzidas 64 dessas moedas que, por terem desagradado a D. Pedro, não chegaram a circular. Ouro no 2º Império A efígie de D. Pedro II é a mais representada no dinheiro brasileiro. Nos diferentes tipos de moedas de ouro de seu governo, pode-se observar o Imperador retratado como criança, adulto e velho. Carimbo Geral do Império As moedas de cobre, muito falsificadas durante o Império, receberam carimbos que diminuíram seu valor, no reinado de D. Pedro II. Troco do Cobre As cédulas para o Troco do Cobre foram

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Sistema Monetário O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu sistema monetário. Os países, através de seus bancos centrais, controlam e garantem as emissões de dinheiro. O conjunto de moedas e cédulas em circulação, chamado meio circulante, é constantemente renovado através de processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e rasgadas. O dinheiro, seja em que forma se apresente, não vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que pode comprar. É uma espécie de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da sociedade e de usufruir, através do poder de compra, de todas as conquistas do homem moderno. A moeda não foi, pois, genialmente inventada, mas surgiu de uma necessidade e sua evolução reflete, a cada momento, a vontade do homem de adequar seu instrumento monetário à realidade de sua economia.

se popularizou. Foi quando o Governo cuidou de atribuir a emissão do dinheiro a um único órgão, que hoje é o Banco Central do Brasil, criado em 1964. A unidade monetária de Portugal, o REAL, foi usada no país durante todo o período colonial. Tudo se contava em réis – plural popular de real – com moedas fabricadas

Cartões de Crédito O Cartão de crédito surgiu nos Estados Unidos na década de 20. Postos de gasolina, hotéis e firmas começaram a oferecê-los para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer o carro ou hospedarem-se num hotel sem usar dinheiro ou cheque. Em 1950, o Diners Club criou o primeiro cartão de crédito moderno. Era aceito inicialmente em 27 bons restaurantes daquele país e usado por importantes homens de negócios, como uma maneira prática de pagar suas despesas de viagens a trabalho e de lazer. Em 1958, foi a vez do American Express lançar o seu cartão e o Bank of America introduziu o seu BankAmericard que, em 1977, passa a denominar-se Visa.

as primeiras emissões do Tesouro Nacional, órgão criado pelo governo para emitir o dinheiro do Brasil. As cédulas foram fabricadas para serem trocadas pelas moedas falsas de cobre.

sagem de mão em mão do dinheiro usado para troco. Depois do bronze, foi introduzido, em 1871, o cuproníquel – liga de cobre e níquel.

em Portugal e no Brasil. As casas fabricantes de moedas foram sendo criadas à medida que as localidades iam desenvolvendo-se e necessitando de mais dinheiro. A primeira criada foi a Casa da Moeda da Bahia, seguida pelas do Rio de Janeiro, Pernambuco e Minhas Gerais. A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, representou um reconhecimento à condição de sede do Governo e centro de decisões políticas, em função da presença da Corte no Rio de Janeiro. Nesse período, os gastos extraordinários com a administração, a insuficiência da arrecadação de impostos, as guerras externas - e as revoluções internas -, e os gastos da Corte, dentre outros fatores, causaram déficit no Tesouro. Passou-se a emitir dinheiro sem lastro metálico, desvalorizando-o e provocando inflação. Em 1822, com a Independência, nasceu o império brasileiro, que foi marcado por um período inicial de crise, devido às dificuldades de organizar a nova nação. Os gastos necessários diminuíram a quantidade de ouro e prata em circulação, e o meio

de diferentes Casas da Moeda estrangeiras. Foi cunhado um total de 161.250.000 peças, a maior produção de moedas do mundo, na época (única moeda brasileira em que a data está em algarismo romano).

Brasil República (1889) 40 Réis Enquanto o uso de cédulas ia popularizando-se, a cunhagem de moedas se voltava para a produção de valores pequenos, próprios para troco. Tornou-se necessário fabricar peças duráveis. As moedas de cobre foram substituídas pelas de bronze – liga de cobre, estanho e zinco – em 1868.

20.000 Réis Moeda de ouro cunhada em 1896, com armas e legendas adequadas ao regime republicano. A cunhagem de peças de ouro foi feita apenas até 1922, pois os valores maiores passaram a ser cédulas.

200 Réis A necessidade de que as moedas fossem duráveis levou ao aparecimento de ligas modernas, próprias para suportar a pas-

400 Réis Moeda de série batida em cuproníquel em 1901, encomendada à firma Basse & Selve, da Alemanha, que contratou serviços

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Cédula da Caixa de Conversão Em 1906 foi criada a Caixa de Conversão, para combater crise no mercado do café – produto importantíssimo para a economia brasileira – e manter equilibrado o poder de troca da moeda do Brasil no comércio com outras nações. A Caixa emitiu cédulas em valores que variam entre 10.000 réis e 1 conto de réis – o chamado papelouro, porque tinha a garantia de ser trocado por moedas de ouro. A Caixa teve suas atividades encerradas em 1920.

500.000 Réis Além da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, diversos fabricantes estrangeiros receberam encomenda de cédulas brasileiras, entre 1896 e 1923: Bradbury Wilkinson, Georges Duval, Cartiére P. Miliani e Amarican Bank Note Company, que produziu as cédulas de 500.000 réis para o Tesouro Nacional em 1911. 100 Réis Entre 1918 e 1935, foi cunhada nova série de moedas para troco, em cuproníquel. A moeda de 100 réis ficou conhecida como tostão. 1 Conto de Réis Cédula do Banco do Brasil, que foi autorizado a emitir moeda de papel entre


circulante passou a se compor, em grande parte, de moedas de cobre. Em meados do século 19, a moeda de papel foi, aos poucos, conquistando a confiança da população, que começou a adquirir o hábito de usá-la em substituição ao dinheiro de metal, principalmente quando se tratava de valores altos. A partir de 1889, com a República, o meio circulante nacional foi marcado por profundas mudanças, como a popularização do uso do papel-moeda. O Governo Federal se tornou, durante este período, o único

responsável pela emissão de nosso dinheiro. E, em 1942, uma nova unidade monetária veio substituir o Réis - o Cruzeiro. Depois disso houve uma série de mudanças na unidade monetária nacional (veja o boxe Algumas curiosidades sobre moedas e cédulas no Brasil). Hoje, nosso dinheiro é inteiramente fabricado no Brasil. Mas o brasileiro não cuida bem do seu dinheiro...

Cheques Enquanto os franceses atribuem a origem da palavra cheque ao vocábulo inglês to check “verificar”, “conferir” – os ingleses sustentam que a palavra é originária do francês echequier que significa “tabuleiro de xadrez”. Segundo os ingleses, as mesas usadas pelos banqueiros tinham a forma de um tabuleiro de xadrez, daí o seu nome. Alguns dizem que os romanos inventaram o cheque por volta de 352 A.C. Outros admitem ter sido criado na Holanda, no século XVI. Em Amsterdã, cerca do ano 1500, o povo costumava depositar seu dinheiro com cashiers, o que representava menor risco do que guardá-lo em casa. Os cashiers concordavam em arrecadar e cancelar débitos por meio de ordens escritas dos depositantes (cheques). Na Inglaterra, no fim do século XVII, o povo começou a fazer depósitos com os goldsmiths, que era o cidadão que cuidava do comércio de ouro. O goldsmith dava ou emitia a favor do seu cliente “goldsmith notes”. Estas simples notas escritas a mão continham uma promessa de pagamento ao cliente ou à sua ordem. O cliente podia também escrever ao goldsmith, pedindo-lhe que pagasse a outra pessoa. Acredita-se que datem de 1762 os primeiros cheques impressos por Lawrence Childs na Inglaterra. Ele foi o primeiro banqueiro no sentido moderno. No Brasil, a primeira referência ao cheque apareceu em 1845, quando se fundou o Banco Comercial da Bahia, mas, mesmo assim, sob a denominação de cautela. Só em 1893, pela Lei 149B, surgiu a primeira citação referente ao cheque, no seu Art. 16, letra a, vindo o instituto a ser regulamentado pelo decreto 2.591, de 7 de agosto de 1912.

1923 e 1926. As cédulas de um conto de réis equivaliam a um milhão de réis.

sitória que eqüivalia a 1.000 cruzeiros antigos.

introduziu o padrão Cruzado Novo, no qual a unidade equivalia a mil cruzados.

Cédula da Caixa de Estabilização Emitida em 1926, juntamente com outras cédulas que variavam entre 1.000 e 10 réis, esta cédula era trocada por barras ou moedas de ouro para formar um estoque que tornasse o dinheiro brasileiro mais forte. A Caixa não teve êxito e suas atividades encerram-se em 1930.

Cruzeiro (1970) Em 1970, a unidade de nosso sistema monetário voltou a se chamar CRUZEIRO, abandonando-se o uso da expressão cruzeiro novo.

Cruzeiro (1990) Em março de 1990, o Cruzeiro foi mais uma vez adotado como padrão monetário, cuja unidade equivalia a um cruzado novo. A partir da cédula de cinqüenta mil cruzeiros, todas as cédulas brasileiras passaram a trazer sinais especiais (marca tátil) para auxiliar os deficientes visuais a identificarem o valor.

Cruzeiro (1942) 1942 foi o ano do estabelecimento do segundo padrão monetário brasileiro – o CRUZEIRO, que substituiu o real.

Cruzado (1986) Em 1986, para combater a inflação e resolver uma série de problemas econômicos e sociais, o governo decidiu, entre outras medidas, mudar o dinheiro brasileiro, que passou a se chamar Cruzado.

Cruzeiro Novo (1967) O ano de 1967 foi marcado pelo lançamento do Cruzeiro Novo, unidade tran-

Cruzado Novo (1989) Em 1989, nova tentativa de conter a inflação resultou na reforma monetária que

Cruzeiro Real (1993) Em julho de 1993, uma nova reforma monetária foi promovida no País, instituindo-se o Cruzeiro Real. A unidade equivalia a mil cruzeiros. Em março de 1994, a inflação novamente disparou e foi criada a URV (Unidade Real de Valor),

que serviu como padrão de valor monetário, continuando o Cruzeiro Real a ser utilizado como meio de pagamento. Real (1994) Em 1º de julho de 1994, foi instituído o Real. Uma URV foi fixada em CR$ 2.750,00 e equivalia a um real. O Banco Central do Brasil determinou a substituição de todo o dinheiro em circulação. Foi uma das maiores trocas de numerário de que se tem notícia no mundo, levando-se em consideração as dimensões continentais do Brasil e o curto espaço de tempo em que ocorreu. Em 1998, uma nova família de moedas foi lançada, utilizando metais e tamanhos bem diferentes entre si, para facilitar o manuseio por parte da população.

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Campanha

C A M PA N H A

Nosso Dinhe B

anco Central do Brasil: cada vez mais valor para o brasileiro. Esta é a assinatura de uma ampla campanha de utilidade pública lançada pelo BC, com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre o uso do dinheiro. A campanha tem abrangência nacional e prevê filmes publicitários para veiculação em tv, spots de rádio, filmes educativos, hot-site, anúncios em revistas, cartazes e folderes, além de intensa ação de relações públicas. Com custo estimado em R$ 8 milhões, a Campanha sobre o Dinheiro Brasileiro será veiculada, em uma primeira etapa, até o início de maio.

A campanha aborda três temas - segurança, circulação de moedas metálicas e conservação de cédulas – e visa mobilizar a sociedade para ajudar na prevenção e combate à falsificação de dinheiro, estimular o uso de moedas metálicas e buscar uma mudança de comportamento da população no que diz respeito ao cuidado com o manuseio de cédulas. A partir desta campanha, o Banco

Veja um resumo de cada um dos temas da campanha: Segurança O problema de falsificação do dinheiro existe em todos os países emissores, sendo aqueles de economia estável os que mais verificam tentativa de falsificação de suas moedas. A moeda que preserva o poder de compra atrai a atenção dos falsificadores. Decorridos mais de 12 anos da implementação do Plano Real, o Banco Central apreendeu, até fevereiro de 2007, um total de 4,25 milhões de cédulas falsas, que correspondem a R$ 139,5 milhões. As falsificações do dinheiro brasileiro podem ser detectadas usando Empresa Brasil - 16

Central pretende inibir a prática dos crimes de falsificação de dinheiro e o repasse de notas falsas e promover uma economia nos gastos públicos, reduzindo os custos com a emissão de cédulas e moedas


nheiro cursos e palestras onde são apresentados os principais elementos de segurança do Real, visando disseminar o conhecimento do verdadeiro Real, de forma a inibir a circulação de cédulas suspeitas de falsificação. Com a atual campanha, o BC pretende ampliar esse conhecimento para toda a população e simultaneamente incentivar e disseminar o hábito de se verificar as cédulas para checar sua autenticidade. A partir desta ação, o BC espera uma redução do número de cédulas falsas no país. os olhos e o tato. Entretanto, a maioria das pessoas desconhece os elementos de segurança presentes em nossas cédulas, conforme demonstrado em recente pesquisa realizada pelo BC, sobre hábitos de uso de dinheiro. Isso dificulta o combate à circulação de cédulas suspeitas, pois os falsários contam com esse desconhecimento e com a falta de atenção das pessoas. Desde 2002, o Banco Central já possui um programa de divulgação permanente junto a um público diversificado, que abrange desde trabalhadores do comércio e de instituições financeiras até estudantes e policiais. Esse programa consiste em Empresa Brasil - 17


Circulação de moedas A resistência por parte da população brasileira em utilizar moedas metálicas no seu dia-a-dia provoca o fenômeno chamado de entesouramento. O hábito de deixar as moedas guardadas leva o BC a encomendar permanentemente mais peças junto à Casa da Moeda, fazendo com que o gasto de recursos públicos seja significativo. Existem atualmente 12 bilhões de moedas metálicas do Real em circulação – uma proporção de 64 moedas metálicas por brasileiro, um padrão internacional. No entanto, estima-se que menos de 50% desse volume esteja efetivamente circulando, o que gera transtornos nas transações comerciais de varejo, ou seja, falta de troco em praticamente todas as regiões brasileiras. A atual campanha visa reverter este cenário de baixa circulação de moedas metálicas, estimulando a população a portá-las e usá-las no seu dia-a-dia. O BC entende que esta é a melhor forma de aumentar a oferta de troco no comércio e realizar uma economia significativa para os cofres públicos, pois o custo de reposição dessas moedas entesouradas é alto e ineficaz. Conservação Os maus tratos por parte da população na utilização do dinheiro encurtam a vida útil das cédulas, que têm que ser substituídas precocemente. Com isso, o custo de reposição de novas cédulas é bastante elevado. Em 2006, foram gastos R$ 136 milhões com a fabricação de 1,21 bilhão de cédulas, dos quais 80% foram destinados à substituição das notas desgastadas e danificadas. O desgaste precoce das cédulas também dificulta a identificação dos elementos de segurança. Empresa Brasil - 18


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Matéria de Capa

Alencar Burti é o novo presidente da ACSP e da Facesp ve (entidade da qual foi o primeiro presidente), membro do Conselho Deliberativo do Masp, ex-presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif) e ex-presidente da Federação Nacional dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Fenacodiv). Há mais de 40 anos dedica-se às entidades empresariais e filantrópicas. Burti acredita que a força do indivíduo, do voluntariado e do civismo são instrumentos de transformação e humanização da sociedade. Durante a posse, Afif Domingos defendeu uma mobilização nacional da classe empresarial contra o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à

O

presidente da CACB, Alencar Burti, assumiu as presidências da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) para o biênio 2007-2009. A cerimônia de posse aconteceu no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, no dia 26 de março de 2007. Burti substitui Guilherme Afif Domingos, que permanece nas duas entidades como vice-presidente. Afif é o atual secretário de Emprego e Relações do Trabalho do EsEmpresa Brasil - 20

A emenda 3 explicita que o auditor fiscal não tem poder de desfazer contratos de pessoas jurídicas quando entender que a prestação de serviços encobre uma relação trabalhista. Com isso, proíbe auditores da Receita Federal de desconstituir empresas de profissionais liberais que prestam serviços na condição de pessoas jurídicas.

tado de São Paulo. Alencar Burti é empresário do setor automobilístico, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, membro do Conselho Diretor da Fenabra-

emenda número 3 do projeto da Super-Receita: “Vamos chamar todas as entidades porque está efetivamente em risco a governabilidade no sentido do respeito à Constituição. Judiciário é Judiciário. Fiscal é fiscal. Na hora que você quer colocar fiscal no papel do Judiciário, esse é o caminho mais rápido para a ditadura econômica”. O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presente ao evento, apoiou a proposta.


Por sua vez, Alencar Burti cobrou maior eficiência do governo e o fim da CPMF: “É só cumprir o que está determinado. Vencido o prazo da provisoriedade, que seja mantida apenas como instrumento de controle das transações financeiras do país. Isso já foi prorrogado uma vez e agora querem torná-la permanente”. Ele complementa: “O tributo continua sendo prorrogado porque o governo não controla as suas despesas. Precisamos baixar o custo do Estado para que a perda de receita seja compensada”. A ACSP, a Facesp e a CACB estão entre as entidades que lançaram e participam do movimento “Xô, mou que tem uma função dupla: conCPMF”. Para Alencar Burti, a experi- gregar atividades produtivas e fornecer ência da MP 232 serve de inspiração a elas serviços que garantam sua eficipara esta campanha contra a CPMF ência e sobrevivência. “Para isso, con“O movimento contra a MP 232 foi tamos com a vantagem de ter uma cauma amostra de que, quando a soci- pilaridade e logística sem igual, que atinge todos os cantos e setores emedade se organiza, é possível se mudar alguma coisa”. Ele acha Mais de 50 entidades lançaram, no Sindicato das que esta mobilização da socieda- Empresas de Serviços Contábeis (Sescom), em São Paulo, a Frente Nacional em Defesa da Constituição e de deve buscar também mudan- pela Extinção da CPMF. Com o lema “Xô, CPMF”, a campanha tem o objetivo de pressionar o governo a ças mais profundas, que provo- extinguir o tributo, criado em 1993 para arrecadar para a área da saúde. A idéia é conseguir quem as reformas estruturais a recursos adesões para realizar um protesto em São Paulo nos meses. Para saber mais e participar do exemplo da tributária, trabalhista, próximos movimento acesse o site www.xocpmf.com.br. previdenciária e, a mais importante de todas, a reforma política. Alencar Burti, que vai presidir ao mesmo tempo, pela primeira vez na história, a ACSP, a Facesp e a CACB, afir-

preendedores da capital, do Estado(a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) está presente em 420 municípios paulistas) e do País, (a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) está enraizada em mais de dois mil e trezentos municípios brasileiros, pequenos e grandes, como São Paulo). Essa rede também garante eficiência na defesa do empreendedorismo“, concluiu.

Guilherme Afif Domingos, secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, Aluísio Nunes Ferreira, secretário-chefe da Casa Civil - representando o governador José Serra - e Alencar Burti

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Não se perde aquilo que não se tem Guilherme Afif Domingos

A

FRASE do ministro Furlan, que intitula este artigo, sintetiza bem a questão de uma eventual perda de arrecadação do Sistema S com a entrada em vigor, em 1º de julho, da Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que dispensa as empresas enquadradas em suas normas do recolhimento da contribuição a tais instituições. Conforme esclarece carta do presidente do Sescon, José Maria Chapina Alcazar, publicada pela Folha, “na prática, as optantes pelo Simples, desde 1997, por força da lei e da interpretação que lhe foi dada pela Receita Federal, não recolhem as contribuições do Sistema S... a despeito da existência de sentença judicial pendente de recurso em tribunal regional, portanto não definitiva”, pelo que não há o que se falar em perda de receita com a nova lei, uma vez que tal arrecadação já não ocorre. A Lei Geral é resultado de um longo processo de lutas de um grande número de entidades na defesa de normas específicas e favoráveis para os empreendimentos de menor porte que se iniciou com a realização em São Paulo, em 1979, do primeiro Congresso Brasileiro da Micro e Pequena Empresa, que tive a honra de presidir, e avançou com a aprovação do Estatuto da Microempresa, em 1984. Durante o quarto congresso das MPEs, em Brasília, deu-se, então, um passo importante com a inclusão, no texto da Constituição de 88, do artigo 179, que prevê que União, Estados e municípios “dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio da lei”. A partir desse mandamento constitucional, criou-se pela lei nº 9.317/96 o Simples, que reduziu a carga tributária e simplificou a burocracia para as pequenas e microempresas de alguns setores, mas que tinha sua abrangência limitada à esfera federal e não incluía a área trabalhista. Apesar das limitações, o Simples permitiu a formalização

de um grande número de empreendimentos e a criação de novos negócios, sendo seu resultado prejudicado pela não correção dos valores para enquadramento durante um longo período em que a inflação, embora sob relativo controle, provocava a defasagem dos limites. A aprovação da PEC 42/2003 adicionou mais um dispositivo ao inciso III do artigo 146 da Constituição, possibilitando, por meio de lei complementar, a unificação da tributação da União, Estados e municípios, o que foi feito pela Lei Geral, que estabeleceu, na prática, o “imposto único” para os empreendimentos de menor porte. Essa evolução gradativa e lenta do tratamento diferenciado às pequenas e microempresas não comporta retrocessos e, estou certo, não trará perdas ao Sistema S, cujos trabalhos relevantes não foram afetados pelo Simples e não serão afetados pela entrada em vigor da Lei Geral, que, apesar de algumas limitações, representa um passo importante no sentido de fortalecer a estrutura empresarial brasileira, cuja base se assenta nos empreendimentos de menor porte. Acredito que devemos discutir os passos seguintes para permitir que as pequenas empresas enquadradas no Supersimples tenham condições para crescer e, com isso, dele sair, o que exige a criação de condições que as estimulem para essa transformação. Caso não ocorra nenhuma simplificação, o risco que se corre é o de que a Lei Geral acabe se transformando em um estímulo para que as empresas beneficiadas procurem não crescer para não terem de suportar os custos da burocracia e da tributação. Creio ser este o desafio que as entidades que há tantos anos lutam em favor das pequenas e microempresas devem enfrentar incessantemente: lutar pela desburocratização da economia, para permitir que pequenas e microempresas possam se tornar médios e grandes empreendimentos, dando lugar a novos pequenos negócios que irão manter a vitalidade da estrutura empresarial brasileira. Guilherme Afif Domingos, empresário, é secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo e vice-presidente da ACSP e da Facesp. Fonte: este artigo foi originalmente publicado na Folha de São Paulo.

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Michelângelo - a consciência profissional Fernando Brites

Q

uando Michelângelo pintava o teto da Capela Sistina, todos os dias o Papa visitava a Capela pela manhã e à tarde. Certo dia, pela manhã, o Papa viu Michelângelo nervoso, cobrindo com tinta uma pintura que havia feito no dia anterior. Na visita da tarde, o Papa viu Michelângelo esbravejando e se preparando para apagar mais uma vez a pintura, gritou indignado: - Michelângelo, o que você vai fazer?

– Eu a vejo perfeita. E quem é que vai saber que aí tem um defeito? - perguntou o Papa. – Eu sei que aqui tem um defeito! - respondeu Michelângelo, apagando o trabalho. Como Michelângelo, nós precisamos ter consciência profissional e, mesmo antes que alguém critique nosso trabalho, devemos ter a coragem de reconhecer as imperfeições e procurar corrigí-las, fazendo sempre o nosso trabalho da forma mais perfeita possível.

Ao que Michelângelo respondeu: – Vou apagar tudo, porque não estou acertando! – Mas qual é o problema? - perguntou o Papa. – Nesta figura tem um defeito! - respondeu Michelângelo.

Não podemos concordar com o ditado popular que diz: “Varreu a casa e deixou o pó sob o tapete”. Ainda que ninguém veja o pó, VOCÊ sempre saberá que a sua tarefa foi incompleta e isso é próprio do mau profissional.

Fernando Pedro de Brites Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do DF e Entorno Presidente da Associação Comercial do DF Diretor Financeiro da CACB

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Missão Internacional Programa

Empreender Internacio

Visita ao Ministério das Relações Exteriores: Fernando Eustáquio Rodrigues, da Unidade de Assessoria Internacional do Sebrae; Ricardo Villela de Souza, da Unidade de Desenvolvimento Setorial; Andreas Dohle, consultor internacional da CACB; Ancelmo Oliveira, diretor da CACB; Olyntho Vieira, conselheiro do Itamaraty; Alexsandro Becker, consultor internacional da CACB; Fernando Brites, diretor da CACB e presidente da Federação das Associações Comerciais do DF; Ardisson Naim Akel, vice-presidente da CACB e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná; Carlos Rezende, coordenador do Empreender Internacional, e os membros da equipe Bruno Hernandez e Laura Cecília.

O

Programa Empreender é um conjunto de ações com o objetivo de fortalecer as pequenas e médias empresas por meio de atendimento coletivo. Nasceu em Santa Catarina, em 1991, a partir de um projeto de cooperação internacional entre a Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera da Alemanha e três associações comerciais e empresariais do estado. Considerando os excelentes resultados alcançados, o Sebrae e a CACB iniciaram, a partir de 1999, a implantação de pilotos do projeto em mais sete estados e, a partir de 2001, o Empreender foi se implantando em todos os demais estados e no Distrito Federal, cobrindo mais de 600 municípios, com a participação de aproximadamente 33.000 empresas, em cerca de Empresa Brasil - 24

2.350 núcleos setoriais. Esses resultados, e o interesse manifestado por outros países, promoveram o surgimento do Empreender Internacional, uma continuação da parceria entre o Sebrae e a CACB que também contempla o desdobramento do Programa Empreender: o Empreender Competitivo. O Programa Empreender Internacional irá transferir o know-how da CACB, adquirido ao longo dos anos na condução do Programa Empreender, para os países em desenvolvimento. A CACB irá capacitar multiplicadores das entidades dos países selecionados que ficarão responsáveis pela implantação do programa nos respectivos países. Após uma rigorosa avaliação, o Sebrae e CACB definiram que seriam visi-

tados seis países: dois na África (África do Sul e Moçambique), um na América Central (El Salvador), um na América do Norte (México) e dois na América do Sul (Chile e Colômbia). A avaliação considerou o ambiente político, as condições sócio-econômicas dos países e o estágio de desenvolvimento das entidades empresariais. Devido à curta duração do projeto, a avaliação considerou também a existência de parcerias entre as entidades empresariais e o Sebrae ou entidades alemãs, parceiras no desenvolvimento do programa Capacitar Nordeste (veja matéria nesta edição), desenvolvido entre a CACB e a Câmara de Artes e Ofícios de Essen. Após o retorno, o diretor da CACB, Fernando Brites, o vice-presidente, Ardisson Akel, e os consultores interna-


ernacional cionais da entidade, Andreas Dohle e Alexsandro Becker, que participaram da missão internacional, apresentaram as conclusões de suas visitas técnicas. A primeira apresentação deu-se na sede da CACB com as presenças dos representantes do Sebrae - Vinícius Lages, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços, Fernando Eustáquio Rodrigues, da Unidade de Assessoria Internacional e Ricardo Villela de Souza, da Unidade Desenvolvimento Setorial -, além da equipe do Empreender (sob a coordenação de Carlos Rezende) e do diretor-tesoureiro da CACB, Ancelmo Oliveira. Este mesmo grupo também foi recebido em audiência no Itamarati pelo conselheiro Olyntho Vieira, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) - que integra a estrutura do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e tem entre suas atribuições o acompanhamento de programas e projetos brasileiros de cooperação técnica, executados com base nos acordos firmados pelo Brasil com outros países e organismos internacionais. Foi relatada ao conselheiro Olyntho a qualidade do atendimento com que o grupo foi recebido em todas as Embaixadas dos países por onde passaram. Olyntho Vieira reconheceu a importância da iniciativa e disse que fará o que estiver ao seu alcance para contribuir para o sucesso do programa. O vicepresidente Akel falou do apoio recebido das Embaixadas, enfatizando que é um item muito importante para o desenvolvimento de programas como o Empreender Internacional. Uma nova avaliação será realizada para a escolha definitiva dos países que participarão do programa Empreender Internacional. A expectativa da CACB é estimular as relações comerciais entre as empresas e promover o intercâmbio com as entidades empresariais destas nações.

África do Sul: Fernando Brites e Andreas Dohle com representantes do corpo técnico da Small Enterprises Development Service Agency (Seda)

Fernando Brites e Andreas Dohle com representantes dos ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento Rural, da Câmara de Comércio Brasil/Moçambique e o conselheiro da Embaixada do Brasil em Maputo

Fernando Brites e Andreas Dohle com executivos e diretores da área internacional da Chamber of Commerce and Industry South África (Chamsa)

Ardisson Akel, vice-presidente da CACB; Eduardo Prisco Paraíso Ramos, Embaixador do Brasil em El Salvador; e Alexsandro Becker, consultor internacional da CACB

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Países visitados África do Sul (de 24 a 27/02) Há recursos financeiros disponíveis e uma entidade de apoio às MPEs muito forte, o que facilitará a implantação do projeto Empreender Internacional. A Seda (Small Enterprise Development Agency) – uma entidade governamental ligada ao Ministério do Comércio e da Indústria – tem um convênio interinstitucional com o Sebrae. Para 2007 o seu orçamento é de U$ 90 milhões. Além da Seda, há também a Chamsa (Chamber of Commerce and Industry South África), que tem como objetivo promover a integração entre as quatro confederações empresariais existentes no país e que, historicamente, foram divididas em função da cor de seus associados. Em 2005 a CACB e o Sebrae apresentaram o Projeto Empreender no 4º encontro da World Chamber Federation. Sua apresentação foi um sucesso e diversos representantes da África do Sul demonstraram imediatamente interesse em implementá-lo em seu país. Moçambique (de 28/02 a 05/03) No caso de Moçambique uma contribuição decisiva para a escolha foi sem dúvida a língua portuguesa: materiais didáticos e de divulgação já existentes podem ser utilizados sem maiores alterações e o envio de multiplicadores brasileiros será mais fácil. Outro dado importante é a presença de iniciativas que visam o desenvolvimento de entidades de classe e o conhecimento do tema Consultoria Grupal. Também há um grande número de projetos em andamento que visam o fomento do setor privado, o que possibilitará a criação de sinergias e uma aproximação com outras entidades de cooperação internacional. É o sexto país mais pobre do mundo: 50% do seu Empresa Brasil - 26

PIB é composto por doações internacionais. O principal objetivo da visita foi apresentar as condições em que se dará a implementação do Empreender Internacional, avaliar as entidades empresariais e a receptividade ao programa.

do criada em 1952. Uma outra entidade visitada foi a Conupia (Confederación de la Pequena Empresa y Artesanado de Chile), que representa as micro, pequenas e médias empresas no âmbito federal. No Chile a importância das MPEs é muito pequena. O universo em

México (da esquerda para a direita): Francis Bujaidar Ghoraichy, diretor geral da COPARMEX – Jalisco; Ardisson Akel, vice-presidente da CACB; Luis Fernando Perez Aguayo, presidente da COPARMEX – Jalisco; Alexsandro Becker, consultor internacional da CACB; Manuel Flores Martinez, gerente administrativo da COPARMEX – Jalisco e José Gpe. Pérez Mejía, gerente nacional de serviços da COPARMEX – Jalisco

Chile (de 21 a 26/01) Para a inserção do Chile nos países selecionados, contribuiu muito o acordo de cooperação técnica que o Sebrae tem, desde 2002, com a principal entidade de apoio às pequenas e médias empresas do país, a Sercotec – corporação de direito priva-

torno de 350.000 MPEs corresponde a apenas 6% do PIB, enquanto os 94% restantes são gerados por aproximadamente 10 grandes holdings que dominam a economia chilena. As políticas públicas para apoiar as micro e peque-

Da esquerda para a direita: José Mario Martinez, gerente administrativa da Câmara de Comércio e Indústria de El Salvador; Yasmin Celina Martinez, coordenadora de Programas para as Pymes da Câmara de Comércio e Indústria de El Salvador; Alexsandro Becker, consultor internacional da CACB; Camem Aída Muñoz, diretora executiva da Câmara de Comércio e Indústria de El Salvador; e Ardisson Akel, vicepresidente da CACB


Ardisson Akel, vice-presidente da CACB; Julio César Gomes dos Santos, Embaixador do Brasil na Colômbia; Alexsandro Becker, consultor internacional da CACB; e Alan Coelho de Séllos, primeiro secretário da Embaixada do Brasil na Colômbia

nas empresas parecem ser menos expressivas do que no Brasil e as entidade que as representam menos desenvolvidas. México (de 10 a 18/01) Com 106 milhões de habitantes, o México é o mais populoso país de língua espanhola do mundo e a segunda economia da América Latina, com uma renda per capta de U$ 7.000. A entidade contactada foi a Coparmex – Centro Comercial de Jalisco, que tem um programa semelhante ao Empreender. Por isso, demonstrou total interesse na implantação do projeto Empreender Internacional, acreditando que pode complementar a sua pauta de serviços e auxílio aos empresários. A Coparmex tem 58 filiais, é formada por voluntários - tem muita semelhança com a CACB, e possui ampla experiência em cooperação internacional. Por causa da orientação estratégica do país em criar sinergia entre projetos e parceiros internacionais, existem muitas possibilidades de projeção da CACB e do Sebrae, podendo proporcionar, no futuro, a facilitação de transações comerciais entre empresas de pequeno e médio portes dos dois países.

El Salvador (de 18 a 21/01) O país tem uma pequena extensão territorial e praticamente 60% da população está situada na capital, São Salvador, cujo entorno é muito pobre. A informalidade é um problema gravíssimo e existe falta de estruturação das micro e pequenas empresas, assim como planos de apoio ao segmento. Foi feito contato com a Fusades (Fundação Salvadorenha para o Desenvolvimento Econômico e Social) – uma entidade extremamente capitalizada – que tem como principal fonte de renda o micro-crédito. O contato mais efetivo e produtivo, no entanto, foi com a Camarasal (Câmara do Comércio de El Salvador), uma instituição muito respeitada no país. Possui uma grande capacidade de articulação com outras entidades, públicas ou privadas, e com os organismos não governamentais. Os responsáveis pela Camarasal mostraram-se interessados e prontamente decidiram participar do projeto Empreender Internacional.

Colômbia (de 22 a 25/01) Foi feito contato com a CCB (Câmara do Comércio de Bogotá). No encontro de Câmaras do Comércio, que aconteceu na África do Sul em 2005, a CCB ficou em 1º lugar no ranking dos projetos destinado a desenvolver as micro e pequenas empresas. O projeto consistia em reduzir de 45 para 2 dias o tempo para abertura de uma empresa no país. Nesse mesmo encontro o Empreender ficou em 2º lugar. A CCB, que tem um trabalho similar ao das Juntas Comerciais no Brasil, em relação ao registro de empresas, demonstrou total interesse na implantação do projeto Empreender Internacional porque eles estão desenvolvendo uma área/departamento específico para MPE e querem agregar o programa a esta pasta. Também foi visitada a Acopi (Associação Colombiana da Micro, Pequena e Media Empresa) que desenvolve projetos setoriais similares aos do Empreender, porém não apresentou interesse imediato na parceria internacional.

Moçambique: Ilse Fuernkrahz, consultora BFZ, Andreas Dohle, Antônio Pereira Momade, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Nampula e Fernando Brites

*As visitas ao México, El Salvador e Colômbia, foram coordenadas pelo vicepresidente da CACB e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná, o empresário Ardisson Naim Akel, e pelo consultor internacional da CACB, Alexsandro Becker. Ao Chile, a visita foi coordenada por Alexsandro Becker e Andreas Dohle, este também consultor internacional da Confederação. Para a África do Sul e Moçambique, a coordenação ficou por conta do diretor financeiro da CACB e presidente da Facidf, Fernando Brites, com a participação do consultor da CACB, Andreas Dohle.

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Gestão

Programa Ca O desenvolvimento das entidades empresariais

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Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil - CACB é o sistema empresarial mais antigo do Brasil, com quase 200 anos de existência. A primeira associação comercial surgiu em julho de 1811, em Salvador. A partir de então, outras associações foram sendo criadas e hoje o sistema possui mais de duas mil entidades filiadas, com milhares de empresários que se relacionam na defesa de seus interesses. No governo Vargas, a criação da estrutura sindical patronal estimulou o surgimento de entidades vinculadas a um determinado setor ou segmento empresarial. Com arrecadação garantida pela Contribuição Patronal Sindical, estas entidades passaram a dividir a representação dos interesses dos empresários com as associações comerciais, que continuaram a ser as únicas entidades multisetoriais, agrupando empresários do comércio, da indústria, da agropecuária e do setor de serviços. Desde então, com a queda na receita das contribuições

associativas (voluntárias), as associações comerciais passaram a ter a necessidade de gerar recursos para garantir suas operações e para atender as necessidades dos seus filiados. As dificuldades foram enormes e a profissionalização foi a única saída. A implementação do Programa Empreender abriu a mente dos empresários para a importância das entidades e expôs a fragilidade das associações comerciais, que utilizavam técnicas de gestão usadas há 40 anos e desprovidas de planejamento. Empresários participantes dos núcleos setoriais vislumbraram e assumiram as diretorias das associações imprimindo uma nova fase nestas entidades. O próprio Programa Empreender apresentou o treinamento “A associação comercial que o Brasil deseja” capacitando mais de mil executivos e presidentes em todo o país. O treinamento “A associação comercial que o Brasil deseja” usou um manual denominado “Desenvolvimento de entidades em-

presariais” criado a partir, principalmente, da experiência com o programa Capacitar, desenvolvido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas), em parceria com a Câmara de Artes e Ofícios de Essen, da Alemanha. Fatores sócio-econômicos e o estado incipiente das associações comerciais da região Nordeste, aliados à necessidade de sustentação do Programa Empreender e às diretrizes dos países da comunidade européia, levaram a CACB e a Câmara de Artes e Ofícios de Essen, juntamente com a Sequa - Fundo para o Desenvolvimento Econômico e Qualificação Profissional -, ambas da Alemanha, a implementarem o programa Capacitar Nordeste. A implementação do programa A primeira fase do Projeto Capacitar Nordeste consistiu na escolha das entidades. Como pré-requisito, as associações deveriam participar do programa Empreender. A CACB avaliou os núcleos setoriais exis-

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Capacitar tentes e as condições sócio-econômicas dos municípios, entre outros fatores. Foram visitados mais de 30 municípios na região. O processo resultou na escolha de 24 deles. Uma parceria com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Pernambuco (Facepe) permitiu a acomodação da coordenação do programa em suas instalações. O projeto estabeleceu metas bastante claras, especificadas nos termos de adesão, tais como: • Aumento da competitividade dos MPEs; • Aumento do número de associados nas ACEs; • Aumento do número de associados adimplentes; • Aumento do número de empresários nucleados no Programa Empreender nos quadros das diretorias das ACEs; • Aumento do número de mulheres nas diretorias das ACEs; • Atualização dos estatutos com e eliminação de cláusulas restritivas e impedimentos.

planejamento contou com o envolvimento da diretoria das ACEs, dos consultores do Empreender, dos principais colaboradores e do consultor do Capacitar, que fazia visitas periódicas acompanhando a execução do planejamento. Em dezembro de 2006, próximo ao término do convênio entre a CACB e a Câmara de Artes e Ofícios de Essen, o perito alemão Dr. Karl-Christian Goethner, contratado pela Sequa, avaliou os resultados. A avaliação consistiu na visita às ACEs participantes e na apresentação de resultados durante um evento realizado na cidade de Reci-

fe, com a participação de todos os estados contemplados com o Capacitar Nordeste. O sucesso do programa foi observado antes mesmo do seu término quando a Bahia, com recursos próprios, acrescentou mais cinco municípios ao programa: Camaçari, Jacobina, Jequié, Itabuna e Teixeira de Freitas. À exceção da meta que estabelecia aumento de 50% na quantidade de empresas nucleadas filiadas (pagantes) às ACEs, todas as demais foram alcançadas. Interessante observar que apesar de não ter conseguido alcançar esta meta, enquanto o número de empresas par-

A segunda fase consistiu em fazer um diagnóstico das 24 ACEs participantes do programa e a partir daí elaborar um planejamento para que as metas pactuadas pudessem ser alcançadas. Cada uma das associações recebeu um computador acompanhado de impressora e estabilizador. O

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ticipantes do Empreender na região caiu 11%, no mesmo período, houve uma aumento de 32% de empresas nucleadas nos municípios que participaram do programa Capacitar. A Associação Comercial e Industrial de Mossoró (Acim), no Rio Grande do Norte, é um exemplo: passou de cinco núcleos setorias no início de 2005 para dez núcleos setoriais no final de 2006. A melhoria no processo de gestão permitiu também à Acim sair de um faturamento de R$220 mil anuais para R$ 427 mil em menos de 18 meses. Boa parte da receita provém da Ficro Feira Industrial e Comercial da Região Oeste, realizada anualmente na cidade de Mossoró com a participação de mais de 200 empresas expositoras da região. Outro exemplo é a cidade de Cabo de Santo Agostinho, muncípio de 160 mil habitantes, localizada na grande Recife, que passou de

187 para 291 associados, um aumento de mais de 50%. A grande parte da receita advém de serviços prestados para os associados. As mensalidades correspondem a menos de 40% do faturamento. Segundo o diretor da Associação Comercial de Cabo do Santo Agostinho, Bartolomeu Manso, a depender do empenho, a mensalidade nos próximos anos será apenas simbólica: a receita para as operações da entidade virão exclusivamente da prestação de serviços. Hoje, parte da receita é oriunda do Proe - serviço disseminado pela CACB - que oferece oportunidades de estágios para os estudantes por meio da intermediação da associação comercial com as empresas e entidades de educação. Criada para homenagear e disseminar boas práticas de gestão das ACEs, há mais de três anos, o Prêmio ACE Referência de 2006 para a

região Nordeste acabou nas mãos da ACE de Santo Antonio de Jesus, Bahia, também eleita ACE Destaque do Programa Capacitar Nordeste. Atuando em parceria com a CDL e sindicatos, a entidade é uma das mais representativas do país com quase 500 associados, para um município com aproximadamente 80 mil habitantes. O relatório preliminar da perícia alemã aponta para o sucesso do Programa Capacitar destacando o envolvimento da CACB e dos parceiros, a gestão do programa e a colaboração dos presidentes e executivos das ACEs. Recomenda que a metodologia seja disseminada nas demais associações comerciais do Nordeste e venha até mesmo a ser utilizada como base para o desenvolvimento de ferramentas que fortaleçam os municípios por meio da atuação de suas prefeituras.

Grau de desenvolvimento das associações comerciais

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Presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, durante lançamento de livro sobre a Lei Geral e Frente Parlamentar das MPE no Congresso Nacional

Frente Parlamentar vai acompanhar regulamentação da Lei Geral

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o dia 14 de março foi lançada a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional. Essa frente, presidida pelo deputado José Pimentel (PT-CE), será integrada por deputados e senadores e acompanhará a regulamentação e implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Participaram do lançamento integrantes da Câmara e do Senado, empresários do segmento e integrantes do Sistema Sebrae. Para o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, trata-se de outro momento histórico para os micro e pequenos negócios. Segundo ele, essa Frente significa a continuidade

do trabalho de parceria com os parlamentares, iniciada com as negociações que resultaram na aprovação da Lei no Congresso Nacional, e será fundamental para assegurar a efetivação do conceito de tratamento simplificado e diferenciado para o segmento. Participaram ativamente no processo de formação da Frente os deputados Luiz Carlos Hauly, que relatou o projeto da Lei Geral na Câmara, o deputado Carlos Melles, que presidiu a Comissão Especial da Microempresa da Câmara, e José Pimentel, que intermediou negociações entre parlamentares e governo relativas à Lei. No senado, integra o

movimento o presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana. Carlos Melles será o presidente da subcomissão especial das micro e pequenas empresas que será criada no âmbito da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Essa comissão também tratará da regulamentação e efetivação da Lei Geral.

Ações Na solenidade, o deputado José Pimentel anunciou, entre as ações da Frente Parlamentar, a estruturação da subcomissão de micro e pequenas empresas e várias iniciativas de interesse do segmento, como contatos com o Tribunal de Contas da União “para discutir a sistemática de prestação de contas e licitações das micro e pequenas empresas e facilitar o

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acesso do segmento às compras governamentais”. Pimentel disse que a Frente também se reunirá com o Comitê Gestor da parte tributária da Lei Geral para debater sobre a Guia Única de recolhimento de tributos e o cadastro único de micro e pequenas empre-

sas previstos na Lei. Ele disse que também será definida uma agenda de reuniões com integrantes da União, estados e municípios, para tratar de assuntos relativos à regulamentação da Lei Geral. A idéia, disse, é que também sejam instaladas frentes parlamentares estaduais para acom-

panhamento da regulamentação da Lei Geral. Ainda de acordo com Pimentel, a meta de adesões à Frente é de pelo menos 257 deputados e 41 senadores, números que representam a maioria absoluta em cada uma das casas legislativas. Pimentel, Henrique Fontana, Virgílio Guimarães; além do senador Renato Casagrande.

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O Livro

Superintendente do Sebrae SP, Ricardo Tortorella, presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e diretor do Sebrae SP, Paulo Eduardo Stabile Arruda, durante lançamento de livro sobre a Lei Geral

Livro resgata mobilização que culminou com a aprovação da Lei Geral

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urante o lançamento da Frente, Paulo Okamotto também lançou publicação que conta os bastidores das negociações e a história de mobilização empresarial pela aprovação da Lei. O título do livro é ‘Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas: uma história que veio fazer História’. Em seu discurso, o presidente Paulo Okamotto destacou o empenho dos parlamentares: “É preciso destacar o papel fundamental dos parlamentares na aprovação dessa lei democrática, que cria um ambiente mais favorável aos pequenos negócios, tornando-os mais competitivos e

mais lucrativos”. Paulo Okamotto fez a entrega simbólica de um exemplar do livro sobre a Lei Geral ao deputado federal Carlos Melles. Na época das discussões na Câmara em torno da aprovação da Lei Geral, Melles presidiu a Comissão das Micro e Pequenas Empresas na Câmara. O lançamento foi prestigiado pelo presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana, representando o presidente do Senado, Renan Calheiros; pelo diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos; pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia; e pelos deputados federais José

O livro foi escrito pelo jornalista Márcio Metzker, a partir de depoimentos de quem esteve diretamente envolvido com a construção e aprovação da lei. A publicação também reúne artigos de personalidades do mundo político e empresarial que participaram ativamente do processo de mobilização pela aprovação e sanção da lei. São relatos de dirigentes e ex-dirigentes do Sebrae, de deputados e senadores, de representantes dos empresários e de federação e confederações de micro e pequenas empresas de diversas regiões do País. Para o jornalista Márcio Metzker, três questões chamaram a atenção durante o processo de produção e edição do material: a construção coletiva em torno da lei, a qualidade dos homens públicos envolvidos no processo e a sinceridade dos depoimentos. “O livro era para ter 15 depoimentos e saiu com 35, devido à riqueza do material”, disse o jornalista após o lançamento do livro.

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Presidente do Senado, Renan Calheiros, recebe do senador Adelmir Santana requerimento para criação de comissão temporária pela Lei Geral

Senado pode criar comissão para acompanhar Lei Geral

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presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana, entregou, em março, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, requerimento solicitando a instalação de uma Comissão Temporária Interna para realizar estudos visando à regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. O documento é uma iniciativa de Adelmir Santana e tem a assinatura de todos os líderes partidários no Senado. “É mais um instrumento de acompanhamento de qualquer movimento que venha contrário aos objetivos da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e também de qualquer movimento que seja possível fazer objetivando aperfeiçoá-la e colocá-la em funcionamento”, disse o senador Adelmir. Segundo ele, a iniciativa tem o mesmo espírito da subcomissão das micro e pequenas empresas que está sendo criada na Câmara dos

Deputados. Na ocasião, o senador e presidente do CDN do Sebrae entregou ao presidente do Senado uma edição do livro ‘Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas: a história de

uma lei que veio para fazer História’, editado pelo Sebrae. Renan Calheiros ainda recebeu do deputado José Pimentel requerimento encaminhado à Mesa do Congresso com cerca de 250 assinaturas de parlamentares, entre deputados e senadores, para a criação oficial da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional, que ele preside. Também presente à solenidade, o deputado federal Carlos Melles destacou a importância da aprovação e regulamentação da Lei e da necessidade de iniciativas que asseguram a sua efetivação. “Agora é fazer a lei caminhar”, disse. “Também sou parte da Frente”, disse o presidente do Senado aos parlamentares presentes, destacando que ele próprio se esforçou para que a Lei fosse aprovada. “Essa Lei é fundamental, vai contemplar 99% das empresas brasileiras, 60% da nossa mão-de-obra e contribuir, sobretudo, para a formalização e o crescimento da economia”.

Deputado Carlos Melles, senadores Valter Pereira, Renan Calheiros, Adelmir Santana, Marconi Perillo e César Borges, durante entrega de requerimento para comissão pela Lei Geral

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Lideranças debatem novo mercado para pequena empresa

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capítulo da Lei Geral que prevê tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas nas compras públicas pode provocar enorme impacto favorável ao segmento. É que a Lei torna obrigatória a participação apenas de empresas de micro e pequeno porte em compras públicas de até R$ 80 mil. “Trocar a possibilidade pela obrigação significa uma grande ousadia”, resume o gerente de Coordenação Normativa do Ministério do Planejamento, Vinício Rosseto. O governo federal é o grande comprador, registrando R$ 27 bilhões em 2006.

Vinícius Rosseto participou do seminário Lei Geral: perspectivas de desenvolvimento pelas compras governamentais e novos mercados para as micro e pequenas empresas, realizado no dia 7 de março. O evento, promovido pelo Sebrae no Rio de Janeiro, reuniu prefeitos, deputados estaduais, vereadores, lideranças dos setores público e privado, representantes do governo estadual, Ministério do Planejamento, superintendentes e técnicos das unidades do Sebrae em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Acelerar o pagamento para as mi-

‘Projeto TV - Foco Orientação’, do Sebrae, completa um ano

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truturados em torno da Revolução no Atendimento, promovida pelo Sebrae, e é o resultado de parcerias do Sebrae com 70 emissoras de TV, formalizada no dia 22 de março de 2006, nos âmbitos legislativo, universitário, comunitário e educativo. Pela iniciativa, essas emissoras veiculam séries de programas educativos produzidos pelo Sebrae sobre o empreendedorismo e com enfoque em orientação e gestão empresarial. O aniversário de um ano também é marcado pela estréia de novos programas no projeto: o ‘Aprender a Empreender – Pousadas e Hotéis’, o ‘Aprender a Empreender – Têxtil e Confecção’ e o ‘Juntos Somos Fortes – Agro-

Material produzido pelo Sebrae em parceria com o Canal Futura

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m 22 de março o ‘Projeto TV – Foco Orientação’ comemorou um ano de atividade com dados importantes: já chegou a 127 emissoras do Brasil, em 22 estados e no Distrito Federal, e seus programas foram assistidos por um público de cerca de sete milhões de pessoas. O Projeto TV faz parte dos 12 trabalhos es-

cro e pequenas empresas, unificar o Cadastro de Fornecedores, para conferir visibilidade e dispensar as micro e pequenas empresas de fazer inscrições diferentes em cada órgão nas diferentes esferas do poder municipal, estadual ou federal foram algumas das mudanças propostas pelo gerente Vinício Rosseto. A gerência de Coordenação Normativa do Ministério do Planejamento é responsável pela formulação do decreto que vai regulamentar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas para os órgãos do governo federal, da administração direta e indireta. Segundo Rosseto, toda a equipe da unidade está aberta para receber sugestões, críticas e dar orientação para qualquer município do País sobre compras públicas.

negócio’. Já o ‘Negócios e Soluções’, que está no ar desde 2006, continua com novos conteúdos. Ao todo, essas séries somam em torno de mil minutos de programação. À exceção do ‘Negócios e Soluções’, os outros programas foram realizados no formato de telenovelas e alternam a dramaturgia com intervenções de especialistas e de empreendedores. Nos papéis de personagens das produções aparecem artistas consagrados na mídia, como Dira Paes, Ana Rosa, André de Biasi e Cacau Melo.

Orientação empresarial No primeiro ano, o Projeto TV contou em sua grade com o ‘Aprender a Empreender’, o ‘Juntos Somos Fortes’, o ‘Hora de Mudar’, o ‘Parcerias de Sucesso’ e o ‘Centrais de Negócios’. Todos foram produzidos pelo Sebrae Nacional em parceria com a TV Futura. O Projeto TV também incluiu no ano passado a primeira temporada

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do ‘Negócios e Soluções’, produção do Sebrae em São Paulo em colaboração com a TV Cultura. Os seis programas realizados em 2006 tinham, no total, 900 minutos de duração. Segundo Marcus Vinícius Bezerra, coordenador nacional do ‘Projeto TV – Foco Orientação’, agora a meta do Sebrae é manter a rede de emissoras exibidoras e buscar novos parceiros. “Esse material, além de privi-

legiar a informação ao empreendedor, também possui alto nível técnico”, diz Marcus Vinícius. Para o coordenador do projeto, pelo fato de levarem informação, os programas possuem extrema importância para os empreendedores e podem também estimular o surgimento de novos negócios. “No Brasil, o Poder Público sozinho não consegue suprir a demanda de empregos”, observa. “Que-

remos contribuir para que cada vez mais pessoas abram seus negócios e que, conseqüentemente, haja geração de emprego e renda”, assinala. O Sebrae nos estados também desempenha uma função relevante no Projeto TV. Os estados se encarregam de articular e fechar parcerias com emissoras locais, como as ligadas às universidades e às assembléias legislativas.

André Telles

série de eventos que o Sebrae no Rio realizará este ano para estimular a regulamentação de todos os benefícios previstos pela Lei Geral. Os debates, que serão promovidos nas principais cidades do Estado, têm como público-alvo lideranças empresariais, de entidades parceiras e de representantes de órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

“Eventos como este enriquecem o debate e são essenciais para a consolidação e implantação da nova lei, tão importante para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas brasileiras”, afirmou o anfitrião do encontro, o diretor-superintendente do Sebrae no Rio, Sergio Malta. O gerente da Unidade de Políticas Públicas do

Sebrae Nacional, Bruno Quick, também presente ao evento, lembrou que é preciso aprender a olhar o Brasil sob a ótica de microrregiões econômicas. “Municípios podem olhar para os seus vizinhos e buscar oportunidade de juntar esforços para atender a uma demanda”, exemplificou. “Está mais do que na hora de acabar com a administração paternalista, assistencialista e empreguista. Os municípios ganham com a Lei Geral um poderoso instrumento para adotar uma administração moderna com a simplificação na arrecadação e pagamento dos impostos”, completou o presidente da Associação Estadual de Municípios no Rio de Janeiro, Vicente Guedes. Este seminário é o primeiro de uma

Gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, participou do evento no Rio

Serviço Agência Sebrae de Notícias (61) 3348-7494 e (61) 2107-9354 Sebrae no Rio de Janeiro (21) 2212-7941 Vinício Rosseto viniciorossetto@planejamento.gov.br Ministério do Planejamento www.planejamento.gov.br

C

om o objetivo de promover a troca de experiências em qualidade e competitividade, o Sebrae e o Movimento Brasil Competitivo (MBC) realizaram no dia 7 de março, em Brasília, o 4º Seminário Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade. Foram realiza-

das palestras, apresentações de painéis e workshops para gestores de programas. Estiveram presentes à cerimônia de abertura, o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, o diretor-presidente do MBC, José Fernando Matos, o coordenador do Grupo Gera Ação e assessor da presidên-

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Qualidade, Produtividade e Competitividade

Diretor do Sebrae Luiz Carlos Barboza e presidente do MBC, José Fernando Mattos, na abertura do 4º Seminário Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade

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micro e pequenas empresas dos programas de qualidade nos estados da Bahia, Amazonas e Minas Gerais. À noite, empresas de 20 estados brasileiros receberam o prêmio de reconhecimento pelas melhores práticas de gestão em qualidade, produtividade e competitividade. O evento contou com a presença dos ministros Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Paulo Bernardo, do Planejamento; e Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além do presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Adelmir Santana. O evento é uma das ações promovidas pela Rede de Cooperação Bra-

Encontro técnico

Sebrae e Funcex discutem acesso de MPE ao mercado externo Rio de Janeiro - Explicações detalhadas sobre os critérios de escolhas dos projetos, formas de atendimento, mecanismos de acompanhamento dos resultados do trabalho e o alcance da área de atuação do Sebrae Nacional e das unidades estaduais. Estes foram alguns dos tópicos apresentados pelo Sebrae na Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), em reunião realizada em 23 de março, no Rio de Janeiro. Este encontro técnico representa o cumprimento de mais uma etapa preparatória para a definição do formato de um seminário que deve ser realizado em julho deste ano. Funcex e Sebrae Nacional trabalham em parceria para definir estratégias de atuação para promoção e exportação dos pequenos negócios, que tem como base três ações principais: análises qualitativas de instrumentos e mecanismos de políticas

sil+, projeto conjunto do Sebrae e MBC, que tem como objetivo promover maior sensibilização dos conceitos sobre competitividade, qualidade, gestão, inovação e produtividade, auxiliando no desenvolvimento das micro e pequenas empresas no Brasil. “Somos os principais protagonistas no processo de transformação e melhora da qualidade de vida dos empresários. Sem a unificação de esforços, não teríamos hoje 23 estados fazendo o reconhecimento de empresas”, disse o presidente do MBC. Serviço Agência Sebrae de Notícias (61) 3348-7494 e 2107-9359 acesso das micro e pequenas no mercado externo. “No seminário vamos definir o foco para encontrar soluções integradas e discutir os melhores mecanismos para que elas sejam implantadas”. “A internacionalização não passa apenas pela exportação do produto. As micro e pequenas empresas podem marcar presença e conquistar terreno também através de alianças, franquias ou com escritórios de representação no exterior”, reforçou a gerente da Unidade de Acesso a Mercados, Raissa Rossiter.

públicas para a promoção e exportação das micro e pequenas empresas, de experiências internacionais na temática de internacionalização e de casos de sucesso. O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, chamou atenção para o novo modelo de gestão adotado que dá ênfase, entre outras ações, às demandas e necessidades dos clientes, foco em indicadores efetivos de sucesso, integração de esforços, importância de parcerias e visão de longo prazo. Na avaliação do diretor geral da Funcex, Ricardo Markwald, essa parceria com o Sebrae representa um cenário promissor Raissa Rossiter faz apresentação em reunião técnica com a Funcex, que contou com para aumentar o participação do diretor Luiz Carlos Barboza

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cia da Petrobras, Irani Varella, o superintendente da Fundação Nacional da Qualidade, Antônio Tadeu, lideranças de empresas, entre outras autoridades. Para Barboza, a iniciativa abre perspectivas de avanço, na medida em que essas empresas se tornam referência de competitividade para milhares de outros empresários do País. “Esta é uma verdadeira experiência de construção coletiva. Todos os que têm militado neste movimento ajudam a carregar a bandeira do esforço para as melhores práticas competitivas no setor privado”, afirmou. Durante a parte diurna do evento foram apresentados diversos casos de sucesso nas áreas de saúde, turismo e


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I Seminário Nacional dos Executivos do PROGERECS

Participação – Executivos das Federações das Associações Comerciais e Gerentes da Caixa Econômica Federal, dos 27 Estados brasileiros

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I Seminário Progerecs Programa de Geração de Receita e Serviços - realizado de 25 de fevereiro a 02 de março, no Hotel Nacional, em Brasília, foi uma iniciativa muito importante da CACB, no sentido de contribuir para o aperfeiçoamento dos executivos das Federações Comerciais do sistema CACB responsáveis pela gestão e implantação das ações que compõem o programa. A parceria com a Caixa, que enviou representantes dos 27 Estados para o evento, vem reforçando a sustentabilidade do sistema CACB e tem se mostrado de grande

importância para assegurar o fortalecimento das ACEs que passam, dessa forma, a oferecer efetivas vantagens e benefícios a todos os associados. Os produtos e serviços do Progerecs foram amplamente estudados, debatidos e suas rotinas repassadas a todos os executivos permitindo que, a partir deste encontro, todas as Federações estejam em condições de prestar o necessário suporte técnico para a implantação em todas as Associações Comerciais (ACEs), interessadas em usufruir dos benefícios propostos pelas ações que visam gerar receita e

serviços para seus associados. No Seminário também foram apresentados os programas Empreender e Empresário Legal, a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), além de palestras de representantes do Banco Central sobre a Campanha Nosso Dinheiro (veja entrevista e matéria nesta edição). Foi uma oportunidade inédita para que os executivos pudessem trocar experiências e discutir problemas comuns às diversas Federações, da mesma forma que puderam encontrar soluções na busca do desenvolvimento do sistema como um todo.

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Carta de Brasília 02 de março de 2007 Introdução

plantação do Progerecs.

As Agências Sociais na estrutura social, política e econômica em qualquer regime da gestão pública, são as principais responsáveis pela formação da renda e da riqueza das pessoas. Por mais que o papel das estruturas associativas seja colocado num plano secundário, quando olhadas pelos gestores públicos, são elas que propulsionam a organização dos fatores da produção e respondem pela formação das unidades econômicas quer seja micro, pequena, média ou grande empresa. Este sistema econômico, em suas diversas formas representativas, faz da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) a líder nas ações junto às 27 Federações, congregando 2.300 Associações Comerciais. O patrocínio da Caixa Econômica Federal permitiu realizar em Brasília o 1º Seminário Nacional para apreciação das bases de implantação do Programa de Geração de Renda e Serviços – Progerecs, onde a CACB coordenou o trabalho exaustivo de 27 executivos provenientes das federações de cada um dos estados brasileiros.

Ações dos Executivos no Seminário Nacional Presidentes, superintendentes, diretores e coordenadores das 27 Federações, concentraram seus esforços no sentido de identificar e propor soluções para os problemas regionais, com ações de respostas imediatas, com o objetivo de “inaugurar” a im-

Situações Identificadas 1. Continuidade de Gestão - Há a necessidade de continuidade dos trabalhos iniciados pelos executivos e sua equipe, para a realização plena e satisfatória de resultados; 2. Remuneração dos executivos - A remuneração dos executivos está atrelada a um orçamento e respectiva disponibilidade de recursos, sem incentivo à produtividade. 3. Comunicação com a CACB - Faltam canais de comunicação da CACB com as federações, através de portais, chats, informativos periódicos, TV interna e correspondências direcionadas aos executivos, diretores e presidentes. 4. Inadimplência - Há a necessidade de se fomentar e desenvolver soluções de serviços e produtos, para que o associado tenha motivação para não deixar de pagar as mensalidades às suas associações e, consequentemente, para que as associações possam quitar as suas mensalidades junto às federações. 5. Estrutura inadequada de gestão nas federações - A maioria das federações não possui uma infra-estrutura adequada para realizar trabalhos inerentes aos seus objetivos contribuindo, assim, para a construção de resultados negativos. 6. Oferta de serviços - São poucos os serviços que geram receitas às federações de origem da venda de produtos e serviços.

7. Profissionalização no Sistema - Não existe um programa de aprimoramento e acompanhamento constante dos gestores, incluindo os presidentes e diretores das federações. Os executivos, considerando as condições e peculiaridades regionais, submetem à apreciação do Progerecs as soluções que se seguem: a. Evitar o turn-over de funcionários, através de um melhor recrutamento, seleção e capacitação, evitando as indicações políticas para cargos de gestão técnica, bem como a criação de um plano de cargos e salários compatível com o mercado. b. Criar e desenvolver novas linhas de produtos e serviços que atendam às demandas das associações comerciais proporcionando parceria no atendimento às filiadas, resultando no incremento das receitas tanto destas quanto das federações. c. Criar e incentivar a cultura da remuneração dos executivos baseada em um valor fixo, acrescido de um percentual de produtividade variável, sobre os resultados líquidos obtidos pela comercialização dos produtos e serviços. d. Desenvolver um portal na página da CACB, para comunicação dos executivos, conferências a distância, fóruns permanentes e demais dispositivos digitais disponíveis. e. Direcionar parte do orçamento incrementado pelos novos produtos e serviços próprios ou originários do Progerecs para a melhoria permanente da estrutura das federações. Os executivos das federações presentes fizeram um inventário dos serviços que já são disponibilizados em suas entidades, quais sejam: • Programa de Inclusão Digital

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• Plano regional de saúde em grupo • Capacitação gerência / empresarial • Siga - Sistema de Incubadora de Gestão Assistida • Serviço de Recuperação de Crédito • Treinamento em Análise e Cobrança • Portal de Financiamento de Micro Empresas • Software de Gerenciamento Financeiro • Auditoria, Assessoria Econômica, Financeira e Tributária • Banco de Palestras • Sigaem • Ippex • Unifaciap (educação continuada) • Habitat (meio ambiente) • Certificação Digital de Documentos • Datacenter (base de dados das ACEs/Federações) • Gestão de Benefícios (PAT) – Accredito (SP) e Utilcard (Santa Catarina) • Printe (Proteção Intelectual) • Educação Financeira (orçamento familiar) Os serviços e produtos acima relacionados estão sendo praticados isoladamente nas federações que os construíram. Foram relacionados para conhecimento dos executivos do sistema. A título de sugestão submetemos para apreciação da CACB – Progerecs os produtos e serviços abaixo relacionados que permitirão, com a adesão das federações e coordenados pelo Progerecs /CACB, incrementar as suas receitas internas: 1. Caixa Aqui (serviços e produtos bancários da CEF e da Caixa Seguros), incluindo o Portal de Compras (B2B-B2C-B2GOV) já em fase de desenvolvimento (convênio assinado). 2. Plano de saúde nacional 3. Cartões: PAT e Gestão de Convênios (a definir entre São Paulo (Acrre-

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dito) ou Santa Catarina (Utilcard) ou Grupo Accor) Recebafácil (empresa terceirizada) Ippex - do nosso sistema (Paraná) Proe - do nosso sistema (Paraná Convênio já assinado com a CACB) Sigaem - do nosso sistema (Sta. Catarina) - convênio já assinado entre a Facisc/CACB. Site empresariolegal.com – em construção.

Com o intuito de auxiliar nas decisões que envolvam aspectos eminentemente técnicos, os executivos presentes submetem à apreciação da diretoria da CACB a criação do Conselho dos Profissionais Executivos das Federações (Copef), como um conselho do Progerecs de instância técnica e consultiva da CACB. Para coordenar a sua organização, a plenária designou o Superintendente da Faciap, Dr. Rubens Maluf Dabul, que também passa a integrar o comitê gestor do programa. Para auxiliar nas gestões do Progerecs, ficou instituído um Comitê Gestor, com a participação de um representante de cada região, os quais foram assim escolhidos: Sul: Gilson Sálvio (Santa Catarina); Sudeste: Thelma Coelange (Minas gerais); Centro- Oeste: Regina Iara Bezerra (Mato Grosso do Sul); Nordeste: Benedito Ramos Amorim (Alagoas); e Norte: Cláudio Figueiredo (Pará). As reuniões do Comitê Gestor serão coordenadas pelo Dr. Luiz Antônio Bortolim, coordenador executivo nacional da CACB para o programa, que fará as respectivas convocações quando necessário. O coordenador do Progerecs submeteu à apreciação da plenária a seguinte sugestão: da receita bruta, oriundas das vendas de produtos e serviços pelo sistema através do Progerecs, antes mesmo da distribuição da

parte que cabe à CACB, às federações e associações comerciais, será deduzido o percentual de 10% para formar o fundo de investimento, gestão e administração do programa. A sugestão foi aprovada pelos presentes. Finalmente, sugerem que o Comitê Gestor tenha sua primeira reunião convocada, e as subseqüentes, na mesma data e local da reunião do Conselho Diretor da CACB. Na etapa seguinte, sejam convocados os executivos das federações para as mesmas datas com o objetivo de que as decisões sejam representativas, resultando em ações conjuntas, executivas e concretas, o que irá fortalecer o sistema como um todo. A convocação, designação de data e local serão feitas pelo coordenador geral do Progerecs. As Federações representadas neste 1º Seminário Nacional, registram os agradecimentos à Caixa Econômica Federal que permitiu o encontro inédito de seus executivos (da CEF), num debate de alto nível, eficiência, troca de idéias e mútuo aprendizado com os executivos do sistema CACB. Concluindo, os executivos presentes acreditam que, embora cada Federação tenha sua proposta de ação localizada e independente, faz-se importante a articulação para que os serviços e produtos definidos pelo Progerecs sejam desenvolvidos por todas as federações para que se possa construir uma “rede” realmente representativa e com isso realizar negociações que gerem mais renda para todo o Sistema. Acreditamos ainda que, por melhores que sejamos individualmente como Federação, jamais seremos tão bons quanto todas juntas em torno de objetivos comuns. Assinam os executivos de todas as federações do sistema CACB.

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Panorama nos estados

Paulo Chaves, superintendente da CACB, Daurin Goulart Andrade, gerente nacional Pessoa Jurídica da CEF, Alencar Burti, presidente da CACB, e Eliel Teixeira de Almeida, gerente nacional de Cartões Pessoa Jurídica

Pernambuco – A Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco (Facep) e a Caixa pretendem realizar ações em conjunto, visando ampliar a inclusão das associações comerciais e empresariais (ACEs) do Estado no convênio CAIXA / CACB. A Facep conta com 64 associações filiadas, sendo que algumas, a exemplo da própria Federação, já aderiram ao programa. Segundo Paulo Nery, gerente regional de Negócios da Caixa em Recife, o plano de ação sinaliza que se estendam os benefícios do Progerecs a todas as associações pernambucanas. Para isso serão efetivadas visitas em conjunto dos executivos da Facep/ CEF aos gerentes das agências e às associações conveniadas de cada município. O convênio também foi apresentado durante o I Encontro dos Presidentes e Diretores das Associações Comerciais, realizado no Estado. Rondônia – Com uma diretoria e quadro profissional renovado, a Federação das Associações Comerciais do Estado de Rondônia (Facer) busca em todos os instantes recursos, serviços e projetos que ajudem a fomentar o desenvolvimento das empresas sejam elas grandes, médias ou pequenas. Dessa forma, marcou

Pernambuco - Marcelo Sandes, da Caixa, e Walmam Bezerra, executivo da Facep

Pará - Claudio Augusto Martins de Figueiredo, superintendente da Faciapa, e João Augusto Barral de Miranda, da Caixa

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presença no seminário do Progerecs e levará o convênio a todas as 36 associações do Estado. Além dessa ação, que será iniciada de imediato pela Facer e pela Caixa, outras já estão acontecendo como é o caso do ciclo de palestras sobre a Lei Geral e a reestruturação do Empreender. Os representantes de Rondônia foram a Coordenadora Executiva da Facer, Leiri Bonet, e a gerente regional de Negócios da Caixa, Milena Pinheiro.

Jair Luiz Mahl, gerente de Segmento Empresarial da Caixa

Rio Grande do Norte - A Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte (Facern) foi fundada em 18 de julho de 1966. É presidida pelo Sr. Nilson Tavares Morais - presidente da Associação Comercial e Empresarial do RN, que assinou o convênio que deverá ser estendido a todas as ACEs do Estado. O Progerecs veio para impulsionar o papel das ações da Facern junto a suas associadas e à comunidade em geral, aumentando o mix de serviços a serem disponibilizados. Rio Grande do Norte - Carlos Antônio Araújo, da Caixa, e Vilany Isaura Freitas, da Facern

Espírito Santo - Daniel Arrais, da Faciapes, e Denilson Rocha, da Caixa

Rio Grande do Sul Christine Gehring, Federasul, e Gustavo Meinhardt Neto, Caixa

Mato Grosso - Rita de Cássia, da Facmat, e Edmundo Edmur Bruno, da Caixa

Pará - A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa) foi constituída em maio de 1983. É hoje o principal canal de comunicação do empresariado local com os setores estratégicos do Estado. Seu prestigio decorre da tradição e da atuação de cada uma das ACEs que a compõe, o que lhe dá uma maior representatividade, resultado do expressivo número de empresários que acreditam e participam do movimento associativo. A Faciapa está levando o convênio diretamente aos municípios, através das regionais. Em abril será lançado em Belém para aproximadamente 30 associações que, incluindo as visitas já realizadas em março, totalizará 45 associações contactadas. A apresentação é feita em data show e está sendo preparado um folder explicativo com o apoio da Caixa no estado. O presidente da Federação, Altair Vieira, acredita que com a criação do Conselho de Executivos do Progerecs, o sistema de associativismo irá se fortalecer cada vez mais, pois estará representando todas as regiões e haverá uma melhor efetivação dos projetos expostos. Espírito Santo – A Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Espírito Santo (Faciapes), presidida por Arthur Avellar, completa, em julho deste ano, 35 anos de existência. Para comemorar

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esta data, serão realizadas ações que visam ainda mais o fortalecimento do movimento associativista no ES. E como ponto fundamental desses festejos, tem a parceria com a Caixa, que vai implantar o Correspondente Caixa Aqui, em cada associação. Foi realizada uma reunião com todos os gerentes da Caixa para apresentação do projeto e cronograma de ações. No mês de abril será realizado o treinamento para os funcionários da Acises, projeto piloto em Vitória, e as visitas conjuntas Faciapes/CEF aos municípios que tenham associações filiadas à federação, realizando um encontro com os presidentes das ACEs, prefeitos e gerentes locais da Caixa. Sobre o Seminário opinou o executivo da Faciapes, Daniel Arrais: “A experiência de ouvir outras federações foi fundamental para nosso crescimento profissional, assim como para facilitar o dia-a-dia na gestão de nossa federação”. Mato Grosso - A gestora da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado de Mato Grosso (Facmat), Rita de Cássia Alves de Matos, e o gerente de relacionamento da Caixa Econômica Federal de Cuiabá/MT, Edmundo Edmur Bruno, participaram do treinamento do Progerecs. De acordo com a gestora, o trabalho pós-seminário será disseminado junto às ACEs de Mato Grosso, onde novas experiências estão sendo implantadas com objetivo de aumentar as receitas: “Estamos em busca de novos convênios e discutindo novas linhas para a captação de recursos”. Um trabalho que está sendo realizado é a construção de sites para todas as associações de Mato Grosso, que tem por objetivo aproximar os filiados, apresentando conteúdos de interesse regional, facilitar o acesso para as consultas e divulgar os trabalhos das entidades, além de fortalecer a relação da entidade com os associados e comunidade em geral. Rio Grande do Sul - O propósito do Progerecs vem ao encontro do Programa de Fortalecimento das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul, iniciado pela Federasul no segundo semestre de 2006. O programa gaúcho é focado na criação e no apoio a ações com outras instituições; na criação e realização de projetos de forte atração e de grande repercussão de imagem para a entidade, a cidade e o Estado; na formatação e sustentabilidade de projetos, produtos e serviços à

Rio de Janeiro – Lédio Ferreira, da Facerj, e Luis Fernando Vasquez Romero, da Caixa

Minas Gerais - Denílson Santos Rocha, da Caixa, e Thelma Evelange Láuar, da Federaminas

São Paulo - Rogério Roson, da Caixa, e Taicir Khalil, da Facesp

Ancelmo Oliveira, diretor da CACB

João Sidney, Chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central

Mato Grosso do Sul – Regina Iara Ayub Bezerra, da Faems, e Paulo Roberto, da Caixa

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Flávio Giussani, consultor externo da CBMAE

Luiz Antônio Bortolin, coordenador executivo nacional do Progerecs

comunidade empresarial; no posicionamento da instituição como força de atração ao fortalecimento da sua representatividade; na transformação da associação comercial num escritório do associado; na consolidação da imagem participativa da comunidade empresarial; dentre outros objetivos. Nesse sentido, a Federasul busca alternativas que gerem benefícios para que a sustentabilidade seja uma realidade. De acordo com Christine Gehring, coordenadora de Relacionamento com Filiadas da Federasul/ACPA, “o evento promovido pela CACB, com propósitos semelhantes, visando a geração de receita e serviços para a auto-sustentabilidade da rede como um todo, proporcionou a aproximação e interação entre dirigentes e executivos das Federações, permitindo, além da apresentação de possíveis parcerias externas, trocas de experiências, bem como sugestões de práticas e uso de ferramentas entre as instituições filiadas à rede”.

Amazonas - Valdemar Pinheiro Filho, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas (Facea), e Rafael Jacob Freire da Paz

Rio de Janeiro - A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj) foi fundada em 1975. Sua importância como entidade representativa do empresário do micro e pequeno empreendimento pode ser traduzida em números - são 120 associações, presentes em 90 dos 92 municípios fluminenses e nos principais bairros cariocas, congregando mais de 38 mil empresas de todos os segmentos - e pela legitimidade, pois todas as empresas são filiadas às associações por livre adesão. Segundo o secretário executivo da Facerj, Lédio Ferreira, ele pode atestar a eficácia da CACB, na condução do Seminário, cujo marco principal foi a união dos executivos participantes. O evento foi conduzido, com maestria, pelo coordenador nacional do Progerecs pela Confederação, Luis Antonio Bortolin, e foi de relevante importância para mostrar novos horizontes na prestação de serviços e ampliar o conhecimento dos participantes em torno dos projetos do sistema: o Convênio CAIXA/CACB, Empreender, Mediação e Arbitragem e outros em andamento. “Saímos do seminário certos de que esta brilhante e acertada iniciativa da CACB terá como desdobramento o fortalecimento e o desenvolvimento das nossas Entidades” afirmou Lédio.

Sergipe - Lierte Franco Costa, da Caixa, e Ben-Hur Neres de Barros, gerente executivo da Faciase.

Santa Catarina – Sensibilizar a diretoria da Facisc e

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os gerentes da Caixa sobre o plano de ação Correspondente Caixa Aqui; apresentar o convênio aos consultores regionais; identificar as cidades que servirão de piloto; desenvolver material específico para divulgação em jornais de circulação estadual, no boletim Facisc On Line e nas Reuniões Plenárias Regionais; e inserir matéria na edição de maio da revista Gestão Empresarial da Facisc. Estas são as ações que Gilson S. Zimmermann, da Facisc, e Cleunise Salete G. Zanella, da Caixa, desenvolveram e estarão desenvolvendo até o mês de maio. Paraná – O Progerecs foi lançado na Feira de Comércio (Facicom), que reuniu 280 ACEs, gerentes da CEF, prefeitos, coordenadores regionais, consultores e líderes empresariais. Foi montado um Caixa Aqui com “demo” para o público alvo. Foi efetivado um treinamento, pela Faciap, dos executivos das ACEs na área de vendas e liderança e, pela Caixa, nos produtos Caixa Aqui (Transacional). O Negocial foi feito através de um convênio máster CACB/Faciap/CEF. O treinamento está sendo implementado nas 10 regionais, seguindo um calendário Faciap/CEF.

Alagoas – Benedito Ramos Amorim, da Federalagoas, e Josuel Cardoso da Silva, da Caixa

Ceará - Jacqueline Silveira Leite Esmeraldo, da Caixa, e Tácito Bomfim, da FACC

Momentos de descontração e relacionamento durante o siminário

Minas Gerais – A Federaminas escolheu 100 das 405 ACEs mineiras para dar início ao Plano de Ação. A jornada será iniciada na 2ª semana do mês de abril com a meta de visitar as 100 cidades relacionadas, num prazo estipulado de doze semanas. Serão 10.550 quilômetros a serem percorridos em 70 dias. Além do Progerecs, serão divulgados outros produtos do Sistema CACB. O trabalho estará sendo coordenado por Belchior e Thelma Láuar. Sergipe – A meta é a implantação até o mês de julho do Correspondente Caixa Aqui em 02 associações no interior (negocial e transacional) e 01 na capital (negocial). Para isso, foi realiza Reunião Estratégica com a diretoria da Faciase e a Superintendência Regional da Caixa. Na sequência, será feita uma mobilização para divulgação junto aos associados da parceria CACB / CAIXA, através de vários canais de comunicação (mala-direta, e-mail, site, informativo, jornais, etc.), dos serviços e produtos Caixa Aqui diretamente para os associados. São Paulo – A Facesp, com o apoio do seu superin-

Bahia – Geraldo Martins Santos Jr., da Caixa, e Marcelo Guerra, da Faceb

Amapá - Eduardo Brito Coelho, da Caixa, e Gilberto Laurindo, vice-presidente da ACIA

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Valdemar Pinheiro, vice-presidente da Facea, Arthur Avellar, presidente da Faciapes, Paulo Chaves, superintendente da CACB, José Paulo Cairolli, presidente da Federasul, Clóves Lopes Cedraz, presidente da Faceb, e Leocir Paulo Montagna, presidente da Facims

tendente, Natanael Miranda dos Anjos, e de Taicir Khalil, representante da federação para o Progerecs, assim como o representante da Caixa, Rogério Roson, desenvolveu um plano de ação em três etapas. Em primeiro lugar, houve o mapeamento das 18 Superintendências da Caixa no estado, com suas respectivas regiões Administrativas. Em seguida, foi divulgado o conteúdo do Seminário que ocorreu em Brasília, para nivelar as informações em cada uma das regionais. Depois, realizou-se um encontro entre as 18 regionais da Facesp com os 18 gerentes regionais da Caixa, quando foram realizadas adesões ao convênio. O balanço será divulgado brevemente. O objetivo é conveniar 220 ACEs até dezembro/2007. Maranhão – A Faem deu o primeiro passo para a implantação do Progerecs colocando uma executiva na direção do convênio e de outras opções de serviços disponibilizados pela CACB. A nova executiva do sistema é a senhora Eulália Oliveira Pereira. O trabalho será iniciado no mês de abril com o Encontro Es-

tadual de Associações Comerciais, cuja finalidade será a elaboração do plano de ação para o ano 2007. O representante da entidade no I Seminário Nacional dos Executivos do Progerecs foi o primeiro secretário, Domingos Sousa Silva Júnior. Mato Grosso do Sul – A Faems realizou, em 23 de março, durante o dia inteiro, um evento para adesão das ACEs ao convênio CACB/Caixa. Foi um sucesso. Após a implantação nas 20 ACEs que já aderiram, começará, até meados de abril, a sensibilização das outras 24 associações que não compareceram por terem outros compromissos agendados anteriormente. Para que o evento de adesão fosse produtivo, foi realizada uma pré-produção e a Faems, sob a coordenação de Regina Bezerra, levou os contratos de prestação de serviços e a Declaração de Isenção dos Tributos já digitados, com a qualificação de cada ACE. Isso facilitou muito a assinatura, principalmente porque compareceram os presidentes e os executivos das ACEs.

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