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SUMÁRIO de capa 10 Matéria Mudança de hábito

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- Walter Ihoshi, 6 Entrevista deputado federal (Dem/SP)

Editorial No Brasil houve, e continua a existir, muita resistência à adoção do domingo como uma grande opção para os consumidores irem às compras. O argumento, principalmente dos sindicatos que representam os trabalhadores do setor, de que o ideal seria que o domingo fosse dedicado apenas ao lazer e à família, não tem nenhuma base de sustentação racional. A não ser que considerássemos os médicos, enfermeiros, jornalistas, taxistas, motoristas de ônibus e caminhões, trabalhadores do metrô, pilotos de avião, comissários de bordo, garçons, pessoal de hotelaria, policiais, dentre tantos outros, um tipo de subespécies dos humanos. Entenda um pouco essa questão lendo a matéria de capa Mudança de Hábito, gentilmente cedida pelos editores da revista Shopping Centers, com texto do jornalista Jacques Schop. O nosso entrevistado é o deputado federal pelo DEM-SP, Walter Ihoshi, que fala, dentre outros temas, do projeto que tramita na Câmara Federal que trata do Cadastro Positivo. O objetivo é criar um banco de dados com os nomes dos consumidores que pagam suas contas em dia - a exemplo do que acontece com os maus pagadores. Dessa forma, os bons pagadores poderiam receber benefícios como descontos especiais, por exemplo. Antônio Limone, diretor da Caixa Consórcios, em seu artigo Será a empresa um organismo vivo? cuida dos diversos problemas enfrentados pelas pequenas e pelas empresas de alta complexidade que, como organismos vivos, têm que enfrentar as doenças que se instalam com tanta facilidade quanto no ser humano. Uma alternativa, para enfrentar esses problemas, está na busca do conhecimento, na troca de experiência e no desenvolvimento em associações, como as Associações Comerciais. Vale a pena conferir.

Estilo

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Walter Ihoshi, deputado federal (Dem/SP) Planejamento estratégico Mudança de hábito Será a empresa um organismo vivo? Por Antonio Limone Bibliotecando Por Ênio Lins Estilo Por Perla de Melo Gomes Modernização do sindicato

Tem também as páginas de Bibliotecando e a charge do Ênio Lins, as dicas de Estilo da jornalista Perla Gomes, o Boletim Informativo do Sebrae e a seção, no final da revista, voltada para divulgar as ações do Sistema CACB.

SEÇÕES

Boa leitura,

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Hugo Julião Publisher hugojuliao@uol.com.br

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Boletim Informativo Informativo do Sistema

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Palavra do presidente realiza o seu XVII 34 CACB Congresso em Florianópolis

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Publisher Hugo Julião B. da Costa / Produção Juliano Azuma, Marcel Azuma / Diretora Comercial Mel Almeida / Diretor de Arte Josue Jackson / Editoração Eletrônica Alexandre Ribas, Marcos Ribas / Gerente Operacional Leonardo Mittaraquis / Colaboradores: Fernando Brites, Nilton Pedro, Reyes Marinho, Cida Montijo, Luiz Antônio Bortolin / Revisão Rosângela Dória - DRT-SE 1073 / Jornalista Responsável Thaïs Bezerra - DRT-SE 364 Assessoria de Imprensa da CACB Coordenador: Hugo Julião / Priscila Ferreira / Monique Menezes/ Estagiária: Mariana Xavier Administração

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Comercialização

Representantes Comerciais: Brasília - Dane Magalhães (61) 8116-8690 / Sergipe-Alagoas - Jonatal Souza (79) 8801-2074 / Bahia - Júlio César Ferreira (Cartão Postal) (71) 3287-0833 / São Paulo - José Moraes Alfaya (11) 9943-4977 empresabrasil@biizeditora.com.br Escritório Distrito Federal David da Costa SCN - Centro Empresarial Liberty Mall - Torre A Salas 316/317 -(61) 3315-9071 - Brasília/DF - CEP 70712-903 / Circulação DF Itamar Amaral - (61) 8118-6311 / Escritório Sergipe Rua Capitão Benedito T. Otoni, 477 - Bairro 13 de Julho - (79) 3246-4707 - Aracaju/SE - CEP 49020-050.

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Uma organização existe para gerar valor para o cliente e, conseqüentemente, para si mesma. Se quisermos ser competitivos, ou seja, criar e entregar valor de forma diferenciada, precisamos de uma estratégia que inclua todos os atores: a organização, o cliente e o mercado. Muitas organizações têm estratégias, mas carecem de ação, de transformar as idéias em casos concretos. Não apenas planejar, mas realizar. Por isso, a CACB faz, a cada três anos, uma revisão de seu Planejamento Estratégico. É um momento de repensar a entidade, avaliar a nova conjuntura que se apresenta, fazer uma projeção das ações a serem desenvolvidas, avaliar as novas oportunidades e os obstáculos que temos que transpor para alcançar resultados. O último encontro, realizado em outubro, em Brasília, serviu para mostrar que o sistema CACB está vivo e que todos os presidentes de federações estão comprometidos com a consolidação com um objetivo único: consolidar a Instituição como a mais representativa do empresariado nacional. O reflexo de como se encontra a atual conjuntura da confederação será mostrado no XVII Congresso Brasileiro da CACB. Esse evento irá reunir cerca de 1.200 empresários ligados às associações empresariais de todo o Brasil, debatendo temas que incentivem a competitividade das empresas que fazem parte do sistema associativista.A participação destes empresários no Congresso é muito importante, tendo em vista a qualidade dos workshops, seminários e dos palestrantes que se apresentarão no decorrer do evento. Queremos que cada vez mais companhias estejam no quadro das boas estatísticas e é por meio de entidades como as associações empresariais que podemos auxiliar no desenvolvimento econômico dessas empresas e, como corolário natural, do País.

Um forte abraço, Alencar Burti Presidente

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Entrevista

Walter Ihoshi Walter Shindi Ihoshi (DEM-SP) é um dos mais respeitados profissionais no meio empresarial do Estado de São Paulo. Formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, especializou-se em Comércio Internacional pela Universidade da Califórnia. É co-fundador da indústria de cosméticos Shizen, um dos campeões de venda no segmento capilar no Brasil e tem presença no mercado externo. Vice-presidente e membro da Diretoria Executiva da Associação Comercial de São Paulo, em 2003, o deputado Walter Ihoshi (DEM-SP), é o relator do Projeto de Lei 405/2007, de autoria do então senador Rodolpho Tourinho (DEM-BA), que dispõe sobre a formação do cadastro positivo nos Sistemas de Proteção ao Crédito. O objetivo da proposta é criar um banco de dados com os nomes dos consumidores que pagam suas contas em dia - a exemplo do que acontece com os maus pagadores. Até o fechamento desta edição, o Projeto de Lei encontrava-se na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) com parecer favorável do seu relator. Este é o primeiro mandato do deputado Walter Ihoshi, que foi eleito, em 2006, com mais de cem mil votos. Nesta entrevista concedida ao editor Hugo Julião, ele também fala de outras bandeiras de seu mandato como a redução da carga tributária e a necessidade de se dar transparência aos impostos embutidos nos produtos e serviços. Confira. O que é o cadastro positivo? O cadastro positivo possibilita diferenciar o bom pagador do mau pagador que hoje, praticamente, só é operado através do SCPC. O cadastro positivo vai permitir que o bom pagador também tenha participação nos cadastros e, uma vez fazendo a opção por esse cadastro, ele vai ter acesso a cré-

dito mais barato. No Brasil, a gente vê que o povo em geral tem o costume de pagar suas contas dentro do prazo. Portanto, aquelas pessoas que pagam em dia suas contas, terão acesso, no futuro, a um crédito mais barato. Ou seja, esse benefício vai poder girar a economia, criando mais emprego e mais renda ao não penalizar o bom pa-

gador por falta de conhecimento do seu cadastro. Por que há a resistência de órgãos de defesa do consumidor? O cadastro positivo não foi entendido de forma completa. Existe uma série de mitos que são considerados por parte de alguns desses órgãos,

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de parlamentares e da sociedade, porque desconhecem como funciona o cadastro positivo. Na América Latina, nós temos a experiência muito interessante do México. Tivemos um consultor do IFC (International Finance Corporation) - braço financeiro do Banco Mundial - numa audiência pública mostrando como funciona o cadastro positivo e como ele pode agregar valor às operações e pode facilitar a vida do bom consumidor. Existem dúvidas na hora em que se operacionaliza o cadastro positivo. Existe também um questionamento que os estrangeiros estariam sendo favorecidos com essas informações de cadastro positivo e negativo. É isso que tem que ser desmistificado. Essas audiências públicas e esse debate na Câmara dos Deputados, nas comissões, são muito importantes para que se tragam essas informações e se esclareça os parlamentares para que os projetos sejam aprovados. Como se encontra a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados? Efetivamente, na Câmara, são dois projetos: o 405, que vem do Senado, de autoria do senador Rodolfo Tourinho, que eu estou relatando favoravelmente. Esse projeto cria o cadastro positivo dentro do Código de Defesa do Consumidor, basicamente isso, ele é simples. Tem outro projeto, que já passou por várias comissões, e foi aprovado na CCJ, que é o de nª 836/ 2003. Este projeto sofreu diversas modificações e, no final, foi aprovado. Ele não está na forma que achamos que seria perfeito. Agora vai para o Senado, onde poderá sofrer novas alterações e ser aperfeiçoado. Esse projeto detalha o funcionamento do cadastro positivo e há uma grande possibilidade de mudanças porque muitos

parlamentares ainda têm uma série de dúvidas sobre o assunto. Como o senhor está vendo a questão do encaminhamento do nome dos contribuintes que estão inadimplentes na relação fiscal com o Governo Federal para as empresas que prestam serviço de proteção ao crédito? Ou seja, desta forma eles ficam impedidos de obterem crédito em lojas, bancos, etc. Existem duas coisas distintas: uma delas é você tratar do cadastro de consumidores, de quem paga e quem não paga as suas contas em dia do ponto de vista do consumidor. Outra, é a questão fiscal. Na medida em que o governo vem com essa proposta de misturar as duas coisas, entra-se até na questão do próprio sigilo do contribuinte. Eu não vejo isso de forma muito apropriada. Dentro de toda a discussão sobre a CPMF, sempre sobra espaço para colocação de alternativas para o complexo cipoal de impostos no Brasil. O

Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é uma delas. Qual o seu entendimento sobre o assunto? Eu acho que o desejo de todos os empreendedores é ver um sistema tributário mais simples, que atenda tanto ao empresário quanto ao contribuinte. Para isso é preciso unificar diversos tributos e criar alíquotas uniformes e simplificar a forma de fazer o recolhimento e a contribuição. O IVA está nesse caminho, que seria a substituição, por exemplo, do ICMS, IPI, ISS, Cofins, Pis-Pasep e Simples por um único imposto sobre o consumo de bens e serviços. Um grande aliado nessa luta para se acabar com o excesso de tributos no Brasil é dar transparência aos impostos embutidos. O movimento De Olho no Imposto, liderado pela Associação Comercial de São Paulo, teve esse objetivo. Chegou a recolher mais de 1,5 milhão de assinaturas, suficientes para validar o projeto de lei popular que determina a discriminação de impostos e serviços na nota fiscal. O projeto se encontra no Senado Federal. Quando vier para

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a Câmara dos Deputados, lutarei para que seja matéria prioritária. E quanto à carga tributária? Nós não sabemos como virá uma nova proposta do governo federal em relação à carga tributária. O que eu posso dizer é que primeiro seria necessário uma reforma fiscal. Esta reforma obrigaria os estados e a União a diminuirem o seu tamanho, a fazer um enxugamento das suas máquinas, a ser mais inteligente e competente nas suas atribuições, acabando com os gastos exagerados que temos, sobretudo, no governo federal. O GDF tem feito um trabalho que seria o que queremos para o Brasil. Eles fizeram um corte muito grande de cargos e enxugaram a máquina. No ano que vem praticamente anularão dívidas e passarão a investir em suas prioridades: que são educação, saúde e segurança, que é o que todos esperamos para o nosso País. O governo federal não estaria na contramão desse processo? Eu acho que o presidente se equivocou no momento em que colocou o termo “choque de gestão”. Não é contratando mais gente e qualificando que vai se resolver o problema. Minha vida inteira foi como empreendedor, como empresário. Eu passei por turbulências, por problemas de crescimento. Você que tem uma estrutura para administrar, vai sempre buscar uma equipe competente e qualificada pequena, necessária para que se cumpra o seu negócio. Acho que é esse planejamento que o nosso país deveria ter, do ponto de vista governamental, do ponto de vista da administração pública. A gente vê isso, por exemplo, no município de São Paulo: o governador - então prefeito - José Serra

... primeiro seria necessário uma reforma fiscal. Esta reforma obrigaria os estados e a União a diminuirem o seu tamanho, a fazer um enxugamento das suas máquinas, a ser mais inteligente e competente nas suas atribuições, acabando com os gastos exagerados que temos, sobretudo, no governo federal.

criou uma forma de melhorar a administração da saúde pública através do novo modelo da rede de Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), que é uma unidade de saúde criada para agilizar o atendimento e diminuir as filas de espera nos prontos-socorros e hospitais da cidade de São Paulo. Esse novo modelo foi feito por meio de parcerias com organizações sociais, ou seja, em vez de se abrir um concurso público, fez-se um processo de parceria estipulando metas de qualificação de serviço. São Paulo está dando um grande exemplo, o Distrito Federal está dando um grande exemplo, e é isso o que nós queremos. O senhor foi prefeito de uma das regionais da cidade de São Paulo... São Paulo transformou as 14 administrações regionais em 31 subprefeituras, ainda na gestão anterior. Esse modelo está sendo aperfeiçoado, porque é importante que haja a descentralização, e eu fui um dos subprefeitos da cidade de São Paulo, na região da Zona Sul, no Jabaquara. Tem cerca de 150 mil habitantes. Nós tínhamos um trabalho muito grande na área social, 11% da população era de favelados. Quando você chega no Jabaquara e vê as estações do metrô Jabaquara e Conceição, o comércio local, então imagina que ali se encontra uma população predominantemente de classe média. E se você for para a Vila Santa Catarina vai encontrar classe média alta. Só que ao lado você tem favelas. Nós encontramos ali uma realidade muito difícil de ser administrada. Um dos projetos que fizemos foi de limpeza da nossa região. Fizemos mutirões, conscientizando a população em relação à limpeza dos córregos. Realizamos muitos outros projetos, principalmente em cooperação com as associações comerciais da região.

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Gestão

Representantes da CACB reúnem-se em Brasília Objetivo do encontro foi discutir o planejamento estratégico da Instituição para os próximos três anos

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residentes de Federações, diretores da CACB e superintendentes de projetos (Programa Empreender, CBMAE e Progerecs) estiveram reunidos no dia 20 de outubro, sábado, em um encontro que definiu o planejamento estratégico da instituição para os próximos três anos. O evento ocorreu nas dependências do Hotel Nacional, em Brasília. De acordo com o vice-presidente da CACB, Ancelmo Oliveira,

toda vez em que se faz um planejamento estratégico, é um momento de repensar a entidade. O planejamento já havia sido feito em outras oportunidades e, depois de um certo prazo, é necessária uma reavaliação daquilo que foi projetado. "Tendo em vista as novidades que surgiram depois de três anos, torna-se necessária uma projeção de novas ações que serão desenvolvidas, avaliação das novas oportunidades, das novas ameaças." A principal meta acordada na ocasião foi a busca da sustentabilidade financeira da CACB, por meio de produtos e serviços, tais como: telefonia sobre IP (VoIP), telefonia móvel, cartão pré-pago para ligações, vídeo conferência, aprendizado à dis-

tância (via Internet), bibliotecas virtuais, acervo de cursos via Internet e comunidades de aprendizado. Outras metas a serem conquistadas são a consolidação da rede da CACB - de mais de 2.300 associações comerciais -, transformando-a em pontos de venda; e a busca de parcerias com outras entidades. Segundo o diretorsecretário da CACB, Sérgio Papini, o encontro foi positivo. "A reunião me surpreendeu porque pensávamos que teríamos presentes 15 presidentes de federações, mas vieram 20, com um total de 27 pessoas participando do evento. O encontro foi rico!". O coordenador nacional do Progerecs, Antônio Bortolin, compartilha da mesma opinião: "Para mim, a reunião foi excelente! Uma vez que vários presidentes participaram, percebemos que o sistema está caminhando com um objetivo único e o comprometimento de todos", avaliou.

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Pesquisa do Ibope confirma que o brasileiro encara o domingo como uma boa opção para o dia de compra. Acordo entre empregadores e sindicatos fechado em maio deve facilitar regulamentação

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refiro sábado, mas quando não consigo, só me resta mesmo o domingo.” A auxiliar de enfermagem Ângela Gusmão Vergalho, 39 anos, três filhos, divide-se, como a maioria das mulheres da classe média brasileira, entre a carreira profissional e os cuidados com a casa. Carrinho atulhado com as compras do mês, Ângela sai do supermercado dentro de um shopping da zona oeste de São Paulo em direção ao estacionamento. Passos acelerados, de olho no filho caçula que caminha ao lado do carrinho, pede desculpas e diz que precisa se apressar porque o almoço para a família ficou, mais uma vez, por conta dela.

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“O ideal seria que o domingo fosse um dia dedicado só ao lazer e à família. Mas isso, hoje, é quase impossível. Falta tempo para todo mundo, então a solução é fazer compras no domingo, mesmo”, diz ela. O Fiat Uno vermelho, com o porta-malas carregado, engata a ré e prepara-se para deixar o estacionamento do shopping. Na frente e atrás do carro da auxiliar de enfermagem, há pelo menos mais dez carros de compras de supermercado. E lá vai Ângela para a segunda etapa do seu “domingo em família”. A auxiliar de enfermagem encaixa-se com precisão em parte do perfil de públi-

co ouvido pelo Ibope para a pesquisa de mercado sobre o funcionamento do comércio aos domingos. O instituto de pesquisa consultou, entre os dias 4 e 15 de abril, 3.150 pessoas em sete capitais (São Paulo, Rio, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Brasília). Foi o segundo estudo sobre o setor e sobre o mesmo tema. O primeiro foi realizado em 2003. Os resultados da sondagem mais recente, divulgados em maio, indicaram que, nos últimos quatro anos, 23,8 milhões de pessoas passaram a fazer compras aos domingos. A pesquisa revelou também que 71% da população é favorável à abertura do comércio no primeiro dia da semana. Em seis das sete capitais presentes na sondagem, houve aumento considerável do fluxo de consumidores aos domingos. Em São Paulo, por exemplo, a variação foi de 17% (de

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61%, em 2003, para 78%, em 2007). O destaque ficou para Salvador e Recife. Nas duas capitais nordestinas, o número de pessoas que passou a utilizar o comércio aos domingos aumentou em 30% (39% para 69%) e 21% (48% a 69%), respectivamente. A exceção na pesquisa do Ibope ficou por conta de Curitiba, que registrou uma diminuição de 10%. Quatro anos atrás, 73% dos habitantes da capital paranaense faziam compras no primeiro dia da semana. Em 2007, esse índice encolheu para 63%. A principal novidade do trabalho em relação ao estudo de 2003 ficou por conta da consulta aos comerciários. A categoria mostrou-se dividida, mas, ainda assim, 50% dos entrevistados mostraram-se favoráveis à abertura das lojas aos domingos, contra 41% que gostariam do fecha-

mento do comércio nesse dia. Para o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Hélio Seibel, a pesquisa só veio reforçar a percepção da mudança de hábito do consumidor brasileiro que era sentida havia tempos tanto por empresários como pelos próprios trabalhadores. Essa alteração, diz ele, é reflexo das transformações que a sociedade e a economia brasileiras passaram nas últimas décadas. Uma delas, afirma Seibel, foi a conquista do mercado pelas mulheres e, em alguns casos, a necessidade da ajuda feminina para compor o orçamento doméstico. “A correria para conseguir compor as contas hoje é bem maior. Sobra menos tempo e as pessoas deixam para fazer compras em dias mais livres, como o domingo.” Os resultados da pesquisa do Ibo-

pe foram divulgados às vésperas da segunda rodada de negociação entre empregadores e trabalhadores, em Brasília, sobre o estabelecimento de critérios para a abertura do comércio aos domingos. O tema sempre foi espinhoso e durante anos causou intensos debates em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, uma vez que a regulamentação sobre o assunto sempre ficava a critério dos municípios. Com a negociação mediada pelo governo federal, ficou estabelecido que a cada dois domingos trabalhados,o empregado terá direito a um de folga. A abertura do comércio aos feriados, as condições de trabalho, e os benefícios de quem trabalha aos domingos – como remuneração, vale-transporte, horas extras, etc. – ficaram para ser definidos por meio das convenções coletivas de trabalho com cada sindicato envolvido e os patrões. Agora, falta a definição pelo governo federal de como encaminhar a proposta ao Congresso Nacional, se por Medida Provisória ou Projeto de Lei. “A regulamentação significa mais empregos e dignidade para o trabalhador”, afirmou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antônio Medeiros, ao fim da mediação para o acordo. “E as convenções coletivas podem melhorar as condições de trabalho ainda mais. Hoje, ninguém tem condições de falar contra a abertura do comércio aos domingos. Essa já é uma realidade.” O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Antônio Alves de Almeida, também se mostrou satisfeito após a rodada de negociações de maio. De acordo com estimativa da CNTC, cerca de 10 milhões de traba-

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lhadores serão beneficiados com a regulamentação do trabalho aos domingos. “A expectativa é melhorar a legislação adotada na administração Fernando Henrique Cardoso [Lei 10.101], de modo que os empresários não obriguem o trabalho nos fins de semana sem a garantia de recebimento de direitos trabalhistas.” Embora a maioria dos dirigentes sindicais da área de comércio e serviços se declare contrário à abertura dos estabele-

de”, diz Seibel, presidente do IDV. “ Todos sairiam perdendo. Empresários deixariam de vender, trabalhadores teriam vagas fechadas e os consumidores perderiam opções significativas de compra. “A opinião de Seibel é reforçada por dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Eles indicam que, atualmente, há 73 mil estabelecimentos, entre supermercados e mercados, abertos aos domingos, com a geração de 850

houve um incremento de 19% na procura pelos centros de compras. “Esse é um processo que se deu nos últimos anos, graças à transformação dos shoppings em verdadeiras praias de serviços, com lugar para estacionar e segurança”, diz Seibel.

cimentos aos domingos, os números trazidos à mesa de negociações sobre geração de empregos e movimentação comercial foram fundamentais na estratégia de conversação com os empregadores. “Fechar o comércio aos domingos seria, hoje, um desserviço à socieda-

mil empregos. “Isso sem mencionar os shopping centers, para onde se dirige a maioria dos consumidores nos domingos”, avalia Seibel. A pesquisa Ibope revelou que 40% da população que se dedica às compras no domingo escolhe os shoppings como destino. Em relação à pesquisa de 2003,

chama a atenção no caso de Cleonice é o fato de ela trabalhar numa grande loja de um movimentado shopping da zona leste de São Paulo. A vendedora faz parte de um universo amplo mensurado na última pesquisa do Ibope. O estudo apontou que 69% das pessoas que trabalham aos

Funcionários Comprar aos domingos também virou hábito para a vendedora Cleonice Azevedo Frontim, 32 anos. O que

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domingos também fazem compras nesse dia. O instituto ouviu 1.050 trabalhadores nas sete capitais que foram alvo da sondagem. A falta de tempo durante a semana foi apontada por 73% dos funcionários entrevistados como motivo para comprar aos domingos, índice quase 20% superior se comparado ao dos consumidores comuns. “No domingo, não tenho de despachar ninguém para a escola de manhã, de preparar almoço e não preciso dar uma geral na casa. Tenho mais tempo para organizar o resto da semana, ver o que está faltando e o que não. Pego meu marido e vamos comprar o que for preciso”, conta Cleonice. Durante a semana, ela trabalha no turno da tarde e vai até o fechamento do shopping às 22 horas. Vai ao trabalho de ônibus e volta de carona

com o marido, que todos os dias a espera do lado de fora do estacionamento. “Não vou dizer que trabalhar aos domingos é coisa agradável, mas hoje é uma necessidade. Nem discuto isso mais.” Para Jefferson Leocádio Júnior, 25 anos, o emprego em uma loja de livros e CDs num shopping da zona oeste de São Paulo o ajuda a pagar a mensalidade do último ano do curso superior de Direito. Em seis meses, espera iniciar o estágio num escritório de advocacia e prestar o exame para a “ordem” (Ordem dos Advogados do Brasil, OAB). O trabalho aos domingos para um jovem não é dos passatempos preferidos. Mas o aspirante a advogado mostra-se consciente quanto à importância da abertura do comércio nesse dia. “Para quem trabalha, é um tanto sacrificante. Mas não dá para negar que para os empresários de lojas, domingo passou a ser fundamental. Aqui onde trabalho, esse é um dos dias de maior movimento. Acho que só o sábado disputa com ele.” Cleonice e Leocádio estão dentro do universo de 58% dos trabalhadores que consideram importante a abertura do comércio aos domingos. De acordo com a pesquisa do Ibope, esses funcionários de lojas e mercados têm, em média, 32 anos e 91% pertencem às classes A, B ou C e possuem ensino

médio ou superior completos. O estudo aponta que a maioria deles (42%) trabalha em lojas de rua, seguidos pelos funcionários de lojas em shopping (26%), e supermercados (18%). B.G., 36 anos, atendente de uma loja de calçados num shopping da zona leste de São Paulo, por outro lado, faz coro ao contingente de 33% dos trabalhadores que, conforme aponta a pesquisa Ibope, são contrários à abertura do comércio aos domingos. Ele aceitou a falar, mas com a condição de que sua identidade não fosse revelada. “Tenho medo de ser mal-compreendido”, justifica-se. “Venho trabalhar porque sou responsável e esse é o meu ganha-pão”, diz. “Mas me deixa ganhar na loteria ou casar com uma mulher rica para ver onde você vai me encontrar aos domingos”, ironiza B.G., ao falar sobre dois dos sonhos mais comuns entre os homens brasileiros. O sorriso desaparece fácil do rosto do atendente quando fala da rotina de trabalho no fim de semana. B.G. reclama da falta de vida social. “Os amigos saem ou a família se encontra e não é raro ter de ficar de fora por estar na loja”, diz. “Acho que mesmo o pagamento pelas horas extras não compensa o fato de perder o domingo.” A folga combinada com o patrão durante a semana – geralmente às terças-feiras – também não o seduz. Ele explica que o dia de descanso não coincide com o do resto dos amigos e da família, e ele acaba passando a folga quase sempre sozinho. “Agora estão dizendo que a cada dois domingos trabalhados teremos um dia de descanso. É bom, mas não o ideal. Domingo deveria ser um dia de descanso para todos.” _______________________________________________________________________________________________

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Fonte: Revista Shopping Centers Texto: Jacques Schop


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Será a empresa um organismo vivo? P

odemos chamá-la por vários nomes: a firma, a loja, a fábrica, o escritório, a oficina, o ateliê, o sítio, a fazenda, o quiosque, a holding, até de empresa mesmo. Mas quando falamos da “nossa empresa”, “da minha empresa” é como se estivéssemos falando de uma pessoa querida, algo como um filho talvez. Sim, nossa empresa tem coração. Se é uma empresa de um só dono, sem empregados, pulsa nela o coração do dono. Tem o jeito do dono. Pode-se até fazer uma análise comportamental da empresa comparada à do dono. Como dizemos, tem a cara do dono, tem a cara da orientação estratégica da liderança, ou das lideranças principais. Se é uma grande empresa, com milhares de empregados, poucas hoje infelizmente, pulsam ali milhares de corações. O organismo se torna muito mais complexo. Os corações não batem no mesmo ritmo, não têm a mesma idade, não acordam com o mesmo humor, não conservam a mesma energia durante as árduas ou mesmo as leves tarefas do dia, não têm os mesmos objetivos. A quem cabe orquestrar e reger esse imenso conjunto de diferenças individuais, que no somatório formam o organismo empresa, e buscar uma única pulsação, harmoniosa, respiração cadenciada, instrumentos

afinados, cada um entrando a seu tempo, como num Bolero de Ravel? Sem o maestro, o primeiro-maestro, a empresa tem dificuldade de respirar, a pressão sobe ou desce a níveis perigosos, baixa a imunidade, começam a aparecer doenças, desde as corriqueiras, resfriados, dores de cabeça, até as mais graves, fatais. Se a empresa é um organismo vivo, as doenças se instalam com tanta facilidade quanto no ser humano. A gravidade depende, às vezes, do tamanho e da complexidade da empresa. Mas, a pequenina, a de um só dono, também pode adquirir alguma síndrome irreversível e morrer aos poucos, se não entrar em Líderes (?) por vezes adotam Maquiavel ipsis tratamento imediato. litteris. Fazer o bem aos poucos e o mal de E por que as doenças uma vez só. Levam tão a sério a premissa, se instalam? Quais são que a empresa pára. os sintomas, quais são as principais doenças? Como identi- indicadores de sobrevivência, de ficá-las antes que o mal seja incurá- saúde das empresas? Como na vida, poucas ocorrêncivel? Por que temos indicadores de mortalidade, que indicam vidas fuga- as são abruptas, radicais, como se zes, e não temos consistentemente fossem terremotos. Raramente ocor-

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rem terremotos, tsunami, grandes tragédias. Tudo começa com pequenos descuidos, alguns deixa pra lá que tudo se resolve, e vai tomando conta, devagarzinho, sem pressa. O mau humor, a baixa auto-estima, o estresse, a inveja, a preguiça, a falta de engajamento, a síndrome do pânico, a descrença, a desespiritualização, típicos sintomas humanos, instalam-se na empresa, a de um só dono ou a de milhares de colaboradores, estas “sem dono”, e são poucos os que conseguem enxergar, perceber o início do processo doentio, que tirará a empresa do mercado. E, como são poucos, pouco conseguem fazer para mudar, para corrigir as causas, não só eventualmente tratando dos sintomas. Imagine um colaborador de mau humor atendendo ao seu principal cliente. Imagine também que aquele, o colaborador, seja você mesmo. Aonde vai terminar a conversa? Muito certo que na perda ou no desencanto do cliente. Mas aceitemos que tal fato, repetido, diariamente, sem nenhuma ação corretiva, curativa, instalará na empresa, aos poucos, o câncer. Instalado, um dia, um ano, um século depois, a empresa vai morrer. A baixa auto-estima não permite gostar do que faz, portanto, algo será mal feito. E, pronto! Instalou-se a doença. A preguiça, por exemplo, leva a um dia-a-dia lento, de baixa produtividade, esperando o dia do contracheque ou do pro labore.

Sem resultados, sem metas, sem objetivos. Mas a doença mais sorrateira, mais perigosa, fulminante, é a inveja. Por que a inveja mataria uma empresa, desde a de um só dono até a de milhares de empregados? Simples: a inveja não procura construir

Uma rede como a da CACB, com mais de 2.000 pontos espalhados pelo país, aliada à rede da CAIXA, hoje com aproximadamente 20.000 pontos de acesso, pode fazer a diferença no desenvolvimento local sustentado. nada para si, mas simplesmente destruir o outro, pelo prazer de destruir. Em alguns lugares, puxa-se o tapete, noutros geram-se boatos, fofocas, destruidoras, todos sabem, menos o indivíduo ou o grupo atingido. Beira a traição. Outro lado da inveja é o olhar para o quintal do vizinho, co-

biçando-o e ao mesmo tempo esquecendo-se de cuidar dos seus próprios problemas. A síndrome do pânico, que faz com que as pessoas se escondam, não tenham coragem de enfrentar o mundo, faz simplesmente a empresa não ir a mercado. E o mercado será dos outros. Líderes (?) por vezes adotam Maquiavel ipsis litteris. Fazer o bem aos poucos e o mal de uma vez só. Levam tão a sério a premissa, que a empresa pára. Porque o bem está guardado, para pequenas doses, espaçadas, muitas vezes insuficientes para a sobrevivência da empresa. Pensam que o ser humano colaborador é uma máquina e não um ser humano que carrega toda uma vida pessoal para dentro da empresa. Ainda há empresas que vêm com maus olhos ações voltadas para o desenvolvimento e a satisfação dos recursos humanos, ações por vezes simples, porém agregadoras de bemestar, portanto de saúde, portanto de resultados, desde exercícios laborais até planos de saúde, atividades culturais, recreativas, cuidados com o ambiente físico, inserção da família no ambiente da empresa, preocupação com a comunidade do entorno, preocupação com o meio ambiente, etc. A instalação de neuroses ou psicoses, que não permitem ver a realidade como ela é, também leva a atitudes como todos são iguais a mim, portanto devem agir e ser como eu.

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O desprezo à individualidade, a dispensa por telefone ou por e-mail, uma matrícula, um número qualquer. Se é possível que uma empresa seja tão frágil quanto o ser humano, que um simples acidente possa imobilizá-la, como garantir que ela sobreviva a tantos problemas que se instalam, sem que se perceba? Como ajudar na manutenção da saúde da empresa, em seu bem-estar, considerando bem-estar o resultado financeiro conquistado com a satisfação dos colaboradores e com no mínimo o encantamento dos clientes? O kit sobrevivência de uma empresa é composto de muitos, variados itens. Ressaltaremos agora, um dos principais: o associativismo, a vida em família empresarial, a busca de conhecimentos e de experiências que garantam não só a sobrevivência, mas a sobrevivência com

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saúde, com harmonia, com paz. Uma alternativa, vivida pela sociedade empresarial brasileira está na busca de conhecimento, de troca de experiências, de desenvolvimento em associações, como as Associações Comerciais. A história do Brasil é testemunha da importância de uma entidade consolidada, partícipe do desenvolvimento nacional, senhora de quase 200 anos, veterana como algumas de nossas maiores instituições, como a CAIXA, o Banco do Brasil, os Correios. Quando em viagem pelo interior do nosso país, deparamo-nos com um comércio efervescente, realizando promoções nas datas festivas, como Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais, Natal, liquidações de estações, e sempre a Associação Comercial dando suporte ao comércio local, presente ela em todas as ruas do comércio, na mídia, na mente da população. Não temos notícias de ter a CACB realizado ou participado de alguma pesquisa top of mind, mas temos certeza de que se o fez ou fizesse, a Associação Comercial estaria entre as mais lembradas. Sem recursos de origem compulsória, fundamentalmente associativista, consegue ter no Brasil mais de dois milhões de afiliados, que participam ativamente de sua jornada. Foi com esse sentimento, essa visão que há algum tempo vislumbrou-se Caixa e uma grande possibilidade de alavancagem de receitas

para o conjunto das Associações Comerciais, já que em sua maioria sobrevivem tão somente com a arrecadação da mensalidade de seus associados, muitas delas enfrentando dificuldades financeiras para seu cotidiano, cotidiano forte, de participação nas atividades comunitárias, de mola propulsora do desenvolvimento local. Assim lançou-se o convênio de parceria entre a Caixa Econômica Federal e a CACB, de geração de receitas para as Associações Comerciais que aderissem ao modelo de Correspondente Caixa Aqui, realizando recebimento de contas, operações de abertura de contas e de crédito, venda de cartão de crédito, de produtos do Grupo Caixa Seguros. Uma rede como essa, de mais de 2.000 pontos espalhados pelo país, aliada à rede da CAIXA, hoje com aproximadamente 20.000 pontos de acesso, pode fazer a diferença no desenvolvimento local sustentado. Os ambientes das Associações Comerciais, disponíveis para a prevenção às doenças empresariais, aliados ao trabalho de consultoria empresarial que a Caixa muito bem desenvolve Brasil afora, são a garantia de que as empresas que buscam esses ambientes estarão cuidando de sua saúde, fortes, cheias de energia, empresas, enfim, felizes. E este é o segredo. ___________________________________________________________________________________________________________ Antonio Limone Diretor da Caixa Consórcios

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Leitura

Bibliotecando

Enio Lins - eniolins@yahoo.com.br

Sem lenço, com documento

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ema excepcional, a Tropicá no período entre 1967 e lia ganha mais uma obra 1972 que abrange artes competente. Talvez não te- plásticas, música, cinema, nha chegado a ser propriamente arquitetura, teatro, design uma revolução, mas seus fãs as- gráfico e moda”. A coordesim a enxergavam e o título “Tro- nação da edição é assinapicália - uma revolução na cultura da por Carlos Basualdo, brasileira” reafirma como segue curador da exposição itiatual essa crença. nerante montada pelo Motivos existem. Afinal, a Tro- Museu de Artes Contempicália mexeu com grande parte das porâneas de Chicago classes médias brasileiras e lançou (USA). filosofia pura associada com muiLeitura indispensável ta arte, talento e ousadia trans- para quem quer conhecer gressora. a evolução recente da culSegundo o release da editora tura brasileira. “este livro a p r e s e n t a Tropicália – uma revolução na cultura brasileira um panora- Editora Cosac Naify – 384 páginas ma da cultu- Referência de preço: R$ 120,00 ra brasileira

Sem alienação

U

ma bela idéia: um livro de contos que tenham a ver com loucura. Sem medo de errar nem exagerar no preconceito, alguns dos auto res singraram os oceanos turbulentos da insanidade (como o excelente Breno Acioly). São 36 textos, todos de excepcional qualidade. Alguns (deveriam ser) bem conhecidos do leitorado brasileiro, como “O Alienista”, de Machado de Assis; “João Urso”, de Breno Acioly; “Morfina” de ; Humberto de Campos e “História de Gente Alegre”, de João do Rio. Outros destaques são da lavra de nomes bastante famosos como Edgar Allan Poe, Guy de Maupassant, Vincent Van Gogh, Nikolai Golgo, Charles Bukosvsky, Charles Dikens... Na verdade, só estão listados nessa coletânea autores de escola. A seleção é de Flávio Moreira da Costa, que se reafirma como literato de muito juízo. Coisa de louco. Não deixe de ler. Os Melhores Contos da Loucura Ediouro – 400 páginas Referência de preço: R$ 49,00

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Alfarrábio Nobre contestador

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parício Torelly deveria ser un gido o padroeiro dos humoris tas modernos brasileiros. Comunista de carteirinha, tendo sido vereador no Rio de Janeiro (eleito sob slogans como “Mais Água, Mais Leite. E menos água no leite”, o autointitulado Barão de Itararé tinha uma verve mais anarquista que qualquer outra coisa que possa ser digno de rótulos. Certamente, seu humor nada tem a ver com o que se convencionou chamar de “realismo socialista”. Genial, Barão de Itararé tem muitas obras republicadas, com destaque para os almanaques de “A Manha” (os Almanhaques”), livros sagrados onde contemporâneos como a turma do Casseta vai beber irreverências impagáveis. Dentre os talentos de Aporelly/

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Dupla seminal

les foram os pioneiros em duplas caipiras (e/ou serta nejas) e ambos eram artistas de múltiplos talentos – humoristas, atores, compositores, instrumentistas... Jararaca e Ratinho brilharam por décadas, fazendo rir e/ou despertando emoções pelo Brasil afora. Jararaca era alagoano, Ratinho paraibano. Ratinho foi batizado como Severino Rangel de Carvalho e Jararaca teve seu nome lavrado na certidão de nascimento como José Luiz Rodrigues Calazans. Jararaca (em parceria com Vicente Paiva) criou “Mamãe eu quero...” e Ratinho compôs “Saxofone, por que choras?”. Dois dos maiores sucessos da música brasileira. A primeira composição, nascida em 1937, permanece viva e forte ainda hoje e

Itararé, uma área de especial destaque deve ser reconhecida a sua genial fraseologia. Pérolas como “quando pobre come galinha, um dos dois está doente”, conseguiram sobreviver a mudança de costumes e preços que transformaram o galeto numa opção acessível aos menos favorecidos. Daí vale a pena se procurar nos sebos o livreto “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé”, editada pela Record (em parceria com a MPM Propaganda) pelos idos de 1985 e objeto de várias reedições desde então. Ilustrações do igualmente genial Guevara. A apresentação é de Jorge Amado, e a título de indicação sobre o autor, é reproduzido um curto trecho de Memórias do Cárcere, onde Graciliano Ramos descreve com rara admiração um camarada, eventualmente também companheiro de cadeia.

Máximas e Mínimas do Barão de Itararé Barão de Itararé Editora Record – 188 páginas

é a 2ª música brasileira mais executada em filmes de Hollyhood (sob o título I want my mama), perdendo apenas para “Garota de Ipanema” e a segunda, um clássico da música instrumental popular brasileira, é partitura obrigatória para todos os candidatos a saxofonistas. Juntos, Jararaca e Ratinho foram celebridades incontestes, marcaram época. Separados (brigavam com certa freqüência, principalmente no ocaso da dupla), cada um continuou a ser grande, a brilhar com luz própria. Personagens reais do livro “Jararaca e Ratinho”, produto de extensa e detalhada pesquisa de Sônia Maria Braucks Calazans Rodrigues, esses dois monstros sagrados da cultura popular brasileira ainda esperam o devido reconhecimento. Se, de passagem Jararaca e Ratinho por algum sebo, topares com Sônia Maria Braucks Calazans Rodrigues essa obra, não regateie preço Edições Funarte, 1983 – compre sem chorar.

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Estilo

Primavera-verão Por Perla

SINAL VERDE Se o seu coração fashion já começou a bater em ritmo de verão , é porque está na hora das tendências das passarelas passarem para a vida real e você assumir o comando do seu guarda-roupa nessa virada de estação. Lembre-se, porém, que a Moda propõe, indica caminhos , mas é você quem deve decidir e de preferência sempre a seu favor, sabendo usar ,misturar e produzir as novidades. A “ cor “ é a tendência mais forte da estação. O flúor faz o seu “comeback”(volta), dando o sinal verde para os diferentes tons de verde. O verde-limão é puro frescor e descontração. Combine sua roupa néon com a mesma graça tanto nas peças casuais quanto nos vestidos de noite. Neutralize a força da cor . Combine as peças nesse tom com cinza, caramelo, off White, marinho ou preto. TUDO AZUL Os estilistas brasileiros sabem tudo sobre o vestir tropical- roupas

de Melo Gomes

frescas,coloridas e cheias de personalidade. Seguindo a tendência da cor extra forte, o Royal Blue vem suavizar a cartela super quente da estação, dando largada para o verão e apontando as direções para uma temporada de luz, calor e muita cor. A cor aparece em looks inteiros ou pontuando produções em tons neutros como beges e cinzas. As cores vivas vêm também misturadas entre si, em visuais ultracoloridos.

AMARELOU Lá vem de novo o verão (ele chegou a ir embora?) . E dessa vez parece que a estação amarelou. Ou será que o verão simplesmente seguiu a cor do sol? Amarelo é energia, é irreverência. Ainda com medo da cor ? Use um acessório, um pequeno detalhe, apenas um top com sobreposição neutra, ou simplesmente siga em frente.... Ou você é daquelas que preferem uma saída à francesa??? O mais bacana da vida é ser livre para fazer as próprias escolhas. Nada está mais na moda do que a delícia de ser livre, e por isso mesmo, cheia de graça

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rão 2007 Mudando de Ares SUIÇA A Clínica La Prairie que sempre atraiu seus freqüentadores, pela linda vista dos Alpes, pelo super conforto, pelo pampering que oferece e principalmente pelos tratamentos avançadíssimos (cujos resultados ficam visíveis a partir de algumas semanas, fazendo com que seus freqüentadores voltem a cada dois anos, mesmo pagando pelo tratamento padrão de uma semana, entre 15 e 20 mil dólares), agora têm um apelo ainda maior. Seus pesquisadores descobriram um verdadeiro elixir da juventude. É um programa de revitalização, batizado de CLP ( as iniciais da clínica). Esse composto desacelera o processo de envelhecimento em cerca de 40% e melhora a saúde dos pacientes. Diminui a vulnerabilidade às infecções vi-

rais , melhora significativamente o sistema imunológico, sendo capaz inclusive de aumentar a energia e a libido. SP O azeite vem sendo disputado gota a gota, fio a fio, na preferência dos gourmets. Embora tenha sido alardeado desde o período pré-socrático, o azeite ganhou recentemente status de iguaria e preços compatíveis. O crescente interesse por essa geração de azeite de grife levou o professor Isaac Azar a ministrar o Curso de Degustação em sua loja da Peixoto Gomide, 1532. CANNES Os que curtem barco quando estiverem passando pela marina, procurem pelo mega iate de Giorgio Armani. O designer milanês decidiu imprimir seu estilo em seus momentos de dolce farniente , e o resultado foi um prazer oceânico. Além de navegar com alta tecnologia, com autonomia para enfrentar qualquer oceano, Armani leva a bordo a estética minimalista que o fez mundialmente famoso. A arquitetura interior? Imaginase que deve navegar na brisa do

conceito minimalista del signore da simplicidade e elegância. Mariu é o nome do barco do comandante Armani. NITERÓI Imagine-se dentro de uma obra do Oscar Niemeyer, decorada por Gilles Jacquard, vendo as belezas de Niterói, com o Rio de Janeiro ao fundo... Para desembarcar no restaurante Olimpo, atravesse a baía de Guanabara. O passeio diagonal, com vista dos fortes de Niterói e do Museu de Arte Contemporânea, é muito mais bonito e dura apenas 16 minutos.

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Opinião

A modernização dos sindicatos D

a mesma forma, as centrais sindicais, finalmente oficializadas, que previam se sustentar com 10% do que era recolhido, terão de ser criativas para encontrar formas de se manter. Não à toa, algumas anunciam a reação. Querem convencer os senadores a alterar a proposta para deixar tudo como foi herdado de Getúlio, e cobram apoio do governo, especialmente do presidente Lula e do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O ministério e líderes de trabalhadores haviam feito um bom negócio ao acertar a forma de financiamento das centrais sindicais. A União dividiria seus 20% do bolo do recolhimento compulsório de um dia de labuta de cada empregado com as entidades a serem oficializadas. O acordo duraria um ano. Nesses 12 meses, deveriam encontrar, então, uma outra forma de arrecadar dinheiro para se manter. Com o fim do imposto, decretado por 215 deputados (contra 161), o acordo perdeu o sentido. Irritadas, algumas centrais, como a Força Sindical comandada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, pretendem promover uma campanha nacional contra os parlamentares que acabaram com a mamata que as fortaleceria economicamente - serão chamados de "inimigos" e terão a foto publicada. A cobrança obrigatória também garante sobrevida a sindicatos de fachada, cria-

A Câmara decretou o fim da Era Vargas no sindicalismo brasileiro. Ao acabar com a obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical pelos trabalhadores, instituído em 1943, os deputados tornaram a cobrança opcional e vão estimular as entidades a se organizar e fortalecer para atrair filiados dispostos a contribuir por sua manutenção. dos apenas para receber parcela do que é retido, a cada março, do salário dos trabalhadores, mesmo os não sindicalizados. Pelegos ou não, os dirigentes sindicais choram a perda de R$ 1,3 bilhão, a arrecadação com o recolhimento do imposto este ano. Fortuna que agrada a todos: 60% encheu as burras dos sindicatos, 15% foi para as federações, 5% para confederações e 20% para o Ministério do Trabalho (10% iriam para

as centrais no ano que vem). Num ponto, contudo, têm razão: as entidades de trabalhadores terão os recursos reduzidos, mas as dos patronais, não. Os sindicatos, federações e confederações de empregadores continuarão a receber sua parcela com o recolhimento obrigatório do tributo. A matemática foi injusta. É preciso fechar a torneira de ambos os lados. O desconto do imposto sindical é herança ditatorial e anacrônica. O Brasil vive numa democracia. A liberdade de escolha é preceito básico. Os chefes de variados comodatos sindicais e até o governo - que verá encolher recursos destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador - têm direito ao jus esperneandi, mas o arbítrio de escolha de cada empregado é mais justo. Quem quiser, permitirá o desconto. E as entidades terão de ser capazes de atrair seus representados para a filiação. E se tornar mais eficientes para cobrar a contribuição anual. Ninguém foi pego de surpresa, mesmo que declare o contrário. O fim do imposto sindical é slogan obrigatório da CUT e seus parceiros. Desde que se projetou como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, o presidente Lula prega a extinção da cobrança compulsória. A decisão está tomada. Nada justifica sua modificação. _______________________________________________________

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* Editorial JB, de 21/10/2007


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O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, faz homenagem ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento em comemoração aos 35 anos do Sebrae

Sebrae 35 anos Autoridades prestigiam o aniversário do Sebrae

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erca de 600 pessoas, entre dirigentes, funcionários, parceiros e lideranças políticas e empresariais participaram do evento Em discurso na cerimônia de celebração dos 35 anos do Sebrae, no

dia 09 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo vai unir esforços com os governadores para encontrar soluções efetivas para a regulamentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

Ele comemorou a entrada das micro e pequenas empresas na disputa para as compras governamentais e o aumento de 50,6% para 78% da taxa dos empreendimentos que permanecem no mercado após dois anos de vida: “É uma instituição importante, necessária e útil ao País, com competência para ajudar a micro e pequena empresa brasileira”. Lula recebeu do presidente do Se-

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Diretoria executiva do Sebrae Nacional recebe autoridades durante festa de comemoração dos 35 anos da instituição

ticas e empresariais. Também marcaram presença diretores e superintendentes do Sebrae de todo o País, expresidentes da Instituição e presidentes dos conselhos deliberativos estaduais do Sebrae. O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, também falou ao público presente. Ele ressaltou que a importância das ações realizadas pelo Sebrae vem dos esforços das mais de 4,5 mil pessoas que trabalham para

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brae, Paulo Okamotto, uma cartilha sobre a história da Frente Parlamentar pela Cidadania, de 1994, e uma placa de homenagem pelo seu empenho na aprovação da Lei Geral. Além do presidente da República, prestigiaram o evento as ministras Marta Suplicy, do Turismo, e Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial; os ministros Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia; Márcio Fortes, das Cidades; José Dias, da Auditoria Geral da União; o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda; o vice-governador, Paulo Octávio; o presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana; os diretores do Sebrae Carlos Alberto dos Santos (Administração e Finanças) e Luiz Carlos Barboza (Técnico); e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto. A cerimônia contou com cerca de 600 pessoas, entre dirigentes, funcionários, parceiros e lideranças polí-

a Instituição e dos mais de dez mil parceiros. “Esses esforços servem para aumentar a capacidade das micro e pequenas empresas. O Sebrae ajuda na abertura do primeiro negócio, na primeira exportação”, disse. O presidente do Sebrae lembrou de momentos de dificuldade ao longo dos 35 anos de história e assinalou o papel das pessoas envolvidas com a Instituição para que ela superasse os instantes de crise e se desenvolvesse. “Vocês fizeram do Sebrae esta grande potência”, falou. Ele assinalou que, embora receba recursos públicos, o Sebrae é uma instituição administrada de forma privada. Okamotto citou o número de mais de 2,5 milhões de atendimentos apenas no primeiro semestre de 2007. O presidente do Sebrae falou da importância do aperfeiçoamento e da regulamentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e destacou a iniciativa do governo federal de colocar em prática a preferência para que as micro e pequenas empresas participem de compras públicas no valor de até R$ 80 mil. O presidente destacou os novos

Mestre de cerimônia e apresentadora de TV, Mônica Nóbrega; Francisco Marinho, funcionário do SebraeCE homenageado como o mais antigo do Sistema Sebrae; e senador Adelmir Santana

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produtos do Sebrae do Futuro para aprimorar ainda mais o atendimento realizado pela Instituição, com um portal com a possibilidade de ser customizado para o visitante, conforme aspectos como a unidade da federação ou momento empresarial. Afirmou que o Sebrae quer sempre ser acionado para participar do desafio de criar empregos e renda para milhões de pessoas. “Trabalhamos muito nesses 35 anos e queremos trabalhar ainda mais”, finalizou. Serviço

Sebrae e Ministério do Turismo destinam recursos às micro e pequenas empresas

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Sebrae e o Ministério do Turismo (MTur) assinaram acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de um conjunto de ações para o turismo brasileiro, com foco nas micro e pequenas empresas. A parceria, firmada em 27 de setembro, quando se comemorou o Dia Mundial do Turismo, também contará com a participação do

Agência Sebrae de Notícias (61) 3348-7494 e 2107-9356

Márcia Gouthier / ASN

Ministro Luiz Marinho; governador de Brasília, José Roberto Arruda; presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e ministra Marta Suplicy, durante festa dos 35 anos do Sebrae

Diretores do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos e Luiz Carlos Barboza; ministra do Turismo, Marta Suplicy; presidente do Sebrae, Paulo Okamotto; e presidente da Embratur, Jeanine Pires

Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). As diretrizes do acordo têm como base o Plano Nacional de Turismo 2007/2010 e pretendem valer-se dessa atividade econômica como indutora de inclusão social no País. Com previsão de duração de dois anos e possibilidade de renovação por igual período, o acordo terá investimentos

de quase R$ 21,5 milhões - metade do Ministério do Turismo e a outra parte do Sebrae. O acordo foi assinado pela ministra do Turismo, Marta Suplicy, pela presidente da Embratur, Jeanine Pires, pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e pelo diretor-técnico do Sebrae, Luiz Carlos Barboza. Também participaram da cerimônia o secretá-

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Presidente do Sebrae, Paulo Okamotto; ministra do Turismo, Marta Suplicy; e secretário-executivo do Ministério do Turismo, Luiz Barretto

rio-executivo do MTur, Luiz Barretto, o secretário de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Evaldo José, o secretário de Políticas do Ministério, Airton Pereira, o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, e o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Comércio e Serviços da Instituição, Ricardo Guedes, acompanhado de sua equipe. Dentro do acordo haverá o estímulo à adoção de boas e melhores práticas de gestão e operação, o fortalecimento da atuação dos gestores regionais e dos empreendedores, a divulgação de experiências bem-sucedidas e a organização de viagens com operadores de turismo e agentes de viagens para apresentar destinos turísticos. Outro ponto do acordo será a integração de arranjos produtivos interestaduais, a exemplo do que acontece entre o Maranhão, com os Lençóis Maranhenses, Ceará, com Jericoacoara, e Piauí, com o Vale do Parnaíba.

Trata-se de um roteiro turístico integrado que tem apoio do Sebrae. A parceria investirá no desenvolvimento de um banco de dados do setor e na produção do Guia do Empreendedor do Turismo, entre várias outras iniciativas. A colaboração entre Sebrae e MTur também pensou na questão ambiental e promoverá o fortalecimento da sustentabilidade no entorno das áreas de preservação e dos parques nacionais.

Articulação nos estados Ao falar sobre a importância do acordo, Marta Suplicy elogiou a capilaridade do Sebrae e o resultado de suas ações no Brasil inteiro. "O Sebrae tem sido um parceiro excepcional do Ministério e dos brasileiros", disse. "Esse convênio é direcionado a todas as atividades em que o Sebrae costuma atuar, e produzirá resultado muito grande no produto final que o turismo pode atingir", afirmou a ministra. "Essa parceria é extraordinária porque, a partir da articulação do Minis-

tério, com seus desdobramentos nos estados, se conseguirá unir mais parceiros para capacitar os empresários que operam em toda a extensão do turismo", disse o presidente Paulo Okamotto. "O acordo permitirá que esses empresários obtenham mais qualidade em seus negócios e que os serviços oferecidos pelas micro e pequenas empresas, grande maioria das que atuam no setor, atraiam cada vez mais turistas não só do Brasil como do exterior", disse Okamotto. "As ações que iremos realizar por meio deste acordo envolvem aspectos importantes para o setor de turismo, como a capacitação, a qualidade dos serviços, as normas a serem seguidas e a busca por melhores práticas", explicou o diretor Luiz Carlos Barboza. O acordo de cooperação técnica dá continuidade ao trabalho conjunto iniciado entre o Sebrae e o MTur em 2004. Durante três anos e meio, a parceria permitiu o investimento de cerca de R$ 8 milhões no turismo brasileiro. O gerente Ricardo Guedes destaca a importância social do acordo, que prevê a interiorização do turismo nos estados brasileiros. Com o apoio de um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), chegou-se a 65 destinos em todos os estados brasileiros a serem trabalhados em ações do MTur e seus parceiros. Os roteiros incluem todas as capitais do País e outros municípios. "O turismo é um setor com enorme possibilidade de ascensão social e abrange uma vasta cadeia com 52 subsetores, como bares, restaurantes, cultura e comércio, e se ramifica em várias áreas, como o turismo ecológico, o religioso, o rural e o de aventura", ressaltou Ricardo Guedes.

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Rio recebe maior feira de turismo das Américas Ministra do Turismo, Marta Suplicy, destacou os bons números do setor nos últimos meses durante abertura da feira no Rio

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desembarque de passageiros estrangeiros no Brasil cresceu, em setembro, 8,98% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse movimento foi impulsionado pelo aumento de vôos regulares, que cresceram 11,39%. As informações foram dadas pela ministra do Turismo, Marta Suplicy, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – Abav 2007, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (24). A ministra também destacou que, neste mesmo período, houve uma entrada de divisas de US$ 343 milhões, um aumento de 9,34% em relação a 2006. “Isso demonstra a força do nosso turismo que, apesar de ter tido dois anos turbulentos, mostrou capacidade de recuperação”, comemorou a ministra, que trabalha com uma expectativa que até o final do ano entrem no País US$ 4,9 bilhões provenientes de turistas do exterior, já que de janeiro a julho a receita foi de US$ 3,6 bilhões. Marta Suplicy anunciou ainda que foi negociado empréstimo internacio-

nal de US$ 1 bilhão que será aplicado em infra-estrutura e qualificação profissional em todo o País. Ela também citou outros dados que O Rio de Janeiro justificam o otimis- da Abav mo como o incremento de vôos para o País, promoção em mercados prioritários como os Estados Unidos, políticas de incentivo para o aumento do turismo interno como o ‘Viaja Mais Melhor Idade’, voltado para aposentados e pensionistas, programa que será estendido para trabalhadores e estudantes em 2008. “ Temos problemas e não vamos tapar o sol com a peneira, mas isso demonstra que o Brasil tem um vigor capaz de superar crise”. Ao se referir ao Amazonas, estado-patrono do evento, Marta Suplicy citou a importância dos nossos recursos naturais. “Este é o nosso tipo de turismo e vamos investir pesadamente em roteiros integrados, pois hoje não se vende mais cidades, mas regiões”, disse.

é a sede permanente do Congresso

“Este é um dos focos do nosso trabalho em parceria com o Ministério do Turismo. Este tipo de roteiro dá ao turista a possibilidade de conhecer um conjunto de atrativos que não fica limitado a um único local, o que significa uma relação vantajosa de custo/benefício para quem viaja”, ressaltou o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza. No discurso de despedida como presidente da Abav, João Pereira Martins Neto, chamou atenção para o perigo da liberdade tarifária que pode prejudicar as companhias nacionais, cobrou restabelecimento da normalidade do setor aéreo e pediu políticas de estímulo para aumentar o turismo interno. A cerimônia contou com as presen-

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ças dos governadores Sérgio Cabral (RJ), Teotônio Vilela (AL), Jackson Lago (MA) e Wellington Dias (PI), além de outras autoridades e empresários. O congresso, que neste ano teve o tema ‘Turismo – a Força da Reação’, contou com 700 expositores entre companhias áreas, operadoras de turismo, empresas marítimas, hotéis e outros segmentos do turismo.

Congresso da Abav debate turismo receptivo O Brasil reúne condições excepcionais que vão dos recursos naturais diferenciados à hospitalidade. Para os especialistas, no entanto, é preciso vencer alguns gargalos para que o País ocupe uma posição de destaque no mapa do turismo mundial. Este foi o centro do debate ‘Turismo Receptivo – Como o setor pode se organizar para atingir o resultado esperado’, uma das atividades do 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – Abav 2007. Organização é a palavra-chave para o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, um dos palestrantes. “O que o cliente consome é o resultado de um conjunto de ações. Este setor tem diferentes atividades que precisam se interagir para oferecer um produto de qualidade. Se não houver uma sintonia fina entre todos, a percepção do visitante não é favorável”, afirmou. Entre as iniciativas para vencer os desafios, o diretor disse que o Sistema Sebrae e outros 719 parceiros públicos e privados atuam em todo o País tendo como públicoalvo direto 14.600 empresas. Dos 175 projetos implantados em todo o País, 88 fazem parte do Sistema de Informação de Gestão Estratégica

Orientada para Resultados (Sigeor) e podem ser acompanhados pela internet através do portal do Sebrae. Os investimentos totais do Sebrae e parceiros somam R$ 300 milhões. ”Estamos construindo a cultura da cooperação. O aprendizado conjunto aprimora a qualidade e os resultados começam a aparecer de forma natural”, avaliou Barboza, que destacou Bonito (MS) e a Serra Gaúcha como destinos que dispõem de um padrão de excelência no Brasil. O diretor de Turismo de Negócios e Eventos da Embratur, Marcelo Pedroso, disse que, apesar de todos os pontos críticos como as dificuldades do setor aéreo, deficiência de atendimento nos portos, aeroportos e fronteiras, infra-estrutura deficiente e concorrência com outros destinos, o Brasil vem registrando crescimento. ”As tendências atuais do mercado internacional mostram que o turista está interessado em produtos com qualidade e preço competitivo e que proporcionem experiências reais e autênticas de entretenimen-

to, emoção e educação como o turismo sustentável e ecológico ou pacotes focados em interesses específicos como gastronomia e pesca. O Brasil tem condições de agradar um leque amplo de visitantes, para isso é fundamental investir, sobretudo, na qualificação e capacitação”, disse. No esforço para fortalecer esta indústria, Barboza também citou a renovação da parceria com o Ministério do Turismo e Embratur e Sebrae para o período 2007-2010. O investimento conjunto de R$ 21,5 milhões tem três linhas de ações principais: Metodologias para Fortalecimento Institucional, Gestão Empresarial para Competitividade e Desenvolvimento e Apoio a Mercado. O trabalho envolve da criação de redes de cooperação técnica, guia do empreendedor do turismo, qualificação do patrimônio natural e cultural à implementação de projetos de Rede de Hospedagem Familiar.

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Agência Sebrae de Notícias (61) 3348-7494 e 2107-9362

Diretor do Sebrae Luiz Carlos Barboza (dir.) em debate sobre Turismo Receptivo no Congresso da Abav, no Rio de Janeiro

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17º Congresso Brasileiro da CACB

Costão do Santinho, onde acontece o Congresso

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alentos, boas idéias e espírito empreendedor reúnem-se no 17º Congresso Brasileiro da CACB, entre os dias 7 e 9 de novembro, em Florianópolis. Simultaneamente acontece o 4º Encontro Nacional do Empreender, o 11º Encontro Estadual do Empreender e o 2º Seminário Nacional dos Executivos do Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs). Cerca de 1200 empresários ligados às associações empresariais de todo o Brasil discutem sobre estratégias para o crescimento econômico do país, apontam as tendências e aclamam os grandes talentos empresariais. Um dos destaques será o debate sobre a campanha pelo voto distrital que estreita a relação entre eleitor e eleito. Também serão debatidos temas como "A Participação das Enti-

dades Empresariais nos Rumos Políticos do Brasil", "O PAC e o Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas", "Ações para o Fortalecimento dos Pequenos Negócios" e “O Movimento Brasil Competitivo e a MPE”. A CACB é o sistema empresarial mais antigo do país, que reúne cerca de 2 mil associações comerciais e empresariais brasileiras, coligando mais de 2 milhões de empresários de Sequência de fotos de Florianópolis, a capital escolhida para sediar o todos os setores da economia: In- C o n g r e s s o dústria, Comércio, Agricultura, Instituições Financeiras, Serviços e até O evento é organizado pela mesmo profissionais liberais. Unidos, CACB e pela Federação das Assoos empresários somam esforços para ciações Empresariais de Santa Camelhorar a competitividade entre mi- tarina (Facisc), conta com patrocícos e pequenas empresas, estimulan- nio do Sebrae Nacional, apoio técdo o engajamento em práticas de nico do Sebrae/SC e da Associação Responsabilidade Social e Gover- Comercial e Industrial de Florianónança Coorporativa. polis (Acif).

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Empresários debatem voto distrital

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parlamentar eleito pelo voto popular responde aos interesses do eleitor ou das organizações que financiaram sua campanha? Pensando em como as entidades empresariais podem participar ativamente dos rumos políticos do país e afinar interesses entre eleitos e eleitores, empresários ligados a associações comerciais e empresariais de todo o Brasil irão debater sobre a importância do voto distrital no 17º Congresso Brasileiro CACB. Com a adoção do voto distrital, os estados e municípios seriam divididos em distritos eleitorais e cada região estaria representada pelos parlamentares locais. Um bom exemplo de voto distrital puro é o que acontece hoje na Inglaterra. Lá, o país é dividido em pequenas regiões, onde cada partido lança seus candidatos e o mais vota-

do em cada uma é eleito. Já o voto distrital misto é o que existe na Alemanha, sendo uma mistura dos dois sistemas: uma porcentagem é eleita pelos distritos e outra, por eleições proporcionais. Para o presidente da CACB, Alencar Burti, a “reforma eleitoral deveria ser a prioridade da reforma política, que se arrasta há décadas no Congresso”. O voto distrital seria uma forma de melhorar a qualidade da representação. "Ao se aproximar eleitos e eleitores, opera-se uma transformação fundamental: os cidadãos passam a fiscalizar, cobrar e responsabilizar seus representantes, num claro exercício de cidadania. O voto distrital pode alterar as relações de poder da sociedade brasileira", defende. O papel dos empresários, nesse processo, é unir-se por meio do associativismo para votar no candidato que apresentar projetos que aten-

dam aos interesses das micro e pequenas empresas, promovendo o crescimento econômico do país e favorecendo o cenário de empreendedorismo brasileiro. Um exemplo de sucesso é a Associação Comercial e Industrial de Joinville, que já possui um planejamento estratégico do município para os próximos 20 anos, independente de partidos políticos que assumam a prefeitura. A cada novo candidato a gestor público é apresentado o planejamento para que este possa ser incluído em seu programa de governo. Não só as empresas ganham, mas toda a população desfruta dessas conquistas. Sorte dos habitantes dos municípios da região de Laguna, em Santa Catarina, que lucraram com os avanços na duplicação da BR-101 e com a construção do Aeroporto Regional Sul – vitórias do Conselho Político Empresarial para o Desenvolvimento da Região.

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Prêmio Associação Comercial Referência 2007

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Prêmio Associação Comercial Referência é concedido, anualmente, às Associações Comerciais e Empresariais que fazem parte do sistema CACB e que realizam ações com resultados concretos de estímulo ao desenvolvimento local e à classe empresarial. Serão concedidos quatro prêmios Associação Comercial Referência 2007, sendo um para cada região definida pela Confederação: Centro Oeste-Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Conheça as finalistas que concorrerão à premiação, cujos vencedores serão anunciados durante o XVII Congresso da CACB, que será realizado em Florianópolis, entre os dias 07 e 09 de novembro.

REGIÃO NORDESTE

Associação Comercial, Industrial de Açailândia – MA Projeto do Telecentro de Informação e Negócios O projeto tem como objetivo a inclusão digital, uma vez que dá acesso a informação tecnológica a pessoas em geral e a funcionários de pequenas empresas, com vistas a criar oportunidade de negócios e trabalho, como também induzir ao crescimento sócio-econômico.

Associação Comercial e Empresarial do Cabo de Santo Agostinho – PE Projeto da I FENOC – Feira Empresarial de Negócios e Oportunidades do Cabo de Santo Agostinho. Com uma das áreas de maior concentração empresarial do estado de Pernambuco, onde são desenvolvidas variadas atividades econômicas, como, por exemplo, empreendimentos voltados para a exploração do potencial turístico das praias da região, além de crescente atividades rurais, a Associação, objetivando melhor aproveitamento dessas características econômicas, descreve que realizou a citada Feira Empresarial entre os dias 30 a 03 de dezembro de 2006, com exposição de produtos e serviços de diferentes ramos de atividades para posterior geração de negócios entre os participantes.

Associação Comercial de Maceió –AL Projeto do Autoser – Núcleo de Autopeças e Serviços da Associação Comercial de Maceió. Núcleo Setorial voltado para o ramo de autopeças, a Associação credita à sua atuação o alcance do objetivo da redução da base de cálculo do ICMS, o que representou a diminuição de 25% da carga tributária para o setor.

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REGIÃO NORTE / CENTRO-OESTE A Associação Empresarial de Ananindeua – PA

Associação Comercial e Empresarial de Santo Antônio de Jesus – BA Projeto Prêmio Melhores do Ano - Com o objetivo geral de premiar as melhores empresas em seus variados segmentos, permitindo, assim, “que suas marcas se valorizem e que sua visão de permanente qualidade dos serviços sejam fortalecidos”, a premiação dos melhores do ano em Santo Antônio de Jesus ocorre já por 14 anos. Dividida a premiação por categoria, num total de 138 diferentes, a metodologia consiste na análise dos resultados de uma pesquisa a partir de duas mil entrevistas baseadas em um questionário, sendo que dessas duas mil, mil são direcionadas para o público empresarial e as outras mil para o público em geral. Registra-se que a pesquisa é feita entre associados e não-associados.

Projeto Cidadão Empreendedor Fase I. Em parceria com a Prefeitura Municipal, o objetivo é de fortalecer os empreendedores do município ao possibilitar a formalização de suas atividades, gerando ocupação, emprego e renda , o que redundará em desenvolvimento sócio-econômico da região. Com uma estimativa elevada do índice de informalidade, em torno de 70% das atividades econômicas, e alta dependência de fornecedores de fora do município, o projeto tem como meta contemplar em quatro anos 50% dos empreendedores; fortalecer pelo associativismo, facilitar o acesso ao microcrédito; aumentar receitas , produtividades e lucro.

Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás – GO Projeto da Comunidade Empresarial ACIEG - A entidade preparou um projeto que consiste de ações junto aos setores públicos e privados com o objetivo de melhorar a prestação dos serviços de segurança, de um melhor ordenamento do trânsito e dos estacionamentos. Criou-se o Fórum de Segurança e o Fórum Permanente de Trânsito, com resultados significativos na redução de assaltos e arrombamentos no comércio e nos índices de acidentes de trânsito.

Associação Comercial de Itacoatiara – AM Projeto Rede de Internet Corporativa - A entidade oferece Internet aos associados, via rádio, banda larga, com horário ilimitado, por valores menores que os cobrados na região. Com isso, diz ter não só facilitado o acesso às informações aos seus clientes, como também aumentado o número de seus associados e melhorado a participação deles na própria associação.

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Associação Comercial e Industrial de Palmas – TO Projeto da Feira de Negócios de Palmas – Fenepalmas. Com o objetivo de estreitar o relacionamento das empresas com o público consumidor ao promover novos produtos a clientes, em um só local de vendas, a Feira está em sua décima quarta edição. Nesse sentido, registra um público de 75 mil visitantes e movimento financeiro de 12 milhões.

REGIÃO SUDESTE Associação Comercial e Industrial de Campinas - SP

Associação Comercial, Ind., Agrop. e Prest. de Serviços de Ipatinga – MG

Projeto apresentado foi de Fanfarra nas Escolas - Tratase de projeto com 10 anos de existência, tendo como objetivo geral contribuir com a programação cultural da cidade. A primeira edição do Festival de Fanfarras ocorreu em 1998, com 18 escolas participantes, em parceria com a Prefeitura Municipal, participando 200 alunos; atualmente, tem-se o número de 800 a 1000 contemplados por ano, num total de cerca de 5 mil alunos total beneficiados. A importância está no resgate da valorização de tradição musical da cultural brasileira, além de proporcionar ao jovem ocupação presente e a possibilidade de desenvolvimento de habilidades e competências profissionais futuras.

Projeto do Prêmio Notorius - Por meio de pesquisa de opinião pública, o Prêmio Notorius tem como objetivo contemplar as empresas 'mais lembradas' de diversos segmentos em Ipatinga. Criado com o objetivo de contribuir para a divulgação e a valorização das empresas locais e com vistas a coibir a prática de uma chamada “indústria de honra ao mérito”, descrita como a comercialização de diplomas para empresas de idoneidade duvidosa, a associação diz que o prêmio funciona ainda para incentivar “uma competição sadia, cujos resultados implicariam também num melhor desempenho do comércio, da indústria e da prestação de serviços na cidade”.

Associação Comercial e Industrial de Vilhena – Rondônia Projeto Educação Solidária – a caminho da universidade - Com o objetivo de criar alternativa para ampliar o acesso das populações carentes ao ensino superior e aumentar o número de profissionais qualificados para o mercado de trabalho., Voltado para pessoas de baixa renda, que já concluíram ou estão concluindo o ensino médio, mas não conseguiram entrar em uma faculdade. No dia 14 de junho de 2004, foi assinado contrato entre a Associação Comercial e a Associação de Moradores, onde a primeira seria responsável pelo financiamento do projeto e a segunda, pela condução dos trabalhos técnicos e administrativos.

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Associação Comercial e Industrial de Itupeva – SP

Projeto de Natal Iluminado - A idéia é de trabalhar com enfeites natalinos confeccionados com materiais recicláveis – garrafas pets -, garantindo, ao mesmo tempo, aparência festiva na cidade e iluminação natalina ecologicamente correta. Projeto em parceria com a Prefeitura, cujas ações estarão em andamento ao longo do ano de 2007. Visando atrair curiosos de cidades vizinhas, que se tornarão potenciais compradores e, desse modo, aquecer, o comércio local, a Associação apresenta ainda como meta ornamentar os principais pontos da cidade.

Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto - SP Projeto do SICOOB – COOPERA - Projeto que tem dentro de sua concepção um modelo de oferecimento de crédito e assistência financeira mais barata e democrática, proporcionado também cooperativismo e associativismo, uma vez que para ser cooperado é necessário ser empresário associado a alguma ACE. Inaugurada em 2006, nasceu a primeira cooperativa de crédito regional e de empresários do Brasil; inicialmente, com 47 sócio-fundadores e R$ 700.000,00 de capital inicial. Registrando um crescimento de 501 % em seu primeiro ano de existência, a cooperativa chama a atenção para o fato de não haver inadimplência entre seus cooperados. Ainda, há no relato apresentação de outros serviços oferecidos a seus cooperados, como, por exemplo, SICOOB COOPERAC Cobranças, uma empresa especializada em cobrança que presta serviços aos empresários.

Associação Comercial e Industrial de São João Del-Rei - MG Projeto da FECIC – Feira do Comércio , Indústria e Mostra Cultural de São João Del-Rei. Tem a finalidade principal de valorização e de união dos empreendedores da cidade e região através de uma feira de negócios, com o fortalecimento dos setores existentes na cidade e a promoção do desenvolvimento turístico regional, além de destacar a memória artística e cultural da assim denominada Capital Brasileira da Cultura 2007.

Associação Comercial e Industrial de São Sebastião – SP Projeto denominado “Um Mundo Melhor” - Projeto cultural, em atividade há dez anos, com vistas, em colaboração com a Prefeitura Municipal e outras entidades , à criação de bibliotecas de espanhol, local onde também são ministradas aulas do mesmo idioma. Tendo como público-alvo a comunidade em geral, empresários, estudantes e trabalhadores do setor do turismo, o projeto conta com o apoio do governo da Espanha, além de ter sido premiado pela Fundação ABRINQ.

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Associação Empresarial de Pará de Minas – MG Projeto de Promoção Super Prêmios o Ano Inteiro Com o objetivo de aquecer o comércio local em datas comemorativas, a Associação desenvolveu uma ferramenta de armazenamento e gerenciamento de informações que fornece aos associados feedback em forma de dados estatísticos úteis ao dia-a-dia do comerciante e à potencialização do negócio. Assim, o projeto consistiu em sete etapas de premiação ao comprador, organizadas de acordo com datas comemorativas representativas de vendas para o comércio. Cita-se, como exemplo, a Etapa Dia das Crianças, na qual se sorteou uma viagem para a Disney com acompanhante.

Associação Comercial e Industrial de Santos – SP Projeto ACS a serviço das micro e pequenas empresas - Não ignorando seu passado de instituição considerada elitista, a Associação ampliou de suas ações, ao oferecer serviços com foco no apoio às micro e pequenas empresas do município. Para isso, criou o citado projeto, que consiste em três frentes de atuação, quais sejam : 1) Posto de Informações do BNDES – i n a u g u r a d o e m setembro de 2006; 2) Balcão de Atendimento do Sebrae – inaugurado em dezembro de 2006; 3) Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação – lançado em julho de 2007.

A Associação oferece, por meio do Posto de Informações do BNDES, assessoria para acesso às linhas de crédito e financiamento do BNDES; na mesma li-

nha, através do Balcão de Atendimento do Sebrae, consultoria aos interessados em abrir seu próprio negócio e explorar outros nichos de mercado; e com a criação do chamado Arranjo Produtivo Local (APL) de TI&C, promove ações de incentivo à busca de recursos para fomento de pesquisa tecnológica, facilitando, assim, o acesso a linhas de crédito, micro-crédito e financiamento, além de incentivar também a criação de fundos de investimentos de capital de risco, tendo como foco empresas de tecnologia que tenham soluções para a área portuária. O Arranjo Produtivo Local (APL) de TI&C surgiu de iniciativa em conjunto com a Prefeitura Municipal, o Sebrae, Ciesp/ Santos e Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) e consiste em conglomerados de agentes econô-

micos, políticos, sociais, em um mesmo território, com vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem, ou seja, programa criado pelo governo para distribuir recursos às micro, pequenas e médias empresas, visando o aumento da competitividade desses negócios, uma vez que reforçam a possibilidade de crescimento das empresas na medida em que favorecem a capacidade produtiva e tecnológica, além de ampliarem as possibilidades de acesso a canais de suprimento, comercialização e financiamento.

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REGIÃO SUL Associação Comercial e Industrial de Alegrete – Rio Grande do Sul Projeto da Fenegócios 2006. A Fenegócios é uma feira multissetorial que, ancorada no agronegócio, integra a pecuária, agricultura, indústria, comércio, instituições de ensino e pesquisa, turismo e serviços. É realizada anualmente no Parque de Exposições da cidade. Com vistas a promover o desenvolvimento regional através da oportunidade de novos negócios, a feira surgiu em 2001, tendo sua sexta edição realizada no período de 04 a 07 de maio de 2006.

Centro da Indústria e Comércio e Serviços de Bento Gonçalves – RS Projeto “Viva Bento” - O projeto busca melhorar a qualidade de vida da população do município, bem como o fortalecimento e o desenvolvimento do turismo e a respectiva qualificação do comércio, serviço e indústria, integrando diversas entidades representativas de classes e o Poder Público. Através da articulação com as entidades parceiras, o projeto objetiva a revisão urbanística de Bento Gonçalves, bem como remodelar o mix comercial, criando alternativas para atrair o turismo. Aproveitando o Planejamento Estratégico até 2027, do Município, a Associação apresentou seu projeto. Em relação ao Plano Diretor, reuniões com o Poder Executivo e Legislativo e apresentações à comunidade resultaram na inclusão do projeto da Associação nesse instrumento legal do município.

Associação Comercial e Industrial de Blumenau – SC Campanha para o obra do viaduto e novo trevo da Mafisa, na intersecção das Rodovias BR 470 e SC 474. A justificativa é o nível elevado de tráfego nas rodovias BR 370 e SC 474, que atravessam área urbana da cidade de Blumenau com forte presença de instalações industriais e muitas residências em seu entorno, o que provoca congestionamentos e acidentes. Desta forma, assinou contrato como uma empresa de engenharia para a elaboração do projeto executivo para a construção de trevo e viaduto no cruzamento das rodovias. O valor contratual é de R$ 148.140,00, e foi rateado entre a Prefeitura Municipal (1/3) e a Associação (2/3) dos custos da obra. Para levantar a parte da Associação foi feito uma campanha, onde a compra de cotas por parte de empresas (54 empresas), contando também com o apoio e participação do Conselho de Desenvolvimento de Itoupava Central (CODEIC), em ação conjunta.

Associação Comercial e Industrial de Cascavel - PR Projeto do Cartão Sicoob Compras. Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil Sicoob - Com o objetivo geral de oferecer à comunidade ferramenta financeira e de crédito que permita agrupamento de várias funções num único cartão. Para isso, em associação com um sistema financeiro nacional tradicional , criou-se uma cooperativa de crédito constituída de empresários, empreendedores e categorias profissionais de diferentes setores econômicos da cidade. Já foram entregues, até agosto de 2007, 1,6 mil cartões e 300 unidades leitoras instaladas e em funcionamento, além de R$ 170.000,00 em movimentação financeira.

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Associação Comercial e Empresarial de Francisco Beltrão - PR

Associação Comercial e Industrial de Canela – RS

Projeto da Revista do Empresário - Com o objetivo de se tornar um veículo oficial, em substituição ao antigo boletim informativo, surgiu a Revista do Empresário. Com uma tiragem inicial de mil exemplares e 16 páginas, com periodicidade bimestral, em sua 6ª edição conta com uma tiragem de mil e quinhentos exemplares e trinta e seis páginas, atingindo além do público associado, profissionais liberais de diversas classes, uma vez que trata de assunto de interesse geral, com foco no mundo dos negócios. Já iniciou o processo de registro da marca no INPI e na Biblioteca Nacional, o que permitirá a comercialização da revista em bancas de jornal, atingindo, assim, público maior.

Projeto: Conheça Nossa Cidade - Treinamento de Conscientização Turística e Qualidade da Informação. O treinamento tem por objetivo proporcionar e motivar para que o morador conheça a sua própria cidade, melhorar a informação transmitida aos visitantes; qualificar o atendimento e aumentar a auto-estima da comunidade; fomentar a conscientização turística e, conseqüentemente, a permanência do turista e o conhecimento sobre os atrativos turísticos da cidade.A Associação, através do seu departamento de turismo, vem investindo em sinalização, mapas e guia da cidade, com o objetivo de melhorar a informação. Já foram formadas 10 turmas, das quais participaram mais de 150 pessoas em grupos compostos por empresários e funcionários de agências, hotéis, pousadas, lojas, parques, artesanatos, malharias, restaurantes, central de informações, professores, policiais, entre outros.

Associação Comercial e Empresarial de Jacarezinho - PR

Projeto de Centros de Capacitação, Produção e Comercialização de Artesanato – CCPC – Arte. Com a criação de seis centros de artesanato, em diferentes bairros da cidade, em parceria com a prefeitura municipal, o projeto que tem como objetivo tornar aptos artesãos para a feitura e comercialização de produtos que têm como matéria-prima fibras naturais, como a de bananeira, por exemplo. Para isso, nesses centros ensina-se e aprendese técnicas de produção e formas de venda conjunta do artesanato. Já foram capacitados mais de 900 artesãos, para, individualmente, produzirem diferentes produtos, tais como: aparadores, caminhos de mesa, revisteiros, abajures, etc.

Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo – RS Projeto da Comissão Antipirataria no Calçado - A Comissão Antipirataria no Calçado foi criada em abril de 2004, através da iniciativa de um grupo de empresários detentores das marcas de calçados mais representativas no Brasil. Este grupo de empresários se decidiu pelo enfrentamento das questões de pirataria na área do calçado. A comissão é apresentada como única comissão específica voltada ao combate da pirataria do calçado no Brasil, dizendo-se desconhecer registros de comissões semelhantes em âmbito internacional. O grupo se reúne mensalmente desde abril de

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Associação Comercial e Industrial de Rio do Sul – SC Projeto de “Revitalização da entidade através do marketing para se transformar na ‘ entidade que o Brasil merece’”. As ações se iniciaram em 2003 com continuidade até hoje. Foram utilizados ferramentas de marketing, como estudo de demanda e de mercado, planejamento estratégico, tático e operacional para visualização das mudanças que se fariam necessárias ao processo de revitalização. Tem a pretensão de se tornar modelo de gestão para pequenas associações empresariais no estado. As principais ações foram: o desenvolvimento de um mix de produtos oferecidos pela entidade a seus associados, criação de campanhas internas para interação da equipe de colaboradores, realização de eventos voltados para o público associado com o intuito de integração desse público ao quadro social da entidade, etc. A Associação passou de 163 sócios e receita bruta de R$ 320.596,05 em 2002, para 375 sócios e R$ 544.209,77 de receita bruta em 2006.

2004 e a cada dois anos desenvolve, juntamente com todos os associados, seu planejamento estratégico. Com um planejamento de ações de repressão em conjunto na fronteira do RS e em diversas cidades do interior, incluindo Novo Hamburgo (lojas e indústrias), as ações do projeto incluíram ainda debates, palestras em universidades e colégios, apresentação do projeto na Câmara dos Deputados Federal em Brasília; levantamento das cidades que se destacam no mapa brasileiro da produção industrial da falsi-

Associação Comercial e Empresarial de Maringá - PR Nome do Projeto: Projeto do Observatório Social de Maringá - Com o slogan “aumento da qualidade da aplicação dos recursos públicos no município de Maringá”, a Associação, em parceria com diversas entidades , tem como finalidade diminuir a carga tributária , uma vez que o instrumento criado busca dar transparência à aplicação dos recursos públicos do município e, com isso, o aumento da eficácia, o que redundará em menor necessidade de criação de novos impostos. É constituído de um conselho composto por professores, advogados, juízes, empresários e auditores, contando ainda com o apoio do Tribunal de Contas do Estado e da Controladoria Geral da União e se baseia também em direitos assegurados constitucionalmente. Com trabalhos realizados em dependências da prefeitura em buscas de informações ou realizando diligências, a iniciativa conta com a participação de uma série de entidades e a estratégia de desenvolver base de indicadores e de parâmetros de investigação e de avaliação que permitam determinar a qualidade da gestão municipal. Apresenta-se como resultado ter se conseguido, em pouco mais de um ano de trabalho de vigilância do Observatório, a economia real de mais de R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais) para os cofres públicos.

ficação e dos principais portos utilizados para a entrada do contrabando no território brasileiro; encaminhamento de texto de projeto de Lei punitiva aos revendedores, transportadores e armazenadores de produtos piratas. Também é desenvolvido o projeto ESCOLEGAL, uma iniciativa inédita no país que visa educar alunos, pais e professores quanto aos riscos do consumo de produtos piratas. Assim, com a etapa piloto já concluída, implantada em três escolas estaduais, com acompanhamento estatístico para

avaliação da melhora da conscientização e da cidadania, apoiado pelo Ministério Público, tem novos projetos para instalação em mais 50 escolas da rede estadual.

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Sede da ACRN, em Natal

115 anos fazendo a história do comércio

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om 115 anos de existência, a Associação Comercial do Rio Grande do Norte (ACRN) tem muita história para contar. Fundada em 2 de outubro de 1892, a entidade surgiu da reunião de empresários locais em torno de um ideal comum, inspirada em movimentos similares já existentes na Europa e América do Norte. O prestígio da associação no início do século era tanto que era consultada constantemente pelos governadores. Depois de mais um século de existência, a ACRN começa a dar os primeiros passos para oferecer mais do que representação aos seus associados. Com o aniversário da instituição ocorrido na última terça-feira, a diretoria da ACRN prepara uma programação comemorativa para o fim des-

te mês. A idéia é unir os 115 anos ao início oficial das atividades da Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial do Estado, órgão ligado à Associação. A solenidade - com data a ser definida - deve contar com a presença de representantes da Confederação Nacional das Associações de Comércio (CNAC). A Associação Comercial é uma entidade de caráter representativo da classe empresarial potiguar e atualmente conta com cerca de 200 sócios. A ACRN congrega empresas de todos os segmentos da economia desde a agropecuária até a indústria, sejam elas micro, pequenas ou grandes. A base de seus ideais está na defesa da livre iniciativa, funcionando no sentido mais amplo da democracia, sem ter ligação com órgãos públicos

ou ser controlado por uma única empresa privada. Porém, os planos da atual diretoria são de transformar a entidade em um órgão que vá além da representação e ofereça também serviços para o crescimento dos empreendedores. "Queremos que nossa instituição se torne um órgão de prestação de serviços, uma entidade voltada para o empresário", declara o atual presidente, Nilson Morais, um dos dez diretores à frente da ACRN. Morais é presidente desde 2004 e participa da associação desde 1984, já tendo atuado em outros cargos da diretoria. Para alcançar este objetivo, estão sendo firmadas algumas parcerias com outras instituições como é caso da Caixa Econômica Federal. Mas, mesmo tendo o caráter mais representativo, a Associação Comercial é responsável hoje por alguns serviços como a emissão dos "certificados de origem", documento exigido por alguns países às empresas exportadoras. Além disso, em parceria com o Sebrae RN, a entidade participa do Programa Empreender que capacita os empresários e os colaboradores na área de gestão. O objetivo é aumentar a capacidade destes empreendedores de competirem no mercado crescente e dinâmico. Entre os planos futuros está a instalação de uma parceria com empresas nacionais para emissão de cartão de crédito e ticket refeição para os funcionários das empresas integrantes da Associação. "Queremos fazer pesquisas junto aos empresários para saber quais as necessidades deles e ver como a associação pode agir para ajuda-los". ________________________________________________________ Fonte: Diário de Natal

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Acil cria câmara para arbitrar inadimplência

Vista noturna da cidade de Limeira

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Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil), vai instalar em seis meses a Câmara de Mediação e Arbitragem. O projeto é uma oportunidade para que endividado e credor possam acertar as pendências sem precisar ir à Justiça. A câmara foi aprovada pela diretoria da entidade, que está na fase de preparação de documentos para o funcionamento legal dentro dos parâmetros da Confederação das Associ-

ações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). O projeto será dirigido pelo diretor da Acil, Reinaldo Grassi, na própria sede da entidade. De acordo com a Acil, os chamados métodos extrajudiciais de solução de controvérsias (MESCs), são utilizados em várias cidades do País com bons resultados na resolução de conflitos. "É um meio que visa agilizar tanto o inadimplente quanto o credor", avalia o presidente da entidade, Renato Hachich Maluf.

Há quatro tipos de mecanismo para resolver um conflito. Na negociação, as partes buscam solução sem a necessidade de uma intervenção. Na mediação, há uma facilitação de um mediador para que haja uma saída por meio do diálogo. Já na conciliação, um interventor atua ativamente, apontando soluções para o melhor acerto. Por último, a arbitragem é utilizada quando os outros três fracassam. A sentença condenatória tem peso equivalente à Justiça e não permite a contestação. Maluf lembra que, para ir à câmara de arbitragem, é preciso designá-la oficialmente em contratos com direitos patrimoniais disponíveis. "Na assinatura de um contrato, no lugar de Foro da Comarca de Limeira, deve-se indicar a câmara de arbitragem", ressalta. O regulamento deve ser detalhado pelas partes. Empresas ou pessoas físicas podem incluir a cláusula em seus contratos. O presidente diz ainda que a alternativa vai contribuir para o empresariado limeirense. A Acil anunciou a criação de um cadastro de pessoas interessadas em atuar como árbitros, negociadores e conciliadores da câmara. Podem participar currículos de várias áreas, como contadores, advogados e administradores. Informações pelo telefone 3404-4900. * Fonte: Gazeta de Limeira

Com 180 anos, Limeira está localizada na região central do Estado de São Paulo

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O encontro foi realizado em Belo Horizonte (MG)

Vice-presidente da CACB reúne-se com diretora da SEDA Omar Carneiro apresentou o programa Empreender Internacional no II Encontro da Cúpula Índia, Brasil e África do Sul sobre Pequenas Empresas

O

vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Omar Carneiro, apresentou o programa Empreender Internacional no II Encontro da Cúpula Índia, Brasil e África do Sul sobre Pequenas Empresas, realizado em setembro, em Belo Horizonte (MG). Após destacar o surgimento do programa e a parceria da CACB com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-

presas) no Projeto Empreender Internacional, Omar Carneiro ressaltou que o Brasil está exportando conhecimento no desenvolvimento de micro e pequenas empresas empreendedoras. "No Brasil temos grupos em 840 municípios espalhados por todos os estados. Até 2005, já havíamos atendido mais de 45 mil empresas. Hoje, o Projeto Empreender está em fase de implementação nos países como África do Sul, Moçambique e Chile", explicou Omar.

O vice-presidente da CACB disse ainda que as principais motivações para participar, junto com o Sebrae, da internacionalização do programa são: retribuir à Alemanha a ajuda recebida, criar um intercâmbio com os países participantes e proporcionar visibilidade à entidade. Omar declarou que o Programa Empreender Internacional apresenta alguns desafios, entretanto, que precisam ser enfrentados. "É notório que um programa desta dimensão em processo de adaptação nos

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países parceiros apresenta desafios, como o estágio incipiente das entidades empresariais em alguns países, a atenção minuciosa na cultura de forma a alterar pequenas adaptações nos materiais e na implementação do programa, o Omar Carneiro, vice-presidente da CACB curto espaço de tempo para implementação do programa, entre outros", comple- Damane, e o diretor Técnico do Sementou. brae, Luiz Carlos Barboza. Promovido pelo Sebrae, o evenDe acordo com a diretora Alice to também contou com a presença Damane, a SEDA está muito satisda diretora-Executiva da Small En- feita com o Empreender e demonsterprise Development Agency tra grande expectativa com o pro(SEDA), Sra. A. N. Damane, o dire- grama. "Definitivamente há uma sator-Executivo da entidade indiana tisfação enorme com o projeto. National Small Industries Corpora- Exemplo deste sucesso são os inútion (NSIC), Sr. H. P. Kumar, o co- meros convites que a SEDA recebe ordenador do Programa Empreen- para implantar o programa em dider, Carlos Rezende, e demais au- versos municípios", explicou. toridades. A Small Enterprise Development Agency (SEDA) é uma entidade governamental ligado ao MinistéReunião Além de ter participado do painel rio do Comércio e da Indústria da "Projetos Internacionais de Coope- África do Sul. No mês de maio ração em prol do Desenvolvimento deste ano a Seda firmou contrato dos Pequenos Negócios", Omar com a CACB e o Sebrae na impleCarneiro se reuniu com a diretora mentação do Projeto Empreender da SEDA, Sra. Alice Nomvuysio naquele país.

Projeto Empreender Música na Fazenda Com intuito de enriquecer as visitas nas Fazendas Históricas e valorizar artistas locais e regionais, surgiu o Projeto Empreender Música na Fazenda, que consiste em uma série de eventos musicais acompanhado de visita guiada, proporcionando ao turista uma experiência única de conhecer a

historia da Fazenda e do município de Vassouras. As fazendas históricas de Vassouras fazem parte do projeto Empreender desde julho de 2007, que hoje, de acordo com a metodologia de associativismo do Empreender, abre as portas para visitação.

Desde a sólida parceria, o projeto já está proporcionando a competitividade e o fortalecimento das pequenas e médias empresas por atendimento coletivo naquele país.

Nota de pesar Natural de Fraiburgo, Osiel Alves Ferreira estava em Rio Negrinho desde os 15 anos, época em que passou a exercer a profissão de mecânico. Começou com uma pequena oficina, e ano depois, fundou a Mecânica Osiel. Em 2000 abriu a mecânica Motors Center, empresa que foi reinaugurada ano passado em nova e moderna sede. Dinâmico e arrojado, Osiel sempre teve no cooperativismo um ideal de vida. Defendia o precipício da força pela união, envolvendo-se em grandes feitos e eventos ligados a sua realidade. Era vice-presidente de Núcleos estaduais da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e coordenador do Núcleo de Automecânicas (NEA-SC), órgão considerado o maior núcleo de serviço do Brasil e um dos mais atuantes no Estado. À frente da organização no ultimo dia 15 aconteceu XII encontro do NEA-SC, que reuniu cerca de 1600 pessoas. Deixou marcas nessa vida pelo seu profissionalismo e sua competência, com seu jeito rude e confiante conquistou pessoas e até cidades. Hoje só podemos lhe agradecer por tudo o que nos ensinou e pelo exemplo que foi para nós... Assim lhe desejamos a paz e temos certeza que um dia voltaremos a nos encontrar... Núcleo Estadual de Mecânicas - SC

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CACB se reúne com diretores da SERCOTEC e CONAPYME

Dirigentes das 03 entidades reunidos em Santiago (Chile)

A

s principais atividades envolvidas no Programa Empreender foram apresentadas aos representantes do Serviço de Cooperação Técnica (SERCOTEC) e da Confederação Nacional da Pequena e Média Empresa (CONAPYME), durante reunião realizada em Santiago (Chile), no mês de setembro. Estiveram presentes o representante da diretoria da CACB, Roberto Mileski, do coordenador nacional do Programa Empreender, Carlos Rezende, do consultor do Empreender Internacional, Alexsandro Becker, do gerente-reral da SERCOTEC, Mario Ossandon Cañas, do presidente da Confederação Nacional de Donos de Caminhões do Chile (CNDC), Andrés Ovalle Letelier, do gerente de relações públicas da Confederação do Comercio Varejista e Turismo do Chile, Marcos Veragua, do assessor da gerência geral e encarregado das Relações Internacionais, Patricio Chellew Schoroeder, e do representante da Unidade de Planejamento e Desarrollo, Christi-

an Malebrán Ulloa. Roberto Mileski apresentou aos empresários chilenos o Núcleo das Indústrias de Vestuário do Oeste Catarinense (NIVOC), composto por 68 empresas integrantes do Empreender, distribuídas em 21 municípios brasileiros. Já o coordenador do Programa Empreender, Carlos Rezende, demonstrou as principais atividades envolvidas no projeto, os custos para implementação do programa, como também a forma de compreender os honorários do consultor e material de divulgação. De acordo com Rezende, a reunião representou um marco importante no desenvolvimento do programa no Chile, uma vez que a SERCOTEC solicitou a realização do planejamento para implementação do Empreender junto aos técnicos chilenos. "O modelo segue o exemplo implantado e aperfeiçoado no Brasil, com etapas para seleção das regiões, recrutamento e seleção dos consultores, definição dos núcleos setoriais a serem criados e formação de comitê gestor.

Cada região terá um consultor, sendo que cada cidade de cada uma das localidades será definida pela CONAPYME", explicou Rezende. Segundo o gerente-geral da SERCOTEC, Mario Ossandon Cañas, o objetivo da entidade é implementar o programa em todas as regiões chilenas. "A princípio será definido um planejamento, onde serão trabalhadas cinco regiões do país. A partir do segundo ano da implementação, mais cinco regiões receberão o programa e, posteriormente, as demais localidades, de modo a fortalecer as entidades empresariais e as empresas chilenas participantes", afirmou Mario Cañas. O presidente da CNDC, Andrés Ovalle Letelier, demonstrou entusiasmo ao conhecer, minuciosamente, os serviços ofertados pelas associações comerciais do sistema CACB. "Definimos o cronograma de atividades para os próximos doze meses, de modo a trabalhar em 16 regiões, conseqüentemente, beneficiar cerca de 110 municípios do Chile", ressaltou. Ao final do encontro, os participantes definiram que a SERCOTEC, por ser uma entidade pública, não será responsável pela execução, mas sim aportar recursos financeiros e dar apoio técnico ao projeto. CONAPYME - Foi criada em 1999 e tem se posicionado no Chiles como uma das maiores forças de representatividade. Hoje, a entidade representa mais de 600 mil empresários de diversos segmentos, como transporte de carga e passageiros; pequenas e médias indústrias e artesanato; comercio de turismo; serviços e exportação, além dos setores de agricultura, minério e pesca.

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