Revista Empresa Brasil 94

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Empresa

Brasil

Ano 10 l Número 94 l Maio de 2013

Quando a soma faz a diferença Os APLs são destaque como alternativa de desenvolvimento. Um dos mais bem-sucedidos é o da vitivinicultura da Serra gaúcha

CONGRESSO ANUAL DA CACB SERÁ REALIZADO EM PORTO DE GALINHAS


Federações CACB Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre – FEDERACRE Presidente: George Teixeira Pinheiro Avenida Ceará, 2351 Bairro: Centro Cidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná – FACIAP Presidente: Rainer Zielasko Rua: Heitor Stockler de Franca, 356 Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas – FEDERALAGOAS Presidente: Kennedy Davidson Pinaud Calheiros Rua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – FACEP Presidente: Jussara Pereira Barbosa Rua do Bom Jesus, 215 – 1º andar Bairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

VICE-PRESIDENTES Antônio Freire (MS) Djalma Farias Cintra Junior (PE) Jésus Mendes Costa (RJ) Jonas Alves de Souza (MT) José Sobrinho Barros (DF) Rainer Zielasko (PR) Reginaldo Ferreira (PA) Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN) Wander Luis Silva (MG)

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIA Presidente: Nilton Ricardo Felgueiras Faria e Sousa Rua General Rondon, 1385 Bairro: Centro Cidade: Macapá CEP: 68.900-182

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACP Presidente: José Elias Tajra Rua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207. Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: Centro Cidade: Teresina CEP: 64.001-060

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS Sérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia – FACEB Presidente: Clóves Lopes Cedraz Rua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

DIRETORIA DA CACB TRIÊNIO 2013/2015 PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli (RS) 1º VICE-PRESIDENTE Rogério Pinto Coelho Amato (SP)

VICE-PRESIDENTE DE COMUNICAÇÃO Alexandre Santana Porto (SE) VICE-PRESIDENTE DA MICRO E PEQUENA EMPRESA Luiz Carlos Furtado Neves (SC) VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOS Pedro José Ferreira (TO) DIRETOR–SECRETÁRIO Jarbas Luis Meurer (TO) DIRETOR–FINANCEIRO George Teixeira Pinheiro (AC) CONSELHO FISCAL TITULARES Jadir Correa da Costa (RR) Ubiratan da Silva Lopes (GO) Valdemar Pinheiro (AM) CONSELHO FISCAL SUPLENTE Alaor Francisco Tissot (SC) Itamar Manso Maciel (RN) Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL) CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIA Avani Slomp Rodrigues (PR) CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIO Eduardo Machado SUPERINTENDENTE Antônio Chaves Barcellos GERENTE ADMINSTRATIVO/FINANCEIRO César Augusto Silva COORDENADOR DO EMPREENDER Carlos Alberto Rezende COORDENADOR CBMAE/INTEGRA Valério Souza de Figueiredo COORDENADOR DO PROGERECS Luiz Antônio Bortolin COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Neusa Galli Fróes COORDENADORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Luzinete Marques EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Neusa Galli Fróes Cyntia Menezes Thais Margalho SCS Quadra 3 Bloco A Lote 126 Edifício CACB 61 3321-1311 61 3224-0034 70.313-916 Brasília - DF Site: www.cacb.org.br

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas – FACEA Presidente: Valdemar Pinheiro Rua Guilherme Moreira, 281 Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACC Presidente: João Porto Guimarães Rua Doutor João Moreira, 207 Bairro: Centro Cidade: Fortaleza CEP: 60.030-000 Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDF Presidente: Francisco de Assis Sousa SAI Quadra 5C, Lote 32, sala 101 Cidade: Brasília CEP: 71200-055 Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Espírito Santo – FACIAPES Presidente: Amarildo Selva Lovato Rua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700 Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEG Presidente: Ubiratan da Silva Lopes Rua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110 Maranhão – Federação das Associações Empresariais do Maranhão – FAEM Presidente: Domingos Sousa Silva Júnior Rua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis. Bairro: São Francisco- São Luís- Maranhão CEP: 65.076-360 Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Mato Grosso – FACMAT Presidente: Jonas Alves de Souza Rua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio 2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020 Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul – FAEMS Presidente: Antônio Freire Rua Quinze de Novembro, 390 Bairro: Centro Cidade: Campo Grande CEP: 79.002-917 Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINAS Presidente: Wander Luís Silva Avenida Afonso Pena, 726, 15º andar Bairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002 Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará – FACIAPA Presidente: Olavo Rogério Bastos das Neves Avenida Presidente Vargas, 158 - 5º andar Bairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000 Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Paraíba – FACEPB Presidente: Alexandre José Beltrão Moura Avenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andar Bairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJ Presidente: Jésus Mendes Costa Rua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: Centro Cidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030 Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte – FACERN Presidente: Itamar Manso Maciel Júnior Avenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200 Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul - FEDERASUL Presidente: Ricardo Russowsky Rua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andar Palácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110 Rondônia – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Rondônia – FACER Presidente: Gerçon Szezerbatz Zanatto Rua Dom Pedro II, 637 – Bairro: Caiari Cidade: Porto Velho CEP: 76.801-151 Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais de Roraima – FACIR Presidente: Jadir Correa da Costa Avenida Jaime Brasil, 223, 1º andar Bairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350 Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC Presidente: Alaor Francisco Tissot Rua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540 São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo – FACESP Presidente: Rogério Pinto Coelho Amato Rua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001 Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado de Sergipe – FACIASE Presidente: Alexandre Santana Porto Rua Jose do Prado Franco, 557 Bairro: Centro Cidade: Aracaju CEP: 49.010-110 Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Tocantins – FACIET Presidente: Pedro José Ferreira 103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversificada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às informações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.


PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

Um modelo alternativo de desenvolvimento

A

necessidade de as empresas reavaliarem suas atividades em função dos efeitos da globalização é um tema permanente. Isso porque envolve um aspecto que se tornou crucial quando se fala em desenvolvimento econômico: a competitividade. Para poder competir, a pequena empresa depende cada vez mais de um bom planejamento. E isso passa pela perspectiva de unir esforços com empresas similares para a formação de redes de cooperação. Em vez de concorrerem entre si, o melhor caminho é unir esforços e dessa forma aumentar a sua capacidade competitiva. Nesta edição de Empresa Brasil, trazemos como matéria de capa aquela que será uma das áreas de atuação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, criada recentemente pela presidente Dilma Rousseff: os chamados Arranjos Produtivos Locais, conhecidos como APLs. Os APLs – segundo os últimos dados apurados pelo IBGE, somam 1,4 mil em 22 estados da Federação – são formados apenas quando aspectos setoriais e geográficos estão concentrados, caso contrário tem-se apenas empresas de produção que atuam em setores e geografia dispersos. Neste caso, a divisão do trabalho e a economia em escala são pequenas, o oposto da característica de um APL. Em quase todos os estados com APLs, muitos deles já fazem parte de histórias de sucesso, como, por exemplo, os polos de móveis de Ubá (MG), o de cerâmica vermelha de Itu (SP) e o de vitivinicultura da Serra gaúcha, que, em dez anos, pulou de 439 para 751 estabelecimentos. Mas, como era de se esperar, nem tudo são flores nos APLs. Além dos desafios impostos pelos mercados interno e externo, há também questões que precisam ser aperfeiçoadas, como o da governança. Como ocorre em qualquer tipo de organização, há sempre a necessidade de se definir em torno de uma agenda comum, a fim de impedir que uma determinada região prevaleça em detrimento das demais. Mas o certo é que os APLs já comprovaram a sua eficácia como um modelo de desenvolvimento alternativo, que está a merecer maior carinho de políticas públicas. Nota-se, por exemplo, a falta de atualização de dados e de estudos mais aprofundados sobre os caminhos mais adequados para a potencialização de algumas aglomerações de empresas que não conseguiram avançar, o que certamente será pautado pelo titular indicado para a nova Secretaria da Micro e Pequena Empresa. De outra parte, fazemos questão de destacar a escolha do estado de Pernambuco como sede do 23º Congresso da CACB, que será realizado em Porto de Galinhas, nos dias 12 e 13 de setembro, no hotel Summerville Beach Resort. Em sua última edição, ocorrida em Belém (PA), nosso evento reuniu perto de 1.200 pessoas, o que demonstra, por si, o sucesso de nossas reuniões de trabalho. Assim foi em São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, entre outros estados, o que esperamos repetir em Pernambuco, estado muito conhecido não só por suas belezas naturais como, sobretudo, por sua hospitalidade.

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

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ÍNDICE Foto: Sânzio Melo / Sindvel

8 CAPA

3 PALAVRA DO PRESIDENTE

20 LEGISLAÇÃO

Para poder competir, a pequena empresa depende cada vez mais de um bom planejamento. E isso passa pela perspectiva de unir esforços com empresas similares para a formação de Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Lei dos empregados domésticos beneficia 7,2 milhões de trabalhadores.

5 PELO BRASIL Congresso anual da CACB será realizado em Porto de Galinhas (PE).

Um exemplo de como aumentar a competitividade das MPEs.

12 CASE DE SUCESSO

EXPEDIENTE

24 DESTAQUE CACB

Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróes fróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - mwells@terra.com.br Projeto gráfico: Vinícius Kraskin Diagramação: Kraskin Comunicação Foto da capa: Silvia Tonon / Ibravin Revisão: Flávio Dotti Cesa Colaboradores: Cyntia Menezes, Rejane Gomes e Thaís Margalho. Execução: Editora Matita Perê Ltda. Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - comercial@cacb.org.br Impressão: Arte Impressa Editora Gráfica Ltda. EPP

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Cursos de negociação e mediação empresarial ensinam a evitar conflitos entre empresas.

24 DESTAQUE CACB

8 CAPA

12 CASE DE SUCESSO

22 CBMAE

Empreendedores de Criciúma conquistam cada vez mais espaço no mercado de moda.

14 FEDERAÇÕES

Brasil sedia Congresso Ibero-Americano de Mulheres Empresárias.

26 COMPETITIVIDADE Programa da CACB apresenta resultados para o Sebrae.

28 MEIO AMBIENTE

Seca provoca perdas estimadas em R$ 5 bilhões no RN.

Uma forma mais moderna de aproveitar resíduos domiciliares.

18 PAÍS

3O LIVROS

Secretaria da Micro e Pequena Empresa inicia atividades em junho.

Como fazer um plano financeiro, de Marcos Vinícius Brízido.

31 ARTIGO

19 EVENTO Rodada de Negócios de Caruaru supera previsão dos organizadores.

Jerônimo Mendes escreve: Qual a sua desculpa para não empreender?

SUPLEMENTO ESPECIAL

Prêmio MPE Brasil divulga vencedores em oito categorias


PELO BRASIL

Congresso anual da CACB será realizado em Porto de Galinhas O 23º Congresso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) acontecerá em Porto de Galinhas (PE), nos dias 12 e 13 de setembro, no hotel Summerville Beach Resort. O evento reúne anualmente empreendedores de todo o Brasil, com o objetivo de reforçar as discussões de interesse do empresariado e consolidar uma opinião e agenda para o setor. Além de palestras e debates, serão oferecidos workshops e city tour aos participantes. A sua mais recente edição, ocorrida em Belém (PA), atraiu cerca de 1.200 pessoas. Além do Pará, o Congresso da CACB já passou pelas federações da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, entre outras. Em breve, a programação e as inscrições estarão disponíveis no site www.cacb.org.br.

Summerville Beach Resort

Encontro no Qatar Novo ponto de atendimento de certificação digital é inaugurado em Curitiba Em março, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) inaugurou em Curitiba o ponto de atendimento de certificação digital. O certificado é uma exigência para empresas da região Sul com mais de dez empregados, registrados no programa de conectividade social da Caixa Econômica Federal. Todos deverão realizar suas transações como FGTS exclusivamente por meio do portal conectividade.caixa.gov.br. Lançada em 2011, a Autoridade de Registro Faciap é a única em todo o Brasil que possui Central de Verificação Própria. Atualmente, dentro do sistema CACB, o Paraná está em primeiro lugar na emissão de certificados digitais, além de ser o responsável por 78% das emissões na Região Sul. Em 2012, foram emitidos cerca de 20 mil documentos.

O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Dornelles Cairoli, lidera uma comitiva de executivos da CACB para representar o Brasil na oitava edição do Congresso Mundial de Câmaras de Comércio, em Doha, no Qatar, entre os dias 22 e 25 de abril. O evento, promovido pela International Chamber of Commerce (ICC), vai reunir lideranças empresariais e políticas de mais de cem países para debates e oportunidades de negócios. Cairoli vai mostrar o case brasileiro da rede CACB de Certificação Digital. Maio de 2013

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PELO BRASIL

CACB e ACDF oferecem cursos gratuitos para empreendedores e associados A CACB e a Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) estudam um termo de cooperação técnica para adesão da entidade aos cursos do programa Integra. Os cursos são voltados para empresários, empreendedores individuais, funcionários e associados da CACB. As inscrições serão realizadas no balcão da ACDF, pelo SAC (0800 720 2014) ou pelo site integra.cacb.org.br. A partir do acordo, a ACDF fornecerá o espaço físico e mobilização para a realização dos 16

cursos do projeto Integra, todos gratuitos, exceto o de Inglês Online, com duração de 80 horas, que exigirá o pagamento de R$ 90. Por meio de oficinas e treinamentos, o Integra já capacitou e tirou da informalidade, respectivamente, 3.900 e 5.500 empreendedores individuais. Além disso, até o momento, os cursos do projeto formaram 2.987 pessoas, com base na metodologia didática presencial, e outras 15.800 foram capacitadas em cursos a distância.

A coordenadora adjunta do Integra, Luciana Bittencourt, apresenta os cursos do Integra para a diretoria da ACDF

Central de Conciliação e Mediação terá parceria da Federasul, CACB e Poder Judiciário A CACB, a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul firmaram, na primeira semana de abril, uma parceria para agilizar processos litigiosos dos comerciantes do estado, com a participação da Central de Conciliação e Mediação de Porto Alegre e implementação de uma unidade de coleta de pedido em postos avançados. O contrato é válido por cinco anos e propõe ações entre as três entidades para que processos de conciliação e mediação possam ser concluídos em menor tempo. “Poderemos acelerar uma série de causas e litígios que terão resultado mais rápido”, defende o presidente da Federasul, Ricardo Russowsky. Já o presidente da CACB explica que o projeto é um sucesso em todas as federações e que está programando novas ações, com criação de câmaras temáticas, até mesmo na área internacional.

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Informativo CACB passa a ser semanal O boletim da CACB passa a ser semanal e terá novo layout. As principais informações da rede estarão disponíveis para todos, via e-mail, a partir de maio. Se você ainda não recebe o informativo, solicite a inclusão de seu nome para imprensa@ cacb.org.br e mantenha-se por dentro de tudo que acontece na rede CACB.


Parceira da CACB é contratada pelo Ministério da Saúde para fornecer certificados digitais A Certisign está contratada pelo Ministério da Saúde para fornecer Certificados Digitais para governadores, prefeitos, secretário da saúde e respectivos substitutos para o acesso ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), que tem por objetivo apurar as receitas totais e os gastos em ações e serviços públicos de saúde. “No SIOPS, o Certificado Digital, além de conferir ao titular identidade para se autenticar no sistema, garante a transmissão de dados com a criptografia, garantindo a confidencialidade e transparência nos processos públicos”, explica Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign. Para o coordenador de Certificação

Digital da CACB, Antônio Bortolin, “esse é um reconhecimento de que o trabalho do nosso parceiro, e por consequência da nossa rede, tem qualidade”. Para solicitar o certificado digital Certisign, os gestores da cidade ou do estado devem acessar o site http://hotsite. certisign.com.br/siops/ e escolher o ponto de atendimento para a validação presencial e emissão. Para que esta etapa seja realizada, é necessário se dirigir até o Ponto de Atendimento escolhido em posse do token, mídia criptográfica, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, e apresentar a documentação obrigatória, sendo necessários documentos originais e cópias.

Lei de Arbitragem pode ser alterada Após a alteração de seis códigos, o Congresso Nacional começará a reformar a legislação de Arbitragem. No início de abril, o Senado Federal instalou uma comissão para analisar a Lei de Arbitragem - a Lei nº 9.307, de setembro de 1996. A previsão da casa legislativa é de que os juristas responsáveis possam propor nova Lei de Arbitragem num prazo de 6 meses. Na avaliação do coordenador da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE/CACB), Valério Figueiredo, “é importante moralizar, uniformizar e regulamentar o setor, e esperamos que a comissão trabalhe neste sentido”. Ele explica ainda que é preciso reavaliar as restrições para a composição do quadro de árbitros. “Esperamos que esse debate abra espaço para se pensar em políticas públicas de acesso à justiça e para efetiva celeridade da solução de litígios”, conclui.

Substituição tributária na mira dos empresários A CACB elege mais um tema relevante para ser debatido nacionalmente: a substituição tributária, que, desde sua implantação, vem causando perdas às micro e pequenas empresas, que perdem as vantagens de se inscreverem no regime do SuperSimples. A situação começa a preocupar a CACB. A entidade prepara uma mobilização nacional das federações e pretende pedir uma solução aos ministros da

área econômica e à própria presidente Dilma Rousseff. Para tanto, um pedido de informações será emitido da presidência e da vice-presidência de comunicação para todos os presidentes de Federações informarem como está a questão da substituição tributária em seu Estado. A CACB vai receber as informações para levar ao governo mostrando sua preocupação diante do cenário real de todo o país.

Diretoria da CACB define ação política a partir da solicitação de diversas federações

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CAPA Foto: Sânzio Melo / Sindvel

APL eletroeletrônico de Santa Rita do Sapucaí (MG) possui 142 empresas de micro e médio porte, com faturamento anual de R$ 1,5 bilhão

Um exemplo de como aumentar a competitividade das MPEs Constituído por aglomerações de empresas com a mesma especialização e que se localizam em um mesmo espaço geográfico, o Arranjo Produtivo Local (APL) é o caminho seguido por um número cada vez maior de regiões do país

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Empresa Brasil

U

ma das áreas a serem incentivadas pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa recentemente criada pela presidente Dilma Rousseff, os Arranjos Produtivos Locais (APLs) vêm cumprindo um importante papel no mercado de trabalho como geradores de emprego e como alternativa de modelo de desenvolvimento. Um APL é uma aglomeração de empresas de um mesmo setor produtivo, localizadas em um mesmo território, que mantêm vínculos entre si e com

outros membros locais que servem de suporte, tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. No Brasil, os APLs começaram a surgir, de forma autônoma, a partir da década de 1970. Com o objetivo de expandir o potencial econômico que existia em cada região, as pequenas e microempresas passaram a se unir em torno de uma especialidade e a estabelecer unidades produtivas, sem qualquer apoio público. Segundo o último dado disponível, o Brasil conta hoje com cerca de 1,4 mil


APLs espalhados em 22 estados. Algumas dessas organizações acumulam vários anos de sucesso. Uma das mais conhecidas está localizada na Zona da Mata Mineira, na cidade de Ubá, junto com mais sete municípios. Considerado o principal polo moveleiro de Minas Gerais, é formado por cerca de 500 empresas, em sua maioria micro e pequenas indústrias, correspondendo a cerca de 20 mil empregos diretos. Estados Unidos, México e Angola, entre outros países, são os destinos internacionais de móveis mineiros produzidos pelo polo de Ubá, que contou com o apoio de instituições como o Sebrae e o Banco do Brasil. Já o APL de Confecção de Nova Friburgo (RJ), que atua em confecção de peças íntimas de vestuário, reúne seis municípios. Com aproximadamente 900 empresas, gera 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos. O exemplo de Nova Friburgo Com uma produção anual de 120 mil peças e uma receita bruta de cerca de R$ 600 milhões por ano, dos quais U$ 5 milhões de exportações. O APL de Nova Friburgo é administrado pelo Conselho de Moda, formado por uma parceria entre várias empresas. Pertencem a ele órgãos empresariais, instituições de capacitação, fomento, crédito e órgãos governamentais, como Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sede) e as prefeituras dos municípios envolvidos. Conta ainda com comitês técnicos formados por empresários, para o desenvolvimento de ações que beneficiem o polo, como é o caso dos comitês de projetos especiais, apoio

gerencial, crédito e incentivos fiscais, comércio exterior, meio ambiente e responsabilidade ambiental. No Paraná, entre os APLs mais conhecidos está o de metais sanitários, de Loanda, município localizado no extremo noroeste do estado, que reúne um total de 34 empresas e detém 12% do mercado nacional. Já o APL de cal e calcário da Região Metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa e Castro abriga hoje 95 empresas, empregando diretamente 4.500 funcionários e, indiretamente, outros 18 mil. “Somos o terceiro maior produtor de cal do país. A formação do APL possibilitou a redução de custos, capacitação dos funcionários e maior rentabilidade”, diz Fábio Pini, executivo do APL. O APL de software de Curitiba emprega 30 mil pessoas O APL Software de Curitiba e Região Metropolitana é composto por 60 empresas, que empregam direta e indiretamente mais de 30 mil pessoas. O setor atende o mercado paranaense e nacional, e algumas empresas estão se capacitando para atender o mercado internacional. Outro APL de destaque é o de Petrolina e Juazeiro, que reúne mais de 2 mil estabelecimentos, correspondendo a mais de 280 mil empregos diretos e indiretos. Hoje o polo é considerado o maior e mais dinâmico aglomerado de fruticultura irrigada do Brasil e principal exportador de frutas frescas nacionais. Segundo a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), a região é a terceira maior produtora e 20ª maior exportadora de frutas do mundo.

O que diferencia um APL de um cluster O que diferencia um APL de um cluster é que, no segundo, existe uma pequena concentração de atividades em que não existem interrelações com os atores envolvidos, enquanto que num APL existe um maior nível de interação, cooperação e articulação entre os agentes envolvidos. Ou seja, um APL inclui a participação de universidades, associações de classe, instituições públicas e privadas e organizações que dão apoio para a formação de mão de obra, capacitação em recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento. A vantagem revela-se no mercado. Quando o mercado está geográfica e economicamente próximo do APL, a cadeia é “curta”, o que lhe dá maior vantagem competitiva. Quando a cadeia é “longa” e mais complexa, os elos como serviços de marketing e logística assumem papel mais relevante. Os APLs não são estáticos. Fazem parte de um processo em evolução constante. Na medida em que evoluem para uma forma mais estruturada e organizada, com níveis de interação, cooperação e confiança mais efetivos entre seus agentes, passam a caracterizar um sistema produtivo local (SPL). Pelo fato de estarem sempre em evolução, esses sistemas possuem uma maior interdependência entre as empresas e os agentes que os compõem, e fornecem níveis elevados de aprendizado, podendo gerar acúmulo de competências; estas são vitais para inovação de produtos e processos. Cria-se assim uma forma superior de organização, com maior potencial competitivo e sustentável.

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CAPA

Os exemplos de Minas e São Paulo

José Roberto Araújo Cunha: “A falta de uma melhor integração entre os atores dos APLs pode trazer dificuldades no seu processo de desenvolvimento. Por isso, o fundamental é ter uma agenda comum, que não seja dominada pelos membros de uma determinada região”

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Empresa Brasil

Um dos estados mais avançados em programas de fomento de APLs no país, São Paulo conta atualmente com 46 arranjos, com destaque para os tradicionais polos calçadistas de Franca e Jaú; de móveis, em Mirassol; e de cerâmica, em Itu e Tatuí. De acordo com José Roberto Araújo Cunha, coordenador responsável pelo projeto dos APLs no governo do estado de São Paulo, o Executivo mantém dois programas permanentes no setor. Criado há cerca de dez anos, o primeiro deles é subvencionado com recursos do Tesouro do Estado com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de aglomerados de empresas, sobretudo nas áreas de planejamento estratégico e mercadológico, além de design e compra de equipamentos para testes. O segundo, em operação desde 2007, é financiado com recursos do BID. Nos últimos anos, o estado aplicou R$ 3 milhões no incentivo ao desenvolvimento dos APLs, além de outros R$ 3,5 milhões de recursos do BID. Para Cunha, o aspecto positivo dos APLs é a homogeneidade cultural entre os atores que formam o aglomerado de empresas, o que permite maior vantagem competitiva em comparação a outras empresas que atuam de forma isolada. Mas nem tudo são flores nos APLs. Conforme Cunha, uma das grandes questões em debate hoje entre os arranjos é a que trata da governança local. “O fundamental é ter uma agenda comum, que não seja dominada pelos membros de uma

determinada região. A falta de uma melhor integração entre os atores dos APLs pode trazer dificuldades no seu processo de desenvolvimento”, afirma. Outro estado com uma larga história de APLs é Minas Gerais. Hoje o estado reconhece 34 arranjos, os quais são apoiados pelo poder público por meio de uma superintendência específica, responsável por um programa de apoio à competitividade, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e executado em parceria com a Federação de Indústria e o Sebrae local. O programa conta com um aporte total de US$ 16,7 milhões, dos quais US$ 3 milhões do Sebrae e US$ 3 milhões da Federação. Entre os APLs mais conhecidos destacam-se os de vestuário, calçados e móveis. Em setores ligados à nova economia, destacam-se a biotecnologia, o eletroeletrônico e os APLs de tecnologia da informação e comunicação, todos situados em sua maioria na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com nota da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do governo do estado de Minas Gerais, o volume da produção dos setores cujas empresas se organizaram em torno de um Arranjo Produtivo tem se mostrado cada vez mais expressivo. No ano de 2010, o valor da produção do setor moveleiro em Minas Gerais, por exemplo, foi de R$ 2,8 bilhões. O setor de vestuário superou os R$ 2 bilhões e o setor de calçados superou R$ 1 bilhão, assim como o setor de fundições.


O case da vitivinicultura da Serra gaúcha Constituído em 1997 por meio de um fundo estadual, o APL da vitivinicultura da Serra gaúcha, que nos últimos dez anos evoluiu de 439 para 751 estabelecimentos, com um total de 15 mil produtores, cerca de 280 mil litros de vinhos, sucos e derivados de uva e vinho, e mais de 3 mil empregos diretos, é um dos mais bem-sucedidos aglomerados de empresas do mesmo no setor no Rio Grande do Sul. Segundo o professor Cláudio Farias, diretor de desenvolvimento institucional do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), esse tipo de organização é o grande diferencial para as vinícolas da região da Serra gaúcha, uma vez que a proximidade das firmas, unida com a proximidade de fornecedores, viticultores, além de centros de pesquisa e institutos de formação de recursos humanos capacitados, é o que garante a posição de destaque do APL. “Minhas pesquisas têm apontado para os ganhos que as vinícolas que se relacionam com os fornecedores de máquinas e equipamentos têm conquistado em trabalhar próximo, não apenas geograficamente, mas desenvolvendo produtos e tecnologias conjuntamente.”

Outro exemplo, segundo o professor, podem ser os investimentos que muitas vinícolas têm realizado na reconversão de vinhedos de viticultores parceiros. Esse investimento vai muito além do fornecimento das mudas de uvas viníferas, com a contratação de agrônomos e enólogos que auxiliam os produtores rurais na produção de uvas de qualidade. Existem dificuldades enormes a serem suplantadas; a maior de todas, de acordo com Farias, diz respeito a logística e relacionamento com os compradores atacadistas e varejistas localizados por todo o país. Entretanto, a maior barreira já superada foi no sentido de acessar os mercados internacionais, principalmente por meio do consórcio de exportação “Wines from Brazil”, organizado pela Apex Brasil e o Ibravin. “Tal estratégia de associação é totalmente deliberada, pois as 38 empresas participantes (34 delas da Serra gaúcha) têm buscado os mercados internacionais com a finalidade de valorizar os seus produtos no mercado nacional, uma vez que o consumidor brasileiro valoriza os produtos que possuem experiência e participação no exterior.”

A proximidade das firmas, unida com a de fornecedores, viticultores, além de centros de pesquisa e institutos de formação de recursos humanos capacitados, é o que garante a posição de destaque do APL da Serra gaúcha

Maio Ma M aio io d de e2 2013 20 013 13

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CASE DE SUCESSO

Capacitação profissional alavanca

empreendedores de Criciúma Para enfrentar as barreiras comuns também a outros segmentos, os empreendedores investem na qualificação de mão de obra e em inovação

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Empresa Brasil

M

icro e pequenas empresas da região de Criciúma têm conquistado cada vez mais espaço no mercado brasileiro de moda, segmento que fatura anualmente US$ 56,7 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Reunidos em núcleos especializados, os empreendedores identificaram a importância do segmento há alguns anos e querem aumentar a participação tanto no mercado nacional como no internacional.

O Núcleo Setorial de Moda da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), criado em 2005, tem o objetivo de desenvolver e estimular o crescimento das empresas do segmento de indústrias da confecção da região da Associação de Municípios da Região Carbonífera (Amrec). De acordo com o consultor do núcleo, João José Camargo, a indústria de confecção é uma atividade com grande capacidade de gerar emprego, sendo a segunda maior empregadora do setor industrial do país. “Na região


da Amrec, o setor têxtil e do vestuário é grande gerador de emprego, sendo que só as empresas que fazem parte do Núcleo de Moda geram mais de dois mil empregos diretos. Constata-se, no entanto, que esse importante segmento, composto pela maioria de micro e pequenas empresas, necessita firmar-se com um importante polo produtor de moda do Brasil, melhorando ainda mais a sua qualidade, ampliando o mercado, gerando mais emprego e renda.” João observa ainda que um dos principais desafios do segmento é a competitividade intensificada pela presença de peças produzidas nos países asiáticos, principalmente na China. “A competitividade tem exigido das empresas brasileiras a busca cada vez maior por conhecimento e inovação, a fim de estabelecer estratégias competitivas que lhes permitam conquistar, ampliar ou conservar uma posição relevante nesse mercado.” Segundo ele, para as micro e pequenas empresas o desafio “tem sido ainda maior, uma vez que grande parte delas não está estruturada adequadamente ou não consegue de forma isolada diferenciais competitivos por diversas carências, quer seja na área tecnológica, gestão, desenvolvimento de produto, design, pesquisas de mercado, entre outras”. Para enfrentar as barreiras comuns também a outros segmentos, os empreendedores investem em capacitação profissional, por exemplo. O consultor explica que, com recursos do Empreender Competitivo, as empresas foram qualificadas e conseguiram aumentar o faturamento e a lucratividade. “Em 2012, aumen-

tamos em 5% a lucratividade e em 10% o faturamento das empresas participantes, além de promovermos a melhoria do processo de gestão e inovação nos empreendimentos participantes do núcleo.” Processo O consultor explica ainda que algumas empresas realizam todo o processo de produção das peças. Outras, no entanto, optam pela facção. A ideia de facção surgiu a partir da tendência de terceirização de serviços. Na facção, empresas fazem serviços (corte, industrialização, lavagem e acabamento, por exemplo) exclusivamente para as confecções. O empresário Cristiano Rosa, de 34 anos, que é presidente do Núcleo de Moda da Amrec, explica que a facção é uma atividade comum na região. À frente da Drop Hill, marca de moda feminina e masculina para adultos, ele conta que a empresa possui 12 colaboradores diretos, mas 80% da produção vêm de facções parceiras. “A mão de obra qualificada é escassa na nossa região. Quem é qualificado optou por criar células independentes e cada vez mais especializadas em um determinado serviço. Ou seja, temos mais qualidade nas peças. Dessa forma, nós não temos tanto retrabalho. A facção ganha por peça produzida.” A Drop Hill vende para lojas de dez estados. “Antigamente, a gente só vendia para Santa Catarina e para o Rio Grande do Sul. Com o tempo, conseguimos identificar outras oportunidades no mercado brasileiro. E para acompanhar isso, precisávamos de um alto patamar de profissionalização da produção.”

Diferenciais competitivos na área tecnológica, gestão, desenvolvimento de produto, design, pesquisas de mercado, entre outros fatores, são imprescindíveis para enfrentar a concorrência

Maio de 2013

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FEDERAÇÕES

Seca provoca perdas estimadas em R$ 5 bilhões no RN Em entrevista a Empresa Brasil, o presidente da Federação de Associações Comerciais do Rio Grande do Norte (Facern), Itamar Manso Maciel Junior, comenta a seca que atingiu o seu estado, o que provocou situação de calamidade em 144 municípios. Avalia ainda as falhas na infraestrutura que afetam os principais produtos da economia local Empresa Brasil: Em sua opinião, quais devem ser as prioridades na agenda empresarial do país? Itamar Maciel Jr: As prioridades precisam ser consideradas sob a perspectiva de que o que realmente importa aos empresários brasileiros é aumentar a competitividade de suas empresas. Para isso é preciso falar sobre incentivos à produção e à comercialização, como também da incompreensível e inaceitável carga tributária que cai sobre os ombros dos empresários. Outro aspecto que deve ser prioridade é o de aumentar a facilidade e ampliação do acesso ao crédito para micro e pequenas. Afinal, as MPEs são responsáveis por apenas 20% do PIB, quando sua representatividade na área da empregabilidade é superior a 90%. É preciso alavancar

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Empresa Brasil


esta participação, e isso só será alcançado se os empresários conseguirem qualificar os colaboradores e puderem inovar suas práticas de gestão. Como está a aplicação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no Rio Grande do Norte? Apesar de a Lei já existir no papel e se encontrar regulamentada, e, ressalte-se, de todo o esforço e apoio do Sebrae, falta ser de fato aplicada no RN. O Sebrae firmou uma parceria com a Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas), justamente para atuar no sentido de alcançar uma maior aplicação da lei em nosso estado, para que assim os benefícios estabelecidos nessa legislação possam ser alcançados pelas micro e pequenas empresas potiguares. Com base em projeções do Sebrae, da Confederação Nacional dos Municípios e do sistema de monitoramento da Lei Geral do MPES, relativas ao ano de 2011, se todos os municípios potiguares colocarem em prática o que está previsto na lei de compras feitas às MPEs, o volume negociado por ano pode chegar a R$ 79 milhões, montante que representa uma movimentação adicional de R$ 55,3 milhões na economia das cidades, totalizando um impacto de R$134,3 milhões. Quais ferramentas podem ser usadas, em sua opinião, para sanar as lacunas ainda existentes na aplicação da Lei Geral? Acredito que seja fundamental sensibilizar e capacitar os gestores públicos sobre o benefício que a lei proporciona para a economia local. Eles precisam estar mais bem preparados para atuar. Além disso, é preciso de-

senvolver ações que venham a fiscalizar o cumprimento da LC 123/2006. Qual a expectativa para implantação do sistema de classificação dos hotéis no estado? A expectativa é de que nós possamos aproveitar esse momento, tendo em vista a participação de Natal na Copa do Mundo de 2014, uma vez que a iniciativa autoriza o uso de estrelas para sete tipos de empreendimentos: hotel, hotel-fazenda, cama e café, resort, hotel histórico, pousada e flat/apart-hotel. Eles devem atender a determinados requisitos para adquirir de uma a cinco estrelas, de acordo com as condições de Infraestrutura, equipamentos, serviços oferecidos as hóspedes e práticas de sustentabilidade. Nós poderemos ter uma ideia de como os empresários do setor estão encarando esta novidade ao analisarmos a quantidade de estabelecimentos que deverão entrar, ou mesmo já entraram, solicitando o pedido de avaliação dos seus estabelecimentos junto ao Ipem-RN, que deverá divulgar este dado nos próximos dias.

O impacto da seca é complexo e diferenciado, não só se reflete de forma negativa na infraestrutura física de diversos municípios, mas também em grande número de pessoas, prejudicando todos os elos das cadeias produtivas de diferentes segmentos da sociedade civil

O Rio Grande do Norte é o maior produtor nacional de petróleo em terra, além de possuir três unidades de processamento de gás natural. A infraestrutura é suficiente para este mercado? A produção de petróleo mostrou em 2012 uma ligeira recuperação, seguindo a tendência de 2011. Com relação ao gás natural, o RN experimenta o oitavo ano consecutivo de queda de produção, tendo, em 2012, uma retração de 11,24% em relação a 2011. De outro lado, nossa área marítima Maio de 2013

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FEDERAÇÕES “É preciso dotar o RN de um parque tecnológico focado na área de energia, utilizando a transversalidade entre a energia dos combustíveis fósseis e das energias renováveis, as quais também são muito abundantes no estado”

ainda se encontra insuficientemente pesquisada. Acho que o motivo de não buscarmos novos horizontes ou melhorarmos a exploração dos chamados campos maduros é, essencialmente, a ausência de infraestrutura tecnológica. É preciso dotar o estado do RN de um parque tecnológico focado na área de energia, utilizando a transversalidade entre a energia dos combustíveis fósseis e das energias renováveis, as quais também são muito abundantes no estado. Outro gargalo é a qualificação profissional. O estado carece de capacitar desde o trabalhador que vai operar o bombeio do petróleo ao soldador dos dutos de transporte, até engenheiros, gestores e empresários. Qual o impacto da seca para o pequeno agricultor do RN? Com base nos valores alcançados pelo Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio Grande do Norte em anos normais, estimamos um prejuízo cessante da ordem de R$ 4,8 bilhões, representando uma redução de 59,42% na contribuição da formação do total da produção obtida pelo estado em anos de inverno normal. Para a estimativa das perdas, foram considerados percentuais diferentes para os principais subsetores da nossa agropecuária, tendo em vista o grau de acometimento da escassez que atingiu cada atividade rural, até o momento. Como ajudar o setor a superar este momento? Algumas ações imediatas e duradouras precisam ser implantadas para diminuir o impacto gerado pela seca no estado potiguar, entretanto, diante do quadro de calamidade em que se en-

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Empresa Brasil

contra nosso rebanho, com alto índice de mortalidade, elencamos a proposta de financiamento rápido e desburocratizado da alimentação dos animais como prioritária para salvação do rebanho potiguar; além desta, outras medidas importantes em caráter emergencial. O Rio Grande do Norte é um estado com excelentes resultados para o Programa Empreender desde a instalação do programa em 2002. Atualmente, são quantos núcleos e empresas atendidas? E em quais setores? O Rio Grande do Norte continua apresentando excelentes resultados no Programa Empreender. Entretanto, nos últimos anos, embora se tenha atingido a meta estabelecida, a ampliação não atendeu às expectativas, que eram de superar essa meta. Hoje atendemos cerca de 60 núcleos em todo o estado, o que representa algo em torno de 500 empresas. O Projeto atende todo e qualquer setor. O que determina a abertura e manutenção de um núcleo é o interesse dos empresários participantes em comparecer às reuniões e implementar as ações definidas no planejamento. Atualmente, os núcleos mais atuantes são os de salão de beleza e clínica de estética, gastronomia, automecânica, farmácia, meio de hospedagem e academia de ginástica. Em relação aos municípios atendidos podemos destacar Natal, Currais Novos, Santa Cruz, Caicó, Cruzeta, Apodi, Assu, Pau dos Ferros, Mossoró, Touros, São Miguel de Gostoso. A expectativa para 2013 é atingirmos todas as metas e ampliarmos os setores a serem atendidos, de forma a fortalecer a micro e pequena empresa no Rio Grande do Norte.


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PERSEVERANÇA E RECONHECIMENTO Rodrigo de Oliveira

Vencedores do MPE Brasil comemoram vitória Fazenda dos Patos, em Patrocínio (MG), saiu com o troféu na Categoria Agronegócios setembro de 2011W

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MOD A

EMPRESÁRIA ALAGOANA EXPÕE NA SÃO PAULO FASHION WEEK Mariah Dória e suas joias ganham visibilidade nacional na Loja Pop Up durante a semana de moda na capital paulista

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

O Homero Nogueira

Produtos da loja Pop Up

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EMPREENDER / SEBRAE

Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod), em parceria com o Sebrae Nacional, selecionou a empresária e designer de joias Mariah Dória para expor suas peças na Loja Pop Up da São Paulo Fashion Week (SPFW). A alagoana é graduada em Design de Moda pela Faculdade Boa Viagem, de Recife (PE), e se especializou em Design de Joias e Rinoceros 3D, no Istituto Europeo di Design (IED-SP). A Loja Pop Up é uma loja-conceito de arte e design. Entre os diversos produtos à venda (todos em edição limitada) estavam joias, acessórios, itens de decoração, camisetas, livros e calçados. O seu público é composto, principalmente, por fashionistas, jornalistas nacionais e internacionais da área da moda e de comportamento, além de empresários do setor da moda. Na última edição da SPFW, a Pop Up teve um fluxo estimado em cem mil visitantes. Por isso, Mariah Dória, que foi a única empresária do Nordeste a ser selecionada para vender

nessa loja, comemora a participação no evento. “A exposição das minhas peças na SPFW é importante porque elas ganham mais notoriedade na mídia nacional, além de chamar a atenção de designers do mundo inteiro”, enfatiza a empresária. Mariah diz, ainda, que o segmento de joias em Alagoas vem crescendo, e, por meio do espaço dado a ela, outras portas podem se abrir para mais empresários da moda no estado. Ana Paula Dantas, analista de Atendimento Coletivo Indústria do Sebrae em Alagoas, destaca, ainda, que o sucesso e a visibilidade de Mariah e de outros empresários alagoanos do ramo da moda vêm não só pelo talento, mas também por ações de acesso a mercados e incentivos. Um exemplo desse trabalho é o convênio entre o governo do estado, o Sebrae em Alagoas e a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), que promovem o desenvolvimento da moda e também contribuem para o fomento da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções em Alagoas. E


C OMP ETIT I V I D A D E

PRÊMIO MPE BRASIL DIVULGA VENCEDORES EM OITO CATEGORIAS Iniciativa promove aumento da produtividade e da competitividade

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Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas – MPE Brasil 2012 foi entregue no início do mês de abril para empresas em oito categorias, além dos Destaques de Boas Práticas de Responsabilidade Social e de Inovação – que consideram empreendimentos que tenham ações estruturadas voltadas à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento da comunidade em que estão inseridas. Escolhidas entre 127 finalistas que conquistaram as etapas estaduais do prêmio, as empresas ganhadoras passaram

por uma seleção. Mais de 38 mil empresários preencheram um questionário de autoavaliação com perguntas baseadas no Modelo de Excelência na Gestão (MEG). O volume é 18% superior ao registrado em 2011, quando foram contabilizados 32 mil inscritos. O processo de escolha incluiu também o envio de documentos e a visita de avaliadores, que puderam conferir in loco as práticas adotadas pelos empreendimentos. A premiação é uma realização do Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), para incentivar a melho-

ria da qualidade da gestão nos negócios. As inscrições para o Prêmio MPE Brasil 2013 já estão abertas e as categorias são: Serviços de Turismo, Serviços, Serviços de Tecnologia da Informação, Serviços de Saúde, Serviços de Educação, Agronegócio, Indústria e Comércio. E

INSCREVA-SE www.premiompe.sebrae.com.br

Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas MPE Brasil 2012

Rodrigo de Oliveira

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

MAIO DE 2013

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Sapataria Brasil conta com 60 funcionários

Alex Malheiros

P L AN EJAM E N T O

SAPATARIA SE REINVENTA Empresa familiar inicia processo de profissionalização com ajuda do Sebrae em Goiás

WARLEM SABINO AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS / GO

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nstalada no Centro de Catalão, a 249 km de Goiânia, a loja matriz da Sapataria Brasil completa 71 anos de existência em 2013. O negócio, que começou com o sonho de João Rodrigues da Costa, transformou-se em referência na região. Hoje, a empresa possui mais três filiais na cidade – inauguradas no ano passado. A empresa familiar é comandada por Jaqueline Sattiva da Costa, de 26 anos – neta do fundador. A jovem trabalha para aumentar a competitividade do

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EMPREENDER / SEBRAE

empreendimento. Formada em Administração de Empresas, ela buscou ajuda no Sebrae em Goiás, Regional Sudeste, para o processo de profissionalização da Sapataria Brasil. A sócia-proprietária recebeu orientação para participar do programa Banho de Loja. Durante três meses, ao lado de um consultor, fez mapeamento do negócio e definiu as principais estratégias de mudanças na loja matriz. Na parte de infraestrutura, o salão interno e a fachada serão melhorados. Também está prevista a instalação de um ar-condicionado. Em uma segunda etapa, ainda este

ano, haverá mudança nos cargos e nas equipes. “Hoje, cada um da família faz um pouco. Todo mundo abraça tudo na loja, mas é preciso planejamento”, explica Jaqueline. Outra meta é capacitar os funcionários – que somam cerca de 60 nas quatro lojas – por meio da contratação de um consultor, além do reposicionamento da Sapataria Brasil no mercado. “A empresa é familiar, por isso, temos de fazer as mudanças por etapas”, explica Jaqueline. Ela acredita que, a partir de 2014, as alterações no negócio possam surtir efeito positivo, com aumento no faturamento. E


R EC ON HEC I M E N T O

EMPRESAS POTIGUARES VESTEM ASTROS DE NOVELA Roupas fabricadas por empresas participantes de projeto do Sebrae no Rio Grande do Norte fazem sucesso em folhetim

CLEONILDO MELLO AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS / RN

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nova novela das 18h da Rede Globo tem servido de vitrine para empresas potiguares, participantes do projeto setorial de confecções do Sebrae no Rio Grande do Norte. As peças fabricadas pelas marcas Areia Dourada, Anna Marcolina e a Avohai entraram no figurino de Flor do Caribe. As roupas aliam moda, cultura e regionalismo e ressaltam os valores e a identidade local, o que agradou à produção da emissora, já que a novela tem como cenário as belas paisagens do Rio Grande do Norte. A exposição na emissora líder de audiência no país tem proporcionado bons negócios para as empresas. O empresário Delcino Mascena não tem do que reclamar. A marca Avohai tem vestido atrizes, como Grazi Massafera, Daniela Escobar e Débora Nascimento. A empresa forneceu 400 peças para serem utilizadas no figurino de Flor do Caribe. Bastaram os primeiros capí-

tulos da novela no ar e o empresário já recebeu propostas de lojistas interessados em representar a marca em Brasília (DF), Belém (PA), Maceió (AL) e Salvador (BA). Atualmente, a Avohai tem três lojas em Natal (RN) e uma em João Pessoa (PB). O plano de expansão prevê outras cinco lojas até o fim do ano, sendo três delas em Recife (PE). “A participação no projeto Natal Pensando Moda, do Sebrae, foi fundamental para abrir portas e direcionar as nossas coleções para serem produzidas com valor agregado, unindo identidade própria e cultura local”, diz Delcindo Mascena. A marca participou desde a primeira edição do projeto, que foi criado em 2009 para dar mais competitividade às indústrias de confecção do Rio Grande do Norte. A iniciativa teve o estilista mineiro Ronaldo Fraga como principal consultor. As negociações da Avohai com a produção da Rede Globo no ano passado aconteceram no estande do projeto Natal Pensando Moda, durante o Fashion

Business, no Rio de Janeiro. Logo depois, saias, vestidos, blusas e shorts com aplicações em pedrarias e vários tipos de bordados chegaram ao elenco global. “Fiquei muito feliz porque nossas últimas coleções foram todas baseadas em temas regionais”, entusiasma-se o empresário. As coleções Um Amor de Verão, Quermesse e Sal da Terra ressaltam as praias, as paisagens e os hábitos e costumes dos moradores do estado. Para a gestora do projeto de Confecções do Sebrae no Rio Grande do Norte, Verônica Melo, o resultado reforça que agregar valor ao produto é a saída para se destacar no mercado. “Isso comprova que o projeto foi importante ao dar as orientações necessárias para as marcas adquirirem um nível de maturidade suficiente e competir em igualdade com grandes empresas.” De acordo com a gestora, a participação dos empreendimentos nos principais salões e eventos de moda do Brasil gera abertura de mercado e também uma exposição na mídia. E

“O PROJETO NATAL PENSANDO MODA FOI FUNDAMENTAL PARA QUE NOSSAS COLEÇÕES TIVESSEM VALOR AGREGADO E IDENTIDADE PRÓPRIA.”

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MAIO DE 2013

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EXEMP L O

DE FUNCIONÁRIA PÚBLICA A EMPRESÁRIA DE SUCESSO A Viva Livraria e Editora, sob o comando de Sheila Maluf, destaca-se por incentivar atividades culturais

AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS/AL

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heila Maluf, que trabalhou por 30 anos como funcionária pública, decidiu que sua felicidade não estava na burocracia das repartições. Respirou fundo, tomou coragem e aliou sua estabilidade profissional e financeira ao empreendedorismo. Decidiu investir no seu próprio negócio. Hoje, ela é uma empresária de sucesso, sócio-diretora da Viva Livraria e Editora, em Maceió. Esse é um dos muitos sonhos que viraram realidade com a ajuda do Sebrae em Alagoas. Após ter sido orientada e capacitada em oficinas do Seminário Empretec, que no Brasil são ministradas com exclusividade pela instituição, a empresa de Sheila cresceu. Mesmo com o pouco tempo desde a inauguração do estabelecimento, a empresária comemora: “A loja está aberta há apenas três meses, mas os resultados já são satisfatórios. Por enquanto, as propagandas são feitas basicamente no boca a boca”. Ela também ressalta que a sua livraria é, acima de tudo, conceitual. “O sucesso da livraria veio rápido porque temos

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EMPREENDER

diferenciais como o investimento e o incentivo a atividades culturais, como saraus e rodas de leitura”, afirma. Além disso, a empresária conta que o apoio do Sebrae foi de vital importância para o êxito do empreendimento. “Quando tive vontade de abrir meu próprio negócio, várias pessoas, como autores, representantes de distribuidoras e editores, deram-me incentivo. Foi aí que procurei o Sebrae e corri atrás. Os cursos do Empretec e a Oficina de Plano de Negócios foram fundamentais para o meu sucesso”, complementa. Metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Empretec ajuda o participante a estudar as características do comportamento empreendedor, unindo aspectos da conduta empresarial e exercícios práticos que aperfeiçoam as habilidades do empreendedor na criação e condução de negócios. O participante ainda pode ter assistência técnica na elaboração ou ajuste de seu plano de negócios, envolvendo aspectos de mercado, tecnologia, informação, administração e finanças. E

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INFORME SEBRAE. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Fone: (61) 3348- 7494


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PAÍS

Secretaria da Micro e Pequena Empresa inicia atividades em junho O novo ministério assumirá as competências que eram da responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O

s Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Planejamento, Orçamento e Gestão têm prazo até 28 de junho próximo para concluir as pendências, o que inclui as movimentações orçamentárias, relacionadas com a transferência de parte de suas atribuições à Secretaria da Micro e Pequena Empresa, criada em 1º de abril pela presidente Dilma Rousseff. O órgão vai assessorar direta e imediatamente a presidente, especialmente na formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para o apoio à microempresa. A partir de agora, a nova pasta representará nas contas do Palácio do Planalto um gasto anual de R$ 7,9 milhões aos cofres públicos. O novo ministério assumirá as competências referentes a microempresa, empresa de pequeno porte e artesanato, que eram da responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Lei prevê também a qualificação, aumento da competitividade e o incentivo nos pleitos relacionados às exportações de bens e serviços. A recém-criada secretaria tem como estrutura básica: o gabinete do ministro, a secretaria executiva e até duas secretarias, além de 66 cargos em comissão.

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Empresa Brasil

A presidente Dilma Rousseff convidou o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), para assumir a recém-criada pasta, que tem status de ministério O projeto de lei que previa a criação da secretaria foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional no início da gestão de Dilma, em 2011. Passou primeiramente pela Câmara e foi aprovado no início do mês de março pelo Senado. A presidente Dilma Rousseff já convidou o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), para assumir a recém-criada pasta, que tem status de ministério. A entrada de Afif no primeiro escalão, porém, só deverá ocorrer no fim de abril ou mesmo em maio, depois da montagem da Secretaria. Afif assumirá o cargo na chama-

da “cota pessoal” de Dilma, já que o PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, decidiu não integrar formalmente o governo, segundo informou a Agência Estado. Hoje, de cada cem micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. Segundo o estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil”, feito pelo Sebrae, esses são os anos mais críticos para uma empresa. A taxa de sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 com pelo menos dois anos em atividade.


EVENTO

Rodada de Negócios de Caruaru supera previsão dos organizadores Um dos dados mais preocupantes que se repetem nos relatórios do IBGE mostra forte difusão da alta de preços

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15ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana fechou mais de R$ 15 milhões em negócios, superando a previsão de R$ 11 milhões dos organizadores. Cerca de um milhão de peças foram vendidas e 4 mil pedidos foram encaminhados. Ao todo, os 120 expositores de Pernambuco colocaram à venda mais de 4,5 mil itens em nove segmentos: moda masculina, feminina, infantil, jeanswear, bebê, íntima, surf, streetwear e praia & fitness. De acordo com Osíris Lins Caldas, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), o volume de vendas pode ser atribuído à melhoria das peças produzidas na região: “Hoje nós oferecemos qualidade e profissionalismo”, afirmou. Realizado no período entre 27 de fevereiro de 1º de março, o evento foi idealizado pela Acic em parceria com o Sebrae, com coordenação da J&B Consultores e apoio do governo de Pernambuco e prefeitura de Caruaru. Participaram ainda as associações comerciais de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Surubim, além do Sindvest (Sindicato do Vestuário de Pernambuco).

Um total de 120 expositores de Pernambuco colocaram à venda mais de 4,5 mil itens em nove segmentos Lojistas e consumidores de todo o Brasil, em especial da Bahia, Ceará, Piauí, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, participaram da Rodada, que tem como objetivo fortalecer o estado como polo produtor de moda e vestuário. A Rodada de Negócios é, atualmente, o maior evento da Acic. São duas edições anuais que atraem compradores de todo o país e do exterior para conhecer e levar os produtos produzidos no Polo de Confecções. Os compradores previamente cadas-

trados vêm com todas as despesas pagas e a garantia de bons negócios, já que as empresas expositoras passam por uma rigorosa avaliação, que inclui análise de itens como capacidade de atendimento e entrega dos pedidos, entre outros. Um trabalho de profissionalização, pesquisa e gestão faz as empresas participantes se colocarem no mercado de maneira adequada, criando fidelidade para os compradores de todo o país. O evento contou com lojistas do Panamá, Cabo Verde e Angola. Maio de 2013

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LEGISLAÇÃO

Lei dos empregados domésticos beneficia 7,2 milhões de trabalhadores Entraram em vigor a carga de trabalho de 44 horas semanais e o pagamento de hora extra. Direitos como recolhimento do FGTS, multa de 40% para demissão sem justa causa e auxílios dependem de regulamentação

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epois de pouco mais de dois anos de tramitação na Câmara dos Deputados e de apenas três meses no Senado, foi promulgada, em 2 de abril, a lei dos empegados domésticos. A categoria reúne 7,2 milhões de pessoas que trabalham como cozinheiros, governantas, babás, lavadeiras, faxineiros, vigias, motoristas, jardineiros, acompanhantes de idosos e caseiros. Quase 95% são mulheres, que trabalham sem jornada de trabalho regularizada e ganham menos da metade da média dos salários dos trabalhadores em geral. Do total, apenas 1 milhão possui hoje carteira de trabalho assinada. A legislação estende aos domésticos os mesmos direitos dos outros trabalhadores. Entraram em vigor de forma imediata a carga de trabalho de 44 horas semanais, sendo no máximo oito horas por dia, e o pagamento de hora extra. Direitos como recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), multa de 40% para demissão sem justa causa, auxílio-creche e auxílio-salário-família dependem de regulamentação.


Apesar de ter sido aprovada, a lei dos empregados domésticos está longe de ser unânime. Organizações de empregadores estimam um aumento no desemprego da classe em até 10%. Isso porque o custo para o empregador manter o doméstico deve aumentar 35%. Segundo a presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria de Oliveira, com a legislação anterior, 70% das empregadas domésticas e diaristas já não tinham carteira assinada. Na região Norte, esse índice chegava a 90%. O presidente da ONG Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, defende uma compensação do aumento de custo para os empregadores – uma “desoneração” da folha do patrão, com a redução da alíquota do INSS de

um contingente tão grande de trabalhadores de forma diferenciada dos demais”, critica. Como já acontece com todo trabalhador, a empregada doméstica vai ter direito ao fundo de garantia quando se aposentar, ou depois de três anos desempregada, ou ainda em caso de doença grave. O especialista em contabilidade trabalhista Antonio Albuquerque explica que hoje há uma grande burocracia do governo para o cadastro no FGTS, que, na opinião dele, não está ao alcance das patroas. “É um processo muito complexo.” Para Liana Weber Pereira, advogada da Bana Franco, Vilela Neto e Andreasi Advocacia, a maior dúvida é se a nova lei assegurará que os trabalhadores sejam beneficiados.

Direitos previstos na PEC das Domésticas

“Há dúvidas se a lei assegurará que os trabalhadores sejam beneficiados. Ou, ao contrário, promoverá a informalidade e a dispensa de muitos que hoje exercem a função” 12% para 4%. Sem uma compensação aos empregadores, Avelino alerta para a possibilidade de demissões em massa. “Mais de 800 mil domésticas devem ser mandadas embora em menos de seis meses. Trata-se de um genocídio trabalhista”, afirma. Para o sociólogo Joaze Bernardino, estudioso do trabalho doméstico, sempre que se ampliam os direitos desses trabalhadores há ameaça de demissões – desde que a profissão foi regulamentada, em 1972. “Mas o vaticínio nunca se cumpriu, o nível de emprego das domésticas se manteve. Não dá para o Estado brasileiro, do ponto de vista político e moral, tratar

Ou, ao contrário, promoverá a informalidade e a dispensa de muitos que hoje exercem a função. Ao que parece, de acordo com Liana, a nova lei ignorou a realidade brasileira e não ponderou sobre as peculiaridades de tal trabalho. Nesse sentido, deverá representar avanços tão somente nas esferas da validade formal e ética e não na da eficácia social. Entretanto, citando o ex-ministro da Justiça, Miguel Reale, acrescenta: “Espero que a sociedade consiga viver o Direito e como tal reconhecê-lo, porque tão somente após reconhecido é que será incorporado à maneira de ser e de agir da coletividade”. Maio de 2013

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CBMAE

Cursos de negociação e mediação empresarial ensinam a evitar conflitos entre empresas A capacitação em negociação empresarial é uma porta não só para solucionar conflitos de forma mais rápida como para evitá-los

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o ambiente empresarial, especialização e reciclagem tornam-se itens cada vez mais importantes ao profissional que quer se destacar. Aliados a isso, os conceitos de negociação, conciliação, mediação e arbitragem são a grande aposta de diversas instituições modernas para solução de seus conflitos internos e externos. Mas não é só o pós-conflito que deve ser observado: a negociação empresarial vai desde a propo-

sição de um contrato até o atendimento ao cliente e a forma como o produto ou serviço é exposto. Moisés Rocha, 24 anos, é gerente da GET Telefonia, que funciona na capital do Acre, Rio Branco. Ele conta que após fazer o curso conseguiu se relacionar melhor tanto com clientes quanto com os outros funcionários. “Reavaliamos nossa forma de vender”, explica. A negociação funciona como uma ferramenta gerencial que muda desde a forma


de construir contratos até a conclusão de uma venda. “Algumas coisas parecem muito simples a princípio, mas é preciso você parar para refletir sobre elas.” Rocha conta ainda que, depois que começou a aplicar as técnicas de negociação na gestão da loja, também caiu o número de quebras nos contratos de fidelidade – relativamente comuns no setor de telefonia. “Aprendemos a conversar melhor com o nosso cliente e a explicar o serviço que prestamos”, avalia. No meio empresarial, organizacional ou corporativo, são cada vez mais conhecidas as ações de negociação e mediação como alternativas eficazes na tentativa de diminuir conflitos nas relações empresariais antes que aconteçam. As técnicas atuam na melhoria da comunicação nas organizações, buscando soluções criativas para impasses que podem surgir entre sócios de empresas ou entre patrões e trabalhadores, utilizando-se do conhecimento de disciplinas como Direito, Teoria Geral do Sistema, Teorias da Comunicação, Administração, Sociologia, Psicologia e Psicanálise. Com esta visão, a CBMAE se lança a uma nova perspectiva. “Acreditamos que a educação é capaz de induzir a uma mudança cultural que permita evitar a formação de um conflito, minimizando falhas de comunicação e agilizando os processos produtivos das empresas”, explica Eduardo Vieira, coordenador adjunto da CBMAE nacional. Para atender a essa nova demanda, a CBMAE Educ oferece o curso de Negociação e Mediação Empresarial, direcionado aos empresários e colaboradores que buscam conhe-

cimento sobre conceitos, técnicas e ferramentas de negociação e mediação nas relações empresariais como forma de fomento aos negócios diante dos mercados competitivos e em face dos ambientes de mudanças contínuas. O objetivo do curso é habilitar e incentivar os empresários e seus colaboradores na utilização dos conceitos, técnicas e ferramentas de negociação como forma de fomento aos negócios diante dos mercados competitivos e em face dos ambientes de mudanças contínuas. Além de possibilitar a compreensão do instituto da mediação como forma de solução de conflitos inter e intraempresarial e, dessa forma, habilitá-los a utilizar as técnicas da mediação no equacionamento dos problemas oriundos das atividades empresariais.

Bonecos servem para demonstrar como conduzir uma negociação

Outros cursos Introdução à Conciliação, Mediação e Arbitragem Empresarial Destina-se aos profissionais e estudantes interessados em conhecer os institutos da Conciliação, Mediação e da Arbitragem e atuam na administração de contratos, cujos objetivos visam à solução de conflitos de forma pacífica. Carga horária: 100 horas. Curso de Negociação e Mediação Empresarial Pretende habilitar os empresários e seus colaboradores para usar a Negociação e a Mediação para fomentar os negócios, e possibilitar a compreensão da mediação na solução de conflitos. Gratuito para micro e pequenos negócios e empreendedores individuais. Carga horária: 80 horas. Saiba mais sobre os cursos www.cbmae.org.br

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DESTAQUE CACB

Brasil sedia Congresso Ibero-Americano de Mulheres Empresárias Center Convention, local de realização do Cime

Evento abordará temas fundamentais para o empreendedorismo feminino, como o pioneirismo da mulher nos negócios, poder e influência; a liderança feminina; e a adaptação da mulher empresária às mudanças de mercado

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Brasil será a sede do XXIV Congresso Ibero-Americano de Mulheres Empresárias (Cime), evento que vai reunir, entre os dias 1º e 4 de outubro, na cidade de Uberlândia (MG), 500 participantes de 12 países. O objetivo é ampliar as oportunidades de negócios, fortalecer a participação das mulheres no cenário econômico mundial, além de criar uma rede de comunicação e colaboração mútua entre as empresárias ibero-americanas. O congresso também vai mostrar a força do empreendedorismo feminino brasileiro: as mulheres representam 31% dos 22,8 milhões de empreendedores no país, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Exemplos dessa força são as empreendedoras da cidade de Juruaia, no sul de Minas Gerais, que já confirmaram a participação no congresso. O dinamismo feminino mudou a economia do município, que hoje é um dos principais polos produtores de roupas íntimas femininas do Brasil. A cidade possui 150 confecções de lingerie, sendo que 140 são comandadas por mulheres. Algumas dessas empresas já exportam seus produtos. De acordo com a presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária, da CACB, Avani Slomp Rodrigues, o objetivo é mobilizar o empresariado a participar do congresso. “Queremos reunir mulheres (e homens também), porque o Cime será um fórum de muitas oportunidades. Já confirmamos, por exemplo, a participação da delegação argentina,


formada por 20 empresários.” Para Avani, há muito espaço a ser explorado pelas mulheres empreendedoras no país. Atualmente, existem 11 conselhos estaduais de mulheres empresárias e 400 conselhos de mulheres empresárias nas associações comerciais. “Temos trabalhado muito para criar os conselhos e promover e difundir o associativismo. Mas ainda há muito machismo.” Segundo ela, o conselho nacional atua com “uma visão proativa, de forma a potencializar a mulher criando oportunidades de aprimoramento profissional, possibilitando a ampliação da sua área de atuação, promovendo uma capacitação cada vez maior e procurando fazer com que ela atue em um competitivo mercado de trabalho”. Programação Com o tema central “Mulheres, Políticas e Negócios”, a programação inclui palestras, painéis, casos de sucesso, rodada internacional de negócios (coordenada pelo Sebrae), visitas técnicas, feiras de negócios e a apresentação de trabalhos técnico-científicos com eixo temático enfocando a mulher. Haverá ainda, segundo os organizadores, a participação de grupos e manifestações culturais, feira de artesanato, arte, cultura e gastronomia. O Cime também abordará temas fundamentais para o empreendedorismo feminino, como o empoderamento da mulher; pioneirismo da mulher nos negócios – desafiar normas, superar preconceitos e fazer história; mulher empreendedora – poder e influência; liderança feminina – perfil na gestão; as mulheres e a humanização do mercado de negócios; negócios e

família – a mulher em busca do equilíbrio e a adaptação da mulher empresária nas mudanças de mercado. Durante o congresso, ocorrerá ainda a Feniub Mulher, feira de negócios que contempla diversos segmentos da indústria, comércio e serviços, voltados ao mercado consumidor, onde a decisão final na aquisição de bens e serviços seja da mulher. Segundo Avani, outro destaque do Cime é a entrega dos prêmios “Mulheres que fazem história”, destinado a empresárias de Uberlândia que se destacaram na sua área de atuação, e o “Mirelle Constanz”, prêmio internacional concedido pela Federação Ibero-Americana de Mulheres Empresárias (Fide) a uma mulher de destaque no país-sede do congresso.

Avani Rodrigues, presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária, da CACB

Cidade-sede é considerada a capital da logística O Congresso Ibero-Americano de Mulheres Empresárias (Cime) é realizado anualmente pela Federação Ibero-Americana de Mulheres Empresárias (Fide), organização sem fins lucrativos criada em 1989 em Madri (Espanha), com o objetivo de promover o desenvolvimento da mulher no setor empresarial, fomentar sua igualdade de condições no trabalho e fortalecer as relações comerciais entre as mulheres ibero-americanas. O Cime acontece alternadamente: um ano em um país das Américas e outro, na Europa. Segundo a presidente da Fide, Inmaculada Álvarez Morillas, a eleição do Brasil para sediar o XXIV Cime “constitui um exemplo de dinamismo das empresárias brasileiras, mineiras, em especial uberlandenses, revelando a sua força e o envolvimento no cenário empresarial e econômico do país”. É a terceira vez que o Brasil vai sediar o congresso. A escolha de Uberlândia é resultado dos esforços do Conselho da Mulher Empresária, da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) e do Uberlândia Convention & Visitors Bureau, entidades que conseguiram mostrar o papel da mulher empresária brasileira para o desenvolvimento do mercado e da economia, além, é claro, das potencialidades de Uberlândia, quarta maior cidade do interior do Brasil e primeira do interior de Minas Gerais. A cidade é considerada a capital nacional da logística.

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COMPETITIVIDADE

O coordenador do Empreender, Carlos Rezende, apresenta os resultados do programa

Região Sul é destaque de parceria entre CACB e Sebrae Em reunião na sede do Sebrae, CACB apresenta os números da última chamada do Empreender Competitivo e discute melhorias para a edição de 2013

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oram 2,4 mil empresas beneficiadas e 178 núcleos setoriais envolvidos, a partir de 97 projetos aprovados em 200 municípios de 14 estados. Esses são os resultados da chamada de projetos do último Empreender Competitivo, que se iniciou em 2010 e durou 18 meses. Dos projetos contemplados, 61% ainda se concentram na Região Sul, especialmente nos estados do Paraná e Santa Catarina. Além disso, o projeto ainda conseguiu um au-

mento de faturamento em 90% das empresas, melhorias nos processos empresariais de todas elas e aumento do número de postos de trabalho em 66% das participantes. Com o objetivo de promover o aumento da competitividade das empresas participantes do Programa, o Empreender – da parceria entre a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o Serviço de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresá-


rio (Sebrae) – teve como meta aumentar em 6% o faturamento das empresas e a quantidade de postos de trabalho, além de aumentar a competitividade com base em melhorias nos processos empresariais em 60% das empresas. Os dados foram apresentados no final de março para o gerente do Sebrae, Juarez de Paula, e para o vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CACB, Luis Carlos Furtado Neves. “Esse balanço ajuda a avaliarmos o que pode ser melhorado para o edital de 2013, e estaremos melhores tanto na gestão quanto nas metas do programa”, avalia Carlos Alberto Rezende, coordenador nacional do programa junto à Confederação. Para o próximo edital, a expectativa é apoiar projetos de cem núcleos setoriais, com mais de dois anos de atividades. Segundo levantamento realizado pela CACB no segundo semestre de 2012, há 651 núcleos setoriais nessas condições, localizados nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. “O projeto é um sucesso e é por isso que estamos fazendo uma nova edição”, avalia o vice-presidente da CACB, Luis Carlos Furtado Neves. Na edição 2013 do Empreender Competitivo, foram eleitos como prioritários os segmentos: cadeia automotiva, cadeia da construção civil, cadeia de confecções, cadeia do agronegócio, segmento de farmácias, cadeia da tecnologia da informação e segmento de turismo. “Esses segmentos estão representados

por 312 núcleos setoriais, o que, de um lado, preserva a competição por projetos de qualidadem e, de outro, permite atender uma parcela considerável (quase 50%) das propostas potenciais”, informa Rezende. Fique por dentro Na edição de 2013/2015, os projetos deverão ter a duração entre 18 e 24 meses, além da exigência de uma contrapartida mínima de 44% do valor total do projeto. Após a divulgação do edital, as entidades proponentes terão 60 dias para enviar as propostas. A escolha dos projetos será feita por uma banca examinadora composta por representantes da CACB e do Sebrae. O prazo se encerra dia 5 de maio. No site da CACB (www.cacb.org. br), os interessados poderão acessar as informações relativas à convocação, o apoio à formulação de propostas e o resultado da seleção. Também poderão formular questões para os consultores encarregados do apoio à preparação de propostas. As perguntas já formuladas e respectivas respostas ficarão à disposição dos interessados. Além do atendimento aos critérios de elegibilidade, as propostas deverão observar algumas diretrizes, como o mínimo de dois anos de atuação dos núcleos setoriais; a adequação das ações ao objetivo e orçamento proposto; a participação mínima de 44% dos gastos previstos; e que pelo menos 30% das empresas participantes se inscrevam no Prêmio Brasil Competitivo, em uma das edições que ocorram durante a vigência do projeto.

Os dados foram apresentados para o gerente do Sebrae, Juarez de Paula (E), e para o vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CACB, Luis Carlos Furtado Neves

Confira o número de projetos contemplados por estado na Chamada 2010/2012 AL

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PA

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PB

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TO

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MEIO AMBIENTE

Unidade de Minas do Leão será a primeira do sul do país a transformar resíduos orgânicos em energia elétrica

Uma forma mais moderna de aproveitar resíduos domiciliares Empresa recentemente criada no Rio Grande do Sul será a primeira da região sul do país a produzir energia elétrica a partir de material orgânico

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ma forma mais racional e moderna de aproveitar resíduos domiciliares (lixo), usada em muitos países da Europa e nos EUA, começa a avançar no Brasil. Trata-se da produção de energia elétrica em usinas que adotam como combustível o biogás produzido na fase de digestão da matéria orgânica. No Rio Grande do Sul, somente a empresa Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) planeja gerar 12 MW por meio de três usinas a serem instala-

das em três de suas quatro unidades em operação no estado – localizadas nos municípios de Minas do Leão, São Leopoldo, Santa Maria e Giruá. Criada em 2011, a partir da incorporação da Sil Soluções Ambientais, fundada em 2001, com mais três centrais da Revita Engenharia S.A., pertencente ao grupo Solví (SP), a empresa atua em linha com a política de resíduos sólidos sancionada ao final de 2010. Ou seja, valoriza todo o resíduo, desde os itens que podem ser reciclados pelo mercado até o ma-


Pradella: “O tratamento e a valorização adequada dos resíduos podem influir na qualidade do meio ambiente e na saúde da população”

terial orgânico que é transformado em energia elétrica ou em gás de uso industrial. Com projeto de geração de 8 MW, a unidade de Minas do Leão é o empreendimento mais avançado. Autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com Licença de Instalação do órgão ambiental estadual, a empresa pretende gerar energia a partir de 2014. Outros dois projetos, ainda em fase de estudos, estão previstos para as unidades de São Leopoldo (3 MW) e Santa Maria (1 MW). Para a geração de energia serão utilizados motores austríacos desenvolvidos especificamente para o uso de biogás como combustível. Além da possibilidade de gerar energia a partir de material orgâ-

nico, a empresa, após processo de triagem, também aproveita todos os materiais recicláveis, como plásticos, vidros e metais, os quais retornam ao mercado de reciclagem. Já a matéria orgânica segue para o aterro sanitário, o qual é construído com sistema de drenagem e captação do biogás, cujo processo, que praticamente zera as emissões atmosféricas, está enquadrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, o que permite a comercialização de créditos de carbono. Além de fornecer e operar soluções integradas por meio de tecnologias diferenciadas e inovadoras para tratamento e valorização dos resíduos urbanos, a CRVR adota

como prática projetos integrados e focados na sustentabilidade, tendo como base ações de educação ambiental. “O tratamento e a valorização adequada dos resíduos podem influir na qualidade do meio ambiente e na saúde da população. Por isso, a educação ambiental é o principal instrumento com vistas ao desenvolvimento de uma consciência crítica sobre isso”, diz Idacir Pradella, presidente da CRVR. Com um total de 125 funcionários e mais 50 terceirizados em suas quatro unidades, a CRVR processa aproximadamente 5 mil toneladas diárias de resíduos sólidos urbanos, o que corresponde a 60% de todo o resíduo gerado no Rio Grande do Sul.

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LIVROS

Como fazer um plano financeiro

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uito se escreve e se fala sobre o empreendedorismo. No Brasil existem até mesmo consultores que ensinam a empreender. Insistem na importância de acreditar no seu sonho, como se isso pudesse acontecer num estalar de dedos. O mundo real, entretanto, é bem diferente. Muito cedo se fica sabendo que não há receita para se chegar lá. Tudo depende de uma série de fatores e da força de vontade do próprio empreendedor. Em meio a essa onda de especialistas que vendem a ideia de que em cada um existe um empreendedor, as livrarias acabam de receber um novo e criativo livro sobre o tema: Dinheiro que dorme a onda leva, de Marcos Vinícius Brízido. Sócio fundador da Castle Financial Advisers, graduado em análise de sistemas e com MBA pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Brízido atua na área de consultoria em finanças pessoais. Num determinado dia, um cliente lhe solicitou que transcrevesse toda a experiência conquistada ao longo de sua carreira para servir como uma espécie de guia de planejamento financeiro. Quando ele compartilhou o trabalho com um conhecido, seu interlocutor surpreendeu-o com a observação de que o material constituía, muito mais do que um simples guia, um livro que ensina a possibilidade de viver de renda por meio de um projeto. De acordo com Brízido, sempre

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Para o analista, investir em poupança seria uma forma errada de pensar para aqueles que pretendem viver de renda. Isso porque, segundo ele, as pessoas que poupam simplesmente guardam o seu dinheiro. E as pessoas que investem um capital financeiro, investem para elas mesmas no futuro que se fala em empreendedorismo, a pergunta recorrente é sobre as aplicações financeiras mais recomendadas para garantir uma boa rentabilidade. Sua a principal recomendação, na contramão daquilo que prevaleceu até agora, é não poupar, mas investir. Para o analista, investir em poupança seria uma forma errada de pensar para aqueles que pretendem viver de renda. Isso porque, segundo ele, as pessoas que poupam simplesmente guardam o seu dinheiro. E as pessoas que investem um capital financeiro, investem para elas mesmas no futuro. “Quem poupa simplesmente reserva para um projeto”, escreve o autor. “Quem investe transfere recursos para um projeto.” Outra variável importante, conforme Brízido, é não se questionar onde aplicar o dinheiro. Primeiro é preciso planejar para depois executar. Assim como a construção de uma casa obedece a uma lógica, ou seja, a contratação de um arquite-

to, depois de um engenheiro e só depois de um empreiteiro, o empreendedor deve construir passo a passo os alicerces de seu negócio. Com isso, ele se obriga a pensar sempre no objetivo final, ensina o autor. Em seu livro, o analista também aborda o caso de quem não consegue investir no seu futuro, o que significa ter menos receitas que despesas ou receitas iguais às despesas. Ocorre que no momento inicial da vida de cada um, o mais importante não é capital financeiro, mas o capital humano, diz o autor. Nessa linha, é preciso acabar com o fluxo de caixa negativo e gerar receitas excedentes para concentrar-se na formação de capital humano, também conhecido como formação profissional. Um dia chega a fase em que o capital financeiro passa a ser o mais importante. É quando surge a necessidade de planejar e depois executar aquele seu sonhado projeto. E você já sabe: dinheiro que dorme...


ARTIGO

Qual a sua desculpa para não empreender? Jerônimo Mendes*

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ealizar sonhos exige esforço e disciplina acima da média, algo que poucos estão dispostos a praticar. Com frequência ouvimos bobagens do tipo “se eu tivesse um emprego melhor seria mais feliz”, “se eu ganhasse mais poderia viver melhor”, “se eu tivesse dinheiro não pensava duas vezes” e assim por diante. De fato, a maioria viverá a vida tentando justificar a falta de iniciativa e ação para as coisas que dependem apenas de si mesmo. Atribuir a culpa ao chefe, aos pais, ao emprego ou ao governo não proporciona a menor sensação de prazer. Será que os homens preferem a escravidão na segurança ao risco na independência, como afirmava o filósofo francês Emmanuel Mounier? Muitos esquecem o fato de que, para ter, é necessário, acima de tudo, pesquisar, tentar, ousar, ser melhor a cada dia, a fim de desprender-se da escravidão imposta pela maioria dos empregos formais. Acredite ou não, sempre haverá escolhas. Tudo aquilo em que você se concentra tende a fortalecer, entretanto, para ganhar asas e ir além das ideias, algumas questões são de fundamental importância: O QUE você está disposto a fazer para colocar sua ideia em prática e tornar as coisas menos impossíveis? COMO vai fazer isso? Já tem pelo menos o modelo de negócio delineado em mente? QUANDO pretende começar? Já estabeleceu

o tempo máximo que você suporta como empregado? QUEM poderá ajudá-lo a materializar a ideia? Quem são as pessoas nas quais poderá confiar durante uma troca de percepções a respeito do negócio? QUAIS sãos os seus medos mais profundos? De que maneira poderá neutralizar o índice de pessimismo ou negatividade na sua vida? QUANTO custa e quanto está disposto a economizar para aumentar as chances de realizar o sonho? QUANTAS desculpas ainda pretende criar para adiar o sonho de fazer aquilo que realmente deve ser feito? Quando você se propõe a mudar, o mundo ao seu redor muda também, portanto seja mais forte do que as desculpas que você arranja. Experimente, planeje, leia, concentre-se e as coisas se ajeitam quando você menos imagina. Por enquanto, se não puder mudar de emprego, mude o comportamento, dedique-se a pensar um pouco mais sobre isso, sofra menos, agradeça mais, converse mais com a família, compartilhe o sonho com a esposa, os pais, os filhos e aquele seu tio que sempre torceu por você. As sábias palavras de Andrew Matthews, escritor e cartunista australiano, encerram a lição de hoje: “A gente fica motivado quando está fazendo as coisas, não quando está falando nelas; o universo recompensa o esforço, não as desculpas”.

Muitos esquecem o fato de que, para ter, é necessário, acima de tudo, pesquisar, tentar, ousar, ser melhor a cada dia, a fim de desprender-se da escravidão imposta pela maioria dos empregos formais

*Administrador, Coach Empreendedor, Escritor e Palestrante Maio de 2013

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