A simplicidade do interior garante turismo especial r! e L rn e d o3 6 0 - G ostos o
Ca
de
Grátis! pegue & leve
n º. 9 6 ANO IX
janeiro|2014
issuu.com/caderno360
foto: Flávia Rocha | 360
foto: divulgação canoagem Piraju
facebook/caderno360
Turista registra o por-do-sol na estrada rural do Boiadeiro, a menos de 3km do centro da cidade
esportes__Piraju aparece no mapa das provas mundi-
bem viver__ O desafio
ais que podem garantir maior destaque da canoagem nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Conheça um pouco desse esporte que tem encontrado na região atletas talentosos que aparecem nos primeiros lugares do ranking nacional e devem ir às Olimpíadas •p.3
de encarar a vida depois de perder uma pessoa que dá sentido e tem grande importância na nossa vida •p.14
gastronomia__
O já popular yakisoba, na versão caipira de Sta. Cruz. E umareceita fácil de pão de queijo direto do Facebook •p.6
giro 360__ O prazer das pequenas cidades do interior, que sem pompa ou circunstância, podem ser uma econômica e educativa opção de lazer para quem quer variar no período de férias. Confira um passeio simples e rápido por Santa Cruz do Rio Pardo •p.8
Circulação Mensal 12 mil exemplares Distribuição: Distribuição: • Águas de Sta Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Sto do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Sta Cruz do Rio Pardo • São Manuel • Sã São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi Rodovias: Rodovias: • Cia. da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Rest. Café • Rodoserv • RodoStar • Varanda do Suco
2 • editorial
E onde estão afinal, esses recursos que poderiam manter todo negócio honesto e bem trabalhado em constante crescimento ou num patamar estável e positivo? Pelo que podemos constatar nos noticiários nacionais e nos boletos de impostos que chegam às nossas caixas de correio com elevada fúria no começo de cada ano, estão sendo mal ajambrados em bolsos desonestos ou evasivos, pra dizer o mínimo. Um exemplo? Doações do governo federal para países em situação de necessidade. Nada contra ajudar, mas não adianta cobrir os braços descobrindo os pés de tantos e tantos brasileiros. Outro exemplo? Os alugueis pagos pelo Itamaraty, o órgão brasileiro dedicado às relações internacionais, para seus diplomatas. Já imaginou um aluguel mensal de 54 mil reais? É mesmo necessário que um representante do nosso país resida onde moram os mais endinheirados nomes do mundo da fama? E às nossas custas? Sim, porque não temos saúde, educação e segurança mínimos que nos coloquem em patamar com países desenvolvidos. É o mesmo que gastar todo o salário num vestido de festa sem como comprar a cesta básica para alimentar os filhos. Esse mau hábito do Brasil em gastar o que não tem com o que não precisa (que atinge cada cidadão de maneira mais ou menos intensa, de forma mais ou menos clara), vale dizer, não é coisa de partidos. Vem de longa data. Olho para os governos Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma e constanto o mesmo delírio e insensatez: gastos exorbitantes
c orreio
para mostrar ao mundo que somos o que nem de longe a maioria da população sonha alcançar. Nada de modéstia, nada de humildade, nada de viver conforme nossas possibilidades. Somos impelidos a pagar os mais altos impostos para sustentar um hábito vil, nocivo e incapaz de nos colocar em pé de igualdade com os maiores e mais ricos paises quando o assunto é infra-estrutura, valor da moeda e tantos outros campos que são da alçada dos governos.
Resta a nós brasileiros o papel de otários que gastam muito dinheiro com bens que no mundo todo custam mais barato, sustentando não uma igualdade social, mas uma festa de cacholas que, sejam frutos de educação rica, de escolas como a Sorbonne, da lida operária ou da luta política, acabam todos sucumbindo ao mundo das celebridades às nossas custas. Inclusive após deixarem governos.
foto: Projeto Primavera | divulgação
BOM SENSO. O ano começa e cá estamos, em mais uma edição feita a duras penas. Informar, com lisura e isenção de favorecimentos, pessoas do interior, é tarefa árdua quando o foco é atender mais e mais cidades, ou seja, manter uma tiragem mais elevada e ums distribuição pulverizada. E quem disse que somos feitos de moleza? O 360 está aqui, inteiro, íntegro e cheio de novidades para você, leitor, que é nossa razão de ser. A dificuldade financeira que se impõe ao periódico, vale ressaltar, não é única, infelizmente. Muitos setores da nossa economia sofrem com a falta de recursos disponíveis no mercado.
crítico e nos permitem fazer as melhores escolhas. Afinal, o ano culmina com eleições presidenciais, é bom lembrar. Esta edição está repleta de otimismo e boas e simples realizações. De um Brasil de acordo com suas possibilidades e sedento por mudanças radicais na postura de nossos governantes, inclusive das nossas pequenas cidades.
Feliz Aniversário, minha amada terra natal e minha querida Piraju, vocês merecem um ano glorioso. Feliz Ano Novo! E boa leitura!
Flávia Rocha Manfrin
diretora-editora 360 | 360@caderno360.com.br
Crianças de fazenda situada no Pará são estimuladas a ler pelo Projeto Primavera de bibliotecas rurais
Por isso, vamos ler mais. Vamos nos informar, vamos mais a fundo do que realmente importa. Vamos curtir a gama de feriados e festas que já estão aí, sendo divulgad0s pelas mídias que colaboram para a situação ridícula que sustentamos sem deixar de lado a leitura, os livros, os jornais, as revistas, as fontes de informação diversas que nos permitem ter ideias próprias, que desenvolvem nosso senso
Na edição 94 do 360 (novembro/13), publicamos um anúncio em busca dos donos do Tigrão. Veja o desfecho da história que a leitora Cecilia Luchetti, cidadã de Águas de Sta. Bárbara, alinhavou com muita caridade e modéstia. Bons dias e feliz ano novo Flávia!
Ora, Ação! 1 João 2 Vs: 16-17
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”
* concupiscência = luxúria, ganância, lascívia
Cão perdido ganha novo LAR
Tenho boas novas para contar sobre nosso amigo Tigrão. Ele já andava até famoso aqui pela cidade! “Olha lá o cachorro que saiu no jornal!! Ainda não conseguiu quem o adote?” Infelizmente essas eram as palavras... mas um dia o vento mudou, a sinergia rolou e tudo aconteceu!
São Francisco, Papai Noel ouviram nossas preces! No final do dia, Dione e família já estavam com Marley dentro do carro de volta a Avaré. Dna. Maria, por sua vez, apareceu de surpresa aqui em casa em busca do Tigrão, que só foi devidamente “liberado” no dia seguinte, depois de banhado e perfumado...e muito abraçado!!
Dna. Maria Tanaka, encantou-se com o simpático cão e me fez a proposta: “Se você conseguir um dono legal para o Marley (um labrador que ela adotará há 6 meses) eu fico com o Tigrão, pois gosto muito dele.” Imediatamente entrei em contato com Jennifer Santos – nossa “Menina Superpoderosa” no quesito SOS animal. Absolutamente fantástica, ela acionou sua rede de amigos e me alertou que pelo perfil de Marley, um labrador jovem e bonito, seu destino seria Avaré.
Enfim, o Universo conspirou, e muita gente colaborou para que esta história tivesse um final feliz! Hoje, dna. Maria está radiante com seu novo companheiro, que além de guarda, é super afetuoso. “Um verdadeiro gentleman”, segundo ela. Marley segue comendo chinelos, reformando bonecas e tirando muitos sorrisos de seus novos tutores. E Jennifer está satisfeita com mais uma missão cumprida.
Dito e feito: em 26 de dezembro, recebo o aviso que uma família de Avaré havia se apaixonado pelo “garoto” e que viriam buscá-lo no mesmo dia. Aviso dna. Maria e a partir daí há troca de telefones e conversas entre ela e Dione Telles, a interessada pelo Marley. Foi dito à “candidata” que o Labrador, além de muito brincalhão, tinha habilidades como arrancar roupas do varal, fazer “remanejamento” das plantas do jardim e demais artes... mas Dione não se incomodou.
Gostaria aqui de dizer que Jennifer cumpriu um papel especial nesta história. A garota de 14 anos que se desdobra para socorrer animais de rua, consegue vacinas, castrações e abrigo para os peludos desafortunados, merece todos os louros. Estas pessoas estão por aí nos dando lições de solidariedade, determinação e muito amor, como no caso do Tigrão. Feliz Ano Novo! Cecilia Luchetti Águas de Sta. Bárbara
3 • esportes
Conheça mais desse esporte através da nossa colunista esportiva, Priscila Pegorer Manfrim, que nos traça o slalom de Piraju e do Brasil nesta edição que celebra o aniversário da cidade.
REMAndO, com a Maré Priscila Pegorer Manfrim
Atleta de PIraju em prova de canoagem categoria Slalom, no Paranapanema
foto: divulgação equipe Piraju
Entre os encantos de Piraju, uma atividade que passa meio batida no calendário dos moradores da região – e da capital – é a canoagem slalom e suas provas, que acontecem na cidade. Além de congregar a elite deste esporte, afinal valem pontos até para classificação olímpica, as provas configuram ótimas oportunidades para se achegar ao leito mais natural do Paranapanema, cuja preservação é mantida às turras pelos moradores da cidade. Também é um convite para se passar horas incríveis saboreando os bons pratos à base de peixe e outras iguarias em restaurantes e bares onde reina o bom humor, como o Taças & Cachaças e o Adrenalinas, e, ainda, percorrer as ruas da cidade, onde casarões do início do seculo XX, praças muito bem preservadas e edificações como a Igreja Matriz são atrações capazes de agradar a todos.
A primeira edição deste ano novo traz como tema, um esporte que também é novidade pra mim: a canoagem, que é praticada em alto nível em Piraju, nas águas do rio Paranapanema. Nunca fui conhecedora dos esportes aquáticos, exceção à natação, por isso quando surgiu a oportunidade de fazer esta matéria, procurei me inteirar do assunto.
velado inclusive uma atleta olímpica, caso de Poliana Aparecida de Paula, canoísta pirajuense que chegou às semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Poliana é um entre vários outros exemplos de atletas de alto rendimento que surgem nas águas de Piraju, Anderson Oliveira e Charles Corrêa são os líderes do ranking nacional na categoria C2 Masculino Sênior.
Em Piraju, a canoagem é praticada em duas categorias: Slalom e Velocidade. O esporte é realmente forte na cidade. Em dezembro passado aconteceu por lá a última etapa da Copa do Brasil de Canoagem Slalom, com destaque para os atletas da casa, que fizeram bonito. Piraju é referência nacional em canoagem, já tendo re-
Existe uma parceria muito bem sucedida entre a APEN – Associação Pirajuense de Esportes Náuticos – e a Prefeitura de Piraju que patrocina os eventos e oferece o respaldo financeiro para que o esporte continue revelando grandes atletas para a seleção Brasileira.
Só descobri coisas bacanas em relação à canoagem pirajuense, mas o que mais me encantou deixei para o final: trata-se do projeto “Remando Contra a Maré”, uma iniciativa fantástica da APEN e da Prefeitura de Piraju subsidiada pelo Grupo Votorantin que busca a melhoria na qualidade de vida de crianças e adolescentes através dos esportes náuticos. Mais de 80 jovens foram beneficiados pelo projeto em 2013, jovens estes que se encontravam ociosos após o turno escolar. Esses adolescentes não só tiveram a inicialização ao esporte, como também participaram de várias oficinas e atividades educacionais De acordo com Marcelo, voluntário do projeto, é um privilégio presenciar a mudança na rotina destes jovens ao longo do tempo. O encerramento do projeto aconteceu no começo de dezembro, porém a renovação do mesmo já está em vias de ser aprovada pelo Grupo Votorantin. Deixo aqui meus parabéns aos envolvidos na canoagem de Piraju, junto com votos de sucesso e que 2014 traga ainda mais frutos que 2013!
UM pouco do mundo
da canoagem
pelo Rio Taquari, onde ele decidiu construir uma embarcação de madeira parecida com a que usava na infância, quando competia pelo Kanu Club da Alemanha.
na dĂŠcada de 70/80, a canoagem nacional ganhou ânimo com a chegada dos primeiros caiaques em ďŹ bra de vidro trazidos da Europa e da Argentina.
A CBCa, Confederação Brasileira de Canoagem, foi criada em 1988 com quatro associaçþes ďŹ liadas. Apesar de recente, vem obtendo resultados de destaque internacional, ganhando popularidade.
Algumas informaçþes que colhemos em nossa pesquisa sobre o esporte praticado com canoas ou caiaques nos rios, corredeiras e pistas artiďŹ cais
Os atletas brasileiros estĂŁo entre os sete melhores do mundo na canoagem. O Brasil tem vaga garantida na prova do C1 1000m dos Jogos OlĂmpicos Rio 2016. Para as demais categorias, os atletas precisam se qualiďŹ car nos mundiais programados para 2014 e 2015.
As ĂĄguas do Rio Paranapanema sĂŁo famosas na Canoagem Slalom pelas particularidades de suas corredeiras, como “redemoinhosâ€? e “orbulhosâ€?, caracterĂsticas que exigem bastante dos atletas.
A Canoagem Slalom ĂŠ muito impor-
tante para Piraju, que vem revelando grandes atletas para a Seleção Brasileira, e tem
foto: imagens Google
forte apoio da prefeitura da cidade.
Jogos OlĂmpicos de Muniquem, em 1972.
Canoagem de Velocidade ĂŠ uma modalidade de competição praticada em rios ou lagos de ĂĄguas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias de 1.000, 500 e 200 metros. Faz parte dos Jogos OlĂmpicos desde Berlim, 1936.
As competiçþes internacionais ocorrem em corredeiras de classe III a IV (numa escala de I a VI). Algumas em pistas totalmente artiďŹ ciais (com leito de concreto e bombeamento de ĂĄgua), caso dos jogos olĂmpicos, outras em rios naturais. Eventos importantes costumam ocorrer em rios cuja vazĂŁo possa ser controlada por represas, precavendo-se contra efeitos climĂĄticos adversos, como cheias e secas extremas.
Canoagem Slalom ĂŠ um esporte olĂmpico onde o atleta rema por um percurso em corredeira, deďŹ nido por balizas, num percurso de 250 a 400 metros. O objetivo ĂŠ fazer o trajeto sem cometer penalidades e no menor tempo possĂvel. O tempo dos primeiros atletas costuma gira em torno de 1,5 minuto. Foi introduzida nos
no Brasil, a canoagem surgiu como prĂĄtica esportiva de forma informal em 1943, com o imigrante alemĂŁo JosĂŠ Wingen, que viveu Estrela/RS, cidade banhada
Atletas de Piraju que aparecem em destaque no ranking nacional • Anderson dos Santos Oliveira • Beatriz de Paula Simþes da Motta • Carlos Aparecido Motta • Charles Fernando Correa • Clóvis Afonso Motta Júnior • daniel negrão Carrasco • Felipe da Silva de Almeida Leite • Giovanni Ramos Garcia • Milene Wolf • nathålia Siqueira Marangoni • Pedro Henrique Gonçalves da Silva • Poliana Aparecida de Paula foto: imagens Google
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• gastronomia
Quando o assuto é improviso e rapidez, meus genes culinários gritam. Numa corrida ao supermercado, o que era pra ser um brócolis tostado no alho e óleo virou meu primeiro yakisoba, o macarrão oriental com legumes e carne muito popular em todo o planeta. Com uma bandeja de legumes já limpos e cortados, que você encontra na gôndola do supermercado, um vidrinho de shoyo e um pacote de macarrão próprio para yakisoba, só precisei de uma rápida pesquisa na internet para dar conta de como é feito, as variações e medidas indicadas. Ficou tão bom que repeti o feito e, mais uma vez aprovado, partilho com você!
PRATO oriental à moda tupiniquim por Flávia Manfrin
Pão de Queijo da Hora receita tirada da internet
Yakisoba Arigato
receita de Flávia Rocha Manfrin fotoS: Flávia Rocha | 360
Ingredientes Molho: • 1 xícara de chá de shoyo • 3 xícaras de água • 1 colher de sopa de maisena • 1 colher de sopa de açúcar cristal • 1 colher de chá de gengibre ralado Massa: • 1 pacote de legumes para yakisoba (contendo repolho, acelga e cenoura fatiados, além de couve flor e brócolis) • 100g de carne da sua preferência (frango, bovino ou suino) fatiada fininho (pode ser vários tipos também, além de camarões e cogumelos) • 1 pacote (200g) de macarrão para yakisoba • 2 colheres óleo de gergelim
• 2 colheres de shoyo • 3 dentes de alho fatiado bem fininho • ½ cebola picadinha • ½ gengibre ralado Preparo: Molho: misture os ingredientes e leve al fogo, mexendo até engrossar. Reserve. Massa: coloque água para ferver para cozinhar o macarrão. Quando estiver fervendo, coloque o brócolis e a couve flor para cozinhar por alguns minutos. Retire e reserve. Coloque então o macarrão para cozinhar por no máximo uns 5 minutos. Escorra e lave com água muito gelada (pode até colocar umas pedras de gelo) para que ele resfrie. Obs.: Há quem coloque o macarrão co-
zido no congelador para ficar bem gelado, o que o deixará crocante na hora de fritar e preparar do yakisoba. numa panela wok, de preferência, coloque o óleo de gergelim,o alho e a cebola. Quando dourar, acrescente a carne para fritar. Adicione um pouco de shoyo e de gengibre e frite até dourar. Acrescente então os legumes todos picados e vá mexendo. Adicione o molho. numa outra panela, frite o macarrão em um pouco de óleo de gergelim. Quando estiver crocante, misture aos demais ingredientes. Importante: caso não faça questão do macarrão crocante, pode colocar direto com os outros ingredientes, sem fritar!
Essa receita mega fácil circulou no Facebook. Resolvi testar e… ficou uma delícia. Adorei essa nova utilidade pra velha sanduicheira. Ingredientes: 1 xícara de leite 1 xícara de óleo 3 ovos 2 xícaras de polvilho doce metade de um pacote de queijo parmesão ralado sal a gosto
Preparo: Bata no liquidificador o leite, o óleo e os ovos. Acrescente então o polvilho, o queijo ralado e o sal. Bata até ficar homogêneo. Unte a sanduicheira com óleo usando um papel toalha. despeje o conteúdo na sanduicheira, preenchendo o desenho do sanduíche. Coloque um pouco de queijo sobre a massa e feche a sanduicheira. Asse por cerca de 5 minutos, até corar
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• ponto de vista *José Mário Rocha de Andrade
Bom Apetite!
Na minha infância, em Sta Cruz, aprendi que o padre “celebra” a missa, o ritual religioso para anunciar a “boa nova”, o evangelho, a palavra de Cristo, e também sua presença em nossas vidas na Eucaristia, na comunhão com Cristo em forma do alimento consagrado, o pão, representado pela hóstia, a comunhão dos fiéis e pela hóstia e vinho, a comunhão do sacerdote. Na casa de meus pais também havia uma celebração antes das refeições: “Ao Senhor agradecemos o alimento que teremos, Aleluia! Senhor, dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”. balho de quem cuida da terra, semeia, colhe, a arte culinária de quem prepara, o carinho de quem serve”.
Hoje meu pai mora no Céu, minha mãe em São Paulo. Vizinha de mamãe há uma padaria e um pensamento da Cora Coralina pintado na parede: “Haverá sempre esperança de paz na Terra enquanto houver um semeador semeando trigo e um padeiro amassando e cozendo o pão”. No fim de ano os gregos homenageavam Janus, seu deus dos portões. Janus foi para o esquecimento, mas deixou seu nome no primeiro mês do ano, janeiro, que nos recebe após a travessia para o Ano Novo, momento em que meu amigo astrônomo comemora mais uma volta do planeta Terra com suas vidas ao redor do Sol, tempo de esperança, de festejar. Estávamos à mesa farta de alimentos apetitosos, farta de alegria e, de repente, essas memórias de Sta Cruz da minha infância chegaram, cresceram, tomaram corpo e encanto. De-
arte: Franco Catalano Nardo | 360
cidi fazer uma oração, não para celebrar (do latim, celebrare, festejar com solenidade), mas para comemorar (do latim commemorare, festejar com memória um evento solene). Queria fazer um brinde à vida que estava à me-
sa – Marisa, eu, filho, Ulênia, Ricardo, pais, filhos, Cláudia, Maurício, filhos – e à vida que estava sobre a mesa, tratada com arte pelo bom mestre-cuca. Na memória um amigo padre rezou: “Sobre a mesa não há coisas, sobre a mesa há vida. Na vida sobre a mesa há o tra-
Nesse clima de festa, esperança e lembranças estava ali a vida sobre a mesa reunindo, unindo vidas nos laços de amizade e família. Estava ali a vida consagrada, eu não tive dúvidas. Pensei em uma oração para a vida que existe para ser trabalhada, degustada, saboreada e, naquele momento sublime à mesa, bus-quei inspiração divina, revirei memórias. Em um ato de alegria e comemoração, com água na boca e a ajuda de meu amigo francês, cantei solenemente olhan-do e sorrindo para cada uma das vidas ali presentes a oração mais saborosa e abençoada que encontrei: BON APPÉTIT!!! *médico santa-cruzense radicado em Campinas | zemario@caderno360.com.br
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• giro 360
Viver com simplicidade, nem que seja por alguns dias, pode ser uma experiência rica em leveza e paz de espírito, algo raro, que todo mundo precisa, mas nem sempre encontra
O lazer despretensioso que reside no interior
fTexto e Fotos: Flávia Manfrin
A cidade se estende tranquila e discreta sob árvores urbanas , em meio à imensaa narutureza, onde é comum deparar-se com siriemas a cantar e correr
Quando pensamos em férias, descanso, lazer, a palavra relaxar sempre aparece no topo da lista, seja o programa de dois, três, sete ou 30 dias. Dedicar uma viagem ao interior de São Paulo, fugindo do eixo turístico mais afamado, é sinônimo de paz, beleza e uma imensidão que, diferentemente do mar, varia em cores, formas e paisagens, mesmo quando estamos num mesmo local. A visão panorâmica e a predominância da natureza é que nos garantem essa diversidade.
O céu aberto da região 360, 360 por exemplo, é intensamente azul dia e noite, contrastando com outros tons muito intensos de branco, verde e vermelho, por onde quer que se vá. Varia também a vegetação, uma mistura de mata nativa com roças de café, cana, soja, milho, gado e outros tipos de agricultura.Variam as nuances do céu, que mesmo brumado, nos permite sentir a profundidade do cosmo, fato que ganha ainda mais sentido à noite, onde o anil se pontua do brilho intenso das estrelas e da lua, seja
A ponte sobre o rio Pardo e limpo revela bambuzais e mata nativa a olhos nus. No rio o maior prazer: a descida pelo leito tranquilo numa câmara de pneu levando caixa de isopor com as cervejas geladas
ela nova, minguante ou cheia.
Passear pelo interior implica exercitar o olhar para o simples e deixar-se tomar por ele. Significa viver bem, regalar-se com delícias culinárias das mais diversas e sem gastar muito. Divertir-se com eventos típicos repletos de gente local e autêntica, como as festas religiosas de bairros rurais e os rodeios, ou inusitados, como as baladas de rock’roll, tudo regado às mais geladas cervejas que se tem notícia.
O passeio pelas pequenas cidades também tem valor histórico, com a presenção de casarões de tempos do café e de outras edificações antigas, que mostram o desenvolvimento das cidades. Há também as praças bem conservadas, com direito a parquinhos infantis e área para exercícios, brincadeiras, um bom papo ou simplesmente para se aquietar.
Para muitos, especialmente as crianças de grandes centros, há o ineditismo da flora,
repleta de árvores e flores das mais diversas espécies, e da fauna, que inclui animais domésticos, de criação, como gado, suínos e ovinos, e também silvestres, como a siriema, as lebres e os tatus. Entre as guloseimas, sempre haverá uma boa e tradicional pizzaria e um churrasco, sem contar o sorvete mais gostoso da cidade. E para completar, o mergulho nas
águas limpas dos rios, mesmo os de água parda, que ainda reinam despoluídos e atraem quem sabe o que é aproveitar as delícias do verão literalmente em meio à natureza. Levar uma lembrança também é sinônimo de economia. Além de lojas de móveis de madeira reaproveitada e restaurados, o que não faltam são produtos locais, especialmente plantas e alimentos. Dá para fazer uma bela compra e ainda levar presentes criativos sem pagar o ônus do comércio das cidades turísticas.
Na hora do descanso, hoteis despretensiosos e limpos garantem o sono tranquilo e o silêncio da noite. É hora de se entregar a Morfeu, o deus do sono, ou ao sono dos justos, fica por sua conta. Seja para encarar um novo dia de muita luz e ar puro, seja para se restabelecer a tempo de conferir as histórias reais e imaginárias das madrugadas de lua cheia. Vale a pena se aventurar!
Na cidade, as atrações locais enchem os olhos, o paladar e o coração. Seja ouvindo rock num bar rural, comendo uma pizza de sabores típicos, o sorvete feito com frutas naturais, o churrasquinho a tiritar na brasa… tudo é delicioso. Inclusive as boas lembranças fáceis de comprar e levar
Uma despretensiosa estrada de terra pode levar à venda rural do Buzolim, onde tem bom queijo fresco a provar ali, na hora, ou para levar. Também pode dar num bairro rural já abandonado onde vive um autêntico cavaleiro. Abaixo, a praça da cidade brinda os visivisitantes com suas árvores vistosas e floridas
10 • meninada
P I N G O
Todo ano é sempre igual. Alvinho sai de férias, Pingo vai para a Col?nia Canina de Férias. Alvinho viaja mundo afora, Pingo encontra-se com os amigos caninos de sempre. Alvinho adora viajar, conhecer coisas novas, mas dessa vez a viagem o levou a ter um pesadelo. Conheceu um castelo na Escócia onde há um cemitério dos Cachorros Heróis de Guerra. Há estátuas desses cachorros e até em bares famosos eles são homenageados com nomes desses cachorros que morreram heroicamente na guerra dos homens. De volta pra casa Alvinho acordou no meio do pesadelo. Pingo era uma estátua no quintal de casa ao lado de um bar chamado Pingos Bar. Levantou num pulo e correndo flagrou Pingo dormindo na maior paz. Jurou nunca fazer uma estátua para o Pingo. "Estátua não combina com cachorro", pensou. "Não abana o rabo, não levanta as orelhas, não late, não brinca comigo" e aninhou-se num abraço junto ao Pingo que havia aberto os olhos e levantado as orelhas feliz.
Aniversáro de Sta. Cruz R e d a ç ã o : Pa o l a Pe g o r e r M a n f r i m • A r t e : C l a r a E l i z a B as s e t o Oi oi gente, nesta edição nós vamos falar do aniversário da cidade, que é celebrado no dia 20 de janeiro. Pra essa edição a clara e eu fizemos uma coisa diferente, ao invés de nós escrevermos o texto, nós saímos perguntando a opinião de cada pessoa.
arte: Sabato Visconti | 360
Férias, canil e pesadelo
“O que você acha que falta em Santa Cruz?”, “O que você acha que a cidade merece?” e “Qual a coisa que você mais gosta na cidade?”, foram as perguntas que fizemos para várias pessoas de diferentes idades. A maioria das opiniões positivas eram relacionadas ao museu de Santa Cruz e às pessoas da cidade, que sempre recebem novas pessoas de “braços abertos”. E a maioria das pessoas acha que a cidade tem pouca opção de lazer e cultura e que a cidade merecia ruas com um asfalto de melhor qualidade e praças mais bem cuidadas. Uma coisa boa que notamos é que apesar de alguns problemas que a cidade apresenta, poucas pessoas a trocariam por outra da região.Bom gente, essa foi a edição de janeiro, que preparamos com muito carinho! Beijos da Paola e Clara
12 • gente_
ponto de vista
Qu e m cu r t e R o ck ' r o l l ! Show do Barrica e Bar do Cersão
Meta para você em 2014: Educar seus filhos *Fernanda Lira
Não, querido pai e queridíssima mamãe: não é tarefa da escola. Essa entidade que acolhe seu filho na tenra idade tem como obrigação ensiná-lo de modo que desenvolva conhecimento sobre as coisas e se torne apto a cuidar da própria vida quando adulto através de uma profissão.
F ot o s : Fk á v i a R oc h a
+ n a f a n pa g e d o C a d er n o 36 0 n o f a ce b o o k !
É um longo caminho e uma desafiante e importante tarefa, que deve, claro, ser muito bem realizada. Mas trata-se de ensino. De desenvolvimento intelectual. Essa é a tarefa original da escola. Educar é outra coisa. Aliás, deveriam banir o termo educação da área de ensino. Quem sabe assim diminui a confusão que os pais da nova geração insistem em criar quando dão às costas ao que é sua responsabilidade: educar seus filhos. Adote essa meta em 2014. Ainda há tempo. Ensine o básico para seu filho. Comece exigindo dele respeito a você, a seus pais, aos tios dele. Aos mais velhos. Já será uma grande coisa. Depois ensine-o a ser colaborativo. A ajudar em tarefas como arrumar a cama, guardar brinquedos, comportar-se à mesa, sentar no sofá, falar baixo em lugares públicos, jogar o lixo no cesto. Tão fácil fazer isso, não é mesmo? Ensine-o a fazer não apenas para si, mas também para os outros. Ensineo a fazer um favor, a servir um copo d’água, a pegar o que os outros derrubam, a cumprimentar as pessoas. A ouvir, mais do que falar.
e xpediente
O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 12 mil exemplares Circula-ção:• Águas de Sta. Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cer-queira César • Chavantes • Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo • Tatuí • Timburi e paradas das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista Cabral Rennó e Orlando Quagliato. Redação/Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹edito-ra, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹revisão›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas›, Matheus Teixeira ‹agenda, assistente de produção e separação›,Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Priscila Manfrim, Fernanda Lira e Tiago Cachoni. Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Clara Basseto e Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: Pç. Dep. Leônidas Camarinha, 54 - CEP 18900-000 –Sta Cruz do Rio Pardo/SP • Redação/Cartas: 360@caderno360.com.br • Publicidade: comercial@caderno360. com.br • F: 14 3372.3548_14 99653.6463 •janeiro_2014
Corrija-o em seus erros. Em todos eles. Essa, papi e mami, é a sua tarefa. Você não quis exercer e vivenciar o “maior amor do mundo”? Pois, então, ame o seu filho, eduque-o. Só assim, com pais responsáveis pela educação dos seus filhos, teremos escolas eficientes. Teremos professores dedicados ao ensino, seja ele fundamental, básico, superior, médio. Seja a primeira ou a nona série. Ou o 3º colegial. Assim teremos também empregadores que vão ensinar seus filhos a exercer uma profissão, aquela que buscamos através dos estudos e através do trabalho, essa tarefa que você, pai, mãe, realiza e que todos os adultos acabam por fazer para que vivam em paz, harmonia e prosperidade. Simples assim! Basta que cada um cumpra o seu papel. E respeite a função dos outros. Professor e patrão não têm a tarefa de educar os filhos de ninguém. Nem de aguentar tanta gente mal educada em salas de aula e ambientes de trabalho. Muito menos de gastar seu tempo tentando fazer seu filho entender que está absolutamente equivocado em seu comportamento ou contando até 100 para não fazer aquilo que ele precisa receber em casa. Feliz 2014! *jornalista paulistana que adora o interior | felira@caderno360.com.br
13 • gente_
papo cabeça
O disco nacional de 2013
Q u em fa z o R oc k ' r o l l !
Shows da Banda Bizz, No Fate e Landau 69 no Barrica e Bar do Cersã0o
*Tiago Cachoni
Este ano que se encerrou foi bastante interessante para o fã de música, com alguns belos lançamentos: Queens of the Stone Age (“...Like Clockwork”), David Bowie (“The Next Day”), Black Sabbath (“13”), e Daft Punk (“Random Access Memories”), este com a genial “Get Lucky”, que até minha avó ouviu, balançou, curtiu e fez um cover.
pela caprichadíssima arte gráfica (vale a pena investir alguns trocados no disco original), a banda se superou e conseguiu sair da sombra do Los Hermanos. O primeiro disco (homônimo, lançado em 2010), já trazia grandes canções, mas inevitavelmente remetia aos barbudos que moveram multidões na década passada.
Se o Strokes lançou um disco mediano (“Comedown Machine”), pelo menos voltou aos holofotes com a música “One Way Trigger”, uma bizarra mistura de tecnobrega com A-ha (desagradou aos fãs radicais, mas entra na minha lista das 5 melhores coisas que a banda já fez).
Neste segundo álbum, os gaúchos inovaram. Bancado via crowdfounding (financiamento coletivo pelos próprios fãs), eles abusaram da liberdade criativa: além dos instrumentos convencionais, temos o som de carrinho de fricção, latinha, panela, copo, pote de manteiga, para-lama de bicicleta, serrote, roda de skate (e por aí vai), nenhum causando estranhamento, pois inseridos de maneira natural em canções essencialmente pops.
O patinho feio do ano foi “The Terror”, estranhíssimo álbum do indie-psicodélico Flaming Lips, uma das bandas mais legais e malucas de que se tem notícia. Passou batido àqueles que se acostumaram com o clima festivo-fofo das apresentações da banda, mas bastam algumas sessões atentas do disco para concluir que se trata de uma grande obra. Vai fundo: Flaming Lips é a banda! Contudo, centrarei atenção num excelente disco de rock nacional: “Antes Que Tu Conte Outra”, da gaúcha Apanhador Só. A começar
Impossível resistir a gemas como “Vitta, Ian, Cassales”, “Despirocar”, “Não Se Precipite”, “Rota”, e a delicada “Cartão Postal”, que fecha o disco com chave de ouro. Há alguns janeiros eu não tinha a oportunidade de falar tão bem de um disco lançado no disco anterior. Pois neste começo de 2014 vai a recomendação: baixe o álbum de graça no site dos caras, vale a pena!
*músico que também gostou e recomenda o retorno aos holofotes de Guilherme Arantes, o álbum "Condição Humana".
24 /1: Tem Landau 69 no GOrMe
Fo t o s : F ká v i a Ro c ha
(Ourinhos)
+ n a f a n p a ge d o Ca d e r n o 36 0 n o fa ce bo o k !
B au r u
é ROck nas veias! bandas e músicos arrasam! (Sta. Cruz)
14 • bem
viver
A vida depois da morte Eu tinha apenas seis anos quando me deparei com ela. Essa terrível senhora que tira da gente pessoas que pensamos serão eternas durante o nosso viver. A morte é personagem dura, que de uma hora para outra, muitas vezes sem o menor sinal, leva quem jamais imaginamos e, grande parte das vezes, aqueles que mais merecem viver. Foi assim quando perdi meu irmão. Tem sido assim com muita gente. Foi assim neste início de ano, no momento que escrevo este texto, quando pessoas da minha comunidade e do meu convívio partiram. Pessoas que mereciam muito, mas muito mais tempo para partilhar seus conhecimentos, sabedoria e caráter com todos nós, mais tempo para amar seus familiares, para criar seus filhos, para curtir a vida. Quando mortes prematuras acontecem, pensamos: por que tem que assim? Por que tantos ficam anos doentes na cama, outros têm uma vida sofrida e cheia de limitações, outros são sozinhos, outros são terrivelmente maus… mas vira e mexe pessoas que fazem o mundo melhor é que nos dizem adeus?
A vida continua — Para quem fica, ouvir essa frase diante morte de alguém amado é quase uma tortura. Afinal, como continuar a viver sem aquela pessoa que tanto sentido e importância tem em nossa vida? Creio que somente o tempo, esse senhor vagaroso que se contrapõe à agilidade da dona morte, é capaz de fazer brotar em cada coração crenças permeadas de brandur e poesia a respeito do assunto. E que a fé em Deus é o mais seguro caminho para encontrarmos forças e paciência até que o tempo possa agir de forma a nos alentar. Acredito, ainda, que que mais do que a nossa necessidade e a nossa solidão, há sim uma razão para que aquela pessoa tão boa, tão jovem e tão capaz de nos fazer felizes deixe este mundo.
A força vem da fé – Há muitos livros e preceitos divulgados pelas mais diversas religiões ou linhas espirituais e filosóficas que tentam explicar a existência humana, onde
foto: Flávia Rocha | 360
Flávia Manfrin | editora 360
a morte – e suas razões – aparece. Eu escolhi acreditar que quando as pessoas morrem, elas realmente “partem desta para melhor" e são capazes de acompanhar a nossa vida. É uma crença que traz um grande alívio ao meu coração e fortalece o meu ânimo diante das perdas. Graças à educação religiosa que tive, consigo colocar em Deus, essa figura maior que tudo e que todos, que tem o melhor coração do mundo, como o gestor dos caminhos que cada ser percorre quando nos deixa aqui na terra. Ele também me faz acreditar que esses caminhos percorrem o infinito do céu, esse espaço cósmico a nos guiar e amparar. Por isso, quando penso em meu irmão que tão precocemente partiu, quando penso nas pessoas que amei e já não estão mais entre nós, olho para cima e admiro a beleza e a presença de cada um nesse azul infinito que rege cada dia e por eles é iluminado de noite. Como viver depois da morte? Como encarar o momento segundo, terceiro, quarto… as primeiras horas, dias e noites após perder alguém que tanto sentido dá à nossa vida? Como não se jogar nos travesseiros do pessimismo e
da depressão diante de uma vida onde a morte nos impôs à privação da pessoa tão amada, tão cara para o nosso existir? Como aguentar até que o tempo, esse grande senhor que abranda corações devagarinho, nos ajude a seguir pela vida? Passados mais de 40 anos da minha primeira perda, aprendi a encarar a dor das ausências irreversíveis, causadas pela morte através da homenagem. Assim, quando penso em alguém que tanta falta me faz, que tanto amor me deu, que tanta importância teve em minha vida, eu pergunto: como essa pessoa ficaria feliz agora? O que eu poderia fazer para deixar essa pessoa alegre, radiante, de bem com a vida? O que faria essa pessoa dar uma bela gargalhada? Que prato ela adoraria comer hoje? Que viagem gostaria de fazer? Em que cama gostaria de dormir? E assim, pensando em fazer quem partiu feliz, eu trato de ser feliz também. Afinal, certamente pessoas tão queridas, boas e capazes de garantir felicidade em nossas vidas, querem é que sejamos felizes apesar de sua ausência, nisso é fácil acreditar. Esse texto é um abraço que quero dar à Luiza, minha amiga e colabodora do 360 desde sua primeira edição, que foi desafiada a viver sem a grande companhia do querido José Carlos Menon. E à família e colegas de trabalho de Fabio Antonio Ferrari, pessoa excepcional em seu caráter, alegria e talento. Com certeza, a melhor homenagem a eles é desejar que vocês sigam a vida com alegria, fé e coragem.