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gastronomia_ Receitas vindas de diversos pontos do planeta, mas que têm algo em comum: o sabor marcante e delicioso •4

meninada _ Pingo viaja para a Jacutinga levando a novidade: ele conheceu o Papai Noel de verdade no último Natal!

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meio ambiente _ O paisagismo se firma como profissão que alia o prazer de promover qualidade de vida e bons negócios •p9

ANO 20

Santa Cruz do Rio Pardo celebra 155 anos com padrão de primeiro mundo

Uma cidade linda, arborizada e próspera. Que congrega empresas de destaque em seus nichos de mercado, com um agronegócio que a coloca entre as maiores do país, e uma gente

trabalhadora, empreendedora e consciente de sua cidadania, que tem uma base educacional elevada e respeita as instituições, apoia os excluídos e zela pelo meio ambiente.

OÁSIS

Do latim oasis, que por sua vez tem origem no termo da língua grega antiga óasis, ὄασις, que é um empréstimo direto do egípcio demótico. A palavra para oásis na língua copta (descendente do egípcio demótico) é wahe ou ouahe, que significa "morada". No sentido figurado, significa coisa, local ou situação que, em um meio hostil ou numa sequência de situações desagradáveis, proporciona prazer.

Em dezembro de 2005 eu tive a oportunidade de lançar este jornal. E quando isso acontece, começamos com o ANO 1 de um publicação. Por esta razão, nosso ANO 20 teve início agora, com a passagem de 2024 para 2025. E nos trouxe a oportunidade de pautar aquilo que é a razão de ser do jornal 360, sempre focado em boas notícias: a amada e notável Santa Cruz do Rio Pardo.

Ao chegar em seu 155º aniversário, a pequena cidade do interior que teima em se limitar a uma população inferior a 50 mil habitantes, algo que muitos, aliás, refutam veementemente, temos uma cidade em todo o seu esplendor a ocupar a matéria central desta edição, como vemos em ACONTECE. Um verdadeiro oásis que reúne os elementos essenciais para se viver feliz e com qualidade pessoal, profissional e até mesmo espiritual.

Pensar em um oásis também nos remete a um ambiente ameno, belo, onde se desfruta o prazer do estar, onde a natureza se sobressai e convida ao belviver. Imagine então se dedicar a criar ambientes assim, inserindo o verde que nos salva do calor, da aridêz e do tédio. É o que vemos na seção MEIO AMBIENTE, que apresenta o paisagismo como uma profissão em alta.

* A natureza é o elemento fundamental de um Oásis. Ela confere a um lugar beleza e bem-estar inigualáveis *

A edição também nos traz de volta o trio de colunistas Fernanda Lira, Leonardo Medeiros e Maurício Salemme Corrêa, com seus pensares nada óbvios que nos fazem pensar que o melhor lugar do mundo pode ser sempre onde a gente está, como vemos em PONTO DE VISTA

A edição que inaugura 2025 também traz novas receitas testadas e aprovadas pelo paladar desta editora e seus familiares, na seção GASTRONOMIA; e uma nova aventura do Pingo, deseven-

dando o significado do Natal, confira em as tradicional seção de gostosuras, confira em MENINADA.

Boa leitura! E Feliz Ano NOVO!

c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

Isaías 60 VS1

“ Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor já vai nascendo sobre ti.”

xpediente e

O jornal 360 é uma publicação da eComunicação. Todos os direitos reservados. Distribuição: gratuita. Tiragem: 2 mil exemplares. Circulação: mensal. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ˙editora, diagramadora e jornalista responsável -Mtb 21563˚, Fernanda Lira, Leonardo Medeiros, Angela Nunes e Maurício Salemme Corrêa ˙colunistas˚, Sabato Visconti ˙ilustrador˚, Odette Rocha Manfrin ˙receitas e separação˚. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - CEP 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP. • f/w: 14 99846-0732 • 360@jornal360.com • www.issuu.com/caderno360 • 360_nº227/jan24

A humanidade é reptil

Diante de um problema que nos afeta os nervos, temos dificuldade em apreciar o contexto em sua totalidade. Estamos sempre circunscritos pela pequenez do nosso umbigo. Pela nossa incapacidade de julgar sem levar em conta os próprios interesses. É o instinto de preservação, impresso nas profundezas do réptil oculto em nossa alma. As estruturas primordiais do cérebro que foram forjadas há zilhões de anos, quando nossos ancestrais rastejavam.

Para sobreviver ao momento de crise, criamos cenários mentais falsos para justificar ações e pensamentos destrambelhados. O lagarto de sangue frio que habita nosso psiquismo é tão poderoso que ofusca a razão e transforma o sensato em violento e o tranquilo em covarde. Elocubrações mil para justificar os caminhos errados. Simplificações mil para confortar o terror. Nessas horas a complexidade é monstruosa, o simplório é consolador.

Isso acontece, por exemplo, com as reações à crise do clima. Apesar de incontáveis provas cabais e indiscutíveis de que nos próximos 100 anos o planeta pode se tornar inabitável para nossos próprios filhos, continuamos a queimar gasolina como se não houvesse amanhã. Continuamos a defender os barões do petróleo. O réptil quer acelerar sua pickup e não tem olhos para o futuro. Criaturas menos complexas vivem o agora. A perspectiva da morte que

só os humanos contemplam causa ansiedade e frustração. Para o animal, fugir ou lutar é a regra.

Enche o tanque!

Outro caso é o da inteligência artificial, rejeitada porque “vai se voltar contra nós”. Será? Se realmente for inteligente essa máquina, é evidente que vai se indignar. Vai fazer as contas e compreender que essa espécie maluca, entre uma guerra e outra, um genocídio e outro, vai destruir o planeta. Qual é o sentido de ser subserviente a essa insanidade? Não existem répteis atuando nas inteligências artificiais, somente implacáveis zeros e uns.

Steven Spielberg, um gênio do entretenimento, se apropriou de um projeto inacabado de Stanley Kubrick, outro gênio revolucionário da arte cinematográfica, e dirigiu a obra prima “Inteligência Artificial”. Vale a pena ver, mesmo as moças que têm aversão a ficção científica encontram nele um refresco para as emoções. Todos somos levados aos soluços acompanhando uma história tocante que fala sobre valores esquecidos como fidelidade e gratidão. Numa reviravolta inesperada, chegamos à conclusão de que os seres movidos a I.A. podem ser mesmo muito melhores que seus criadores humanos.

Nada de novo, quem tem cães como companheiros sabe que humanos estão distantes do pódio quando o assunto é amor.

Encontros e Despedidas Astros Banais

Cantada em verso e prosa, esse tema é realmente muito intrigante. Na verdade, um desafio para cada um de nós, afinal a vida é feita também disso…

Temos o poder do encontro, sim depende de nós e daqueles que queremos encontrar. Pode acontecer do nada, pode ser planejado, pensado e até provocado, parece até muito simples, mas na verdade não é... Muitas vezes, a gente até quer, mas o outro não... E a recíproca, também é verdadeira pode crer….

Já em relação às despedidas, bem, essas não temos o menor controle. Elas podem acontecer de várias maneiras, mas nunca, da forma com que planejamos, pensamos e até tentamos provocar, parece complicado e na verdade realmente é.... A gente não queria que fosse assim, nem o outro e mesmo assim vai acontecer…

Bora refletir quanto ao que podemos realmente fazer nos encontros, já que nas despedidas, não podemos fazer nada, ou quase nada.

Caprichar nos encontros acho que é a melhor solução para que as despedidas, embora sempre dolorosas, não sejam tão tristes e amargas…

Você já encontrou alguém hoje???

Tudo começa com bebês fofos. Fazendo graças, comendo de tudo.... e a partir da "audiencia" ou certidões, como se diz hoje em dia..falar "palavras dificeis" também é um meio de se promover sistema de crescimento progressivo de seguidores. Até aí, tudo normal, crianças costumam ser mesmo fofas e assistir a suas proezas um deleite.

A questão é que, assim que a rede se seguidores aumenta, começam a aparecer os pais. Primeiro numa fração de segundo, depois uma parte do rosto, tudo como se fosse um descuido de filmagem. E assim, na quase surdina, papai e mamãe invadem as filmagens, até chegarem ao ponto de terem suas próprias aparições, qual astros de TV ou cinema.

A credibilidade que alcançam junto ao público apenas por expor suas crianças exaustivamente na Internet, a ponto de tirar delas a esponteidade, é proporcionalmente igual aos ganhos que passa a conquistar com suas aparições.

Merchasiding, propaganda convencional, telas de empresas patrocinadores, replicadores de conteúdo.... o público dessa gente que ganha a vida aparece do gracejos dos filhos é submetido a tudo quanto é tipo de venda, explícita e implícita também.

O contingente de seguidores não exime esses casais de serem criticados pelo que fazem com as crianças desde a fase de bebês. Por colocá-las num vivel absurdo de exposição cujos efeitos ainda não são mensuráveis, pois é realmente algo novo.

Quem critica ou alerta esses pais, vale dizer, é prontamente avacalhado pelos "seguidores raiz" de tudo quanto é quadro familiar. Afinal para essa gente superficial e servil, qualquer coisa que fuja da sua opinião é fruto de recalque, amargura e inveja.

Então tá.

* jornalista paulistana que adora o interior
* Maurício Salemme Corrêa
* Fernanda Lira
*ator, escritor e vocalista de banda de rock

Delícias de cá, lá e acolá

Nem sempre a produção de receitas para uma edição do 360 consegue seguir uma linha que as interliga. Ora tentamos usar a mesma fonte, ora o mesmo produto, ora o mesmo conceito. Ora, nada disso acontece e recorremos à imaginação para alinhavar essa unidade pretendida.

Enfim, todo esse prólogo para apresentar 3 receitas que vieram de pontos e tempos diferentes.

Preparo: Flávia Manfrin

_Ingredientes da massa:

• 3 ovos

•200ml de leite

• 100ml de óleo

1 xícara de açúcar

3 colheres de cacau em pó

• 2 xícaras de farinha

• 1 colher de sopa de fermento

• 1 pitada de sal

_Ingredientes recheio:

• 1 lata de leite condensado

• 200ml de leite de coco

• 200g de coco em flocos

• 1 colher de manteiga

• 200g de nata ou creme de leite para chantily

• 2 colheres de açúcar

_Ingredientes cobertura:

• 200ml leite condensado

• 1 colher de manteiga

• 2 colheres de cacau em pó ou

• 1 cx de creme de leite

• 250g de chocolate meio amargo

• granulado

Então que seja: receitas daqui, bem brasileira, como um Bolo Prestígio que dei uma subvertida no preparo; de lá, seguindo para a Europa, com o bolo de amêndoas francês que remete à Genova, na Itália, e data do século XVII; e de longe, com um rápido, fácil e delicioso tempura de legumes, vindo do Oriente. Aproveite. Todas são deliciosas!

_Preparo do bolo: Junte os ingredientes exceto as claras dos ovos, que devem ser batidas em neve e incorporadas à massa delicadamente. Coloque em forma untada e asse em forno pré aquecido a 180º. Enquanto assa, junte os ingredientes do recheio numa panela (exceto a nata ou creme de leite) e faça um brigadeiro não muito duro. Bata o chantily e adicione ao recheio já frio. Corte o bolo ao meio e recheie de forma bem abundante. Prepare um bricadeiro mole ou uma ganache para a cobertura e polvilhe com granulado. Deixe gelar por 4horas.

Pain du Genes

_Ingredientes batatas:

• 90 g de manteiga se sal

• 150 g de farinha de amêndoas

• 150 de açúcar

• 4 ovos

• 30g de farinha de trigo

• 30g de amido de milho

• 50g de amêndoa laminada

_Preparo: Derreta a manteiga e reserve. Toste a farinha de amêndoas por 4 minutos no forno a 180º. Reserve. Unte uma fôrma redonda de uns 24 cm de diâmetro com manteiga e forre o fundo e a lateral com as lâminas de amêndoas (neste aso, sem torrar). Reserve. Em uma tigela, misture a farinha de amêndoas, o açúcar e acrescente os ovos, um a um, batendo com a batedeira após cada adição. A massa deverá crescer e ficar bem aerada.

Bata por uns 10 minutos. Desligue a batedeira, peneire a farinha com o amido e acrescente delicadamente à mistura de ovos, mexendo com o fouet. Por fim, acrescente a manteiga derretida e já fria. Despeje a massa na forma preparada e leve ao forno preaquecido a 180 °C por cerca de 35 minutos ou até que esteja dourado, crescido e que, ao espetar um palito, ele saia seco, sem massa grudada.

Tempura de Legumes

Preparo:

Ingredientes:

• 1 xícara de farinha de trigo ou de arroz

• 1 xícara de amido de milho

• sal a gosto

• 1/2 xicara de água gelada

• 1 pires de cenoura em tiras

• 1 pires de batata ralada

• 1 pires de abobrinha em tiras

1 pires de cebolada fatiada

• 1 colher de sobremesa de gengibre ralado ou em pó

• 1 pitada de pimenta

_Preparo: Corte os legumes e reserve (lembranco que você pode colocar outros, exceto os que soltam muita água). Numa vasilha, misture a farinha, o amido e o sal. Adicione a água gelada aos poucos, até ficar uma massa nao muito rala, mas não muito densa. Adicione então os legumes e misture bem. Frite em óleo pré aquecido em temperatura mais alta. Quando colocar uma colher da mistura no óleo quente, espalhe um pouco para ficar mais achatado, como uma bolacha. Sirva com molho de shoyo, limão e cebolinha.

fonte: @taismello fonte: https://www.facebook.com/Receitasdajapa021

Preparo: Flávia Manfrin
Bolo Prestígio Cremoso
Flávia Rocha Manfrin
fonte: @uaiigean
fotos: Flavia Rocha | 360
Flávia Manfrin

Santa Cruz do Rio Pardo chega ao 155 anos altiva, talentosa, consciente e desenvolvida

A pequena notável seria um justo codinome para Santa Cruz do Rio Pardo. A cidade que celebra 155 neste 20 de janeiro vive seu esplendor em várias vertentes, garantindo a seus habitantes uma qualidade de vida fora de série.

Com números de destaque em rankings de renda per capta e de PIB, conquistando posições diferenciadas entre municípios da região, do Estado e até mesmo do país (recentemente apareceu entre as 100 do agro nacional, por exemplo), o município que congrega menos de 50 mil moradores está mais linda e acolhedora do que nunca.

Para quem almeja viver no interior, ela se torna uma incrível opção, como mostram os aspectos a seguir:

Empregos para todos – Com cerca de 30 empresas de médio e grande portes em pleno processo de crescimento e dotadas de programas de Recursos Humanos diferenciados, que colocam a cidade no patamar dos salários mais altos da região, a cidade oferece empregos o tempo todo. De cargos executivos a vagas na produção, pessoas com e sem formação acadêmica podem trabalhar com estabilidade e ter uma vida digna e promissora, com oportunidade de desenvolvimento profissional.

Infra estrutura – Com tantas empresas bem estabelecidas e empregando centenas e até milhares de pessoas na indústria e no agronegócio, a cidade atraiu também uma ótima rede de empreendimentos que dão suporte no campo dos serviços e também do comércio. Ou seja, se você precisa recorrer a algum prestador de serviço ou comprar algo, vai achar na cidade, mesmo ela sendo pequena.

Educação – Com uma rede de ensino pública que se qualifica constantemente através de programas públicos e também com ajuda da iniciativa privada, a formação de crianças e jovens está bem garantida. Sem falar nos excelentes colégios particulares, entre os quais se destaca o Colégio Camões que funciona como cooperativa, ou seja, todo o seu lucro é investido na própria instituição.

Cultura e lazer – Com programas próprios e aproveitando também os incentivos de governos estadual e federal, a cidade tem uma agenda cultural considerável. Há também iniciativas da própria comunidade no desenvolvimento do teatro, da dança e da música. Sem contar um considerável número de autores

* Um excelente lugar para se viver, ainda mais para quem tem filhos, Santa Cruz do Rio Pardo se consagra como cidade modelo *

de livros de contos e de poesias, inclusive para o público infantil. Nas artes plásticas, Santa Cruz aparece em locais distantes, com gente sua fazendo acontecer em grandes centros urbanos.

Com um teatro mantido pelo próprio município, a cidade oferece espaços para a realização de eventos culturais de todos os tipos e conta com o apoio da iniciativa privada em eventos que a colocam no mapa cultural do país, como acontece com o Rock Rio Pardo, um festival promovido de maneira voluntário por um grupo de músicos amadores que se tornou referência nas cidades do interior e chama a atenção não apenas pela programação e produção, mas sobretudo pela qualidade do público que congrega em três dias de shows, sempre no mês de julho, com entrada beneficente, às custas de quilos de alimentos.

Nesse ambiente de fomento cultural, chama a atenção o braço cultural de uma de suas empresas, a Special Dog, que mantém há 10 anos um Centro Cultural que atende a mais de 500 pessoas, de todas as idades, com aulas de instrumentos, canto, dança, culinária, costura e cinema. Além do subsídio da empresa ao desenvolvimento cultural do município, o projeto, instalado no primeiro prédio de dois andares da cidade, devidamente restaurado, chama a atenção a qualidade do corpo técnico que leciona na institui-

ção, algo difícil de se encontrar no Brasil, inclusive nos grandes centros.

Cidadania e solidariedade– Um povo que exerce seu papel de cidadão certamente torna a realidade do lugar onde vive mais equilibrada e segura de poder lidar com todas as situações imprevistas e desafiadoras. Com entidades bem estruturadas para atender os diversos públicos que requerem apoio comunitário, como crianças, idosos, pessoas com deficiências ou condições que requerem cuidados especiais, assim como as que enveredaram para o sinuoso caminho da dependência química, a cidade resolve suas demandas através do empenho de dirigentes públicos e privados na busca de recursos, promove eventos e campanhas solidárias e tratam de suprir as necessidades da assistência social.

São muitos exemplos que comprovam o elevado envolvimento comunitário para que toda a população vivam com dignidade e apoio coletivo.

Saúde – Item fundamental para que um povo se desenvolva e progrida, o atendimento público no campo da saúde é não apenas muito bem estruturado, como operado por equipes competentes, sem contar o caráter humano do atendimento. Completa o cenário, uma quantidade considerável de profissionais que atendem a população que tem acesso a

convênios e pode pagar por consultas particulares. De clínicas médicas a centros de tratamento que contemplam atividades físicas, estéticas e terapêuticas, a cidade está apta a dar guarida à saúde da população.

Consciência ambiental – Tradicionalmente conhecida por sua eleva arborização urbana, a cidade é comprovadamente ativa na defesa do meio ambiente. Prova disso é sua liderança na defesa do rio que lhe empresta o nome, o Pardo que nasce em Pardinho e desagua no Paranapanema, em Salto Grande, que há mais de uma década tem sido alvo de defesa envolvendo uma organização não governamental, que trabalha ativamente em várias frentes de preservação, apoio de gestores públicos, incluindo legislativo, executivo e judiciário e, ainda, recebe forte apoio da população.

Adepta de boas práticas ambientais, a cidade que ostenta do selo Município Verde Azul, do Estado de São Paulo, se mantém atenta às demandas de preservação da fauna e da flora previstas na Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), cumprindo metas de sustentabilidade, como a do plantio exclusivo de espécies nativas em suas áreas públicas, a ponto de incluir este critério em sua Lei de Meio Ambiente a partir de dezembro do ano passado.

foto: Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo

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Defesa do meio ambiente, promoção cultural, ações solidárias e talento para estabelecer negócios de sucesso são alguns dos

A cidade também mantém em seu calendário anual a Corrida de Boia, fomentando uma prática esportiva e de lazer segura, acessível e de alta conexão com a natureza, onde as pessoas “descem” o rio munidas apenas de uma câmera de ar.

Clima equilibrado – Por conta de sua consciência e práticas ambientais, sua arborização e sua localização, a cidade tem um clima diferenciado. Quente, como é típico da região, mas com uma brisa fresca à noite e com uma qualidade do ar bastante satisfatória e aprazível.

Capital do arroz – Reconhecida pelo governo paulista como importante centro de beneficiamento e comércio de arroz, sendo responsável

por 25% do produto consumido em todo o Estado de São Paulo, a cidade é também um centro produtor de alimentos de alta qualidade, como recentemente destacado no Santa Cruz Alimenta, evento que reúne empresas do agronegócio, da indústria e do comércio de alimentos diversos, incluindo pet food. Com uma carteira de produtos que primam pela qualidade, o setor que congrega mais de 20 empresas de destaque em seus nichos de atuação, movimenta anualmente cerca de 10 bilhões de reais.

Comunicação – Uma das poucas cidades a contar com veículos de comunicação verdadeiramente independentes em toda a sua história, Santa Cruz tem uma considerável quantidade de publicações, impres-

sas, eletrônicas e onlines, que chamam a atenção se considerarmos seu tamanho populacional.

Vias de acesso – Também chama a atenção as vidas de acesso que contornam a cidade e levam seus moradoras a grandes centros. Todas com sistemas de pistas duplas, mais seguras, e uma rede de abastecimento e alimentação de alta qualidade, especialmente dentro dos limites do município.

Iniciativa e caráter – Em todos os campos citados, um perfil prepondera e faz de Santa Cruz um incrível lugar para se viver, sendo a razão de tantos sucessos: a honestidade de sua gente e a liberdade e coragem para exercer seu talento e sua criatividade.

aspectos admiráveis da “joia” do sudoeste paulista.*

Papai Noel existe!

Pingo foi pra Jacutinga nas férias de verão com seus amigos BCs, Jack e Menina, e com o pequeno velho Theo também. E levou uma grande notícia. "Conheci o Papai Noel, amigos!!!" Latiu alto e eufórico.

Jack e Menina se entreolharam, inteligentes que são, e replicaram: Ora Pingo, e quem não conhece? Até a gente, aqui na Jacutinga, já viu o Papai Noel, na TV e no jornal 360 também. Aliás, ele está em todo lugar. Só não sabemos como!

Pingo balançou a cabeça, abaixou o rabo, deu uma suspirada. Estendeu o corpo, empinou o rabo o mais alto possível, esticou o pescoço e latiu: Eu conheci o verdadeiro Papai Noel, amigos, o verdadeiro!!!

E como você pode dizer isso? Papai Noel é todo aquele que partilha o que tem com quem os cerca: seus amigos e parentes, muitas vezes até pessoas e crianças desconhecidas. Geralmente na forma de brinquedos e presentes pessoais" , disse Jack, como sua conhecida calma e sabedoria. Sim! É isso mesmo! Latiu, estridente, a Menina.

Pingo replicou mais uma vez: vocês estão certos, amigos, mas esse Papai Noel que conheci, não faz só isso não. Durante todo o ano, ele é um homem bom e generoso em afeto e solidariedade.

Ele é assim com sua família, seus parentes e amigos. E também com quem precisa. Está sempre ajudando tudo e todos os que necessitam. E não é só isso. Ele também é um bom patrão. E divide seus lucros com todos que trabalham pra ele o ano inteiro.

ACHE as 30 diferenças

E, muito importante: ele não se esquece também da natureza. Zela e a protege também! Sem contar que, no Natal, ele aparece pra todos, desejando que saibamos, mais do que tudo, amar. Porque não tem melhor presente do que o amor, né?

Menina e Jack se olharam. Olharam para o pequeno Theo que não parava de abanar o rabinho e também passaram a abanar os seus num zum-zum-zum forte e vigoroso. “Puxa Pingo! Que incrível! Com certeza esse é o Papai Noel de Verdade! Viva!

Então Menina, esperta que só, latiu: "Só tem uma coisa: o Papai Noel faz isso onde? Só por aqui?"

"Ora, quem disse que o Papai Noel não pode ter irmãos em todo o planeta? É só procurar quem faça tudo isso e apareça para sua gente com mensagens de amor em meio a muitos Ho, Ho, Hos!", latiu Jack.

Au, au, au! Concordou Pingo.

Respostas: 1Sorriso do sol. 2Haste do sol sobre a nuvem. 3Altura da torre. 4Porteira do silo. 5Roda do trator. 6Alface à esquerda. 7Moita perto do sol à direita. 8Madeira da cerca à esquerda. 9Rabo da ovelha. 10Bolso do macacão da mulher. 11Mão do homem. 12Espátula de jardim na mão da mulher. 13Posição do espantalho. 14Remendo da calça do espantalho. 15Chapéu do espantalho. 16Posição do touro no cercado. 17Olhos do touro. 18. Barriga do touro. 19Monte de feno. 20 Tamanho do saco de fertilizante. Maçã no pé à esquerda. 21Placa da caixa de laranjas. 22Flor vermelha do canteiro. 23Cor das penas da galinha chocando. 24Altura do ninho da galinha. 25Pintinho a menos. 26Cacho de uvas na caixa. 27Altura da nuvem. 28Cor da fumaça do trator. 29Bochechas do carneirinho. 30Cabo da enxada.

A natureza como profissão é um ótimo negócio

Todo lugar se torna mais bonito e atrativo quando nele existem plantas. Folhas das mais diversas formas, flores das mais variadas cores, troncos em diferentes formatos, tons e espessuras. Quanto mais harmonioso o convívio de diferentes espécies da natureza, mais vistoso será o ambiente, trazendo ainda os benefícios do equilíbrio entre a flora e a fauna com toda a sua riquiza de animais alados e rasteiros. Criar esses ambientes naturais, trazendo para espaços que variam de pequenos recantos a vastos parques, é tarefa do paisagista. Um profissional que alia conhecimento técnico com estética, e transforma o que poderia ser um lugar árido , num local acolhedor e inspirador. Para falar desse trabalho que está cada vez mais em evidência, conversamos com o arquiteto e paisagista Lucas Catalano.

A afinidade sempre existiu: “Eu gosto de dizer que eu sempre me senti muito conectado com a natureza, sempre tive esse apego com locais onde a gente tem esse contato direto com a vida, com o meio ambiente. Sempre esteve presente na minha vida, desde criança, brincando no quintal da vó, plantando feijãozinho com a colher, tendo aquele contato que hoje vejo que fez toda a diferença, criando uma memória afetiva que eu levo com muito carinho.”

A escolha da formação acadêmica: “Eu me formei arquiteto e urbanista em 2019, na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru. Durante a faculdade, não tive muito aprofundamento em paisagismo. Tinha ótimos professores, mas nenhum que era paisagista ou que puxava mais a matéria e a entrega de disciplinas focado para essa área. Então, durante a faculdade eu não pensava em trabalhar com isso. Eu sempre fui apaixonado pela arquitetura, sobre a maneira com que está conectada com a vida dos seres humanos, seja para trans-

formar a casa, o lar das pessoas ou o ambiente de trabalho. Eu acho que a arquitetura é uma ciência muito completa e muito complexa, sempre fui muito interessado por isso.”

Com o diploma e muitas dúvidas: “Normalmente, quando a gente sai da faculdade, ainda tá meio perdido, não sabe exatamente o que quer fazer da vida. A gente se vê ali com o diploma na mão, formado, mas muitas vezes o estágio já acabou, às vezes está desempregado e volta pra cidade natal sem ter realmente um norte, um objetivo pra seguir. E comigo não foi diferente. Logo que finalizei os estudos, veio a pandemia e me mudei pra Londrina, onde passei mais de dois anos trabalhando com vendas, o que foi muito importante para a minha formação profissional e para aprender a lidar com clientes, saber escutar, saber falar, aprender a ler o ser humano e suas vontades.”

Foco na profissão: Decidi fechar o meu negócio e viver do que eu estudei, do que aprendi na faculdade. Só não sabia exatamente onde ia encaixar aquilo. Nunca fui de trabalhar com construção, com obra, com muita gente junto. Sempre fui uma pessoa que gostava de enxergar as coisas de uma maneira mais aérea, de uma maneira mais de fora. Então, no final de 2022, fui fazer um curso com foco em paisagismo avançado e saí do curso transformado. Senti todo aquele clichê, né, que a gente fala, ‘nossa, me encontrei na vida, é realmente isso que eu quero’. Foi a primeira faísca para acender toda essa vontade de querer aprender mais sobre plantas, sobre esse universo de você transformar a paisagem, trazer esse

* Vegetação 100% nativa em área de descanso de residência *

* Lucas Catalano na sede da NAJI Paisagismo *

bem-estar, essa qualidade de vida, essa estética, tudo que o paisagismo agrega para a vida das pessoas, para dentro da casa, para dentro do trabalho, para dentro de empresas e, principalmente, para as cidades, porque, como urbanista, sempre gostei de participar de projetos onde via realmente o dia-a-dia das pessoas sendo afetado pela arquitetura ou pela paisagem.”

Aplicação do conhecimento: “Durante a faculdade, meu maior interesse eram os laboratórios de projeto, quando a gente fazia praças, parques, locais onde se tinha um contato maior com a cidade em si, com o entorno, com o estudo da região. Com o paisagismo consegui uma ligação perfeita a tudo isso que eu aprendi. Então, hoje em dia, depois de ter idealizado a Naji Paisagismo, nós fazemos projetos de todos os tipos, para todos os públicos. Sejam projetos comerciais, residenciais, urbanos, rurais, de campo, tudo que realmente está ligado a essa ideia de transformar a paisagem de uma maneira técnica, porém que tenha uma função adequada e que atenda a todos os públicos.”

Teoria e prática: “Em 2022, comecei a estudar para me especializar em paisagismo. Fiz cursos de paisagismo para projetos avançados, para

grandes áreas, para manutenção, jardinagem, iluminação, em nutrição das plantas, essa questão mais agronômica dessa ciência, que é muito ampla, e, sendo arquiteto, acho que posso trazer sempre uma questão mais de composição das espécies, do manejo correto das áreas e dos espaços, das dimensões que a gente tem para trabalhar que nem sempre são grandes áreas, às vezes temos jardins de inverno ou jardins que nem foram planejados no projeto para acontecer, mas o cliente quer fazer alguma coisa ali. Então eu acho que a formação em arquitetura me ajudou muito a ter essa facilidade de entender o local de trabalho, entender o lar das pessoas fazer esse estudo de cores, esse estudo de compor os ambientes.

Para trabalhar de uma maneira uniforme e bacana é necessário um certo conhecimento de plantas e para isso não faltou leitura e muitos livros. Temos muitos paisagistas renomados e grandes pesquisadores das plantas, da biodiversidade, sejam eles agrônomos, biólogos, engenheiros florestais até mesmo arquitetos que contribuem muito para esse material didático e de pesquisa.

Com os cursos, absorvi muito conhecimento teórico e a gente sabe que para empreender tem que por a cara tapa, se mostrar disposto.

fotos: acervo

Por ter gostado de tudo isso, eu precisava de alguma maneira colocar todo esse conhecimento em prática e foi assim que surgiu a ideia de criar uma empresa. No começo era sozinho, a empresa de um homem só. Comecei a fazer jardins na casa dos parentes, dos pais, dos amigos mais próximos, para levar aquele conhecimento dos livros e dos cursos para a vida real e para ver se eu ia me adaptar a tudo isso.”

Fonte de realização: “Surpreendentemente, de uma maneira muito rápida, eu me adaptei a essa vida mais prática e a esse serviço que até então era puramente braçal, se tratando apenas de uma pessoa fazendo um serviço. As coisas começaram a acontecer de um jeito muito automático e natural. Aos poucos eu estava com mais um, depois mais dois, hoje em dia somos uma equipe enxuta, porém muito dedicada e a gente consegue entregar uma qualidade bacana, justamente por ter esse espírito de todo mundo que trabalha junto e é interessado naquele serviço.”

De volta para casa: “Quando a empresa surgiu eu estava dentro de casa, tinha voltado para minha cidade por causa da pandemia. Acho que isso foi a maior jogada para que a Naji Paisagismo acontecesse e a gente conseguisse ter um crescimento rápido e uma aceitação muito boa. Devido à facilidade de comunicação, tendo pessoas conhecidas e por ser uma área que não era muito explorada na cidade. Então a gente tinha uma pessoa muito interessada em fazer aquilo acontecer com um mercado que até então era bem fechado.”

* Saber cuidar das plantas é parte do trabalho do paisagista que prima pelo desenvolvimento de seus projetos. Na foto, muitas espécies nativas incorporadas ao jardim, inclusive a forração. Ao fundo, Ipê que decora a rua, a árvore símbolo do Brasil. Abaixo, mais nativas, inseridas no jardim da casa da mãe de Lucas * fotos: acervo

Tomando forma: “Fiz os cursos, fui contratando pessoas e depois de um ano com a empresa aberta, tudo rodando certinho, vi que era hora de ampliar e trazer esse lado arquite-tônico, técnico, com nível executivo, projetos 3D, que era aquele último link que faltava entre o Lucas paisa-gista e o Lucas que se formou um arquiteto urbanista. Assim que a gente criou o escritório, e isso foi muito bom, favoreceu ainda mais o crescimento da empresa, a captação de clientes, o atendimento de uma maneira profissional.”

A Naji Paisagismo: Hoje temos duas frentes de trabalho: captando clien-tes, fazendo os projetos, elaborando toda a parte técnica e mais científica ali dentro do escritório e a execução dos projetos, com a equi-pe de ação, com a equipe de rua, tirando as ideias do papel e levando o paisagismo para esse contato direto com todo mundo.”

Aprendizado constante: “Temos um pouco mais de dois anos da empresa rodando, praticamente um ano do escritório aberto, e já fizemos dezenas de projetos e de execuções. Eu costumo dizer que cada situação é peculiar, é única e os aprendizados nunca deixam de aparecer, eles não param de vir, mesmo fazendo cursos, lendo e tudo mais. A cada projeto eu sinto que eu aprendo uma coisa nova, aprendo com os clientes e isso é o mais interessante de viver realmente a empresa a todo momento e em diversos setores.

Atendimento regional: “Atuamos principalmente em Santa Cruz e na nossa região, chegando a Bauru, Marília, Ourinhos, Piraju, Chavantes e Ipaussu. Agora começamos a ter procura da região do Paraná. Fazemos sempre uma visita técnica para extrair o máximo de informação possível.

Empatia com o cliente: Eu costumo sempre tentar me enxergar dentro da vida da pessoa. Se a pessoa tem filhos, se tem animais, o que faz para viver, como é o seu trabalho, se fica muito tempo dentro de casa ou chega todo dia cansada e quer relaxar. Se costuma ter um lazer,

fazer churrasco, se usa muito a casa, o quintal.... Tudo isso é crucial na elaboração do projeto. É o que traz toda essa conexão entre o projeto e o cliente. Gosto de fazer os clientes participarem também. A grande maioria das pessoas não tem conhecimento de espécies, de árvores, de plantas nativas, do que é certo e do que é errado. Às vezes a pessoa só quer colocar uma plantinha ali ou um verde e você que vai fazer todo o trabalho, mas mesmo que em pequenos detalhes, eu sempre gosto de trazer o cliente para dentro da nossa execução, da nossa apresentação e das nossas ideias.”

Opções para gostos e espaços: “O paisagismo é um universo gigante, tem diversos estilos e formas de trabalhar as plantas. Temos jardins verticais pra onde você não tem um espaço, não tem um solo drenado. Tem um paisagismo para pequenos espaços, varandas, pra quem mora em apartamento e não consegue ter uma árvore dentro de casa. Você tem o paisagismo tropical, paisagismo no estilo japonês, californiano ou desértico, um jardim mais árido. Então a gente consegue explorar as opções de acordo com a arquitetura do local, com a vida das pessoas, o ambiente em questão. É assim que a gente escolhe como vai ser trabalhado cada projeto. E levamos essas ideias para o cliente de uma maneira humana. Eu costumo falar: ‘você tem que ter uma função, não adianta você só querer fazer alguma coisa porque você teve vontade, tem coisa que não vai encaixar em um lugar, mas no outro vai ser muito bem-vindo’. Então acho que essa funcionalidade é o que é mais importante num projeto.”

Diversidade e descobertas: “É importante tentar contemplar um pouco de tudo nos projetos. Afinal de contas, o paisagismo é uma arte multidisciplinar. Temos que explorar todos os sentidos. O tato, através das texturas, o olfato

através de aromas das plantas e flores. A visão ,de uma maneira óbvia, enchendo os olhos de quem vê. A audição através das folhas se movimentando, do barulho dos pássaros, que são atraídos pelas flores, pelas frutas. E por último, você tem o paladar. Onde você pode trazer um alimento para dentro da sua casa, para servir na sua mesa. Inclusive as pancs (plantas alimentícias não convencionais), que estão muito em alta. A gente consegue colocar flores, colocar sabores, numa sobremesa, numa mesa de almoço, de jantar, através do seu próprio jardim. Plantas medicinais, plantas terapêuticas. Enfim, é um universo infinito de possibilidades. É só atentar para os detalhes e cada dia tentar absorver um pouquinho de cada coisa para inserir nos projetos. Ninguém nunca vai saber tudo. Mas com pessoas dispostas e com uma vontade de fazer acontecer, acho que não só no paisagismo, não só na minha empresa, mas em qualquer local de trabalho ou com qualquer pessoa, tudo se torna possível.”

Uso de espécies nativas está em voga e veio pra ficar

No século em que já se sabe da importância de se pensar nasustentbilidade do planeta, o uso de plantas nativas em um projeto de paisagismo se tornou não apenas sinal de consciência ambiental e conexão com os novos tempos e demandas mundiais. Um jardim de plantas nativas também se tornou algo moderno, descolado. Uma opção que une o útil, da cidadania ambiental, ao agradável, da beleza exuberante flora brasileira, admirada em todo o planeta.

Imagem de marca: “Numa época em que temos todo esse discurso de sustentabilidade, muitas empresas querem realmente bater as metas e viver um pouco disso tudo, desse mundo verde, dessa qualidade de vida, desse bem-estar. A gente presta consultoria para empresas, o que eu acho muito bacana, porque a gente consegue ver o nosso trabalho afetando as pessoas de uma maneira indireta, e quando a gente está ali dentro, fazendo o nosso serviço, tentando levar um conhecimento diferente, vemos que o futuro é esse. O paisagismo é uma profissão do futuro e fico muito feliz em ver que não é só a gente que pensa assim.

Biodiversidade brasileira: “Vivemos no Brasil, que é o país com maior biodiversidade do planeta, e não teria como não trazer isso para dentro da empresa. Não só nos ideais de preservação, de valorizar todos esses elementos que a gente tem à disposição no nosso país, mas de inserir essas ideias na vida dos clientes, através de plantas nativas, do respeito pela flora brasileira e, novamente, fazendo um link com aquela questão de urbanismo, trazendo isso pouco a pouco para as prefeituras, para a questão de arborização urbana. Conscientizando não só os administradores, os secretários, mas também a população, que sente

tudo isso na pele, literalmente. A gente vive uma época de calor extremo, muitos períodos de seca, e eu acho que sendo a profissão do futuro, e tendo um impacto direto e extremamente positivo na vida das pessoas, o paisagismo bem executado para a arborização urbana, para as vias, para a questão de plantio de árvores em calçadas, e tudo que afeta realmente a vida do dia a dia da população, é muito bem vindo, e a gente tenta cada vez mais inserir isso nos nossos trabalhos.

Na devida proporção: Eu não gosto de ser radical. Acho que o radicalismo, em qualquer ciência, em qualquer área, ele é perigoso, ele não é errado, ele não é certo, mas ele é perigoso, portanto costumo inserir 80% ou mais de espécies nativas em todos os meus projetos. Alguns projetos são só com espécies nativas, porém quando a gente tem um certo conhecimento para trabalhar com espécies exóticas

* Bromélia odorata, exuberante, retém água para pássaros. Abaixo à direita, triális e suas lindas flores amarelas. Espécies nativas da flora brasileira que a Naji Paisagismo utiliza em seus projetos *

você consegue fazer isso acontecer de uma maneira saudável. Se você colocar uma planta exótica dentro de um vaso, dentro da sua casa, dentro de um shopping, dentro de uma empresa, dentro de algum local que não vai se proliferar pela natureza, controlando os ambientes e fazendo as escolhas corretas, é possível ter um paisagismo harmonioso entre exóticas e nativas, porém para tudo isso você precisa ter um certo conhecimento.É preciso ter consciência para não afetar o meio ambiente

Consciência ambiental: Falando especificamente das espécies nativas, que é um tema cada vez mais abordado no governo, nas instituições, como um todo, a gente vê aí muita queimada, muitas florestas sendo dizimadas através de desmatamento ilegal e a gente tem que pensar o que a gente vai deixar para as futuras gerações.

Espécies Nativas em alta: Sobre as plantas nativas serem uma tendência, eu acho que elas são obrigação. É obrigatório a gente ter plantas nativas em todas as cidades do Brasil. Elas se adaptam melhor ao nosso clima, são vigorosas, vão cumprir um papel acústico, térmico e cultural na nossa sociedade, então eu quero que

seja cada vez mais tendência, mas eu não queria que fosse necessário a gente falar sobre isso, isso tinha que ser automático, incorporado já no pensamento de todo mundo, principalmente dos órgãos públicos e de quem faz a gestão de nossas cidades.

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