O ouro, a igreja e os escravos - Museu histórico em Silvânia - GO | Gessyka Peixoto | UniEvangélica

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TC 89 cadernos de

Cultura e História O ouro, a igreja e os escravos

Museu Histórico em Silvânia - GO


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2021-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amelia de Paula Moura, M. arq. Expressão Gráfica Anderson Ferreira da Silva, Dr. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Secretária do Curso Simone da Silva Costa Alves (62)3310-6001


Apresentação Este volume faz parte da coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2021/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.

A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.

Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq.



A cidade de Silvânia, antiga Bonfim, nasceu no ciclo do ouro no período colonial e ainda hoje preserva aspectos da história e da tradição, já com de mais de 200 anos de idade. A presença dos religiosos Salesianos, ginásio Anchieta e Instituto Auxiliadora fez da cidade um polo educacional no Estado em meados do século XX. Seu marco fundamental é a Igreja do Bonfim, ainda hoje uma referência da “fundação de um arraial pelo ouro, da construção de uma igreja pela fé” (Carol Ribeiro). A partir da Igreja, como elemento construído de destaque no ambiente urbano, o projeto propõe um Museu que possa abrigar a história da cidade em todos os seus aspectos, não só do surgimento com a descoberta do ouro, da cultura e da fé trazida pelos religiosos, mas também dos escravos cujo trabalho ajudou a edificar cada espaço que hoje se pretende preservar.

Tema da minha vida, tentando terminar o tcc

Gessyka Peixoto Silva

Orientador: Manoel Balbino de Carvalho Email: gessyka.2012@hotmail.com


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SILVÂNIA - GO “A cidade não é apenas um espaço físico mas uma foija de relações. É o centro de um tempo onde se fabricam e refabricam as identidades próprias.” (MIA COUTO)

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De Bonfim a Silvânia

[f.1] Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Foto: Arolldo Costa [f.2] Silvânia retratada por Joaquim Nogueira em 1985. [f.3] Praça do Rosário, jardim público, década de 1930.

Silvânia teve início por volta do ano de 1774, com a descoberta de ouro na região. Isso atraiu aventureiros de diversas regiões, os quais trouxeram consigo uma imagem de Nosso Senhor do Bonfim, o qual deu nome ao arraial que ali surgira. Somente no ano de 1833 O arraial recebeu o título de vila. A vila obteve o foro de cidade em 5 de outubro de 1857. O nome Bonfim foi alterado para Silvânia em 1943 em homenagem a família Silva que ocupava cargos de grande prestígio na cidade.

Lugar rico em tradições, hoje possui ainda vários edifícios com estilo arquitetônico colonial. Na zona histórica da cidade, onde se fixaram os primeiros exploradores, as ruas são pavimentadas com paralelepípedos e é a região mais tranquila da cidade. Silvânia é a típica cidade de interior onde todo mundo conhece todo mundo, é o lugar em que ao andar pelas ruas a tardezinha, vai ver um senhor sentado em uma cadeira na calçada em frente a sua casa, um lugar de pessoas hospitaleiras e apaixonadas pela sua cidade.

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Em Silvânia existem diversas tradições que mantém viva a cultura do lugar, temos as cavalgadas e desfiles que acontecem todos os anos com participação de toda a população, inclusive das escolas. O carnaval de rua arrasta toda a população, pessoas de todas as idades, a feira de domingo que reúne diversas pessoas sendo até mesmo ponto de referência dentro da cidade e o natal, quando várias casas e ruas são enfeitadas e todos fazem questão de visitar e tirar fotos, nesa época temos a “casa do Papai Noel” que encanta a todos com seus detalhes. Além disso, os pontos turísticos da cidade revelam sua beleza, temos o Cristo Redentor na entrada da cidade, a Estação de trem Caturama, as casas coloniais, as igrejas tombadas, a Praça do Rosário e as crateras que foram resultado da exploração de ouro no início de sua história, originando lendas a respeito daquela época.

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[f.4] Antiga estação ferroviária reformada. Foto: W. Azevedo. [f.5] Feira que acontece aos domingos. Foto: Jonathan da Silva. [f.6] Desfile Cívico na Praça do Rosário (1970). Acervo: Ginásio Anchieta. [f.7] Casa histórica decorada no natal. Foto: Jennyfer Tomaz. [f.8] Cavalgada da 30° Exposição Agropecuária de Silvânia. Foto: Larissa Melo.

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PATRIMÔNIO “No entanto, nós silvanienses, não estamos sabendo cuidar e preservar esta herança cultural tão significativa para os dias atuais e para as próximas gerações.” (CIDA SANCHES; 2012)

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História e tradição

[f.9] Igreja Nosso Senhor do Bonfim, vista da Praça do Bonfim. [f.10] Casas históricas no estilo colonial. Foto: Acervo pessoal. [f.11] Casa histórica no estilo colonial que está hoje sob risco de desabamento. Foto: Acervo pessoal. [f.12] Casa histórica no estilo colonial. Foto: Acervo pessoal.

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Em Silvânia podemos encontrar ainda hoje, vários exemplares da arquitetura colonial, são casas que se localizam na parte mais antiga da cidade. Algumas dessas casas foram reformadas pelos proprietários, mas várias delas se encontram em estado de abandono, algumas correndo até mesmo risco de desabamento. Existe um certo descaso por porte do poder público municipal, não existe nenhuma política de preservação voltada para essas casas históricas. Silvânia é fortemente ligada a cultura e a história, porém a parte antiga onde a cidade surgiu e que possui construções de tanto valor, tem sido deixada de lado, por ser uma zona que tem uso residencial em sua maioria e é também uma região com pouco fluxo de pessoas. É necessário resgatar o cuidado com essas edificações, pois uma vez perdidas não haverá como recuperar. Existem duas igrejas em estilo colonial em Silvânia, ambas são tombadas e possuem grande importância para a memória local.

A Igreja de São Sebastião, construída por escravos em 1870, foi tombada como patrimônio histórico e artístico municipal em 2001, pela Lei nº 1.294, e, em 2012, pelo Estado, por meio do Decreto nº 7.544. A Igreja Nosso Senhor do Bonfim, foi construída por volta do ano 1774 e tornou-se uma espécie de marco da fundação da cidade. O imóvel foi tombado pelo Estado de Goiás em 1980, pela Lei Estadual nº 8.915 e, em 2001, pelo município, através da Lei nº 1.294. Foi construída no sistema de gaiolas e possui altares em estilo neoclássico. Até 1846, eram feitos sepultamentos dentro da igreja, após essa data, devido à interdição da vigilância sanitária da época, por causa da ocorrência de pestes, a igreja adquiriu um terreno para o cemitério. Uma das histórias mais curiosas é que sob as paredes de adobe e pau-a-pique do prédio restaria o maior e mais rico veio de ouro, esquecido em volta de diversas outras lavras exauridas e abandonadas na época da mineração.

[f.13] Igreja São Sebastião, restaurada em 2017. Foto: ASCOM.Preifeitura de Silvânia.

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[f.14] Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Foto: Valdir J unior Vitor. [f.15] Interior da Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Foto: O Popular.

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MUSEU “As cidades têm que ter ícones. Bibliote cas, hospitais, museus. Dentro de 100 anos, as pessoas os verão e dirão: “O que é isso?”. E pensarão: É arte.” - Frank Gehry

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Porque um museu?

[f.16] Exposição MASP. Foto: Eduardo Ortega. [f.17] Museu de antiguidades nacionais de Berlim. [f.18] Museu de Versailles. [f.19] Museu Van Gogh. Foto: Rolnald Tilleman. [f.20] Louvre disponivel em httpswww.parciparla. com.brmuseu-do-louvre. [f.21] Templo das musas, Grécia antiga. [f.22] Exposição nas escadarias da Acrópole, em Atenas, séc. V a.c. [f.23] Gabinete de curiosidades, Europa antiga. [f.24] Museu Ashmoleam, Universidade de Oxford.

Há décadas nossa sociedade desempenha transformações culturais, sociais e tecnológicas. Preservar a história e o patrimônio sempre foram um desafio, talvez por falta de informação ou talvez pelo descaso com o passado e as tradições por parte de uma parcela da sociedade. Nesse contexto, os museus exercem um significado extremamente relevante. O museu nos possibilitam de várias formas não somente preservar objetos históricos, objetos de valor cultural, bens materiais e imateriais que representam um povo, uma

cultura, um lugar, um período de tempo, etc, mas também nos permite obter através dos mesmos, conhecimento e aprendizado. É um local de contemplação e reflexão que nos permite adentrar no desconhecido, os museus são importantes instrumentos de preservação da memória cultural de um povo, pois não podemos deixar a memória de perder, se trata de identidade, de cultura, de conhecimento, de valorização dos nossos costumes.

O significado original da palavra “MUSEU” vem do grego mouseion: “templo ou morada das musas, ou seja, um local de inspiração divina e de onde provinha a criativade dos artistas e intelectuais”. Segundo o ICOM ( Conselho Internacional de Museus): “O museu é uma instituição permanete, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, pesquisa, comunica e expoe o patrimônio material e imaterial da humanidade e de seu meio ambiente, con fins de educação, estudo e lazer.” O museu não só conserva e mantém viva a memória como também é instrumento de conhecimento para o público, o museu histórico de Silvânia vem resgatar as origens e ensinar para as gerações futuras a importância de se conhecer a história e valorizá-la. Desde o início os museus têm desempenhado um papel muito importante na preservação da história, divulgando conhecimento.

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[f.25] Museu Britânico, em Londres. [f.26] Museu do Louvre, em Paris. [f.27] The Museum of Modern Art, MoMA, em Nova York. [f.28] Museu Picasso, em Barcelona. [f.29] Academia imperial de belas artes, no Rio de Janeiro. [f.30] Museu Nacional de Belas Artes. [f.31] Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP. [f.32] Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM/SP. [f.33] Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM/RJ.

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Cronologia

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LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que [f.27] incluem gráficos, Século XX, imagens, surgem novas fotografias, especializações. Por e exemplo, mapas, diagramas etc. dedicados a arte museus

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Na Grécia Antiga o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia.

Entre os séculos XVI e XVII, se formaram na Europa inúmeros gabinetes de curiosidades, coleções de peças das mais variadas naturezas e procedências.

1683 - Na Inglaterra, surge o primeiro museu moderno com objetivo de educar o público, o Museu Ashmolean, criado pela Universidade de Oxford.

Em Atenas se tornou afamada a coleção de pinturas que era exposta nas escadarias da Acrópole no século V a.C.

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1759 - Museu Britânico, em Londres.

moderna e a arte contempoPara tabelas. rânea[f.2] (por exemplo, The Museum of Modern Art, MoMA, em Nova York).

1793 - Museu do Louvre, em Paris.

Além disso, museus organizados em torno de um artista se sucedem. 1963 - Museu Picasso em Barcelona.

[f.26] [f.22]

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Brasil [f.31]

1947 - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Funciona no centro da cidade até 1968, quando é transferido para a Avenida Paulista, projetado por Lina Bo Bardi.

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A história da criação de museus no Brasil remonta à fundação da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1826.

Na República, é criado o Museu Nacional de Bela Artes. O edifício é construído entre 1906 e 1908 para abrigar a Escola Nacional de Belas Artes.

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1948 - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).

1948 - Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).

[f.32] [f.30] MuseuNome Histórico Silvânia - GO do em Trabalho

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LUGAR “Arquitetura deve falar do seu tempo e lugar, porém anseia por intemporalidade” Frank Gehry

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Localização do terreno

[f.34] Igreja Nosso Senhor do Bonfim, vista da Praça do Bonfim. Foto: Acervo pessoal.

ANÁPOLIS

NERÓPOLIS

MARINÁPOLIS GOIANÁPOLIS

BONFINÓPOLIS

GOIÂNIA

SENADOR CANEDO

LEOPOLDO DE BULHÕES

SILVÂNIA

APARECIDA DE GOIÂNIA

SILVÂNIA

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Localizada na “Região da Estrada de Ferro”, Silvânia fica a 69 Km de Anápolis e 83 Km de Goiânia. Com cerca de aproximadamente 20.106 habitantes e 246 anos de idade, Silvânia é um importante polo comercial e educacional da Região da Estrada de Ferro. Sua principal atividade econômica hoje em dia gira em torno da agricultura, agropecuária e produção de tijolos, mas Silvânia é mais do que isso, Silvânia é história, cultura e tradição, por isso sua parte histórica merece um cuidado especial. A área de intervenção do projeto fica localizada na parte mais antiga da cidade, onde ela começou na época da mineração. Essa região de Silvânia ainda possui várias casas do período colonial, porém, possui um fluxo muito pequeno, além dos moradores e dos fieis que frequentam a Igreja Nosso Senhor do Bonfim, o fluxo deste local é praticamente de passagem somente.

Área de intervenção

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O terreno escolhido para implantar o projeto fica ao lado da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, primeira igreja construída na cidade e que possui estilo colonial, hoje ela é tombada e ainda são realizadas missas e casamentos, em frente a igreja existe uma praça, a Praça do Bonfim também fará parte da intervenção pensando em promover uso pois ela é pouco frequentada.

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A cidade de Silvânia, antiga Bonfim, nasceu no ciclo do ouro no período colonial e ainda hoje preserva aspectos da história e da tradição, já com de mais de 200 anos de idade. A presença dos religiosos Salesianos, ginásio Anchieta e Instituto Auxiliadora fez da cidade um polo educacional no Estado em meados do século XX. Seu marco fundamental é a Igreja do Bonfim, ainda hoje uma referência da “fundação de um arraial pelo ouro, da construção de uma igreja pela fé” (Carol Ribeiro). A partir da Igreja, como elemento Terreno, Praça, Igreja construído de destaque no ambiente urbano, o projeto propõe um Museu que possa abrigar a história da cidade em todos os seus aspectos, não só do surgimento com a descoberta do ouro, da cultura e da fé trazida pelos religiosos, mas também dos escravos cujo trabalho ajudou a edificar cada espaço que hoje se pretende preservar. Museu Histórico em Silvânia - GO

A intenção de trazer novos usos para este local e atrair usuários se dá pela importância de preservar o patrimônio da cidade, tanto arquitetônico, trazendo a valorização das construções coloniais, quanto cultural, resgatando a história, assim é possível valorizar e preservar a memória. É uma forma também de resgatar uma parte da cidade que quase não tem fluxo.

[f.35] Praça do Bonfim. Foto: Acervo pessoal. [f.36] Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Foto: pessoal. [f.37] Terreno de intervenção. Foto: Acervo pessoal.

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Tema da minha vida, tentando terminar o tcc

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[f.37] Email: gessyka.2012@hotmail.com

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Uso do solo

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Terreno

Comércio

Residencial

Subutilizados

Casas históricas (colonial)

Uso misto

Serviços

Religioso

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O entorno é composto em sua maioria por residências unifamiliares e apenas um pavimento, existem ainda residências históricas no estilo colonial que estão ali desde o início da cidade. Existe o comércio local: mercados pequenos, padarias, bares, postos de gasolina, posto de saúde e banco. A prefeitura de Silvânia também fica próxima ao local do terreno. Mesmo que encontremos alguns outros usos além do uso residencial, o entorno do terreno possui um fluxo mínimo de pessoas, sendo um bairro parado. Existe um fluxo maior de passagem do que de permanência.

[f.38] Posto de combustível nas proximidades do terreno. Foto: Acervo pessoal. [f.39] Supermercado nas proximidades do terreno. Foto: Acervo pessoal. [f.40] Bar e lanchonete localizado em frente ao terreno. Foto: Acervo pessoal.

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[f.41] Casas populares nas proximidades do terreno. Foto: Acervo pessoal. [f.42] Casas históricas no estilo colonial. Foto: Acervo pessoal. [f.43] Casa histórica reformada nas proximidades do terreno. Foto: Acervo pessoal.

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Tipologia construída do entorno O entorno se caracteriza pela arquitetura residencial unifamiliar de um pavimento. É basicamente o tipo de construção que constitui a paisagem urbana deste bairro. Residências coloniais que são as construções mais antigas, e a arquitetura que vemos hoje em dia nas casas convencionais, a maioria possui muros altos e algumas não possuem muros.

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Sistema Viário e Vegetação

O sistema viário do entorno é composto por vias locais de trânsito lento e não possuem semáforos e nenhuma sinalização. O fluxo de veículos é bem menor nas ruas que limitam o terreno. A vegetação está presente nas áreas vazias, existem algumas áreas não edificadas nas quadras do entorno, também há vegetação na praça que fica em frente ao terreno, são árvores de diferentes tamanhos, a maioria de porte médio. A massa vegetativa maior fica atrás da Igreja do Bonfim, existe uma mata nesse local que é onde começou a extração de ouro no início da cidade. Nessa área que fica atrás da igreja temos o Canal do Poço da Prata, que leva esse nome por causa da mineração que era feita nesse local na época do surgimento da cidade de Silvânia.

[f.44] Rua da prefeitura de Silvânia, pavimentada com paralelepípedos. Foto: Acervo pessoal. [f.45] Rua entre a Igreja Nosso Senhor do Bonfim e a praça do Bonfim, com vista para o terreno. Foto: Acervo pessoal. [f.46] Uma das ruas que rodeiam a Praça do Bonfim. Fotio: Acervo pessoal. [f.47] Praça do Bonfim. Foto: Acervo pessoal.

Vias locais Vias coletoras Terreno Canal do Poço da Prata Vegetação 0 15 30 45

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Topografia

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A topografia do terreno é pouco aciden tada e possui um desnível pequeno. Dentro do terreno há um desnível de aproximadamente um metro e meio.

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Diagnóstico PROBLEMAS *Falta de fluxo no entorno. *Apenas um tipo de uso predominante na maior parte do entorno. *Falta de lazer. *História e cultura desvalorizados pelos próprios moradores. *Falta de iluminação e sinalização adequadas nas ruas do entorno. *Casas históricas deterioradas por causa do descaso das autoridades e dos proprietários.

POTENCIALIDADES *Terreno localizado na área histórica da cidade. *Patrimônio arquitetônico Arquitetura colonial. *Igreja Nosso Senhor do Bonfim (Patrimônio). *Potencial cultural da região.

DIRETRIZES *Promover diversidade de usos, atraindo pequenos comerciantes (bar, lanchonete, etc). *Aliar o edifício à Igreja do Bonfim. *Atrair fluxo de permanência através da implantação do edifício.

*O fluxo de veículos é peque*Promover valorização do no. patrimônio artístico, cultural *A história da cidade possui e arquitetônico da cidade. grande importância, só precisa ser valorizada e transmi- *Promover o lazer através das tida. atividades propostas pelo programa de necessidades. *Promover melhora na infraestrutura urbana através da valorização da área.

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Conceito / Partido “A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz.”Le Corbusier

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Três marcos na história [f.48] Rua entre a Igreja Nosso Senhor do Bonfim e a praça do Bonfim, com vista para o terreno. Foto: Acervo pessoal. [f.49] Representação dos escravos na época do Brasil colônia. [f.50] Representação dos escravos na época do Brasil colônia. [f.51] Fachada frontal da Igreja Nosso Senhor do Bonfim. [f.52] Igreja Nosso Senhor do Bonfim vista da praça do Bonfim. [f.53] Reprodução "Ciclo do Ouro", quadro de Rodolfo Amoedo, no Museu Paulista. [f.54] “Ruínas de carne”. Obra da artista plástica brasileira Adriana Varejão.

O edifício tem objetivo de valorizar a história da cidade, preservar suas origens levando os visitantes através do tempo. Visto isso foi pensado em três pontos principais de destaque para criar um percurso dentro do edifício que resgate a memória do nascimento de Silvânia. O primeiro ponto a ser abordado será o ouro, devido a sua importância no início da cidade, por volta de 1774 os primeiros mineradores chegaram em busca de ouro e se estabeleceram criando um povoado chamado Bonfim e anos após se tornou Silvânia, o ouro foi o início de tudo e por isso será o primeiro marco mostrado para os visitantes. O segundo ponto principal do percurso será a arquitetura colonial, as igrejas do período colonial possuem grande importância não só em Goiás mas também em outros estados como Bahia e Minas Gerais com as igrejas barrocas ornamentadas e chamativas, no Nordeste e Rio de Janeiro temos a presença dos azulejos portugueses. Dando foco especial para a Igreja Nosso Senhor do Bonfim, primeira construção da cidade que foi levantada para abrigar a imagem do santo de mesmo nome que os primeiros habitantes trouxeram, hoje é tombada pelo estado e pelo município. O terceiro ponto trará a memória dosescravos que trabalharam na mineração do ouro e na construção de edifícios importantes como a própria Igreja Nosso Senhor do Bonfim, foram fundamentais para a contrução do Brasil colônia e não tiveram nenhum retorno além de dor e sofrimento. A artista plástica brasileira Adriana Varejão faz uma crítica ao período da colonização brasileira, em sua obra “Ruínas de carne”, em meio aos azulejos ela retrata imagens de uma verdadeira carnificina, nos fazendo refletir sobre como nossa história e

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sociedade foram construídas em cima do sofrimento de muitos. “É um processo de descolonização da história” diz Varejão. Em suas palavras: “Essa é a violência da nossa história”.

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Processo

A forma foi pensada para criar um percurso para contar uma história, a história de Silvânia, em um percurso cheio de surpresas para os visitantes, os blocos que formam o edifício variam em largura, comprimento e altura, entre os blocos existem vazios de meio metro que serão feitos em vidro para iluminação natural e também para que o observador quando olhar do lado de fora pareça que são espaços vazios entre os volumes, dando ideia de leveza. Existem três blocos que se destacam pela cor, o primeiro em amarelo quase dourado, irá abrigar a exposição sobre a mineração O bloco em azul dará destaque para aIgreja do Bonfim, é azul para dialogar com os detalhes em azul na fachada da igreja e é o único volume que possui uma inclinação, ficando direcionado para a frente da igreja, terá uma grande parede de vidro para que as pessoas possam contemplar a igreja de dentro do museu para fora. O bloco cinza fala dos escravos do período colonial que sofreram nas mãos dos brancos e por isso é escuro, para representar o sofrimento que viveram.

Programa

Recepção Sala de projeção Banheiros Salão do ouro Salas de exposição Salão colonial Salão da escravatura Administração

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O projeto “Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção.” - Oscar Niemeyer

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Implantação O projeto foi implantado na parte histórica da cidade, a primeira parte que foi ocupada pelos primeiros moradores, onde fica localizada a Igreja Nosso Senhor do Bonfim. É uma área com pouco uso, e a intenção é de que o projeto possa trazer de volta para essa parte da cidade um fluxo maior de pessoas e valorizar a Igreja Nosso Senhor do Bonfim além das construções coloniais que ainda existem e que hoje são poucas, resultado dessa falta de valorização ao patrimônio da cidade. O projeto engloba o terreno ao lado da igreja e também a praça que fica na frente da igreja. A ideia é fazer com que os três elementos museu, praça e igreja, se unam em um todo integrando o espaço e trazendo uso e vida para o local novamente, além da valorização da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, que é patrimônio histórico e arquitetônico da cidade.

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Os dois caminhos principais foram traçados desde a entrada do museu e da porta da igreja, fazendo uma ligação entre os dois edifícios e formando uma cruz no chão da praça quando vista de cima, representando assim também a religiosidade presente desde a chegada dos primeiros habitantes de Silvânia. Foi acrescentada uma lombofaixa na entrada do museu que também faz uma ligação com a praça e facilita a travessia dos visitantes priorizando os pedestres. Um amplo espaço pavimentado foi pensado na parte direita da praça, para que as pessoas que estiverem chegando na igreja, ou saindo após alguma celebração possam se reunir no local. Ainda no projeto da praça existe um playground para as crianças e um deck coberto por tendas que pode ser utilizado como espaço para descanso ou lazer.

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Térreo

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Os ambientes foram dispostos de forma a criar um percurso para contar a história de Silvânia. Existem os três pontos principais da exposição, que são o salão do ouro, o salão da arquitetura colonial e o salão da escravatura, que são ligados pelos outros espaços de exposição. A parte administrativa foi deixada separada, apesar de existir além do acesso externo pela rua lateral do museu, um outro acesso por dentro do edifício para esse bloco do edifício.

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1- Recepção 2- Sala de vídeo 3- Banheiros 4- Exposição 5- Salão do ouro 6- Salão da arquitetura colonial 7- Salão da escravatura 8- Administração 9- Lavabo 10- DML 11- Copa 12- Sala de reunião 13- Recepção administração

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Mezanino

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No bloco que abriga o Salão da arquitetura colonial existe um mezanino, que pode ser acessado por meio de escada ou pelo elevador cápsula. Essa parte da exposição é focada na Igreja Nosso Senhor do Bonfim, contando sua história e ressaltando seu valor para a cidade como patrimônio histórico, arquitetônico e cultural. A fachada frontal deste bloco é uma parede toda de vidro e quando se olha para fora é possível ver a Igreja Nosso Senhor do Bonfim, essa vista é possível tanto no mezanino quanto no térreo deste bloco do museu.

14- Mezanino (exposição e mirante)

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Cobertura

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Na cobertura do edifício serão utilizadas lajes impermeabilizadas, que serão preenchidas com vermiculita expandida. A vermiculita é um material que pode ser utilizado para as funções de isolante térmico e isolante acústico. Irá auxiliar portanto no controle da temperatura e no conforto acústico do edifício já que o museu é um espaço frequentado por muitas pessoas e costuma ter espaços mais amplos, sendo necessário esse controle para conforto acústico. Existe um rasgo na cobertura, uma abertura em fita de 50cm de largura que acompanha a parede da parte de trás do edifício, com fechamento em vidro, com função de proporcionar iluminação natural, os espaçamentos entre os blocos do edifício também fechados com vidro têm a mesma função, proporcionar iluminação natural dentro do museu. Essa abertura foi utilizada no lugar das janelas convencionais pois o acervo do museu é composto por peças antigas, sendo sensíveis a luz do sol, não é recomendado que exista exposição direta a luz solar.

Detalhe da laje impermeabilizada Pingadeira e rufo metálico Reboco

Alvenaria

Camada de regularização Manta impermeabilizante Calha Viga Enchimento com vermiculita

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Cortes

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Os reservatórios de água do museu ficam no salão do ouro que é um dos blocos com maior pé-direito do edifício. Serão dois reservatórios de 5.000 litros cada, atendento a demanda dos visitantes, limpeza e reserva técnica de incêndio.

Detalhe reservatório de água Entrada

Saída

Saída Limpeza Base de apoio em concreto

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Estrutura e materialidade

A estrutura escolhida para o edifício foi a alvenaria estrutural, por se tratar de uma estrutura que proporciona uma obra mais rápida, mais limpa e mais barata. Além disso a própria volumetria do museu favorece a aplicação desse tipo de estrutura. A alvenaria estrutural é um sistema construtivo em que as paredes da edificação fazem a função estrutural, desta forma fugindo do padrão convencional de vida, pilar e laje. No caso do museu serão utilizados blocos de cocreto com 19 cm de altura e 14 cm de largura, além de armaduras com barras de aço.

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Entre os blocos do museu existem espaços de 0,50 cm de largura que proporcionam iluminação natural dentro do edifício. Nesses vãos foi usado o vidro temperado, que também está presente na entrada do museu e na grande parede de vidro do bloco que fica inclinado em direção a Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Na fachada externa se destacam os três blocos principais que recebem as cores: amarelo, azul e cinza, se sobresaindo dos demais blocos que são totalmente brancos. O piso interno do museu é feito em granito branco flameado, que é um piso antiderrapante.

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Circulação

O percurso é simples e leva os visitantes através de toda a exposição. O acesso para o mezanino no bloco da arquitetura colonial pode ser feito por meio de escada ou de um elevador cápsula.

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Detalhe escada Revestimento em granito flameado

Degraus em concreto Estrutura em concreto

Armação metálica

Detalhe corrimão e guarda corpo

Guarda corpo em aço inoxidável (Diâmetro=12mm)

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Paisagismo As áreas pavimentadas da praça e do lado externo do edifício são feitas em piso drenante resinado, que consiste em uma mistura de resina epóxi ou poliuretano com pedrinhas de quartzo, formando um carpete de pedras. É um piso indicado somente para áreas externas por ser antiderrapante e drenante. Foram utilizadas duas cores visto que os caminhos principais possuem cor mais clara, para ganhar destaque, já que representa a simbologia da cruz e da religiosidade.

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As áreas esternas não pavimentadas foram preenchidas com grama esmeralda. Além das árvores já existentes na praça, que foram em sua maioria mantidas, no projeto foram acrescentadas outras árvores. As árvores escolhidas foram a aroeira, a jabuticabeira, a pitangueira e a pata-de-vaca. Além de proporcionar sombra, as árvores frutíferas utilizadas poderão ser aproveitadas pelos usuários da praça quando estiverem carregadas.

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Na praça temos um playground, pensando no lazer das crianças, em uma área didática, com espaço para que os pais possam observar seus filhos enquanto descansam ou realizam outras atividades. Próximo ao playground foi colocado um deck coberto por tendas, esse espaço é flexível, podendo ser utilizado para diversas atividades de lazer e descanso.

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Referências

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