Sociedade, educação e contemporaneidade: Aprendizagem significativa.
Sociedade, educação e contemporaneidade: Aprendizagem significativa.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO UNIDADE 1 • História da Educação............................
UNIDADE 2 • COMPLEXIDADE E MULTIRREFERENCIALIDADE....
UNIDADE 3 • APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA............
ÍCONES
Orientação para estudo
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longo desse
e-book, serão
encontrados alguns ícones
utilizados para facilitar a comunicação com você. Saiba o que cada um significa
ATIVIDADES
REFERÊNCIAS
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APRESENTAÇÃO
Este é o material didático da disciplina Sociedade, educação e contemporaneidade: Aprendizagem significativa. A compreensão da história da educação é fundamental para que se possa refletir sobre as relações da complexidade e multirrefrencialidade nos nossos dias. Este e-book contem 3 unidades que foram organizadas de forma didática para facilitar sua compreensão. Cada unidade poderá ser apropriada de acordo com sua disponibilidade, sendo que ao término de cada uma constam as atividades propostas para serem realizadas como forma de ampliar a compreensão com reflexões e análises dos temas propostos. Estas deverão ser cuidadosamente elaboradas como forma ade proporcionar a assimilação e sistematização de seu aprendizado. Recomendamos que estabeleça uma rotina de tal modo que os horários de estudo possam aprendizado constante.
constituir
em
momentos
de
UNIDADE 1- HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO OBJETIVO: Compreender a evolução da educação e sua práxis pedagógica na contemporaneidade. UNIDADE 2- Complexidade e Multirreferencialidade na Educação OBJETIVO: Relacionar a teoria da complexidade com a educação. UNIDADE 3 – APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA OBJETIVO: Compreender a teoria da aprendizagem significativa e o uso do mapa conceitual.
UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. A educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política. 1. Sociedades Tribais: A Educação Difusa. Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais. As crianças aprendem "para a vida e por meio da vida", sem que alguém esteja especialmente destinado a tarefa de ensinar. 2. Antiguidade Oriental: A Educação Tradicionalista. Nas sociedades orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população, composta por lavradores, comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. A princípio o conhecimento da escrita é bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. Tem início, então, o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionários. A
grande massa é excluída da escola e restringida à educação familiar informal.
3. Antiguidade Grega: A Paidéia. A Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia. A palavra paidagogos significa aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola. Com o tempo, o sentido se amplia para designar toda a teoria da educação. De modo geral, a educação grega está constantemente centrada na formação integral – corpo e espírito – mesmo que, de fato, a ênfase se deslocasse ora mais para o preparo esportivo ora para o debate intelectual, conforme a época ou lugar. Nos primeiro tempos, quando não existia a escrita, a educação é ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. Apenas com o advento das póleis começam a aparecer as primeiras escolas, visando a atender a demanda. 4. Antiguidade Romana: A Humanitas. De maneira geral, podemos distinguir três fases na educação romana: a latina original, de natureza patriarcal; depois, a influência do helenismo é criticada pelos defensores da tradição; por fim, dá-se a fusão entre a cultura romana e a helenística, que já supõe elementos orientas, mas nítida supremacia dos valores gregos.
5. Idade Média: A Formação do Homem de Fé. Os parâmetros da educação na idade média se fundam na concepção do homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve cuidar, em primeiro lugar, da salvação da alma e da vida eterna. Tendo em vista as possíveis contradições entre fé e razão, recomenda-se respeitar sempre o princípio da autoridade, que exige humildade para consultar os grandes sábios e intérpretes, autorizados pela igreja, sobre a leitura dos clássicos e dos textos sagrados. Evita-se, assim, a pluralidade de interpretações e se mantém a coesão da igreja. Predomina a visão teocêntrica, a de Deus como fundamento de toda a ação pedagógica e finalidade da formação do cristão. Quanto às técnicas de ensinar, a maneira de pensar rigorosa e formal cada vez mais determina os passos do trabalho escolar. 6. Renascimento: Humanismo e Reforma. Educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. O aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII, é fenômeno correlato ao surgimento de uma nova imagem da infância e da família. A meta da escola não se restringe à transmissão de conhecimentos, mas a formação moral. Essa sociedade, embora rejeite a autoridade dogmática da cultura eclesiástica medieval, mantém-se ainda fortemente hierarquizada: exclui dos propósitos educacionais a grande massa popular, com exceção dos reformadores protestantes, que agem por interesses religiosos.
7. Brasil: Início da Colonização e Catequese - Os Jesuítas. A atividade missionária dos Jesuítas facilita sobremaneira a dominação metropolitana e, nessas circunstâncias, a educação assume papel de agente colonizador.
8. Idade Moderna: A Pedagogia Realista. De maneira geral as escolas continuam ministrando um ensino conservador, predominantemente nas mãos dos jesuítas. Além disso, é preciso reconhecer, está nascendo a escola tradicional, como passaremos a conhecê-la a partir do século XIX. 9. O Brasil do Séc. XVII: Por se tratar de uma sociedade agrária e escravista, não há interesse pela educação elementar, daí a grande massa de iletrados. 10. Século das Luzes: O Ideal liberal de Educação. O iluminismo é um período muito rico em reflexões pedagógicas. Um de seus aspectos marcantes está na pedagogia política, centrada no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado. Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevalece a diferença de ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia. Essa dualidade era aceita com grande
tranquilidade, sem o temor de ferir o preceito de igualdade, tão caro aos ideais revolucionários. Afinal, para a doutrina liberal, o talento e a capacidade não são iguais, e portanto os homens não são iguais em riqueza. 12. Século XIX: A Educação Nacional. É no séc. XIX que se concretizam, com a intervenção cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatizase a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. Daí, o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas científicas.
12.1 Alguns dos Principais Pedagogos: Pestalozzi – é considerado um dos defensores da escola popular extensiva a todos. Reconhece firmemente a função social do ensino, que não se acha restrito à formação do gentil-homem. Froebel – privilegia a atividade lúdica por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor e inventa métodos para aperfeiçoar as habilidades. Herbart – segundo ele, a conduta pedagógica segue três procedimentos básicos: o governo, a instrução e a disciplina.
13. Brasil: A Educação no Império. Ainda não há propriamente o que poderia ser chamada de uma pedagogia brasileira. É uma atuação irregular, fragmentária e quase nunca com resultados satisfatórios. O golpe de misericórdia que prejudicou de uma vez a educação brasileira vem de uma emenda à Constituição, o Ato adicional de 1834. Essa reforma descentraliza o ensino, atribuindo à Coroa a função de promover e regulamentar o ensino superior, enquanto que as províncias são destinadas a escola elementar e a secundária. A educação da elite fica a cargo do poder central e a do povo confinada às províncias. 14. Século XX: A Educação Para a Democracia. A pedagogia do século XX, além de ser tributária da psicologia, da sociologia e de outras como a economia, a linguística, a antropologia, tem acentuado a exigência que vem desde a Idade moderna, qual seja, a inclusão da cultura científica como parte do conteúdo a ser ensinado.
14.1 Sociologia: E. Durkheim. Antes dele a teoria da educação era feita de forma predominantemente intelectualista, por demais presa a uma visão filosófica idealista e individualista. Durkheim introduz a atitude descritiva, voltada para o exame dos
elementos do fato da educação, aos quais aplica o método científico.
14.2 Psicologia: Behaviorismo. O método dessa corrente privilegia os procedimentos que levam em conta a exterioridade do comportamento, o único considerado capaz de ser submetido a controle e experimentação objetivos. Suas experiências são ampliadas e aplicadas nos EUA por Watson e posteriormente por Skinner. O behaviorismo está nos pressupostos da orientação tecnicista da educação.
14.3 Gestalt: As aplicações das descobertas gestaltistas na educação são importantes por recusar o exercício mecânico no processo de aprendizagem. Apenas as situações que ocasionam experiências ricas e variadas levam o sujeito ao amadurecimento e à emergência do insight. 14.4 J. Dewey: A Escola Progressiva. O fim da educação não é formar a criança de acordo com modelos, nem orientá-la para uma ação futura, mas dar-lhe condições para que resolva por si própria os seus problemas. A educação progressiva consiste justamente no crescimento constante da vida, à medida que aumentamos o conteúdo da experiência e o controle que exercemos sobre ela. Ao contrário da educação tradicional, que valoriza a obediência, John Dewey estimula o espírito de iniciativa e
independência, que leva à autonomia virtudes de uma sociedade democrática.
e
ao
autogoverno,
15. Principais Características da Escola Nova: Educação integral (intelectual, moral, física); educação ativa; educação prática, sendo obrigatórios os trabalhos manuais; exercícios de autonomia; vida no campo; internato; co-educação; ensino individualizado. Para tanto as atividades são centradas nos alunos, tendo em vista a estimulação da iniciativa. Escolas de métodos ativos: Montessori e Decroly Montessori estimula a atividade livre concentrada, com base no princípio da auto-educação. Decroly observa, de maneira pertinente, que, enquanto o adulto é capaz de analisar, separar o todo em partes, a criança tende para as representações globais, de conjunto. Resta lembrar outros riscos dessa proposta: o puerilismo ou pedocentrismo supervaloriza a criança e minimiza o papel do professor, quase omisso nas formas mais radicais do não-diretivismo; a preocupação excessiva com o psicológico intensifica o individualismo; a oposição ao autoritarismo da escola tradicional resulta em ausência de disciplina; a ênfase no processo faz descuidar da transmissão do conteúdo. 15.1 Teoria Socialista – Gramsci: A educação proposta por ele está centrada no valor do trabalho e na tarefa de superar as dicotomias existentes entre o fazer e o pensar, entre cultura erudita e cultura popular. Teorias críticoreprodutivistas Por diversos caminhos chegaram a seguinte conclusão: a escola está de tal forma condicionada pela
sociedade dividida que, ao invés de democratizar, reproduz as diferenças sociais, perpetuando o status quo. 15.2 Teorias Progressistas – Snyders: Contra as pedagogias não-diretivas, defende o papel do professor, a quem atribui uma função política. Condena a proposta de desescolarização de Ivan Illich. Ressalta o caráter contraditório da escola, que pode desenvolver a contra-educação. 15.3 Teorias Antiautoritárias – Carl Rogers: Visam antes de tudo colocar o aluno como centro do processo educativo, como sujeito, livrando-o do papel controlador do professor. O professor deve acompanhar o aluno sem dirigi-lo, o que significa dar condições para que ele desenvolva sua experiência e se estruture, por conta própria. O principal representante dessa teoria é Carl Rogers. Segundo ele, a própria relação entre as pessoas é que promove o crescimento de cada uma, ou seja, o ato educativo é essencialmente relacional e não individual.
16. Escola Tecnicista: Proposta consiste em: planejamento e organização racional da atividade pedagógica; operacionalização dos objetivos; parcelamento do trabalho, com especialização das funções; ensino por computador, telensino, procurando tornar a aprendizagem mais objetiva. 17. Teorias Construtivistas:
17.1 Piaget: segundo ele, à medida que a influência do meio altera o equilíbrio, a inteligência, que exerce função adaptativa por excelência, restabelece a auto-regulação. 17.2 Vygotsky: Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento, busca compreendê-los dentro do processo sóciohistórico como "internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas". Portanto, a relação entre o sujeito que conhece e o mundo conhecido não é direta, mas se faz por mediação dos sistemas simbólicos. 18. Brasil no Século XX: O Desafio da Educação. Nesse contexto, os educadores da escola nova introduzem o pensamento liberal democrático, defendendo a escola pública para todos, a fim de se alcançar uma sociedade igualitária e sem privilégios. Podemos dizer que Paulo Freire é um dos grandes pedagogos da atualidade, não só no Brasil, mas também no mundo. Ele se embasa em uma teologia libertadora, preocupada com o contraste entre a pobreza e a riqueza que resulta privilégios. Em sua obra Pedagogia do Oprimido faz uma abordagem dialética da realidade, cujos determinantes se encontram nos fatores econômicos, políticos e sociais. Considera que o conhecer não pode ser um ato de "doação" do educador ao educando, mas um processo que se estabelece no contato do homem com o mundo vivido. E este não é estático, mas dinâmico, em contínua transformação. Na educação autêntica, é superada a relação vertical entre educador e educando e instaurada a relação dialógica. Paulo Freire defende a autogestão pedagógica, o professor é um animador do processo, evitando as formas de autoritarismo que costumam minar a relação pedagógica. Na década de 70 destaca-se a produção teórica dos críticos-reprodutivistas,
que desfazem as ilusões da escola como veículo da democratização. Com a difusão dessas teorias no Brasil, diversos autores se empenham em fazer a reeleitura do nosso fracasso escolar. A tarefa da pedagogia histórico-crítica se insere na tentativa de reverter o quadro de desorganização que torna uma escola excludente, com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e, portanto, de seletividade. Para Saviani, tanto as pedagogias tradicionais como a escola nova e a pedagogia tecnicista são, portanto, não-críticas, no sentido de não perceberem o comprometimento político e ideológico que a escola sempre teve com a classe dominante. Já a partir de 70, começam a ser discutidos os determinantes sociais, isto é, a maneira pela qual a estrutura sócio-econômica condiciona a educação. O trunfo de se tornar um dos países mais ricos contrasta com o fato de ser um triste recordista em concentração de renda, com efeitos sociais perversos: conflitos com os sem-terra, os sem-teto, infância abandonada, morticínio nas prisões, nos campos, nos grandes centros. Persiste na educação uma grande defasagem entre o Brasil e os países desenvolvidos, porque a população não recebeu até agora um ensino fundamental de qualidade.
19. A Educação no Terceiro Milênio: A explosão dos negócios mundiais, acompanhada pelo avanço tecnológico da crescente robotização e automação das empresas, nos faz antever profundas modificações no trabalho e, consequentemente, na educação. Na tentativa de incorporar os novos recursos, no entanto, a
escola nem sempre tem obtido sucesso porque, muitas vezes, apenas adquire as novas máquinas sem, no entanto, conseguir alterar a tradição das aulas acadêmicas. Diante das transformações vertiginosas da alta tecnologia, que muda em pouco tempo os produtos e a maneira de produzi-los, criando umas profissões e extinguindo outras. Daí a necessidade de uma educação permanente, que permita a continuidade dos estudos, e portanto de acesso às informações, mediante uma auto-formação controlada.
Educação Contemporânea No século XX surgiram vários movimentos, experiências e teorias educacionais destinadas a renovar os métodos da escola tradicional. Assim, a herança dos conhecimentos pedagógicos do século XIX permitiu que se chegasse no século XX a um conceito bem mais pragmático da educação. A Nova Escola e a Escola Ativa
A chamada "escola nova" abarcou várias correntes pedagógicas. Reagindo contra a organização tradicional do ensino em compartimentos estanques, o médico e educador belga Ovide Decroly criou o método globalizador, que se concentrava no princípio do interesse da criança. Já o francês Célestin Freinet valorizou o ensino baseado em métodos ativos e no trabalho de equipe como meio de formação do educando, centralizando as atividades escolares em torno do uso da imprensa na escola. A partir do princípio de que o ensino simultâneo não levava em conta as diversas aptidões e tipos de inteligência dos alunos, procurou-se estabelecer a "diferenciação pedagógica" em graus e ciclos sucessivos, da qual já se havia cogitado anteriormente. Nesse sentido, o psicólogo suíço Edouard Claparède, que deu a seu método a denominação de "educação funcional", criou o "sistema de grupos móveis". Desse sistema, a pedagogia passou à individualização do aprendizado, no que sobressaiu o trabalho da italiana Maria Montessori, baseado no princípio da auto-educação. Na América Latina, Lorenzo Luzuriaga, Lourenço Filho e Anísio Teixeira foram os grandes pedagogos da escola ativa. Educação em Liberdade O inglês Alexander S. Neill, em sua escola de Summerhill, pôs em prática a educação em liberdade. Aboliu a hierarquia professor-aluno e, portanto, a relação de autoridade na experiência pedagógica, encaminhando a criança à autoeducação, de acordo com seu ritmo individual de desenvolvimento. O suíço Jean Piaget destacou-se entre os educadores que preconizaram o respeito à liberdade e à individualidade da criança, defendendo um sistema educativo menos diretivo, menos autoritário e uniforme. Piaget procurou demonstrar que
a educação devia ajustar-se às leis desenvolvimento psicológico da criança.
e
etapas
do
Educação Socialista Só no século XX foi elaborada uma doutrina marxista para a educação. A maior figura da pedagogia marxista foi o soviético Anton Semenovitch Makarenko, que criou as "escolas da comunidade". Outros pensadores de orientação marxista, como o francês Louis Althusser, analisaram o papel da escola tradicional que, ao inculcar no educando o sistema de valores das classes sociais dominantes, seria responsável pela perpetuação das desigualdades sociais. Na União Soviética, após a morte de Stalin, em 1953, as mudanças na política oficial afetaram diretamente a escola. A idéia central passou a ser o estreitamento dos laços entre a escola e a vida, em todos os níveis. Reviveu a idéia da educação politécnica, mas no sentido de preparar estudantes secundários para o trabalho especializado na indústria e na agricultura. Essa orientação, que vigorou no período do governo de Nikita Khrutchev, foi substituída por uma política de universalização da educação secundária, com ênfase na criação de escolas secundárias técnicas. No entanto, os ganhos quantitativos dessa política não tiveram correspondência na melhoria da qualidade de ensino. Na China, desde a revolução comunista até à morte de Mao Zedong (Mao Tsé-tung), em 1976, a educação teve como tônica a doutrinação ideológica em todos os campos e níveis, que ocupou, por lei, dez por cento do currículo escolar. O novo governo deslocou a ênfase para a modernização, principal bandeira do regime pós-Mao. Todo o esforço educacional passou a ser dirigido no sentido das "quatro modernizações"
(indústria, tecnologia)
agricultura,
defesa
nacional
e
ciência
e
Educação Liberadora Para o brasileiro Paulo Freire o objetivo da educação deveria ser a liberação do oprimido, que lhe daria meios de transformar a realidade social a sua volta mediante a "conscientização" (conhecimento crítico do mundo). No período 1958-1964 no Brasil e depois de 1964 no Chile, Paulo Freire pôs em prática, com bons resultados, seu método de alfabetização de adultos. A eficácia e a validade do método estribam-se no fato de partir da realidade do alfabetizando, do seu universo, do valor pragmático das coisas e fatos de sua vida cotidiana, de suas situações existenciais. Obedece às normas metodológicas e lingüísticas, mas vai além delas, ao desafiar o homem ou a mulher que se alfabetizam a se apropriarem do código escrito com vistas a sua politização. O trabalho de Paulo Freire pode ser visto não apenas como um método de alfabetização, mas como um processo de conscientização, por levar em conta a natureza política da educação.
Educação no Brasil A realidade atual da educação brasileira e bastante complexa, com inúmeros desafios e problemas que se interrelacionam com o panorama politico, econômico e social do país. Este quadro tem sua origem em um processo que não e novo e que não pode ser dissociado de um contexto amplo, histórico. O país configura-se sobre o prisma de uma politica neoliberal, instituindo na sociedade ideais de modernização,
globalização e qualidade total. Entretanto, esbarra em problemas cotidianos que vem se agravando com o número assustador de desempregados, desabrigados e movimentos reivindicatórios de toda forca e natureza. Ha muitas formas de participação popular democrática: nas organizações de bairro, na comunidades de base, nos conselhos municipais de saúde, de educação ou associações de defesa dos direitos do cidadão, assumindo assim uma cidadania ativa. Maiores investimentos em politicas educacionais, a implantação, de fato, em todo o pais, de um currículo básico nacional e o efetivo envolvimento da comunidade nas questões educativas oportunizara uma educação igualitária. A inovação da educação só se dará quando a base da sociedade o quiser. Nesse contexto, a mudança de mentalidade e fundamental e urgente.
1. Faça a leitura do texto 1 (pasta de texto aula 1) e produza uma resenha individual.
LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÂO NO BRASIL: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=VoTX8 _pPrQE (Fonte: http://historia-da-educacao.blogspot.com.br/ (acessado em 24/08/2014.
SOMOS TODOS DEUSES” SINOPSE: QUASE DEUSES um filme escrito pelos roteiristas Peter Silverman e Robert Caswell, dirigido pelo experiente diretor Joseph Sargent e produzido pelos estúdios HBO e Nina Saxon Film Design, lançado em 2004. O resumo do longa-metragem conta a história de dois homens que se arriscam e desafiam regras que eram impostas em sua época para uma revolução médica. Quase Deuses é um drama que traz Vivien Thomas (Mos Def) como um marceneiro competente que não tinha nome de homem um erro de sua mãe ao achar que seria uma menina e quando veio ao mundo, ela não desejou mudar seu nome. Quando Vivien Thomas já estava adulto, foi demitido de seu emprego, pois davam preferência às pessoas com família para sustentar e tudo isso devido a Grande Depressão de 1929 – depressão econômica – que causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, entre outras mudanças sociais. Vivien consegue então um emprego de faxineiro com um importante médico pesquisador Alfred Blalock (Alan Rickman) que foi sua grande inspiração. Vivien começou a estudar todos os livros sobre medicina que havia em seu local de trabalho e seus conhecimentos tomaram novos rumos. Ele estava decidido que realizaria o seu sonho de fazer faculdade de medicina, mas todas as economias que Vivien Thomas tinha para fazer a faculdade de medicina que estavam guardadas no banco durante sete anos, foram perdidas, pois o banco faliu. Foi um desastre total, mas Vivien e sua família sempre foram trabalhadores e ele não perdeu as esperanças. Vivien surpreende o Doutor Alfred a cada dia, principalmente por ser negro (o que era motivo de dúvidas na época) e tão inteligente quanto os outros secretários brancos que ele havia tido. Alfred decide então que Thomas pode ser seu auxiliar. Unindo todo o conhecimento e a sabedoria de ambos, conseguem uma cura para o caso do bebê azul. Alfred Blalock contorna-se o cirurgião-chefe na “Universidade Johns
Hopkins” e juntamente com Thomas encontra uma nova técnica de realizar cirurgias para o coração. Blalock foi o único que recebeu os méritos devido ao grande descobrimento que salvou muitas vidas, somente no final do filme Vivien Thomas consegue seus devidos reconhecimentos (quando Alfred assume não ser o responsável pelo método de salvar vidas), pois Vivien foi o autor de descobertas incríveis, mas ninguém sabia nem o seu nome até o momento. Assiste o trayler em :
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=iYy4a MRi45o
MANACORDA, Mário A. O nosso século em direção ao ano 2000. IN: MANACORDA, Mário A. História da educação: da antiguidade aos novos dias. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2006, p. 311 – 355”.
UNIDADE 2 Complexidade e Multirreferencialidade
UNIDADE 3 APRENDZIAGEM SIGNIFICATIVA