A Fotografia é a Poesia da imobilidade, é através da fotografia que os instantes se deixam ver como são. (Peter Urmenyi) A fotografia nasceu há quase dois séculos, em 1826, da mestria do criador francês, Joseph Nicéphore Niépce. Hoje considerada arte, é uma arte com dualismo. Se, por um lado nos possibilita estagnar momentos, mantendo-os para sempre inalteráveis, por outro, faz-nos lembrar sentimentos ou emoções, transporta-nos para instantes que já foram presente e que, existencialmente, sabemos serem irrepetíveis. Na exposição “Escritores – Memórias e Olhares”, Fernando Bento apresenta-nos um conjunto de imagens, que se poderiam articular na forma de um texto, em quem o tempo é o século XX, as personagens - 25 grandes vultos da literatura portuguesa, e a estória, a história da literatura de um país, Portugal, que ainda hoje se diz ser, de Poetas e Escritores. Se poesia é comunicar por meio de palavras, ou não, e se ela existe em tudo aquilo onde se
deposita a vontade de provocar uma experiência sensorial, podemos dizer, sem sombra de dúvida, que esta exposição é Poesia, poesia que une duas artes, aparentemente tão distintas, mas que se complementam na perfeição, pois se algo não pode ser escrito ou pensado, pode ser fotografado. (Stanley Kubrick) Cada um dos rostos fotografados, os sulcos na pele e as expressões do olhar, espelham memórias, visões e vivências distintas, e também, o amor pela palavra escrita, pela língua portuguesa- a nossa Pátria. Henri Cartier-Bresson escreveu outrora que fotografar é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração, e eu atrever-me-ia a acrescentar: a alma e o talento, pois é tudo isso que a fotografia de Fernando Bento nos oferece a cada olhar. É, para o Município da Figueira da Foz, uma honra poder acolher, em estreia nacional, no Centro de Artes e Espectáculos, Fernando Bento e os nossos “Escritores - Memórias e Olhares”.
O Presidente da Câmara Municipal
CARLOS MONTEIRO
FOTOGRAFAR COM ALMA Estava longe de imaginar que um dia viria a ser curador de uma exposição de fotografia, mas impunha-se desde há muito revelar publicamente o talento de um grande fotógrafo. Na vida há desafios, inesperados, a que honrosamente devemos dizer sim. Conheço o Fernando Bento há mais de três décadas. Admiro a sua criatividade. É um homem discreto que não gosta de dar nas vistas. Foi preciso alguma persuasão para o convencer a enfrentar as luzes da ribalta. Roland Barthes disse um dia: "A fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba, ou mesmo estigmatiza, mas quando nos leva a pensar". Estes rostos de escritores, propostos por Fernando Bento, suscitam um encadear de ideias e até um eternizar de memórias. Por detrás de uma fisionomia humana há sempre uma história e uma memória. Se pensarmos assim, percebemos que o fotógrafo de que falamos não se limita a fixar e a reproduzir imagens. Ele capta, para além da máscara, a
expressão dos gestos, revelando sentimentos e identificando emoções. No visor da sua máquina escolhe o melhor ângulo, enquadra, surpreende a autenticidade e só depois dispara. Resultado final: verdadeiras fotografias com alma, cunho pessoal e aquele rebeldismo a que já nos habituámos a admirar. Escolher 25 fotografias, entre largas centenas de imagens, não foi fácil. Felizmente conseguimos reunir aqui algumas das mais marcantes figuras da nossa literatura da segunda metade do século XX. São retratos históricos, raros e desconhecidos. Numa celebração como esta, merecem parabéns o Município da Figueira da Foz, que em boa hora promoveu esta mostra fotográfica, e também os Figueirenses por terem ganho o privilégio de receber na sua cidade este inédito acontecimento de dimensão nacional. Nesta viagem, onde o passado e o presente transportam memórias para o futuro, estes Escritores - grandes referências da portugalidade constituem uma importante afirmação da nossa identidade cultural.
O Curador
LUÍS MACHADO
MEMÓRIAS E OLHARES A exposição de Fernando Bento no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz integra uma serie de retratos de escritores portugueses contemporâneos da segunda metade do século vinte. A força e a irradiação das imagens, que resultam da sagacidade do olhar, do poder de análise e de síntese, transpõem o circunstancial imediato e mobilizam a nossa atenção. Apesar de algumas ausências, não faltam personalidades de referência. A exposição fica, portanto, circunscrita ao trabalho realizado para a Associação Portuguesa de Escritores, desde 1995 e ao percurso de Fernando Bento, iniciado nos anos 80, concretamente, após janeiro de 1988 quando adquire a carteira profissional de jornalista. É a partir de então - e estando na posse de uma formação em técnicas fotográficas da imagem e no conhecimento estético da obra de pintores, escultores, ceramistas e cartunistas de gerações tão diversas - que se afirma com visibilidade crescente o fotógrafo e o editor fotográfico. Em 30 anos de ofício exercido em tempo inteiro predomina, contudo, o repórter. Enumerar é sempre reduzir ou ignorar. O acompanhamento da visita a Portugal de Gorbatchov, em especial a confêrencia e debate no Centro Cultural de Belém para falar da revolução introduzida pela Perestroika, representa um dos momentos altos da carreira de Fernando Bento. A presença do repórter ganhou projeção em realizações promovidas pela Associação
Portuguesa de Escritores. Alguns exemplos: o ciclo Herculano 200 anos depois; as comemorações dos 150 anos do nascimento de Raúl Brandão; a evocação de Aquilino Ribeiro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris. E neste contexto o levantamento fotográfico dos cafés lendários e de outros locais relacionados com a vida e a obra de Aquilino nos dois exílios políticos, em Paris – um, no final da Monarquia; outro, na luta contra a ditadura militar que levou Salazar ao poder. Destacam-se, entretanto, as sucessivas reportagens de Fernando Bento das tertúlias organizadas por Luís Machado no Café Martinho da Arcada, com a participação das maiores figuras literárias, artísticas e políticas. Tudo isto poderia ter ficado perdido na efeméridade das palavras e no acaso dos gestos e das atitudes. Mas restam dessas sessões memoráveis, a gravação das intervenções e o registo das imagens que permitem reconstituir testemunhos inéditos e revelações inesperadas para a clarificação de equívocos e para a reposição da história. Felizmente, perduram nesta exposição de Fernando Bento e também nos livros de Luís Machado "Conversas à Quinta-Feira" e "Rostos da Portugalidade". Assim como os diálogos inseridos noutro livro de referência: "Amália, Confissões em Noite de Primavera". Fernando Bento também fica ligado aos tratamentos de imagem do universo de Fernando
Pessoa para exposição permanente no Martinho da Arcada. Outro trabalho que demonstrou os seus recursos técnicos assinala-se em "Ministros do Reino à Administração Interna" que inclui governantes desde 1834 até à atualidade, para a exposição, na sede do Ministério da Administração Interna e, depois, repetida nos Governos Civis de todo o país. Tem como curador Luís Machado, esta exposição constituída por mais de vinte "memórias e olhares" a preto e branco, selecionadas de reportagens das atribuições de prémios literários, de festivais de poesia e outras homenagens que decorreram em Lisboa, em Tróia e na Figueira da Foz. Uma das singularidades da exposição reside
essencialmente no facto de Fernando Bento, sem procurar efeitos sofisticados, ter captado em flagrante - com o faro visceral do repórter personalidades tão diversificadas, na sua autenticidade humana e na evidência da sua relação quotidiana. Os olhos e a intuição do repórter Fernando Bento já consagrado a nível nacional e internacional fixaram os rostos, as mãos, o perfil de figuras conhecidas de todos nós e que, na poesia, na ficção, no ensaio, aprofundaram e de modos tão diferentes, a paixão e os sonhos, as ambições e os terrores que denunciam o tempo em que viveram. Fe r n a n d o B e n t o t e v e a c a p a c i d a d e d e surpreender em cada rosto, o que existe para além das aparências. Agosto 2019
ANTÓNIO VALDEMAR
FERNANDO BENTO, UM AUTOR Sequências mais do que imobilidade. Instantes, captação do irrepetível. E, nele, de forma porventura surpreendente, uma notícia identificadora. Retratos que são busca, hipótese, leitura incisiva de cada qual. Por detrás, circunstâncias, vozes, aparelhagem, técnica: a presença de um contexto enquanto a obra se realiza. Tal como concebida, a Exposição afirma uma energia plástica, semântica, que prescinde da demasia dos enunciados enquadradores. Por muito que os inclua na zona de silêncio em redor das indicações mínimas. Que rostos, íntimas vibrações, se nos propõem? As próprias personalidades se interrogariam, perguntarão, em júbilo ou sobressalto: Quem fui neste momento que não volta e um tanto de mim dirá, sem uniformismos ou confluências sem esteio, aos que agora me procuram e interpretam? Quem fui quando em diálogo com o intenso plural que sou?
Eis um pouco da arte de Fernando Bento, o fotógrafo. Descriptador, não copista. Alguém que se move no interior de um processo instituinte, não maquínico ou mimético. Conhecendo em profundidade a gramática e a dicção do labor que esculpe uma película fora das águas do banal, cria uma linguagem sua. É ela que nos colhe, intercepta, implica. Por isso o tempo (memorial, futurível) destas imagens se compõe de movimento, inteligência, emoção a partilharse, não a decorrência do fabrico em série ou a fala dos domínios e ingredientes instrumentais. Fernando Bento, um autor. Que, desvendando, interpela e desvenda quem o acompanhar nos painéis aqui dispostos. Nenhuma ilusão ou dúvida: somos, de certo modo, as figuras reunidas na presente mostra, somos nós também, singularidades irredutíveis, o objecto-sujeito da admirável viagem que empreendeu e prosseguirá. Agosto 2019
JOSÉ MANUEL MENDES
REGRESSO À FIGUEIRA Como repórter passei muitas horas atrás da câmera a fotografar ao ritmo de jornalista e a realizar trabalhos, que nem sempre eram aqueles que mais gostaria de fazer. A sobrevivência assim o exigia. Fotografar Escritores constituiu então um novo desafio. Foram momentos muito especiais para mim e de que naturalmente guardo boas memórias. Tentei tirar partido da expressividade dos rostos e a magia do preto e branco fez o resto. Entendo a fotografia como uma forma de comunicação. As imagens desta exposição nasceram graças ao diálogo que consegui estabelecer com os fotografados. Recordo que, ao longo da história, a relação da fotografia com a literatura foi sempre muito próxima. Apesar de ambas as linguagens serem distintas completam-se. O escritor e o fotógrafo utilizam as mesmas ferramentas, só que enquanto um descreve uma imagem com mil palavras o outro ilustra mil palavras com uma imagem. Mas ao falar desta exposição não posso deixar de enaltecer aqui o trabalho desenvolvido pelo
curador Luís Machado. Graças ao seu empenho e à sua dedicação conseguimos que o projecto "Escritores - Memórias e Olhares" se concretizasse. A amizade é sem dúvida o mais nobre dos sentimentos e eu sou mesmo um afortunado porque tive o grande apoio de amigos como o Luís Machado, o António Valdemar e o José Manuel Mendes que deram o melhor de si escrevendo textos de excelência e também sugestões preciosas. Acho que não mereço tanto. Bem hajam! Ainda umas palavras para a São, minha mulher, que ao longo de mais de três décadas me tem apoiado, de forma abnegada, participando activamente em todos os meus projectos. O encorajamento, sem excluir a crítica construtiva, foram fundamentais para este desafio. Também à Câmara Municipal da Figueira da Foz o meu mais sincero agradecimento por ter apostado em mim e por reconhecer a minha obra. É bom regressar a uma cidade onde trabalhei sete anos e onde fui muito feliz. Outubro 2019
FERNANDO BENTO
OS ROSTOS DA EXPOSIÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS ANTÓNIO LOBO ANTUNES ANTÓNIO RAMOS ROSA AUGUSTO ABELAIRA DAVID MOURÃO-FERREIRA EDUARDO LOURENÇO ERNESTO MELO E CASTRO EUGÉNIO DE ANDRADE GONÇALO M. TAVARES HÉLIA CORREIA JOÃO RUI DE SOUSA JOSÉ CARDOSO PIRES JOSÉ SARAMAGO LIDIA JORGE MANUEL ALEGRE MARIA ISABEL BARRENO MARIA TERESA HORTA MARIA VELHO DA COSTA MARIO CESARINY MÁRIO CLAUDIO MARIO DE CARVALHO MATILDE ROSA ARAÚJO PEDRO TAMEN TEOLINDA GERSÃO URBANO TAVARES RODRIGUES
“Eu tenho só uma vocação, que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar nela para que nela vejam verdades poderosas, como a de sermos destinados a coisas maravilhosas…”
AGUSTINA BESSA-LUÍS
“O livro é um organismo que vive independente e surpreende-nos a cada passo. Um livro não se faz com ideias, faz-se com palavras. São as palavras que se geram umas às outras. E com trabalho…”
ANTÓNIO LOBO ANTUNES
“Escrevo porque sinto essa necessidade interior de escrever. (…). Realmente, para mim, a criação poética é um motivo de exaltação, é uma fruição…”
ANTÓNIO RAMOS ROSA
“Escrever é uma forma de viver. Escrevo para um leitor que invento. Procuro descobrir algo importante na interpretação da realidade. Escrevo quando me apetece, e sempre nos cafés…”
AUGUSTO ABELAIRA
“É um triste sintoma da passagem do Tempo verificarmos que muitas coisas, dentro de nós, vão deixando de ter, a pouco e pouco, o aspecto mágico de que se revestiam…”
DAVID MOURÃO-FERREIRA
“A cultura é também aquilo que nos despe de toda a espécie de tentações, das quais, a maior de todas é o orgulho de pensar que nós somos os mestres do mundo ou da vida. É aquilo que nos deixa nus e não vestidos…”
EDUARDO LOURENÇO
“É necessário redefinir a palavra Arte, redefinir a palavra Artista, redefinir a palavra Poema, porque hoje o que está em jogo nessa produção, dita criativa ou inventiva, é realmente uma provocação à própria fruição estética…”
ERNESTO MELO E CASTRO
“Toda a poesia é luminosa, até a mais obscura. O leitor é que tem às vezes, em lugar de sol, o nevoeiro dentro de si…”
EUGÉNIO DE ANDRADE
“O moralismo é a antítese da literatura. A literatura começa precisamente quando recusamos ser moralistas e instintivamente somos perversos. Quem escreve não pode olhar para onde toda a gente está a olhar, mas para o outro lado…”
GONÇALO M. TAVARES
“Sou uma pessoa que escreve. Sou uma leitora (…). Quando escrevo, faço-o com liberdade absoluta, parto da primeira frase e depois vou atrás. Não comando nada…”
HÉLIA CORREIA
“A poesia (toda a arte) pode funcionar como sublimação. Uma sublimação que se prende, todavia, com uma dualidade fundamental: a descoberta e a invenção…”
JOÃO RUI DE SOUSA
“Sem memória esvazia-se o presente que simultaneamente já é passado morto. Perde-se a vida anterior. E a interior, bem entendido, porque sem referências do passado, morrem os afectos e os laços sentimentais…”
JOSÉ CARDOSO PIRES
“Fisicamente, habitamos um espaço, mas sentimentalmente, somos habitados por uma memória. Memória que é a de um espaço e de um tempo, memória no interior da qual vivemos, como uma ilha entre dois mares: um que dizemos passado, outro que dizemos futuro…”
JOSÉ SARAMAGO
“A escrita é redentora (…). A literatura dir-se-ia um permanente treino da alteridade. Os escritores são seres de liberdade e de libertação dos outros…”
LÍDIA JORGE
“Todos os escritores escrevem a partir das suas vivências pessoais (…). Toda a obra literária tem uma grande carga autobiográfica. Mesmo quando é só imaginação, ela nasce dentro do autor…”
MANUEL ALEGRE
“Lá fora é o país onde todos os escritores são ricos e reconhecidos como geniais, onde os pintores pintam entre honrarias diversas, onde não há burocracia (…) são os preconceitos contra o dinheiro que nos fazem pobres. O preconceito é inveja…”
MARIA ISABEL BARRENO
“Eu sou sobretudo a minha poesia (…). Nós somos tudo aquilo que se move à nossa volta, as escritoras e os escritores têm de estar no mundo, não acredito em escritores fechados nas suas torres de marfim…”
MARIA TERESA HORTA
“Os livros são condicionados pela vida, pelas recordações, pelas acções cívicas, políticas e profissionais. Por todos esses aspectos. Escrever faz parte dessa vida…”
MARIA VELHO DA COSTA
“A poesia é mais afecta à realidade imediata, é mais objectiva (…). Ao longo da muralha que habitamos há palavras de vida, há palavras de morte, há palavras imensas que esperam por nós e outras, frágeis, que deixaram de esperar…”
MÁRIO CESARINY
“Escrever é corromper as coisas que são dadas como estabelecidas, é revolver a terra, é recriar e olhar as coisas por uma nova perspectiva…”
MÁRIO CLÁUDIO
“A escrita implica um acto de comunicação; escrevo para alguém, mesmo que não saiba exactamente para quem, e tenho a consciência que este trabalho implica sempre uma parceria com o outro – que também faz o livro…”
MÁRIO DE CARVALHO
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores…”
MATILDE ROSA ARAÚJO
"A vida é um palco de sombras (...). Os poetas, no seu reduto próprio de poetas, não são tipos normais. Em princípio, o poeta é aquele que vê um bocadinho mais do que os outros..."
PEDRO TAMEN
“Enquanto escritora o meu objectivo é também agarrar o leitor, fazê-lo entrar num mundo diferente, até à ultima página. A escrita é um jogo de sedução, esperamos sempre que o leitor se deixe seduzir e entre no jogo…”
TEOLINDA GERSÃO
“Não tenho qualquer fé religiosa, sou um homem do iluminismo, um livre pensador. Sinto, porém, a Natureza como divina…”
URBANO TAVARES RODRIGUES
NOTA BIOGRÁFICA DE FERNANDO BENTO
Fernando Bento nasceu em Lisboa, a 9 de Abril de 1965. A paixão pela fotografia acompanha-o desde os verdes anos. Especializa-se em fotojornalismo, no CENJOR, desenvolvendo assim a sua capacidade de repórter fotográfico. Jornalista profissional, desde 1988, colabora regularmente com inúmeros órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros. Foi editor fotográfico da revista "Artes Plásticas". Como ilustrador deixa uma singular marca nos livros: "Amália, Confissões em Noite de Primavera”,
"Portugal - o Futuro é Possível", "Conversas à Quinta-Feira" e "Rostos da Portugalidade". Homem de desafios aceita fazer a recolha e a digitalização das imagens que ilustram a exposição "Fernando Pessoa - Percursos de Vida", em permanência no café Martinho da Arcada. O tratamento fotográfico da exposição e do livro "Ministros: Do Reino à Administração Interna" (realizada no MAI ) teve também a sua assinatura. Entre as inúmeras reportagens que realizou destacam-se: "A Gala comemorativa dos 70 anos da Unesco", "A Evocação de Aquilino Ribeiro em Paris", "As comemorações, em Portugal, dos 90 anos da Rainha Isabel II de Inglaterra", "A Cimeira da Nato em Lisboa", ”A Cimeira EUROPA /EUA”, "As Comemorações do World Voice Day" e "Os Encontros Web Summit". Em 2000 funda a empresa Dupla Imagem de que é director. Este novo rumo que dá à sua vida não o impede de continuar, como free lancer, a fotografar os grandes eventos culturais. No seu invejável portfólio, que ilustra bem a sua vasta e diversificada actividade como fotógrafo, destacam-se alguns dos grandes nomes da vida pública portuguesa. Muitos dos retratos dos escritores, que integram esta exposição, foram captados desde 1995 em eventos promovidos pela Associação Portuguesa de Escritores.
QUEM SÃO: O CURADOR
LUÍS MACHADO, nasceu em Lisboa em Novembro de 1950. É escritor, foi jornalista e crítico de cinema. Comissariou a mostra "Culturalidades" e "A Festa da Poesia". É Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Escritores.
OS AUTORES DOS TEXTOS
ANTÓNIO VALDEMAR, nasceu em Ponta Delgada em Março de 1938. É jornalista, investigador e tem escrito sobre Lisboa, os Açores, a Republica e a Maçonaria. Pertence à Academia das Ciências de Lisboa.
JOSÉ MANUEL MENDES, nasceu em Luanda em Setembro de 1948. É escritor, critico literário e professor universitário. É membro da Academia das Ciências de Lisboa e Presidente da Associação Portuguesa de Escritores.
FICHA TÉCNICA CATÁLOGO
EXPOSIÇÃO
TÍTULO: ESCRITORES, MEMÓRIAS E OLHARES PROPRIEDADE E EDIÇÃO MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ DEPARTAMENTO DE CULTURA COORDENAÇÃO MARGARIDA PERROLAS COORDENAÇÃO EDITORIAL ANABELA BENTO LUÍS MACHADO FOTOGRAFIAS FERNANDO BENTO TEXTOS ANTÓNIO VALDEMAR JOSÉ MANUEL MENDES LUÍS MACHADO ILUSTRAÇÃO DA CAPA SILVA PALMEIRA DESIGN GRÁFICO RUI SANTOS IMPRESSÃO FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, SA. NOVEMBRO 2019 TIRAGEM 200 EX. DEPÓSITO LEGAL: 463317/19 ISBN: 978-989-8903-19-8
TÍTULO: ESCRITORES-MEMÓRIAS E OLHARES ORGANIZAÇÃO MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ DEPARTAMENTO DE CULTURA CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS COORDENAÇÃO MARGARIDA PERROLAS ANABELA BENTO CURADORIA LUÍS MACHADO APOIO TÉCNICO EUCLIDES DOMINGUES JOSÉ DIAS PEDRO PINTO RUI SANTOS TERESA VILLALOBOS DIVULGAÇÃO GABINETE DE PROTOCOLO E COMUNICAÇÃO
Alguns textos não obedecem ao acordo ortográfico de 1990.