Jardim América

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jardim américa cidade-jardim | subúrbio-jardim | bairro-jardim

vista aérea do jardim américa – 1930 | FONTE: A GAZETA


cidade-jardim | subúrbio-jardim | bairro-jardim

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cidade subúrbio bairro

estudos da urbanização II

jardim


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estudos da urbanização II

cidade industrial densa

poluída

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Ebenezer Howard conceitos cidade jardim


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estudos da urbanização II

conceito implementado Letchworth ENGLAND projeto Barry Parker | Raymond Unwin

autor

Jardim América


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origens diversas

estudos da urbanização II

conceitos

subúrbio-jardim

Forma de fugir da cidade dentro da cidade


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Sir Ebenezer Howard “Garden Cities of To-Morrow” CIDADES-JARDINS DE AMANHÃ

“A cidade é o símbolo da sociedade...E o campo! O campo é o símbolo do amor e do zelo de Deus pelo homem.”

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cidade •Afastamento da Natureza; •Oportunidades Sociais; •Isolamento das multidões; •Locais de entretenimento; •Distância do trabalho; •Altos salários monetários; •Aluguéis e preços altos; •Oportunidades de emprego; •Jornada excessiva de trabalho; •Exército de desempregados; •Nevoeiros e seca; •Drenagem custosa; •Ar pestilento e céu sombrio; •Ruas bem iluminadas; •Cortiços e bares; •Edifícios palacianos

campo •Falta de vida social; •Beleza da natureza; •Desemprego; •Terra ociosa; •Matas; •Bosques, campinas, florestas; •Jornada longa/salários baixos; •Ar fresco – aluguéis baixos; •Falta de drenagem; •Abundância de água; •Falta de entretenimento; •Sol brilhante; •Falta de espírito público; •Carência de reformas; •Casas superlotadas; •Aldeias desertas;

OS TRÊS IMÃS


6 bulevares – 36 m largura centro - periferia

centro - jardim periferia – edifícios públicos, culturais e hospital parque central palácio de cristal comércio jardim de inverno a cidade-jardim e seu entorno rural Cidade: 400 ha zona agrícola: 2000 ha


lotes – lotes amplos e independentes lotes comuns – 6,1x40m (5.500) grande avenida – divisora da cidade 6 grandes lotes: escolas públicas parque – 128 m (46,5ha)

Igrejas Diversidade de crenças

anel externo – armazéns | mercados | carvoarias | serrarias, etc.

distrito e centro da cidade-jardim


Richard Barry Parker

Arquiteto e Urbanista participante do movimento Arts and Crafts. Em 1903, venceu o concurso para o desenho da cidade de Letchworth com seu sócio, Raymond Unwin. Em 1914, dissolvida sua parceria com Raymond Unwin, segue sua carreira em planejamento, envolvendo-se na cidade de Porto, Portugal ( 1915 ) e em São Paulo, Brasil ( 1917 – 1919 ), especialmente em seu envolvimento com o projeto do Jardim América.


Sir Raymond Unwin Até 1914 segue em sociedade com Barry Parker Em 1914, ele é integrado ao Local Government Board ( LGB ) e mais tarde, atua no Conselho Tudor Walters para habitação operária, com relatório publicado em 1919. Autor de livros como Town Planning in Practice e The Art of Building a Home Se aponsenta a frente do cargo de Chefe de Planejamento Habitacional e Urbano, em 1928 Prossegue para ser conselheiro do Comitê de Planejamento da Grande Londres, e professor de Planejamento Urbano na Universidade de Columbia


Plano para Letchworth 1905 Parker & Unwin

Cidade Jardim de Letchworth Google Earth, Google Inc, 2014


Letchworth Cartão Postal mostrando a Station Road, Letchworth, Autor Desconhecido, 1915

Construída em 1903. Patrimônio do Estado Traçado simples e claro, de modelo orgânico, próprio á escala humana. Recuos, cul de sac e crescimento no entorno da estação.


Station Road, 2010, Google Street View, Google Inc, 2014


Garden City: Conceito irrestrito

Aplicações que não seguem o modelo inglês de Howard

O caso do Subúrbio Americano

Criação de novos conceitos “As ruas sinuosas e arborizadas, a busca de integração entre edificações e áreas ajardinadas, a variedade dos modelos das casas desenvolvidas a partir de mesclas entre as ancestrais vilas suburbanas e a casa simples rural foram referências formais fundamentals para o sucesso desse padrão de urbanismo. A variedade de paisagem era bem recebida em contraposição aos padrões das ruas residenciais inglesas, de extensas séries de casas iguais geminadas.” WOLFF, Silvia F.S. - Jardim América São Paulo, Edusp / Fapesp / Imesp, 2001


Rua de Boston, 2010, Google Street View, Google Inc, 2014


Frederick Law Olmsted Criador do Central Park, Colar de Esmeraldas de Boston e Chicago, Sistema de Jardins de Seattle e Washington, o parque das Cataratas de Niagara e participou da criação do Parque Nacional do Yosemite.

Com seu sócio Calvert Vaux, deixou como legado modelos de cidade parque implementados em várias cidades americanas. Sua visão de recriação de uma natureza opulenta, com um sistema de tratamento de águas pelo desenho de sistemas naturais, é um dos modelos sendo estudados atualmente para as questões hídricas de grandes cidades.


O Colar de Esmeraldas de Boston


Projetos de Omsted/Vaux para Chicago, Boston e Seatle

Criação do conceito do Sistema de Espaços Livres. Integração de Infraestrutura Verde e Sistemas Passivos de Drenagem. Mesmo sem esse termo, a constituição de sistemas de Serviços Ambientais. A construção de um tecido de cidade funcional mais de um século após sua implantação.


Questões que Retornam:

Cidade Autosustentável X Sustentabilidade da Cidade Miasmas e Vapores X Poluição e Salubridade Justiça Social X Sociedade Justa e Igualitária


RIBA City Health Check Report, 2014 – RIBA, London, UK


a cia. city

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estudos da urbanização II


a cia. city

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Em 1911 nasce a City of Sao Paulo Improvements and Freehold Land Company Limited , popularmente conhecida como Cia City, ou apenas City. Em 1912, possuía 37% de todo o perímetro urbano de São Paulo.


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Trabalhou de forma íntima com a administração pública ( técnicos e administradores públicos e diretores de concessionárias de serviços públicos fizeram parte de sua diretoria, foram seus acionistas ou atuaram como consultores ), para a consolidação de estratégias na viabilização de seu maior objetivo: A venda de terrenos.

Para atingir esse objetivo, constituiu acordos que garantiram o melhor conhecimento técnico e atuação solidária de vários setores da gestão urbana, que viabilizaram a instalação de infra-estrutura, induzindo o crescimento da cidade rumo a suas áreas de empreendimento ou reservas imobiliárias.


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Ao invés de seguir a regulação municipal, a City passa a sugerir parâmetros de zoneamento e ocupação de lotes que lhe são beneficiais, se utilizando de sua conexão estrita com a elite local e relações diretas com membros do poder público.

Os empreendimentos, em regiões problemáticas da cidade, foram alvo de campanha intensa para reverter a visão negativa dessas novas áreas. O Jardim América, seu primeiro empreendimento de sucesso, por exemplo, era instalado em região de charco. Sua implantação dependeu de aterro e drenagem. Uma década mais tarde se torna exemplo dos anseios das classes alta e média-alta da cidade, e modelo a ser seguido.


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Ao mesmo tempo, buscando um público alvo entre as classes alta e média-alta da sociedade paulistana, a City implementa estratégias britânicas e norte-americanas de desenho, seguindo a lógica da Cidade Jardim, e do Subúrbio Jardim, em contraste ao desenho em tabuleiro típico de empreendimentos anteriores, como Higienópolis, resultando em uma assinatura facilmente identificável no tecido urbano paulistano.

Entender a Cia City e sua lógica operacional, é fundamental para entender o eixo sudoeste do desenvolvimento paulistano no Séc XX.


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“A regiao sudoeste apresentava, aomesmo tempo, asmaiores extensoes deterras desocupadas e as zonas onde seconcentrava a elite- Higienopolis e Paulista. Justamente aiselocalizava a maior parte dos terrenos adquiridos pela empresa constituida por Laveleye em 1912, terrenos pouco valorizados, mas situados nas proximidades das areas habitadas pelas classes abastadas.”

Planta Geral da Cidade de Sao Paulo - 1913


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Uma nota de sua influência e capacidade de timonar a cidade para seus interesses, pode ser vista na presença de Victor daSilva Freire, diretor de obras públicas da prefeitura, em seu quadro diretor. Também como parte desse quadro temos Horacio Belfort Sabino (nomeado procurador dacompanhia) e Cincinato Braga, membros da elite local que já loteavam terrenos próximos a Av Paulista.

Vedete de vendas e modelo de implantação e dos anseios das classes alta e média alta paulistas, o Jardim América abre o caminho para empreendimentos similares: Alto da Lapa (1921), Pacaembu (1925), Alto de Pinheiros (1925) e Butanta(1935). Com a excessão da região baixa do Alto da Lapa, destinada a habitação operária, a distância do centro foi um entrave a seu desenvolvimento inicial, muitas vezes sendo consolidado apenas após 1940.


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Desse casamento de sua capacidade de construir com o poder público e concessionárias parceiras como a Light novas fronteiras de empreendimento; e a construção de um novo ideário de viver para as classes mais altas da sociedade paulistana, a Cia City acabou por gerar um modelo de sucesso que viabilizou seus empreendimentos iniciais e que ainda influencia a atuação imobiliária em São Paulo até hoje


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“Visão: As cidades devem servir a seus moradores, proporcionando qualidade de vida. Missão: Desenvolvimento de "Bairros City" que entusiasmem os moradores pela qualidade de vida que proporciona, dotados de segurança, respeitando a sociedade, os conceitos de cidadania, o meio ambiente e remunerando seus acionistas.”

Missão e Visão da Cia City http://www.ciacity.com.br Visitado em 20 / 06 /2014


Anúncio do Jardim América Acervo Digital da Cia City


Anúncio do Jardim América Acervo Digital da Cia City


Anúncio de 1933 Acervo Digital do Estado de São Paulo


Anúncio de 1937 Acervo Digital do Estado de São Paulo


Jardim América, Perspectiva Aérea Acervo Cia City


Jardim AmĂŠrica, 1928 Acervo Cia City


Alto de Pinheiros, dĂŠcada de 1930 Autor Desconhecido


o plano

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3 o plano


o plano

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Precedentes O empreendedor imobiliário Horácio Sabino herda uma extensa gleba, que

é loteado com o nome de Villa América, em homenagem à sua esposa. Corresponde ao atual bairro Cerqueira César.

Em 1913, Horácio Sabino passa a ser procurador da Cia City. Parte das terras da Villa América são vendidas a City, destinadas para o futuro Jardim América.


Mapa de São Paulo(Villa América), 1913 Prefeitura de São Paulo


o plano

Antes da contratação de Raymond Unwin e Barry Parker em 1913, estava previsto um projeto que seguia previa o traçado usual de xadrez: cruzamentos ortogonais e quadras retangulares, trapezoidais e triangulares. A proposta do tabuleiro se baseava em ruas

contínuas às já existente nos bairros vizinhos.

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o plano

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O plano de Parker e Unwin segue os eixos estruturadores do plano anterior, entretanto o caráter urbanístico é completamente diverso.

“A atração criada foi propor uma diferenciada integração entre cidade, arquitetura, paisagem e natureza: um

pitoresco ambiente de ruas sinuosas, arborizadas, casas “ilhadas” em meio à vegetação e o público e o privado dissimulados na continuidade entre ruas e jardins demarcada por discretas cercas vivas de pouca altura. (SEGAWA, Hugo)”

No projeto de 1913, previa-se ruas longas, sinuosas, jardins de acesso privativo aos lotes a eles interligados, no interior das quadras.





o plano

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Vinda de Barry Parker ao Brasil em 1917 resulta em mudanças no projeto: Eliminação de boa parte dos edifícios públicos; subúrbio-jardim; Do projeto original, mantiveram-se a igreja no cruzamento da avenida Colômbia com a avenida Brasil (Igreja Nossa Senhora do Brasil), um clube na quadra 22 (Clube Paulistano) e algumas atividades comerciais na rua Estados Unidos;

Uso exclusivamente residencial destinado para as classes mais altas.


o plano

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Mudança no desenho das quadras Ampliação do número de pequenas praças Interrupção de ruas muito longas Diminuição no número de cruzamentos

Os jardins privados para a ser semipúblicos no interior da quadra, com acesso da rua para pedestres O Jardim América pretendido por Parker seria um subúrbio sem cercas, igual ao subúrbio norteamericano.



Configuração do Jardim América, 1930 Parker e Unwin


Anúncio do Jardim América Acervo Digital da Cia City


Projeto Jardim América, 1913 (superior) Configuração final do loteamento, nos anos de 1940 (inferior) Parker e Unwin


Jardim AmĂŠrica, 1950 Acervo Digital da Cia City


Jardim AmĂŠrica atualmente Google Street View


Inovações do traçado urbano no plano

E suas relações com o entorno


Preocupação com a construção do bairro, sua valorização e possível descaracterização

“Em minha primeira visita ao Jardim América eu percebi que seu poder de atração para moradores teria que ser em grande parte o de uma atração criada. Com isso eu quero dizer que a falência ou o sucesso dependem em um grau excepcional do projeto, planejamento e do tipo de casa e de morador escolhidos.” -Barry Parker


“Meu maior temor para o futuro do Jardim América advinha da idia comum dos proprietários de que se deve fazer um “show”, para impressionar os que passam, resultante em cada casa voltando as costas para os jardins semipúblicos e portanto que estes fossem gradualmente sendo rodeados por agenciamentos de fundos – garagens banheiros de empregados, lavanderias, galinheiros, depósitos, lixeiras, etc. Se isto acontecesse os jardins semipúblicos logo deixariam de ser agradáveis e convidativos e não seriam frequentados e se tornariam nada mais do que extensões dos pobres quintais.”

“Outro temor que eu tinha pelo Jardim América era o de que as ruas em si pudessem tornar-se monótonas e desinteressantes pela ação de proprietários construindo cercas envolvendo seus jardins de modo que os passantes não pudessem ver através delas, como tem acontecido em tantos outros subúrbios ingleses, onde uma monotonia inigualável revela às vezes um caminho, por milhas, entre duas cercas altas.”

-Barry Parker


Casas projetadas por Barry Parker

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obrigado!


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caio de benedetto 8010642

julia hirakawa 8011038

gabriel rizzo 8011132

luiz fuzille 8010642

henrique rocha 8011192

raul lima 8010642

jessica luchesi 8010166

renata portella 8010419


Bibliografia WOLFF, Silvia F.S. Jardim América São Paulo, Edusp / Fapesp / Imesp, 2001 SEGAWA, Hugo. Um inglês nos trópicos: o Jardim América Vitruvius, 01 abril de 2002. Disponível em <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/01.004/3244> Acesso em: 20 jun. 2014 HOWARD, Ebenezer | Tradução: LAGONEGRO, Marco Aurélio Cidades-Jardins de Amanhã São Paulo, ANNABLUME / HUCITEC / 2ª Edição, 2002

Imagens • • •

Acervo Digital do Estado de São Paulo : www.estadao.com.br - Acessado em 20 / 06 / 2014 Acervo Digital da Cia City: http://www.ciacity.com.br/ - Acessado em 20 / 06 / 2014 Acervo Digital da Associação dos Amigos de Alto de Pineiros ( SAAP ): http://saapblog.wordpress.com/2012/08/25/nosso-bairro/ - Acessado em 20/06/2014


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