a vila que reinven tamos mais cores/ arte urbana
horta comunitária
PEC quebra-molas biblioteca comunitária parquinho arquibancada para apresentações
projeto 1 parquinho
o projeto
onde fica?
Este é um trabalho de pesquisa que faz parte do PEAC - Projeto de Extensão de Ação Contínua - Periférico, trabalhos emergentes. O Periférico busca trabalhar com temas marginais, pouco abordados nos cursos de arquitetura e urbanismo de forma emergente, envolvendo as comunidades na elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo nos Trabalhos Finais de Graduação da FAU/UnB. O objetivo desta pesquisa é identificar os padrões de urbanismo emergente da Vila Cultural da 813 Sul, defininindo diretrizes para o local através do processo participativo. Ao longo do processo, conscientizando os habitantes da vila quanto à regularização fundiária, à sustentabilidade ambiental e o direito à cidade, de forma a auxiliar também na articulação entre os moradores, reforçando a importância da força coletiva nos processos de resistência da comunidade.
A Vila Cultural é um assentamento informal que surgiu em meados de 1980. Assim como a Vila Telebrasília, a Vila Planalto e a Candangolândia, é uma das poucas áreas da cidade onde permaneceu e resistiu o urbanismo emergente. Conhecida também como Vila das Nações ou Vila Cobra Coral, o local abriga a sede de alguns coletivos voltados à educação sociocultural e à promoção da cultura popular dentro do Distrito Federal. Assim como o Mercado Sul, em Taguatinga, outra importante ocupação cultural do DF, a Vila Cultural se caracteriza por ser uma ocupação do ponto de vista da arte e do ponto de vista dos movimentos sociais também. Segundo Rolnik (2016), as ocupações que representam esse duplo movimento, além de resistir por habitação, almejam ressignificar lugares públicos menosprezados, o que simboliza não só uma luta pelo
micro planejamento urbano
individual coletivo, mas também pela apropriação do espaço da cidade a fim de permitir que a população o reconheça e nele intervenha. E esse movimento é especialmente importante quando se trata de uma ocupação instalada dentro dos limites do Conjunto Urbanístico de Brasília, como é denominada a área tombada da capital. A própria presença da vila no Plano Piloto é também resistência, considerando a sua localização em um espaço urbano que historicamente visou a segregação e diferenciação da sua população, desde o momento em que a cidade nasceu.
l u S L2
Vila Cultural 813 Sul
l u S L4
Projeto 1 Parquinho
Projeto 2 Entrada do Parque
circulação fechada para carros
Projeto 3 Nova conexão
conexão aberta com o parque da Asa Sul
lugares para sentar mais cores/ arte urbana
Projeto 4 Pracinha do meio
pergolado
projeto 2 entrada do parque
porta do condomínio aberta
Projeto 5 Rua Externa
espaço semipúbico
placas trilha suspensa
mesinhas e cadeiras
Projeto 6 Vendinha
bacia de evapotranspiração árvores frutíveras
projeto 3 nova conexão
Projeto 7 Entrada de Baixo arquibancada móvel
horta comunitária elevada
palco móvel
projeto 4 pracinha do meio
metodologia
espaço semipúblico
mão na massa mais ações
questionário caminhos sombreados
jogo oásis coleta seletiva
bacia de evapo transpiração
projeto 5 via externa
aproximação
análise da legislação
pracinha ambulantes
arquibancadas móveis
diagnóstico da área
obstáculos p/ automóveis
canais de infiltração
agrofloresta
primeiras diretrizes
novos sonhos jogo dos padrões
micro planejamento urbano
processo participativo
bicicletário
bacia de evapotranspiração
cobertura em bambu
mesinhas e cadeiras
projeto 6 vendinha
composteira comunitária
mais árvores
projeto 7 entrada de baixo
coleta seletiva
sinalização mesinhas e cadeiras
faixa de pedestre na L4
Trabalho Final de Graduação 1º2017 Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB Universidade de Brasília Brasília, julho de 2017
campo de futebol
Caio Fiuza matrícula 10/0095488 sob orientação da profa Dra Liza Andrade
Além do Jogo Oásis, outra dinâmica utilizada foi o Jogo dos Padrões, metodo aplicado no Grupo de Pesquisas Periféricos. Nesta dinâmica, foram reunidos os padrões espaciais gerados através do diagnóstico e também outras soluções que surgiram a partir das entrevistas, do questionário e do processo do Jogo Oásis. Esses padrões foram impressos junto à uma mapa geral da vila, de forma a aproximar a comunidade das decisões de projeto. É um processo de microplanejamento urbano participativo, em que a comunidade é convidada a selecionar as ideias, discutir e pensar novas diretrizes para a vila como um todo. As dinâmicas utilizadas para o processo participativo apresentaram resultados surpreendentes. O Jogo Oásis, além de promover a alteração nos espaços comuns, foi extremamente
eficaz para fortalecer a articulação entre os habitantes da vila e potencializar as transformações na área. O sucesso de tal ação foi essencial também para dar continuidade à pesquisa, uma vez que os moradores já estão mais confiantes e mais engajados nos encontros comunitários. O jogo dos padrões também foi uma ferramenta útil para a deliberação de diretrizes que deram início à elaboração do microplanejamento urbano participativo da vila.
Como parte do processo de envolvimento da comunidade e consolidação das redes entre os moradores foi utilizado o Jogo Oásis. O jogo é uma ferramenta cooperativa de apoio à mobilização cidadã criada e desenvolvida pelo Instituto Elos, que já foi aplicada em várias partes do mundo e é uma metodologia aberta, que qualquer pessoa pode utilizar. É uma metodologia lúdica que se desenrola ao longo de sete passos, e culmina em um mutirão comunitário. Utilizando uma maquete, chegamos a um acordo das áreas e das intervenções a serem realizadas no dia da ação, que ocorreu nos dias 22 e 23 de abril de 2017.