Diagn贸stico da Seguran莽a Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
BAHIA 2015
RUI COSTA GOVERNADOR DA BAHIA JOÃO FELIPE DE SOUZA LEÃO VICE-GOVERNADOR
GRUPO GOVERNAMENTAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – GGSAN BRUNO DAUSTER MAGALHÃES E SILVA Presidente FLÁVIO ANDRÉ PEREIRA BASTOS Secretário Executivo Pleno de Secretários do GGSAN Bruno Dauster Magalhães e Silva
Secretário da Casa Civil
Cássio Ramos Peixoto
Secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento – SIHS
Fábio Vilas-Boas Pinto
Secretário de Saúde – SESAB
José Álvaro Fonseca Gomes José Geraldo dos Reis Santos Jerônimo Rodrigues Souza João Felipe de Souza Leão
Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – SJDHDS Secretário de Desenvolvimento Rural – SDR Secretário do Planejamento – SEPLAN
Maria Olívia Santana
Secretária de Políticas para as Mulheres – SPM
Osvaldo Barreto Filho
Secretário de Educação – SEC
Paulo Francisco de Carvalho Câmara Vera Lúcia da Cruz Barbosa
Secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura – SEAGRI Secretária de Promoção da Igualdade Racial – SEPROMI
Comitê Técnico do GGSAN SECRETARIA
TITULAR
SUPLENTE
Lucas Guerrieri Vilas Boas
Jessevanda Galvino de Almeida
Casa Civil
André Santana da Silva
Cristiane Ferreira
SHIS
Maria Cristina Pedreira
Luciana Porto
Maria Cláudia da C. Montal
Simone Janete Oliveira Barbosa
Rose Edna Mata Vianna Pondé
Zelice Pessoa
Elisabete Oliveira Costa dos Santos
Daniel Costa Ferreira
SETRE
SESAB SJDHDS SDR SEPLAN
Natã Vieira
Mateus Santos Silva
SPM
Patrícia Lacerda Lima
Uiara Lopes Nonato
SEC
Amanda Andrade Lima de Oliveira
Almir Pereira dos Santos
Maria Amélia Tourinho Casu
Antônio Laborda
Fabya dos Reis Santos
Rosane Viana Jovelino
SEAGRI SEPROMI
CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO ESTADO DA BAHIA – CONSEA NAIDISON DE QUINTELLA BAPTISTA Presidente JOSÉ GERALDO DOS REIS SANTOS Secretário Geral MÁRCIA VILENICE DE MACEDO DIAS Secretária Executiva REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL TITULAR
SUPLENTE
ANA SALES PLACIDINO Associação Cultural do Patrimônio Bantu – ACBANTU
MARIA LÚCIA GÓES BRITO Associação Cultural do Patrimônio Bantu – ACBANTU
EUNICE SANTOS SOUZA Central Única dos Trabalhadores – CUT
JANETE NASCIMENTO MIRANDA Central Única dos Trabalhadores – CUT
VALQUÍRIA DA CONCEIÇÃO AGATTE Conselho Regional de Nutrição – CRN 5ª
EDINEUSA DE JESUS FERNANDES Associação Baiana de Doenças Falciformes - ABADFAL
EVERALDO VIEIRA União dos Negros pela Igualdade – UNEGRO
GUILHERME BARRETO DOS SANTOS FILHO União dos Negros pela Igualdade – UNEGRO
HILDETE DOS SANTOS Pastoral da Criança
FRANCISCO COLLI Terra Viva
RITA DE CÁSSIA PEREIRA DE JESUS Movimento da Pequena Agricultura – MPA
EDELSON SILVA MOREIRA Movimento da Pequena Agricultura – MPA
JOSÉ SALVO DA SILVA Central das Associações Agropastoril de Fundo e Fecho de Pasto
DOMINGOS BARBOSA FERREIRA Central das Associações Agropastoril de Fundo e Fecho de Pasto
JOSÉ MOACIR DOS SANTOS Instituto Regional de Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA
CÍCERO FÉLIX DOS SANTOS Instituto Regional de Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA
IONÁ PEREIRA DA SILVA Comunidades Organizadas da Diáspora Africana – REDE KÔDYA
CRISTIONÍZIO FRANCISCO DE ALMEIDA Comunidades Organizadas da Diáspora Africana – REDE KÔDYA
JOÃO DA CRUZ DE SOUZA SANTOS Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia – FETAG-BA
URBANO CARVALHO OLIVEIRA União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bahia – UNICAFES
NAIDISON DE QUINTELLA BAPTISTA Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA
AGNALDO ROCHA SANTOS Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA
DEBORA RODRIGUES DA SILVA Fórum Baiano de Economia Solidária – FBES
MARIA DO SOCORRO DOS SANTOS Fórum Baiano de Economia Solidária – FBES
MANOEL UILTON DOS SANTOS (TUXÁ) Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME
LUIZ VIEIRA TITIAH (Pataxó Hã-hã-hãe) Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME
VALMIRA LOPES SOUZA Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais – MMTR
ROSINAYRE DE JESUS OLIVEIRA Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais – MMTR
MARIA ELIANA LIMA SANTOS Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Estado da Bahia – FETRAF-BA
PAULINO PEREIRA DE OLIVEIRA Federação dos trabalhadores da Agricultura Familiar do Estado da Bahia – FETRAF-BA
IRACEMA LIMA SANTOS Rede de Educação do Semiárido – RESAB
NEUZA MARIA GOUVEIA SCHNEITER Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – IBFAN-BRASIL
CARLOS EDUARDO O. DE SOUZA LEITE Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais – SASOP
MÁRCIA MARIA PEREIRA MUNIZ Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais – SASOP
MARIA DO CARMO CONCEIÇÃO SANTOS Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
MARIA ROSA DO CARMO OLIVEIRA Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
LUCIANA NEVES SARNO CÁRITAS – Brasileira Regional Nordeste 3
AMANDA SANTOS SILVA CÁRITAS – Brasileira Regional Nordeste 3
CÉLIA SANTOS FIRMO Movimento de Organização Comunitária – MOC
GUTIERRES BARBOSA GASPAR DE SOUZA Centro de Assessoria do Assuruá – CAA
SIMPLÍCIO ARCANJO RODRIGUES Coordenação Nacional dos Quilombolas – CONAQ
NELSON NUNES DOS SANTOS Coordenação Nacional dos Quilombolas – CONAQ
CARLOS ALBERTO F. DOS SANTOS Movimento de Luta pela Terra – MLT
ANTONIO ANICETO DE ALMEIDA Movimento de Trabalhadores(as) Rurais e Assentados(as) e Acampados(as) da Bahia – CETA
JANICE DE JESUS VIEIRA Rede de Alimentação
BENEDITA VARJÃO BARBOSA Rede Moinho – Economia Solidária
JOSÉ CONCEIÇÃO DE JESUS Movimento Estadual de Pescadores
MARIA LÚCIA FREITAS NASCIMENTO Movimento Estadual de Pescadores
REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO CASA CIVIL
Titular: BRUNO DAUSTER MAGALHÃES E SILVA
Suplente: FLÁVIO ANDRÉ PEREIRA BASTOS
SJDHDS
Titular: JOSÉ GERALDO DOS REIS SANTOS
Suplente: ROSE EDNA MATA VIANNA PONDÉ
SEAGRI
Titular: PAULO FRANCISCO DE CARVALHO CÂMARA
Suplente: DERNIVAL OLIVEIRA
Titular: FÁBIO VILAS-BOAS PINTO
Suplente: MARIA CLÁUDIA COSTA MONTAL
Titular: OSVALDO BARRETO FILHO
Suplente: DARLAN GOMES DOS SANTOS
SESAB SEC SETRE SEPLAN SEMA SPM SEPROMI SDR SECTI
Titular: JOSÉ ÁLVARO FONSECA GOMES
Suplente: MILTON BARBOSA DE ALMEIDA FILHO
Titular: JOÃO FELIPE DE SOUZA LEÃO
Suplente: CLÁUDIA MONTEIRO FERNANDES
Titular: EUGÊNIO SPENGLER
Suplente: JOSÉ PONDÉ JUNIOR
Titular: MARIA OLÍVIA SANTANA
Suplente: UIARA LOPES NONATO
Titular: VERA LÚCIA DA CRUZ BARBOSA
Suplente: FABYA DOS REIS SANTOS
Titular: JERÔNIMO RODRIGUES SOUZA
Suplente: MARCELO VIEIRA MATOS DA PAZ
Titular: MANOEL GOMES
Suplente: FRANCISCO ASSIS PINHEIRO FILHO
COORDENAÇÃO TÉCNICA FLÁVIO ANDRÉ PEREIRA BASTOS - Secretário Executivo do GGSAN/Casa Civil JAINEI CARDOSO - Membro do GGSAN pela SEDES entre 2011 – 2014 / Consultora SANDRA MARIA CHAVES DOS SANTOS – Docente da Escola de Nutrição da UFBA e coordenadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas - UFBA
COLABORADORES Prof. Ms Marlus Henrique Queiroz Pereira
Docente da UFOB e pesquisador do Núcleo de Morfologia e Saúde - UFOB
Profª Ms Bárbara Eduarda Panelli-Martins
Docente do Centro de Ciência da Saúde da UFRB
Profª Drª Cíntia Mendes Gama Ms Marie Aliaga
Ms Juçara Ana Bastos da Costa Accioly Profª Ms Luana Ediara Moreira Piton Ms Mayara Ferreira Santos Ms Tania Mara Buranelli Soares
Laís Santos Calmon
Docente da Escola de Nutrição da UFBA e pesquisadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas - UFBA Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – UFBA e pesquisadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição - UFBA Pesquisadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição - UFBA Docente do Centro Universitário Estácio da Bahia Pesquisadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição - UFBA Servidora pública da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e pesquisadora do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição - UFBA Discente do Curso de Graduação em Nutrição da Escola de Nutrição - UFBA e bolsista de iniciação científica do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição - UFBA
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA EMPRESA GRÁFICA DA BAHIA - EGBA
SUMÁRIO Apresentação .................................................................................................................. 09 1. Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia ................... 13 2. Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional nos Territórios de Identidade da Bahia ....................................................................................................... 35 1. Território Bacia do Jacuípe ................................................................................. 43 2. Território Bacia do Paramirim............................................................................ 47 3. Território Bacia do Rio Corrente ........................................................................ 52 4. Território Bacia do Rio Grande .......................................................................... 56 5. Território Baixo Sul ............................................................................................. 61 6. Território Chapada Diamantina ........................................................................ 65 7. Território Costa do Descobrimento ................................................................... 69 8. Território Extremo Sul ........................................................................................ 73 9. Território Irecê ..................................................................................................... 77 10. Território Itaparica ............................................................................................ 81 11. Território Litoral Norte e Agreste Baiano ....................................................... 86 12. Território Litoral Sul ......................................................................................... 90 13. Território Médio Rio das Contas ...................................................................... 95 14. Território Médio Sudoeste da Bahia ................................................................ 100 15. Território Metropolitano de Salvador ............................................................. 105 16. Território Piemonte da Diamantina ................................................................ 109 17. Território Piemonte do Paraguaçu .................................................................. 114 18. Território Piemonte Norte do Itapicuru .......................................................... 119 19. Território Portal do Sertão ................................................................................ 124 20. Território Recôncavo ......................................................................................... 129 21. Território Semiárido Nordeste II ...................................................................... 134 22. Território Sertão do São Francisco .................................................................. 139 23. Território Sertão Produtivo .............................................................................. 144 24. Território Sisal ................................................................................................... 149 25. Território Vale do Jiquiriçá ............................................................................... 154 26. Território Velho Chico ....................................................................................... 159 27. Território Vitória da Conquista ........................................................................ 164 3. Discussão .................................................................................................................... 173 4. Considerações Finais ................................................................................................. 177 Referências Bibliográficas ............................................................................................. 179 Siglas .............................................................................................................................. 182
APRESENTAÇÃO O “Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia” é parte integrante do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Nele, buscamos apresentar com mais detalhes a situação da segurança alimentar no Estado, a partir do olhar dos mais de 2 mil representantes da sociedade civil e do poder público que participaram das etapas territoriais e estadual da 4ª Conferência Estadual de SAN (CESAN), ocorrida em 2011, da análise de dados secundários produzidos pelo governo federal e outras instituições, a exemplo da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD/IBGE) e de pesquisa da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que desenvolveu uma metodologia de avaliação da segurança alimentar. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), os esforços combinados do Plano Brasil Sem Miséria retiraram cerca de 3,5 milhões de pessoas da extrema pobreza em nosso estado. A Bahia contribuiu de forma expressiva para que o Brasil saísse do Mapa da Fome das Nações Unidas em 2014, um fato inédito na nossa república e que nos orgulhamos em comemorar. Os dados do IBGE apontam para um avanço significativo da segurança alimentar na última década. Em 2004, a Bahia tinha 49,7% dos domicílios em situação de segurança alimentar. Em 2013, esse percentual passou para 62,2%, ou seja, 1,2 milhão de domicílios (cerca de 4 milhões de pessoas) passou a ter garantia de alimentação adequada. Estes e outros avanços nos estimulam a continuar enfrentando os desafios que se apresentam. Seguimos firmes no trabalho de melhorar a vida dos baianos e baianas, honrando o compromisso de fomentar a produção e o abastecimento alimentar a partir da agricultura familiar e da economia solidária, disseminar práticas e ações de convivência com o Semiárido, universalizar o acesso à água, promover processos de educação alimentar e nutricional, reduzir a insegurança alimentar da nossa população e, enfim, consolidar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) na Bahia.
Bruno Dauster Secretário da Casa Civil Presidente do GGSAN
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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Diagn贸stico da Seguran莽a Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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Grupo Governamental de Seguranรงa Alimentar e Nutricional
1. Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
A
construção deste diagnóstico exigiu a reunião de informações que permitisse contextualizar a situação da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no Estado e os seus determinantes. Para isto, apostou-se na conjugação de dois olhares diferentes e complementares sobre a realidade: a dos sujeitos que percebem e vivenciam as situações de insegurança alimentar concretamente em seus territórios, e sobre elas refletem e explicam; e a do conhecimento acumulado sobre tais situações, com dados e indicadores presentes nos estudos técnicos e acadêmicos produzidos pelas universidades e institutos de pesquisas. O primeiro olhar foi captado a partir do diagnóstico participativo realizado durante as 19 conferências territoriais. Nesta ocasião, os mais de 2.000 representantes do poder público e da sociedade civil dos 27 Territórios de Identidade diagnosticaram a situação dos territórios e identificaram as principais questões que ameaçam a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA. A especificidade de cada território se expressou, mas algumas questões apareceram de forma recorrente, apontando problemas que afetam toda a população baiana,
devendo, por isso, serem enfrentadas pelo PLANSAN, como apontou a Carta Política da 4ª CESAN: “O acesso a terra está sendo negado à maioria da população rural que dela necessita para trabalhar e produzir alimentos”; “A dif iculdade do acesso à água de qualidade para consumo humano, produção de alimentos e dessedentação animal, provocada pela infraestrutura insuf iciente e inadequada de captação, armazenamento e distribuição, vem atingindo população rural e urbana”; “Processos incipientes de apoio a Agricultura Familiar não respondem às necessidades de desenvolvimento e de produção de alimentos, aliados a uma legislação que, em nome de exigências sanitárias, marginaliza os agricultores familiares, impedindo-os de comercializarem seus produtos”; “Educação descontextualizada”; “A maioria dos municípios não possui a Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional – COMSEA e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN”. Estas indicações serviram de roteiro para a exploração de informações e a análise de dados que comDiagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
13
põem o diagnóstico presente neste capítulo. O esforço de construção desse olhar mais aprofundado, foi estruturado com o levantamento de informações e dados secundários, que foram apresentados e discutidos nas oficinas intersetoriais realizadas pelo GGSAN para elaboração da Plano. Os debates ocorridos durante a 4ª Conferência Estadual de SAN + 2, em novembro de 2013, também serviram de subsídios para este esforço. A análise produzida neste processo levou em consideração a diversidade das realidades territoriais e a análise das múltiplas dimensões da SAN: produção e disponibilidade de alimentos; renda e condições de vida; acesso à alimentação adequada e saudável; saúde, nutrição e acesso aos serviços de saúde; educação; e programas e ações relacionados à SAN. Sempre que possível, buscou-se observar a influência dos aspectos relacionados à cor/raça, sexo, faixa etária e local de domicílio no comportamento dos fenômenos, visando identificar desigualdades que precisam ser enfrentadas pelas ações do Plano.
14
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
A exposição que passamos a apresentar traz uma análise de como os indicadores relacionados às dimensões da segurança alimentar e nutricional, definidos pelo Decreto nº 7.272/2010, se comportaram na Bahia e uma avaliação da situação da segurança alimentar e nutricional nos territórios a partir da utilização do Protocolo de Indicadores de SAN, metodologia desenvolvida pela Escola de Nutrição da UFBA.
I – Produção e disponibilidade de alimentos: A concentração da terra, as deficiências na infraestrutura de distribuição hídrica e a situação da agricultura familiar no Estado, três situações apontadas pelas conferências como questões prioritárias, impactam na produção e disponibilidade de alimentos, importantes dimensões da segurança alimentar, como demonstram os dados apresentados a seguir. Na tabela seguinte, seguem os dados do IBGE referentes à Produção Agrícola Municipal – culturas temporárias e permanentes 2013.
Área plantada ou destinada à colheita, área colhida e participação no total, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção e participação no total, segundo os principais produtos das lavouras temporárias e permanentes, em ordem decrescente de área colhida – Bahia – 2013 Principais produtos das lavouras temporárias e permanentes
Área plantada ou destinada à colheita (ha)
Área colhida (ha)
Participação no total da área colhida (%)
Quantidade produzida (t)
Rendimento médio (kg/ha)
Valor da produção (1000 R$)
Participação no total do valor da produção (%)
TOTAL
4 515 117
4 198 595
100,0
...
...
12 364 848
100,0
Lavouras Temporárias
3 173 428
2 924 092
69,6
...
...
7 796 674
63,0
Lavouras Permanentes
1 341 689
1 274 503
30,4
...
...
4 568 174
37,0
Soja (em grão)
1 211 267
1 211 267
28,8
2 765 533
2 283
2 301 354
18,6
Milho (em grão)
679 597
570 529
13,6
2 109 906
3 698
882 747
7,1
Cacau (em amêndoa) (2)
532 268
532 268
12,7
152 592
287
773 474
6,3
Feijão (em grão)
461 638
374 186
8,9
230 704
617
459 228
3,7
Algodão herbáceo (em caroço)
295 535
294 471
7,0
924 981
3 141
2 398 610
19,4
Mandioca (2)
185 029
179 116
4,3
1 854 260
10 352
556 479
4,5
Sisal ou agave (fibra) (2)
235 390
168 775
4,0
143 122
848
179 998
1,5
Café (beneficiado) (2)
160 145
160 110
3,8
158 077
987
695 462
5,6
Cana-de-açúcar (2)
117 833
117 545
2,8
6 753 539
57 455
421 199
3,4
Sorgo granífero (em grão)
99 445
93 052
2,2
47 369
509
16 598
0,1
Coco-da-baía (1) (2)
75 368
75 353
1,8
566 531
7 518
259 137
2,1
Banana (2)
74 077
73 837
1,8
1 113 930
15 086
797 503
6,4
Laranja (2)
63 199
63 199
1,5
994 817
15 741
331 002
2,7
Dendê (coco) (2)
53 773
53 773
1,3
203 979
3 793
49 739
0,4
Borracha (látex coagulado) (2)
33 293
33 263
0,8
47 475
1 427
127 296
1,0
Mamona (baga)
69 186
30 280
0,7
9 645
319
14 459
0,1
Maracujá (2)
29 696
29 695
0,7
355 020
11 956
273 771
2,2
Manga (2)
25 422
25 412
0,6
437 919
17 233
242 278
2,0
Castanha de caju (2)
22 964
22 959
0,5
4 269
186
4 486
0,0
Mamão (2)
12 132
12 132
0,3
718 726
59 242
574 852
4,6
Melancia
10 828
10 756
0,3
212 248
19 733
78 974
0,6
Arroz (em casca)
10 658
10 658
0,3
15 777
1 480
10 562
0,1
Guaraná (semente) (2)
6 669
6 669
0,2
2 672
401
18 714
0,2
Batata-inglesa
6 197
6 197
0,1
244 170
39 401
178 099
1,4
Limão (2)
5 846
5 711
0,1
119 261
20 883
57 638
0,5
Abacaxi (1) (2)
5 290
5 280
0,1
104 741
19 837
94 405
0,8
Cebola
4 958
4 958
0,1
112 858
22 763
101 237
0,8
Amendoim (em casca)
4 969
4 937
0,1
5 186
1 050
4 673
0,0
Palmito (2)
4 340
4 340
0,1
26 287
6 057
15 082
0,1
Tomate
4 223
4 223
0,1
201 842
47 796
199 808
1,6
Fumo (em folha)
3 321
3 216
0,1
3 167
985
19 448
0,2
Uva (2)
2 357
2 357
0,1
52 778
22 392
131 895
1,1
Pimenta-do-reino (2)
1 762
1 762
0,0
4 049
2 298
19 825
0,2
Melão
1 589
1 589
0,0
33 431
21 039
19 585
0,2
Urucum (semente) (2)
1 377
1 377
0,0
1 469
1 067
2 099
0,0
Batata-doce
1 180
1 147
0,0
9 386
8 183
7 149
0,1
Goiaba (2)
699
699
0,0
9 677
13 844
7 966
0,1
Tangerina (2)
782
682
0,0
11 056
16 211
4 726
0,0
Alho
640
640
0,0
6 740
10 531
32 046
0,3
Abacate (2)
72
72
0,0
456
6 333
358
0,0
Maçã (2)
47
47
0,0
702
14 936
804
0,0
Girassol (em grão)
45
45
0,0
20
444
14
0,0
Caqui (2)
8
8
0,0
32
4 000
29
0,0
Marmelo (2)
3
3
0,0
15
5 000
41
0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Produção Agrícola Municipal 2013. (1) Quantidade produzida em 1 000 frutos e rendimento médio em frutos por hectare. (2) A área plantada refere-se a área destinada à colheita no ano.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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Além do revelado pelo IBGE através da PAM 2013, de acordo com o Anuário da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), a Bahia possui 617 mil hectares de plantios florestais dos gêneros Eucalyptus e Pinus, representando 9% da área total de plantios dessas espécies do país (ABAF, 2013). Sendo assim, quando somada a área de plantio de Eucalyptus e Pinus aos dados da PAM-IBGE, observamos que, do total de 5.132.117 ha de áreas plantadas com 45 culturas de lavouras temporárias e permanentes na Bahia, 2.241.635 ha ou 43,7% da área plantada são ocupadas por apenas quatro commodities destinadas à exportação ou que ocupam extensas áreas de monocultura dominadas pelo agronegócio. A soja ocupa área de 1.211.267 ha (23,6%), eucalyptus e pinus 617.000 ha (12%), o algodão 295.535 ha (5,76%) e a cana-de-açúcar 117.833 ha (2,3%). A produção de 30 alimentos básicos mais consumidos pela população constantes na referida lista de 45 culturas utiliza uma área de 1.693.853 ha, correspondendo a 33% da área plantada total, a exemplo do milho (679.597 ha / 13,24%), feijão (461.638 ha / 8,9%), a mandioca (185.029 / 3,6%), banana (74.077 / 1,44%), arroz (10.658 / 0,2%), entre outros. Este quadro resulta de um processo contínuo de aumento na
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produção de grãos para exportação e na redução de cultivos alimentares verificado desde 2000. Segundo dados da SEAGRI, entre 2000 e 2007 a produção de milho aumentou 26% e a de amendoim 140%, enquanto a produção de feijão sofreu redução de 35% e a de arroz 55%. Os demais gêneros produzidos no estado apresentaram aumento da produção entre 2000 e 2007 e redução no período 2008 a 2012. No primeiro período (2000/2007), verificou-se aumento na produção de banana (52%), mandioca (12%), tomate (22%), coco-da-baía (35%), cebola (68%), cacau (6%), café (7%), batata inglesa (82%) e cana-de-açúcar (22%), com redução verificada apenas nas culturas de abacaxi (6%) e laranja (76%). Já no segundo período (2008/2012), o comportamento foi de queda na produção da banana (94%), mandioca (92%), tomate (97%), coco-da-baía (87%), cebola (96%), café (8%), batata-inglesa (99%) e cana-de-açúcar (97%), com intensificação do decréscimo nas culturas de abacaxi (61%) e laranja (90%). A representatividade da agropecuária baiana, familiar e patronal, pode ser notada quando se observa que ela contempla 14% dos estabelecimentos de lavoura (ocupando 7,8% de área) e 9,4% dos estabelecimentos com pastagens do país (16% de área). A agricultura familiar é predominante na
produção de alimentos (70% dos alimentos produzidos), visto que é responsável pela produção de mais da metade do leite de vaca (390.324.310 litros) produzido no Estado, mesmo tendo em seus estabelecimentos menos da metade (43,4%) das 10.229.459 cabeças de gado criadas no Estado. A criação de suínos (717.285 cabeças identificadas para a agricultura familiar e 230.203 para a agricultura patronal) e a de aves (a agricultura não familiar produz 8.309.900 e a agricultura familiar 12.650.814 cabeças) também são preponderantes em estabelecimentos de agricultura familiar. A produção de ovos de galinha, por outro lado, ocorre em maior quantidade em estabelecimentos de agricultura não familiar: 19.304.412 dúzias produzidas pela agricultura familiar e 70.155.520 dúzias pela patronal (Censo Agropecuário – IBGE, 2006). Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal – PAM de 2013 foram produzidos na Bahia: 15 mil toneladas de arroz, 244 mil de batata-inglesa, 6,7 milhões de cana-de-açúcar, 112 mil de cebola, 230 mil de feijão, 1,8 milhão de mandioca, 212 mil de melancia, 2,1 milhões de milho, 201 mil de tomate, 1,1 milhão de banana, 994 mil de laranja, 718 mil de mamão, 1,1 milhão de litros de leite e 84 mil dúzias de ovos de galinha. Já o volume comercializado de frutas,
verduras e legumes no mesmo ano foi de 246 t de batata, 10.764 t de cebola, 5,2 mil t de tomate, 33.902 t de laranja, 182.831 t de mamão, 48 mil t de melancia, 20.613 t de abóbora, 9,8 mil t de cenoura e 9,2 toneladas de mandioca. A confrontação entre a quantidade produzida e a comercializada no estado pode sinalizar o déficit de algumas culturas para garantir o abastecimento do estado, assim como indicar gêneros cuja produção é destinada à exportação, visto que o consumo interno é amplamente inferior. Apesar de representar 87% dos estabelecimentos rurais da Bahia, os 665.831 estabelecimentos de agricultura familiar utilizam apenas 34,1% das terras (9.955.563 ha). A agricultura patronal com apenas 95.697 estabelecimentos (13% dos estabelecimentos da Bahia) ocupa mais de 65% da área agrícola (19.224.996 ha). O Censo Agropecuário 2006 (IBGE) registrou que 87,5% dos produtores são proprietários dos seus estabelecimentos, enquanto 5,9% são ocupantes (44.789 estabelecimentos). Também é significativo o número de produtores sem área (19.363) e assentados sem a titulação definitiva das suas terras (16.046). A condição de arrendatário e parceiro é verificada em 5.862 e 8.653 estabelecimentos, respectivamente. O tamanho insuficiente da propriedade foi identificado durante Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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as conferências territoriais como um limitador para a autossustentação da agricultura familiar, sobretudo no Semiárido. Os dados do IBGE (2006) corroboram com esta percepção ao mostrar que 126.214 estabelecimentos têm área de até 200 hectares. Deste grupo, a maior parcela (67%) tem propriedades com menos de 50 ha, 23% são de grupos de área total de 50 a menos de 100 hectares e apenas 8% são de 100 a 200 hectares, enquanto o módulo rural na maior parte do Estado é de 65 ha e na depressão sertaneja do Semiárido, segundo a Embrapa, o ideal para atividades de pastoreio e extrativismo de forma sustentável seria de 100 ha a 300 ha. O impacto do apoio à agricultura familiar nas condições de vida no campo fica evidenciado quando se observa que ela ocupa 62% do pessoal ocupado nos estabelecimentos rurais da Bahia, enquanto a patronal absorve 37%, apesar de receber um volume mais significativo de crédito (R$ 156 bilhões disponíveis contra R$ 21,7 bilhões para a agricultura familiar
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no Plano Safra 2014-2015). A mão de obra feminina também é mais incorporada pela agricultura familiar: 71% estão ocupadas em estabelecimentos da agricultura familiar, enquanto na patronal estão apenas 29%. Para os homens isto representa 57% e 43%, respectivamente.
II – Acesso à alimentação adequada e saudável, incluindo água: O acesso aos alimentos foi significativamente ampliado na Bahia, visto que a segurança alimentar, que estava presente em menos da metade dos domicílios da Bahia em 2004, já é realidade em 62,2% dos domicílios (PNAD/ IBGE, 2013). Esta ampliação de 25,1%, resultado de quase uma década de investimentos em políticas sociais destinadas à garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA no Brasil e na Bahia, é superior à verificada no país (19%), mas inferior à do Nordeste (33,4%).
Os dados reafirmam a necessidade de priorizar as ações previstas no presente Plano, tendo em vista que, apesar dos avanços obtidos, todos os níveis de insegurança alimentar e nutricional na Bahia estão acima da média nacional, como pode ser observado nos gráficos seguintes. Os dados
indicam a existência de cerca de 1,8 milhão de domicílios baianos que apresentam algum grau de insegurança alimentar e nutricional, ou seja, alguma preocupação futura ou experiência recente de restrição ou privação na quantidade e na qualidade dos alimentos disponíveis no domicílio.
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A insegurança alimentar grave, que expressa restrição severa na quantidade de alimentos disponíveis no domicílio, levando à situação de fome entre adultos e crianças, foi reduzida entre 2004 e 2013, passando de 12,6% para 6,6% dos domicílios. No entanto, o percentual de domicílios nesta condição no estado é o segundo pior do Nordeste e o quinto pior do Brasil. Em números absolutos, em 2013, existiam na Bahia 317 mil domicílios em situação de insegurança alimentar grave ou cerca de 1 milhão de pessoas.
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As estatísticas têm alertado que a insegurança alimentar e nutricional atinge alguns segmentos sociais de forma mais expressiva. Ela está mais presente nos domicílios rurais e naqueles com presença de crianças e adolescentes (45,3% contra 29,4% nos domicílios compostos por membros acima de 18 anos). A população negra também está entre os segmentos mais afetados pela insegurança alimentar e nutricional. Ela ocorre em 44,5% dos domicílios com presença de população negra contra 31% entre os brancos, um percentual 43,5%
superior. A desigualdade verificada entre homens e mulheres, que em 2009 mostrava as mulheres com maior percentual de insegurança alimentar, foi superada, visto que o número de domicílios chefiados por mulheres apresenta um percentual superior de segurança alimen-
tar (58,4% contra 58,2% entre os homens), (PNAD/IBGE, 2013). A prioridade estabelecida para mulheres no acesso a programas com grande impacto na segurança alimentar, a exemplo do Bolsa Família, do PAA e do PRONAF, contribuiu seguramente para isto.
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A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 revelou uma redução de 7,1% no percentual da despesa monetária média mensal familiar com alimentação, que passou de 26,2% em 2002 para 19,1% da despesa total do domicílio em 2008, redução muito acima da verificada no país (-1%). A redução de gastos com alimentação se deve, sobretudo, à ampliação da renda média domiciliar. Apesar da despesa monetária com alimentação no domicílio ainda representar 73,5% do total de gastos com alimentação da família, contra 26,5% de despesa com alimentação fora do domicílio, observa-se tendência de alteração no padrão alimentar do baiano, com a ampliação do hábito de se alimentar fora de casa, visto que o percentual em 2002 era de 22,9%. Esta tendência é ainda mais forte no Brasil, que presenciou um aumento de 7,1%, superior aos 3,6% identificados na Bahia nos gastos
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com alimentação fora do domicílio. Na Bahia, houve aumento do percentual de aquisição não monetária de alimentos de 9% em 2002 para 11,6% em 2008, tendência contrária à verificada no Brasil, que reduziu este percentual de 11,3% para 7,4%. Aqui se nota a viabilidade e a necessidade de apostar em ações que fomentem a produção de alimentos para autoconsumo, sobretudo para as famílias de agricultores familiares, que é parcela muito representativa na população baiana. Apesar de ser uma condição indispensável, o acesso aos alimentos não é suficiente para efetivar o Direito Humano à Alimentação Adequada, uma vez que a repercussão na saúde do consumo de alimentos de baixo valor nutritivo, provenientes de processos não seguros de produção e contaminados por agrotóxicos, configura ameaças significativas à segurança alimen-
tar e nutricional. Da mesma forma, a crescente adoção de hábitos alimentares baseados no consumo de alimentos com alta concentração de sódio, açúcares e gorduras vem resultando no aumento de doenças cardiovasculares e diabetes. Para uma alimentação saudável, a Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda a ingestão de cereais, frutas e hortaliças em maior quantidade. Os alimentos ricos em proteínas devem ser ingeridos com moderação, como as carnes e laticínios. Já os açúcares e óleos devem ser ingeridos em quantidades mínimas. A Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2008-2009 mostrou que os baianos consomem cerca de 36,3kg de cereais por ano, 26,9 kg/ano de hortaliças e 30,3 kg/ano de frutas. A dieta é rica em carboidratos com ingestão anual de 28,1 kg de farinhas, féculas e massas e de 24,7 kg/ano de panificados. As proteínas mais consumidas são as carnes (25,6 kg/ano), pescados (3,6 kg/ano), aves e ovos (16,6 kg/ano) e laticínios (30,2 kg/ ano). É significativo o consumo de açúcares e doces (21,3 kg/ano), sais e condimentos (4,8 kg/ano), óleos e gorduras (7,5 kg/ano), bebidas e infusões (30,3 kg/ano) e alimentos preparados (0,98 kg/ano). Esta pesquisa aponta ainda que o baiano consome mais feijão, raízes e tubérculos, frutas e sucos naturais, verduras e legumes e açúcar de mesa e refrigerantes do que os brasileiros
e nordestinos. A participação destes grupos de alimentos na disponibilidade domiciliar de alimentos na Bahia é de 8,2%, 11,8%, 2,2%, 09% e 13,2%, respectivamente, contra 5,4%, 4,8%, 2,0%, 0,8% e 13% no Brasil e 7,4%, 7,7%, 1,9%, 0,7% e 13,1% no Nordeste. Já o consumo de cereais, leite e derivados, carnes, refeições prontas e misturas industrializadas é inferior ao verificado no Nordeste e no Brasil. Na Bahia, estes alimentos representam 31,1%, 4,7%, 11,7% e 2,5% dos alimentos disponíveis no domicílio, respectivamente, enquanto no Brasil representam 35,2%, 5,8%, 12,3% e 4,6% e no Nordeste 37,2%, 4,6%, 12% e 2,7%. Salvador apresenta a maior disponibilidade de cereais, carnes, leite e derivados, ovos, frutas, verduras e legumes, gorduras animais, bebidas alcoólicas, oleaginosas, condimentos e refeições prontas e misturas industriais do que o percentual verificado para o Estado. O consumo maior destes grupos de alimentos e a disponibilidade bem inferior de feijão, raízes e tubérculos estão associados à existência de diferentes culturas alimentares nos territórios da Bahia, à influência dos modos de vida na formação do padrão alimentar e à existência/ inexistência de infraestrutura que possibilita que alguns gêneros estejam disponíveis nos territórios, além do impacto da relação preço dos alimentos/média de renda das cidades. Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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Entre os anos de 2011 e 2013, a Bahia enfrentou a pior seca dos últimos 60 anos, tendo sido considerado o estado com situação mais grave com até 270 municípios afetados, principalmente na região semiárida. Diferente daquilo que ocorreu em outros períodos de seca prolongada, a exemplo da ocorrida entre os anos de 1979 e 1985, quando um milhão de pessoas morreram por falta de água e alimentos no semiárido brasileiro, nenhuma vida humana pereceu por causa dos efeitos da seca, assim como não se observou um êxodo rural significativo. Isso se deve a um conjunto de ações implementadas pelos governos federal e estadual e pela sociedade civil, com destaques para a construção de cisternas e outros programas sociais que protegeram a população mais pobre, como o Programa Bolsa Família, o aumento do salário mínimo e a ampliação da cobertura da aposentadoria rural e do seguro-safra. Por outro lado, a oferta de alimentos foi significativamente prejudicada, levando à elevação no preço dos alimentos, decorrente da necessidade de importação de gêneros produzidos em outros estados. Isto se refletiu no valor da cesta básica na capital baiana, cidade que sentiu a maior variação nos preços em 2012 (DIEESE, 2012). Na Pesquisa Nacional da Cesta Básica (2012), Salvador apresentou a maior elevação no preço da
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carne (10,98%), leite (20%), pão (25,81%) e manteiga (18,31%). Neste contexto, os salários e os benefícios sociais recebidos por parcela significativa da população mais pobre do estado perderam poder aquisitivo. Por conta disso, voltou a ocorrer na Bahia situações que não se viam há tempos, como distribuição de alimentos para moradores das áreas afetadas. Em 2012, o impacto da seca prolongada no abastecimento alimentar da Bahia foi bastante sentido, refletindo-se no aumento expressivo no preço dos alimentos. Neste ano, Salvador foi a capital brasileira que apresentou a maior elevação no preço da cesta básica. Ainda assim, ela se manteve entre as cidades pesquisadas com menor valor médio da cesta de alimentos. Em novembro de 2014, o valor da cesta básica na capital baiana foi calculado em R$255,72, segunda mais barata do país, perdendo apenas para Aracaju (R$241,72), (DIEESE, 2014). O percentual de domicílios particulares permanentes com acesso à rede de abastecimento de água na Bahia (82,8%) é inferior ao nacional (85,3%), segundo a PNAD-IBGE (2012). No entanto, os investimentos realizados nos últimos anos para a ampliação do acesso a água, com destaque para o Programa Água para Todos do Governo do Estado, resultaram numa expansão mais acelerada da cobertu-
ra (16,3%) do que a verificada no Brasil (5,4%). Os dados dos censos demográficos também evidenciam o crescimento mais acentuado da cobertura da rede de abastecimento de água na Bahia: passou de 69,9% em 2000 para 80,3% em 2010, enquanto no Brasil a cobertura passou de 77,97% para 82,85% no mesmo período. A existência de escolas sem fontes regulares de abastecimento de água foi um problema destacado pelos participantes da 4ª CESAN+2. Esta situação está retratada nos dados do Censo Escolar 2013 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas – INEP, que aponta que apenas 61,1% das escolas da educação básica na Bahia têm o seu abastecimento de água proveniente da rede geral de distribuição, percentual inferior ao verificado para o conjunto das escolas brasileiras (67,7%). Esta situação era ainda mais dramática, visto que em 2010 este percentual era de 55,4%, verificando-se uma ampliação de 10,3% entre 2010 e 2013. O abastecimento das escolas sem acesso à rede geral de distribuição de água ocorre por meio de poço artesiano (14,8%), cacimba (11,7%) e rio (6,2%). Existem
ainda 4,2% sem acesso aos tipos de abastecimento anteriormente mencionados. Já o acesso ao esgotamento sanitário é realidade em 95,1% das escolas, sendo 67,9% por meio de fossa séptica e 28,3% através da rede pública de esgoto. A predominância da fossa séptica na Bahia evidencia que a cobertura da rede de esgoto é muito inferior à verificada no conjunto das escolas brasileiras (52,2%).
III – Renda e Condições de Vida A insegurança alimentar e nutricional é um fenômeno intimamente relacionado à pobreza. Conforme gráficos seguintes, quanto menor o rendimento domiciliar per capita maior é a prevalência de INSAN moderada ou grave dos moradores. Entre os domicílios sem rendimento 35,1% dos moradores apresentam INSAN moderada ou grave. Este quadro é de 35,4% para os domicílios que têm renda per capita até ¼ do salário mínimo, 22,3% para mais de ¼ a ½ do salário mínimo e apenas 1,3% para os domicílios com renda per capita com mais de dois salários mínimos (PNAD/IBGE, 2013).
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O último Censo Demográfico realizado em 2010 revelou uma significativa desigualdade regional na média mensal de rendimento domiciliar per capita nominal. O Sudeste apresentou o maior rendimento médio (R$ 812,00), muito acima da média nacional (R$ 668,00) e quase duas vezes o valor encontrado no Nordeste (R$ 407,00), região com o rendimento mais baixo do país. O Estado da Bahia apresentou uma renda média domiciliar de R$ 481,18, acima do valor calculado para a Região Nordeste, mas cerca de 50% infe-
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rior ao rendimento apurado para o país. Entre 2000 e 2010, o rendimento mensal dos domicílios baianos teve variação positiva superior (130%) que a verificada no Brasil (106%) (Censo Demográfico do IBGE 2000-2010). A PNAD também aponta a ampliação maior na renda dos baianos (95%) entre 2006 e 2012 do que nos domicílios brasileiros (79%). Os municípios de grande porte (acima de 100 mil habitantes) foram aqueles que apresentaram os maiores valores: Salvador (R$ 935,66), Feira de Santana
(R$ 646,63) e Vitória da Conquista (R$ 543,45). Entre os territórios, a Região Metropolitana foi a que apresentou o melhor resultado (R$ 855,56), inclusive acima da média nacional, seguida pelo Portal do Sertão, Extremo Sul, Oeste Baiano e Litoral Sul. Já os valores mais baixos foram encontrados no Velho Chico (R$ 244,13), Semiárido Nordeste II, Bacia do Jacuípe, Bacia do Paramirim e Sisal. Na Bahia a renda dos mais ricos é 41,9 vezes maior que a dos mais pobres, muito superior à nacional (33,9). Apesar de todos os municípios apresentarem tendência de redução, alguns municípios ainda apresentam uma desigualdade muito acima dos demais, a exemplo de Jaguarari (108,92), Santa Cruz da Vitória (92,6), Formosa (84,6), Entre Rios (80,6) e Buerarema (79,7). As menores taxas de desigualdade são encontradas nos municípios de Firmino Alves (9,6), Macarani (11,8), Wenceslau Guimarães (12,9) e Aurelino Leal (13,8). Acompanhando a mesma tendência no plano regional e nacional, houve uma diminuição no grau de concentração da distribuição de renda na Bahia entre 2000 e 2010. O Índice de Gini da distribuição de renda domiciliar per capita caiu de 0,665 para 0,627. No Brasil e na Região Nordeste, o índice variou de 0,640 para 0,606, e de 0,668 para 0,627, respectiva-
mente. Esses resultados podem ser justificados pelo aumento de renda, principalmente das classes que apresentavam os menores níveis de renda no ano 2000, impulsionado por políticas de transferência de renda e aumento nos níveis de emprego. O percentual da população com renda menor que ½ salário mínimo passou de 71,76% em 2000 para 54,30% em 2010. Apesar dessa diminuição, esse valor está acima da média nacional (34,67%) e pouco abaixo da média da Região Nordeste (56,10%). Os territórios que apresentaram os percentuais mais elevados foram o Velho Chico (71,72%), o Semiárido Nordeste II (69,03%), a Chapada Diamantina (68,38%) e o Sisal (68,18%). Não tão distante, mas com os percentuais menores, estão os territórios Metropolitano (35,83%), Portal do Sertão (48,72%) e Extremo Sul (51,60%). A condição de baixa renda está relacionada à dificuldade de acesso a bens e serviços essenciais, bem como à aquisição de alimentos, um dos principais condicionantes da segurança alimentar e nutricional. Os baianos ainda enfrentam condições de vida mais difíceis que a população brasileira, mas a ampliação da cobertura de serviços básicos como o acesso à rede de esgotamento sanitário e a coleta de lixo está ocorrendo num ritmo mais acelerado que no resto Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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do país. O percentual de domicílios ligados à rede de esgotamento sanitário passou de 42,9% em 2000 para 51,7% em 2010, representando um aumento de 20,5%, muito superior aos 7% verificados no Brasil. Já a coleta de lixo chega a 76,2% dos domicílios, após aumento de 23,7% na cobertura existente em 2000 (61,6%), ampliação maior do que a nacional (10,7%). A maior ampliação ocorreu entre 2006 e 2012, quando houve aumento de 20,7% na cobertura do esgotamento sanitário e de 8,6% do serviço de coleta de lixo, segundo dados da PNAD (2001-2012).
IV – Saúde, nutrição e acesso a serviços relacionados A saúde dos brasileiros é reconhecida como uma condição resultante de fatores condicionantes e determinantes como: renda, saneamento básico, habitação, educação, transporte, lazer, alimentação e o acesso aos bens e serviços, conforme previsto na legislação vigente no país (Lei 8.080/90). A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde segundo a Política Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN (2012), destacando a importância da alimentação adequada e saudável para garantia do pleno potencial de crescimento e desenvolvimento
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humano, com qualidade de vida e cidadania. Nas últimas décadas, a população brasileira vem passando porgrandes transformações sociais, econômicas e demográficas que resultaram em mudanças no seu padrão de saúde e consumo alimentar. Essas transformações são refletidas na transição nutricional, onde observam-se diminuição da fome e desnutrição e, por outro lado, o aumento progressivo do excesso de peso em todas as camadas da população, apontando para um novo cenário de problemas relacionados à alimentação e a nutrição. O padrão de consumo e os hábitos alimentares da população brasileira têm sofrido profundas mudanças ao longo do tempo, com maior tendência à adoção da dieta ocidental, rica em alimentos ultraprocessados, com elevado teor de gorduras, açúcares, sal e pobre em fibras, vitaminas e minerais. Embora existam políticas públicas que incentivem melhoria nesse panorama, ainda existem brasileiros em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional – INSAN. Nota-se uma associação inversamente proporcional entre a gravidade da insegurança alimentar e o acesso aos determinantes e condicionantes de saúde. Essa associação pode ser exemplificada quando se observam os domicílios com INSAN grave, onde apenas 34,4% deles tinham acesso à rede de esgo-
tamento sanitário (PNAD/IBGE, 2013). As condições de acesso a serviços sociais, de saneamento e de saúde, ao incidirem sobre o estado de saúde do indivíduo, podem limitar a utilização biológica dos nutrientes oriundos dos alimentos consumidos. Alguns indicadores de saúde, a exemplo da Taxa de Mortalidade Infantil – (TMI) refletem de maneira geral as condições de desenvolvimento socioeconômico e de infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil, segmentos mais susceptíveis aos agravos à saúde. Entre os censos de 2000 e 2010, o Brasil apresentou uma diminuição dessa taxa de 29,7% para 15,6% (IBGE, 2010). Na Bahia, nesse mesmo período, segundo os dados da SESAB/SUVISA/DIS, essa taxa caiu de 26,6% para 18,3%. Apesar de acompanhar a tendência e o ritmo de redução na taxa de mortalidade infantil do país, a Bahia ainda possui taxa bem maior que a nacional. O acesso aos serviços de saúde na atenção básica pela Estratégia Saúde da Família é fundamental para a melhoria dos indicadores de saúde da população, inclusive aqueles relacionados com os aspectos nutricionais. Isso porque essa estratégia trabalha na promoção da saúde, com foco na prevenção de doenças e agravos à saúde.
A cobertura estimada desta estratégia tem crescido no Estado, passando de 50,05% em 2007 para 71,07% em 2014 (MS/DAB, 2015). Porém, apesar dos avanços, a Bahia continua abaixo da média de cobertura estimada para a Região Nordeste (79,65%), distanciando-se de outros estados com elevados percentuais de cobertura estimada, como a Paraíba (94,73%), Sergipe (90,30%) e Ceará (77,24%) (MS/ DAB, 2015). A Macrorregião Leste possui a menor cobertura (46,34%), seguida pela Macrorregião Sul (72,91%) e Macrorregião Centro Leste (79,85%). Os melhores percentuais de cobertura estimada são encontrados nas macrorregiões do Extremo Sul (93,61), Centro Norte (92,20%) e Nordeste (86,22%). Apesar do aumento de 42% na cobertura estimada de Saúde da Família, a Bahia ainda tem necessidade de expansão da Estratégia, pois cerca de 30% da população baiana ainda não tem acesso a este serviço. O acesso ao pré-natal foi ampliado, sendo o percentual de nascidos vivos, de mãe com sete ou mais consultas de pré-natal, de 33,7% (2006) para 51,0% (2014), (SINASC, 20062014). O percentual de crianças menores de 5 anos com peso muito baixo e baixo para a idade foi reduzido de 4,36% em 2008 para 3,85% em 2014 e o de crianças com peso adequado reduziu de 89,9% em Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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2008 para 86% em 2014, enquanto o peso elevado aumentou de 5,79% para 10,15%, representando um problema importante e preocupante para a saúde dessa população que vem sendo acompanhadaspelo SISVAN. Nesse mesmo período, o percentual de crianças nesta faixa etária com altura muito baixa e baixa para a idade foi reduzido de 11,3% para 8,3%, enquanto aumentou o de crianças com altura adequada de 88,7% para 91,8 (SISVAN, 2008-2014). Esses dados refletem um importante crescimento linear, mas um preocupante e grave ganho de peso. O risco de sobrepeso e obesidade vem aumentando entre as crianças menores de 5 anos, adolescentes, adultos e gestantes. O estado nutricional das crianças menores de 5 anos, acompanhadas pelo SISVAN, mostra aumento do peso elevado para a idade passando de 5,79% em 2008 para 10,15% em 2014. Entre os adolescentes (10 a 19 anos) o sobrepeso passou de 11,94% para 18,91% e a obesidade de 4,43% para 11,33%. Nesse mesmo período, verificam-se também o aumento do sobrepeso entre adultos, que passou de 28,81% para 33,97%, e a obesidade, de 15,90% para 22,34% (SISVAN, 2008-2014).
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Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Este contexto, revela a necessidade de implementar ações mais eficientes para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada em todo o estado, especialmente nas regiões mais vulneráveis à Insegurança Alimentar e Nutricional.
V – Educação Os indicadores que expressam os níveis de educação da população brasileira podem auxiliar na compreensão da insegurança alimentar, pois a escolaridade da população influencia não só na seleção, preparo e consumo dos alimentos, mas principalmente nas chances de se obter uma melhor colocação no mercado de trabalho, que está relacionado com a obtenção de renda, que por sua vez amplia as condições de acesso aos alimentos. O impacto da educação na segurança alimentar fica evidenciado quando se observa que a prevalência de insegurança alimentar moderada e grave na Bahia é maior entre aqueles sem instrução e com menos de 1 ano de estudo (22,9%), 1 a 3 anos de estudo (23,6%) e 4 a 7 anos de estudo (20,7%). Este percentual é de 2,1% entre aqueles com 15 anos ou mais de estudo (PNAD/IBGE, 2013).
A taxa de analfabetismo da população brasileira foi reduzida entre 2000 (12,8%) e 2010 (9,4%). Essa tendência ocorreu em todas as regiões do país, com destaque para a Região Sul que apresentou a menor taxa (5,0%) e para a Região Nordeste, onde se observou a maior proporção de analfabetos (18,5%). O Estado da Bahia também seguiu a tendência de diminuição da taxa de analfabetismo no período, passando de 22,6% para 16,2%. Mas, apesar deste avanço, é imperativo reduzir esse indicador para valores mais aceitáveis, como os verifica-
dos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, ambos com 6,1% e no Distrito Federal (5,4%). Os Territórios de Identidade que apresentaram as menores taxas são a Região Metropolitana de Salvador (4,6%), o Portal do Sertão (12,6%) e o Recôncavo (15,8%). Os territórios do Semiárido Nordeste II (30,2%), Sisal (25,3 %), Bacia do Paramirim (25,6%) e Bacia do Rio Corrente (24,5%) devem ser prioritários nas ações de combate ao analfabetismo, visto que possuem as taxas mais elevadas do Estado (Censo Demográfico – IBGE 2010). Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
31
Houve avanços na redução da população infanto-juvenil fora da escola. Os dados da PNAD mostram que o percentual da população de 5 a 17 anos que não frequenta a escola na Bahia foi reduzido quase pela metade, passando de 10,65% em 2001 para 5,92% em 2012, seguindo ritmo semelhante ao do Brasil. Este percentual é maior na população masculina (6,56% contra 5,23% da população feminina) e entre os negros (5,99% contra 4,65% entre os brancos). A desigualdade racial se expressa fortemente na escolaridade da população. A população branca no Brasil possui em média 8,23 anos de estudo contra 6,5 da população negra. Na Bahia, esta desigualdade vem sendo sensivelmente reduzida, resultado das políticas inclusivas e afirmativas implementadas na última década. Os 6,52 anos de estudo em média (2012) verificados na população branca são superiores aos 6,08 entre os negros. No entanto, houve uma ampliação de 62% no tempo de estudo da população negra entre 2001 e 2012, quase o dobro da que ocorreu para a população branca (34%) no mesmo período (PNAD/IBGE, 2001-2012). A taxa de analfabetismo da população negra na Bahia é de 16,11% contra
32
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
13,9% entre os brancos. A distância entre brancos e negros sofreu recuo de 10,5 pontos percentuais entre 2001 e 2012 na Bahia, superior aos 6,1 pontos de redução verificada na taxa nacional. As mulheres baianas têm mais anos de estudo do que os homens: 6,14 contra 5,72, diferença superior à verificada no Brasil (7,29 e 7,25, respectivamente). A maior desigualdade é verificada entre a população rural (2,86 anos de estudo) e a população urbana (6,87 anos de estudo), uma realidade também presente no Brasil: 3,92 anos de estudo contra 7,81, respectivamente. A taxa de analfabetismo na população rural é de 29,01% contra 11,4 entre os urbanos. A redução desta desigualdade na Bahia foi mais que o dobro (9,5 pontos percentuais) da verificada no Brasil (4,1 pontos). Também é maior o número de pessoas de 05 a 17 anos fora da escola na área rural na Bahia (6,5%) e no Brasil (7%) (PNAD/IBGE, 2001-2012). A ausência de conteúdos vinculados às realidades específicas de cada território, as condições de vida da população rural e a ausência de escolas no campo contribuem para este quadro, segundo os participantes da 4ª CESAN.
Diagn贸stico da Seguran莽a Alimentar e Nutricional nos Territ贸rios de Identidade da Bahia
34
Grupo Governamental de Seguranรงa Alimentar e Nutricional
2. Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional nos Territórios de Identidade da Bahia
O
Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Universidade Federal da Bahia – UFBA vem desenvolvendo pesquisas na área de SAN, utilizando a aplicação de um protocolo de indicadores para identificar a situação dos municípios no que se refere às dimensões da segurança alimentar. Esta metodologia foi criada para preencher a lacuna existente de métodos adequados para avaliar a segurança alimentar e nutricional em nível municipal, esfera de governo na qual as políticas, ações e programas de promoção da SAN são executados. A metodologia foi testada numa avaliação realizada em 57 municípios baianos, que verificou que a insegurança alimentar estava presente em todos os municípios avaliados, desde condições mais leves, até situações mais graves, com maior prevalência de IAN moderada (PEREIRA, 2014). Em outro trabalho realizado com a mesma metodologia em 266 municípios do Semiárido, constatou-se uma associação estatisticamente significante entre a situação de insegurança alimentar e a condição do município pertencer ao Semiárido baiano (BRITO, 2014). O protocolo é composto por 24 indicadores, agrupados em quatro
dimensões que asseguram o caráter multissetorial da SAN: disponibilidade, acesso, consumo e utilização biológica dos alimentos. Os resultados são classificados em adequado e inadequado. A dimensão de disponibilidade de alimentos está relacionada ao transporte, à produção e à comercialização de alimentos e foi avaliada a partir de cinco indicadores: existência do estado de situação de emergência no município, percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com DAP, percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF, percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA e existência de cooperativas agropecuárias. Para a análise da dimensão do acesso aos alimentos foram agrupados 10 indicadores relacionados aos fatores sociais, econômicos e culturais que interferem na aquisição dos alimentos: média da renda domiciliar mensal per capita, índice de Gini da renda domiciliar per capita, razão de renda, proporção de pessoas com baixa renda, percentual de desemprego na população, taxa de analfabetismo, percentual da população com menos de 4 anos de estudo, número de Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
35
moradores por domicílios particulares, percentual de famílias de baixa renda atendida pelo programa Bolsa Família, percentual de famílias chefiadas por mulheres e existência de equipamentos públicos de SAN. A avaliação da dimensão do consumo de alimentos refere-se a aspectos relacionados ao estado de saúde e nutrição que refletem no padrão nutricional e foi composta por cinco indicadores: percentual de aleitamento materno exclusivo, percentual de crianças com baixo peso ao nascer, percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade e taxa de prevalência de déficit estatural para a idade em crianças menores de 5 anos. Na dimensão de utilização biológica de nutrientes, que se relaciona às condições de acesso a serviços sociais, de saneamento e de saúde e suas repercussões na alimentação e nutrição do indivíduo/população,
36
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
foram observados quatro indicadores: taxa de mortalidade infantil, percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família, percentual de residências servidas com água tratada e percentual de residências com coleta de esgoto doméstico. Um sistema de pontuação busca traduzir os resultados dos 24 indicadores em diferentes momentos da SAN e Insegurança Alimentar: leve (IAL), moderada (IAM) e grave (IAG). Para cada indicador é atribuída uma pontuação de 0 a 10, sendo o valor zero associado com resultados indicativos de risco de IA e o valor 10 associado com resultados positivos para a SAN. O protocolo possui uma pontuação total de 0 a 240 pontos, analisada a partir de uma escala da SAN/ IA relativa ao percentual desejado em quartis, fazendo corresponder a cada intervalo, uma situação de SAN/IA, conforme explicitado no quadro seguinte:
Escala de pontuação (percentuais) e categorias para avaliação da SAN municipal com uso do Protocolo de Indicadores da UFBA. Salvador – BA, 2014. % dos pontos
Categoria
Definição
0 a 24,9% (0 a 59,9 pontos)
Insegurança Alimentar e Nutricional grave
25 a 49,9% (60 a 119,9 pontos)
Insegurança Alimentar e Nutricional moderada
Resultados dos indicadores sinalizam para existência de alguns fatores comprometedores da SAN, com risco de situações de privação de alimentos e fome.
50 a 74,9% (120 a 179,9 pontos)
Insegurança Alimentar e Nutricional leve
Resultados dos indicadores sinalizam para existência de alguns fatores comprometedores da SAN, sem caracterizar risco de privação de alimentos e fome.
75 a 100% (180,0 a 240,0 pontos)
Segurança Alimentar e Nutricional
Resultados dos indicadores sinalizam para existência de muitos fatores comprometedores da SAN, implicando em exposição à privação de alimentos e fome.
Resultados dos indicadores sinalizam para condições favoráveis à promoção da SAN no município.
Quadro 1 – Protocolo de indicadores atualizado. DIMENSÃO – DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS (D.A): Apresenta aspectos relacionados a produção, distribuição e comercialização local de alimentos, em quantidade suficiente e de modo permanente. INDICADOR
PARÂMETRO
PONTUAÇÃO
SIM
0
NÃO
10
>65% Adequado
10
65% a 50% Aceitável
5
<50% Inadequado
0
>30%Adequado
10
30 a 20% Aceitável
5
20% Inadequado
0
>10% Adequado
10
<10 %Inadequado
0
Existência do estado de situação de emergência no município
% de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
% de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar (PRONAF)
% de estabelecimentos rurais com acesso o programa de aquisição de alimentos (PAA)
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
37
DIMENSÃO – ACESSO AOS ALIMENTOS (A.A): Apresenta aspectos socioeconômicos e físicos ,como renda, escolaridade e emprego, que interferem na aquisição pela popuação/famílias. INDICADOR
FORMULA OU CRITÉRIO
PONTUAÇÃO
Média da renda domiciliar mensal per capita
A soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicilio, em reais/ Números de moradores.
10
Índice de Gini da renda domiciliar
O valor do índice de Gini da renda per capita das pessoas residentes no município, no ano considerado é calculado como uma razão entre a proporção acumulada da variável “população” com a proporção acumulada da variável “renda”.
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa Renda
Número de vezes que a renda agregada do quinto superior da distribuição da renda (20% mais ricos) é maior do que a renda do quinto inferior (20% mais pobres) na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Proporção (%) da população residente com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário, no município, no ano considerado.
Percentual de desemprego na população
economicamente ativa de 16 anos e mais que se encontra sem trabalho na semana de referência, no município, no ano considerado.
Taxa de analfabetismo
% de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, no município, no ano considerado.
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Numero de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não concluíram o 1º Ciclo fundamental/ Numero total de pessoas com 15 anos ou mais de idade no municípioX100.
Numero de moradores por domicílios particulares
Nº de moradores por domicílio / nº total de domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Numero de famílias com renda mensal per capital < ½ SM atendidas pelo PBF/ Numero total de famílias com renda mensal per capital < ½ SM
0
10 5 0
10 5 0
10 5 0
5 0
10 5 0
10 5 0
10 0 10 5 0 10
Número de famílias chefiadas por mulheres / Número total de famílias X 100
% de famílias chefiadas por mulheres
5 0
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
38
Existência de equipamentos públicos de SAN (Restaurantes Populares, Banco de Alimentos, Mercados populares, Cozinhas comunitárias)
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
10 5 0
DIMENSÃO – CONSUMO DE ALIMENTOS (C.A): Apresenta relação com o padrão nutricional e perfil alimentar de uma população, influenciados pelos fatores sociais, econômicos e culturais. INDICADOR
Percentual de aleitamento materno exclusivo
CRITÉRIO
Nº de crianças ≤ 6 meses aleitadas exclusivamente pelo leite materno/ nº total de crianças ≤ 6 meses pesquisadas X 100
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Nº de nascidos vivos com peso <2500g/ nº total de nascidos vivos em 1 ano x 100
Percentual de crianças <5 anos com déficit ponderal para idade
Nº de crianças < de 5 anos de idade, com peso inferior a menos dois desvios - padrão da mediana de peso para idade/ Nº total de crianças residentes dessa faixa etária (<5 anos) X 100.
Taxa de prevalência de déficit estatural para a idade em crianças menores de cinco anos de idade
Percentual de excesso de peso em mulheres entre 20 e 60 anos
Nº de crianças menores de 5 anos com déficit estatural/ Nº total de crianças menores de 5 anos x100.
Nº de mulheres de 20 a 59 anos de idade com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 25kg/m2/ População total mulheres de 20 a 59 anos, residentes no município X100
PARÂMETRO
PONTUAÇÃO
>90% - adequado
10
70 – 90% - aceitável
5
<70% - inadequado
0
< 7% - adequado
10
> 8 % - inadequado
0
>10% Inadequado
10
3-10% Aceitável
5
<3% Adequado
0
<10% Adequada
10
10 a 19% Aceitável
5
>20 Inadequada
0
<35% Adequado
10
35% a 50% Aceitável
5
>50% Inadequada
0
DIMENSÃO – UTILIZAÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES (U.B.N): Apresenta relação com o acesso aos serviços sociais, de saneamento e de saúde que, ao incidirem sobre o estado de saúde do indivíduo, podem limitar a utilização biológica dos nutrientes oriundos dos alimentos consumidos. INDICADOR
Taxa de mortalidade infantil
Percentual da população coberta pelo programa PSF
CRITÉRIO
Nº total de óbitos em < de 1 ano em um ano / nº total de nascidos vivos no mesmo ano
Nº Total de pessoas atendidas pelo PSF/ População TotalX100
Percentual de residências servidas com água tratada
Número de residências servidas com água tratada/nº total de residências x 100
Percentual de residências com coleta de esgoto doméstico
Número de residências servidas com coleta pública de esgoto/nº total de residências x 100
PARÂMETRO
PONTUAÇÃO
>=50/1000NV= Inadequado
10
20-49/1000NV= Aceitável
5
<20/1000 NV= Adequado
0
>60 % Adequado
10
<60 e > 50 % Aceitável
5
<50% Inadequado
0
>80% - Adequado
10
< 80% - Inadequado
0
> 65% Adequado
10
50 – 65% - Aceitável
5
< 50% - Inadequado
0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
39
Prevalência de SAN e IAN em âmbito territorial. SAN %
IA Leve %
IA Moderada %
IA Grave %
Total %
Bacia do Paramirim
—
—
100
—
100
Bacia do Jacuípe
—
28,6
71,4
—
100
Bacia do Rio Corrente
—
—
100
—
100
Bacia do Rio Grande
—
21,4
78,6
—
100
Baixo Sul
—
16,6
83,3
—
100
Chapada Diamantina
—
16,7
83,3
—
100
Costa do Descobrimento
—
25
75
—
100
Extremo Sul
—
25
75
—
100
Irecê
—
25
75
—
100
Itaparica
—
33,3
50
16,7
100
Litoral Norte e Agreste Baiano
—
9,1
90,9
—
100
Litoral Sul
—
24
72
4
100
Médio Rio de Contas
—
25
75
—
100
Médio Sudoeste da Bahia
—
7,7
84,6
7,7
100
Metropolitano de Salvador
—
50
50
—
100
Piemonte da Diamantina
—
10
90
—
100
Piemonte do Paraguaçu
—
7,7
92,3
—
100
Piemonte Norte do Itapicuru
—
11,1
88,9
—
100
Portal do Sertão
—
23,5
76,5
—
100
Recôncavo
—
30
70
—
100
Semiárido Nordeste II
—
5,6
83,3
11,1
100
Sertão do São Francisco
—
20
80
—
100
Sertão Produtivo
—
26,3
73,7
—
100
Sisal
—
20
80
—
100
Vitória da Conquista
—
8,3
91,7
—
100
Velho Chico
—
6,2
93,8
—
100
Vale do Jiquiriçá
—
20
80
—
100
Média
0
18,4
80,1
1,5
100
Território de Identidade
Usando esta metodologia, observa-se que nenhum município da Bahia tem situação plena de segurança alimentar, visto que não atingiram de 75 a 100% da pontuação.
40
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Entre os municípios com insegurança alimentar, 18,4% apresenta IA Leve. Ela é predominante na Região Metropolitana de Salvador, que possui metade dos seus mu-
nicípios nesta condição, incluindo Salvador, Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila e Salina das Margaridas. A IA Moderada caracteriza a situação de 80,1% dos municípios baianos. Todos os municípios dos territórios da Bacia do Paramirim e da Bacia do Rio Corrente estão nesta condição. Os territórios do Velho Chico (93,8%), Piemonte do Paraguaçu (92,3%), Vitória da Conquista (91,7%) e Litoral Norte (90,9) apresentam uma realidade semelhante, com mais de 90% dos municípios em IA Moderada. Apenas 1,5% apresentam IA Gra-
ve, o que evidencia os avanços alcançados nos últimos anos, como resultado de um conjunto de políticas públicas sociais como o Programa Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Programa Água para Todos e a diminuição das taxas de desemprego e desnutrição infantil. Os municípios nesta situação pertencem aos territórios de Itaparica (Chorrochó), Semiárido Nordeste II (Euclides da Cunha e Nova Soure), Litoral Sul (Itacaré) e Médio Sudoeste da Bahia (Santa Cruz da Vitória).
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
41
Territ贸rios de Identidade do Estado da Bahia
42
Grupo Governamental de Seguran莽a Alimentar e Nutricional
1. Território de Identidade Bacia do Jacuípe O Território Bacia do Jacuípe, semiárido baiano, possui 14 municípios e população de 237.267 (IBGE, 2010). Na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) identificaram que o acesso a terra, água, assistência técnica, educação contextualizada, consumo de alimentos industrializados, contribuem para os índices de Inseguran-
ça Alimentar e Nutricional-IAN do território. Mas apontaram experiências exitosas implementadas pelo poder público e organizações da sociedade civil para o enfrentamento da IAN: Programa Água para Todos, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e demais projetos de Inclusão socioprodutiva.
1.1 Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de acesso a terra e regularização fundiária.
Má distribuição, concentração e ausência de leis que limitem o tamanho das propriedades. Ausência da reforma agrária e falta de terra para produção e moradia.
Agricultoras e agricultores rurais, quilombolas, comunidades de fundo de pasto e indígenas.
Consumo de alimentos industrializados na alimentação escolar.
Não cumprimento da lei de mínimo de 30% da alimentação escolar fornecida pela agricultura familiar, cardápio inadequado e industrialização dos alimentos.
Comunidade escolar e as famílias.
Ausência de água de qualidade para consumo e produção.
Má distribuição da água, contaminação das fontes hídricas, insuficiência de políticas públicas voltadas para armazenamento de água.
Moradores(as) do campo, periferias (principalmente crianças e mulheres).
Êxodo rural.
Falta de políticas para assegurar permanência e valorização da família do campo segurança pública no campo falta de educação contextualizada e tecnologias inadequadas.
Toda população.
Assistência técnica insuficiente, atrelada ao uso de tecnologias inadequadas.
Força política do agronegócio, assistência técnica não continuada, causado por projetos com prazos curtos.
Agricultores(as) familiares e povos de comunidades tradicionais.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
43
1.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional Território Bacia do Jacuípe /Municípios. UFBA, 2014. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BACIA DO JACUIPE Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Avaliação
%
Adequado
71,4
Existência de situação de emergência
Adequado
78,6
Inadequado
21,4
Inadequado
28,6
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Adequado
57,1
Adequado
14,3
Aceitável
21,4
Aceitável
71,4
Inadequado
21,4
Inadequado
14,3
Adequado
35,7
Adequado
0,0
Aceitável
28,6
Aceitável
0,0
Inadequado
35,7
Inadequado
100
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de Cooperativas agropecuárias
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Consumo de Alimentos Adequado
7,8
Inadequado
92,2
Adequado
50,0
Aceitável
35,7
Inadequado
14,3
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
42,9
Inadequado
57,1
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
42,9
Aceitável
57,1
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Acesso aos Alimentos
Média de renda domiciliar mensal per capita
Adequado
57,1
Inadequado
42,9
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
7,1
Inadequado
92,2
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
44
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
92,9
Aceitável
7,1
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
7,1
Aceitável
0,0
Inadequado
92,9
Adequado
0,0
Aceitável
14,3
Inadequado
85,7
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
42,9
Aceitável
42,9
Inadequado
14,3
Adequado
78,6
Aceitável
7,1
Inadequado
14,3
Adequado
7,1
Inadequado
92,9
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BACIA DO JACUIPE Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Baixa Grande
SAN
IA GRAVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
2
Capela do Alto Alegre
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Gavião
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Ipirá
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Mairi
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
6
Nova Fátima
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
7
Pé de Serra
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Pintadas
SAN
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
9
Quixabeira
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Riachão do Jacuípe
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
11
São José do Jacuípe
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
12
Serra Preta
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
13
Várzea da Roça
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Várzea do Poço
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Bacia do Jacuipe. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
4
28,6
Insegurança Alimentar Moderada
10
71,4
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
14
100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
45
1.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores -Território de Identidade: Bacia do Jacuípe Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 14 municípios do território Bacia do Jacuípe, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 28,6% apresentaram como resultado geral IA Leve e 71,4% apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, e a vivência de privação, respectivamente. Nenhum município apresentou SAN e IA Grave.
e Nutricional (SAN). A situação mais favorável (10 municípios entre IA Leve e SAN) pode estar relacionada com o pouco surgimento de situação de emergência (21,4%), o fortalecimento da agricultura familiar – PRONAF com pouco mais de 50% de estabelecimentos rurais adequados e 21,4% classificados como aceitáveis. Enquanto que 92,2% dos estabelecimentos rurais são classificados como inadequados quanto ao acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
• Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, doze (12) do total de municípios apresentaram IA Moderada e dois (02) IA Leve. Os fatores que mais contribuíram foram a existência de famílias chefiadas por mulheres com baixa renda per capita e baixa esco• Dimensão: disponibilidade de laridade, ambos os fatores corresalimentos pondem a 100% de inadequação, A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores • Dimensão: consumo de alide situações de emergências (secas mentos e enchentes), de incentivo a agriEm relação à dimensão do concultura familiar e da existência de sumo alimentar a avaliação consicooperativas agropecuárias. Dos dera, essencialmente, o estado numunicípios, oito (08) municípios tricional da criança e o aleitamento apresentaram IA Leve, três (03) materno. Entre os municípios, IA Moderada, um (01) IA Grave nove (09) apresentaram IA Leve e e dois (02) Segurança Alimentar
46
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
três (03) IA Moderada. Os indicadores mostraram baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo (57,1% inadequado e 42,9% aceitável) e crianças com baixo peso ao nascer (50% inadequado). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, quatro (04) foram classificados em situação de IA Leve e nove (09) em IA Moderada, resultantes da baixa cobertura do acesso ao saneamento básico com 92% de inadequação e do abastecimento de água com 100% de inadequação.
2. Território de Identidade Bacia do Paramirim O território Bacia do Paramirim no oeste baiano, possui 9 municípios, com população de 162.207 habitantes, sendo que desses 64,23% vivem em área rural
(IBGE, 2010). Entre os produtos extraídos em sua região estão: umbu, mangaba, pequi, buriti, licuri e castanha de caju. Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) identificaram que a falta de acesso à água de qualidade, desmatamento, queimadas e uso de agrotóxicos, aliados a falta de regularização fundiária, prejudica a produtividade e avanço da agricultura familiar, que necessita de Assistência Técnica da produção á comercialização, impactando nos índices de IAN do território. Apontaram como experiências exitosas de SAN implementadas pelo poder público e a sociedade civil no território: Programa Água Para Todos, PNAE, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, Programa Bolsa Família (PBF), Projeto Horta na Escola. Propõem mais ações de Educação Alimentar e Nutricional, fortalecimento da Agricultura Familiar, mais agroindústrias com maior participação da Vigilância Sanitária.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
47
2.1 Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Água: falta de acesso; Contaminação.
Falta de acesso á água de boa qualidade para o consumo humano e criação de animais; falta de água para produção; escassez de água devido a pouca chuva; má distribuição.
Povo quilombola; creches e escolas; comunidade local; agricultor familiar.
Falta de capacitação na organização da produção e comercialização dos produtos da agricultura familiar, enfoque na convivência com o semiárido.
Programas que não chegam ao alcance da população; falta de escola e acompanhamento técnico; falta de incentivo de políticas publicas; resistência da população para capacitação.
Pessoas com baixo grau de escolaridade e renda; estudantes; agricultores; povos que vivem em colônias; gestores públicos.
Desmatamento, queimadas, uso de agrotóxicos e baixa produtividade.
Falta de assistência técnica, valorização e acesso ao crédito pelo agricultor familiar.
A população em geral, principalmente o agricultor familiar.
Falta de regularização fundiária e reforma Agrária.
Falta de acesso ao credito, falta de empenho dos órgãos estaduais para regularização fundiária (ex. CDA); êxodo rural; produção reduzida; agricultores com pouca e/ou sem terra; latifúndio.
Agricultores familiares; povos e comunidades tradicionais.
Baixa produtividade; pouco uso de tecnologias de produção; má conservação de alimentos.
Falta de acesso a energia para o consumo humano e para a produção.
Agricultores familiares; população rural e periurbana.
SITUAÇÕES DE IAN
48
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
2.2. Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional Território Bacia do Paramirim/Municípios. UFBA, 2014. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: BACIA DO PARAMIRIM Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos
Existência de estado de situação de emergência
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de cooperativas agropecuárias
Adequado
33,3
Inadequado
66,7
Indicador Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Número de moradores por domicílios particulares Adequado
0,0
Aceitável
22,3
Inadequado
77,7
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
0,0
Percentual de moradores de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Percentual de aleitamento materno exclusivo Inadequado
100
Adequado
0,0
Aceitável
55,6
Inadequado
44,4
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Adequado
44,4
Inadequado
55,6
Adequado
22,2
Aceitável
77,8
Inadequado
0,0
Adequado
44,4
Aceitável
44,4
Inadequado
11,2
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
33,3
Aceitável
66,7
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
11,1
Inadequado
88,9
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
0,0
Inadequado
100
Adequado
22,2
Aceitável
55,6
Inadequado
22,2
Adequado
44,4
Aceitável
22,2
Inadequado
33,4
Adequado
0,0
Aceitável
88,9
Inadequado
11,1
Adequado
33,3
Inadequado
66,7
Adequado
44,4
Aceitável
55,6
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Acesso aos Alimentos
Índice de Gini da renda domiciliar
Adequado
%
Consumo de Alimentos
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para a idade
Média da renda domiciliar mensal per capita
Avaliação
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Utilização Biológica do Nutriente Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família
Adequado
55,6
Aceitável
44,4
Inadequado
0,0
Adequado
66,7
Aceitável
33,3
Inadequado
0,0
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Adequado
0,0
Inadequado
100
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
49
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: BACIA DO PARAMIRIM Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Boquira
2
Botuporã
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
3
Caturama
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
4
Érico Cardoso
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
5
Ibipitanga
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
6
Macaúbas
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Paramirim
IA GRAVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
8
Rio do Pires
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Tanque Novo
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Bacia do Paramirim. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
0
0
Insegurança Alimentar Moderada
9
100
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
9
100
2.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Bacia do Paramirim Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 09 municípios do território de identidade Bacia do Paramirim, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nu-
50
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
tricional (IA), sendo que 100,0% dos municípios encontram-se em IA Moderada, o que significa prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios do território (09), um (01) apresentou IA Leve e os demais apresentaram distribuição igual entre os outros
níveis de IA (04- IA Moderada e 04 – IA Grave). A prevalência da IA deu-se principalmente pela ausência de incentivo a agricultura familiar quanto a declaração de aptidão ao Pronaf (77,7%), acesso aos recursos do Pronaf (100%) e acesso ao PAA (100%). Assim como, também, a inadequação na existência do estado de situação de emergência (66,7%). • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Os municípios apresentaram situação de IA Moderada (07) e IA Grave (02). Dos 9 fatores que compõem essa dimensão, três foram os que mais contribuíram com a inadequação da situação: proporção de pessoas com baixa renda (100%), taxa de analfabetismo (88,9%) e número de moradores por domicílios (100%). • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno
exclusivo. Nesta, dois (02) municípios apresentaram SAN, três (03) IA Leve, (03) IA Moderada e (01) IA Grave (Boquira). A situação um pouco mais favorável nessa dimensão (55,5% de municípios entre SAN e IA Leve) pode estar associada ao indicador aleitamento materno exclusivo em nível aceitável em 88,9% dos municípios e a nenhuma criança menor de 5 anos com déficit ponderal (Adequado = 44,4% e Aceitável = 55,6%). E 100% dos municípios foram classificados inadequados quanto a quantidade de equipamentos públicos de SAN. • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território, cinco (05) apresentaram IA Leve e quatro (04) IA Moderada. Os resultados positivos estiveram principalmente associados ao percentual de cobertura do Programa de Saúde da Família (66,7%) e da taxa de mortalidade infantil (55,6%) adequadas. E acesso a rede de abastecimento de água tratada e a coleta de esgoto doméstico estão 100% em nível aceitável.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
51
3. Território Bacia do Rio Corrente O Território de Identidade Bacia do Rio Corrente, localizado no oeste baiano, possui 11 municípios e população de 199.340 habitantes, desses 53,92% vivem na zona rural. (IBGE, 2010). Embora possua uma área agrícola de 401.260 hectares, durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) identificaram que a monocultura, o uso de agrotóxicos e a falta de assistência técnica e água para consumo e produção,
contribuem para os índices de IAN do território. Mas apontaram experiências exitosas implementadas pelo poder público e organizações da sociedade civil: PNAE, PAA e o Programa Água Para Todos, e propuseram a manutenção da Escola Família Agrícola – EFA e educação no campo, capacitação e assistência técnica da produção a comercialização dos produtos da agricultura familiar com a preservação dos biomas caatinga e cerrado.
3.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Concentração Fundiária
Agricultura Familiar/ Comunidades Tradicionais
Falta de Regularização Fundiária
Agricultura Familiar/Comunidade Tradicionais
Falta de Assistência Técnica.
Falta de Suporte dos Órgãos de Assistência Técnica dos Governos.
Agricultura Familiar/Comunidades Tradicionais.
Falta de Água para o consumo e produção.
Degradação ambiental e falta de infraestrutura.
População em geral
Comercialização e Produção dos Produtos da Agricultura Familiar.
Falta de organização dos Agricultores familiares
População em geral
Monocultura/ Uso de Agrotóxico Terras Devolutas
52
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
3.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Bacia do Rio Corrente/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BACIA DO RIO CORRENTE Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
100
Inadequado
0,0
Adequado
36,4
Aceitável
27,3
Inadequado
36,4
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Indicador
Avaliação
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
18,2
Aceitável
81,8
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
%
Inadequado
0,0
Adequado
27,3
Aceitável
36,4
Inadequado
36,4
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
36,4
Aceitável
18,2
Inadequado
45,5
Adequado
45,5
Inadequado
54,5
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Adequado
9,1
Inadequado
90,9
Adequado
27,3
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
9,1
Aceitável
90,9
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
54,5
Inadequado
18,2
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
54,5
Adequado
81,8
Aceitável
0,0
Aceitável
18,2
Inadequado
45,5
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Adequado
72,7
Aceitável
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Inadequado
27,3
Adequado
0,0
Adequado
18,2
Aceitável
90,9
Inadequado
81,8
Inadequado
9,1
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
18,2
Inadequado
81,8
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
53
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BACIA DO RIO CORRENTE Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Brejolândia
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
2
Canápolis
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Cocos
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Coribe
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
5
Correntina
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Jaborandi
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
7
Santa Maria da Vitória
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
8
Santana
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
9
São Félix do Coribe
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Serra Dourada
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Tabocas do Brejo Velho
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Bacia do Rio Corrente. Salvador (BA), 2014.
Variável Segurança Alimentar e Nutricional Insegurança Alimentar Leve Insegurança Alimentar Moderada Insegurança Alimentar Grave Total
54
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
n 0 0 11 0 11
(%) 0,0 0,0 100,0 0,0 100,0
3.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Bacia do Rio Corrente Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 11 municípios do território Bacia do Rio Corrente, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que 100% em situação de IA Moderada, o que significa prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação.
• Dimensão: disponibilidade de alimentos Quanto à dimensão Disponibilidade de Alimentos, associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias, dos municípios do território nove (09) apresentaram IA Leve e os outros dois (02) municípios distribuídos em IA Moderada (Canápolis) e Grave (Santa Maria da Vitória). A situação está relacionada com a indicadores quanto ao desenvolvimento da agricultura familiar,
principalmente em relação ao percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Pronaf, ambos fatores apresentaram 100% de inadequação.
• Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, sete (07) dos municípios apresentaram IA Moderada e quatro (04) IA Grave. Os fatores que mais contribuíram foram a número de moradores por domicílios, baixa renda, baixo nível de escolaridade e analfabetismo, todos acima de 80,0% de inadequação. Ainda, considera-se significativo para esse resultado, o valor de 90,0% de desemprego classificado em nível aceitável. • Dimensão: consumo de alimentos Em relação à dimensão do consumo alimentar a avaliação considera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, quatro (04) apresentaram IA Leve, cinco (05) IA Moderada e o restante IA Grave (Canápolis e Cocos). Os indicadores identificaram comprometimento nos níveis de aleitamento materno exclusivo (100,0% aceitável) e de prevalência de crianças com baixo peso ao nascer (90,9% inadequado). Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
55
• Dimensão: utilização biológica de alimentos Na dimensão utilização biológica os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, cinco (05) foram classificados em situação de IA Leve e os outros seis (06) foram classificados igualmente entre IA Moderada (Cocos, Correntina e São Félix do Coribe) e IA Grave (Brejolândia, Santana e Tabocas do Brejo Velho), resultantes de situação positiva quanto a cobertura do Programa Saúde da Família e da taxa de mortalidade infantil, ambos os fatores acima de 70% de adequação. Enquanto que a cobertura do acesso ao saneamento básico e do abastecimento de água tratada foram classificadas como inadequada em mais de 80% dos municípios.
56
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
4. Território Bacia do Rio Grande O Território Bacia do Rio Grande, no oeste baiano, possui 14 municípios, população de 389.197 habitantes, desses 33,97% vivem no campo, com uma área agrícola de 1.268.729 hectares cultivados com lavouras (IBGE, 2010), mas segundo os delegados (as) da Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, a monocultura, uso excessivo de agrotóxicos, produção para exportação e transgênicos contribuem para os índices de IAN do território, na mesma ocasião apresentaram propostas: reforma agrária, compra da produção da agricultura familiar para alimentação escolar, agroindústrias e assistência técnica para agricultura familiar, formação em SAN, fomentar a produção orgânica e maior rigor na aplicação das leis ambientais.
4.1 Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de conhecimento sobre SAN (capacitação e assistência técnica)..
Falta de: gestão de políticas públicas, profissionais como agentes multiplicadores, divulgação e processos educativos.
Crianças, adolescentes, gestantes, adultos e idosos; agricultores familiares.
Não comercialização dos produtos da agricultura familiar, impossibilita manter o homem do campo no campo.
Falta de informação aos agricultores (PNAE e PAA); desperdício de alimentos devido à falta de logística e armazenamento, gerando alta de preços.
Agricultores familiares; população em geral.
Desnutrição e mau hábito alimentar
Baixa renda familiar; falta de informação; falta de conhecimento em educação alimentar; comodidade.
Famílias de baixa renda não assistidas por programas sociais; população em Geral.
Falta de acesso a água potável
Falta de saneamento básico; comunidades distantes da zona urbana; falta de investimento do poder público.
Escolas; assentamentos; povoados.
Falta de acesso a terras produtivas para o plantio.
Falta de reforma agrária e crédito.
População sem terra.
Uso excessivo do agrotóxico
Alimentos, solo e água contaminados; degradação ambiental.
População.
Desemprego do homem do campo em virtude do desenvolvimento tecnológico.
Falta de qualificação e de investimento em tecnologias para o homem do campo.
População rural.
Desigualdade na distribuição de renda.
Falta de mobilização e compromisso da sociedade civil e do poder público;modelo econômico.
As famílias de baixa renda
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
57
4.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Bacia do Rio Grande/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE BACIA DO RIO GRANDE: Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência do estado de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
85,7
Inadequado
14,3
Adequado
28,5
Aceitável
28,6
Inadequado
42,9
Indicador Numero de moradores por domicilio
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Avaliação
%
Adequado
0,0
Inadequado
100
Adequado
57,1
Aceitável
42,9
Inadequado
0,0
Adequado
28,6
Adequado
21,4
Aceitável
21,4
Aceitável
28,6
Inadequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
0,0
Percentual de famílias chefiadas por mulheres Consumo de Alimentos
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Inadequado
100,0 Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
14,3 Aceitável
Inadequado
0,0
Adequado
64,3
Inadequado Existência de cooperativas agropecuárias
Adequado
50,0
Aceitável
14,3
Inadequado
35,7
35,7
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal de idade Inadequado
Acesso aos Alimentos Média da renda domiciliar mensal per capita Índice de Gini da renda domiciliar
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população Taxa de analfabetismo
Adequado
57,1 0,0
Aceitável
100
Inadequado
0,0
Adequado
28,5
Aceitável Inadequado
Taxa de Mortalidade Infantil 42,9 28,6
Adequado
7,1
Aceitável
7,1
Inadequado
85,8
Adequado
14,3
Aceitável
85,7
Inadequado
0,0
Adequado
7,1
Aceitável
28,6
Inadequado Percentual da população com menos de 4anos de estudo
58
42,9
Adequado
Adequado
64,3 14,3
Aceitável
0,0
Inadequado
85,7
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
14,3
Aceitável
71,4
14,3 Adequado
Inadequado
85,7
Quantidade de equipamentos públicos de SAN Aceitável
0,0
0,0 Inadequado
100
Utilização Biológica de Nutrientes Adequado
78,6 Aceitável
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família
Percentual de residências servidas com rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
21,4
Inadequado
0,0
Adequado
64,3
Aceitável
0,0
Inadequado
35,7
Adequado
21,4
Inadequado
78,6
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE BACIA DO RIO GRANDE: Municípios 1
Angical
2
Baianópolis
3
Barreiras
Disponibilidade
Acesso
IA LEVE
IA GRAVE
Consumo IA LEVE
Utilização
Geral
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
4
Buritirama
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Catolândia
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Cotegipe
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Cristópolis
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
8
Formosa do Rio Preto
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
9
Luís Eduardo Magalhães
10
Mansidão
11
Riachão das Neves
12
São Desidério
13
Santa Rita de Cássia
14
Wanderley
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Bacia do Rio Grande. Salvador (BA), 2014.
Variável
n
(%)
Insegurança Alimentar Leve
3
21,4
0
0
Segurança Alimentar e Nutricional
0
Insegurança Alimentar Moderada
11
Total
14
Insegurança Alimentar Grave
0
78,6 100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
59
4.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Bacia do Rio Grande Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 14 municípios do território de identidade Bacia do Rio Grande, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que três (21,4%) deles apresentaram IA Leve e onze (78,6%) IA Moderada. Vale destacar, que não houve municípios com SAN e nem com IA Grave. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios do território, dois (02) apresentaram SAN, seis (06) IA Leve e três (03) IA Grave. A prevalência dos resultados positivos deu-se principalmente pelo baixo percentual de municípios em situação de emergência, além de incentivos a
60
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
agricultura familiar e a existência de cooperativas, consideradas aceitáveis ou adequadas. No entanto, vale ressaltar a inadequação em 100% dos municípios para participação no Programa de Aquisição de Alimentos, que contribuiu para os resultados mais graves. • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Os municípios apresentaram principalmente IA Moderada (09), e tendo três (03) IA Grave e os demais IA Leve (02). Os fatores que mais contribuíram foram a existência de famílias numerosas, com baixa escolaridade e de baixa renda (valores acima de 80%), ainda que com boa empregabilidade. • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Nesta, a maior parte dos municípios apresentaram SAN (03) e IA Leve (06) e demais IA Moderada (04) e Grave (01). Esses resultados associam-se a uma aceitável prevalência do aleitamento materno exclusivo e de crianças com déficit
de peso e mais de 60% de adequação em relação ao número de crianças com baixo peso ao nascer. • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam a cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território, um (01) apresentaram SAN, oito (08) apresentaram IA Leve, quatro (04) IA Moderada e um (01) IA Grave. Os resultados foram considerados adequados no que tange a cobertura da atenção básica e sobre a mortalidade infantil, mas apresentaram valores acima de 75% de inadequação em relação ao acesso a rede de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
5. Território Baixo Sul O Território de identidade do Baixo Sul possui 14 municípios e população de 331.525 habitantes (IBGE, 2010). Na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) identificaram que ausência de políticas públicas específicas para a agricultura familiar, aliadas a falta de fiscalização e ações educativas contribuem para aumentar os índices de Insegurança Alimentar e Nutricional-IAN do território. Apresentaram propostas como a distribuição de sementes crioulas, introdução de novas culturas, valorização do campo e políticas de preços, além de apontarem o êxito do PNAE e PAA na região.
5.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de higiene no mercado de peixe, mariscos e carne; vendedores de lanches ambulantes.
Falta de estruturação e fiscalização dos órgãos competentes.
Toda a população
Dificuldade no escoamento da produção; falta de assistência técnica para os agricultores (produção agroecológica, manejo de solo);
Ausência de politica publica e assistência técnica.
Agricultores familiares
Invasão da área ambiental especificamente no manguezal; uso de agrotóxicos e monocultura.
Falta fiscalização, controle e assistência técnica.
Toda a população
Falta terra para o cultivo e baixo poder aquisitivo do agricultor; êxodo rural e situação precária na sede dos municípios; falta de incentivo para comunidades ribeirinhas.
Má distribuição de terra e renda; falta de políticas públicas específicas.
Agricultores familiares e comunidades tradicionais
Organização comunitária frágil
Falta de apoio incentivo
Organizações sociais
Não fazem uso do que produzem; diminuição do consumo de alimentos locais, aumento de doenças relacionadas a má alimentação.
Ausência de ações educativas
Toda a população
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
61
5.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BAIXO SUL Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos
Numero de moradores por domicílios particulares
Existência de situação de emergência
Adequado
71,4
Inadequado
28,6
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Adequado
64,3
Aceitável
14,3
Inadequado
21,4
Adequado
21,4
Aceitável
14,3
Inadequado
64,3
Adequado
7,1
Inadequado
92,9
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Avaliação
%
Adequado
14,3
Inadequado
85,7
Adequado
85,7
Aceitável
0,0
Inadequado
14,3
Adequado
0,0
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Aceitável
7,1
Inadequado
92,9
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
42,9
Aceitável
21,4
Inadequado
35,7
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
7,1
Inadequado
92,9
Adequado
71,4
Inadequado
28,6
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado Inadequado
64,3 35,7
Adequado
14,3
Aceitável
85,7
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Adequado
7,1
Aceitável
92,9
Inadequado
0,0
Adequado
14,3
Aceitável
28,6
Inadequado
57,1
Quantidade de equipamentos públicos de SAN Utilização Biológica do Nutriente
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
62
Adequado
92,9
Adequado
35,7
Aceitável
0,0
Aceitável
64,3
Inadequado
7,1
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
42,9
Aceitável
57,1
Inadequado
0,0
Adequado
28,6
Aceitável
0,0
Inadequado
71,4
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
57,1
Aceitável
28,6
Inadequado
14,3
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: BAIXO SUL Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Aratuipe
2
Cairu
3
Camamu
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Gandu
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Ibirapitanga
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
6
Igrapiúna
IALEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
7
Ituberá
SAN
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
8
Jaguaripe
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Nilo Peçanha
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Piraí do Norte
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
11
Presidente Tancredo Neves
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
12
Taperoá
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Teolândia
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Valença
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Baixo sul. Salvador (BA), 2014.
Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
2
14,3
Insegurança Alimentar Moderada
12
85,7
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
14
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
63
5.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Baixo Sul
do Norte e Teolândia). A situação pode estar relacionada com o percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF (64,3%) e ao PAA (92,9%) que se encontra em inadequação. • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Entre os municípios, três (03) apresentaram IA Leve, nove (09) IA Moderada e dois (02) IA Grave (Ibirapitanga e Teolândia). Os fatores que mais contribuíram foram proporção de pessoas com baixa renda, taxa de desemprego e famílias chefiadas, todos apresentaram mais de 70,0% de inadequação.
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 14 municípios do território Bacia do Baixo Sul, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 14,3% (02) apresentaram como resultado geral IA Leve e 85,7% (12) apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimen- • Dimensão: consumo de alitação, e a vivência de privação, resmentos pectivamente. Em relação à dimensão do consumo alimentar a avaliação con• Dimensão: disponibilidade de sidera, essencialmente, o estado alimentos nutricional da criança e o aleitaA disponibilidade de alimen- mento materno. Nesta dimensão, tos está associada aos indicadores nove (09) do total de municípios de situações de emergências (secas apresentaram IA Leve, um (01) IA e enchentes), de incentivo a agri- Moderada (Ibirapitanga) e quatro cultura familiar e da existência de (04) IA Grave. O indicador que cooperativas agropecuárias. Dos apresenta relacionado para a situmunicípios, um (01) municípios ação mais favorável é a o percenapresentou SAN (Ituberá) e den- tual de adequação (71,4%) quanto tre os que apresentaram IA, seis ao baixo peso ao nascer. Enquanto (06) em grau Leve, cinco (05) Mo- que nenhum município apresentou derado e dois (02) Grave (Piraí percentual de aleitamento mater-
64
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
no exclusivo, valor predominante no nível de inadequação (92,9%). Além de o percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal está concentrado no nível de aceitável (92,9%). Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde, saneamento e a mortalidade infantil. Entre os municípios, três (03) foram classificados em situação de IA Leve, dez (10) em IA Moderada e um (01) em IA Grave (Piraí do Norte), resultantes da taxa de mortalidade infantil apresentar distribuição apenas entre os níveis adequado (35,7%) e aceitável (64,3%) e melhora da cobertura do PSF (57,1%). Apesar da baixa cobertura do acesso ao saneamento básico e do abastecimento de água, ambos 100% de inadequação.
6. Território Chapada Diamantina O Território de Identidade Chapada Diamantina localizado, no centro do Estado, possui 23 municípios, população de 359.678 habitantes, tendo a maior parte de suas terras agrícolas cultivadas com pastagens (IBGE, 2010), mas segundo os delegados (as) da Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, a falta de acesso a terra e água, produção insuficiente e contaminação de alimentos, aliadas a infraestrutura deficiente, uso de agrotóxicos e sementes híbridas contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: reordenamento agrário, políticas de acesso á água, apoio a agricultura familiar e geração de renda, ações de educação alimentar e nutricional.
6.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
GRUPOS MAIS AFETADOS
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Produção Insuficiente de Alimentos.
Redução da área de produção de alimentos/pesca predatória; Falta de acesso a terra, Terra insuficiente e pouca capacidade produtiva, ATER não universalizada , difícil acesso aos mercados locais e institucionais, baixa capacidade de beneficiamento e a legislação sanitária não adequada a produção familiar; ação dos grandes projetos (mineradoras, carvoarias, empresas de energia eólica); falta de políticas de apoio a agricultura familiar adequadas a realidade do território e do bioma caatinga.
Toda a população
Baixo acesso á água de qualidade para consumo humano, produção de alimentos e dessedentação animal.
Infraestrutura insuficiente e inadequada de captação, armazenamento e distribuição de água.
População rural
Contaminação dos alimentos.
Uso intensivo de agroquímicos descontrolados, sementes híbridas, águas poluídas, produtos importados de procedência desconhecida e ausência e insuficiência de saneamento básico; destino inadequado do lixo. (doméstico, hospitalar e industrial).
Toda a população
Aumento de doenças ligadas á alimentação.
Alimentação inadequada; adoção de novos hábitos alimentares impróprios a saúde.
Toda a população
Baixo poder de aquisição de alimentos.
Má distribuição de renda; salário mínimo que não atende as necessidades básicas, falta de programas estruturantes de inclusão social e produtiva e desemprego.
População vulnerável
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
65
6.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: CHAPADA DIAMANTINA Indicador
Avaliação
%
Adequado
66,7
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Avaliação
%
Adequado
4,2 95,8
Inadequado
33,3
Inadequado
Adequado
54,2
Adequado
37,5
Aceitável
20,8
Aceitável
58,3
Inadequado
25,0
Inadequado
4,2
Adequado
20,8
Adequado
4,2
Aceitável
29,2
Aceitável
20,8
Inadequado
50,0
Inadequado
75,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Consumo de Alimentos Adequado Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Inadequado
0,0 100
Percentual de aleitamento materno exclusivo Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
8,3
Aceitável
37,5
Inadequado
54,2
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
16,7
Aceitável
83,3
Inadequado
0,0
Adequado
50,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Adequado
4,2
Aceitável
87,5
Inadequado
8,3
Adequado
45,2
Inadequado
54,8
Adequado
25,0
Aceitável
75,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
66
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Aceitável
29,2
Inadequado
20,8
Adequado
4,2
Aceitável
0,0
Inadequado
95,8
Adequado
20,8
Aceitável
75,0
Inadequado
4,2
Adequado
0,0
Aceitável
70,8
Inadequado
29,2
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Utilização Biológica do Nutriente Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
54,2
Aceitável
45,8
Inadequado
0,0
Adequado
91,7
Aceitável
0,0
Inadequado
8,3
Adequado
20,2
Inadequado
79,8
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: CHAPADA DIAMANTINA Municípios
Disponibilidade
Acesso
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
Consumo
Utilização
Geral
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
ABAÍRA
2
ANDARAÍ
3
BARRA DA ESTIVA
4
BONINAL
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
SAN
IA LEVE
5
BONITO
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
6
IBICOARA
IA MODERADA
IA LEVE
ILEVE
IA LEVE
IA LEVE
7
IBITIARA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
8
IRAMAIA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
9
IRAQUARA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
10
ITAETÉ
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
JUSSIAPE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
12
LENÇÓIS
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
MARCIONÍLIO SOUZA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
14
MORRO DO CHAPÉU
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
15
MUCUGÊ
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
16
NOVA REDENÇÃO
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
17
NOVO HORIZONTE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
18
PALMEIRAS
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
19
PIATÃ
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
20
RIO DE CONTAS
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
21
SEABRA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
22
SOUTO SOARES
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
23
UTINGA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA MODERADA
24
WAGNER
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Bacia do Jacuipe. Salvador (BA), 2014.
Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
4
16,7
Insegurança Alimentar Moderada
20
83,3
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
24
100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
67
6. 3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Chapada Diamantina Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional dos 24 municípios do território de identidade Chapada Diamantina, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que 83,3% deles apresentaram IA Moderada e os demais (16,7%) IA Leve, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, e a vivência de privação.
cia de participação em programas de incentivo a agricultura familiar, PRONAF com mais da metade dos valores distribuídos entre aceitáveis (29,2%) e inadequados (50%), sendo que o mesmo ocorreu com a existência de cooperativas agropecuárias (aceitável=37,5% e inadequado=54,2%). Além de 100% dos estabelecimentos rurais encontrar-se me nível de inadequação quanto acesso ao PAA.
• Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Os fatores que mais contribuíram foram a existência de famílias numerosas (95,8%), chefiadas por mulheres (75%), com baixa escolaridade (100%) e de baixa renda (95,8%). Desta forma, a maioria dos municípios apresen• Dimensão: disponibilidade de taram IA Moderada (15), seguido de (06) IA Grave e (03) IA Leve. alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada • Dimensão: consumo de aliprincipalmente aos indicadores mentos de situações de emergência (secas Quanto a dimensão Consumo e enchentes), de incentivo a agri- de Alimentos, são avaliadas inforcultura familiar e da existência de mações principalmente quanto ao cooperativas agropecuárias. Dos estado nutricional da criança e comunicípios do território, nove (09) bertura do aleitamento materno exapresentaram IA Leve e nove (09) clusivo. Nesta, dois (02) municípios IA Moderada, e os seis (06) restan- alcançaram a SAN e 15 apresentates IA Grave. A prevalência da IA ram IA Leve, associados a resultados deu-se principalmente pela ausên- aceitáveis para estes indicadores. Os
68
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
demais apresentaram (06) IA Moderada e (01) IA Grave. O maior percentual quanto ao aleitamento materno exclusivo concentrou-se no nível aceitável (87,5%) e o outro fator que contribui o percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal (adequado=25,0% e aceitável=75,0%). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam a cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território 03 (três) apresentaram SAN, 11(onze) IA Leve, 09 (nove) IA Moderada e 01 (um) IA Grave (município de Iraquara). Os resultados positivos estiveram principalmente associados a cobertura do Programa de Saúde da Família (91,7%) e da taxa de mortalidade infantil (adequada=54,2% e aceitável=45,8%). No entanto o acesso
a rede de abastecimento de água (79,8%) e esgotamento sanitário (100%) ainda apresentam alto percentual de inadequação
7. Território Costa do Descobrimento O Território de Identidade Costa do Descobrimento localizado, no Sul da Bahia, possui 8 municípios, população de 343.347 habitantes, desses apenas 20,3% vivem na zona rural (IBGE, 2010), mas segundo os delegados (as) da Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, a monocultura do eucalipto, cana e pasto, o uso de agrotóxicos e as disputas de terras contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como programas exitosos implementados pelo poder público e pela sociedade civil e que promovem a SAN: PAA, PNAE, feira da reforma agrária e as iniciativas de produção agroecológica.
7.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de diversificação, quantidade e qualidade da produção da Agricultura Familiar.
Dificuldade de acesso a financiamentos; concentração da terra e falta de infraestrutura, máquinas, insumos, sementes e assistência técnica; monocultura.
Agricultores familiares, sem terra, indígenas e quilombolas e sociedade em geral.
Alimentos contaminados pelo uso de agrotóxicos e pouco incentivo a utilização de adubos orgânicos e à agroecologia.
Ausência de assistência técnica adequada, educação ambiental e falta da aplicação da legislação vigente.
Toda a população
Consumo de alimentos industrializados de baixa qualidade pela população com reflexos na alimentação escolar
Ausência de processos de educação alimentar e nutricional; comprometimento da administração pública em todas as esferas; pressão da mídia para o consumo de alimentos industrializados e baixo poder aquisitivo das famílias.
Crianças e adolescentes da zona urbana e das comunidades de Agricultores familiares, trabalhadores rurais sem terra, indígenas e quilombolas
Comercialização na cadeia produtiva do pescado dominada por atravessadores
Baixo valor comercial do pescado pago aos pescadores artesanais pelos atravessadores
Pescadores
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
69
7.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: COSTA DO DESCOBRIMENTO Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
87,5
Aceitável
12,5
Inadequado
0,0
Adequado
50,0
Aceitável
37,5
Inadequado
12,5
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
25,0
Aceitável
25,0
Inadequado
50,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Avaliação
%
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
12,5
Aceitável
75,0
Inadequado
12,5
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Percentual de famílias chefiadas por mulheres Consumo de Alimentos
Adequado
0,0
Aceitável
75,0
Inadequado
25,0
Adequado
62,5
Inadequado
37,5
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Adequado Inadequado
12,5
Adequado
25,0
Aceitável
75,0
Inadequado
0,0
Adequado
87,5
Aceitável
12,5
Inadequado
0,0
Aceitável
25,0
Inadequado
0,0
Aceitável
0,0
70
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
37,5
Adequado Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
75,0
Adequado
Inadequado
62,5 0,0
Aceitável
75,0
Inadequado
25,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Taxa de mortalidade Infantil
0,0
Adequado
Inadequado
Taxa de analfabetismo
87,5
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
62,5
Aceitável
37,5
Inadequado
0,0
Adequado
87,5
Aceitável
12,5
Inadequado
0,0
Adequado
62,5
Inadequado
37,5
Adequado
25,0
Aceitável
0,0
Inadequado
75,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: COSTA DO DESCOBRIMENTO Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Belmonte
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA MODERADA
2
Eunápolis
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Guaratinga
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
4
Itabela
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Itagimirim
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
6
Itapebi
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
7
Porto Seguro
SAN
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
8
Santa Cruz Cabrália
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Costa do Descobrimento Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
2
25,0
Insegurança Alimentar Moderada
6
75,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
8
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
71
7.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Costa do Descobrimento Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 08 municípios do território Costa do Descobrimento, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo 25,0% (02) em situação de IA Leve e 75,0% (06) em IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores de situações de emergências (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, um (01) apresentou SAN (Porto Seguro), quatro (04) municípios foram classificados em situação de IA Leve, dois (02) em IA Moderada (Guaratinga e Itagimirim) e um (01) apresentou IA Grave (Belmonte). A situação mais favorável pode estar relacionada
72
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
com o percentual de adequação de estabelecimentos rurais com declaração de aptidão ao PRONAF (87,5%). Apesar de apenas 50,0% com adequação em relação ao acesso aos recursos do PRONAF. Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, um (01) apresentou IA Leve (Porto Seguro) e sete (07) apresentaram IA Moderada, significando restrição alimentar em nível qualitativo e quantitativo. Neste território os fatores que mais contribuíram foram: proporção de pessoas com baixa renda, taxa de desemprego, taxa de analfabetismo e existência de famílias chefiadas por mulheres. Sendo que todos apresentaram mais de 60,0% de inadequação. • Dimensão: consumo de alimentos Em relação à dimensão do consumo alimentar a avaliação considera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, 05 (cinco) apresentaram IA Leve, dois (02) IA Moderada (Itagimirim e Itapebi) e um (01) IA Grave (Belmonte). Nenhum município apresentou percentual adequado de aleitamento materno exclusivo (aceitável=75,0% e inadequado=25,0%)e de crianças me-
nores de 5 anos com déficit ponde- 8. Território Extremo ral (aceitável=100%). O indicador Sul baixo peso ao nascer apresentou-se O Território de Identidade Exmais favorável as melhores condições de saúde e nutrição (adequa- tremo Sul, localizado, na Costa das Baleias, possui 13 municípios, do=62,5%). população de 416.859 habitantes • Dimensão: utilização biológi- (IBGE, 2010), onde segundo os delegados (as) da Conferência de ca de nutrientes: Na dimensão utilização bio- Segurança Alimentar e Nutriciológica os indicadores valorizam nal em 2011, a concentração de a organização do sistema de saú- terras, falta de infraestrutura, fide e a mortalidade infantil. Entre nanciamento e assistência técnica, os municípios, quatro (04) foram aliada as mudanças de hábitos aliclassificados em situação de SAN, mentares inadequados, contribuem três (03) de IA Leve e um (01) para os índices de IAN do territófoi classificado em IA Moderada rio. Apontaram como prioridade (Santa Cruz Cabrália). Os resul- para o enfretamento da IAN: gatados mais favoráveis (SAN e IA rantia de acesso a terra e territóLeve) podem resultantes dos níveis rio, aliado a processos formativos e adequados da taxa de mortalidade educativos, especialmente voltados infantil (62,5%), da cobertura do para populações vulneráveis como PSF (87,5%) e do acesso a rede de povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. abastecimento de água (62,5%).
8.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. Dificuldade de acesso ao financiamento para a Agricultura Familiar restringe a produção de alimentos diversificados em quantidade e qualidade.
Concentração da terra; falta de infraestrutura, máquinas, insumos, sementes e assistência técnica, incentivo financeiro e fiscal e comprometimento da administração pública;
GRUPOS MAIS AFETADOS Agricultores familiares, trabalhadores rurais sem terra, indígenas, quilombolas.
Uso de agrotóxicos e pouco incentivo a agroecologia.
Ausência de ATER e educação ambiental e falta da aplicação da legislação vigente.
Agricultores familiares, e sociedade em geral.
Consumo de alimentos industrializados de baixa qualidade pela população com reflexos na alimentação escolar.
Ausência de educação nutricional; Falta de compromisso gestão pública; mídia e consumo de alimentos industrializados; agrotóxicos;
Crianças e adolescentes da zona urbana e rural. A população em geral
Indisponibilidade de água potável para o consumo humano e falta de saneamento básico na zona rural com tratamento dos resíduos. Água contaminada por agrotóxicos.
Desmatamento e ausência de preservação das nascentes e matas ciliares, assoreamento dos rios, falta de saneamento básico e tratamento do lixo; Falta de poços artesianos na zona rural; Educação ambiental deficiente.
Agricultores familiares, trabalhadores rurais sem terra, indígenas, quilombolas e sociedade em geral
Expansão das monoculturas: eucalipto, cana e pasto por falta do zoneamento econômico ecológico e a morosidade na regularização dos assentamentos e das terras dos povos e comunidades tradicionais.
Falta do zoneamento econômico ecológico – ZEE e incentivo governamental a monocultura; Falta de comprometimento da administração pública e da reforma agrária.
Agricultores familiares, trabalhadores rurais sem terra, indígenas e quilombolas.
SITUAÇÕES DE IAN
Comercialização do pescado dominada por atravessadores.
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Baixo valor comercial pago aos pescadores artesanais pelos atravessadores.
Pescadores.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
73
8.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Extremo Sul/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: EXTREMO SUL Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
33,3
Inadequado
66,7
Avaliação
%
Adequado
41,7
Inadequado
58,3
Adequado
83,3
Aceitável
16,7
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
58,3
Adequado
0,0
Aceitável
25,0
Aceitável
8,3
Inadequado
16,7
Inadequado
91,7
Adequado
8,3
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Consumo de Alimentos Inadequado
Existência de cooperativas agropecuárias
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
91,7
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Adequado
0,0
Aceitável
58,3
Inadequado
41,7
Adequado
58,3
Adequado
33,3
Aceitável
8,3
Aceitável
0,0
Inadequado
33,4
Inadequado
66,7
Adequado
91,7
Adequado
16,7
Inadequado
8,3
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Acesso aos Alimentos Média da renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda domiciliar
Adequado
0,0
Aceitável
100
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade equipamentos públicos de SAN
Aceitável
83,3
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
8,3
Inadequado
91,7
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
74
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
66,7
Adequado
66,7
Aceitável
25,0
Aceitável
33,3
Inadequado
8,3
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Adequado
100
Aceitável
0,0
Aceitável
25,0
Inadequado
75,0
Adequado
8,3
Aceitável
91,7
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
41,7
Inadequado
58,3
Adequado
0,0
Aceitável
8,3
Inadequado
91,7
Taxa de mortalidade infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Inadequado
0,0
Adequado
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
8,3
Aceitável
16,7
Inadequado
75,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: EXTREMO SUL Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Alcobaça
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
2
Caravelas
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
3
Ibirapuã
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
4
Itamarajú
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Itanhém
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
6
Jucuruçu
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Lajedão
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Medeiros Neto
SAN
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA LEVE
9
Mucuri
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Nova Viçosa
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Prado
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
12
Teixeira de Freitas
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Extremo Sul. Salvador (BA), 2014.
Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
3
25
Insegurança Alimentar Moderada
9
75
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
12
100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
75
8.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Extremo Sul Na situação geral dos 12 municípios pertencentes ao Território de Identidade Extremo Sul, a maioria apresentou Insegurança Alimentar e Nutricional (IA) Leve (25%) e Moderada (75%) podendo ser considerada que existe comprometimento com relação a qualidade e quantidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos Considerando a Dimensão Disponibilidade de Alimentos que está associada, principalmente, aos indicadores de situações de emergências (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, encontrou-se na maioria do Território sete (07) em IA Leve, um (01) em IA Moderada, um (01) em IA Grave e dois (02) em situação de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Esses dados podem estar associados a 66,7% de inadequação quanto a existência de
76
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
situação de emergência, 83,3% de inadequação quanto ao fortalecimento da agricultura familiar e 91,7% de inadequação quanto ao acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos. • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Neste território, observou-se que dos 12 municípios, 10 apresentaram situação de IA moderada e 02 apresentaram IA Leve. Tal situação pode estar associada a inadequação quanto a baixa renda (75%), baixa escolaridade (91,7%), famílias numerosas (58,3%) e famílias chefiadas por mulheres (91,7%). • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão consumo de alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura de aleitamento materno exclusivo. Neste território não foi encontrado nenhum município em situação de SAN. Identificou-se 05 em IA Leve, 03 em IA Moderada e 03 em IA Grave dos municípios, representado por nenhum município apresentar frequência adequada de aleitamento
materno exclusivo e por 83,3% de 9. Território de Irecê índices aceitáveis de crianças meO Território de Identidade de nores de 5 anos com déficit ponIrecê, com clima semiárido e bioderal. ma caatinga, população de 397.561 • Dimensão: utilização biológi- habitantes, possui 20 municípios, ca de nutrientes com 70% de sua área agrícola cultiEm relação a dimensão utili- vada com lavouras. (IBGE, 2010), zação biológica, os indicadores mas segundo os delegados (as) da valorizam a cobertura de serviços Conferência de Segurança Alide saúde e dados sobre mortali- mentar e Nutricional em 2011, a dade infantil. Não foram identi- falta de acesso á água de consumo ficados municípios em situação de e produção, dificuldades do assoIA Grave. No entanto, 06 muni- ciativismo, uso de agrotóxicos nas cípios apresentaram IA Leve, 04 lavouras e consumo inadequado, IA Moderada e 02 em situação de contribuem para os índices de IAN Segurança Alimentar e Nutricio- do território. Apontaram como nal (SAN). Pode-se associar essa prioridade para o enfretamento da situação com 83,3% de inadequa- IAN: educação, convivência com o ção nas residências servidas com semiárido, fortalecimento de políágua tratada e 75,0% de inade- ticas de acesso á água e a agricultuquação com aspectos relacionados ra familiar, com assistência técnica a coleta de esgoto doméstico. para produção agroecológica com a revitalização do bioma caatinga.
9.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Dificuldade de acesso à água para consumo e produção nas propriedades familiares do Território.
Falta de políticas públicas específicas para os agricultores familiares (tecnologias de acesso não foram universalizadas).
. Agricultores familiares e consumidores em geral.
Baixa renda de parte da população.
Queda do potencial produtivo das propriedades devido ao manejo inadequado de práticas de produção agrícola com agressão aos recursos naturais.
Agricultores familiares e consumidores em geral.
Falta de Organização dos agricultores para produção.
Falta de educação rural voltada para associativismo e cooperativismo.
Agricultores familiares e povos tradicionais.
Alimentos contaminados com agrotóxico prejudicando as famílias e o meio ambiente.
Baixa ATER/ Falta de fiscalização ao uso de agroquímicos/ falta de implantação de políticas para produção agroecológica como modelo no Território.
Agricultores familiares, e população em geral.
Falta de educação para o consumo de alimentos saudáveis.
Falta de Políticas de educação no campo e para os consumidores em geral.
População em geral
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
77
9.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Irecê/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: IRECÊ Indicador
Disponibilidade de Alimentos
Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Avaliação Adequado
Inadequado Adequado
% 80,0 45,0
30,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Aceitável
30,0
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Adequado
10,0
Aceitável
25,0
Adequado
0,0
Inadequado
Inadequado
70,0
Inadequado
Existência de Cooperativas agropecuárias
Aceitável
35,0
Adequado
35,0
Inadequado
65,0
Aceitável
10,0
Média de renda domiciliar mensal per capita
Adequado
Inadequado
Adequado Índice de Gini da renda familiar
Inadequado Adequado
Razão de renda
Aceitável
Inadequado Adequado
Proporção de pessoas com baixa renda
Aceitável
Inadequado Adequado
Percentual de desemprego na população
Aceitável
Inadequado Adequado
Taxa de analfabetismo
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
90,0
45,0
90,0 0,0
90,0
10,0 0,0
15,0
80,0 5,0 0,0
80,0 20,0 15,0
80,0
Adequado
0,0
Inadequado
95,0
Inadequado
5,0
5,0
Avaliação
Adequado
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
5,0
95,0
Adequado
30,0
Inadequado
5,0
Aceitável
65,0
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Adequado
5,0
Inadequado
5,0
Aceitável
90
Adequado
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
10,0
Inadequado
5,0
Aceitável
Adequado
Aceitável
85,0 0,0
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
55,0
Inadequado
0,0
Utilização Biológica do Nutriente Taxa de mortalidade Infantil
%
Inadequado
Consumo de Alimentos
20,0
Aceitável
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo Aceitável
78
Numero de moradores por domicílios particulares
20,0
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Acesso aos Alimentos
Indicador
Aceitável
45,0
Adequado
30,0
Inadequado
5,0
Aceitável
65,0
Adequado
65,0
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Inadequado
Aceitável
35,0
0,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: IRECÊ Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
America Dourada
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
2
Barra do Mendes
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
3
Barro Alto
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
4
Cafarnaum
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
5
Canarana
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
6
Central
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
7
Gentio do Ouro
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Ibipeba
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
SAN
IA LEVE
9
Ibititá
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
10
Ipupiara
IA GRAVE
IA GRAVE
SAN
SAN
IA MODERADA
11
Irecê
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
12
Itaguaçú da Bahia
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
13
João Dourado
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Jussara
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
15
Lapão
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
16
Mulungu do Morro
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
17
Presidente Dutra
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
18
São Gabriel
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
19
Uibaí
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
20
Xique-Xique
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Irecê. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
4
20,0
Insegurança Alimentar Moderada
16
80,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
20
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
79
9.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Irecê Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 20 municípios do território Irecê, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 20,0% (04) apresentaram como resultado geral IA Leve e 80,0% (16) IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, e a vivência de privação, respectivamente. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores de situações de emergências (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, um (01) apresentou SAN (Lapão), seis (06) municípios apresentaram IA Leve, nove (09) IA Moderada e quatro (04) IA Grave. Os resultados podem estar associados ao percentual de
80
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
inadequação de estabelecimentos rurais com acesso ao PRONAF e ao PAA (≥70,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, dezessete (17) do total de municípios apresentaram IA Moderada e três (03) IA Grave (America Dourada, Itupiara e Jussara). A situação dessa dimensão mostra-se desfavorável, pois já restrição qualitativa e quantitativa de condições de poder de compra em todos os municípios. Os fatores que mais contribuíram para inadequação foram: renda per capita (65,0%), baixa escolaridade (95,0%), número de moradores por domicílios (95,0%) e famílias chefiadas por mulheres (90,0%). Também, considera-se para o comprometimento a predominância no nível aceitável dos indicadores pessoas com baixa renda, taxa de desemprego e taxa de analfabetismo, todos apresentaram 80,0%. • Dimensão: consumo de alimentos Em relação à dimensão do consumo alimentar a avaliação considera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, dois (02) apresentaram SAN (Ibipeba e Ipupiara), onze (11) IA Leve e sete
(07) IA Moderada. O indicador que mostrou-se com maior percentual de adequação (60,0%) foi crianças com baixo peso ao nascer. Enquanto que os indicadores aleitamento materno exclusivo e déficit ponderal em crianças menores de 5 anos, concentram-se no nível aceitável (≥85,0%). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, nove (09) foram classificados em situação de SAN, cinco (05) de IA Leve, três (03) de IA Moderada e três (03) de IA Grave (Barra do Mendes, Mulungu do Morro e Itaguaçú da Bahia). A situação pode estar associada a concentração da distribuição em níveis de adequação e aceitável quanto a taxa de mortalidade infantil (adequado=55,0 e aceitável= 45,0%) e cobertura do PSF (adequado=30,0 e aceitável= 65,0%), somado ao percentual de
65,0% de adequação de acesso a rede de abastecimento de água.
10. Território Itaparica O Território de Identidade Itaparica, com a maioria dos seus municípios banhados pelo Rio São Francisco, possui 6 municípios, população de 165.866 habitantes (IBGE, 2010), sendo 30,2% de população rural e a maior parte de sua área cultivada com pastagens. Durante a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) apontaram que a insuficiência na produção de alimentos, a má gestão local do PNAE, o consumo excessivo de alimentos industrializados e a falta de apoio e incentivos a agricultura familiar, contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: intensificar fomento, ATER, estruturação da Inspeção Sanitária, implementação do SISAN e ações de educação alimentar e nutricional.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
81
10.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Gestão local do PNAE; a má qualidade da alimentação (aquisição, armazenamento, distribuição, infraestrutura inadequados).
Falta de participação efetiva do CAE, falta de políticas públicas voltadas à agricultura familiar; ausência de fiscalização para o cumprimento da portaria que regulamenta o PNAE; falta de DAPs dos agricultores familiares com relação ao CAE.
Crianças e Adolescentes
Contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos e hormônios nos cultivos.
Ausência de fiscalização pelos órgãos competentes; falta de apoio ao fortalecimento da agricultura familiar.
Toda população
Insuficiência na produção de alimentos
Falta de apoio, incentivo; falta de políticas públicas e técnicas; capacitação e treinamento dos agricultores; burocracia para organização dos agricultores e comercialização.
Toda a população.
Falta de controle social
Falta de implantação de COMSEAs.
Toda a população
Desvinculação da segurança alimentar com a segurança hídrica e energética.
Falta de políticas pública; falta de intersetorialidade.
Agricultores familiares e comunidade ribeirinha.
Consumo excessivo de alimentos industrializados e não saudáveis.
Inexistência do marco legal para produção e comercialização de alimentos industrializados saudáveis; falta de participação efetiva dos COMSEA.
Toda a população.
82
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
10.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Itaparica/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: ITAPARICA Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Indicador
Avaliação
%
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
0,0
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Inadequado
100,0
Adequado
16,7
Adequado
83,3
Aceitável
16,7
Inadequado
66,6
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
16,7
Inadequado
83,3
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Aceitável
16,7
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
33,3
Aceitável
33,3
Inadequado
33,3
Adequado
50,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
83,3
Inadequado
16,7
Adequado
16,7
Aceitável
66,6
Inadequado
16,7
Adequado
16,7
Aceitável
83,3
Inadequado
0,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Inadequado
50,0
Adequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Adequado
33,3
Adequado
50,0
Aceitável
33,3
Aceitável
50,0
Inadequado
33,3
Inadequado
0,0
Adequado
100,0
Aceitável
0,0
Inadequado
0,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
0,0
Aceitável
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
0,0
Aceitável
16,7
Inadequado
83,3
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
33,3
Aceitável
0,0
Inadequado
66,7
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
83
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: ITAPARICA Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral IA MODERADA
1
Abaré
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
2
Chorrochó
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
3
Glória
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
4
Macururé
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Paulo Afonso
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
6
Rodelas
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade ITAPARICA. Salvador (BA), 2014. Variável
84
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
2
33,3
Insegurança Alimentar Moderada
3
50,0
Insegurança Alimentar Grave
1
16,7
Total
6
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
10.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Itaparica Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 06 municípios do território de identidade Itaparica, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que 33,3% (02) deles apresentaram IA Leve, 50,0% (03) IA Moderada e 16,7% (01) IA Grave.
• Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Dentre os municípios, Paulo Afonso apresentou IA Leve (01) e o restante distribuíram-se em IA Moderada (03) e IA Grave (02 – Abaré e Chorrochó). Os fatores que mais contribuíram para inadequação foram a baixa renda, taxa de desemprego, taxa de analfabetismo, baixa escolaridade, existência de famílias numerosas e famílias chefiadas por mulheres, sendo que esses indicadores apresentaram mais de 80,0% para inadequação. • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Nesta, cinco (05) apresentaram IA Leve e um (01) IA Grave (Macururé). Os dados sobre o estado nutricional da criança contribuíram para os resultados mais positivos de déficit ponderal em crianças menores de 5 anos (adequado=16,7% e aceitável=66,6% ) e baixo peso ao nascer (83,3% de adequação).
• Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios do território, um (01) apresentou IA Leve (Abaré), dois (02) IA Moderada (Paulo Afonso e Rodelas) e três (03) IA Grave. A predominância de situação desfavorável (IA Moderada e Grave) deu-se, principalmente, pela inadequação do acesso aos estabelecimentos ru- • Dimensão: utilização biológica rais com acesso ao PRONAF e ao de nutrientes PAA (> 65,0%) Na dimensão Utilização Bioló-
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
85
gica de Nutrientes, os indicadores valorizam cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território um (01) apresentou SAN (Rodelas), quatro (04) apresentaram IA Leve e um (01) IA Moderada (Chorochó). Os resultados quanto ao indicador de cobertura do Programa de Saúde da Família são favoráveis (adequação=100,0%). No entanto, o acesso a rede de abastecimento de água e esgotamento sanitário estão inadequados em mais de 65,0% dos municípios.
11. Litoral Norte e Agreste Baiano O Território de Identidade Litoral Norte e Agreste Baiano, norte do Estado, possui 22 municípios, com uma população de 615.607 habitantes (IBGE, 2010) e uma
extensão territorial de 14.377,83 Km². Durante a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) apontaram que questões como a falta de acesso a terra e água de qualidade, assistência técnica e infraestrutura contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: Construção e/ou melhoramento do sistema de segurança da água potável das comunidades rurais e urbanas controle social da PNAE através do apoio á agricultura familiar, incluindo a urbana e periurbana, reforma agrária, políticas publicas de geração de trabalho e renda, dinamização e efetivação da política de credito fundiário e garantia de assistência técnica e melhoramento de infraestrutura, (estradas para escoamento da produção agrícola, centro de formação profissional, agroindústrias).
11.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta Agua potável para consumo e produção.
Falta de: Recursos humanos; recursos financeiros; tecnologia adequada e logística para distribuição; acesso por meio de politicagem; falta de saneamento básico.
População em todas as fases da vida e povos e comunidades tradicionais.
Fome / Miséria.
Mau uso de recursos naturais; má distribuição de terra; monocultura; desperdício de alimentos; falta de politicas mais eficientes de emprego e renda; falta de cardápio adequado da alimentação escolar; falta de alimentação adequada e educação alimentar.
População em todas as fases da vida e povos e comunidades tradicionais.
Assistência Técnica.
Grande extensão territorial; falta metodologia para educação ambiental, técnica agrícola e alimentar; falta mais contratação de técnicos e desinteresse do município e estado.
População em todas as fases da vida e povos e comunidades tradicionais.
Falta Terra.
Falta reforma agraria e regularização fundiária; dificuldade de acesso ao crédito; concentração da monocultura, êxodo rural, principalmente de jovens; violência no campo; falta politicas públicas que incentivem a permanência do homem no campo.
População em todas as fases da vida e povos e comunidades tradicionais.
Infraestrutura.
Falta de construção das estradas para escoar a produção; falta de manutenção de pontes e estradas vicinais; corrupção / desvio de verbas; má aplicação dos recursos por falta de fiscalização.
População em todas as fases da vida e povos e comunidades tradicionais.
86
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
11.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Litoral Norte Agreste Baiano/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: LITORAL NORTE E AGRESTE BAIANO Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
68,2
Inadequado
31,8
Adequado
31,8
Aceitável
9,1
Inadequado
59,1
Adequado
27,3
Inadequado
72,7
Adequado
0,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres Aceitável
Avaliação
%
Adequado
4,5
Inadequado
95,5
Adequado
95,5
Aceitável
4,5
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
0,0 Inadequado
100
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de cooperativas agropecuárias
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
22,7
Aceitável
27,3
Inadequado
50
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de com crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
4,5
Inadequado
95,5
Adequado
54,5
Inadequado
45,5
Adequado
13,6
Acesso aos Alimentos Média da renda domiciliar mensal per capita média
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
40,9
Inadequado
59,1
Adequado
9,1
Aceitável
90,9
Inadequado
0,0 Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal Aceitável
77,3 Inadequado
Adequado
0,0
Aceitável
36,4
Inadequado
63,6
9,1
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
40,9
Aceitável
27,3
Inadequado
31,8
Adequado
0,0
Aceitável
18,2
Inadequado
81,8
Adequado
22,7
Aceitável
68,2
Inadequado
9,1
Adequado
4,5
Aceitável
45,5
Inadequado
50,0
Adequado
4,6
Aceitável
13,6
Inadequado
81,8
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a Rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a Rede de esgotamento sanitário
Adequado
0,0
Aceitável
27,3
Inadequado
72,7
Adequado
95,5
Aceitável
4,5
Inadequado
0,0
Adequado
18,2
Inadequado
81,8
Adequado
4,5
Aceitável
4,5
Inadequado
91,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
87
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE LITORAL NORTE E AGRESTE BAIANO Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Acajutiba
2
Alagoinhas
3
Aporá
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA MODERADA
4
Araças
IA GRAVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Aramari
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
6
Cardeal da Silva
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
7
Catu
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
8
Conde
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
9
Crisópolis
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Entre Rios
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Esplanada
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
12
Inhambupe
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
13
Itanagra
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
14
Itapicuru
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
15
Jandaíra
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
16
Mata de São João
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
17
Olindina
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
18
Ouriçangas
IA GRAVE
IA MODERADA
SAN
SAN
IA MODERADA
19
Pedrão
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
20
Pojuca
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
21
Rio Real
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
22
Sátiro Dias
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Litoral Norte e Agreste. Salvador (BA), 2014. Variável
88
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
2
9,1
Insegurança Alimentar Moderada
20
90,9
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
22
100
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
11.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Litoral Norte e Agreste Baiano Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 22 municípios do território de identidade Litoral Norte e Agreste, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que dois (9,1%) deles apresentaram IA Leve e vinte (90,9%) IA Moderada. Vale destacar, que não houve municípios com SAN e nem com IA Grave. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, seis (06) apresentaram IA Leve, sete (07) Moderada e a maior parte IA Grave (09). A prevalência maior da IA Grave deu-se principalmente pela ausência de incentivo a programas da agricultura familiar nos municípios, sendo que do total dos 22 municí-
pios a maioria apresentavam frequência a partir de 60%. Com isso comprometem a disponibilidade de alimentos nos municípios e o desenvolvimento econômico dos agricultores. • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Neste território os municípios apresentaram principalmente IA Moderada (15), com os demais apresentando IA Leve (02) e Grave (05). Os fatores que mais contribuíram para a inadequação foram a existência de famílias numerosas (95,5%), com baixa escolaridade (81,8%), chefiadas por mulheres (100%) e de baixa renda (81,8%), ainda que com boa empregabilidade. • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Nesta, houve uma divisão importante no território, com 50% com SAN e IA Leve (01 e 10, respectivamente) e 50% com IA Moderada e Grave (01 e 10, respectivamente). Esses resultados associam-se a baixa prevalência Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
89
de aleitamento materno exclusivo (95,5%). Já os dados sobre o estado nutricional da criança, contribuíram para os resultados mais positivos, com valores aceitáveis de déficit ponderal em crianças menores de 5 anos (77,3%). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam a cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território, quatro (04) apresentaram SAN, onze (11) apresentaram IA Leve e sete (07) IA Moderada. Pode-se atribuir classificação em SAN e IA Leve em mais da metade dos municípios (15 – 68,2%) a adequação à cobertura do Programa de Saúde da Família (95,5%). Apesar de mais de 80,0% das residências apresentam inadequação quanto acesso ao esgotamento sanitário e a rede água tratada.
90
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
12. Território Litoral Sul O Território de Identidade Litoral Sul, localizado na Costa do Cacau, com sua exuberante Mata Atlântica, possui 26 municípios, população de 780.364 habitantes (IBGE, 2010). Durante a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) presentes, avaliaram que a alimentação inadequada, ausência de saneamento básico, concentração de terras, desemprego, ausência de políticas públicas para produção, armazenamento e comercialização da agricultura familiar, contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: reforma agrária, demarcação e regularização de terras, implementação de cadeias produtivas, processos educativos, criação de CONSEA,s municipais, assistência técnica com base agroecológica e mudanças para uma legislação sanitária que se adeque a agricultura familiar.
12.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
GRUPOS MAIS AFETADOS
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Desnutrição/obesidade/ fome; doenças: verminose diarréias, hepatite.
Alimentação inadequada nas escolas (ausência, atrasos); ausência de educação no campo e para o campo; falta de qualificação dos profissionais em educação alimentar e atuação dos CAE,s; ausência de técnicos interdisciplinares (nutricionista, técnicos em nutrição, assistentes sociais, pedagogos, agrônomos entre outros); má gestão do PNAE; falta de saneamento básico, água de qualidade, e equipes multidisciplinares de atendimento à saúde.
Comunidade escolar rural e urbana, população em geral, de baixa renda rural urbana, comunidades tradicionais.
Concentração de terra, desemprego e êxodo rural.
Falta da reforma agrária, demarcação e regularização de terras, discriminatória, titulação e reconhecimento das terras devolutas do Estado (CDA) e de terras de povos e comunidades tradicionais de terreiro, quilombolas e indígenas; falta aparelhamento dos órgãos responsáveis (FUNAI); êxodo dos jovens e ausência de educação rural do campo e para o campo que preserve os jovens no campo.
Povos e comunidades tradicionais, população rural e urbana em geral, agricultores familiares.
Agricultura familiar sem política adequada para produção, armazenamento e comercialização da.
Energia insuficiente; ineficiência de transportes e estradas vicinais sem manutenção; Ausência de infraestrutura; acesso a crédito insuficiente; deficiência na execução e qualificação da assistência técnica visando à capacitação, comunicação e informação dos(as) agricultores (as); dificuldade de escoamento da produção.
Agricultores familiares, comunidades e povos tradicionais, Quilombolas e Indígenas.
Falta de acesso e cumprimento de políticas públicas.
Falta de sensibilidade e comprometimento dos gestores públicos às políticas públicas em geral;fFalta de qualificação das ONG,s para implementação de projetos; burocratização na seleção dos projetos; inexistência dos COMSEAS, ausência do PAA; falta de fiscalização eficiente.
Populações vulneráveis, rurais e urbanas.
Falta de atuação da vigilância sanitária.
Ineficiência da fiscalização; Condições precárias de higiene; Alimentos sem vigilância sanitária.
População em geral;
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
91
12.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Litoral Sul/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: LITORAL SUL Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
84,0
Numero de moradores por domicílios particulares
Avaliação
%
Adequado
52,0
Inadequado
16,0
Inadequado
48,0
Adequado
88,0
Adequado
88,0
Aceitável
8,0
Inadequado
4,0
Adequado
52,0
Aceitável
8,0
Inadequado
40,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Aceitável
12,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
4,0
Inadequado
96,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
80,0
Inadequado
20,0
Adequado
36,0
Aceitável
12,0
Inadequado
52,0
Adequado
76,0
Inadequado
24,0
Adequado
40,0
Aceitável
56,0
Inadequado
4,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
48,0
Inadequado
52,0
Adequado
84,0
Inadequado
16,0
Adequado
12,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
88,0
Inadequado
0,0
Adequado
16,0
Aceitável
0,0
Inadequado
84,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
92
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
80,0
Adequado
44,0
Aceitável
0,0
Aceitável
52,0
Inadequado
20,0
Inadequado
4,0
Adequado
0,0
Aceitável
8,0
Inadequado
92,0
Adequado
4,0
Aceitável
92,0
Inadequado
4,0
Adequado
0,0
Aceitável
36,0
Inadequado
64,0
Adequado
4,0
Aceitável
4,0
Inadequado
92,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
68,0
Aceitável
20,0
Inadequado
12,0
Adequado
44,0
Inadequado
56,0
Adequado
36,0
Aceitável
20,0
Inadequado
44,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: LITORAL SUL Disponibilidade
Acesso
Utilização
Geral
Almadina
Municípios
SAN
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
2
Arataca
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Aurelino Leal
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
4
Barro Preto
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
5
Buerarema
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
6
Camacan
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
7
Canavieiras
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
1
8
Coaraci
9
Floresta Azul
10
Consumo
SAN
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
Ibicaraí
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
11
Ilhéus
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
12
Itabuna
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
13
Itacaré
14
Itaju do Colônia
15
Itajuípe
16
Itapé
17
Itapitanga
18
Jussari
19
Maraú
20
Mascote
21 22
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
Pau Brasil
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
São José da Vitória
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
23
Santa Luzia
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
24
Ubaitaba
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
25
Una
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Litoral Sul. Salvador (BA), 2014. Variável
N
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
18
72,0
Insegurança Alimentar Moderada
6
24,0
Insegurança Alimentar Grave
1
4,0
Total
25
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
93
12.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Litoral Sul
pode estar associada a maior concentração de municípios em nível adequado quanto à situação de emergência (84,0%), a declaração de aptidão ao PRONAF (88,0%) e ao acesso ao PAA (80,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, nove (09) municípios apresentaram como resultado IA Leve, quatorze (14) em IA Moderada e dois (02) em IA Grave (Itacaré e Mascote). Os fatores inadequados que mais contribuíram foram a existência de famílias chefiadas por mulheres (96,0%), proporção de pessoas com baixa renda (92,0%), taxa de analfabetismo (64,0%) e baixa escolaridade (92,0%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional dos 25 municípios do território Litoral Sul, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 72,0% (18) apresentaram como resultado geral IA Leve, 24,0% (06) apresentaram IA Moderada e um (01) IA Grave (Itacaré), o que significa preocupação com a privação e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, respectivamente. • Dimensão: consumo de alimentos • Dimensão: disponibilidade de Em relação à dimensão do conalimentos sumo alimentar a avaliação consiA disponibilidade de alimen- dera, essencialmente, o estado nutos está associada aos indicadores tricional da criança e o aleitamento de situações de emergências (secas materno. Dentre os municípios, e enchentes), de incentivo a agri- vinte e um (21) apresentaram IA cultura familiar e da existência de Leve e distribuição igual para os cooperativas agropecuárias. Den- níveis de ISAN Moderada (02 – tre os municípios, onze (11) foram Itaju da Colônia e Itapitanga) e identificados em situação de Se- Grave (02 – Arataca e Itacaré). Os gurança Alimentar e Nutricional indicadores que podem estar asso(SAN), onze (11) em IA Leve e os ciados a essa situação favorável são demais (03) em IA Moderada. A o percentual de crianças menores situação favorável nesta dimensão de 5 anos com déficit ponderal em
94
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
nível aceitável (88,0%) e o percen- inadequação de acesso a rede de tual do baixo peso ao nascer em abastecimento de água (56,0%) e nível adequado (84,0%). Apesar de ao esgotamento sanitário (44,0%). nenhum município encontrar-se em percentual adequado de aleitamento materno exclusivo (aceitá- 13. Território Médio vel=48,0% e inadequado=52,0%). Rio das Contas • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Esta dimensão valoriza a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Dos municípios dez (10) foram classificados em situação de SAN, oito (08) em IA Leve, quatro (04) IA Moderada e três (03) em IA Grave (Ilhés, Itacaré e Pau Brasil), o resultado favorável pode estar associado a concentração de mais da metade dos municípios entre os níveis adequação e aceitável em relação a taxa de mortalidade infantil (adequado=44,0% e aceitável=52,0%) e cobertura do PSF (adequado=68,0% e aceitável=20,0%). Apesar do percentual consideravelmente alto quanto a
O Território de Identidade Médio Rio das Contas, semiárido baiano, engloba 16 municípios, com população de 365.959 habitantes, com percentual de extremamente pobres em 2010 de 14,3% de sua população (IBGE, 2010). Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) presentes, relataram que a falta de acesso a água para consumo e produção, apoio técnico e estrutural para a agricultura familiar contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram que programas como PAA, Bolsa Família, Luz e Água para Todos devem ser universalizados para as populações vulneráveis, como estratégia para enfretamento da IAN.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
95
13.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de acesso a Água em quantidade e qualidade
Contaminação da água, incluindo poluição de afluentes e nascentes; falta de cisterna de produção e consumo, captação, armazenamento e distribuição da água; estiagens; falta de esgotamento sanitário e tratamento da água, ações educacionais.
População rural e urbana vulnerável
Agricultura Familiar fragilizada
Falta de infraestrutura, profissionais qualificados, equipamentos, informação para acesso ao credito e DAPs, capacitação, valorização e assistência técnica.
Agricultores familiares individuais e cooperados; artesãos; alunos.
Falta de Acesso aos alimentos e acesso a alimentos de má qualidade
Consumo de conservantes, industrializado, refinados, transgênico e contaminados com agrotóxicos; Falta de Ações Educacionais, ações da Vigilância Sanitária nos estabelecimentos alimentícios, controle de qualidade nos alimentos. Falta de geração de emprego e renda, recursos para a compra dos alimentos; Alimentos com Preços Altos; Alimentação Escolar inadequada e falta de contratação de Nutricionistas para educação e ações de saúde.
Toda a população
Falta de acesso aos meios de produção e burocratização das políticas públicas
Falta de acesso a luz, estradas adequadas, dificuldade do escoamento da produção; êxodo rural; falta de reforma agrária, legalização das terras e credito Rural; burocracia; limitação de equipamentos, produção e comercialização.
Agricultores Rurais; Família de Baixa Renda
Precariedade na saúde publica; desnutrição e doenças provenientes de ISAN
Contaminação, armazenamento e transporte inadequado de alimentos, monocultura; cardápio da alimentação escolar inadequado; falta de nutricionistas na Saúde e Educação; falta alimentos de qualidade; falta de PSF; saneamento básico e disseminação da agricultura orgânica;
Famílias de Baixa Renda; Alunos da Rede Pública; Povo de Comunidades Tradicionais.
96
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
13.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Médio Rio das Contas/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: MÉDIO RIO DAS CONTAS Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Avaliação
%
Adequado
25,0
Adequado
68,8
Inadequado
31,2
Inadequado
75,0
Adequado
56,3 18,7
Inadequado
25,0
Adequado Percentual de famílias de baixa renda atendida Aceitável pelo Programa Bolsa Família (PBF) Inadequado
31,3
Aceitável Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
68,7 0,0
Adequado
6,3
Aceitável
0,0
Inadequado
93,8
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Adequado
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de cooperativas agropecuárias
12,5
Inadequado
87,5
Adequado
25,0
Aceitável
25,0
Inadequado
50,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo Aceitável
Percentual de com crianças com baixo peso ao nascer
31,3 Inadequado
68,7
Adequado
43,8
Inadequado
56,2
Adequado
31,3
Acesso aos Alimentos Média da renda domiciliar mensal per capita média
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
56,3
Inadequado
43,8
Adequado
43,8
Aceitável
50,0
Inadequado
6,2 Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal Aceitável
Adequado
68,7 Inadequado
0,0
0,0
Aceitável
6,2
Inadequado
93,8
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
87,5
Aceitável
0,0
Inadequado
12,5
Adequado
0,0
Aceitável
6,3
Inadequado
93,7
Adequado
6,2
Aceitável
18,8
Inadequado
75,0
Adequado
0,0
Aceitável
12,5
Inadequado
87,5
Adequado
6,3
Inadequado
93,7
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a Rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a Rede de esgotamento sanitário
Adequado
62,5
Aceitável
37,8
Inadequado
0,0
Adequado
81,2
Aceitável
0,0
Inadequado
18,8
Adequado
25,0
Inadequado
75,0
Adequado
25,0
Aceitável
31,3
Inadequado
43,7
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
97
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: MÉDIO RIO DAS CONTAS Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Aiquara
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
2
Apuarema
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
3
Barra do Rocha
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Boa Nova
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Dário Meira
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
6
Gongogi
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
7
Ibirataia
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
8
Ipiaú
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
9
Itagi
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Itagibá
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
11
Itamari
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
12
Jequié
SAN
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
13
Jitaúna
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
14
Manoel Vitorino
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
15
Nova Ibiá
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
16
Ubatã
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Médio Rio das Contas. Salvador (BA), 2014.
98
Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
4
25,0
Insegurança Alimentar Moderada
12
75,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
16
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
13.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Médio Rio das Contas
87,5% dos municípios apresentarem inadequação quanto ao acesso ao PAA e 100% em relação aos recursos do PRONAF. • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Neste território os municípios apresentaram principalmente IA Moderada (11), com os demais apresentando IA Leve (02 – Jequié e Nova Ibiá) e Grave (03). Os fatores que mais contribuíram para a inadequação foram desemprego (75,0%), taxa de analfabetismo (87,5%), baixa escolaridade (93,8%) e famílias chefiadas por mulheres (93,8%).
Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 16 municípios do território de identidade Médio Rio das Contas, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que quatro (25,0%) deles apresentaram IA Leve e dez (75,0%) IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: consumo de alimentos • Dimensão: disponibilidade de Quanto a dimensão Consumo alimentos de Alimentos, são avaliadas inA dimensão Disponibilidade de formações principalmente quanto Alimentos está associada principal- ao estado nutricional da criança mente aos indicadores de situações e cobertura do aleitamento made emergência (secas e enchentes), terno exclusivo. Do total de mude incentivo a agricultura familiar e nicípios, oito (08) em situação de da existência de cooperativas agro- IA Leve, quatro (04) em IA Mopecuárias. Dos municípios, três (03) derada e três (03) em IA Grave. apresentaram SAN, dez (10) IA Esses resultados associam-se a Leve, dois (02) IA Moderada e um situação de que nenhum municí(01) IA Grave ( Jitaúna). Os resul- pio apresentou adequação quanto tados favoráveis podem estar asso- ao aleitamento materno exclusiciados a não ocorrência de situação vo (aceitável=31,3% e inadequade emergência (68,8%), apesar de do=68,7%). Já o dado sobre o esta-
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
99
do nutricional da criança que possa quado=43,7%) e de água tratada ter contribuído para os resultados (inadequado=75,0%). mais positivos foi a ausência total de municípios que apresentassem valores de inadequação quanto ao 14. Território Médio déficit ponderal em crianças me- Sudoeste da Bahia nores de 5 anos (adequado=31,3% O Território de Identidade Mée aceitável=68,7%). dio Sudoeste da Bahia, localizado no semiárido do Estado, possui 13 • Dimensão: utilização biológi- municípios, população de 244.671 habitantes (IBGE, 2010). Com ca de nutrientes Na dimensão Utilização Bioló- 93% de sua área agrícola cultivada gica de Nutrientes, os indicadores com pastagens, predomina a cadeia valorizam a cobertura dos serviços leiteira e pecuária de corte. Durande saúde e dados sobre a morta- te a Conferência Territorial de Selidade infantil. Nesta dimensão, gurança Alimentar e Nutricional os valores de IA Leve (07) e IA em 2011, os delegados (as) presenModerada (06) assemelharam-se tes relataram que a falta de fiscalie o restante (03) apresentou SAN zação contribui para contaminação (Ibirataia, Ipiaú e Jequié). A situa- da água com agrotóxicos, a pecução favorável pode estar associada ária extensiva para baixa produção ao fato de que nenhum município de alimentos, contribuindo para os apresentou inadequação quanto a índices de IAN do território, por taxa de mortalidade infantil (ade- isso apontam para políticas de forquado=62,5% e aceitável=37,8%) talecimento da agricultura familiar e, também, a cobertura adequada e processo de educação e formação do PSF em 81,2%. Porém, valores em todas as etapas da produção desfavoráveis de saneamento se fez como estratégia para o enfretapresente (aceitável=31,3% e inade- mento da IAN.
100
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
14.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. GRUPOS MAIS AFETADOS
SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Água contaminada, sem qualidade; deficiência na distribuição da água para os agricultores na zona rural.
Falta de fiscalização das empresas que jogam dejetos e produtos químicos nos rios; problemas com tubulações velhas, falta de Saneamento Básico; e distribuição da água; assoreamento dos Rios e falta de poços artesianos.
Agricultores Familiares; População em geral.
Baixa produção da Agricultura Familiar para abastecimento do território; falta de acesso ao alimento produzido na região.
Burocracia e morosidade dos órgãos públicos; faltam recursos e crédito, equipamentos, assistência técnica, capacitação, dificuldade de Acesso á DAP; priorização da Pecuária Extensiva; falta manutenção das estradas e escoamento da produção.
Agricultores Familiares ea População em geral.
Falta de terra para os agricultores familiares e quilombolas produzirem.
Falta política de desapropriação e distribuição de terras, reforma agrária, acesso e legalização das terras; ocorre concentração de terra e desmatamento das áreas de plantio para formação de pastagem; declínio da produção agricultura local.
Agricultores Familiares e quilombolas.
Consumo alimentar inadequado da população em geral e na alimentação escolar.
Falta de ações de educação alimentar e promoção da SAN e inserção do tema nos currículos escolares; falta aplicação das leis, recursos e fiscalização que proíbem a venda de alimentos não saudáveis nas escolas; falta ação intersetorial e transdisciplinar para educação, acompanhamento, fiscalização da produção, transporte, comercialização dos alimentos.
População em geral.
Produção e consumo de alimentos contaminados por desconhecimento dos consumidores sobre a importância nutricional e higienização dos alimentos consumidos.
Falta de capacitação do agricultor familiar em agroecologia, armazenamento, transporte e comercialização; industrializados, agrotóxicos, hormônios na alimentação dos animais; falta de treinamento dos agentes sanitários para fiscalização adequada; água de má qualidade na irrigação; falta de abatedouros regularizados.
Agricultura familiar; População urbana.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
101
14.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Médio Sudoeste da Bahia/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: MÉDIO SUDOESTE DA BAHIA Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência do estado de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aso recursos do PRONAF Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de cooperativas agropecuárias
Numero de moradores por domicilio particulares
Adequado
69,2
Inadequado
30,8
Adequado
38,5
Aceitável
7,7
Inadequado
53,8
Adequado
7,7
Aceitável
15,4
Inadequado
76,9
Adequado
0,0
Inadequado
100
Adequado
7,7
Aceitável
15,4
Inadequado
76,9
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
38,5
Inadequado
61,5
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de aleitamento materno exclusivo Aceitável
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
15,4 Inadequado
84,6
Adequado
61,5
Inadequado
38,5
Adequado
30,8
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini renda domiciliar
Adequado
84,6
Inadequado
15,4
Adequado
69,2
Aceitável
30,8
Inadequado
0,0 Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Percentual de crianças com menos de 5 anos com déficit ponderal para idade Aceitável
61,5 Inadequado
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
7,7
Utilização Bológica de Nutrientes Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
102
Adequado
84,6
Adequado
46,2
Aceitável
7,7
Aceitável
53,8
Inadequado
7,7
Inadequado
0,0
Adequado
76,9
Aceitável
15,4
Adequado
7,7
Aceitável
0,0
Inadequado
92,3
Adequado
7,7
Aceitável
92,3
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
15,4
Inadequado
84,6
Adequado
0,0
Aceitável
7,7
Inadequado
92,3
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Taxa de mortalidade infantil
Percentual da população cobertura pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Inadequado
7,7
Adequado
38,5
Inadequado
61,5
Adequado
69,2
Aceitável
7,7
Inadequado
23,1
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: MÉDIO SUDOESTE DA BAHIA Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
1
Caatiba
2
Firmino Alves
3
Ibicuí
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
4
Iguaí
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Itambé
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
6
Itapetinga
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
7
Itarantim
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
8
Itororó
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
9
Macarani
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
10
Maiquinique
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Nova Canaã
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
12
Potiraguá
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade MÉDIO SUDOESTE DA BAHIA. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
0,0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
1
7,4
Insegurança Alimentar Moderada
11
92,6
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
12
100,0
Segurança Alimentar e Nutricional
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
103
14.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Médio Sudoeste da Bahia
estabelecimentos rurais com acesso aos recursos do PRONAF (76,9%) e ao acesso ao PAA (100%).
• Dimensão: acesso de alimentos Em relação à segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar, tendo os fatores que mais contribuíram: a maior prevalência de famílias numerosas (61,5%), todas chefiadas por mulheres (100%), maioria com baixa escolaridade e com baixa renda, as últimas na mesma proporção (92,3%). Desta forma, a maioria dos municípios apresentaram IA Moderada (11).
Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional dos 12 municípios do território de identidade Médio Sudoeste da Bahia, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que 84,6% (11) deles apresentaram IA Moderada e um (01) IA Grave, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de • Dimensão: consumo de aliquantidade e qualidade da alimenmentos tação, além de vivência de privação. Quanto à dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas infor• Dimensão: disponibilidade de mações principalmente sobre o estado nutricional da criança e coalimentos Quanto à dimensão Disponi- bertura do aleitamento materno exbilidade de Alimentos, associada clusivo. Nesta, oito (08) municípios principalmente aos indicadores de apresentaram IA Leve, dois (02) IA situações de emergência (secas e en- Moderada e dois (02) IA Grave, aschentes), de incentivo a agricultura sociados a resultados inadequados, familiar e da existência de coopera- principalmente, para o aleitamento tivas agropecuárias, dos municípios materno exclusivo (84,6%). do território, um (01) apresentou IA Leve, três (03) IA Moderada, • Dimensão: utilização biológie os oito (08) restantes IA Grave. ca de nutrientes A prevalência da IA deu-se prinNa dimensão Utilização Biolócipalmente pelo baixo incentivo a gica de Nutrientes, os indicadores agricultura familiar em relação aos valorizam a cobertura dos serviços
104
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios do território 50% (6) deles apresentaram SAN e os outros 50% IA Grave. Os resultados positivos estiveram principalmente associados à cobertura do Programa de Saúde da Família adequada, mortalidade infantil aceitável e acesso a rede de esgotamento sanitário adequado. No entanto, o acesso a rede de abastecimento de água está em sua maioria inadequado (69,2%).
3.206.924, desses apenas 1,41% vive na zona rural, localizado no litoral e recôncavo do Estado, possui 10 municípios (IBGE, 2010). Tem como principal atividade econômica o comércio, indústria e turismo. Na Conferência territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) apontaram que a falta de alimentação escolar adequada pelo não cumprimento da Lei que orienta a compra de no mínimo 30% da produção familiar local ou da re15. Território gião, aliada a falta de ações de educação alimentar e nutricional para Metropolitano de a população em geral, contribuem Salvador para os índices de IAN do terriO Território de Identidade tório, o que agrava o aumento da Metropolitano de Salvador, região obesidade e doenças relacionadas com maior número de habitantes, da população em geral.
15.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de alimentação escolar em qualidade quantidade suficiente as necessidades nutricionais dos escolares.
Descumprimento da Lei do PNAE; falta do RT nutricionista no PNAE; dificuldade de logística, armazenamento e capacitação das merendeiras.
Alunos da rede pública de ensino.
Obesidade; Consumo inadequado de alimentos.
Marketing de alimentos abusivos que comprometem a saúde da população; falta de legislação fiscalizadora
Toda população em especial as crianças.
Falta de assistência a moradores em situação de rua. Falta de educação nutricional para a população em geral. Articulação: saúde/ escola/ empresa /comunidade).
Falta de políticas públicas associadas a negligência familiar; Insuficiência de profissionais qualificados; equipamentos e recursos para a execução de uma política; Excessiva centralização das ações.
Grupos vulneráveis da população. Toda população.
Manejo, escoamento e utilização errônea de agrotóxico na agricultura familiar.
Falta de profissionais para capacitação técnica dos agricultores; falta de centro de abastecimento.
Agricultores de subsistência, pescadores, produtores rurais.
Contaminação da água nos domicílios e descontinuidade no abastecimento.
Falta de limpeza dos reservatórios domiciliares; falta de controle social.
População em geral.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
105
15.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Metropolitano de Salvador/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: METROPOLITANO DE SALVADOR Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
30,0
Inadequado
70,0
Adequado
60,0
Aceitável
10,0
Inadequado
30,0
Adequado
30,0
Aceitável
10,0
Inadequado
60,0
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
70,0
Inadequado
30,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
60,0
Aceitável
10,0
Inadequado
30,0
Adequado
100,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Adequado
80,0
Inadequado
20,0
Adequado
30,0
Aceitável
70,0
Inadequado
0,0
Adequado
10,0
Aceitável
10,0
Inadequado
80,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita Inadequado
Índice de Gini da renda familiar
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
106
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
50,0
Adequado
70,0
Aceitável
30,0
Aceitável
30,0
Inadequado
20,0
Inadequado
0,0
Adequado
30,0
Adequado
40,0
Aceitável
50,0
Aceitável
10,0
Inadequado
30,0
Inadequado
50,0
Adequado
10,0
Adequado
40,0
Aceitável
70,0
Inadequado
60,0
Inadequado
20,0
Adequado
10,0
Aceitável
10,0
Inadequado
80,0
Adequado
80,0
Aceitável
20,0
Inadequado
0,0
Adequado
70,0
Aceitável
30,0
Inadequado
0,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: METROPOLITANO DE SALVADOR Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Camaçari
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
2
Candeias
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
3
Dias Dàvilas
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
4
Itaparica
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Lauro de Freitas
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Madre de Deus
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
7
Salvador
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
8
Salinas da Margarida
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
9
Simões Filho
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Vera Cruz
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
SAN
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Metropolitano de Salvador. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
5
50,0
Insegurança Alimentar Moderada
5
50,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
10
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
107
15.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Metropolitano de Salvador Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional dos 10 municípios do território Metropolitana de Salvador, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, 50% apresentaram como resultado geral ISAN Leve e 50% foram classificados em situação de IA Moderada, o que significa preocupação quanto a situação de privação e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, respectivamente.
(Lauro de Freitas, Madre de Deus e Simões Filho). A situação desfavorável pode estar relacionada a inadequação de situações de emergência (70,0%) e ao acesso de estabelecimentos rurais ao PRONAF (60,0%) e ao PAA (100,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, seis (06) municípios apresentaram como resultado IA Leve e quatro (04) IA Moderada. Os fatores que mais contribuíram foram a situação mais favorável foram a adequação dos indicadores renda per capita (100,0%), taxa de analfabetismo (80,0%). Porém, a distribuição quase igualitária dos municípios entre IA Leve e IA Moderada, faz destacar que outros indicadores relacionado a renda concentrados nos nível aceitável ou agrupados (aceitável e inadequado) podem ser significativo. Tais como, índice de Gini de renda familiar (aceitável=100,0%), taxa de desemprego (aceitável=70,0% e inadequado=20,0%) e pessoas com baixa renda (aceitável=50,0% e inadequado=30,0%)
• Dimensão: disponibilidade de alimentos A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores de situações de emergências (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Observa-se que um (01) município apresentou SAN (Salinas da Margarida), dois • Dimensão: consumo de ali(02) foram classificados em situamentos ção de IA Leve, quatro (04) em IA Em relação à dimensão do conModerada e três (03) em IA Grave sumo alimentar a avaliação consi-
108
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
dera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, oito (08) apresentaram IAN Leve e os demais distribuídos em IA Moderada (Salinas da Margarida) e IA Grave (Vera Cruz). O indicador peso ao nascer apresentou-se com 80,0% de adequação. Porém, o aleitamento materno exclusivo apresentou inadequação de 90,0% e o déficit ponderal de crianças menores de 5 anos predominou no nível aceitável (70,0%). • Dimensão: utilização biológica de alimentos Na dimensão utilização biológica os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, dois (02) foram classificados em SAN (Madre de Deus e Vera Cruz), dois (02) em IA Leve (Dias Dávilas e Salinas da Margarida) e seis (06) em IA Moderada, resultantes da baixa cobertura do acesso ao saneamento básico (80,0%) e ao
abastecimento de água (60,0%). A cobertura do PSF ainda mostra-se desfavorável, 50,0% de inadequação.
16. Território Piemonte da Diamantina O Território de Identidade Piemonte da Diamantina, semiárido, com bioma caatinga, possui 10 municípios, população de 197.211 habitantes (IBGE, 2010), a extração de minerais é um importante setor da economia do território. Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) presentes, discutiram a fragilidade da agricultura familiar no território e apontaram a assistência técnica e adequação da legislação sanitária á sua realidade como estratégia eficaz no enfretamento da IAN. Relataram experiências exitosas implementadas no território: PAA, Programa Água Para Todos, criação de feiras agroecológicas, produção e comercialização de iogurte.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
109
16.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de água para consumo e produção.
Mau uso da água nos períodos de seca; falta de qualidade provocada pela contaminação; salubridade e falta de tratamento adequado, áreas semiáridas sem tecnologias adequadas de captação e armazenamento de água.
População em geral com ênfase os agricultores e agricultoras familiares.
Fragilidade da agricultura familiar.
Falta das políticas públicas adequadas, desperdício de produtos por falta de conhecimento no armazenamento; insuficiência da assistência técnica para produção, industrialização e comercialização dos produtos; inadequação da legislação á agricultura familiar regional; dificuldade de liberação do selo de inspeção.
Agricultores e agricultoras, pequenos comerciantes.
Falta de terra e regularização fundiária.
Má distribuição da terra produtiva e concentração latifundiária.
População em geral.
Falta de educação e do conhecimento sobre alimentação adequada.
Educação descontextualizada e desfocada da alimentação saudável
Toda a população.
110
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
16.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Piemonte da Diamantina/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE DA DIAMANTINA Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
20,0
Aceitável
50,0
Inadequado
30,0
Adequado
30,0
Aceitável
30,0
Inadequado
40,0
Adequado
10,0
Inadequado
90,0
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação Adequado Inadequado
% 60,0 40,0
Adequado
10,0
Aceitável
80,0
Inadequado
10,0
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
30,0
Aceitável
20,0
Inadequado
50,0
Adequado
30,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
40,0
Aceitável
60,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Inadequado
70,0
Adequado
10,0
Aceitável
90,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
80,0
Aceitável
20,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
10,0
Aceitável
80,0
Inadequado
10,0
Adequado
0,0
Aceitável
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
0,0
Aceitável
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
60,0
Aceitável
30,0
Inadequado
10,0
Adequado
20,0
Inadequado
80,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
111
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE DA DIAMANTINA Municípios
Disponibilidade
Acesso
IA LEVE
IA GRAVE
SAN
IA MODERADA
Consumo
Utilização
Geral
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Caém
2
Capim Grosso
3
Jacobina
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
4
Miguel Calmon
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
5
Mirangaba
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
6
Ourolândia
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
7
Saúde
IA LEVE
IA MODERADA
8
Serrolândia
IA GRAVE
IA MODERADA
9
Umburanas
IA GRAVE
IA MODERADA
10
Várzea Nova
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE IA LEVE IA LEVE IA LEVE
IA GRAVE IA LEVE
112
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
1
10,0
Insegurança Alimentar Moderada
9
90,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
10
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Piemonte da Diamantina. Salvador (BA), 2014. Variável
IA MODERADA
(Serrolândia e Umburamas). Os problemas estiveram relacionados a indicadores inadequados quanto ao desenvolvimento da agricultura familiar relacionado ao percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (90,0%) e fator formação de cooperativa que apresentou valores significativos distribuídos entre condições aceitáveis (20,0%) e inadequadas (50,0%). Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional dos 10 • Dimensão: acesso de alimentos municípios do território PiemonNa dimensão do acesso ao alite da Diamantina, todos apresen- mento os indicadores consideram, taram algum grau de Inseguran- fundamentalmente, a questão da ça Alimentar e Nutricional (IA). renda, organização familiar e esSendo que, cerca de 90,0% apre- colaridade. Nesta dimensão, oito sentaram como resultado geral (08) apresentaram como resultado IA Moderada e os outros 10,0% IA Moderada e dois (02) em IA estão em situação de IA Leve, o Grave (Caém e Mirangaba). Nesque significa prejuízos em termos te território os fatores que mais de quantidade e qualidade da ali- contribuíram foram a existência mentação. de famílias chefiadas por mulhe-
16.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores -- Território de Identidade: Piemonte da Diamantina
res, com baixa renda per capita e • Dimensão: disponibilidade de baixa escolaridade, todos ≥70,0% de inadequação. alimentos A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores de • Dimensão: consumo de alisituações de emergências (secas e mentos enchentes), de incentivo a agriEm relação à dimensão do cultura familiar e da existência de consumo alimentar a avaliação cooperativas agropecuárias. Dos considera, essencialmente, o esmunicípios, um (01) apresentou tado nutricional da criança e o SAN, três (03) municípios fo- aleitamento materno. Entre os ram classificados em situação de municípios, um (01) apresentou IA Leve, quatro (04) em IA Mo- SAN (Miguel Calmon), quatro derada e dois (02) em IA Grave (04) apresentaram IA Leve, um
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
113
(01) em IA Moderada e quatro (04) em IA Grave. Os indicadores permitiram identificar municípios baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, nenhum município apresentou nível de adequação (aceitável=60,0% e inadequado=40,0%) e com percentual inadequado de crianças com baixo peso ao nascer (50%).
• Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, quatro (04) foram classificados em situação de IA Leve, cinco (05) em IA Moderada e um (01) em IA Grave (Miguel Calmon), resultantes da baixa cobertura do acesso ao saneamento básico, principalmente relacionado a 100% de inadequação ao acesso a rede de esgotamento sanitário e 80% de água não tratada.
114
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
17. Território Piemonte do Paraguaçu O Território de Identidade Piemonte do Paraguaçu, localizado região centro-leste do estado, com bioma caatinga e banhado pelo Rio Paraguaçu, possui 13 municípios, com população de 289.814 habitantes (IBGE, 2010). Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, os delegados (as) presentes, relataram que a falta de terra água para consumo e produção, assistência técnica e legislação sanitária adequada para a agricultura familiar contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: reordenamento agrário, considerando povos e comunidades tradicionais, políticas de apoio e legislação adequadas á agricultura familiar, implementação de um programa de educação alimentar e nutricional e maior controle do uso de agrotóxicos.
17.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de água para consumo e produção.
Mau uso da água nos períodos de seca; falta de qualidade provocada pela contaminação; salubridade da água e falta de tratamento adequado, áreas semiáridas sem tecnologias adequadas de captação e armazenamento de água.
População em geral com ênfase os agricultores e agricultoras familiares.
Falta de assistência técnica adequada as condições da agricultura familiar.
Falta das políticas públicas adequadas ,desperdício de produtos por falta de conhecimento no armazenamento; insuficiência da assistência técnica para produção, industrialização e comercialização dos produtos. Inadequação da legislação á agricultura familiar regional;
Agricultores e agricultoras, pequenos comerciantes.
Falta de terra e regularização fundiária.
Má distribuição da terra produtiva e concentração latifundiária.
População em geral.
Falta de educação e do conhecimento sobre alimentação adequada.
Educação descontextualizada e desfocada da alimentação saudável
Toda a população.
Legislação inadequada.
Inadequação da legislação á agricultura familiar regional; Dificuldade de liberação do selo de inspeção.
Agricultura familiar.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
115
17.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Piemonte do Paraguaçu/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE DO PARAGUAÇU Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência
Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
84,6
Inadequado
15,4
Adequado
76,9
Aceitável
23,1
Inadequado
0,0
Adequado
53,8
Aceitável
15,4
Inadequado
30,8
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Indicador
Avaliação
%
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
7,7
Inadequado
92,3
Adequado
46,2
Aceitável
53,8
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Aceitável
7,7
Inadequado
92,3
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
23,1
Aceitável
15,4
Inadequado
61,5
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
23,1
Inadequado
76,9
Adequado
38,5
Inadequado
61,5
Adequado
23,1
Aceitável
69,2
Inadequado
7,7
Adequado
0,0
Aceitável
7,7
Inadequado
92,3
Acesso aos Alimentos Adequado Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
38,5
Inadequado
61,5
Adequado
7,7
Aceitável
92,3
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
116
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Adequado
46,2
Aceitável
15,4
Inadequado
38,5
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
30,8
Inadequado
69,2
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
30,8
Aceitável
61,5
Inadequado
7,7
Adequado
92,3
Aceitável
0,0
Inadequado
7,7
Adequado
38,5
Inadequado
61,5
Adequado
7,7
Aceitável
7,7
Inadequado
84,6
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE DO PARAGUAÇU Municípios
Disponibilidade
Acesso
1
Boa Vista do Tupim
IA LEVE
IA GRAVE
2
Iaçu
IA MODERADA
3
Ibiquera
4
Itaberaba
5
Itatim
6
Consumo
Utilização
Geral
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
Lajedinho
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Macajuba
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Mundo Novo
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
9
Piritiba
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
10
Rafael Jambeiro
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
11
Ruy Barbosa
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
12
Santa Teresinha
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Tapiramutá
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Piemonte do Paraguaçu. Salvador (BA), 2014. Variável
N
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
0
0,0
Insegurança Alimentar Moderada
12
92,3
Insegurança Alimentar Grave
1
7,7
Total
13
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
117
17.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Piemonte do Paraguaçu
a situação de emergência (84,6%), aptidão ao PRONAF de estabelecimentos rurais (76,9%), acesso aos recursos do PRONAF (53,8%). Apesar do acesso ao PAA apresentar 100,0% de inadequação. • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, oito (08) do total de municípios apresentaram IA Moderada e cinco (05) IA Grave. Situação insatisfatória que teve associada ao percentual de inadequação dos indicadores renda per capita (61,5%), baixa renda (100,0%) existência de famílias chefiadas por mulheres (92,3%), analfabetismo (69,2%) e baixa escolaridade (100,0%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 13 municípios do território, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, Piemonte do Paraguaçu cerca de 92,3% (12) apresentaram como resultado geral IA Moderada e 7,7% (01) apresentaram IA Grave, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: consumo de ali mentos • Dimensão: disponibilidade de Em relação à dimensão do conalimentos sumo alimentar a avaliação conA disponibilidade de alimen- sidera, essencialmente, o estado tos está associada aos indicadores nutricional da criança e o aleitade situações de emergências (secas mento materno. Entre os munie enchentes), de incentivo a agri- cípios, cinco (05) apresentaram cultura familiar e da existência de IA Leve, três (03) IA Moderada e cooperativas agropecuárias. Dos cinco (05) IA Grave. Os indicadomunicípios, um (01) apresentou res identificaram baixa prevalênSAN (Tapiramutá) e sete (07) IA cia de aleitamento materno excluLeve e cinco (05) IA Moderada. A sivo (76,9% inadequado e 23,1% situação mais favorável pode estar aceitável) e crianças com baixo associada aos percentuais de ade- peso ao nascer (61,5% inadequaquação dos indicadores referentes do). Enquanto que o percentual
118
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
de déficit ponderal de crianças foi mais frequente no nível aceitável (69,2%). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, dois (02) apresentaram SAN (Ruy Barbosa e Tapiramutá), seis (06) IA Leve (06) e cinco (05) IA Moderada, resultantes da adequação da cobertura do PSF (92,3%) e taxa de mortalidade infantil que predominou no nível aceitável (61,5%). Enquanto que as necessidades básicas de rede de abastecimento de água e de saneamento mostraram-se comprometida, ambos acima de 60,0% de inadequação.
18. Território Piemonte Norte do Itapicuru O Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, inserido no bioma caatinga, semiárido baiano, possui 9 municípios, população de 260.744 habitantes (IBGE, 2010), tem como principais arranjos produtivos rurais a caprinocultura/ ovino - cultura e o cultivo de sisal. Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) relataram que a falta de regularização fundiária limita o acesso a terra, ao crédito, que alia de políticas específicas para a agricultura familiar, incluindo educação no campo e para o campo, contribuem para os índices de IAN do território, mas apontaram programas exitosos como PAA, PNAE, Água para Todos.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
119
18.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Falta de acesso à terra e regularização fundiária.
Má distribuição e regularização da terra, limitação do acesso a terra, ao crédito a certificação orgânica e ao licenciamento ambiental.
Povos e comunidades tradicionais, agricultores familiares.
Falta de acesso à água para a produção e consumo humano.
Falta de investimentos em políticas hídricas, contaminação de água por falta de saneamento básico; privatização dos rios pela influencia de grandes proprietários; uso de agrotóxico; desmatamento e queimadas; assoreamento e poluição das bacias hidrográficas, mau uso dos recursos naturais (solo e água).
População de um modo geral principalmente quilombola e pequenos agricultores rurais.
Ausência de políticas adequadas à agricultura familiar.
Falta de mão de obra qualificada e curso de capacitação rural e dos educadores; deficiência na assistência técnica, sem foco na agroecologia e na convivência com o semiárido; enquadramento do Pronaf; burocracia de acesso ao credito rural; desconhecimento do produtor aos créditos oferecidos; dificuldades em obter a DAP.
Agricultores familiares.
Falta de educação contextualizada no campo para o campo e na cidade.
Desperdício de alimentos, êxodo rural, alimentos nas cantinas escolares inadequados, falta de financiamento das escolas famílias agrícolas, inexistência de educação alimentar; falta de capacitação do homem do campo para o campo; ausência de formalização do trabalho rural; incentivo ao consumo de alimentos orgânicos; Valorização do jovem para campo.
População, mais especificadamente crianças e adolescentes; agricultores; População de povos e comunidades tradicionais.
Inexistência de infraestrutura adequada e de tecnologias apropriadas à convivência com o semiárido.
Falta de manutenção nas estradas vicinais; falta de agroindústrias e desperdício de alimentos da produção local, manejo inadequado nas propriedades.
População e Agricultores.
120
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
18.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Piemonte Norte do Itapicuru/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
66,7
Inadequado
33,3
Adequado
77,8
Aceitável
11,1
Inadequado
11,1
Adequado
55,6
Aceitável
0,0
Inadequado
44,4
Adequado
22,2
Inadequado
77,8
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
44,4
Inadequado
55,6
Adequado
11,1
Aceitável
88,9
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
44,4
Aceitável
11,1
Inadequado
44,4
Adequado
55,6
Inadequado
44,4
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
11,1
Inadequado
88,9
Adequado
77,8
Inadequado
22,2
Adequado
11,1
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
88,9
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
77,8
Adequado
66,7
Aceitável
11,1
Aceitável
33,3
Inadequado
11,1
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Adequado
44,4
Aceitável
0,0
Aceitável
11,1
Inadequado
100,0
Inadequado
44,4
Adequado
11,1
Adequado
11,1
Aceitável
88,1
Inadequado
88,9
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
55,6
Inadequado
44,4
Adequado
0,0
Aceitável
88,9
Inadequado
11,1
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
121
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU Municípios
Disponibilidade
Acesso
IA MODERADA
IA MODERADA
Consumo
Utilização
Geral
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
1
Andorinha
2
Antônio Gonçalves
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
3
Caldeirão Grande
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
4
Campo Formoso
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Filadélfia
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
6
Jaguarari
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Pindobaçu
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
8
Ponto Novo
SAN
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
9
Senhor do Bonfim
SAN
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru. Salvador (BA), 2014. Variável
122
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
1
11,1
Insegurança Alimentar Moderada
8
88,9
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
9
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
18.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Piemonte Norte do Itapicuru Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional dos 09 municípios do território Piemonte Norte do Itapicuru, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 11,1% (01) apresentaram como resultado geral IA Leve e 88,9% (08) apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, respectivamente. • Dimensão: disponibilidade de alimentos Quanto à dimensão Disponibilidade de Alimentos, associada principalmente aos indicadores de situações de emergência, de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, dois (02) apresentaram SAN (Ponto Novo e Senhor do Bonfim), quatro (04) IA Leve, dois (02) IA Moderada
e um (01) apresentou IA Grave (Antônio Gonçalves). A situação favorável (SAN e IA Leve) pode estar associada aos percentuais de adequação quanto aos indicadores de situação de emergência (66,7%) e de estabelecimentos rurais que aptos ao PRONAF (77,8%), assim como, também, com acesso aos recursos desse programa (55,6%). • Dimensão: acesso de alimentos Em relação à segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Nesta dimensão, um (01) município (Senhor do Bonfim) apresentou IA Leve e os demais apresentaram IA Moderada (05) e IA Grave (03). A situação desfavorável associa-se a inadequação dos percentuais de pessoas com baixa renda (100,0%), de analfabetismo (44,4%) e de famílias chefiadas por mulheres (100,0%). E de indicador em nível aceitável ≥ 88,0% (desemprego, baixa escolaridade e índice de renda familiar). • Dimensão: consumo de alimentos Nesta dimensão, são avaliadas informações principalmente sobre o estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Nesta, a situação de Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
123
IA Leve predominou em sete (07) municípios e os demais se distribuíram em IA Moderada (Filadélfia) e IA Grave (Caldeirão Grande). Os resultados mostraram comportamentos diferentes dos indicadores aleitamento materno exclusivo (aceitável=11,1% e inadequado=88,9%), baixo peso ao nascer (adequado=77,8% e inadequado=22,2%) e déficit ponderal de crianças (adequado=11,1% e aceitável=88,9%). Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam a cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios, cinco (05) apresentaram IA Leve, dois (02) IA Moderada e dois (02) IA Grave. A taxa de mortalidade infantil apresentou adequação de 66,7% e a cobertura do PSF 44,4%. Dados menos favoráveis
124
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
estão relacionados com a inadequação de abastecimento de água (88,9%) e de esgotamento sanitário (100,0%).
19. Território Portal do Sertão O Território de Identidade Portal do Sertão, localizado no semiárido do Estado, inserido no bioma caatinga, possui 17 municípios, população de 856.252 habitantes (IBGE, 2010). Durante a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) relataram que o consumo de alimentos com agrotóxicos e transgênicos, água contaminada contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como experiências exitosas do território: criação de grupos de economia solidária, hortas comunitárias e escolares, quintais produtivos, Programa Água para Todos e Bolsa Família.
19.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Consumo de alimentos contaminados com agrotóxicos e transgênicos; baixa produção de alimentos saudáveis.
Monocultura, ausência de produção agroecológica, aumento do agronegócio.
Povos do campo e da cidade.
Escassez e poluição das águas, desmatamentos e falta de saneamento básico.
Desmatamento das matas ciliares; poluição das nascentes; falta de esgotamentos sanitários que evite a contaminação dos mananciais e rede de abastecimentos e distribuição de água; falta de reservatórios de água adequados nos estabelecimentos de ensino.
Toda a população
Inexistência dos Conseas Municipais.
Desrespeito a Soberania Popular; falta discussões sobre questões relacionados à SAN; não acesso aos Programas Governamentais e falta de controle social.
População em Geral.
Falta apoio para produção, beneficiamento, comercialização e logística para escoamento dos produtos da agricultura familiar.
.Assistência técnica e extensão rural inadequada e fragmentação das cadeias produtivas bem como a privatização da assistência técnica.
Agricultores(as) familiares e povos e comunidades tradicionais.
Concentração de Terras – Latifúndios.
Êxodo Rural; falta de semente crioula; falta da regularização fundiária, reforma agrária e acesso ao crédito; falta de Assistência técnica.
Povos e comunidades tradicionais, agricultores familiares.
Controle Social da Mídia e Consumo.
Alto consumo dos produtos vinculados as propagandas e ausência de produtos de qualidade para venda.
Toda População.
Falta de educação contextualizada para todos os níveis educacionais e proposta curricular agroecológica.
Precariedade no sistema educacional. Ausência de uma política pública de educação contextualizada no campo; não cumprimento da lei de mínimo 30% da agricultura familiar no PNAE.
Povos dos Campos: Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, Agricultores Familiares, comunidades tradicionais.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
125
19.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Portal do Sertão/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PORTAL DO SERTÃO Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
58,8
Inadequado
41,2
Adequado
41,2
Aceitável
17,6
Inadequado
41,2
Adequado
23,5
Aceitável
29,4
Inadequado
47,1
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
23,5
Aceitável
17,6
Inadequado
58,8
Adequado
70,6
Inadequado
29,4
Adequado
41,2
Aceitável
58,8
Numero de moradores por domicílios particulares Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Índice de Gini da renda familiar
Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
17,6
Inadequado
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
11,8
Aceitável
0,0
Inadequado
11,8
Aceitável
0,0
Inadequado
88,2
Adequado
5,9
Aceitável
64,7
Adequado Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
126
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
88,2
Adequado
Inadequado
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
29,4 23,5
Aceitável
0,0
Inadequado
76,5
Adequado
11,8
Inadequado
88,2
Adequado
58,8
Aceitável
41,2
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
5,9
Inadequado
94,1
Adequado
0,0
Aceitável
88,2
Inadequado
11,8
Adequado
88,2
Inadequado
11,8
Adequado
11,8
Aceitável
88,2
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Taxa de mortalidade Infantil
82,4
Adequado
%
Consumo de Alimentos
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Avaliação
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
70,6
Aceitável
29,4
Inadequado
0,0
Adequado
82,4
Aceitável
5,9
Inadequado
11,8
Adequado
5,9
Inadequado
94,1
Adequado
0,0
Aceitável
5,9
Inadequado
94,1
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: PORTAL DO SERTÃO Municípios 1
Água Fria
2
Amélia Rodrigues
3
Anguera
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Antônio Cardoso
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Conceição da Feira
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Conceição do Jacuípe
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
7
Coração de Maria
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Feira de Santana
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
9
Ipecaetá
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
10
Irará
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
11
São Gonçalo dos Campos
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
12
Santa Bárbara
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Santanópolis
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
14
Santo Estêvão
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
15
Tanquinho
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
16
Teodoro Sampaio
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
17
Terra Nova
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Portal do Sertão. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
4
23,5
Insegurança Alimentar Moderada
13
76,5
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
17
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
127
19.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Portal do Sertão Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 17 municípios do território Costa do Descobrimento, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo a situação IA Moderada predominante em 13 locais (76,5%) e restante encontram-se em IA Leve (04), o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A disponibilidade de alimentos está associada aos indicadores de situações de emergências (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, um (01) apresentou SAN (Água Fria) e os demais se distribuíram em IA Leve (04), IA Moderada (07) e IA Grave (05). A situação desfavorável (IA
128
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Moderada e Grave) pode estar relacionada a inadequação do indicador acesso ao PAA (100,0%) e a concentração dos indicadores acesso ao PRONAF e a existência de cooperativas agropecuárias nos níveis aceitáveis e inadequados (≥ 55,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, quatro (04) municípios apresentaram IA Leve, doze (12) IA Moderada e um (01) apresentou IA Grave (Santa Bárbara). Os fatores que mais contribuíram foram razão de renda, proporção de pessoas com baixa renda, desemprego, baixa escolaridade e famílias chefiadas por mulheres, todos acima de 75,0%. • Dimensão: consumo de alimentos Em relação à dimensão do consumo alimentar a avaliação considera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, um (01) apresentou SAN (Irará), outro município IA Moderada (Santanópo) e o restante (15) IA Leve. O indicador associado a situação favorável peso ao nascer (adequação=88,2%), assim como, também, aleitamento materno exclusivo e
o déficit ponderal de crianças que apresentaram maior percentual no nível aceitável. • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, onze (11) foram classificados em situação de IA Leve e cinco (05) em IA Moderada e, um (01) apresentou IA Grave (Santanópo). São resultantes da adequação da taxa de mortalidade infantil (70,6%) e da cobertura do PSF (82,4%). Enquanto os serviços básico de acesso a água tratada e saneamento se apresentaram insatisfatórios, ambos 94,1% de inadequação.
20. Território Recôncavo O Território de Identidade do Recôncavo localizado no entorno da Baía de Todos os Santos, possui 20 municípios, população de 566.993 habitantes (IBGE, 2010), durante a Conferência territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) relataram a necessidade de acelerar o reconhecimento da titulação das terras nas comunidades tradicionais, além da implementação de processos de educação, assistência técnica no campo e formação, garantindo a preservação das culturas alimentares locais. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN o fortalecimento do controle social sobre as políticas públicas de SAN, com a criação dos CONSEA,s Municipais.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
129
20.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Regularização Fundiária para produção, e valorização do homem do campo no campo.
Acelerar o reconhecimento da titulação das terras nas comunidades; implementação e efetivação de políticas públicas municipais e assistência técnica permanente para os agricultores familiares e produtores rurais, pescadores e marisqueiras.
Povos e Comunidades Tradicionais
Educação do Campo e Capacitação técnica adequada
Falta de centros de beneficiamento e comercialização dos pescados e mariscos; acompanhamento adequado para o plantio dos produtos da agricultura familiar; desemprego; garantir a educação básica regular e profissionalizante de qualidade; falta de Conseas municipais e qualificação dos membros; falta de informação e assistência técnica e maior participação da sociedade civil.
Povos e Comunidades Tradicionais; Pequenos Agricultores Familiares e Assentados
Falta de reconhecimento das culturas alimentares dos Povos e Comunidades Tradicionais e acesso a alimentação adequada.
Intolerância e respeito as culturas diversificas; falta de cozinhas comunitárias nos terreiros, igrejas e comunidades de pescadores artesanais; valorização a culinária local; falta de hortas comunitárias para aprendizado nos terreiros e comunidades em geral; falta do cultivo das sementes crioulas.
Povos e Comunidades Tradicionais e População em geral.
Água de qualidade para consumo e produção
Construção de barragens e grandes empreendimentos vêm causando o desequilíbrio sócio-ambiental; poluição das águas dos rios para consumo humano e pesca diversificada; reservatório de detritos e agroquímicos próximo aos afluentes, rios, mares e anguezais; baixa produtividade; doenças devido a falta de água; comprometimento na qualidade de vida da população; desmatamento das matas nativas.
População em Geral (Pescadores; Marisqueiras, Agricultores familiares, mulheres, crianças e Povos Tradicionais)
Doenças relacionadas à alimentação
Falta de fiscalização sanitária da procedência dos alimentos consumidos; qualificação para o abate de bovinos, suínos e aves; frigoríficos de abates com perdas financeiras; manuseio irregular dos alimentos; falta de locais próprios para abastecimentos, transporte, armazenamento e comercialização. Utilização de materiais pesados nas indústrias; contaminação do solo e das águas por metais pesados; consumo de alimentos industrializados; utilização de agroquímicos em lavouras; descarte das embalagens.
Comunidades e Povos Tradicionais; Pequenos comerciantes em geral Pequenos agricultores familiares e Assentados.
130
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
20.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Recôncavo/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: RECÔNCAVO Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Adequado
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
30,0
Aceitável
20,0
Inadequado
50,0
Adequado
40,0
Aceitável
20,0
Inadequado
40,0
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
40,0
Inadequado
60,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
65,0
Inadequado
35,0
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos
Adequado
20,0
Aceitável
30,0
Inadequado
50,0
Existência de Cooperativas agropecuárias
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
65,0
Inadequado
35,0
Adequado
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
35,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
90,0
Inadequado
10,0
Adequado
5,0
Aceitável
95,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
60,0
Inadequado
5,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
80,0
Adequado
70,0
Aceitável
15,0
Aceitável
30,0
Inadequado
5,0
Inadequado
0,0
Adequado
20,0
Adequado
95,0
Aceitável
0,0
Inadequado
80,0
Adequado
5,0
Aceitável
10,0
Inadequado
85,0
Adequado
0,0
Aceitável
85,0
Inadequado
15,0
Adequado
0,0
Aceitável
45,0
Inadequado
55,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Aceitável
5,0
Inadequado
0,0
Adequado
5,0
Inadequado
95,0
Adequado
0,0
Aceitável
30,0
Inadequado
70,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
131
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: RECÔNCAVO Municípios
Disponibilidade
Acesso
1
Cabaceiras do Paraguaçu
IA MODERADA
IA MODERADA
2
Cachoeira
IA MODERADA
3
Castro Alves
4
Conceição do Almeida
5
Consumo
Utilização
Geral
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Cruz das Almas
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
6
Dom Macedo Costa
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
7
Governador Mangabeira
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
8
Maragogipe
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
9
Muniz Ferreira
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Muritiba
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Nazaré
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
12
São Felipe
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
13
São Félix
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
IA LEVE
14
São Francisco do Conde
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
15
São Sebastião do Passé
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
16
Sapeaçu
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
17
Saubara
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
18
Santo Antônio de Jesus
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
SAN
IA LEVE
19
Santo Amaro
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
20
Varzedo
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Recôncavo. Salvador (BA), 2014. Variável
132
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
6
30,0
Insegurança Alimentar Moderada
14
70,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
20
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
20.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Recôncavo
acesso de estabelecimentos rurais ao PAA (100,0%) e a concentração (≥ 60,0%) entre os níveis aceitável e inadequado dos indicadores de acesso ao recurso do PRONAF e a existência de cooperativas agropecuárias. • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, oito (08) dos municípios apresentaram IA Leve e doze (12) IA Moderada. Os fatores que mais contribuíram para inadequação foram proporção de pessoas com baixa renda (80,0%) e taxa de desemprego (85,5%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 20 municípios do território Recôncavo, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 30,0% (06) apresentaram como resultado geral IA Leve e 70,0% (14) apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade • Dimensão: consumo de alida alimentação, e a vivência de primentos vação, respectivamente. Em relação à dimensão do con sumo alimentar a avaliação consi• Dimensão: disponibilidade de dera, essencialmente, o estado nutricional da criança e o aleitamento alimentos A disponibilidade de alimen- materno. Entre os municípios, tos está associada aos indicadores quatro (04) apresentaram SAN, de situações de emergências (secas nove (09) IA Leve, seis (06) IA e enchentes), de incentivo a agri- Moderada e um (01) apresentou cultura familiar e da existência de IA Grave (Maragogipe). Os indicooperativas agropecuárias. Dos cadores identificaram baixa premunicípios, cinco (05) municípios valência de aleitamento materno apresentaram IA Leve, dez (10) IA exclusivo (65,0% aceitável e 35,0% Moderada e quatro (04) IA Gra- inadequado) e déficit ponderal ve. A situação desfavorável pode de crianças com menos de 5 anos estar associada a inadequação do (aceitável=60,0%). Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
133
• Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, um (01) apresentou SAN (Santo Antônio de Jesus) e treze (13) foram classificados em situação de IA Leve e seis (06) em IA Moderada, resultantes da adequação da taxa de mortalidade infantil (70,0%) e da cobertura do PSF (95,0%). Apesar da inadequação dos serviços básicos de cobertura do acesso ao saneamento básico (70,0%) e do abastecimento de água (95,0%).
134
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
21. Território Semiárido Nordeste II O Território de Identidade Semiárido Nordeste II, de bioma caatinga localizado no semiárido do Estado, possui 18 municípios, população de 405.794 habitantes, sendo 55,37% população rural (IBGE, 2010), durante a Conferência de Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) presentes discutiram que o consumo de alimentos não inspecionados, dificuldade para produção e diversificação dos alimentos, falta de acesso a terra e água contribuem para os índices de IAN do território. Mas apontaram como prioridade no enfrentamento da IAN: capacitação e profissionalização dos agricultores familiares e populações vulneráveis, com sustentabilidade e valorização da cultura popular.
21.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
GRUPOS MAIS AFETADOS
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Consumo de leite não inspecionado e de carnes de abatedouros clandestinos.
Falta de abatedouros/aumento da demanda do consumo de carne; Falta de infraestrutura para beneficiamento.
População em geral.
Dificuldade para produção de alimentos; consumo de água não potável;
Falta de investimento público, falta de tratamento e acesso a água e o mau uso dos recursos hídricos.
Populações sem terra, agricultores familiares, comunidades e povos tradicionais; população urbana.
Falta de acesso a terra e propriedades com tamanhos insuficientes para produção agrícola.
Má distribuição e concentração de terra nas mãos dos latifundiários; falta de reforma agrária.
Populações sem terra, agricultores Familiares, comunidades e povos tradicionais.
Uso indiscriminado de agrotoxicos e transgênicos.
Falta de fiscalização de órgãos técnicos, o poder persuasivo das propagandas; ofertas desses produtos pelas grandes empresas de alimentos; falta de conhecimento da população das consequências de consumir tais produtos; falta de acesso a uma educação contextualizada e nutricional; pesquisa oficial da embrapa incentiva o uso dos transgênicos;
Agricultores familiares, população em geral.
Pouca diversidade da produção agrícola.
Falta de incentivo técnico, econômico e problemas com a comercialização; questões climáticas; monocultura; falta de um plano agrícola adequado às condições da região; estiagens.
Agricultores familiares, Populações urbana e rural.
Perda da identidade cultural. Alimentação inadequada
Consumo de produtos industrializados (refino, aditivo químico e conservantes)
População em geral
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
135
21.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Semiárido Nordeste II/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SEMIÁRIDO NORDESTE II Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
72,2
Inadequado
27,8
Adequado
16,7
Aceitável
16,7
Inadequado
66,6
Adequado
16,7
Aceitável
16,7
Inadequado
66,6
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
16,7
Inadequado
83,3
Adequado
72,2
Aceitável
27,2
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
5,6
Inadequado
94,4
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
27,8
Aceitável
16,7
Inadequado
55,6
Adequado
38,9
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
5,6
Aceitável
33,3
Inadequado
61,1
Adequado
11,1
Inadequado
88,9
Adequado
11,1
Aceitável
88,9
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Inadequado
61,1
Adequado
11,1
Aceitável
88,9
Inadequado
0,0
Adequado
77,8
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
136
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Aceitável
11,1
Inadequado
11,1
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
55,6
Aceitável
0,0
Inadequado
44,4
Adequado
0,0
Aceitável
5,6
Inadequado
94,4
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
66,7
Aceitável
33,3
Inadequado
0,0
Adequado
55,6
Aceitável
16,7
Inadequado
27,8
Adequado
11,1
Inadequado
88,9
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SEMIÁRIDO NORDESTE II Municípios
Disponibilidade
Acesso
IA LEVE
IA GRAVE
Consumo
Utilização
Geral
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Adustina
2
Antas
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Banzaê
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
4
Cícero Dantas
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Cipó
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
6
Coronel João Sá
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Euclides da Cunha
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
8
Fátima
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
9
Heliópolis
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Jeremoabo
SAN
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
11
Nova Soure
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
12
Novo Triunfo
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Paripiranga
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Pedro Alexandre
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
15
Ribeira do Amparo
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
16
Ribeira do Pombal
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
17
Santa Brígida
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
18
Sítio do Quinto
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Semiárido do Nordeste II. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
1
5,6
Insegurança Alimentar Moderada
15
83,3
Insegurança Alimentar Grave
2
11,1
Total
18
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
137
21.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Semiárido Nordeste II
seis (06) IA Moderada e oito (06) em IA Grave. A situação desfavorável está associada a inadequação dos indicadores aptidão de estabelecimentos rurais ao PRONAF (66,6%) e ao acesso aos recursos do PRONAF (66,6%) e do PAA (100,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Entre os municípios, um (01) apresentou IA Leve (Cícero Dantas), quinze (15) IA Moderada e dois (02) em IA Grave (Audustina e Nova Soure). A situação desfavorável está associada a inadequação de pessoas com baixa renda (100,0%), analfabetismo (94,4%), baixa escolaridade (100,0%) e famílias chefiadas por mulheres (94,4%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 18 municípios do território Semiárido Nordeste II, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 5,6% (01) apresentaram como resultado geral IA Leve, 83,3% (15) IA Moderada e 11,1% (02) IA Grave, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, e a vivência de • Dimensão: consumo de aliprivação. mentos Em relação à dimensão do con• Dimensão: disponibilidade de sumo alimentar a avaliação conalimentos sidera, essencialmente, o estado A disponibilidade de alimentos nutricional da criança e o aleitaestá associada aos indicadores de mento materno. Entre os munisituações de emergências (secas e cípios, três (03) apresentaram IA enchentes), de incentivo a agri- Leve, cinco (05) IA Moderada e cultura familiar e da existência de dez (10) IA Grave. O compromecooperativas agropecuárias. Dos timento quantitativo e qualitativo municípios, um (01) apresentou da alimentação está associado a SAN ( Jeremoabo) e três (03) inadequação de do peso ao nasforam classificados em IA Leve, cer (88,9%) e baixa prevalência
138
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
de aleitamento materno exclusivo (aceitável=33,3% inadequado e inadequado=61,1%).
• Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, dois (02) foram classificados em SAN (Banzaê e Cipó), quatro (04) em IA Leve, onze (11) em IA Moderada e um (01) foi classificado em IA Grave (Ribeira do Pombal), resultantes da baixa cobertura do acesso ao saneamento básico com 100% de inadequação e do abastecimento de água com 88,9% de inadequação.
22. Território Sertão do São Francisco O Território de Identidade Sertão do São Francisco, localizado no extremo norte do Estado, banhado pelo Rio São Francisco, possui 10 municípios, população de 486673 habitantes (IBGE, 2010), durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) presentes discutiram que a redução na produção de alimentos, consumo de água e alimentos inadequados, contribuem para os índices de IAN do território e para doenças relacionadas a alimentação. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: regularização fundiária, assistência técnica com base agroecológica, geração de renda respeitando as especificidades das comunidades garantindo o direito de ser pescador artesanal, programa de monitoramento da qualidade das águas e maior divulgação da política de SAN.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
139
22.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados(as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Redução da produção de alimentos.
Irregularidade de acesso a terra.
Pescadores e agricultores.
Consumo de água poluída.
Uso de agrotóxicos (mesmo na agricultura familiar).
Ribeirinhos e populações que recebem a água do Rio São Francisco.
Baixo acesso a água para consumo e produção de alimentos.
políticas públicas de distribuição de água que priorizam os grandes projetos.
Crianças, Populações mais pobres e as comunidades rurais.
Consumo de alimentos impróprios à saúde.
Ausência de uma política de educação que priorize o consumo de alimentos saudáveis.
População de baixa renda.
Aumento de doenças ligadas a alimentação.
Consumo de água e alimentos contaminados por agrotóxicos.
Ribeirinhos, pescadores, quilombolas, populações de fundo e fecho de pasto.
140
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
22.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Sertão do São Francisco/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SERTÃO DO SÃO FRANCISCO Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
100,0
Aceitável
0,0
Inadequado
0,0
Adequado
10,0
Aceitável
30,0
Inadequado
60,0
Adequado
70,0
Inadequado
30,0
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
100,0
Aceitável
0,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
20,0
Inadequado
80,0
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
60,0
Aceitável
30,0
Inadequado
10,0
Adequado
40,0
Inadequado
60,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
100,0
Inadequado
0,0
Adequado
20,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Aceitável
80,0
Inadequado
0,0
Adequado
20,0
Aceitável
80,0
Inadequado
0,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
50,0
Adequado
90,0
Aceitável
40,0
Aceitável
10,0
Inadequado
10,0
Inadequado
0,0
Adequado
60,0
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Adequado
0,0
Aceitável
100,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
30,0
Inadequado
70,0
Adequado
0,0
Aceitável
10,0
Inadequado
90,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Aceitável
0,0
Inadequado
40,0
Adequado
20,0
Inadequado
80,0
Adequado
10,0
Aceitável
20,0
Inadequado
70,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
141
APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SERTÃO DO SÃO FRANCISCO Municípios
Disponibilidade
Acesso
1
Campo Alegre de Lourdes
IA LEVE
IA MODERADA
2
Canudos
IA LEVE
3
Casa Nova
4
Consumo
Utilização
Geral
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Curaçá
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Juazeiro
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
6
Pilão Arcado
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
7
Remanso
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
8
Sento Sé
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Sobradinho
IA GRAVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
10
Uauá
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Sertão do São Francisco. Salvador (BA), 2014. Variável
142
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
2
20,0
Insegurança Alimentar Moderada
8
80,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
10
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
22.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Sertão do São Francisco
indicadores associados são acesso dos estabelecimentos rurais aos recursos do PRONAF e a existência de situação de emergência, ambos ≥50,0% de inadequação. Os resultados mais favoráveis podem estar associados ao acesso ao recurso do PAA (70,0% de adequação) e existência de cooperativas agropecuárias (60,0% de adequação). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, um (01) do total de municípios apresentou IA Leve ( Juazeiro) e dez (10) apresentaram IA Moderada. Os fatores que mais contribuíram para inadequação foram baixa renda (90,0%), analfabetismo (70,0%), baixa escolaridade (90,0%) e famílias chefiadas por mulheres (80,0%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 10 municípios do território Sertão do São Francisco, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 20,0% apresentaram como resultado geral IA Leve e 80,0% apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação, e a vivência de privação, respectivamente. • Dimensão: consumo de alimentos • Dimensão: disponibilidade de Em relação à dimensão do conalimentos sumo alimentar a avaliação consiA disponibilidade de alimen- dera, essencialmente, o estado nutos está associada aos indicadores tricional da criança e o aleitamento de situações de emergências (secas materno. Entre os municípios, e enchentes), de incentivo a agri- oito (08) apresentaram IA Leve cultura familiar e da existência de e dois (02) IA Grave (Canudos cooperativas agropecuárias. Dos e Sobradinho). O indicador que municípios, quatro (04) municí- contribuiu para essa situação mais pios apresentaram IA Leve, quatro favorável foi peso ao nascer (ade(04) IA Moderada e dois (02) IA quado=100,0%). Mas destaca-se Grave (Sobradinho e Uauá). Os que nenhum município apresenDiagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
143
tou adequação quanto ao aleita- serviços básicos de saneamento e mento materno (aceitável=50,0% e abastecimento de água. inadequado=50,0%). • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica de nutrientes os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Entre os municípios, três (03) foram classificados em IA Leve, cinco (05) em IA Moderada e dois (02) em IA Grave ( Juazeiro e Sobradinho). Apesar de nenhum município apresentar inadequação para a taxa de mortalidade infantil (adequado=90,0% e aceitável=10,0%) e mais de 50,0% apresentarem adequação na cobertura do PSF, destaca-se a importância de dar atenção ao 40,0% de inadequação da cobertura do PSF e a prevalência (≥70,0%) de municípios com baixa cobertura de
144
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
23. Território Sertão Produtivo
O Território de Identidade Sertão Produtivo, localizado no centro-sul do Estado, possui 19 municípios, população de 439.455 habitantes (IBGE, 2010), durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) discutiram que a baixa produção de alimentos, causada pela falta de acesso a terra, água e assistência técnica, contribuem para os índices de IAN do território, apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: universalização do acesso a água para consumo e produção, presença do nutricionista na saúde e educação, assistência técnica para agricultura familiar.
23.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. GRUPOS MAIS AFETADOS
SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
Escassez de água; consumo de água de má qualidade.
Contaminação das fontes; falta de investimento em estrutura (reservatórios); falta de políticas públicas de convivência com o semiárido; desmatamento e problemas ambientais; manejo inadequado do solo; abastecimento de água deficitário; centralização da água; falta de saneamento básico;
População rural e urbana (ênfase nas crianças).
Baixa produção de alimentos;
Falta de assessoria técnica, acompanhamento e capacitação, infraestrutura, investimento e estratégias de beneficiamento e comercialização para os agricultores familiares; falta de garantia da compra da produção e organização das comunidades; aumento do uso de agrotóxicos; falta de programas de sustentabilidade e incentivo às organizações e ás cooperativas na valorização de seus produtos; modelo de desenvolvimento prioriza grandes projetos, expulsando comunidades e agricultores em geral, a exemplo das mineradoras, da ferrovia (fiol), expansão desordenada do projeto de energia eólica, monoculturas, falta de controle e fiscalização das cerâmicas, carvoarias.
Agricultores familiares, quilombolas, sem terras, população de baixa renda.
Falta de acesso a terra e irregularidade fundiária.
Dificuldade de acesso à terra e falta de Política ampla de reforma agrária, regularização das terras devolutas e subsídios para a produção de alimentos; burocratização dos créditos fundiários; migração sazonal; falta de renda e trabalho.
Agricultores familiares, quilombolas, sem terras, população de baixa renda;
Consumo de alimentos contaminados e de má qualidade.
O uso indiscriminado dos agrotóxicos e outros produtos químicos; falta de vigilância sanitária em feiras livres e abatedouros clandestinos; falta de informação e conscientização quanto a consumo/produção; consumo de alimentos transgênicos e com agrotóxicos; facilidade da compra/ consumo de agroquímicos; incentivo da mídia ao consumismo e monocultura.
Agricultores familiares e população em geral.
Alta prevalência de doenças crônicas (obesidade, diabetes, hipertensão arterial).
Má suplementação de micronutrientes (vit. A, ferro, iodo); Aleitamento materno inadequado; alimentação complementar inadequada; número de nutricionistas insuficientes para atender a demanda da população na educação e na saúde; influência midiática negativa.
População em geral, com agravante para crianças e gestantes.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
145
23.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Sertão Produtivo/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: SERTÃO PRODUTIVO Indicador Existência do estado de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos dos PRONAF
Avaliação
%
Indicador
Avaliação
%
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
0,0
Inadequado
100
Adequado
15,8
Aceitável
73,7
Adequado
21,1
Inadequado
78,9
Adequado
47,4
Aceitável
15,8
Inadequado
36,8
Inadequado
10,5
Adequado
0,0
Adequado
26,3
Aceitável
0,0
Aceitável
31,6
Inadequado
100
Inadequado
42,1
Adequado
0,0
Adequado
10,5
Aceitável
84,2
Inadequado
100
Inadequado
5,3
Adequado
21,1
Adequado
57,9
Aceitável
26,3
Inadequado
52,6
Inadequado
42,1
Adequado
73,7
Adequado
68,4
Aceitável
31,6
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de cooperativas agropecuárias
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda domiciliar
Inadequado
26,3
Adequado
52,6
Aceitável
47,4
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidde de equipamentos públicos de SAN
Utilização Biológica de Nutrientes Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Adequado
89,5
Aceitável
10,5
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
21,1
Inadequado
78,9
Adequado
47,4
Aceitável
52,6
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
42,1
Inadequado
57,9
Adequado Percentual da população com menos de 4 anos de Aceitável estudo Inadequado
146
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
0,0 0,0 100,0
Taxa de mortalidade infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
68,4
Aceitável
31,6
Inadequado
0,0
Adequado
78,9
Aceitável
0,0
Inadequado
21,1
Adequado
5,3
Inadequado
94,7
Adequado
0,0
Aceitável
5,3
Inadequado
94,7
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: SERTÃO PRODUTIVO Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Brumado
IA LEVE
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
2
Caculé
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
3
Caetité
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Candiba
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
5
Contendas do Sincorá
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA LEVE
6
Dom Basílio
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
7
Guanambi
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
SAN
IA LEVE
8
Ibiassucê
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
IA LEVE
9
Ituaçu
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
10
Iuiú
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
11
Lagoa Real
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
12
Livramento de Nossa Senhora
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
13
Malhada de Pedras
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Palmas de Monte Alto
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
15
Pindaí
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
16
Rio do Antônio
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
17
Sebastião Laranjeiras
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
18
Tanhaçu
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
19
Urandi
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Sertão Produtivo. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
5
26,3
Insegurança Alimentar Moderada
14
73,7
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
19
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
147
23.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Sertão Produtivo
a indicadores inadequados quanto ao desenvolvimento da agricultura familiar PRONAF e PAA, ambos 100%. Além da existência de situação de emergência que se fez presente em 78,9% dos municípios. • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, houve predominância da situação de IA Moderada em dezessete (17) municípios e os outros dois (02) observou-se IA Leve. Os indicadores inadequados que mais contribuíram foram baixa renda (78,9%), analfabetismo (57,9%) e número de moradores por domicílio (100%)
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 19 municípios do território Sertão Produtivo, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que 14 (73,7%) encontram-se em situação de IA Moderada e os demais (05) em IA Leve, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: consumo de ali mentos • Dimensão: disponibilidade de Em relação à dimensão do alimentos consumo alimentar a avaliação A disponibilidade de alimentos considera, essencialmente, o esestá associada aos indicadores de tado nutricional da criança e o situações de emergências (secas e aleitamento materno. Os valores enchentes), de incentivo a agri- encontrados são mais satisfatócultura familiar e da existência de rios devido a sete (07) municípios cooperativas agropecuárias. Dos encontrarem-se em situação de municípios, seis (06) municípios Segurança Alimentar e Nutricioforam classificados em situação de nal (SAN) e dez (09) em IA Leve. IA Leve, dez (10) em IA Modera- O grau moderado apresentouda e três (03) em IA Grave (Cacu- -se apenas e dois municípios (02 lé, Pindaí e Rio do Antônio). Os – Livramento de Nossa Senhora problemas estiveram relacionados e Pindaí) enquanto que o mu-
148
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
nicípio Brumado apresentou IA Grave. Os indicadores apresentaram-se mais positivos pelo fato da predominância de municípios com taxas de aleitamento materno exclusivo em nível aceitável em 84,2% e adequação do peso ao nascer em 57,9% dos municípios. E o percentual de crianças menores de 5 anos com déficit de ponderal apresentar-se 100% entre os níveis de adequação (68,4%) e aceitável (31,6%).
• Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão utilização biológica os indicadores valorizam a organização do sistema de saúde e a mortalidade infantil. Dos municípios, a concentração deu-se no nível de IA Moderada (14) e outros cinco (05) em IA Leve. Dos cinco fatores, dois contribuíram de forma inadequada na mesma proporção de 94,7% (residências servidas com água tratada e coleta de esgoto doméstico).
24. Território Sisal O Território de Identidade Sisal, localizado no semiárido baiano, bioma caatinga, região com baixa incidência de chuvas, que se destaca na agricultura pela produção do sisal e o extrativismo de subsistência do licuri, mangaba, umbu, castanha-de-caju, feijão, milho e mandioca, na pecuária, caprinos e ovinos. Possui 20 municípios e população de 579.165 habitantes (IBGE, 2010). Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) presentes relataram que embora a população rural corresponda a 57,21% dos habitantes, não existem políticas específicas de convivência com o semiárido como educação contextualizada, assistência técnica e valorização do homem do campo, o PNAE não funciona em muitos municípios comprometendo e falta água nas escolas rurais, comprometendo a segurança alimentar e nutricional de crianças e adolescentes.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
149
24.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados(as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Escolas oferecem alimentos que não são saudáveis, com baixo teor nutricional, alto teor calórico.
Ausência de diagnóstico de saúde das crianças, adolescentes e jovens, de construção de um cardápio que ofereça segurança alimentar.
Crianças, adolescentes e jovens.
A população do semiárido e do campo sem acesso a política pública de que valorize os produtos da agricultura familiar.
Ausência de uma política pública de educação do campo e contextualizada para o semiárido, no estado e nos municípios que valorize o local, a agricultura familiar e a segurança alimentar.
Crianças, adolescentes, jovens agricultores/as familiares.
Concentração de terra/ latifúndio Êxodo Rural.
Falta de alternativas de geração de renda, ausência da Reforma Agrária; falta de políticas para assegurar permanência e valorização da família do campo com educação contextualizada, tecnologias inadequadas.
População de baixa renda, população rural, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares.
Escassez e/ou falta de acesso à água de qualidade para consumo humano e para a produção de alimentos.
Critérios dos programas P1MC e P1+2, inadequados à realidade de algumas comunidades do semiárido; falta de sistemas modernizados de abastecimento de água, escoamento e tratamento de esgotos que evitem a contaminação dos mananciais; falta de reservatórios de água adequados nos estabelecimentos de ensino.
Povos do campo e Povos das Comunidades das periferias urbanas.
Dificuldades de acesso aos sistemas de crédito por excesso de burocracia;
Ausência de Assistência Técnica qualificada e continuada, acesso a crédito para organização da produção e comercialização; falta de estruturas regionais de beneficiamento da produção que possibilitem a venda de produtos da agricultura familiar; Burocracia do MDA para conceder a homologação de DAPs.
População de baixa renda, população rural, povos indígenas, comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos e agricultores familiares, mulheres.
150
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
24.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Sisal/Município. UFBA, 2014. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SISAL Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
60,0
Inadequado
40,0
Adequado
60,0
Aceitável
20,0
Inadequado
20,0
Adequado
20,0
Aceitável
5,0
Inadequado
75,0
Adequado
20,0
Inadequado
80,0
Adequado
45,0
Indicador
Avaliação
Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
20,0
Inadequado
80,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF) Percentual de famílias chefiadas por mulheres
%
Adequado
50,0
Aceitável
45,0
Inadequado
5,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Aceitável
20,0
Inadequado
35,0
Adequado
45,0
Inadequado
55,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
5,0
Aceitável
45,0
Inadequado
50,0
Adequado
45,0
Inadequado
55,0
Adequado
35,0
Aceitável
60,0
Inadequado
5,0
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
40,0
Aceitável
60,0
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
70,0
Aceitável
25,0
Inadequado
5,0
Adequado
35,0
Aceitável
65,0
Inadequado
0,0
Adequado
35,0
Aceitável
65,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
45,0
Inadequado
55,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
75,0
Aceitável
25,0
Inadequado
0,0
Adequado
75,0
Aceitável
0,0
Inadequado
25,0
Adequado
5,0
Inadequado
95,0
Adequado
0,0
Aceitável
5,0
Inadequado
95,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
151
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: SISAL Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Araci
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
2
Barrocas
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
3
Biritinga
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
4
Candeal
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Cansanção
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
6
Conceição do Coité
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
7
Ichu
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Itiúba
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Lamarão
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
10
Monte Santo
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
11
Nordestina
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
12
Queimadas
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Quinjingue
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
14
Retirolândia
SAN
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA LEVE
15
Santaluz
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
16
São Domingos
IA LEVE
IA LEVE
SAN
IA LEVE
IA LEVE
17
Serrinha
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
18
Teofilândia
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
19
Tucano
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
20
Valente
SAN
IA LEVE
SAN
IA MODERADA
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Sisal. Salvador (BA), 2014. Variável
152
N
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
4
20,0
Insegurança Alimentar Moderada
16
80,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
20
100,0
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
24.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Sisal
que contribuíram foram os percentuais de inadequação do acesso de estabelecimentos rurais aos recursos dos PRONAF (75,0%) e ao PAA (80,0%). • Dimensão: acesso de alimentos Na dimensão do acesso ao alimento os indicadores consideram, fundamentalmente, a questão da renda, organização familiar e escolaridade. Nesta dimensão, três (03) municípios apresentaram IA Leve, dezesseis (16) IA Moderada e um (01) IA Grave (Araci). Os fatores que mais contribuíram para inadequação foram taxa de analfabetismo (80,0%), baixa escolaridade (100,0%), famílias chefiadas por mulheres (100,0%) e número de pessoas por domicílio (80,0%).
Na avaliação geral da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 20 municípios do território Sisal, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA). Sendo que, cerca de 20,0% (04) apresentaram como resultado geral IA Leve e 80,0% (16) IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimen- • Dimensão: consumo de alimentos tação, e a vivência de privação, resEm relação à dimensão do conpectivamente. Nenhum município sumo alimentar a avaliação consiapresentou SAN e IA Grave. dera, essencialmente, o estado nu• Dimensão: disponibilidade de tricional da criança e o aleitamento materno. Entre os municípios, três alimentos A disponibilidade de alimen- (03) apresentaram SAN, oito (08) tos está associada aos indicadores IA Leve, cinco (05) IA Moderada de situações de emergências (secas e quatro (04) IA Grave. A baixa e enchentes), de incentivo a agri- prevalência de aleitamento matercultura familiar e da existência de no exclusivo (5,0%) e baixa adecooperativas agropecuárias. Dos quação (35,0%) de déficit pondemunicípios, três (03) municípios ral de crianças menores de 5 anos apresentaram SAN, cinco (05) IA mostram a situação desfavorável, Leve, nove (09) IA Moderada e mesmo que 45,0% dos municípios três (03) IA Grave. Os indicadores sejam classificados em níveis acei-
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
153
táveis de aleitamento materno e 2010). Sua principal fonte econô60,0%, também, nessa classificação mica está ligada a produção agríquanto ao déficit ponderal. cola, mas durante a Conferência Territorial de Segurança Alimen• Dimensão: utilização biológi- tar e Nutricional em 2011, delegados (as) presentes relataram que a ca de nutrientes Na dimensão utilização biológi- má distribuição de terras, alimenca de nutrientes os indicadores va- tos contaminados com agrotóxicos, lorizam a organização do sistema ausência de processos de educação de saúde e a mortalidade infantil. alimentar e nutricional, aliado ao Entre os municípios, onze (11) fo- desperdício de alimentos conram classificados em situação de tribuem para os índices de IAN IA Leve e nove (09) em IA Mo- do território. Apontaram como derada. A distribuição semelhante prioridade para o enfretamento entre os níveis de IA mostra que há da IAN: criação, manutenção e indicadores em percentuais de ade- fortalecimento dos CONSEA,as quação mais favoráveis, sendo eles municipais a partir da assessoria a taxa de mortalidade infantil e co- do CONSEA estadual; certificabertura do PSF, ambos com 75,0% ção das comunidades tradicionais; de adequação. Por outro lado, ser- saneamento básico, água tratada, viços essenciais de acesso a rede de energia e estradas na zona rural, abastecimento de água e de esgo- crédito e infraestrutura adequada tamento sanitários apresentam-se para o beneficiamento da produção muito comprometidos, ambos com da agricultura familiar; assistência técnica permanente e contínua, 95,0% de inadequação. baseada na agroecologia através do fortalecimento das experiên25. Território Vale do cias existentes desenvolvidas pela Jiquiriçá sociedade civil; certificação dos O Território de Identidade Vale produtos da agricultura familiar, do Jiquiriçá, localizado, inserido no com redução dos entraves burobioma caatinga e mata atlântica, e cráticos relacionados as exigências composto por vários ecossistemas, da vigilância sanitária, preparando possui 20 municípios e população os agricultores para atendimento à de 312.141 habitantes (IBGE, legislação sanitária.
154
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
25.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados(as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Má alimentação.
Doenças crônicas.
Crianças e idosos.
Má distribuição de terras.
Falta de produção e desemprego.
Jovens e adultos.
Agrotóxico nos alimentos.
Alimentos contaminados e aumento da produtividade com transgênicos e agrotóxicos; falta de assistência técnica e estudo de solo.
População em geral.
Ausência de hábitos alimentares adequados.
Falta de informação, educação alimentar e nutricional e mudança de hábitos.
População em geral.
Desperdícios.
Falta de informação, má distribuição e utilização dos alimentos.
Agricultores familiares e população em geral.
Doenças veiculadas por falta de saneamento.
Falta saneamento básico.
Crianças em situação de vulnerabilidade.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
155
25.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Vale do Jiquiriçá/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADO: VALE DO JEQUIRIÇÁ Indicador
Avaliação
%
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA Existência de cooperativas agropecuárias
Indicador Numero de moradores por domicílios particulares
Adequado
75,0
Inadequado
25,0
Adequado
45,0
Aceitável
20,0
Inadequado
35,0
Adequado
30,0
Aceitável
15,0
Inadequado
55,0
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
50,0
Inadequado
50,0
Adequado
60,0
Aceitável
40,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
0,0
Consumo de Alimentos Adequado
0,0
Inadequado
1000
Adequado
5,0
Aceitável
20,0
Inadequado
75,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo Aceitável
Percentual de com crianças com baixo peso ao nascer
60,0 Inadequado
40,0
Adequado
70,0
Inadequado
30,0
Adequado
30,0
Acesso aos Alimentos Média da renda domiciliar mensal per capita média
Índice de Gini da renda familiar
Adequado
65,0
Inadequado
35,0
Adequado
10,0
Aceitável
90,0
Inadequado
0,0 Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal Aceitável
70,0 Inadequado
Adequado
5,0
Aceitável
50,0
Inadequado
45,0
0,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
156
Adequado
80,0
Aceitável
15,0
Inadequado
5,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Adequado
20,0
Aceitável
75,0
Inadequado
5,0
Adequado
20,0
Aceitável
80,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Percentual de residências com acesso a Rede de abastecimento de água Percentual de residências com acesso a Rede de esgotamento sanitário
Adequado
50,0
Aceitável
50,0
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
85,0
Inadequado
15,0
Adequado
20,0
Inadequado
80,0
Adequado
0,0
Aceitável
15,0
Inadequado
85,0
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: VALE DO JEQUIRIÇÁ Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
1
Amargosa
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
2
Brejões
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
3
Cravolândia
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
4
Elísio Medrado
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
5
Irajuba
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
6
Itaquara
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
7
Itiruçu
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
8
Jaguaquara
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA LEVE
9
Jiquiriçá
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Lafaiete Coutinho
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
11
Lajedo do Tabocal
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
12
Laje
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Maracás
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
14
Milagres
IA GRAVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
15
Mutuípe
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
16
Nova Itarana
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
17
Planaltino
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
18
Santa Inês
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA LEVE
19
São Miguel das Matas
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
20
Ubaíra
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Vale do Jiquiriçá. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
4
20,0
Insegurança Alimentar Moderada
16
80,0
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
20
100
Total
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
157
25.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Vale do Jequiriçá Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 20 municípios do território de identidade Vale do Jequiriça, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que quatro (20,0%) deles apresentaram IA Leve e dezesseis (80,0%) IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, sete (07) apresentaram IA Leve, seis (06) Moderada e sete (07) IA Grave. Os resultados não favoráveis podem estar associados ao pouco incentivo a agricultura familiar, considerando
158
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
o alto percentual de inadequação quanto ao acesso ao PAA (100%) e a existência de cooperativas agropecuárias (75%). Além de 70% dos municípios distribuírem-se entre os níveis aceitáveis e inadequados de falta de acesso aos recursos do PRONAF. • Dimensão: acesso de alimentos Em relação a segunda dimensão, que avalia o Acesso aos Alimentos são considerados principalmente informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Neste território os municípios apresentaram principalmente IA Moderada (12), com os demais apresentando IA Leve (06) e Grave (02 – Itaquara e Nova Itarana). Os fatores que mais contribuíram para a inadequação foram a baixa renda (100%), desemprego (75,0%), baixa escolaridade (100%) e famílias chefiadas por mulheres (100%). • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Do total de municípios, três (03) apresentaram situação de SAN (Brejões, Jaguaquara e Lajedo do Tabocal), onze (11) em IA Leve, quatro (04) em IA Moderada e dois (02) em IA Grave (Ira-
juba e Milagres). Esses resultados associam-se a situação de que nenhum município apresentou adequação quanto ao aleitamento materno exclusivo (aceitável=60,0% e inadequado=40,0%). Já os dados sobre o estado nutricional da criança, contribuíram para os resultados mais positivos com valores de adequação em relação ao baixo peso ao nascer (70,0%). E ausência total de municípios que apresentassem valores de inadequação quanto ao déficit ponderal em crianças menores de 5 anos (aceitável=70,0%). Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam a cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Nesta dimensão a concentração deu-se em IA Leve (08) e IA Moderada (10), sendo que os outros dois distribuíram-se em situação de SAN (Cravolândia) e de IA Grave (Santa Inês). A situação mais desfavorável foi quanto à inadequação quanto ao acesso a rede de esgoto sanitário e de água tratada (≥ 80,0%). A situação um pouco mais favorável deu-se pela concentração dos valores de taxa de mortalidade e cobertura do PSF nos níveis aceitáveis e de adequação.
26. Território Velho Chico O Território de Identidade Velho Chico, localizado no oeste baiano, banhado pelo Rio São Francisco e seus afluentes, possui 16 municípios, população de 367.763 habitantes, sendo 53,74% população rural (IBGE, 2010). Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) relataram que a má distribuição de renda, o contexto histórico de exploração, corrupção, concentração de poder e terras, aliados a falta de assistência técnica e desemprego na região contribuem para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: aceleração da desapropriação de terras e da regularização fundiária das áreas de assentamento e dos territórios quilombolas pelo INCRA, criação de uma política pública para a agricultura familiar e suas especificidades, educação contextualizada, revitalização do Rio ao Francisco, criar e ampliar as políticas específicas para os povos e comunidades tradicionais, superando o modelo hoje existente que apenas coloca-os como público prioritário, incentivo de estudos e manejo dos biomas caatinga e cerrado.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
159
26.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados(as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Má distribuição de renda.
Exploração escrava; corrupção; poder na mão de poucos.
Comunidades tradicionais: (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, geraiseiros, ciganos, pescadores, etc).
Contexto histórico (questão social).
Êxodo rural; escravidão ;urbanização; revolução industrial; revolução verde; neoliberalismo.
Comunidades tradicionais: (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, geraiseiros, ciganos, pescadores, etc)
Desemprego.
Falta de investimentos; capacitação de profissionais; falta de políticas públicas; pouca oferta de trabalho.
Jovens; Mulheres; Comunidades tradicionais: (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, geraiseiros, ciganos, pescadores, etc).
Má distribuição de terras.
Falta de regularização fundiária; ineficiência da Reforma Agrária.
Agricultores familiares; comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, geraiseiros, ciganos, pescadores, etc)
Falta política Educacional voltada a alimentação.
Falta de assistência técnica; falta de capacitações aos profissionais de educação, saúde; imposições de padrões alimentares que não respeitam a diversidade cultural.
Jovens, crianças, adultos; Comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, geraiseiros, ciganos, pescadores, etc)
160
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
26.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Velho Chico/Município. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: VELHO CHICO Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP)
Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
68,8
Inadequado
31,3
Adequado
75,0
Aceitável
12,5
Inadequado
12,5
Adequado
12,5
Aceitável
25,0
Inadequado
62,5
Adequado
6,2
Inadequado
93,8
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
6,2
Inadequado
93,8
Adequado
31,3
Aceitável
62,4
Inadequado
6,3
Adequado
12,5
Aceitável
25,0
Inadequado
62,5
Adequado
6,2
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Existência de Cooperativas agropecuárias
Adequado
50,0
Aceitável
6,3
Inadequado
43,8
Adequado
25,0
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Aceitável
68,8
Inadequado
25,0
Adequado
43,8
Inadequado
56,2
Adequado
25,0
Aceitável
68,8
Inadequado
6,2
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Inadequado
75,0
Adequado
18,8
Aceitável
0,0
Inadequado
81,2
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
Adequado
31,3
Adequado
56,2
Aceitável
37,4
Aceitável
43,8
Inadequado
31,3
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Adequado
75,0
Aceitável
0,0
Aceitável
12,5
Inadequado
100,0
Inadequado
12,5
Adequado
6,2
Aceitável
93,8
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
43,8
Inadequado
56,3
Adequado
6,2
Aceitável
0,0
Inadequado
93,8
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
6,2
Inadequado
93,8
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
161
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: VELHO CHICO Municípios
Disponibilidade
Acesso
Consumo
Utilização
Geral
SAN
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Barra
2
Bom Jesus da Lapa
IA LEVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
3
Brotas de Macaúbas
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
4
Carinhanha
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Feira da Mata
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Ibotirama
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
7
Igaporã
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
8
Malhada
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Matina
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA LEVE
10
Morpará
IA MODERADA
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
11
Muquém de São Francisco
IA GRAVE
IA GRAVE
IA GRAVE
IA LEVE
IA MODERADA
12
Oliveira dos Brejinhos
IA MODERADA
IA MODERADA
SAN
IA LEVE
IA MODERADA
13
Paratinga
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
14
Riacho de Santana
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
15
Serra do Ramalho
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
16
Sítio do Mato
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Velho chico. Salvador (BA), 2014. Variável
162
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0
Insegurança Alimentar Leve
1
6,3
Insegurança Alimentar Moderada
15
93,8
Insegurança Alimentar Grave
0
0
Total
16
100
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
nicípios entre SAN e IA Leve) e a menos favorável (08 municípios entre IA Moderada e Grave). Os indicadores que contribuíram para adequação foram existência de situação de emergência (68,8%) e estabelecimentos com declaração de aptidão ao PRONAF (75,0%). Enquanto que o acesso aos recursos do PRONAF e ao PAA contribuiu para inadequação, ambos Na avaliação geral de Seguran- acima de 60,0%. ça Alimentar e Nutricional (SAN) dos 16 municípios do território • Dimensão: acesso de alimentos de identidade Velho Chico, todos Em relação a segunda dimensão, apresentaram algum grau de Inseque avalia o Acesso aos Alimentos gurança Alimentar e Nutricional são considerados principalmente (IA), sendo que 6,2% (01) deles informações sobre renda, desigualclassificado como IA Leve e os oudade social, escolaridade e liderança tros 93,8% (15) apresentaram IA familiar. Os municípios apresentaModerada, o que significa preocuram situação de IA Moderada (09) pação com a privação alimentar e e IA Grave (07). Dos 9 fatores que prejuízos em termos de quantidade compõem essa dimensão, seis foram e qualidade da alimentação. os que mais contribuíram com a inadequação da situação: média da • Dimensão: disponibilidade de renda domiciliar per capita (75,0%), alimentos índice de Gini da renda familiar A dimensão Disponibilidade (81,2%), proporção de pessoas com de Alimentos está associada prin- baixa renda (100,0%), baixa escolacipalmente aos indicadores de si- ridade (93,8%) e número de moratuações de emergência (secas e en- dores por domicílios (93,8%). chentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de coope- • Dimensão: consumo de alirativas agropecuárias. Dos munimentos cípios, um (01) apresentou SAN Quanto a dimensão Consumo (Barra), sete (07) apresentaram IA de Alimentos, são avaliadas inLeve, seis (06) IA Moderada e dois formações principalmente quanto (02) IA Grave. Os resultados mos- ao estado nutricional da criança e tram distribuição equivalente entre cobertura do aleitamento materno a situação mais favorável (08 mu- exclusivo. Nesta, três (03) muni-
26.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Velho Chico
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
163
cípios apresentaram SAN, cinco (05) IA Leve, quatro (04) IA Moderada e três (03) IA Grave. A baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo (6,2%) e baixa adequação (25,0%) de déficit ponderal de crianças menores de 5 anos mostram a situação desfavorável, mesmo que 68,8% dos municípios sejam classificados em níveis aceitáveis de aleitamento materno quanto para o déficit ponderal. Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios, oito (08) apresentaram IA Leve, sete (07) IA Moderada e um (01) apresentou IA Grave (Paratinga). A distribuição semelhante entre os níveis de IA mostra que há indicadores que contribuíram para de adequação, taxa de mortalidade infantil (adequado=56,2% e 43,8%=aceitável) e cobertura do PSF (adequado=75,0%). Por outro lado, serviços essenciais de acesso a rede de abastecimento de água e de esgotamento sanitários apresentam-se muito comprometidos, ambos acima de 90,0% de inadequação.
164
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
27. Território Vitória da Conquista O Território de Identidade Vitória da Conquista, localizado, na região sudoeste do Estado, possui 24 municípios, população de 679.110 habitantes (IBGE, 2010). Durante a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, delegados (as) relataram que a concentração de terras, baixa produção de alimentos, consumo inadequado e falta de estrutura para beneficiamento e escoamento da produção contribui para os índices de IAN do território. Apontaram como prioridade para o enfretamento da IAN: políticas agrárias (reforma agrária, levantamento de terras devolutas, regularização fundiária), universalizar do acesso à água de qualidade para o consumo das famílias e escolas do semiárido, ampliar e implementar técnicas de produção de sementes crioulas, estimular e promover uma educação contextualizada e organizacional nas ações do homem e da mulher do campo, promover e incentivar a formação de organizações de classe de agricultores camponeses participação em COMSEA, cooperativas, associações nos vários município do território.
27.1. Diagnóstico de IAN produzido pelos delegados (as) na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional, 2011. SITUAÇÕES DE IAN Falta de acesso a terra para os agricultores para produção e moradia.
Baixa produção de alimentos saudáveis.
Alimentos consumidos de forma inadequada e insuficiente provocando desnutrição, obesidade e doenças.
CAUSAS DA SITUAÇÃO
GRUPOS MAIS AFETADOS
Concentração de terra; latifúndios; lentidão do processo de reforma agrária, falta de regularização fundiária; especulação imobiliária; terras públicas arrendadas a latifúndios (grilagem);
Povos e comunidades tradicionais, agricultores(as) familiares, sem terra, população urbana.
Crescimento do agronegócio, presença de monocultivos (eucalipto); aumento de áreas destinadas à pecuária; produção de transgênicos; uso de agrotóxicos; produção para mercado externo, energia e biocombustíveis; diminuição de áreas agricultáveis destinadas a produção de alimentos; dificuldade de acesso ao credito, assistência técnica continuada, a DAP; falta educação contextualizada (grade curricular unificada); falta de material didático adequado; Expansão de pedreiras com degradação do solo e desmatamentos;
Povos e comunidades tradicionais, agricultores e agricultoras familiares, trabalhadores e trabalhadoras rurais, sem terra.
Falta de uma educação voltada para a formação ambiental e nutricional nas escolas, famílias e comunidades; higienização e armazenamento inadequado dos alimentos; má qualidade da alimentação escolar; falta de educação alimentar;
População em situação de vulnerabilidade social em geral, principalmente crianças.
Falta de água potável para consumo e produção.
Falta de políticas públicas de acesso à água potável para consumo e produção; poucas aguadas, desmatamento; falta de reservatórios; dificuldade de acesso aos recursos hídricos.
Povos e comunidades tradicionais, agricultores(as) familiares, sem terra.
Infraestrutura precária para produção, beneficiamento e escoamento da produção.
Estradas sem manutenção; ausência de unidades de beneficiamento; política de crédito inadequada.
Povos e comunidades tradicionais, agricultores(as) familiares.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
165
27.2 Diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional por Território Vitória da Conquista /Municípios. UFBA, 2013. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: VITÓRIA DA CONQUISTA Indicador
Avaliação
%
Indicador
Disponibilidade de Alimentos Existência de situação de emergência Percentual de estabelecimentos rurais da agricultura familiar com declaração de aptidão ao PRONAF (DAP) Percentual de estabelecimentos rurais no município com acesso aos recursos do PRONAF
Adequado
33,3
Inadequado
66,7
Adequado
50,0
Aceitável
16,7
Inadequado
33,3
Adequado
0,0
Aceitável
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Numero de moradores por domicílios particulares
Percentual de famílias de baixa renda atendida pelo Programa Bolsa Família (PBF)
Percentual de famílias chefiadas por mulheres
Avaliação
%
Adequado
4,2
Inadequado
95,8
Adequado
29,2
Aceitável
62,5
Inadequado
8,3
Adequado
16,7
Aceitável
16,7
Inadequado
66,6
Consumo de Alimentos Percentual de estabelecimentos rurais com acesso ao PAA
Adequado
25,0
Aceitável
4,2
Inadequado
70,8
Adequado
62,5
Existência de Cooperativas agropecuárias
Percentual de aleitamento materno exclusivo
Percentual de crianças com baixo peso ao nascer
Adequado
0,0
Aceitável
66,7
Inadequado
33,3
Adequado
54,2
Inadequado
45,8
Adequado
16,6
Aceitável
79,2
Inadequado
4,2
Adequado
0,0
Aceitável
4,2
Inadequado
95,8
Acesso aos Alimentos Média de renda domiciliar mensal per capita
Índice de Gini da renda familiar
Inadequado
37,5
Adequado
66,7
Aceitável
33,3
Inadequado
0,0
Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal para idade
Quantidade de equipamentos públicos de SAN
Utilização Biológica do Nutriente Razão de renda
Proporção de pessoas com baixa renda
Adequado
91,7
Adequado
45,8
Aceitável
8,3
Aceitável
50,0
Inadequado
0,0
Inadequado
4,2
Adequado
79,2
Aceitável
8,3
Inadequado
12,5
Adequado
0,0
Aceitável
12,5
Inadequado
87,5
Adequado
29,2
Aceitável
70,8
Inadequado
0,0
Adequado
0,0
Aceitável
8,3
Inadequado
91,7
Adequado
0,0
Percentual de desemprego na população
Taxa de analfabetismo
Percentual da população com menos de 4 anos de estudo
166
Aceitável
4,2
Inadequado
95,8
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
Taxa de mortalidade Infantil
Percentual da população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF)
Percentual de residências com acesso a rede de abastecimento de água
Percentual de residências com acesso a rede de esgotamento sanitário
Adequado
0,0
Inadequado
100,0
Adequado
0,0
Aceitável
4,2
Inadequado
95,8
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ESTADO DA BAHIA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE INDICADORES TERRÍTORIO DE IDENTIDADE: VITÓRIA DA CONQUISTA Municípios
Disponibilidade
Acesso
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
Consumo
Utilização
Geral
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
1
Anagé
2
Aracatu
3
Barra do Choça
4
Belo Campo
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
5
Bom Jesus da Serra
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
6
Caetanos
IA GRAVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA GRAVE
IA MODERADA
7
Cândido Sales
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
8
Caraíbas
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
9
Condeúba
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
10
Cordeiros
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
11
Encruzilhada
IA MODERADA
IA MODERADA
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
12
Guajeru
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
13
Jacaraci
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
14
Licínio de Almeida
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
15
Maetinga
IA MODERADA
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
16
Mirante
IA MODERADA
IA GRAVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
17
Mortugaba
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
18
Piripá
IA LEVE
IA MODERADA
SAN
IA MODERADA
IA MODERADA
19
Planalto
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
20
Poções
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
21
Presidente Jânio Quadros
IA GRAVE
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
22
Ribeirão do Largo
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
23
Tremedal
IA MODERADA
IA MODERADA
IA LEVE
IA MODERADA
IA MODERADA
24
Vitória da Conquista
IA LEVE
IA LEVE
IA LEVE
IA MODERADA
IA LEVE
Tabela 1. Prevalência de SAN e IA em âmbito municipal, em municípios dos Territórios de Identidade Vitória da Conquista. Salvador (BA), 2014. Variável
n
(%)
Segurança Alimentar e Nutricional
0
0,0
Insegurança Alimentar Leve
2
8,3
Insegurança Alimentar Moderada
22
91,7
Insegurança Alimentar Grave
0
0,0
Total
24
100,0
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
167
27.3 Avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional no Estado da Bahia - Aplicação do Protocolo de Indicadores - Território de Identidade: Vitória da Conquista Na avaliação geral de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos 24 municípios do território de identidade Vitória da Conquista, todos apresentaram algum grau de Insegurança Alimentar e Nutricional (IA), sendo que 8,3% (02) deles classificado como IA Leve e os outros 91,7% (22) apresentaram IA Moderada, o que significa preocupação com a privação alimentar e prejuízos em termos de quantidade e qualidade da alimentação. • Dimensão: disponibilidade de alimentos A dimensão Disponibilidade de Alimentos está associada principalmente aos indicadores de situações de emergência (secas e enchentes), de incentivo a agricultura familiar e da existência de cooperativas agropecuárias. Dos municípios, um (01) apresentou SAN (Condeúba), oito (08) apresentaram IA Leve, onze (11) IA Moderada e quatro (04) IA Grave. Os indicadores que contribuíram para inadequação foram existência de situação de emergên-
168
Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional
cia (66,7%) e de cooperativas agropecuárias (70,8%). Além dos estabelecimentos rurais com acesso aos recursos do PRONAF (100,0%) e ao PAA (70,8%). • Dimensão: acesso de alimentos A segunda dimensão avalia o Acesso aos Alimentos, principalmente, informações sobre renda, desigualdade social, escolaridade e liderança familiar. Os municípios apresentaram situação de IA Leve (02), IA Moderada (21) e IA Grave (01). Dos 9 fatores que compõem essa dimensão, quatro foram os que mais contribuíram para a inadequação da situação: proporção de pessoas com baixa renda (87,5%), taxa de analfabetismo (91,7%), baixa escolaridade (95,8%) e número de moradores por domicílios (95,8%). • Dimensão: consumo de alimentos Quanto a dimensão Consumo de Alimentos, são avaliadas informações principalmente quanto ao estado nutricional da criança e cobertura do aleitamento materno exclusivo. Nesta, dois (02) municípios apresentaram SAN, onze (11) IA Leve, nove (09) IA Moderada e dois (02) IA Grave. O fato de nenhum município apresentar adequação quanto ao aleitamento materno exclusivo e baixa adequação (16,6%) de déficit ponderal de crianças meno-
res de 5 anos mostram a situação desfavorável, mesmo que mais de 65,0% dos municípios sejam classificados em níveis aceitáveis de aleitamento materno quanto para o déficit ponderal. • Dimensão: utilização biológica de nutrientes Na dimensão Utilização Biológica de Nutrientes, os indicadores valorizam cobertura dos serviços de saúde e dados sobre a mortalidade infantil. Dos municípios, nove (09) apresentaram IA Leve,
quatorze (14) IA Moderada e um (01) apresentou IA Grave (Caetanos). Ainda que a cobertura do PSF apresente nível de adequação satisfatório (79,2%), deve-se considerar a inadequação da cobertura dos serviços essenciais de acesso a rede de abastecimento de água e de esgotamento sanitários, ambos acima de 90,0%. Sendo estes fatores que comprometem diretamente o aproveitamento dos nutrientes, considerando o alimento seguro quanto ao aspecto microbiológico.
Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
169
Discuss達o
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Grupo Governamental de Seguranรงa Alimentar e Nutricional
Discussão Elaborar um diagnóstico de Segurança Alimentar e Nutricional com a dimensão territorial, populacional e plural que tem o Estado da Bahia, requereu lançar mãos de dados e informações de fontes primárias e secundárias. Isso torna possível obter resultados mais próximos da realidade dos municípios refletida nas discussões realizadas pelos territórios, que aliada á análise feita a partir de indicadores que contemplam as múltiplas dimensões da SAN validam esse diagnóstico. Em relação às fontes primárias obtidas com a sistematização dos trabalhos produzidos pelos delegados (as) presentes na Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional em 2011, que foi norteada pelo tema: “Alimentação Saudável e Adequada: Direito de Todos”, é possível verificar que ao apontar as situações que contribuem para a IAN no território alguns temas foram comuns a maioria deles, mesmo em regiões diferentes, e que aqui foram agrupados para facilitar a visualização: 1. Agricultura Familiar: falta de acesso a crédito, ATER, burocracia, DAP,s, vigilância sanitária, tecnologias, armazenamento, diversificação, beneficiamento, transporte e escoamento da produção, educação contextualizada,
capacitação com base agroecológica; 2. Consumo inadequado: má qualidade da alimentação escolar, não cumprimento do mínimo de 30% da agricultura familiar (PNAE), excesso de alimentos industrializados no consumo da população, alimentos contaminados, baixa disponibilidade de alimentos saudáveis, desperdício; 3. Acesso a terra: regularização fundiária, reforma agrária, latifúndio, titulação das terras para povos e comunidades tradicionais; 4. Acesso a água: falta abastecimento de água, falta água para consumo e produção, água contaminada por resíduos de agrotóxicos, poucas aguadas; 5. Meio ambiente/agrotóxicos: monocultura, uso excessivo de agrotóxicos, transgênicos, contaminação dos rios, expansão de pedreiras, saneamento básico, agronegócio, falta do zoneamento econômico ecológico – ZEE; 6. Educação Alimentar e Nutricional e formação em SAN: falta educação contextualizada, inclusão do tema alimentação nos currículos escolares, a influência da mídia Diagnóstico da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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no consumo, valorização dos alimentos regionais e culturas populares, formação de profissionais em EAN, falta de nutricionistas na educação e na saúde; 7. Doenças: doenças relacionadas a má qualidade dos alimentos, doenças crônicas como obesidade, hipertensão, diabetes;
8. Desemprego: falta de renda, capacitação técnica para o mercado, programas de inclusão produtiva; 9. Controle Social: a inexistência e capacitação de CONSEA,s municipais, apoio a organização social, Conselhos de Alimentação. Escolar que não atuam ou não são capacitados.
Número de vezes em que os delegados (as) dos 27 territórios, mencionaram os temas relacionados acima nas matrizes produzidas nas Conferências Territoriais em 2011. Temas
Agricultura Familiar
Consumo
Acesso a Terra
Acesso á água
Meio ambiente
Educação e EAN
Doenças
Desemprego
Controle social
Nº Territórios
26
20
19
19
12
11
10
5
4
O quadro acima demonstra que segundo delegados e delegadas presentes nas Conferências Territoriais de SAN em 2011, as deficiências no apoio a agricultura familiar apareceram em 26 dos 27 territórios como fator que mais contribui para a insegurança alimentar e nutricional nos territórios, visto que implica na produção, disponibilidade, acesso a alimentos e renda para populações vulneráveis do campo, povos e comunidades tradicionais que convivem com a falta de inclusão produtiva e o desemprego. Mas é importante observar que a preocupação com o consumo inadequado de alimentos tem aumentado, aparecendo em 20 territórios, sendo o segundo tema
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que mais apareceu nas discussões, e frequentemente relacionado a doenças e obesidade, acompanhado logo depois do acesso a terra e água. É interessante perceber a relação apontada da insegurança alimentar e nutricional com questões como meio ambiente e falta de educação contextualizada. Aparece também a necessidade de controle social para as políticas públicas fortalecidas pela qualificação das organizações sociais. Em relação ao diagnóstico feito pela UFBA, foi aplicado um protocolo, composto por 24 indicadores, agrupados nas quatro dimensões da avaliação da SAN: disponibilidade, acesso, consumo e utilização, perpassando pela saúde, estado nutricional, educação, renda, empre-
go, clima, saneamento, água, acesso a terra agricultura, entre outros, que se percebe também, foram os temas discutidos e apontados pelos delegados e delegadas nas conferências territoriais. Ao usar a metodologia proposta pela UFBA, observa-se que nenhum município da Bahia tem situação plena de segurança alimentar. Entre os municípios com insegurança alimentar, 19,6% apresenta IA Leve, essa situação está mais concentrada nas Regiões Metropolitana de Salvador (50,0%) e Litoral Sul (72,0%). A IA Moderada caracteriza a situação de 78,9% dos municípios baianos, sendo que apenas três territórios de identida-
de encontram-se com valores menor que 70,0% (Itaparica=50,0%, Litoral Sul=24,0% e Região Metropolitana de Salvador=50,0%). A situação de IA Grave apresenta-se em 1,5% do total dos territórios de identidade, o que evidencia os avanços alcançados nos últimos anos, como resultado de um conjunto de políticas públicas sociais como o Programa Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Programa Água para Todos e a diminuição das taxas de desemprego e desnutrição infantil. E a grande importância do acesso ao serviço de saúde como ação essencial que pode estar, fortemente, associada a esse resultado.
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4. Considerações Finais Em relação a Segurança Alimentar e Nutricional, “Identificar e mensurar políticas públicas que afetem diretamente o direito humano à alimentação adequada não se constitui numa simples tarefa. Para tanto, é importante que os formuladores dessas políticas compreendam essa dimensão e sua abrangência, que está longe de se restringir ao consumo de alimentos”. (San em Rede, 2011). Portanto um grande desafio se coloca à frente, para toda a sociedade do Estado da Bahia, incluindo as organizações sociais em suas
diversas áreas e os setores do governo com ações afetas á área de SAN, construir os mecanismos de prover, promover, respeitar e proteger o Direito Humano a Alimentação Adequada, que as necessidades apresentadas e diagnosticadas sejam transformadas em políticas públicas que se efetivem na garantia da alimentação adequada, saudável, regular e permanente da população baiana e na consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que em muito contribuiu para retirar o Brasil do Mapa da Fome em 2014.
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AA – Acesso aos Alimentos BA – Bahia CA – Consumo dos Alimentos DA – Disponibilidade de Alimentos DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde CONSAD – Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável EBIA – Escala Brasileira de Insegurança Alimentar ENUFBA – Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations IA – Insegurança Alimentar IAL – Insegurança Alimentar Leve IAG – Insegurança Alimentar Grave IAM – Insegurança Alimentar Moderada IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional MDS – Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome NNPP – Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas OPAS – Organização Panamericana de Saúde PNSAN – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional PNAD – Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio POF – Pesquisas de Orçamentos Familiares PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar SAGI – Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação SAN – Segurança Alimentar e Nutricional SIAB – Sistema de Informações da Atenção Básica TI – Território de Identidade UBN – Utilização Biológica de Nutrientes UFBA – Universidade Federal da Bahia
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Diagn贸stico da Seguran莽a Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia
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