MANUAL DE DESENCARCERAMENTO
Lisboa, 2017
FICHA TECN ICA
Camara Municipal de Lisboa
Regimento de Sapadores Bombeiros
Esc:ola do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa
Ano 2017
Locallisboa
Titulo Manual de Desencarceramento
Manual do Sapador Bombeiro n.2 11
Texto
Rui Miguel Ventura dos Santos I Miguel Angelo Dinis Duarte I Fernando Carlos Casaleiro Morgado
Mafra I Vitor Joco Godinho Gomes I Ricardo Filipe Gaspar Couto I Rui Miguel Martins Mexia I Diogo
Rafael Goncalves Lourenc;o I Rui Oliveira
Editorial
Rui Miguel Ventura dos Santos Fotogrofios
Regimento Sapadores de Bombeiros de imagem e
lsilda Marcelino
Revisao Tecnica
Antonio Ruiz Escobar I Antonio Esteban Ortiz I Benigno Gomez Saez
Revisao Grlifica
Carlos Vilela
Ravisao de Taxto
Carla Boto Pereira
lmpreSI!!o e Acabamanto
lmprensa Municipal
ISBN
978-972-99427-6-1
Tiro gem
lOOOex
Dep6sito Legal
da capo conforme tabela de prec;os em vigor
C Regimento de Sapadores Bombeirosl 2016
Eexpressamente proibida a reproduc;co da presente obra, no todo ou em parte, sem autorizac;co do Regimento de Sapadores Bombeiros, de harmonia com a lei em vigor.
MANUAL
ARICA
GLOSSARIO
Aparelho Respirat6rio de Circuito Aberto
EPI Equipamento de Individual
EPG Enhanced Protective Glass
ESP Electronic Stability Program
GPL Gas de Petr6leo liquefeito
PVC Policarbonato de vi nil
ROPS
Sistema de Protec;:oo Contra Capotamento
TO Teatro de opera<;oes
TCE Traumatismo crcnio encef6lico
TVM Traumatismo vertebra medular
Manual de desencarceramento
PRE FACIO
As organizar;;oes e as escolas que geram conhecimento, constituem-se como motores promotores de mudanc;:a. Para que as organizac;:oes se tornem coda vez mais competitivas e imprescindivel o investimento no seu capital humane, na medida em que s6 desta forma se tornam mais rcpidas, inteligentes, cgeis, inovadoras, atentas e perspicazes ao meio e as obrigac;oes de adaptabilidade.
Promover a aprendizagem, fomenter o conhecimento e incentivar a inovac;:ao constituem diretrizes estrategicas do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), que jc lhe valeram distinc;oes a nivel nacional e internacional, como e o coso concreto do Desencarceramento.
Em 2015 o RSB sagrou-se campeao mundial de desencarceramento, no Campeonato do Mundo de Desencarceramento organizado pela WORlD RESCUE ORGANIZATION, tendo, em 2016 obtido o titulo de vice-campeao no mesmo campeonato.
A prctica regular, a coesao e organizar;;ao da equipa, a continua procure de know how, de forma a otimizar a intervenr;;ao de socorro e em particular a rapidez de intervenc;ao, tem-se constituido como fatores chave para o sucesso da aplicac;ao das tecnicas do presente manual.
Os titulos alcanr;;ados nas diversas competir;;oes, sao a prove visivel da validar;;ao do conhecimento e das competencies, agora expostos no Manual n.!! 11, da coler;;ao "Manual do Sapador Bombeiro".
0 presente Manual prossegue, assim, a construr;;ao do edificio pedag6gico e didctico da formar;;ao do bombeiro profissional, constituindo-se como urn instrumento orientador e de apoio as diferentes estruturas curriculares dos curses da Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros.
Estou certo que este manual constituirc uma importante ferramenta no processo de ensino/aprendizagem e desenvolvimento de competencies dos profissionais do RSB, bern como de outras entidades e agentes de protecr;;ao civil.
Regimento de Sapadores Bombeiros 0 Comandante
Pedro Miguel P. Patrfcio Tenente-Coronel GNR
Manual de desencarceramento
I NTRODUc;Ao
Os acidentes rodoviarios sao urn Ragelo da sociedade moderna. Numerosas vidas sao perdidas, incapacitadas permanentemente, resultando num colossal quadro de mortalidade e morbilidade. Para alem do sofrimento gerado nas families e amigos das vltimas, resulta tambem uma grande perda econ6mica para os Poises.
Como consequencia dos acidentes rodoviarios, morrem, anualmente, 1.2 milhoes de pessoas, o equivalents a urn a media diaria de 3 205 de vidas perdidas. Por outro lado resultam ainda 20 a 50 milhoes de feridos.
Portugal, como e6bvio, nco passe ao lado desta calamidade. No anode 2014 ocorreram 30 604 acidentes com viti mas, dos quais resultaram 454 mortos e 39 171 feridos1 •
As projec;oes da Organizac;ao Mundial de Saude (OMS); indicam que em 2020 os acidentes rodoviarios podem ser a terceira causa de morte e invalidez, Ficando a Franta de doenc;as como a malaria, tuberculose e Sindroma da lmunodeficiencia
Adquirida (SIDA).
Para alem do enorme custo humano, os acidentes rodoviarios importam a economic mundial 518 000 000 mil mil hoes de d6lares por ano2 •
0 presente manual tern como objetivo transmitir urn conjunto de experiencias e tecnicas correntes, em uso no Regimento de Sapadores Bombeiros e em congeneres internacionais, bern como contribuir para a melhoria da qualidade h:knica das equipas de desencarceramento, e respetiva padronizac;ao dos procedimentos das varies equipas de socorro presentes no teatro de operac;oes.
1Autoridode Nocionol de Seguronc;:o Rodoviorio (2015). Sinistrolidode Rodovi6rio Relot6rio-Anuol.
Acedido em 6 de novembro de 2015, em hHp://www.onsr.pt
2World Rescue Orgonisotion (2012). Acedido em 24 de julho de 2013, em hHp://www.wrescue.org/uk
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
VEiCULOS E EQUIPAMENTOS
1. TERMINOLOGIA DOS VEfCULOS
Num teatro de operac;oes de desencarceramento, toda a equipa tern que estar familiarizada com uma linguagem unica quanto a designac;ao das partes constituintes dos vefculos.
Assim, os termos mais utilizados nas ordens emanadas sao:
• Pilares;
• Tejadilho;
• Piso;
• Longarina;
• Compartimento do motor;
• Guarda-fogo;
• Tablier;
• Painellateral;
• Guarda-lamas;
• Compartimento de carga.
PI LARES
Os pilares sao os componentes do vefculo que fazem a ligac;ao do piso ao tejadilho e e onde estao fixes as dobradic;as des portas e sistemas de fecho
0 numero de pi lares decorre do tipo de veiculo e numero de portas .
Os pile res sao designados da frente para a traseira do veiculo e por ordem alfabetica, sendo o pilar A o primeiro, onde esta colocado o para-brisas.
A figure seguinte apresenta urn exemplo da l6gica de designac;co dos pilares.
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
Os pilares:
Podem colocar diflculdades no corte, por serem zonas bastante reforc;:adas; Requerem particular atenc;:Cio, pais nesta zona localizam-se os enroladores dos cintos de seguranc;:a.
•BARRAS DE REFORc;:O
TEJADILHO
0 tejadilho constitui a parte superior do vefculo sendo, normalmente, constitufdo por uma chapa simples que assenta em cima de barras de reforc;:o.
Nos vefculos com teto panorcmico em vidro, porque possuem mais reforc;:os, requerem a execuc;:Cio das tecnicas de forma mais Iento e cuidadosa.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
PI SO
0 pi so ea parte inferior do vefculo que e constitufda par uma chapa simples e algumas zonas reforc;:adas.
Eno piso que estao instalados o deposito de combustfvet bern como os tubas de alimentac;:ao de combustfvel do motor.
LONGARINA
As longarinas sao duos vigas de secc;:ao variavel montadas longitudinalmente e que proporcionam rigidez estrutural ao chassis ou carroc;:aria. Estas estruturas sao muito utilizadas para a passagem do cablagem dos vefculos.
COMPARTIMENTO DO MOTOR
0 compartimento do motor e 0 espac;:o destinado ao motor, geralmente situado no frente do vefculo. Eurn local onde existem componentes e lfquidos com temperatures elevadas.
GUARDA-FOGO
0 guarda-fogo e 0 elemento estrutural que faz a separac;:ao entre o compartimento do motor e do habitaculo.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
TABLIER
0 tablier e a parte do frente do compartimento do velculo onde estao localizados o painel de instrumentos, o airbag do passageiro, o porta-luvas, entre outros.
Este e feito de material plastico tendo no seu interior uma barra transversal de de alta resistencia.
PAINEL LATERAL
0 painel lateral e a zona reforque fica situada por de tras do guarda-lamas.
GUARDA-LAMAS
0 guarda-lamas e 0 dispositive que cobre a roda dos velculos para proteger 0 velculo dos salpicos do lama. Euma zona pouco resistente de chapa simples ou de composites (plastico).
COMPARTIMENTO DE CARGA (PORTA-BAGAGENS)
0 compartimento de cargo e 0 localizado no parte detras dos velculos destinado ao transporte de objetos.
Manual de desencarceramento . Vefculos e equipamentos
2. HABITACULOS
Existem tras tipos de habitaculos, consoante o numero de portas do vefculo, e que pod em ser de tras, quatro ou cinco portas.
HABITACULO DE TRES PORTAS
Estes tam duas portas laterais que permitem o acesso dos ocupantes ao interior do vefculo.
Estas portas sao de maiores dimensoes e mais pesadas, pois tam que permitir o acesso ao banco traseiro.
Os vidros laterais traseiros sao Axos e nco baixam, permitindo apenas uma pequena abertura.
Os bancos dianteiros rebatem para a frente para permitir o acesso aos lugares traseiros e as costas dos bancos traseiros podem nco rebater.
HABITACULO DE QUATRO PORTAS
Estes tam quatro portas laterais que permitem o acesso dos ocupantes ao interior do vefculo.
0 6culo traseiro nao faz parte da porta de acesso a bagageira, ou seja, nco e considerado um acesso ao interior do habitaculo. Os bancos traseiros podem nco rebater.
HABITACULO DE CINCO
PORTAS
Estes tam quatro portas laterais que permitem o acesso dos ocupantes ao interior do vefculo.
Vefculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
A porta do bagageira do acesso ao habitaculo e os bancos traseiros rebatem.
3· ESTRUTURAS DOS VEICULOS
0 conhecimento sobre a tematica do estrutura dos vefculos e igualmente fulcral para as equipas de desencarceramento conhecerem os seus componentes, ultrapassar diflculdades e ganhar eflcacia e eflciencia no execuc;:ao das operac;:oes.
A industria construtora de vefculos tern vindo, ao Iongo dos ultimos anos, a implementor novas tecnologias de construc;:ao, substituindo o ac;:o laminado por combinac;:oes de ac;:o de alta resistencia, com a finalidade de tornar as estruturas mais leves e mais resistentes.
Estes novos ac;:os agora utilizados para reforc;:ar, por exemplo os pilares, o teto, o tablier, as barras de protec;:co lateral, requerem que as ferramentas possuam uma maior capacidade e tornam as operac;:oes de desencarceramento mais morosas.
Manual de desencarceramento . Velculos e equipamentos
A f1gura anterior representa o grau de resistencia des varies as;os utilizados, diferenciados pelas cores.
Consideram-se dois tipos de estruturas des vefculos:
• Estruturas de suporte;
• Estruturas complementares.
ESTRUTURAS DE SUPORTE
As estruturas de suporte sao:
CHASSIS
0 chassis tern per f1nalidade suportar os esfors;os estaticos e dinamicos do vefculo, pelo que se apresenta urn conjunto espedf1co de caracterfsticas, designadamente:
• Eo suporte de todos os componentes mecanicos do vefculo;
• E totalmente rfgido;
• Pede movimentar-se sem carros;aria;
• 0 mesmo chassis pede adaptar-se a varies carros;arias;
• E utilizado em vefculos todo-o-terreno, camionetas ou furgao.
CARRO«;ARIA TIPO MONOBLOCO
Neste tipo de carros;aria o piso do vefculo e que faz a funs;ao de chassis.
As partes constituintes da carros;aria sao uma estrutura rfgida, unidas ao chassis per soldadora, para suportar o peso do vefculo.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
TIPO AUTOPORTANTE
Nesta estrutura de suporte, o chassis e a carroc;:aria sao urna unica pec;:a.
Este tipo de carroc;:aria veio substituir a do tipo anterior, a partir do final dos anos 90, pelas vantagens acrescidas, norneadarnente, pelo facto de:
• Absorver rnelhor a energia cinetica do irnpacto;
• Garantir rnenor deforrnac;:ao do habit6culo;
• Garantir rnaior protec;:ao dos ocupantes.
ESTRUTURAS COMPLEMENTARES
As estruturas cornplernentares rnais relevantes para as operac;:oes de desencarcerarnento, sao as portas, os vidros e as baterias.
PORTAS
As portas sao o principal elernento de acesso a(s} vftirna(s}, para extrac;:ao da(s} rnesrna(s}.
A porta de urn vefculo e cornposta por:
• Dobradic;:as;
• Fechadura;
• Barras de protec;:ao lateral.
As barras de protec;:ao lateral por serern de rnateriais bastante resistentes, constituern urn obst6culo a intervenc;:ao pela diflculdade de afastarnento das rnesrnas.
Manual de desencarcerarnento Vefculos e equiparnentos
VIDROS
Os vidros sao a segundo opc;ao de acesso a(s) vitima(s), coso nao seja possivel efetuar a abertura de uma porta.
Existem quatro tipos de vidros:
VIDROS TEMPERADOS
Sao vidros resistentes, que oferecem maior seguranc;a, e que em coso de quebra se fragmentam em pequenos pedac;os, evitando ferimentos graves dos ocupantes e do equipa de socorro.
Este vidro e utilizado nos latera is e no traseira do veiculo, podendo a indo ser ocasionalmente utilizado no para-brisas, onde ja esta em desuso.
Este vidro pode ser removido, quando fixo por borrachas, ou partido quando esta colado a estrutura.
Como identificar um vidro temperado?
• Atraves do inscric;ao no vidro das expressoes "Tempered// ou //Security/;
• Pelo som produzido aquando do toque com uma ferramenta metalica.
VIDROS LAMINADOS
Sao vidros compostos por duos camadas de vidro, com uma pelicula de policarbonato de vinil (PVC) no meio e que, em coso de quebra, os estilhac;os a pelicula.
Sao vidros sobretudo utilizados no para-brisas, mas tambem nos vidros laterais e traseiro.
Este vidro pode ser removido quando fixo por borrachas, ou cortado quando e colado a estrutura.
Este tipo de vidro s6 deve ser trabalhado coso exista estrita necessidade de o fazer, coso contrario manter-se-a intacto.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
Como identificar um vidro laminado?
• Atraves de pictograma no vidro como slmbolo: //;
• Atraves da inscric;ao no vidro da expressao 0 laminatedu;
• Pelo som produzido aquando do toque com uma Ferramenta metalica no vidro.
VIDROS DE POLICARBONATO
0 policarbonato e urn material relativamente recente e de grande resistencia, na verdade e urn dos rna is avanc;ados pollmeros no campo dos plasticos, que e obtido atraves de esteres de acido carbonico.
Estes vidros sao sobretudo utilizados em velculos blindados, mas tam bern ja se encontram noutros tipos de velculos.
VI DROS ENHANCED PROTECTIVE GLASS (EPG)
Estes sao a nova gerac;ao de vidros utilizados pela industria autom6vel, identicos aos laminados, no entanto, mais leves, fines, resistentes e mais seguros.
Sao vidros sobretudo utilizados no para-brisas, mas tambem nos vidros laterais e traseiro.
Este vidro pode ser removido quando fixo por borrachas ou cortado quando e colado a estrutura
Este tipo de vidro s6 deve ser trabalhado caso exista estrita necessidade de o fazer, caso contrario manter-se-a intacto.
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
BATERIAS
As baterias revestem-se de especial importcncia na atuas;co da equipa de desencarceramento pela relas;co direta que tern com o sistema eletrico do vefculo.
0 procedimento priorit6rio passa por desligar a(s) bateria(s) e/ou cortar os cabos, impedindo que ocorra urn curto-circuito.
Porem, convem ter presente que ao desligar a(s) bateria(s) e/ou cortar os cabos, os sistemas eletricos ficam desativados e, por consequencia, os sistemas de segurans;a do vefculo.
Antes de cortar a corrente eletrica do vefculo pode tirar partido do mesmo para ganhar tempo na execus;co das operas;oes, por exemplo, baixando os vidros, abrindo a mala e destrancando as portas.
Alguns vefculos vern equipados com mais do que uma bateria, pelo que e necess6rio desativ6-las todas.
As baterias podem ter diversas localizas;oes, no entanto, os locais rna is comum sco:
• Compartimento do motor;
• Sob os assentos dianteiros ou traseiros;
• Piso do vefculo junto aos pes do passageiro da frente;
• Porta-bagagens.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
Sempre que nco seja possfvel desligar a(s) bateria(s) deve-se comunicar a toda a equipa e neste case deixar um sinal de aviso que pede ser, par exemplo, ligar as quatro pisces.
4· COMBUSTIVEIS
Neste manual serco abordados as velculos que utilizam novas formes de combustlvel, como sejam as hibridos, eletricos, gas de petr6leo liquefeito (GPL), pilhas de combustfvel e vefculos modificados.
VEICULOS HIBRIDOS
Os vefculos hibridos sao velculos que utilizam na sua propulsao um motor a combustao e outre eletrico. A componente do motor eletrico e utilizada para as velocidades mais baixas, atraves de um conjunto de baterias de alta voltagem, que podem ester localized as:
• Sob as costas do banco traseiro;
• Sob o assento do banco traseiro;
• No fundo do compartimento de cargo.
Este vefculo tem dais sistemas eletricos: um convencional, igual a todos as vefculos de 12 V e que serve para alimentar o sistema eletrico do vefculo (luzes, radio, vidros eletricos, entre outros); e um outre composto par uma bateria de 200 V de corrente continua e um converser de 500 V, cuja finalidade e fornecer a energia ao motor eletrico.
Como identiRcar os veiculos hibridos?
A. primeira vista nco e facil identificar este tipo de veiculos.
Estes podem ser identificados atraves de palavra HYBRID, que esta localizada au na traseira do vefculo, au nas partes laterais, au no indicador do nfvel de carga do modulo de baterias, que esta localizado no painel de instrumentos.
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
Desligar das baterias
Quando e desligada a bateria de 12 v e precise lembrar que a outra bate ria continua ativa, pelo que se torna necessario desliga-la tambem.
do circuito electrico
Este trac;:ado e facilmente identificado pela cor que, par norma, e laranja.
Em termos de desencarceramento, a sua localizac;:ao nao interfere com as habituais tecnicas, pais esta colocado em zonas onde habitualmente nao sao efetuados cortes.
A figure que se apresenta e urn exemplo do trac;:ado des cabos electricos.
• Nao cortaro cabo cor de laranja.
• Nao abrir a caixa metalica da bateria.
• Nao se deve pensar que o velculo esta com o motor desligado, pelo facto de nao se ouvir o rufdo do mesmo, pais o trabalhar destes vefculos e bastante silencioso, podendo induzir em erro as equipas de socorro.
• Nao realizer tecnicas na zona da bateria de alta tensao.
• Em case de derrame, evitar o cantata com o gel alcalino que esta no interior da bateria com PH 13.5, porque pede provocar queimaduras.
• Em case de incendio, pelo facto das baterias de alta tensao conterem hidr6xido de s6dio e hidr6xido de potassic, utilizer o equipamento de protec;:ao individual {EPI) complete, incluindo o ARICA bern como as luvas de butilo debaixo das luvas de trabalho.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento
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PROCEDIMENTOS DE EM ACIDENTE
• Desligar o motor rodando a chave da para a OFF e retira-la da ou, premir o botco POWER do painel de instrumentos, quando a sigla READYestiver iluminada, retirando o cartco;
• Desligar a bateria de 12 V retirando todos os fusiveis do veiculo ou a penes o fusivel de maier amperagem.
PROCEDIMENTO DE EM CASO DE INCENDIO
• Caso o incendio se localize no modulo de baterias de alta tensco, extinguir com ague, sob a forma de jato difuso de ataque e em grandes quantidades.
PROCEDIMENTO DE EM CASO DE DERRAME
• Center e neutralizer o derrame, fazendo uma com 800 gr de acido b6rico por cada 20 litros de ague, ou aplicar vinagre diretamente sobre o derrame.
VEJCULOS MODIFICADOS COM OXIDO NITROSO (N 2 0)
Este componente quimico, que provoca um aumento da pohSncia do motor, esta armazenado numa garrafa (70% em estado liquido e 20% em estado gasoso), cuja localizac;:co mais comum e na bagageira ou por baixo dos bancos.
• Nco cortar a tubagem de alimentac;:co ao motor.
• Nco realizer tecnicas na zona da garrafa.
•• Em caso de fuga, que posse causer a intoxicac;:co dos ocupantes, W ventilar rapidamente o habitaculo, se possivel, com ventiladores de pressco positive.
• Em caso de fuga, manter a devida distCncia de seguranc;:a e isolar a area.
• Em coso de incendio, palo facto do 6xido de nitroso ser texico, os bombeiros devem utilizer o equipamento de protec;:co individual (EPI) complete, incluindo oARICA.
Manual de desencarceramento Veiculos e equipamentos
Em caso de fuga o 6xido nitroso, porque e mais dense que oar, tern tendencia para acumular-se nas zonas mais baixas.
PROCEDIMENTOS DE EM CASO DE ACIDENTE
• Monitorizar a area para verificar eventuais fugas;
• Desligar o motor rodando a chave da para a OFF e retira-la da ignic;:ao, ou premir o botco POWER do painel de instrumentos, retirando o cartao e afastando-o do vefculo:
• Fecher o sistema de 6xido nitroso, para evitar a libertac;co do gas.
PROCEDIMENTOS DE EM CASO DE INCENDIO
• Extinguir com agua, sob a forma de jato difuso de ataque em grandes quantidades, caso o vefculo esteja tornado pelas chamas.
PROCEDIMENTO DE EM CASO DE FUGA
• Tamponar a fuga.
VElCULOS MOVIDOS A GPL E GAS NATURAL
Sco veiculos que utilizam uma mistura de gas butane e propane e tern tido um aumento crescenta em Portugal.
0 reservat6rio pede ser de forma cilfndrica ou t6rica e em inoxidavel, esta, em regra geral, localizado no porta-bagagens: o primeiro, fixe ao interior da bagageira; o segundo, colocado no espac;:o do pneu de reserve.
No caso de veiculos de transportes publicos o reservat6rio, de forma cilfndrica, esta localizado no tejadilho.
No interior dos reservat6rios o gas natural e GPL encontram-se pressurizados, aproximadamente, a 200 bare a uma temperatura de l5°C.
Estes veiculos tam um sistema de seguranc;a atraves de um regulador de pressco que possui uma valvula de fecho de gas que, em caso de acidente ou de funcionamento deficiente do regulador, faz atuar um estrangulador que reduz a pressco e Iiberto o gas para o exterior.
Estes vefculos possuem dois sistemas de alimentac;co situados na parte de baixo do veiculo, atraves de duas linhas de fornecimento de combustive! ao motor.
Vefculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
INTERDic;OES E ALERTAS DE SEGURANc;A
• Nao cortar a tubagem de GPL.
• Nao realizer tecnicas na zona do deposito de GPL.
• Em caso de fuga, manter a devida distancia de seguranc;:a e isolar a area.
PROCEDIMENTOS DE INTERVENc;.Ao EM CASO DE ACIDENTE
• Monitorizar a area para veriflcar eventuais fugas;
• Desligar o motor rodando a chave da ignic;:ao para a posic;:ao OFF e retira-la de ignic;:ao ou premir o botao POWER do painel de instrumentos, retirando o cartao e afastando-o do veiculo.
PROCEDIMENTOS DE INTERVENc;.Ao EM CASO DE INCENDIO
• Extinguir com 6gua;
• No caso de o veiculo ester tornado pel as chamas e devido ao risco de explosco, e aconselhado proceder do seguinte modo:
1. Efetuar o arrefecimento da parte de tras do veiculo com uma linha de mangueira que deve atuar em jato direto;
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
2. Abrir o porta-bagagens;
3. Efetuar o arrefecimento do reservat6rio com uma segundo linha de mangueira, que dave atuar em jato difuso de protef):Cio.
Eaconselhado fazer urn ataque defensive, estabelecendo uma ample area de seguranc;:a, devido ao risco de explosao.
PROCEDIMENTO DE INTERVENc;,AO EM CASO DE FUGA
• Tamponar a fuga.
VEiCULOS MOVIDOS POR PILHAS DE COMBUSTiVEL
Atualmente nco e muito vulgar encontrar a circular vefculos movidos per pilhas de combustivel, no entanto alguns autocarros de transportes publicos sao movidos per este sistema.
Este tipo de vefculo e de funcionamento eletrico, atraves das pilhas de combustfvel, que sao equipamentos estaticos, e que convertem a anergic qufmica contida no combustfvel diretamente em anergic eletrica.
Em case de aumento de pressao, a libertaf):CO do hidrogenio ocorre pela
abertura automatica da zona de expulsao que est6 localizada no tejadilho.
DE COMBUSTfVEL
mUNIDADE DE CONTROLO
BATERIA ALTA VOLTAGEM
CONVERSOR DE ENERGIA MOTOR
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
INTERDit;OES E ALERTAS DE SEGURANt;A
• Nao cortar a tubagem de hidrogenio.
• Nao cortar os cabos cor de laranja.
• Nao cortaro piso do veiculo.
• Nao realizer tecnicas na zona do deposito de hidrogenio.
• Nao realizer tecnicas na zona da bateria.
• Nao deformar a tubagem de expulsao do sistema, pois esta pede ficar bloqueada, impedindo a saida do hidrogenio.
• Em case de derrame, evitar o contato com o gel alcalino que no interior da bateria com PH 13, porque pede provocar queimaduras .
• Em case de incendio, palo facto das baterias conterem hidr6xido de s6dio e hidr6xido de potassic, utilizer o equipamento de prote<;Cio individual (EPI) completo, incluindo o ARICA, bern como as luvas de butilo debaixo des luvas de trabalho
• Em case de fuga, manter a devida distancia de seguranc;:a e isolar a area.
•
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
Porque o trabalhar destes vefculos e bastante silencioso e, pelo facto de nco se ouvir o rufdo do motor, pode induzir em erro ao pensar-se que o mesmo esta desligado.
PROCEDIMENTOS DE EM CASO DE ACIDENTE
• Monitorizar a area para verificar eventuais fugas;
• Desativar os circuitos de tensao e de hidrogenio, colocando a alavanca das mudan<;as na posi9co P;
• Desligar o motor rodando a chave da igni9co para a posiyco OFF e retira-la da igni9co, ou premir o botao POWER do painel de instrumentos, retirando o cartao e afastado-o do vefculo;
• Desligar a bateria de 12 V retirando todos os fusfveis do vefculo ou apenas o fusfvel de maior amperagem;
• Desligar o interrupter Service-Disconnect localizado na console.
PROCEDIMENTOS DE EM CASO DE INCENDIO
• Extinguir com ague;
• No caso de o vefculo ester tornado pelas chamas e devido ao risco de explosao, e aconselhado proceder do seguinte modo:
1. Efetuar o arrefecimento da parte de tras do vefculo com uma linha de mangueira, que deve atuar em jato direto;
2. Abrir o porta-bagagens;
3. Efetuar o arrefecimento do reservat6rio com uma segundo linha de mangueira, que deve atuar em jato difuso de protes:ao.
PROCEDIMENTO DE EM CASO DE FUGA
• Tamponar a fuga;
• Eliminar todas as Fontes de igni<;co eminentes na zona do sinistro;
• Em caso de fuga, que posse causer a intoxica9ao dos ocupantes, ventilar rapidamente o habitaculo, se possfvel, com ventiladores de pressao positive.
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
VEiCU LOS ELETRICOS
Estes veiculos estoo equipados com urn modulo de baterias de ioes de litio, com uma tensoo nominal entre 200 V e 400 V, localizado no piso do veiculo e protegido por uma place de material comp6sito.
Para alem deste modulo de baterias, estes vefculos tern uma bateria adicional de 12 V, que garante o funcionamento dos sistemas eletricos.
DESLIGAR DAS BATERIAS
Quando e desligada a bateria de 12 v e preciso lembrar que a outre bateria de alta tensao continua ativa, sendo necessaria desliga-la tambem.
COMO IDENTIFICAR OS VEiCULOS ELETRICOS?
Estes vefculos sao focilmente identificados, pelo facto de nco possufrem tubo de escape.
TRAc;ADO DO CIRCUITO ELETRICO
Este tra«;:ado e facilmente identificado pela cor que, normal mente, ecor de laranja.
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
Em termos de desencarceramento a sua localizac;ao nco interfere com as tcknicas mais empregues, pois esta localizado em zonas onde normalmente nco sao efetuados cortes.
INTERDic;OES E ALERTAS DE SEGURANc;_A
• Nco cortaro cabo cor de laranja.
• Nao abrir a caixa met6lica da bateria.
• Nco se deve pensar que o vefculo esta com o motor desligado, pelo facto de nco se ouvir o ruido do mesmo, pois o trabalhar destes veiculos e bastante silencioso podendo induzir em erro as equipas de socorro.
• Nao realizer tecnicas na zona da bateria de alta tensao.
• Em case de derrame evitar o contato do gel alcalino que est6 • no interior da bateria com PH 13 .5, porque pode provocar queimaduras.
• Em caso de incendio, pelo facto des baterias de alta tensao conterem hidr6xido de s6dio e hidr6xido de pot6ssio, utilizer o equipamento de prote<;co individual (EPI) complete, incluindo o ARICA, bern como as luvas de butilo debaixo das luvas de trabalho.
PROCEDIMENTOS DE INTERVENc;AO EM ACIDENTE
• Desligar o motor rodando a chave da igni<;co para a posi<;Cio OFF e retira-la da ignic;co ou premir o batao POWER do painel de instrumentos, retirando o cartao e afastando-o do veiculo;
• Desligar a bateria de 12 V retirando todos os fusiveis do veiculo ou apenas o fusivel de maier amperagem
PROCEDIMENTOS DE INTERVENc;Ao EM CASO DE INCENDIO
• Caso o incendio se localize no modulo de baterias de alta tensao, extinguir com 6gua, sob a forma de jato difuso de ataque e em grandes quantidades.
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento
PROCEDIMENTO DE EM CASO DE DERRAME
• Center e neutralizer o derrame, fazendo uma soluc;:ao com 800 gr de acido b6rico por cada 20 litros de agua, ou aplicar vinagre diretamente sobre 0 derrame.
5· SISTEMAS DE SEGURANc;A
Os sistemas de seguranc;:a dos vefculos estao divididos em dois grupos:
• Sistemas ativos;
• Sistemas passivos.
SISTEMAS ATIVOS
Sao aqueles que atuam durante a conduc;:ao de modo a evitar o acidente, por exemplo, Electronic Stability Program (ESP), Antilock Braking System (ABS). Neste sentido este sistema nco interfere com os trabalhos de desencarceramento.
SISTEMAS PASSIVOS
Sao aqueles que atuam durante a colisao, cuja finalidade ea protec;ao dos ocupantes do veiculo. Estes sistemas podem ser estaticos ou dinamicos.
Os est6ticos, sao aqueles que durante a sua ativac;:ao nco exercem qualquer movimento. Por exemplo, as zonas de deformac;:ao, as estruturas reforc;:adas com a9os.
Os dinamicos, sao aqueles que durante a sua ativac;:ao exercem movimento, como exemplo, os airbags, Exemplos de sistemas passives:
• Pre-tensores / cintos de seguranc;:a;
• Airbag;
• Sistema de protec;:ao contra capotamento (ROPS).
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PRE-TENSORESfCINTOS DE SEGURAN«;A
Sao dispositivos, que atuam juntamente com o sistema de airbag, e cuja finalidade e fixer os ocupantes do vefculo aos respetivos bancos.
LOCALIZA«;AO DOS PRE-TENSORES
Estes dispositivos podem ester situados na parte alta, baixo ou media do pilar B, na zona da fixa<;ao do cinto de seguran<;a dianteiro, debaixo dos bancos dianteiros, ou, ainda, no longarina dianteira.
Existem veiculos equipados com sistemas duplos de pre-tensores, que estao localizados de ambos os lades dos bancos dianteiros.
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AIRBAGS
Sao dispositivos que atuam quando o veiculo sofre urn impacto, evitando que os ocupantes sofram lesoes no cranio, face, regico tor6cica e coluna.
Os airbags sao constitufdos por pastilhas de nitrogenio, acionados por uma unidade de comando que receciona informac;ao dos v6rios sensores existentes e produz uma descarga eletrica que vai encher sob pressao a bolsa.
ATIVAc;,AO DOS AIRBAGS
A ativac;ao dos airbags pode ser de uma ou duos eta pas, sendo a segundo a que vern colocar urn problema acrescido as equipas de socorro
Na ativac;ao dos airbags de duos eta pas pod em ocorrer tres situac;:oes:
• Alivac;ao do primeira etapa, com ativac;ao da segundo etapa milesimos de segundos ap6s a primeira;
• Ativac;ao do primeira etapa, com ativac;ao do segundo etapa, durante o desenrolar das operac;oes de desencarceramento;
• Ativac;ao do segundo etapa, com ativac;ao do primeira etapa, durante o desenrolar das operac;oes de desencarceramento.
No coso de urn airbag ter j6 ativada urn a etapa, nao se deve descartar a possibilidade de ocorrer a segundo ativac;ao, pelo que se deve anular o risco que pode daf advir
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DOS AIRBAGS
Os veiculos podem estar equipados com diversos airbags, podendo estes ter varies localizac;oes, dependendo da marco e do modelo do veiculo. Os modelos da gama alta sao os que dispoem de maior numero de airbags.
As principais dos airbags, sao:
Coluna do volante
Encosto de
Tablier Pedais
Banco (no lateral)
Debaixo do toblier passageiro
Banco (no assento) Tejadilho
Porta (no lateral)
COMO IDENTIFICAR UM AIRBAG?
Os airbags pod em ser identificados, por:
• Siglas (AIR-BAG,SRP, SRS, SIPS);
• Etiquetas.
As siglas podem ser observadas no/no:
Airbag
Condutor
Passageiro
Centro do volante
Tablier, junto do porta-luvas
Lateral Parte lateral des bancos
Cortina (Windom-bag) Tejadilho, junto dos pilares
As etiquetas podem ser observadas no/na:
Airbag
Para-brisas De ambos os lades
Palo do sol De ambos os lados
Compartimento do motor Cava da rode
Pi lares De ambos os lades
Parte lateral do tablier
Junto da porta
Painel de instrumentos Luz identificativa
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Em alguns veiculos junto de etiqueta, poder6 ester colocado urn dispositive para inativac;:co do airbag do passageiro.
PROCEDIMENTOS DE INATIVAc;.Ao DE AIRBAG
Sempre que urn airbag nco se alivou deve proeeder-se do seguinte modo e ordem:
• Retirar a ehave ou o eartco de ignic;:co, afastando-o do veiculo;
• Aplicar urn protetor de airbag;
• Desligar a baterio do veiculo.
Coso nco seja possivel realizer a inativac;co do airbag, devem-se guarder distcncias de seguranc;:a em relac;:co a loealizac;:co do mesmo, a saber:
• 90 em para o airbag do passageiro;
• 60 em para o airbag do eondutor;
• 30 em para o airbag do lateral.
Mesmo estando o sistema eletrico desligado, o airbag pode vir a ser ati-
Gvado, pois o eondensador do sistema pode forneeer a anergic acumulado para que o sistema sejo ativado.
SISTEMA DE PROTEc;.Ao CONTRA CAPOTAMENTO (ROPS)
Eurn dispositive de seguranc;a existente nos veiculos deseopotaveis, e que tern como finalidade proteger os ocupantes em coso de capotomento, ativado atraves da elevac;:ao de barras de protec;:oo que, normalmente, estoo loeolizadas na traseira ou nos apoios de cabec;a dos bancos.
A inativac;:co deste sistema de seguranc;:a e feita pelo corte do Corrente eletrica do veiculo.
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6. EQUIPAMENTOS
Neste capitulo vamos abordar as varies categories de equipamentos utilizados pelas equipas de desencarceramento, tais como:
• Equipamento de protec;:co individual;
• Equipamentos e ferramentas de funcionamento hidraulicos;
• Equipamentos de corte: eletricos, manuais e a quente;
• Equipamentos de iluminac;:co;
• Equipamentos de estabilizac;:co;
• Equipamentos pneumaticos;
• Equipamentos de corte e quebra de vidros;
• Equipamentos diversos.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEc;Ao INDIVIDUAL (EPI)
0 EPI, de USO OBRIGATORIO, garante a protec;co do corpo de cede profissional de equipa de desencarceramento e e composto por:
• Capacete;
• 6culos;
• Fato (calc;as e casaco) ou fato de macaco;
• Semi-mascara;
• Luvas;
• Betas.
Por questoes de seguranc;a, a guarnic;co deve equipar-se sempre antes de entrar no vefculo.
DA E FACE (CAPACETE E 6CULOS)
A protec;co da cabec;a e de face e feita pelo capacete que tern de ester de acordo com a EN 443:20083 •
Caso o capacete nco tenha protec;co ocular, devem ser utilizados 6culos que garantam a protec;co ocular, particularmente, dos p6s e particulas de vidros.
Numa operac;:co de desencarceramento a func;:co deste equipamento ea de proteger contra impactos e projec;co de objetos.
DO CORPO (FATO OU FATO DE MACACO)
A protec;co do tronco e dos membros superiores e inferiores e feita pelas calc;as e casaco ou fate de macaco, que tern de ester de acordo com EN 469:2008 4 •
3 Norma Europeia que flxa as caracteristicas exigidas aos capacetes de proter;:ao utilizados palos servir;:os de protec;:ao civile de Iuta contra indindios, assim como os metodos de ensaio que perm item verificar essas carocteristicas.
4 Norma Europeia que fixe metodos de ensaios e as exigencies mini ma s exigidas aos artigos que devem ser utilizados no lute contra incendio em meio urbana e atividades associadas em zonas que apresentem um risco de calor e/ou de chama
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Numa operac;:ao de desencarceramento a func;:ao deste equipamento e a de proteger contra impactos, projec;:ao de objetos e cortes.
DAS VIAS RESPIRATORIAS (SEMI-MASCARA)
A protec;:ao das vias respirat6rias e feita pela semi-mascara que de estar de acordo com a EN 149:200P.
Numa operac;:ao de desencarceramento a func;:ao deste equipamento e a de proteger as vias aereas f11trando as partlculas.
5 Norma Europeia especifica as caracteristicas minimas a exigir as meias mascaras filtrantes usadas como aparelhos de prote900 respirat6ria contra as particulas.
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PROTE<;AO DAS MAOS (LUVAS)
A protec;:oo das moos e feita pelas luvas, que tern de estar de acordo com a EN 388:2003 6 •
Devem calc;:ar-se dais tipos de luvas, pela ordem indicada:
1. Luvas de "exame a vitima", que garantem a protec;:oo contra OS Auidos orgcnicos;
2. Luvas de trabalho, por cima das primeiras, que proporcionam a protec;:oo das moos.
As luvas de trabalho tern de proporcionar o nfvel 3 de resistencia ao corte, para tal basta observer o 2.Q algarismo inscrito do pictograma na mesma.
Numa operac;:oo de desencarceramento a func;:oo deste equipamento e a de proteger as moos contra a contaminac;:oo por Aufdos, cortes e esmagamento.
PROTE<;AO DOS PES (BOTAS)
A protec;:oo dos pes e feita pel as betas, que tern de estar de acordo com a EN 15090:2012 7 , classe tipo Ill.
Numa operac;:oo de desencarceramento a func;:oo deste equipamento e a de proteger OS pes contra cortes e esmagamento, grac;:as apalmilha e biqueira resistente.
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS HIDRAULICAS
Os equipamentos e ferramentas hidraulicas tern que cumprir a EN 13204:2004 8 , a qual estabelece os criterios de seguranc;:a e classifica-os por classes.
6 Norma Europeia para todas as classes de luvas de protec;:co no referente as agressoes ffsicas e meccnicas por abrasao, corte, perfurac;:ao e desgarre.
7 Norma europeia que estabelece os requisites para a identificac;:co, caracterizac;:co e marcac;:co de calc;:ado para bombeiros.
8 Norma Europeia que estabelece os requisites de seguranc;:a e desempenho para ferramentas hidraulicas de resgate.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Os equipamentos hidraulicos e ferramentas hidraulicas sec:
• Grupe energetico;
• Ferramentas portateis aut6nomas;
• Expansor;
• Tesoura;
• Multiusos;
• Extensor (RAM);
• Mini tesoura;
• Carta pedais;
• Abre-portas;
• Cunha.
GRUPOS ENERGETICOS
Designa-se per grupo energetico o conjunto do motor e bomba hidraulica.
Este equipamento tern como func;:Cio gerar a pressCio necessaria para acionar, designadamente, as ferramentas hidraulicas (de corte, afastamento e esmagamento).
A pressCio de trabalho da bomba hidraulica varia consoante a marca e o modele, sendo que as pressoes geradas encontram-se entre os 200 e os 720 bar, com urn caudal entre os 0.8 e 1.3 1/m.
CLASSIFICAc;Ao DOS GRUPOS ENERGETICOS
Os grupos energeticos podem ser classificados segundo o seu modo de funcionamento e mobilidade.
Quante ao modo de funcionamento estes pod em ser:
• Termicos (A};
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• Eletricos:
• Corrente alterna (B);
• Corrente continua (bateria) (C).
• Pneumaticos (D);
• Manuais (E).
Dos grupos energeticos existentes, alguns permitem a mera utilizac;:oo de uma unica ferramenta hidraulica, enquanto outros perm item a utilizac;:oo de duos ou mais ferromentes em simultaneo.
Quanto C mobilidade, OS grupos energeticos podem ser classificados, em:
• Fixos, funcionamento com a Power Take Off (PTO) do velculo;
• Transportaveis;
• Portateis;
• Dorsais.
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FERRAMENTAS PORTATEIS AUTONOMAS
Estes ferramentas, atualmente em grande expansao, tern incorporadas urn sistema proprio de acionamento, que pode ser do tipo manual (A) ou eletrico (B).
As ferramentas port6teis aut6nomas tern vantagens de:
• Operar em locais onde a utilizac;:co de ferramentas rna is pesadas se torna deveras diffcil ou ate mesmo impossfvel;
• Serem de acionamento aut6nomo;
• Permitir operar em espac;:os sem ventilac;:ao.
EXPANSOR
Eurn a ferramenta que permite efetuar afastamentos, esmagamentos ou levantamentos.
E principalmente utilizado em operac;:oes onde e necessaria ganhar espac;:o, como exemplo, abertura e remoc;:ao de portas, remoc;:ao de bancos, entre outras.
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Os componentes desta ferramenta, sao: 1 Pontes; 2 Brac;:o; 3 Pegas de transporte; 4 Comando de acionamento; 5 Conec;:ao de engate; 6 Cobertura de protec;:ao de partes m6veis; 7 Corpo da ferramenta; 8 Punho; 9 Mangueiras.
TESOURA
Euma ferramenta destinada ao corte da estrutura do vefculo.
Os componentes desta ferramenta sao: 1 Lcmina; 2 Cobertura de protec;:ao; 3 Pega; 4 Corpo da ferramenta; 5 Comando de acionamento; 6 Punho; 7 Mangueiras; 8 Conec;:ao de engate.
As tesouras tern diferentes capacidades de corte existindo, atualmente, modelos cuja capacidade de corte te6rica e superior a 100 kilo Newton (kn}.
Estes podem utilizer diversos tipos de lcminas, as quais podem ser classificadas quanta a forma geometrica, em:
• Retas (A);
• Curves (B);
• Reto-curvas (C);
• NCT (D);
• Guilhotina (E).
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
MULTIUSOS
Euma ferramenta de ac;:ao dupla, em que a parte interior do brac;:o permite efetuar cortes, enquanto a parte posterior desempenha as mesmas func;:oes do expansor.
Pelo facto de ser uma ferramenta combinada, possui uma potencia inferior, quer no capacidade de corte, quer no de afastamento.
Os componentes desta ferramenta sao: 1 Pontas de afastamento; 2 Lcminas; 3 Cobertura de protec;:ao; 4 Pega; 5 Corpo do ferramenta; 6 Comando de acionamento; 7 Punho; 8 Mangueiras; 9 Conec;:ao de engate.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
EXTENSOR (RAM)
Euma ferramenta utilizada para efetuar afastamentos, levantamentos ou estabilizac;:oes.
Estes equipamentos estco disponfveis em diferentes tamanhos e com distintas forc;:as de afastamento.
Os componentes desta ferramenta sao: 3
1 Conec;:Cio de engate; 2 Comando de acionamento; 3 Base inferior; 4 Corpo; 5 Guias; 6 Haste do pistco; 7 Suporte superior ajustavel.
Quanta ao numero de pistoes os RAM podem ser classificados em:
Manual de desencarceramento Veiculos e equipamentos
SIMPLES DE 1 PISTAO
SIMPLES DEl PISTOES
TELESCOPIOS DE 2 PISTOES
TELESCOPIC DE 3 PISTOES
MINI TESOURA
Euma ferramenta para efetuar cortes em zonas de espac;:o reduzido.
Estas sao muito utilizadas, por exemplo, no corte de pedais, costas de bancos, volantes e encostos de cabec;:a.
Os componentes desta ferramenta sao: 1 Lomina; 2 Corpo; 3 Comando de acionamento; 4 Punho; 5 Mangueira; 6 Conec;:ao de engate.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
CORTA PEDAlS
E uma ferramenta destinada ao corte de pedais, mas e tambem, por vezes, utilizada no corte de volante, costas de bancos e encostos de cabec;a.
Esta ferramenta e acionada atraves de uma bomba manual e funciona em circuito unidirecional, apenas com uma mangueira.
2 3
0 fecho da ferramenta e realizado pelo acionamento da bomba manual, e a abertura faz-se abrindo a valvula de retorno da bomba, retirando-lhe a pressao.
Os componentes desta ferramenta, sao: 1 Lamina; 2 Corpo; 3 Conec;ao de engate.
ABRE-PORTAS
E uma ferramenta destinada a abertura de portas.
0 abre-portas e acionado atraves de uma bomba manual e funciona em circuito unidirecional, apenas com uma mangueira.
0 fecho da ferramenta e realizado pelo acionamento da bomba manual,
2 3 e a abertura faz-se abrindo a valvula de retorno da bomba, retirando-lhe a pressao.
Os componentes desta ferramenta, sao: 1 Ponta de afastamento; 2 Conec;ao de engate; 3 Corpo.
CUNHA
Euma ferramenta destinada a criac;ao de espac;o que, devido a sua pequena dimensao, permite ser introduzida em locais onde as aberturas sao muito reduzidas.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Os componentes desta ferramenta sec:
1 Penta de afastamento; 2 Pega; 3 Corpo; 4 Comando de acionamento; 5 Punho; 6 Mangueiras; 7 Conec;:ao de engate.
DOS EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
0 born funcionamento des equipamentos e ferramentas hidraulicas requer o cumprimento da periodicidade e des procedimentos de manutenc;:ao adequados, sob pena de consequencias gravosas para as operac;:oes de desencarceramento.
A periocidade de manutenc;:ao destes deve ser diaria, semestral e anual.
GRUPOS ENERGETICOS
MANUTEN<;AO DIARIA
• Verificar o nfvel do oleo do motor (case seja de funcionamento termico);
• Verificar o nfvel do combustfvel (case seja de funcionamento termico);
• Verificar o nfvel de oleo do sistema hidraulico;
• Colocar em funcionamento durante 5 minutes.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
MANUTENc;,AO SEMESTRAL
• Substituir o oleo do motor e as velas (caso seja de funcionamento termico);
• Laver as com liquido lubrincante.
MANUTENc;,AO ANUAL
• Substituir o oleo do sistema hidraulico.
MANUTENc;Ao AP6S CADA UTILIZAc;Ao
• Verificar e repor todos os niveis;
• Verincar seas mangueiras e as conec;oes apresentam danos;
• Verincar se existem fugas no sistema hidraulico;
• Lim par
FERRAMENTAS HIDRAULICAS
MANUTENc;Ao DIARIA
• Efetuar a das ferramentas ao grupo energetico e veriflcar se existem fugas de oleo;
• Abrir e fechar as ferramentas;
• Veriflcar se existem ruidos durante o funcionamento.
MANUTENc;AO MENSAL
• Lubriflcar as partes moveis;
• Reapertar os parafusos;
• Laver as conec;oes com liquido lubriflcante.
MANUTENc;Ao AP6S CADA UTILIZAc;Ao
• Veriflcar seas mangueiras e as conec;oes apresentam danos;
• Lim par as conec;oes;
• Veriflcar se existem fugas no sistema hidraulico.
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
INTERDI<;OES E PROCEDIMENTOS DE UTILIZA<;AO DE FERRAMENTAS
As ferramentas hidraulicas devem cumprir as regras de utilizas;ao e de segurans;a, sob pena da utilizas;ao incorreta das mesmas causer ferimentos graves no utilizador.
A utilizas;ao das ferramentas hidraulicas sao aplicadas algumas interdis;oes gerais.
INTERDI«;OES
Antes de utilizer qualquer ferramenta, deve ler previa mente os respetivos manuais tecnicos, ou obter formas:ao quanta a sua utilizas:ao.
1• Nco se coloque entre a ferramenta e o vefculo.
2• Nco coloque as mangueiras em contacto com as arestas cortantes.
3• Nco pise as mangueiras.
4• Nco transporte ou opere as ferramentas, a nco ser pelas respetivas pegas.
5• Nao pegue nos ferramentas pelas mangueiras.
6• Nao pegue nos ferramentas pelas pec;:as m6veis.
Nao opere com as ferramentas sem que tenha boa visibilidade do zona a intervencionar.
EXPANSOR- PROCEDIMENTOS DE UTILIZAc;Ao
1• Colocar numa parte do vefculo que apresente estabilidade.
Utilizer a superffcie total das pontas de separac;:ao.
2• Reposicionar o equipamento sempre que as pontas percam aderencia a superflcie.
3• Deixar as pontas ligeiramente afastadas ap6s finalizar a utilizac;:ao.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Qualquer engano no sentido de do comando pede aliviar 1 . 1 a pressao do equipamento e causer o retorno da estrutura.
TESOURAS- PROCEDIMENTOS DE UTILIZA<;AO
1• Aproximar o mais posslvel o componente a cortar do centro da tesoura.
2• Fazer urn angulo de 90° em a a cortar.
3• Parer a e reposicionar o equipamento sempre que a tesoura rode ou as laminas se afastem entre si.
4• Deixar as pontes ligeiramente sobrepostas ap6s finalizar a
Evitar fazer cortes com as pontes da tesoura.
EXTENSOR (RAM)- PROCEDIMENTOS DE UTILIZA<;AO
1• Posicionar a ferramenta para que o comando de movimentos fique sempre acesslvel para o operador.
Verificar o funcionamento do comando da Ferra menta sempre que tiver de recomeurn movimento de ou afastamento que foi suspenso.
2• Colocar numa parte do vekulo que apresente boas bases de apoio.
3• Utilizer urn suporte de RAM, sempre que necessaria.
4• Nao deixar o embole totalmente recolhido, ap6s finalizar a
Vefculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
0 fecho acidental do comando do ferramenta pode diminuir ou libertar a forc;:a exercida pelo RAM.
EQUIPAMENTOS DE CORTE, ELETRICOS, MANUAlS EAQUENTE
Os equipamentos de corte eletricos soo:
• Serra de disco duplo;
• Serra de disco;
• Serra de sabre.
Os equipamentos de corte manuais soo:
• Machado de force;
• Kit multiusos;
• Alavanca Halligan;
• Tesoura mecanica
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Os equipamentos de corte a quente sao:
• Estac;ao de trabalho oxicorte;
• Plasma ou area eletrico.
EQUIPAMENTOS DE CORTE ELETRICOS
SERRA DE DISCO DUPLO (A)
A serra de disco duple e utilizada no corte de estruturas metalicas e tern a especificidade de nco provocar chispas durante 0 corte, apesar do desgaste rapido des dentes da serra e de provocar muito rufdo e vibrac;oes.
SERRA DE DISCO (B)
Eutilizada no corte de estruturas metalicas e uma vez que provoca chispas podendo originar urn incendio, deve ter uma utilizac;ao diminuta.
SERRA DE SABRE (C)
Eutilizada no corte de vidros laminados, estruturas metalicas ou plasticas, permitindo realizer cortes de forma extremamente rapida, apesar do rufdo e vibrac;ao que produz.
EQUIPAMENTOS DE CORTE MANUAlS
MACHADO DE FORCE (A)
Eutilizado principalmente para efetuar cortes de superficies planes, per exemplo, nas remoc;oes laterais de vefculos de tres partes.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
KIT MULTIUSOS- PERCUSSIVE RESPONSE TOOL (PRT) (B)
Tern as mesmas func;:oes do anterior, no entanto, e ainda mais rapido a efetuar cortes de superficies planes. Este equipamento contem acess6rios complementares que permitem realizer outras operac;:oes, nomeadamente perfurac;:ao e quebra.
ALAVANCA HALLIGAN (C)
Eutilizada principalmente para efetuar cortes de superficies planes, per exemplo, nas remoc;:oes latera is de vefculos de tres portas, podendo igualmente ser utilizado na criac;:ao de espac;:o nas portas des vefculos.
TESOURA MECANICA(D)
Eutilizada para o corte do limitador das portas, de forma simples e rapida.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
EQUIPAMENTOS DE CORTE A QUENTE
ESTA<;AO DE TRABALHO A OXICORTE
Este equipamento possibilita o seccionamento de metais pela combustao localizada e continua de urn jato de oxigenio de elevada pureza, agindo sabre urn ponte previa mente aquecido per uma chama de oxicombustfvel (processo de oxicorte).
Para a execuc;:ao deste processo, uma estac;:ao de trabalho deve ter no mfnimo os seguintes equipamentos:
• Uma garrafa para o oxigenio (02);
• Uma garrafa de gas combustfvel (acetileno, ou propane, ou butane, ou GPL);
• Dues mangueiras de alta pressao para conduc;:ao des gases;
• Urn mac;:arico de corte;
• Urn regulador de pressao para oxigenio(02);
• Urn regulador de pressao para o gas combustfvel;
• Valvulas anti-retrocesso (dispositive de seguranc;:a).
PROCESSO DE CORTE
0 processo de corte e feito atraves da mistura do gas combustfvel com o oxigenio de aquecimento na proporc;:ao correta para a chama, produzindo urn jacto de oxigenio a alta velocidade.
A espessura a ser cortada determinara o diametro do oriffcio do bico a utilizer, a pressao des gases e a velocidade de corte.
Quante maier a espessura a cortar, maier o oriffcio do bico, maier a pressao do oxigenio e menor a velocidade de corte.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
LIMITAc;6ES DO PROCESSO DE OXICORTE
• Nco utilizer na presenc;:a de atmosferas inAamaveis, pelo facto de produzir calor.
• Nco aplicar a alguns metais, como e o case do ac;:o inox e o niquel.
PROCEDIMENTOS DE UTILIZAc;AO
Para efetuar 0 corte e necessario seguir OS seguintes procedimentos:
1. Selecionar o bico de acordo com a espessura a carter;
2. Verificar a ausencia de material inAamavel junto da zona de corte;
3. Abrir as valvulas das garrafas (02 e gas combustive!);
4. Pre-ajustar a pressco de trabalho do 02 e gas combustive!;
5. Acender a mistura;
6. Ajustar a quantidade de gas combustive!;
7. Reduzir a quantidade de 02 ate obter uma chama neutra;
8. Proceder ao corte.
PLASMA OU ARCO ELETRICO
Este equipamento, tecnologicamente mais evoluido, vern permitir efetuar cortes em materiais que antes nco eram possiveis pelo processo do oxicorte.
0 processo consiste na utilizac;:co do calor libertado par uma coluna de plasma resultants do aquecimento, par meio de urn area eletrico e de urn gas em alta saida rotacional.
Este plasma e transferido para o metal a ser cortado, sen do o metal fundido pel a calor do plasma e expulso pelo auxilio do gas.
0 plasma au area eletrico, utilize principalmente o ar ambiente como gas de corte nco provocando 0 aquecimento des materiais onde 0 corte e feito.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
LIMITA<;OES AO PROCESSO DE PLASMA OU ARCO ELETRICO
• Nco utilizer na de atmosferas inflamaveis, pelo facto de produzir calor.
• A potencia do equipamento condiciona a espessura de corte.
PROCEDIMENTOS DE UTILIZA<;AO
1. Conectar 0 equipamento a Corrente eletrica.
2. Aplicar a de masse a a cortar.
3. Medir a espessura da a cortar.
4. Ajustar a potencia do equipamento de acordo com a espessura da
5. ligar o equipamento.
6. Colocar o bico de corte encostado a a cortar.
7. Pressionar o batao e realizer o corte.
EQUIPAMENTOS
DE ILUMINAc;:Ao
Sempre que as de desencarceramento ocorrem em ambiente noturno ou com escassa luminosidade, tern que se utilizer os equipamentos de Usual mente sao utilizados os projetores, que podem ser fixes em torres de ou portateis colocados em suportes pr6prios.
Outre equipamento tambem disponfvel e o balao de iluminac;ao, que tern a vantagem de iluminar aproximadamente uma area de 5000 m2 • Este e fixo a urn tripe ajustavel ate cos 5 metros de altura.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
EQUIPAMENTOS E ACESSORIOS DE ESTABILIZAc;Ao
Os equipamentos de estabilizas;ao sao:
• Blocos;
• Cals;os em degrau;
• Cunhas;
• Macaco hidraulico;
• Macaco de cremalheira;
• Guincho manual (TIRFOR);
• Escoras.
BLOCOS
Sao acess6rios em forma de cuba ou oct6gono que podem ser acoplados entre si, par forma geometrica, de modo a obter a altura desejada.
Estes podem ter tres espessuras diferentes:
• Espessura de 75 mm e largura de 230 mm - os grandes;
• Espessura de 50 mm e largura de 230 mm - OS medics;
• Espessura de 25 mm e largura de 230 mm - os pequenos.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
CALc;os EM DEGRAU (A)
Sao acess6rios em forma de degrau que permitem criar altura.
CALc;os COM CUNHA (B)
Existe este modelo de degrau que, no posic;:ao invertida, permite trabalhar em simultaneo com uma cunha.
CUNHAS (C)
Sao acess6rios em forma de cunha que permitem preencher espac;:os para ajustar a estabilizac;:ao.
MACACO HIDRAULICO (D)
Eurn equipamento de funcionamento hidr6ulico, com bastante capacidade de elevac;:ao de cargo e a v6rias alturas.
MACACO DE CREMALHEIRA (E)
Eurn equipamento que funciona atraves de urn sistema de cremalheira e permite elevar cargos compreendidas entre os 1500 e os 20 000 kg.
Este equipamento torna-se muito vantajoso no estabilizac;:ao de vekulos pesados.
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GUINCHO MANUAL (TIRFOR)
Eurn equipamento utilizado na elevac;:co e trac;:co de cargas.
0 funcionamento consiste na trac;:ao de urn cabo, que e puxado par dais mordentes auto maticos, que o apertam o cabo sem deformar. Quanta maier for a trac;:co do cabo, maier e0 aperto deste.
ESCORA COM SISTEMA DE ROQUETE
0 sistema de funcionamento meccnico permite urn ajustamento mais facil, rapido e seguro.
Esta disponfvel em diversos tamanhos e capacidades de carga.
ESCORAS
As escoras permitem suportar o peso de objetos que estao instaveis.
0 sistema de montagem e feito a partir do encaixe de cilindros, com extensoes diferentes, num outre cilindro de ajuste, cuja abertura pede varier entre as 120 a 252 mm.
Quanta ao modo de funcionamento as cilindros extensfveis podem ser classiflcados, em: Meccnicos (A); Pneumatico (B); Hidraulicos (C).
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
0 sistema de funcionamento meccnico e 0 que permite urn ajustamento mais facil e r6pido.
As extensoes cilfndricas podem teras seguintes dimensoes:
• 125 mm;
• 250 mm;
• 500 mm;
• 1000 mm;
• 1500 mm.
0 sistema de escora e constitufdo pelo seguinte modo:
• Uma ou mais extensoes cilfndricas de acordo com o tamanho necessaria;
• Urn cilindro extensfvel;
• Duas bases de apoio colocadas nas extremidades.
Legenda: 1 Base de apoio superior; 2 Extensao cilfndrica; 3 Cilindro extensfvel; 4 Base de apoio inferior. 2 3 4
Vekulos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
EQUIPAMENTOS PNEUMATICOS
Equipamentos pneumaticos sao aqueles cujo modo de funcionamento eo or comprimido, nesta tipologia de equipamentos incluem-se as almofadas, que sao utilizadas para efetuar estabilizac;:oes, elevac;:oes ou afastamentos.
As almofadas estao agrupadas em dois conjuntos a alta pressao (A) e a baixo pressao (B).
A tabela seguinte estabelece as principais semelhanc;:as/diferenc;:as entre os dois conjunto de almofadas.
Almofadas de alta pressCio I Almofadas de baixa pressCio
Disfrutam de uma superffcie antiderrapante.
Cl) < Realizam elevac;:oes suaves e sem ruldo.
u-
z
< :5
w Cl)
Resistem a temperatures de -40° C a 95° C.
Tern uma longevidade de 10 a nos.
Trabalham a uma pressao maxima de 8 ou 10 bar.
Podem realizer levantamentos
Trabalham a uma pressao maxima de 0,5; 1 ou 1,5 bar.
Podem realizer levantamentos
Cl) ate as 65 toneladas. ate as 16 toneladas.
< u-
0
Possuem uma altura minima
Possuem uma altura minima de 22 mm. de 60 mm.
Podem elevar ate aos 500 mm a tura.
Constituldas por 3 telas, de Kevlar, Neoprene e Aramida.
Podem elevar cargos superiores aos 500 mm altura.
Constituldas por 1 tela de Kevlar.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Para se determiner qual a almofada a utilizer na elevac;co de urn objeto, aplica-se a Lei de Pascal:
de = Pressao X Superficie de da
ACESS6RIOS
Para a utilizac;:co de qualquer uma das almofadas sao necessaries, cumulativamente, os seguintes acess6rios:
• Garrafa dear comprimido ou compressor;
• Mano-redutor de pressao;
• Comando de enchimento;
• Mangueiras;
• Torneiras.
INTERDif;OES E ALERTAS DE SEGURANf;A
• Nco efetuar urn levantamento sem o acompanhar com uma estabilizac;:co progressive.
• Nco sobrepor almofadas de baixa pressco.
• Nco sobrepor mais do que duas almofadas de alta pressco, quando carece de sistema de flxac;:co.
• Nco colocar cunhas ou blocos ou outros objetos entre a parte superior da almofada e a cargo a elevar.
• Nco aplicar almofadas sabre pontes cortantes.
• Nco se colocar de frente para a almofada durante o processo de elevac;co.
• Nco se posicionar debaixo da cargo elevada por uma almofada.
•Deve posicionar-se lateralmente em relac;:co a almofada.
• Deve colocar 75% da almofada debaixo da cargo a elevar
• Deve evitar cngulos superiores a 30° graus, entre a base da almofada e a carga a elevar.
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento
• Deve colocar algo para aumentar a aderencia da almofada, case o pi so seja escorregadio.
• Dave sempre colocar protec;oes sabre as arestas cortantes.
• Deve retirar imediatamente a almofada case seja detetada alguma anomalia.
MENSAL DAS ALMOFADAS
• No case des almofadas de alta pressao, ligar a garrafa ao mano-redutor e ajustar a pressao para 12 bar.
• No case des almofadas de baixa pressao, ligac;ao da garrafa ao mano-redutor e ajustar a pressao para 0.75 bar (para as que trabalham a 0,5 bar) e 1.25 bar (para as que trabalham a 1 bar).
• Verificar com regularidade se apresentam alguma deformac;ao ou dane.
AP6S CADA
• Laver as almofadas e as mangueiras com ague.
• Verificar as mangueiras e todas as conec;oes.
• Verificar o comando de enchimento.
• Verificar os manometros.
• Verificar se alguns dos acess6rios apresentam deformac;oes ou danos.
EQUIPAMENTOS PARA CORTE E QUEBRA DE VIDROS
Os equipamentos para corte e quebra de vidros sao:
• Serrate;
• Corta-vidros;
• Serra de sabre;
• Punc;ao de mola;
• Martelo quebra vidros;
• Berbequim com broca craniana.
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
SERROTE (A)
0 serrate e o equipamento mais utilizado, sobretudo no corte de vidros laminados, porque e mais r6pido e simples de utilizer.
CORTA-VIDROS- HGC7 (B)
0 corta-vidros, apesar de ser mais Iento no processo de corte, tern a vantagem de possuir urn reservat6rio que acumula os detritos produzidos pelo corte do vidro.
A sua aplicac;:oo implica a retirada previa de uma secc;:oo do pilar A, atraves de dois cortes de ambos os Iadas, para depois poder introduzir o equipamento.
SERRA DE SABRE (C)
A serra de sabre, de funcionamento eletrico, permite o corte do vidro de forma extremamente r6pida.
PUN<;AO DE MOLA (D)
0 punc;:oo de mola, de funcionamento simples e pr6tico, e utilizado somente para partir vidros temperados.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento -
MARTELO QUEBRA VIDROS (E)
0 martelo quebra vidro, igualmente de funcionamento simples e pratico, e utilizado tambem somente para partir vidros temperados
BERBEQUIM COM BROCA CRANIANA (F)
0 berbequim com broca craniana e utilizado para realizer furos em vidros de policarbonato, tarefa necessaria para 0 posterior corte do vidro.
EQUIPAMENTOS E ACESSORIOS DIVERSOS
Os equipamentos diversos sao:
• Suportes de RAM;
• Protec;:oes;
• Plataforma de trabalho;
• Protec;:oes de airbag,
• Carta cintos;
• Balsa de ferramentas;
• Molas;
• Chave de impacto.
SUPORTES DE RAM
Estes acess6rios servem de base a colocac;:ao do RAM.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
Existern tres tipos de suporte:
1. De na longarina
Este suporte tern a vantagern de ser ajustavel a longarina. Depois de fixado a longarina, tern de ser efetuado urn ponte de estabilizac;:ao per debaixo da rnesrna e atras do suporte, atraves de acess6rios de estabilizac;:ao.
2. De no pilar
Este suporte e assente na longarina junto a base de urn pilar, podendo ser benefica a estabilizac;:ao per debaixo da zona de aplicac;:ao no longarina, ainda que nco seja obrigat6rio.
3. De diversa
Este suporte pede ser aplicado no tejadilho, tablier, pilares ou no piso do velculo, facilitando o afastarnento des rnesrnos.
Vefculos e equiparnentos. Manual de desencarcerarnento -
PROTEc;OES
Existem tres tipos de protec;:6es:
• Rfgidas;
• Maleaveis ou Aexfveis;
• De cortes.
PROTEc;Ao RiG
IDA (A)
E uma pec;:a em plastico rfgido, que tern por finalidade fazer uma barreira de protec;:Cio as vftimas e/ou equipa de socorro da projec;:Cio de componentes do vefculo ou de equipamentos de desencarceramento.
Esta protec;:Cio tern que ser sempre colocada junto da ferramenta hidraulica a trabalho.
PROTEc;AO FLEXiVEL (B)
Eurn plastico colocado sobre as vftimas e o socorrista, para os proteger dos destroc;:os resultantes das operac;:6es.
PROTEc;Ao DE CORTES (C)
Euma manta em tecido resistente com urn sistema de fixac;:Cio atraves de fmans, destinada a cobrir todas as arestas cortantes.
De diversos tamanhos, a rna is pequena e para colocar nos pilares.
Manual de desencarceramento Vekulos e equipamentos
PLATAFORMA DE TRABALHO
Esta plataforma, com capacidade para suportar urn peso ate 400 kg, permite realizer trabalhos em locais de altura elevada, pais possibilita trabalhar em diferentes nlveis de altura e permite ainda o seu nivelamento.
PROTEc;OES DE AIRBAGS
Estas permitem a protec;co de airbags e devem ser sempre colocadas nos seguintes situac;oes:
• Quando o airbag nco foi ativado;
• Quando nco e posslvel realizer 0 corte do corrente eletrica.
Existem protetores de airbag para:
• Condutor (A);
• Ocupante dianteiro (B).
Sempre que ocorra a ativac;co do airbag, estando a protec;co colocada, esta ficara inutilizada.
Vefculos e equipamentos. Manual de desencarceramento
CORTA CINTOS
Sao equipamentos utilizados no corte des cintos de segurans;a.
BOLSA DE FERRAMENTAS
Esta balsa e transportada a cintura para usc des tecnicos do equipa de desencarceramento, sendo composta pelas seguintes ferramentas:
• Chave para desforrar;
• Carta cintos;
• Quebra vidros;
• Fita metrica;
• Turques ou saca valvulas;
• Alicate universal ou tesoura;
• X-ato ou faca.
MOLAS
Sao pes;as plasticas cuja finalidade e a fixas;ao das protes;oes de cortes.
CHAVE DE IMPACTO
Equipamento destinado a remos;ao des parafusos do velculo, nomeadamente das dobradis;as das portas, sistema de fixas;ao de bancos e outros componentes interiores.
Manual de desencarceramento Vefculos e equipamentos
7· INFORMAc;AO DE SEGURANc;A
Existem de disponiveis sabre os veiculos presentes no mercado, que podem facilitar e apoiar as operat;:oes de desencarceramento, a saber:
• Fiche de seguranc;a;
• Software Crash Recovery System.
FICHA DE SEGURAN<;A
A fiche de conh§m hknica sabre o vefculo, por exemplo, a de baterias, airbag, gerador de gas do airbag, deposito de combustive!, os locais de reforc;o da carroc;:aria.
Esta ficha esta disponivel gratuitamente on-line, devendo ser impressa e colocada na pala de sol do lado do condutor, e colada no vidro da frente o autocolante identificativo de que o veiculo possui no seu interior a respetiva fiche de seguranc;:a.
SOFTWARE
CRASH RECOVERY SYTEM
0 Crash Recovery System e urn software que pode ser com prado e contem informac;:ao detalhada sabre todos os veiculos existentes no mercado, nomeadamente:
• AirbagS;
• ROPS;
• Baterias;
• Sensores e sistemas de controlo SRS;
• Depositos de combustive!;
• Gerador de gas dos airbag,
• Reforc;os estruturais dos veiculos.
Velculos e equipamentos Manual de desencarceramento -
2.. sene F45
(a partir de 09/20 14)
Legend a
Ai r bag
Refon;:o da carro<;:a r ia Un idade de comando do airbag
I I D
Gerador de gas Amortecedor a gas Bateria de 12 V
[4] I
Proteo;•o doo ""'' Tensor do cinto Deposi to de com bustive! >--
Nesta visao gera l e apresentado o nivel maximo de equ ip a mento do ve icu lo (C) 2014 Baye rische Moto ren W e rk e A k.tiet1gese lls chaft MUnch e n , Al e manha Ed it;ao 0 7 12014
Manual de desencarceramento Velculos e equipamentos
ORGANIZAc;Ao DO TEATRO DE OPERAc;OES
1. ZONAS DE TRABALHO
Perante um acidente de eimprescindfvel criarem-se as de e a do local a intervir para que a equipa de socorro possa trabalhar.
Para tal, sao estabelecidas duas zonas de trabalho da responsabilidade do Comandente das Operac;oes de Socorro (COS) em parceria com o chefe da equipa de desencarcera manto.
Estas zonas sao:
• Zona do sinistro;
• Zona de apoio.
ZONA DO SINISTRO
Ea area entre tres a cinco metros em redor do(s) vefculo(s) acidentado(s) sam qualquer tipo de delimitac;oo frsica.
Esta zona deve ester sempre desobstrulda de quaisquer destroc;:os ou equipamentos, s6 devendo permanecer aqueles equipamentos e/ou ferramentas que estao a trabalho no momento.
0 acesso a esta zonae exclusive a equipa de desencarceramento e do pre-hospitalar, sendo o chefe da equipa de desencarceramento o responsavel pela mesma, em articulac;:oo com o responsavel do pre-hospitalar.
Organizacao do teatro de operacoes Manual de desencarceramento -
ZONA DE APOIO
Ea area do perimetro exterior do acidente devidamente delimitada e sinalizada e com uma extensoo nunca inferior a 5 metros, sendo o dimensionamento desta ajustado de acordo a amplitude do acidente; os meios de socorro envolvidos e o trafego existente.
Na zona de apoio, da responsabilidade do COS, sao definidos tres setores, a saber:
1. Comando;
2. Pre-hospitalar;
3. Tecnico.
Toda a equipa de socorro tem acesso a estes setores.
SETOR DE COMANDO
0 setor de comando dave localizar-se imediatamente a seguir co setor pre-hospitalar, no sentido da circulat;ao do transite.
Nesta area estoo estacionados os veiculos de comando e/ou de comunicat;oes.
0 setor de comando nao e presenc;:a obrigat6ria no T.O , dependendo da dimensao e gravidade do acidente e dos meios envolvidos.
SETOR PRE-HOSPITALAR
0 setor pre-hospitalar deve localizar-se depois de zona de sinistro, no sentido de circulas;oo do transite, devendo o estacionamento ser efetuado em espinha, sampre que estejam presentes mais do que um veiculo.
Manual de desencarceramento . do teatro de
Nesta area estao OS vefculos e OS equipamentos pre-hospitalares.
SETOR TECNICO
0 setor tecnico deve localizar-se antes da zona de sinistro, no sentido da circulac;:ao do transite.
Nesta area estao todos OS equipamentos e meios tecnicos, principais e complementares, assim como a zona de destroc;:os.
l.SINALIZA<;AO DO TEATRO DE OPERA<;OES
A sinalizac;:ao de urn acidente deve ser realizada pelas forc;:as de seguranc;:a ou pel as concessionarias das vias, antes da chegada des meios de socorro. Case contrario, cabera aos bombeiros faze-lo.
No case des bombeiros existem dais tipos de sinalizac;:ao a fazer:
• Sinalizac;:ao de advertencia;
• Sinalizac;:ao de posic;:ao.
SINALIZA<;AO DE ADVERTENCIA
Esta e colocada consoante o tipo de via em que ocorre o acidente, atraves de sinais de perigo ou places de advertencia, para alertar os condutores.
do teatro de Manual de desencarceramento -
Em vias de sentido unico, apenas e colocada sinalizac;ao de advertencia no sen· tido de antes do acidente.
Em vias de dois sentidos e colocada dupla
DISTANCIAS DA PRE-SINALIZAc;Ao
No ambito des distoncias da pre-sinalizac;:oo numa estrada com dois sentidos de circulac;:ao, deve-se ter em considerac;:ao a:
• Distoncia minima de 150 metros, a partir do fim dos biseis da sinalizac;:ao de posic;:oo.
Num cruzamento de vias a:
• Distoncia minima e de 150 metros, a partir do fim des biseis da sinalizac;:ao de posic;ao, em pelo menos 3 pontes des vias.
Numa rotunda via externa a:
• Distancia minima e de 150 metros, a partir do fim des biseis da sinalizac;ao de posic;:ao
Numa rotunda via interna a:
• Distancia minima e de 150 metros, em todos OS acessos a rotunda.
Numa estrada de sentido unico:
• A primeira a ser colocada deve ser junto ao fim do bisel da sinalizac;:ao de posic;:ao, a seguinte, a uma distancia minima de 200 metros da primeira.
Nas autoestradas:
• A primeira a ser colocada deve ser junto ao fim do bisel da sinalizac;:ao de posic;ao, a seguinte a uma distancia minima de 400 metros da primeira.
SINALIZA<;AO DE POSI<;AO
A sinalizac;:ao de posic;:ao tern a func;:ao de assegurar a interdic;:ao do acesso a area, para garantir a seguranc;:a da equipa de socorro e facilitar o acesso dos veiculos de socorro e des entidades oficiais permitidas no local.
Manual de desencarceramento . do teatro de
REGRAS DA SINALIZA<;AO DE POSI<;AO
• Estabelecer dois biseis com comprimento de 50 metros coda, de ambos os lados do T.O., com excer;:ao das vias rapidas e autoestradas, cujo bisel deve ter um comprimento de 150 metros.
• Delimiter a restante area do T.O., quanto baste.
• Colocar cones para delimiter T.O., a uma distancia maxima de 10 metros entre si.
TIPOS DE ESTACIONAMENTO E SINALIZAc;.Ao
Consoante 0 numero e 0 sentido das vias, OS cenarios de estacionamento e sinalizar;:ao diferem.
Estrada com 2 vias e 2 sentidos (duple sinalizar;:ao)
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento
Estrada com 2 vias e 2 sentidos, acidente na curva (duple sinelizec;ao)
Estrada com 3 vias e 2 sentidos, acidente na via da direita e central (duple sinelizec;ao)
Estrada com 3 vias e 2 sentidos, acidente na via da direita (duple sinelizec;ao) Manual de desencarceramento . do teatro de
Estrada em cru.z:amento (triple sinelizec;co)
sinelizec;ao}
Manual de desencarceramento . do teatro de
Via rapida com 3 vias, acidente na via central
Autoestrada, acidente na via direita ou esquerda
Autoestrada, acidente na via central
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento
3· INTERVENIENTES NO TEATRO DE OPERAc;OES
Num acidente de vias;ao com vitimas encarceradas os intervenientes sao:
• Equipa de desencarceramento;
• Equipa pre-hospitalar;
• Fors;as de segurans;a;
• Equipas complementares, se necessaries.
EQUIPA DE DESENCARCERAMENTO
A equipa de desencarceramento econstituida, regra geral, por seis bombeiros, a saber:
• 1 Chefe de equipa;
• 4 Tecnicos;
• 1 Socorrista.
Porem, caso no teatro de operas;oes ja se encontre uma equipa pre-hospitalar, a equipa e composta por cinco elementos. A func;:ao de socorrista da equipa de desencarceramento deixa de flgurar.
EQUIPA PRE-HOSPITALAR
A equipa pre-hospitalar pode ser composta, por :
• Guarnic;:ao da Ambulancia de Socorro (ABSC);
• Guarnic;:ao do Veiculo Medico de Emergencia e Reanimac;:ao (VMERI;
• Guarnis;ao da Ambulancia de Suporte lmediato de Vida (SIVI;
• Guarnic;:ao do Motociclo de Emergencia;
• Guarnic;:ao do Helic6ptero de Emergencia;
• Guarnic;:ao do Veiculo de lntervenc;:ao e Catastrofe (VIC);
• Guarnic;:ao da Unidade M6vel de lntervenc;:ao Psicol6gica em Emergencia (UMIPEI.
A equipa pre-hospitalar articulo func;:oes com o Comandante das Operac;:oes de Socorro (COS) e/ou chafe de equipa de desencarceramento, quanta a necessidades e prioridades de ac;:ao.
Manual de desencarceramento . do teatro de
As de intervenientes sao:
• Guarda Nacional Republicana (GNR);
• Polfcia de Publica (PSP).
Estas articulam com o Comandante das de Socorro (COS), quanta a necessidades e prioridades de
EQUIPAS COMPLEMENTARES
De acordo com a tipologia do acidente de pode ser necessaria a particide algumas equipas complementares para trabalhos espedflcos, de que sao exemplos:
• A equipa de em materias perigosas;
• 0 corpo de mergulhadores;
• A equipa de reboque;
• 0 piquete da Empresa Publica de Aguas de Lisboa (EPAL) ou da Eletricidade de Portugal (EDP).
A entrada de qualquer equipa complementar na zona de sinistro s6 pode acontecer desde que acompanhadas por urn elemento da equipa de desencarceramento.
3· FUN<;CES DA EQUIPA DE DESENCARCERAMENTO
CHEFE DE EQUIPA
0 Chefe da equipa de desencarceramento apenas se diferencia dos restantes pelo facto de utilizar urn colete reflector.
do teatro de Manual de desencarceramento
Este chefia a equipa de desencarceramento, competindo-lhe func;oes, pela seguinte ordem:
1.8 Reconhecimento primario:
Deve identificar visual mente a 360 9 da zona do acidente, nomeadamente:
• Tipo de colisao;
• Posic;:oo e numero de veiculos envolvidos;
• Riscos existentes, nomeadamente:
• Derrames;
• Airbags nco ativados;
• Chaves na ignic;ao;
• Risco eletrico e de incendio.
• Numero e posic;ao des vltimas.
No final do reconhecimento e sempre que nco existam perigos no local, o chafe de equipa de a area como segura e manda iniciar a estabilizac;ao des veiculos. Case contra rio, deve requerer a anulac;ao dos riscos eminentes e crier condic;oes de seguranc;:a para a equipa e para a(s) vftima(s).
Nesta fase deve ser dada, verbalmente, conhecimento da "parte de reconhecimento" ao COS, que, por sua vez, a transmitira ao Centro Coordenac;ao e Gestae de Meios Operacionais (CCGMO).
A transmissao do ponte de situac;:ao dave ser breve, concise e objetivo, mencionando apenas os dados mais pertinentes relatives ao acidente, e caso existam necessidades de mais meios operacionais, e 0 memento para OS solicitor.
2.1 Reconhecimento secundario:
De seguida deve identificar as seguintes situac;oes nos veiculos envolvidos:
• Tipo de combustive!;
• Existencia de novas tecnologias;
• Temperatura des veiculos envolvidos;
• Tipo de material que com poem os vefculos;
• Tipo de vidros;
• Tipo de encarcerado.
Em ambos os reconhecimentos, todas as informac;oes que sao identiflca-
das pelo chefe de equipa, sao transmitidas a medida que vao surgindo e em voz alta a todc a equipa.
3.11 Estabelecimento do plano de
• Feita a avaliac;ao da(s) vitima(s) pelos elementos da equipa pre-hospitalar ou do socorrista e, de acordo com os dodos fornecidos por estes, o chefe de equipa deve reunir com os restantes membros para decidirem e estabelecerem, conjuntamente, o plano de
• 0 plano de dave prever o plano A, que eo modo mais correto de extrac;ao da(s) vitima(s) e o plano B, que e o plano de emergencia para a extrcc;ao da(s) vitima(s), coso o seu estado se agrave.
Nesta reuniao deve ficar estcbelecido as seguintes areas:
• A area para localizac;ao das ferramentas;
• A area para localizac;ao dos destroc;os;
• A area para localizac;ao da(s) vitima(s).
0 plano de resulta do contribute e sugestoes de toda c equipa, e a versao finale anunciada pelo chefe de equipa, de modo c que todos compreendcm exatamente como vai ser o plano de
4.11 Abordagem a(s) vitima(s):
0 chefe de equipa deve dirigir-se a(s) vitima(s) para se apresentar e crier a relac;Cio de conflanc;:a necessaria entre esta(s) e a equipa de desencarcercmento.
5.11 das de do local e da equipa:
Durante o desenrolar das operm;oes de desencarceramento o chefe de equipa deve supervisionar 0 teatro de operac;oes, veriflcando sea area permanece segura.
6.11 do desempenho da equipa:
0 chefe de equipa deve veriflccr o nivel individual de desempenho de cada elemento eo ritmo dos trabalhos em curso efetuando, sempre que necessaria, em caso de desgaste OU quebra de ritmo, a rotatividade entre OS varios elementos da equipa.
Organizacao do teatro de operacoes Manual de desencarceramento
EQUIPA TECNICA
A equipa tecnica e constitufda por quatro elementos, cabendo-lhes a realizas;ao de todas as manobras tecnicas, designadamente:
• Sinalizar e delimiter a area;
• Estabilizar a area do sinistro;
• Estabilizar o(s) vefculo(s);
• Crier acessos no(s) vefculo(s) para aceder a(s) vftima(s);
• Crier espa<;o no(s) vefculo(s) para a extra<;oo da(s) vftima(s);
• Cola borer com a equipa do pre-hospitalar na extrac;:ao da(s) vftima(s);
• Realizer a limpeza da area.
A equipa tecnica tern tarefas muito desgastantes e exigentes, pelo que e necessaria que exista uma distribui<;oo e rota<;oo de tarefas entre todos.
Cada tecnico cumpre tarefas especfficas, a saber:
TECNICO 1
• Sinalizar e delimiter a area;
• Auxiliar na estabilizas;ao da area do sinistro, se necessaria;
• Crier acessos para a equipa do pre-hospitalar, se necessaria;
• Auxiliar o socorrista na avaliac;:ao da(s) vftima(s);
• Auxiliar na preparac;:ao dos vefculos para a execu<;oo des tecnicas, se necessaria;
• Crier os espas;os necessaries no interior do(s) vefculo(s);
• Cola borer na extra<;oo da(s) vftima(s).
2 E3
• Estabilizar a area do sinistro;
• Estabilizar o(s) vefculo(s);
• Preparar o(s) vefculo(s) para a execuc;:ao das tecnicas;
• Executor as diversas tecnicas de desencarceramento;
Manual de desencarceramento . do teatro de
• Remover os destroc;:os;
• Colaborar na extrac;:ao da(s) vitima(s).
TECNIC04
• Auxiliar na de area do sinistro, se necessaria;
• Auxiliar na do(s) vekulo(s);
• Preparar e manter as Ferra mentes;
• Mercer a area dos
• Remover OS destroc;:os, se necessario;
• Aplicar as protec;:oes;
• Veriflcar e corrigir a estabilizac;:ao, se necessario;
• Colaborar na extrac;:ao da(s) vitima(s).
SOCORRISTA
Este elemento deve ser, preferencialmente, alguem com formac;:ao em tripulante de ambulancia de socorro (TAS) e cabem-lhe as seguintes tarefas:
• Executor o reconhecimento primario com o chefe de equipa;
• Transmitir os possiveis mecanismos de lesao de viti me de acordo com a avaliac;:ao cinematica de trauma ao chafe de equipa;
• Abordar a(s} vitima(s);
• Solicitor a abertura de acessos, case nco existam;
• ldentificar os riscos no interior do(s} veiculo(s};
• Efetuar o exome primario e secundario o(s) vitimo(s);
• Informer o chefe de equipa, do tipo de encarcerado(s), de quais os cuidados prioritarios que estes requerem, do tipo de a realizer, assim como do angulo de extrac;:ao mais favoravel para a(s) vftima(s);
• Estabilizar o(s) vitima(s);
• Comandar a extrac;:ao da(s) vftima(s).
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento
4· CICLO OPERACIONAL
Urn a de desencarceramento dave ester organizada por eta pas sequencia is, cada uma com a devida importancia, e e do somat6rio destas que depende o sucesso ou o insucesso da de socorro.
0 ciclo operacional de urn acidente de viac;:ao cum pre quatro fases:
1. Operacionalidade; 2. dos meios de socorro; 3. Resposta operacional; 4. Conclusao da atividade de socorro.
CONCLUSAO DA ATIVIDADE DE SOCORRO
RES POSTA OPERACIONAL
OPERACIONALIDADE
Esta fase inicia-se antes de uma ocorrencia e consiste em manter, a todo o tempo, a operacionalidade dos recursos humanos e materiais necessarios.
Se por urn lado e imperative a formac;:ao e o treino continuo dos proflssionais, a par de urn a excelente condic;:Cio frsica e psiquica, por outro lado, e igualmente imprescindivel veriflcar diariamente as condic;:oes do material, testando os equipamentos e cumprindo a periocidade de limpeza e manutenc;:ao dos mesmos.
Manual de desencarceramento . do teatro de
MOBILIZAc;Ao DE MEIOS DE SOCORRO
A mobilizac;:ao des meios de socorro englobe:
1. 0 alerta;
2. As indicar;:oes de seguranr;:a;
3. 0 acionamento des meios;
4. A safda e estacionamento des meios de socorro.
ALERTA
0 alerta e despoletado pelo cidadao comum atraves de uma ligac;:co telef6nica para a Central de Socorro (112).
Aos operadores do centro de comunicar;:oes cabe apurar os dados e conduzir o dialogo de forma a obterem informar;:ao precise sobre o acidente.
Aquando de urn pedido de socorro para acidente de viac;:ao a informac;:ao a solicitor, e, em regra geral, a seguinte:
• localizac;:ao exata do acidente,
• Numero de vitimas;
• Existencia de vftimas encarceradas;
• Numero e tipo de veiculos envolvidos;
• Posic;:ao des velculos envolvidos;
• Existencia de materias perigosas;
• Existencia de risco de incendio;
• Existencia de outros riscos eminentes.
INDICAc;OES DE SEGURANc;A
A seguranc;:a do locale da(s) vitimas(s) do acidente sao uma prioridade absolute pelo que os operadores da central de comunicac;:oes devem fornecer algumas indicac;:oes a quem efetuou o alerta, nomeadamente:
• Colocac;:ao do colete;
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento
• Colocas;ao des tricngulos, na frente e na traseira do(s) vefculo(s) acidentados(s);
• Coloca<;oo de urn extintor junto do local, case exista disponivel;
• Transmitir indica<;oes a(s) vitima(s) para olhar em frente e nco se movimentarem.
ACIONAMENTO DOS MEIOS
Os meios sao acionados de acordo com as necessidades operacionais e o tipo de acidente.
A primeira ordenanc;:a/grelha de saida contempla os seguintes vefculos:
• 1 Vefculo Comando Tatico (VCOT);
• 1 Veiculo Socorro Assistencia T61ico (VSAn / Veiculo Socorro Assistencia Especial (VSAE);
• 1 Veiculo Urbano de Combate a lncendios (VUCI);
• Ambulcncia de Socorro (ABSC). A quantidade de ABSC esta dependente do numero de viti mas.
Sempre que as circunstcncias exijam urn reforc;:o de meios, estes sao acionados pela central de comunicac;:oes, a medida des necessidodes.
SAfDA E ESTACIONAMENTO DOS MEIOS DE SOCORRO
A saida dos meios de socorro compreende o percurso desde a saida do quartel ate ao local do acidente, o respetivo estacionamento e disposic;:oo dos mesmos no teatro de operas;oes.
Ate a chegada ao local do acidente dos meios de socorro, e fundamental uma condu<;ao segura, num trajeto rapido, tendo em conta alguns fatores, nomeodamente:
• Condic;:oes meteorol6gicas;
• Tipo e condic;:oes da via de circulac;:ao;
• Tipologia do vefculo;
• lntensidade do trafego.
Apesar dos veiculos de socorro serem considerados veiculos prioritarios, os condutores destes devem cumprir escrupulosamente as regras do C6DIGO DA ESTRADA (LEI N 2 72/2013, DE 3 DE SETEMBRO).
Manual de desencarceramento . do teatro de
A secc;:co IX do documento normative mencionado anteriormente, fez referenda ao servic;:o de urgencia e transportes especiais e, alguns dos seus artigos, descrevem as obrigac;:oes dos condutores deste tipo de veiculos, nomeadamente o:
Artigo 64.1
Transito de veiculos em servic;:o de urgencia
1. Os condutores de veiculos que transitem em missco de policia, de prestac;:co de socorro ou de servic;:o urgente de interesse publico assinalando adequadamente a sua marcha podem, quando a sua missco o exigir, deixar de observer as regras e os sinais de transito, mas devem respeitcr as ordens dos agentes reguladores do transito.
2. Os referidos condutores nco podem, porem, em circunstancia alguma, par em perigo os demais utentes da via, sendo, designadamente, obrigados a suspender a sua marcha:
a) Perante o sinalluminoso vermelho de regulac;:co do transite, em bora possam prosseguir, depois de tomadas as devidas precauc;:oes, sem esperar que a sinalizac;:co mude;
b) Perante o sinal de paragem obrigat6ria em cruzamento ou entroncamento.
3 Os condutores dos veiculos que circulam nas condic;:oes referidas no n.2 1 devem assinalar adequadamente a sua marcha atraves da utilizac;:co dos avisadores sonoros e luminosos especiais referidos, respetivamente nos artigos 22.2 e 23. 2 •
4. Caso OS veiculos nco estejam equipados com OS dispositivos referidos no numero anterior, a marcha urgente pode ser assinalada, utilizando alternadamente os maximos com os medios, ou durante o die, utilizando repetidamente os sinais sonoros.
5. Eproibida a utilizac;:ao dos sinais que identificam a marcha dos veiculos referidos no n.2 1 quando nco transitem em missco urgente.
Artigo 65.1
Cedencia de passagem
1. Sem prejuizo do disposto na alinea b) do n.2 1 e no n.2 2 do artigo 31 . 2 , qualquer condutor dave ceder a passagem aos condutores dos veiculos referidos no artigo anterior.
2. Sempre que as vias em que tais veiculos circulem, de que vco sair ou em que vco entrar se encontrem congestionadas, devem os demais condutores encostar-se 0 mais possivel a direita, ocupando, se necessaria, a berma.
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento -
3. Exceptuam-se do disposto no numero anterior:
a) As vias publicas onde existam corredores de circulac;ao;
b) As autoestradas e vias reservadas a autom6veis e motocidos, nas quais os condutores devem deixar livre a berma.
( )
Os artigos referidos anteriormente nco dispensam a consulta ao C6digo da Estrada, para uma melhor percec;ao do tema.
Assim, importa ainda adiantar que:
• 0 estacionamento dos vefculos de socorro deve ser realizado tendo em conta a seguranc;:a e a organizac;:ao do teatro de operac;:oes;
• 0 estacionamento do primeiro veiculo deve ter em conta as condic;:oes de visibilidade e de velocidade de circulac;:ao na zona e do trafego;
• 0 primeiro vefculo deve realizer urn estacionamento defensive 10 metros antes dos veiculos acidentados;
• Os restantes veiculos devem Ficar posicionados e distanciados de acordo com as necessidades de trabalho;
• Os veiculos de emergencia pn3-hospitalar devem ficar posicionados no sentido facilitado da safda;
• Sempre que o vefculo pre-hospitalar seja o primeiro a chegar ao teatro de operac;:oes, deve efetuar urn estacionamento defensive;
• 0 veiculo pre-hospitalar sera substitufdo no estacionamento, devendo ocupar a posic;:ao que lhe e devida, assim que outro veiculo de socorro chegue ao local.
RESPOSTA OPERACIONAL
Esta fase corresponde a marcha geral das operac;:oes para urn acidente de viac;:ao, e composta por oito etapas:
1. Reconhecimento;
2. Estabilizac;:ao;
Manual de desencarceramento do teatro de
3. Abertura de acessos;
4. Cuidados pre-hospitalares;
5. Criac;ao de espac;o;
6. Extrac;ao de vftima(s);
7. Reposic;ao do normalidade;
8. Analise do desempenho do equipa.
RECONHECIMENTO
0 reconhecimento do T.O. e realizado pelo chefe do equipa, acompanhado pelo socorrista e urn elemento tecnico.
0 reconhecimento do T.O. e a primeira ac;ao a desenvolver e consiste no identificac;ao de todos os riscos e perigos envolvidos, do numero e posic;ao da(s) vitima(s).
ESTABI LIZAc;.Ao
A estabilizac;ao e realizada palos elementos tecnicos.
Esta consiste em crier as condic;oes de seguranc;a do T.O., seja para a equipa de socorro, seja para as vitimas, bern como dos veiculos acidentados ou objetos instaveis.
A estobilizoc;:oo divide-sa em tris fases, o sober:
1. btabilizar;ao do T.O.;
2. Estabilizar;ao dos veiculos acidentados;
3 Estabilizar;ao progressiva.
Estabilizar;ao do teatro de operar;oes
Esto estabilizac;:ao erealizada antes de se iniciarem as operac;:oes de desencarceramento e caracteriza-se por:
• Realizer o estacionamento defensive;
• Sinalizor o teatro de operac;oes;
Organizacao do teatro de operacoes Manual de desencarceramento
• Estabelecer as zonas de sinistro e de apoio;
• Controlar o transite;
• Vedar o acesso a elementos estranhos a equipa de socorro;
• Anular riscos:
lncendio e eletricos Superficies cortantes Objetos inst6veis Airbag nco ativados Destros:os e vidros
Ap6s a estabilizas:ao do local o chefe de equipa inform a que o T.O. est6 nas devidas condic;:oes de seguranc;:a para a equipa de socorro poder in icier as sues tarefas.
dos veiculos
A estabilizac;:ao dos vefculos consists em criar as condic;:oes de seguranc;:a ao redor e no interior do veiculo acidentado, anulando-lhe os movimentos horizontais e verticais.
Antes de efetuar a estabilizas:ao dos veiculos h6 que avaliar primeiro o/a:
• Estado da vftima;
• Posi<;co de vftima;
• Posi<;co do vefculo.
De seguida, realizar-se-6 o procedimento de estabiliza<;co dos vefculos, sempre pela ordem seguinte:
Manual
Prima ria
Secunda ria Progressiva
Os tres estados enunciados sco efetuados com o recurso aos equipamentos e acess6rios de estabilizac;:Cio, feita pela equipa tecnica, sob coordenac;:Cio do chefe da equipa.
Em situac;:oes de maior emergencia pode ser necess6rio realizer a estabilizac;ao manual, que anteceder6 a estabilizas:ao prim6ria.
Manual de desencarceramento . do teatro de
No processo de estcbilizcc;ao deve ser sempre utilizcdo o metoda mcis eficcz, eficiente, e seguro.
manual
Estc estcbilizcc;ao consiste em cnulcr mcnualmente o efeito de suspensao do veiculo, e e efetucdc pelc equipc tecnicc sob coordencc;ao do chefe de equipc.
Eumc estcbilize<;ao perc uma situcc;:ao de emergencia a recorrer, quando coexistcm:
• Uma viti me inconsciente e/ou com compromisso visivel de ABC;
• Urn ccesso direto co interior.
56 ap6s a conclusao desta estabilizac;ao, e a ordem do chafe da equipa, e que o socorrista e/ou o elemento da equipa pre-hospitalar podem entrar no interior do veiculo para iniciarem as tarefas que lhes competem.
primaria
Euma estabilizac;ao que consiste na utilizac;ao de metodos rapidos e expeditos para anular os movimentos verticais e horizontais do vefculo.
Neste tipo de estcbilizcc;:ao os pontos minimos a crier sao:
• Veiculo em posic;ao normal- 3 ou 4 pontos;
• Veiculo tombado lcterclmente- 5 pontos;
• Veiculo capotado- 6 pontos secundaria
E umc estcbilizac;:ao que consiste em fixer completcmente o veiculo acidentcdo atraves de mais pontos de estcbilizcc;:ao e/ou de coloccc;ao de precintcs.
progressiva
Euma estabilizac;ao que consiste em fazer o acompanhamento progressivo de uma elevac;:ao ou cfcstcmento de parte do veiculo ou de outros objetos.
Organizacao do teatro de operacoes . Manual de desencarceramento
E ALERTAS DE =•
Nco colocar os pontes de estabiliza<;:Cio em partes m6veis.
• Nao aplicar pontes de estabilizac;:ao em zonas pouco resistentes (ex. p16sticos).
• Nao colocar pontes de estabilizac;:ao em zonas onde sevao desenvolvertecnicas.
• Nao colocar pontes de estabilizac;:co que impec;:am a abertura de partes
• • A ordem para efetuar a estabilizac;:co deve respeitar as prioridades de socorro - as viti mas.
• Os pontes de estabiliza<;Cio devem ficar o me is afastados posslvel uns dos outros.
ABERTURA DE ACESSOS
Esta ac;:ao e feita pela equipa tecnica e consiste em crier as condic;:oes de acesso facil, r6pido e seguro a(s) vftima(s), para o socorrista e/ou a equipa pre-hospitalar poderem ministrar os cuidados de emergencia necessaries.
0 mais usual e a abertura de partes e janelas e s6 em ultima instancia, devem ser utilizados os equipamentos de quebra, corte ou separac;:Cio.
CUIDADOS PRE-HOSPITALARES
Os cuidados pre-hospitalares sec prestados pelo socorrista e/ou equipa pre-hospitalar e consistem na avaliac;:Cio, estabilizac;:Cio e prestac;:Cio des cuidados de emergencia medica a(s) vltima(s).
Nesta fase estco incluldas as ac;:oes desde a avaliac;:Cio da(s) vltima(s), a sua estabilizac;:Cio e a sua extrac;:Cio.
Sempre que estes cuidados sejam executados em simultaneo com os trabalhos de criac;:Cio de espac;:o e no case de so mente poder trabalhar uma das equipas, prevalecem os primeiros (cuidados pre-hospitalares).
CRIAc;AO DE ESPAc;O
Esta etapa e realizada pela equipa tecnica, sempre que o estado cllnico da(s) vltima(s) nco permita a respetiva extrac;:Cio pelos acessos normais, desenvolvendo-se em func;:Cio das necessidades da(s) vltima(s).
A criac;:Cio de espac;:o permitira serem prestados os cuidados pre-hospitalares de forma continuada e que a extrac;:Cio da(s) vitima(s) seja a mais controlada possivel, nomeadamente, com o menor numero de movimentos.
A criac;:Cio de espac;:o esta dividida em tres mementos:
1. Preparac;:Cio do veiculo;
2. Execuc;:Cio tecnica;
3. Protec;:Cio das estruturas.
Preparac;ao do veiculo
Este memento passe per crier as condic;:oes de seguranc;:a para a posterior execuc;:Cio das tecnicas, desde a remoc;:co e quebra de vidros, a exposic;:Cio das zonas onde se vee realizer cortes e a identif1cac;:Cio des principais riscos, nomeade mente, estruturas reforc;:adas; pre-tensores; airbag, tubes de combustiveis.
do teatro de Manual de desencarceramento
tecnica
Consiste na execuc;:ao da tcknica adequada para a criac;:ao de espac;:o cuja escolha, de entre um vasto conjunto de tecnicas disponiveis, est6 dependente do estado clinico da(s} vitima(s) e da posic;:ao ou deformac;:ao do veiculo.
das estruturas
A protec;:ao das estruturas constitui o momento que decorre apes execuc;:ao das tcknicas de criac;oo de espac;:o. Consiste na aplicac;:oo de protec;oes em todas as superficies cortantes de modo a garantir a extrac;:ao da(s} vitima(s) em total seguranc;:a, assim como da propria equipa.
EXTRAc;AO DE ViTIMA(S)
A escolha do tipo de extrac;:ao depende do numero e posic;:ao das viti mas existentes, da posic;ao do vefculo acidentado e do padrao e gravid ada das lesoes das mesmas.
A extrac;ao da(s} vitima(s} e da responsabilidade do tecnico mais habilitado da equipa pre-hospitalar.
Manual de desencarceramento . do teatro de
Tipos de Podem ser realizadas tres tipos de extrac;:oes, a saber:
• Extrac;:co imediata;
• Extrac;:co r6pida;
• Extrac;:co controlada.
imediata
Esta extrac;:co e realizada quando se est6 perante urn a vftima em PCR (Paragem Cardior-respirat6ria) ou existe perigo eminente para a vitima ou para a equipa de socorro.
A realizac;:co da extrac;:co imediata deve ser feita de modo a nco agravar as lesoes existentes e a nco originar novas lesoes nas vitimas.
Esta extrac;:co deve ser tide como a ultima opc;:co, e nco e possivel de realizer em encarcerados fisico tipo II.
Extra-;ao rapida
A extrac;:co r6pida e efetuada quando estamos perante vftima(s) crftica(s) em que, exista compromisso do ABC ou h6 suspeitas de que o estado dinico evolui nesse sentide de forma r6pida.
Organizacao do teatro de operacoes Manual de desencarceramento
A realizac;:ao do extrac;:ao rapida deve ser igualmente realizada de modo a nco agravar as lesoes existentes e a nco originar novas lesoes nos viti mas.
controlada
A extrac;:ao controlada e realizada em vltima(s) cujo estado cllnico permite efetuar tecnicas de criac;:ao de espac;:o adicional, prestar os cuidados pre-hospitalares apropriados e extrai-la(s) com o menor numero de movimentos posslveis.
0 angulo mais favoravel para a salda da(s) vltima(s) deve seguir como linha guia a posic;:oo do cabec;:a e o alinhamento do coluna vertebral.
Existem quatro angulos alternatives para extrac;:ao da(s) vltima(s), consoante a ocupac;:ao da(s) mesma(s) no velculo.
Regra geral, o angulo de extrac;:ao deve obedecer ao padrao de lesoes da(s) vltima(s), salvo num politraumatizado em que a melhor extrac;:ao e o angulo 0°, que nco implica qualquer rotac;:oo, garantindo o alinhamento ao eixo longitudinal do coluna vertebral.
BANCOS DA FRENTE
• Vitima no lado esquerdo
• 90° (lateral direita ou esquerda);
• 30° (3/4 a retaguarda);
• 500 (3/4 a retaguarda lado contrario);
• oo (retaguarda).
• Vitima no lado direito
• 90° (lateral direita ou esquerda);
• 300 (3/4 a retaguarda);
• 500 (3/4 a retaguarda lado contrario);
• 0° (retaguarda). ±900 00 00 ±500 ±300
Manual de desencarceramento Organiza(;ao do teatro de opera(;oes
BANCOS TRASEIROS
• Vitima no lado esquerdo
• 90° (lateral direita ou esquerda); ±2400
• 1600 {3/4 a frente);
• 240° (3/4 a frente lado contr6rio);
• oo (retaguarda).
• Vitima no lado direito ±900
• 90° (lateral direita ou esquerda);
• 160° {3/4 a frente);
• 240° (3/4 a frente lado contr6rio);
• oo (retaguarda).
00 00
REPOSH;:Ao DA NORMALIDADE
Ap6s o termino das operac;:oes de desencarceramento cabe a equipa de desencarceramento efetuar a remoc;:co total dos destroc;:os dos velculos acidentados, aplicar absorvente sabre os lfquidos derramados, lavar o pavimento, deixando a via de circulac;:co em condic;:oes de seguranc;:a.
Seguidamente o COS, acompanhado pelo respons6vel das forc;:as de seguranc;:a, deve verificar:
• A inexistencia de quaisquer destroc;:os;
• A inexistencia de resfduos de material pre-hospitalar;
• Estado de limpeza do pavimento;
• Condic;:oes de aderencia do pavimento;
• Sinalizac;:co de perigos existentes no local;
• Outras situac;:oes que possam colocar em perigo condutores e transeuntes.
do teatro de Manual de desencarceramento
ANALISE DO DESEMPENHO DA EQUIPA
No final das a equipa de desencarceramento dave reunir-se para avaliar o desempenho, devendo debater:
• Os aspetos positives da atuac;:ao;
• As diflculdades sentidas;
• Os aspetos a melhorar;
• 0 ensinamento para o futuro ou as lic;:oes aprendidas.
A analise posterior ao desempenho da equipa ou o debriefing da constitui urn processo que permite identificar as dificuldades sentidas e definir e implementor estrategias de melhoria (procedimentos} que garantem o aumento da qualidade do prestac;:ao do socorro a(s) vftima(s).
CONCLUSAO DA ATIVIDADE DE SOCORRO
Esta fase inclui:
1. 0 regresso dos meios de socorro aos quarteis, que dave ser efetuado com os sistemas de luzes de emergincia desligados e sem os sinais sonoros de alarme.
Apos a chegada aos quarh!is ha que preparar imediatamente o(s) vefculo(s) para uma proxima intervenc;:ao, devendo a guarnic;:co de coda vefculo:
• Repor o material consumfvel gasto (luvas, mascaras, entre outros);
• Repor os nfveis de combustfvel des equipamentos termicos utilizados;
• Verificar a existencia de equipamentos avariados e encaminha-los para a repara-
• Veriflcar OS nfveis de oleo de todos OS equipamentos hidraulicos utilizados;
• Limpar/lavar todos os equipamentos utilizados
2. A do relat6rio de ocorrencia.
0 relat6rio da ocorrencia e obrigatorio e cabe ao COS faze-lo.
Manual de desencarceramento . do teatro de
Este relct6rio trcduz-se num formulario a preencher com a descri<;ao de ocorrencia e que prevclecer6, em crquivo, como a respetivc memoria.
Neste, devem constcr as seguintes informc<;oes:
• Numero e tipo de vefculos envolvidos;
• Numero e estcdo dinico dc(s) vftimc(s);
• Clcssificcc;oo do tipo de enccrcercdo por vefculo e a sua posis:oo no vefculo;
• Angulo de extra<;ao de cada vftima;
• Tecnica de desenccrcercmento aplicadc em cadc vefculo;
• Registo de danos propositcdos;
• Elaborac;ao do croquis simplificcdo do acidente;
• Registo de situac;oes an6malcs;
• Danos causados na estrutura viaria;
• Registo dos equipcmentos danificados;
• Registo de ferimentos pessocis nc equipc de socorro;
• Anexar fotogrcfic do T.O., sempre que possfvel.
ACIDENTE DE VIAc;AO E VITIMA(S)
1. LEITURA DO ACIDENTE
A leitura do acidente de ocorre na fase do reconhecimento primario e e fulcra I para se obter pertinentes sobre as lesoes da(s) vftima(s).
Desde logo, o chefe de equipa, o socorrista ou a equipa pre-hospitalar, devem procurer obter respostas sobre o acidente e as vftimas, para as seguintes questoes:
1. Que tipo de impacto ocorreu?
2. Qual a velocidade a que ocorreu o acidente?
3. Quais as deformac;oes dos vefculos?
4. Para onde foi canalizada a energia cinetica envolvida?
5. Que forc;as energeticas estao envolvidas?
6. A(s) vftima(s) utilizavam sistemas de retenc;ao?
7. Quais as lesoes mais graves e onde se localizam?
8. Qual a aparente idade da vftima?
Na leitura do acidente, a compreensao das internas e externas dos vefculos acidentados perm item indicar :
• Os locais de em bate da(s) vftima(s);
• A envolvida no embate;
• A possivelgravidade das lesoes da(s) vftima(s), as quais podem ser classificadas de gravidade sempre que ocorram:
1. Em bates com velocidades superiores a 35 Km/h sem sistema de retenc;:ao;
2. Embates com velocidades superiores a 45 Km/h com sistema de retenc;ao;
3. Despiste com queda superior a cinco metros;
4. Vefculos afastados mais de sete metros do ponto de em bate;
Acidente de viacao e vltima(s) . Manual de desencarceramento
5. lntrusao do habitaculo pelas rodas ou motor;
6. Colisoes laterais com deformat;:ao superior a 35 em do lado da vitima ou 50 em do lado oposto;
7. Deformac;:ao do habitaculo, na longarina, tejadilho e pilar;
8. Deformat;:ao do volante;
9. Costas dos bancos partidas;
10. Marca de estrela no vidro ou teia de aranha;
11. Sangue, cabelo e ou masse encefalica no retrovisor;
12. Elementos interiores partidos;
13. Vitimas projetadas;
14. Vitimas cuja extrac;:ao se preve demorada;
15. Encarcerado Fisico tipo II.
A avaliac;ao de uma vftima de acidente de viac;ao deve iniciar-se no primeiro instante em que as equipas de socorro chegam ao local.
Quanta maior a velocidade, maiores serao as probabilidade de lesoes graves provocadas nos ocupantes do vefculo.
TIPOS DE COLISAO
Qualquer corpo em movimento gera energia cinetica, a qual esta dependente da masse e da velocidade (Energia cinetica = Jr2.massa.velocidade2 ).
Sao 4 as tipologias de colisCio mais frequentes nos acidentes de viac;ao, a saber:
1. Colisao em sentidos opostos;
2. Colisao no mesmo sentido;
3. Colisao lateral;
4. Colisao em ponto neutro.
Manual de desencarceramento Acidente de via(:ao e vftima(s)
COLISAO EM SENTIDOS OPOSTOS
Este tipo de colisao eo que causa acidentes de maier gravidade e apresenta um fndice de mortalidade mais elevado.
Neste coso, o calculo de velocidade de embate e o somat6rio des velocidades dos dois vefculos:
VRnal= Vl +V2
Velocidade final =Velocidade do veiculo 1 + Velocidade do veiculo 2
COLISAO NO MESMO SENTI DO
Este tipo de colisao tem como principal consequencia os traumatismos vertebro-medulares (TVM).
0 calculo de velocidade de embate e obtido pela de velocidade dos dois veiculos:
VRnal= Vl - V2
VE(CULOS QUE COLIDEM LATERALMENTE
Este tipo de colisao tambem tem graves consequencias, principal mente para os ocupantes do vefculo que e atingido lateralmente.
0 c6lculo de velocidade de em bate eo somatorio des velocidades dos dois vefculos:
VRnal= Vl +V2
VEiCULOS QUE COLIDEM EM PONTO NEUTRO
Este tipo de colisao tem caracterfsticas muito similares a colisao em sentidos opostos, no entente as consequencias sao menos graves.
0 calculo de velocidade de em bate eo somatorio des velocidades dos dois vefculos:
VRnal= Vl +V2 (em que V2=0)
0 quadro seguinte ilustra o impacto de um vefculo num ponto neutro
Acidente de viacao e vftima(s) . Manual de desencarceramento -
lmpacto de veiculo num ponto neutro:
• Peso do veiculo = 1000 Kg;
• Velocidade de em bate 100 Km/h (28 m/s);
lmpacto veiculo > 1000 Kg x 28 m/s = 28 000 Kg.m/s
lmpacto para vitima:
• Peso da vitima = 80 Kg;
• Velocidade de em bate 100 Km/h (28 m/s.);
lmpacto vftima > 80 Kg x28 m/s = 2240 Kg.m/s.
TIPOS DE IMPACTO
Numa colisao ocorrem tres momentos de impacto:
• Primeiro impacto
Eo impacto do vefculo contra qualquer objeto ou obstaculo, originando danos no vefculo e/ou no obstaculo ou objeto.
• Segundo impacto
Eo impacto do corpo da vitima contra as partes internes do veiculo, em resultado da inercia, originando lesoes visfveis no corpo da vitima.
• Terceiro impacto
Eo impacto dos 6rgaos da vitima contra as paredes des cavidades corporais ou ate contra outros 6rgaos, originando lesoes internes nao visfveis.
Consoante o tipo de impacto e a trajet6ria do corpo do ocupante, assim difere a gravidade e a localizac;co das lesoes numa vftima.
Consoante a utilizac;ao, ou nao, dos sistemas de retenc;ao para os ocupantes, assim a extensao e a gravidade das lesoes e manor ou maior.
Manual de desencarceramento Acidente de via(:ao e vftima(s)
IMPACTO SEM SISTEMAS DE
Os impactos mais comuns produzidos sem utilizas:ao dos sistemas de retens:ao sao:
1. lmpacto frontal, ascendente ou descendente
Os movimentos de deslocas:ao do(s) corpo(s) ocupante(s) sao numa trajetoria ascendente ou descendente.
• Com trajetoria ascendente
0 ocupante segue urn movimento para cima em dires:ao a parte frontal do vefculo.
No coso do condutor e acompanhante, estes deslocam-se sobre o volante e tablier e embatem com a cabes:a no para-brisas, deixando uma marco caracterfstica em forma de estrela, podendo deixar tam bern vestfgios de sangue, cabelos e ate de massa encef61ica nos componentes estruturais, no moldura do para-brisas ou no espelho retrovisor.
As lesoes mais comuns sao, no sua maioria, de grande gravidade e localizadas no zona do crcnio, face, torax e abdomen. Sao exemplos, o traumatismo crcnio-encef61ico (TCE), o traumatismo vertebro-medular (TVM), as hemorragias internas e externas, o trauma tor6cico e abdominal, a laceras:ao e cisalhamento de orgaos internos das cavidades craniana, tor6cica e abdominal.
• Com trajetoria descendente
0 ocupante segue urn movimento para baixo.
No coso do condutor e acompanhante, estes deslocam-se em dires:ao ao tablier, embatendo com os membros inferiores no zona do coluna de dires:ao, do tablier, do volante e dos pedais, e simultaneamente, com a face, torax e abdomen, no volante.
As lesoes mais comuns sao, no sua maioria, ao nfvel do cintura pelvica, fraturas do femur, joelho, tfbia e tornozelo, bern como trauma facial, tor6cico e abdominal.
2. lmpacto traseiro
0 movimento de deslocas:ao do tronco do(s) ocupante(s) e projetado para a frente a grande velocidade, no entanto, porque a cabes:a nao acompanha o movimento
Acidente de e vftima(s) Manual de desencarceramento
do tronco, provoca uma hiperextensao do regiao cervical (TVM), com consequente golpe de chicote.
Estes movimentos podem causer lesoes de maior gravidade, coso o vefculo nao possua encosto de cabec;:a.
3. lmpacto lateral
0 movimento de deslocac;:ao dos corpos e no sentido lateral, primeiro para 0 lado do em bate e depois em sentido contr6rio.
As lesoes mais comuns localizam-se do lado do embate e sao do tipo TCE , pelo impacto do cabec;:a contra a lateral do vefculo; TVM, devido ao movimento de rotac;:ao/Aexao lateral do cabec;:a; fratura do clavicula; trauma no t6rax, abdomen e cintura pelvica.
Deve-se suspeitar de hemorragia interne grave, por rutura de 6rgaose fratura do bacia do lado em que ocorreu a colisao.
4. Capotamento
Os movimentos de deslocac;:ao do(s) ocupante{s) sao multiples em v6rias direc;:oes e extrema mente violentos.
As lesoes, de maior gravidade para as vitimas, decorrem de urn padrao combinado resultante dos v6rios tipos de impactos.
Manual de desencarceramento Acidente de via!;ao e vltima(s)
5. lmpacto angular
Os movimentos de deslocas;ao do(s) ocupante(s) sao uma mistura entre o impacto frontal e lateral.
As lesoes esperadas sao igualmente semelhantes as do impacto frontal e lateral.
6.
Os movimentos de deslocas;ao do(s) ocupante(s) sao no sentido exterior do velculo.
As lesoes decorrentes do projes;ao estao relacionadas com o embate do vltima no solo, desde a trajet6ria que percorreu e a todos os impactos a que foi sendo sujeita.
A probabilidade de lesoes graves aumenta exponencialmente a 300%, assim como a possibilidade de lesoes ocultas a nlvel interno.
0 risco de vida para a vltima projetada e seis vezes maior.
IMPACTO COM SISTEMAS DE RETEN<;AO
Os movimentos e lesoes do(s) ocupante(s) sao identicos aos impactos sem sistemas de retens;ao, com exces;ao do projes;ao, em virtude dos sistemas de retens;ao ativados minimizarem as consequencias produzidas na(s) vltima(s).
1. Com cinto de
Sea colocas;ao do cinto de segurans:a for a correta, a pressao do impacto e absorvida pela cintura pelvica e t6rax, diminuindo significativamente o numero e a gravidade das lesoes.
Sempre que exista rna colocas;ao do mesmo, ou seja, acima do cintura pelvica, a pressao do impacto e exercida sobre a zona abdominal, podendo originar lesoes pela compressao do bas;o, ffgado, pancreas e duodeno.
Acidente de e vftima(s) Manual de desencarceramento -
0 cinto de segurcnc;a de dois pontes e 0 me is eficcz nos colisoes lctercis, enqucnto que nos restcntes colisoes pode origincr lesoes graves nc regiao cervical e nc ccbec;c.
Ja o cinto de segurcnc;c de tres pontes reduz significctivcmente c grcvidcde de lesoes co nfvel do t6rcx, de cervical e de ccbec;c.
2. Com airbags
0 sistema de airbag veio reduzir significctivcmente cs lesoes dos impcctos frontcis e lctercis. No entente, estes podem provoccr lesoes fccicis, nos membros superiores e no t6rax, bern como queimaduras por fricc;ao na zona de contacto como ocupante.
LEITURA DA(S) VITIMA(S) ENCARCERADA(S)
A leitura de uma vftima encarcerada e da competencia do socorrista/equipa pre-hospitclcr, desde c cbordcgem inicicl ate a respetiva extrcc;ao.
Atuclmente cssiste-se c umc mudcnc;:c de paradigm a no papel e ctucc;:ao do socorristc, com urn ccrescimo de responscbilidcde e execuc;:ao de mcis tcrefcs nos cuidcdos para com a(s) vftima(s).
Desta leitura, resulta a identificac;ao do potencial padrao de lesoes da(s) vftima(s), que permitira estabelecer c adequada metodologia de abordagem as mesmas.
As les<ses mais comuns nos acidentes de viac;:ao eo trauma, que se define por toda e qualquer lesao ou trcumatismo sofridos pela vftima podendo causer dono ffsico a mesma.
As lesoes por trauma podem ser definidas de seguinte forme:
• As lesoes provocadas pela compressao, lacerac;:ao e/ou estiramento de 6rgaos internes, sao designados por trauma fechado;
• As lesoes provocadas pelo rompimento ou separcc;:ao dos tecidos e/ou pela intruseo no organismo de objetos, sao design ados por trauma penetrante.
Outre consequencia decorrente dos acidentes de viac;:ao e o cheque, sobretudo o choque hipovolemico, que surge em resultado de uma diminuic;oo do fluxo sangufneo ccuscdo, principalmente, por perdas hematicas.
Manual de desencarceramento Acidente de via(:ao e vftima(s)
TIPOS DE ENCARCERADOS
Encarcerado e qualquer pessoa que tenha sofrido urn acidente de viac;co e nco consegue sair do espac;o do vefculo pelos seus pr6prios meios devido a lesoes sofridos au par se encontror preso no estruturo do mesmo. Existem tris tipos de vitima(s) encorcerodas:
• Encarcerado tipo mec8nico
Sea vitimos que nco conseguem soir pelos pr6prios meios devido a deformoc;:co do veiculo, podendo nco opresentor quolquer tipo de lesco.
• Encarcerado fisico tipo I
Sea vitimas que apresentom lesoes de moior grovidode e que requerem a crioc;co adicionol de espac;o para prestac;co continuodo de cuidados pre-hospitolares e a suo posterior extroc;ao.
• Encarcerado fisico tipo II
Sao vitimos que se encontrom presas em componentes estruturais do veiculo, as quais podem mesmo ter penetrado no seu corpo.
AVALIA<;AO DA ViTIMA ENCARCERADA
0 socorristo do equipo ou a equipo pre-hospitolor devem encontror informoc;oes possiveis ocerco dos sinois e sintomos de vitimo critica e para tal devem executor o exame primcrio e secundcrio procurando, sempre que possivel e principalmente no exame prim6rio, indicadores de risco imediato de vida.
EXAME PRIMARIO
Neste exome devem ser exominodos:
1. Hemorragia exsanguinante
2. A (via aerea)
• Permeabilizac;:co comprometida ou em risco;
• Alinhamento cervical.
Acidente de viacao e vltima(s) . Manual de desencarceramento
3. B
• Cianose;
• Desvio de traqueia;
• lngurgitamento das jugulares;
• Ventilac;ao comprometida, demonstrada por:
• Frequencia ventilat6ria demasiado r6pida ou Iento;
• Hipoxia, com saturac;oes de 0 2 menor que 95% mesmo com aporte suplementar.
• Dispneia;
• Deformac;ao do t6rax.
4. C
• Pale palida e suede, e temperatura;
• Pulso r6pido, fino e irregular;
• Perfusao capilar superior a 2 segundos;
• Hemorragia interne ou externa grave;
• Suspeita de fratura de ossos longos e/ou crepitac;:ao/instabilidade da cintura pelvica.
5. D neurol6gica)
• Estado neurol6gico alterado;
• Escala AVDS (Aierta, responde a estfmulos Verbais, responde a estfmulos Dolorosos, Sam resposta) em que a vftima se encontra em V, D, ou S;
• Convulsao (sinal de mordedura de lingua);
• Alterac;ao motora-sensitiva;
• Priaprismo, incontinencia de esfincteres.
6. E com controlo de temperatura)
• Trauma penetrante de cabec;a, pescoc;o, tronco e extremidades;
• Amputac;:ao total ou parcial dos dedos dos pes ou maos.
Manual de desencarceramento Acidente de via(:ao e vftima(s)
EXAME SECUNDARIO
Neste exame devem ser examinados:
• CHAMU (Circunstancias, Historial, Alergias, Medicamentos, Ultima refeic;:ao);
• Exame ffsico sistematizado.
CONCEITOS PARA AVALIA«;AO DAS ViTIMAS
• Golden hour (hora d'ouro)
Este conceito, provem de urn estudo do Dr. R. Adams Cowley - fundador do Maryland Institute of Emergency Medical Services (MIEMS), segundo o qual, o tempo que decorre entre a ocorrencia do acidente e a chegada da vltima ao hospital e determinants para a probabilidade de sobrevivencia da mesma, isto e, quanta mais demorado for esse perlodo menor e o sucesso de sobrevivencia da vltima.
Segundo este conceito, a atuac;:ao da equipa de socorro e em particular da equipa pre-hospitalar, deve ser o mais eficiente e coordenada posslvel, para que a vltima possa receber assistencia em contexte hospitalar o rna is precoce posslvel, preferencialmente dentro de uma hora.
• 10 Minutos de Platina
Este conceito e aplicado para caracterizar a necessidade de transporte imediato e atempado de uma vltima crltica a unidade hospitalar.
Os primeiros 10 minutos sao o limite maximo entre a avaliac;:ao (ABC) da vltima e a extrac;:ao da mesma.
ABORDAGEM A ViTIMA ENCARCERADA
Nos acidentes de viac;:ao a(s) vltima(s) estao sujeita(s) a grande stress e angustia, pelo que a equipa de socorro deve ter e manter uma presenc;:a calma, utilizando uma abordagem assertive.
Acidente de e vftima(s) Manual de desencarceramento
Na abordagem a vftima deve-se proceder do seguinte modo:
1. Aproximar-se de frente e estabelecer a conversac;ao;
2. Dar indicac;oes claras e objetivas, assegurando-se que sao compreendidas e que nenhum eventual ato ou movimento posse agravar possiveis lesoes, por exemplo:
• 8 0/he em frente e noo movo a cabe9a.
• 8 Se me ouvelevanfe uma
• nTenfe ficar im6vel que i6 vou para iunfo de si.
3. Apresentar-se a vftima, quer esta esteja consciente ou inconsciente;
4. Manter-se sempre junto da vitima ate ser substituido para prosseguir o reconhecimento, informando a vitima que nco se pede movimentar, sob pena de agravar-lhe as lesoes;
5. Informer previamente a vitima de todas as operas:oes que vao ser efetuadas, assim como o rufdo que lhes vao ester associadas;
6. Explicar que ira avalia-la, atraves de toque Fisico, para veriflcar eventuais lesoes; Manual de desencarceramento Acidente de via(:ao e vftima(s)
7. Responder com sinceridade as questoes colocadas pela viti rna, por exemplo:
PERGUNTA RESPOSTA
Quante tempo vai demorar? Estamos a trabalhar para o/a retirar o rna is r6pido possfvel.
0 que aconteceu?
Estou bern?
Voce teve urn acidente de viac;::ao.
Estamos a examina-lo(a) para perceber se tern alguma lesco.
8. Proporcionar o conforto emocional da vftima;
9. Nco interferir no espac;::o da vitima sem que esta o permita;
10. Pro mover a escuta ativa;
11. Nco hostilizar ou provocar a viti rna;
12. Evitar jufzos de valor.
Acidente de viacao e vftima(s) . Manual de desencarceramento -
TECNICAS
Neste capitulo serao descritas as diversas tecnicas relacionadas com a tem6tica de desencorceromento, designodomente:
• Tecnicas de estabilizac;:co;
• Tecnica de abertura do compartimento do motor para desligar a bateria;
• Tecnicas de quebra, corte e remoc;:ao de vidros;
• Tecnica de corte de cinto de seguranc;:a;
• Tecnicas de exposic;:co de fechadura/dobradic;:as;
• Tecnicas de criac;:ao de espac;:o.
1. TECNICAS DE ESTABILIZAc;AO
As tecnicas de estabilizac;:ao sao:
• Manual de emergencia;
• Prim6ria;
• Secund6ria.
As tecnicas aplicadas altern am consoante a posic;:ao do veiculo.
TECNICAS DE ESTABILIZA«;AO MANUAL OU DE EMERGENCIA
VE(CULO EM NORMAL
Sao necess6rios quatro elementos. Os pontos de aplicas;ao sao junto das rodas do veiculo.
Tecnicas . Manual de desencarceramento
VEiCULO TOMBADO LATERALMENTE
Sao necessaries quctro elementos. Dois pontes de cpliccc;ao junto des rodas mcis cfcstcdcs do piso e outros dois do lade oposto e um cclc;o tipo degrcu no pilar B.
VEiCULO CAPOTADO
Sao necessaries dois elementos. Os pontes de cpliccc;ao sao junto des rodcs trcseircs do veiculo.
TECNICAS DE ESTABILIZAc;Ao PRIMARIA
As cpliccdcs clterncm consocnte a posiyoo do veiculo.
Manual de desencarceramento . Tecnicas
VEiCULO EM POSic;AO NORMAL
Pontes mfnimos de estabilizac;:ao: tres ou quatro pontes.
3 Pontes 4 Pontes
Quando e necessaria uma abordagem Nos restantes situac;:oes, podendo ser eferapida a vitima. Dois pontes devem ser tuadas as alternatives expostas no quadro aplicados do lade do vftima. seguinte.
Nos duos laterais do velculo
4 Pontes - alternatives
No lateral, frente e traseira do velculo
No frente e traseira do velculo
UTILIZAc;Ao DE BLOCOS E CUNHAS
1. Colocar em cada eixo pelo menos duas cunhas nas rodas em sentido contrario, para anular os movimentos horizontais do velculo.
2. Colocar urn conjunto de blocos e uma cunha na lateral junto da roda de tras e da frente, que preencham toda a altura desde a longarina ate ao chao.
3. Repetir o procedimento 2 do outre lado do velculo.
UTILIZAc;Ao DE DEGRAUS E CUNHAS
1. Colocar em cada eixo pelo menos duas cunhas nas rodas em sentido contrario, para anular os movimentos horizontais do vefculo.
Manual de desencarceramento Tecnicas
2. Colocar urn degrau, em posic;:co invertida na lateral junto da roda de tras e da frente, por baixo da longarina.
3. Repetir o procedimento 2 do outre lade do vekulo.
Existe uma variante com recurso a urn conjunto de degraus e cunha de ajuste rapido, cujo procedimento e 0 seguinte:
1. Colocar em cada eixo pelo menos duas cunhas nas rodas em sentido contrario, para anular os movimentos horizontais dovekulo;
2. Colocar o degrau em posic;:co invertide e assentor a cunha por cima desse degrau;
3. Colocar o degrau com a cunha na lateral junto da roda de tras e da frente, por baixo da longarina.
4. Puxar a corda do cunha ajustando-a a longarina do vefculo;
5. Repetir os procedimentos 3 e 4 do outro lado do vefculo.
Epossfvel, em coda urn dos lados do vefculo, utilizer conjugac;:oes
diferentes de blocos/cunha e degraus.
VEiCULO TOMBADO LATERALMENTE
Pontos mfnimos de estabilizac;:ao: cinco pontos.
1. Colocar urn degrau invertido debaixo do pilar B para evitar que o vefculo tom be.
2. Preencher com blocos/cunha o espac;:o existente entre o pilar A e o chao.
Manual de desencarceramento Tecnicas
3. Preencher com blocos/cunha o espac;:o existente entre 0 ultimo pilar e 0 chao.
4. Repetir os procedimentos 2 e 3 do outro lado do velculo.
Pontos mfnimos de estabilizac;:ao: seis pontos.
1. Preencher com urn degrau invertido o espac;:o existente entre o tejadilho eo chao de ambos os Iadas.
2. Preencher de ambos os Iadas com blocos/cunha e no prolongamento do longarina o espac;:o existente entre o chao e capo do velculo.
3. Preencher de ambos os Iados com blocos/cunha o espac;:o existente entre o pilar A eo chao.
Tecnicas Manual de desencarceramento
TECNICAS DE ESTABILIZA<;AO SECUNDARIA
As tEknicas aplicadas sao efetuadas de acordo com a posic;ao do vekulo:
• Vekulo em posic;ao normal;
• Vekulo tombado lateralmente.
VEfCULO EM POSI<;AO NORMAL
1. Preencher com blocos/degrau/cunha no parte de tr6s do vefculo (5. 2 ponto)
o espac;o existente entre o chao e o piso do vefculo.
2. Preencher com blocos/degrau/cunha no parte do frente do vekulo (6. 2 ponto)
o espac;o existente entre o motor e o chao.
3. Vazar todos os pneus.
VEfCULO TOMBADO LATERALMENTE
Manual de desencarceramento Tecnicas
1. Colocar uma escora com sistema de roquete na parte da frente do velculo.
2. Colocar outra escora com sistema de roquete na zona traseira do velculo
Case existam objetos inst6veis, estes devem ser fixes uns aos outroscom uma cinta de roquete.
2.
TECNICA DE ABERTURA DO COMPARTIMENTO DO MOTOR PARA DESLIGAR A BATE RIA
1. Fazer um furo com uma alavanca no capo do lade do condutor.
2. Empurrar e puxar a alavanca, expondo o cabo de abertura do capo.
3. Puxar o cabo e abrir o capo.
4. Localizer a bateria.
5. Desconectar ou cortar o cabo da bateria.
0 primeiro cabo a ser cortado ou desligado e o cabo negative, mais fino e de cor negra.
3· TECNICAS DE QUEBRA, CORTE E REMOc;Ao DE VIDROS
Cuidados a considerar no ambito do de vidros. Antes de iniciar a quebra dos vidros:
Colocar o mascara e baixar a viseira do capacete. Colocar uma protec;:co flexivel no interior do veiculo para proteger a vitima eo socorrista.
Nco tocar com as luvas nos destroc;os dos vidros
Evitar varrer os destroc;os dos vidros
TECNICAS DE QUE BRAE REMO<;AO DE VIDROS TEMPE RADOS
A quebra ou remoc;:ao de vidros temperados deve ser realizada do lado onde vao utilizer as ferramentas hidr6ulicas.
QUEBRA COM MARTELO OU
PUN<;AO
1. Colocar a protec;:ao rigid a pelo interior junto do vidro a partir. Nota: sempre que nco haja possibilidade de colocar a protec;ao, dave iniciar-se a quebra palo vidro que estiver mais afastado da vitima ou pelo vidro mais pequeno do veiculo.
2. Quebrar a parte superior do vidro junto da estrutura met6lica da porta com punc;ao ou martelo
3. Retirar os destroc;os do vidro para o lado de fora do vefculo com uma protec;co de pilar
4. Remover os destroc;:os de vidro do lona que est6 colocada no chao junto ao vefculo
Manual de desencarceramento . Tecnicas
QUEBRA COM MARTELO OU PUN<;AO E APLICA<;AO DE FITA ADERENTE
1. Colocar a rlgida pelo interior junto do vidro a partir.
2. Coler no vidro, no minima, quatro tires de fita na vertical, ficando a primeira e ultima junto dos limites laterais esquerdo e direito do aroda porta.
3. Coler no vidro, no minima tres tires de fita, sobrepostas horizontalmente as que se encontram coladas na vertical.
4. Recortar os excesses de fita com uma ferramenta cortante em todo o contorno do aro da porta.
5. Quebrar o vidro na parte superior junto da estrutura met61ica da porta com puns;ao ou martelo.
6. Retirar o vidro com uma protes;ao de pilar e lim par os estilhas;os do aro da porta.
Tecnicas Manual de desencarceramento
QUE BRA COM MARTELO OU PUN«;AO E APLICA«;AO DE PELiCULA ADERENTE
1. Colocar a protec;:Cio rfgida pelo interior junto do vidro a partir.
2. Coler a pelfcula cobrindo a totalidade do vidro.
3. Recortar os excesses de pelfcula com uma ferramenta cortante em todo o contorno do arc da porta.
Manual de desencarceramento Tecnicas
4. Quebrar o vidro no parte superior junto do estrutura metalica do porta com punc;:oo ou martelo.
5. Retirar o vidro com uma protec;:ao de pilar e lim par os estilhac;:os do oro do porta.
REMO<;AO DE VIDROS TEMPERADOS
Nao produzir destroc;:os.
Processo moroso.
S6 e posslvel remover os vidros que sao flxos por borrachas, com excec;:oo
dos que tern urn perlmetro exterior, com urn bordo colada de cor escura.
1. Cortar a borracha a volta do vidro, em pelo menos tres Iadas, com urn utensllio cortante.
2. Remover a borracha cortada.
3. Afastar o vidro do oro com o auxllio de uma chave de fendas.
4. Remover o vidro juntamente com a restante borracha.
CORTE DE VIDROS LAMINADOS E ENHANCED PROTECTIVE GLASS (EPG)
•Quantidade de p6 de vidro produzido altamente prejudicial para a saude.
Uma forma de mini mizar esta situac;ao eacompanhar o corte do vidro com agua.
1. Colocar a protec;:ao rfgida pelo interior junto do vidro a cortar.
2. Aproveitar o rasgo efetuado pela tesoura de corte ou fazer urn furo no vidro com urn utensrlio perfurante.
3. lniciar o corte com urn utensflio de corte na zona do rasgo ou furo.
4. Corter o vidro, acompanhando com a utilizac;:ao de 6gua, consoante a necessidade que a operac;:ao for requerendo.
5. Retirar o vidro com uma protec;:ao de pilar.
Manual de desencarceramento Tecnicas
CORTE DE VIDRO DE POLICARBONATO
1. Colocar a protec;:ao rlgida no interior do velculo junto do vidro a cortar.
2. Fazer urn furo no vidro com a broca crania no.
3. Cortaro vidro com o serrote no zona do furo.
QUEBRA DO VIDRO DE POLICARBONATO
1. Colocar a protec;:ao rlgida no interior do velculo junto do vidro a partir.
2. Fazer uma descarga no vidro com urn extintor de di6xido de carbono (C02).
3. Quebrar o vidro no parte superior junto do estrutura metalica do porta, com punc;:ao ou martelo.
4. Retirar os destroc;:os do vidro para o lado de fora do velculo com uma protec;:ao de pilar.
4· TECNICA DE CORTE DE CINTO DE SEGURANc;A
1. Efetuar urn corte no diagonal e no parte superior do cinto com o corta cintos.
2. Efetuar o procedimento anterior no parte inferior do cinto. Tecnicas Manual de desencarceramento
Nao cortaro cinto de seguranc;:a no zona das costuras.
0 cinto de seguranc;:a deve ser cortado em dais pontos
0 corte s6 pode ser efetuado depois do vftima ester estabilizada.
5· TECNICAS DE APLICAc;Ao DE PROTETORES DE AIRBAGS
COLOCA<;AO DE PROTETOR NO AIRBAG DO VOLANTE
1. Aplicar o protetor no volante.
2. Ajustar as precintas de f1xac;:ao.
3. Confirmor a correta colocac;:ao do protec;:ao.
COLOCA<;AO DE PROTETOR NO AIRBAG DO PASSAGEIRO
Este protetor pode ser aplicado de duos formes:
• Aplicac;:ao com f1xac;:ao nos rodas;
• Aplicac;:ao com f1xac;:ao nos rodas e pilar A.
APLICAc;AO COM FIXAc;AO NAS RODAS
1. Abrir as duos portas do frente.
2. Aplicar a protec;:ao centrada com o dispositive de airbag.
Manual de desencarceramento Tecnicas
3. Ajustar as precintas inferiores e superiores as jantes de ambos os lados.
4. Confirmor a correta colocac;:ao das precintas.
COM NO PILAR A E RODAS
1. Abrir as duas portas da frente.
2. Aplicar a protec;:ao centrada com o dispositivo de airbag.
3. Unir e ajustar as precintas superiores na frente do para-brisas.
4. Unir e ajustar as precintas inferiores as jantes.
5. Confirmor a correta colocac;:ao das precintas.
6. TECNICAS DE EXPOSic;Ao DA FECHADURA/DOBRADic;As
Por vezes para se forc;:ar ou cortar fechaduras/dobradic;:as existe a necessidade de expor estes estruturas. Sao cinco as tecnicas de exposic;:ao das fechaduras/dobradic;:as:
Criar para expor a
TECNICA 1- COM UTILIZAc;Ao DA ALAVANCA HALLIGAN
1. Forc;:ar num movimento descendente a fenda da porta com a cunha da alavanca.
2. Repetir o procedimento anterior ate obter o espac;:o suf1ciente para introduc;:ao das pontes do expansor.
•Rapidez de execuc;:ao.
Ser necess6rio apenas urn elemento. Maiores dif1culdades de criac;:ao de espac;:o em chapas rna is resistentes lnef1caz em portas de material comp6sito.
TECNICA II- UTILIZAc;Ao DO EXPANSOR NA JANELA
1. Colocar, junto do pilar B, uma ponte do expansor na parte superior do aro da porta e a outre ponte na parte inferior do mesmo.
2. Abrir o expansor ate obter o espac;:o suf1ciente para introduc;:ao das pontes do mesmo.
Manual de desencarceramento Tecnicas
Quando a tecnica e para expor as dobradic;as o procedimento 1 deve ser o seguinte: Colocar, junto do pilar A, uma ponte do expansor na parte superior do arc da portae a outre ponte na parte inferior do mesmo.
TECNICA Ill- UTILIZAc;Ao DE EXPANSOR NA PORTA
1. Colocar junto a fechadura urn brac;:o do expansor pelo lade de dentro da porta e o outre no lade de fora.
2. Fecher o expansor ate obter o espac;:o suficiente para introduc;:ao das pontes do mesmo.
Quando a tecnica e para expor as dobradic;as o procedimento 1 deve ser o seguinte: Colocar junto a dobradic;:a
Tecnicas Manual de desencarceramento
urn brac;:o do expansor pelo lado de dentro da porta e o outre no lado de fora.
Ser apenas necessaria uma ferramenta.
Boa criac;:oo de espac;:o.
Depende da abertura maxima do expansor. Depende do tamanho da janela
•Demasiada proximidade do expansor junto a vftima. lneficaz em portas de material composite.
TECNICA IV- UTILIZAc;Ao DE EXPANSOR NA FENDA DA PORTA
1. Colocar junto a fechadura uma ponta do expansor na fenda da porta.
2. Forc;:ar num movimento descendente a fenda da porta, utilizando a ponta do expansor como alavanca.
3. Repetir o procedimento anterior ate obter o espas;o suflciente para introdus;ao das pontes do expansor.
TECNICA V- UTILIZA<;AO DE EXPANSOR NO GUARDA-LAMAS
Ter atens;ao para nco apertar a mala da suspensao.
1. Abrir o expansor e colocar uma ponta no capo e a outra na cava da roda.
2. Fecher o expansor ate obter o espas;o suficiente para introdus;ao das pontes do mesmo.
Rentabilizas;ao de tempo para a posterior execus;ao da tecnica de exposis;ao do painel.
lneflcaz em guarda-lamas de material composite.
•7· TECN I CAS DE CRIA<;AO DE ESPA<;O
As tecnicas sao aplicadas consoante a posis;ao do vefculo:
• Vefculo em posis;ao normal;
• Vefculo tombado lateralmente;
• Vefculo capotado.
Tecnicas Manual de desencarceramento
Antes de efetuar qualquer corte, verificar o interior do zona a cortar.
Nos tecnicas com portas, assegurar-se que estes nco exercem pressco no solo que possam causer movimentos no vefculo.
Em todas as tecnicas de corte do parte superior do pilar B, podem III ser executados o corte simples ou em (V). No entanto, o corte em (V) permite, nco s6 evitar a zona de reforc;:o do pilar porque e mais resistente, como ainda nco deixar uma parte de pilar presa co tejadilho.
VEiCULOS EM POSI<;AO NORMAL
Abertura de porta
R6pido acesso a vltima.
Extrac;:co do vltima a ±900.
0Criac;:co r6pida de plano B (plano de emergencia).
Ser apenas necessaria uma ferramenta.
TECNICA I- VEICULOS SEM BARRAS DE PROTEc;AO LATERAL
1. Aplicar uma das tecnicas descritas para expor a fechadura.
2. Colocar o expansor, junto do fechadura, no espac;:o que foi criado.
3. Abrir o expansor ate partir a fechadura.
Manual de desencarceramento Tecnicas
4. Cortaro limitador do porta.
5. Abrir a porta, empurrando-a.
6. Prender a porta e colocar protec;:oes no zona intervencionada
TECNICA II- VEfCULOS COM BARRAS DE PROTE<;AO LATERAL
1. Colocar o expansor no oro do porta junto do pilar B e feche-o.
2. Rodar o expansor para o lado de tras do vefculo e depois para baixo.
3. Colocar uma ponta do expansor no pilar B e a outra no oro do porta e abra-o.
4. Reposicionar o expansor o mais proximo do fechadura.
5. Abrir o expansor ate partir a fechadura.
6. Prender a porta e colocar protec;:oes no zona intervencionada
Remoc;ao de porta
Criac;:ao de espac;:o junto a vftima.
Extrac;:ao da vftima a 90°.
As tecnicas para remoc;:ao de porta sao (todas as tecnicas de remoc;:ao das portas podem ser realizadas com recurso a uma chave de impacto, retirando os parafusos):
• Tecnica I (quebradas dobradic;:as);
• Tecnica II (corte exterior de dobradic;:as);
• Tecnica Ill (corte interior de dobradic;:as);
• Tecnica I Bagageira (corte do aroda porta);
• Tecnica II Bagageira (corte das dobradic;:as).
REMOc;AO DE PORTA-QUEBRADAS DOBRADic;AS
1. Aplicar uma das tecnicas descritas para expor as dobradic;:as.
2. Colocar junto da dobradic;:a superior uma ponte do expansor no painellateral e a outre encostada a porta.
3. Abrir o expansor ate partir a dobradic;:a.
4. Colocar junto do dobradic;:a inferior uma ponta do expansor no painellateral e a outra encostada a porta.
5. Abrir o expansor ate partir a dobradic;:a.
6. Colocar junto do fechadura uma ponta do expansor no pilar Be a outra encostada a porta.
7. Abrir o expansor ate partir a fechadura.
8. Remover a porta e colocar protec;:oes no zona intervencionada.
Criac;:oo r6pida de plano B (plano de emergencia).
Ser apenas necess6rio uma ferro menta.
REMO<;AO DE PORTA- CORTE EXTERIOR DE DOBRADI<;AS
1. Aplicar uma das tecnicas descritas para expor as dobradic;:as.
2. Colocar a tesoura na zona menos resistente da dobradic;:a superior e corta-la.
3. Colocar a tesoura na zona menos resistente da dobradic;:a inferior e corta-la.
4. Corter o limitador da porta.
5. Colocar junto da fechadura uma ponte do expansor no pilar B e a outre encostada a porta.
6. Abrir o expansor ate partir a fechadura.
7. Remover a porta e colocar protec;:oes na zona intervencionada
•Criac;:ao rapida de plano B (plano de emergencia).
Maier exigencia tecnica no corte de dobradic;:as
Danificac;:ao das laminas da tesoura em case de rna utilizac;:ao.
Mais morose pela utilizac;:ao de duas ferramentas.
REMOc;Ao DE PORTA- CORTE INTERIOR DE DOBRADic;As
1. Aplicar uma das tecnicas descritas para abertura de porta.
2. Colocar a tesoura na zona menos resistente da dobradic;:a superior e corta-la.
3. Corter o limitador da porta.
4. Colocar a tesoura na zona menos resistente da dobradic;:a inferior e corta-la.
5. Remover a porta e colocar as protec;:oes na zona intervencionada.
Criac;:ao rapida de plano B (plano de emergencia).
Maier exigencia tecnica no corte de dobradic;:as
Daniflcac;:ao das laminas da tesoura em case de rna utilizac;:ao.
Mais morose pela utilizac;:ao de duas ferramentas.
REMO<;AO DE PORTA- REMO<;AO DA PORTA DA BAGAGEIRA I
1. Corte o aroda porta na parte superior de urn dos lades com a serra de sabre ou tesoura.
2. Repita o procedimento anterior do outre lade.
3. Puxe a porta para baixo ate forc;:ar a fechadura e esta partir.
4. Case a fechadura nco parte corte o fecho com a tesoura.
5. Remove a porta e coloque protec;:oes.
Ter cuidado para noo cortar os amortecedores do bagageira.
•Rapidez de execuc;:oo.
Quando a porta noo abre normalmente
Necessaria quebra do vidro do 6culo traseiro.
REMOc;Ao DE PORTA- REMOc;Ao DA PORTA DA BAGAGEIRA II
1. Abra a porta.
2. Corte uma das dobradic;:as com a tesoura.
3. Corte a outra dobradic;:a.
4. Remove a portae coloque protec;:oes.
•0Noo necessita de quebra do vidro do 6culo traseiro
Necessaria que a porta abra.
REMOc;AO LATERAL EM VEICULOS DE TRES PORTAS
As tecnicas para remoc;:oo lateral de vefculos de tres portas soo:
• Tecnica I (com expansor sem remoc;:oo);
• Tecnica II (com expansor sem remoc;:oo "rapida");
Manual de desencarceramento Tecnicas
• Tecnica Ill {com alavanca halligan},
• Tecnica IV (com serra de sabre);
• Tecnica V (com serra de sabre "r6pida");
• Tecnica VI (com tejadilho).
Crier acesso junto a vftima.
Extrac;:ao da vftima a ±30°.
Extrac;:ao da vftima a ±50°.
TECN ICA I- REMO<;AO LATERAL
1. Abra a porta utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Efetue urn corte na vertical com a tesoura, na parte lateral do mesmo lade, antes da zona de reforc;:o.
3. Efetue urn corte na horizontal no pilar B junto a base do mesmo.
4. Efetue urn corte em (V) no tejadilho, junto do pilar B.
5. Coloque o expansor junto da base do pilar B, na zona de corte, e fas:a a abertura rasgando a chapa.
6. Coloque protes:oes.
Tempo de execus:ao.
•0Plano B rapido.
Espas:o criado
Pilar B e parte lateral nao sao removidos na totalidade.
TECNICA II- REMOc;AO LATERAL
1. Abra a porta utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Efetue urn corte na vertical com a tesoura, na parte lateral do mesmo lade, antes da zona de refors:o.
3. Efetue urn corte na horizontal no pilar B junto a base do mesmo.
4. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
5. Coloque o expansor na vertical do painel entre o pilar e a zona de corte.
Manual de desencarceramento Tecnicas
6. Empurre o expansor para baixo, forc;:ando e dobrando a chapa.
7. Coloque protec;:oes.
Tempo de execuc;:Cio.
Plano B rapido.
Simples execuc;:Cio. Espac;:o criado
Pilar B e parte lateral nco sCio removidos no totalidade.
Tecnicas Manual de desencarceramento
TECNICA Ill- REMOc;AO LATERAL
1. Abra a porta utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Efetue urn corte na vertical com a tesoura, na parte lateral do mesmo lado, antes da zona de reforc;:o.
3. Com uma alavanca HALliGAN, machado de force ou serra de sabre, prolongue o corte ate a base do pilar B.
4. Corte a base do pilar B junto a zona de flnalizac;:ao do corte anterior.
5. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
6. Remova a estrutura cortada.
7. Coloque protec;:oes.
0 procedimento n. 2 3 pode tambem ser realizado pela serra de sabre.
Manual de desencarceramento Tecnicas
Remoc;:ao total do pilar B e lateral.
Simples execuc;:ao.
Plano B rapido.
Espac;:o criado
Tempo de execuc;:ao.
TECN ICA IV- REMOc;AO LATERAL
1. Abra a porta utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Efetue urn corte no vertical com a serra de sabre, no parte lateral do mesmo lado, antes do zona de reforc;:o.
3. Prolongue o corte ate a base do pilar B, efetuando o corte do mesmo.
4. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
5. Remove a estrutura cortada.
6. Coloque protec;:oes.
Remo<;ao total do pilar B e lateral.
Simples execu<;ao.
Plano B r6pido.
Rapidez na execu<;ao.
Espa<;o criado.
TECNICA V- LATERAL
1. Efetue urn corte na vertical com a serra de sabre, na parte lateral do mesmo lado, antes da zona de refor<;o.
2. Prolongue o corte ate a base do pilar B, efetuando o corte do mesmo.
3. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
4. Prenda o pilar B ao aro da porta.
5. Puxe afastando a estrutura cortada.
6. Corte o limitador da porta.
Manual de desencarceramento Tecnicas
7. Prenda a porta.
8. Coloque protes;oes.
Remos;Cio total do pilar B e lateral.
Simples execus;Cio.
Rapidez de execus;Cio.
Nco e necessaria abertura do porta do frente.
Espas;o criado
•Sem plano B inicial.
TECN ICA VI - REMOc;AO LATERAL
1. Abra a porta utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Efetue urn corte no vertical com a tesoura, no parte lateral do mesmo lado, antes do zona de refors;o.
3. Com uma alavanca halligan, machado de force ou serra de sabre, prolongue o corte ate a base do pilar B.
4. Corte a base do pilar B junto a zona de finalizac;:ao do corte anterior.
5. Efetue urn corte no tejadilho proximo do pilar A, de modo a nao apanhar a travessa de reforc;:o do tejadilho.
6. Com uma alavanca halligan, machado de force ou serra de sabre, prolongue o corte ate achar conveniente.
7. Efetue urn corte no tejadilho proximo do pilar C, de modo a nao apanhar a travessa de reforc;:o do tejadilho.
Manual de desencarceramento Tecnicas
8. Com uma alavanca halligan, machado de force ou serra de sabre, prolongue o corte ate achar conveniente.
9. Prenda uma precinta ao pilar B, passando-a por cima do tejadilho no sentido do remoc;:ao.
10. Eleve e puxe a estrutura cortada.
11. Prenda a estrutura.
12. Coloque protec;:oes.
Remoc;:ao total do pilar B e lateral com meio tejadilho
Simples execuc;:ao.
Plano B rapido.
Espac;:o maximo criado.
Espac;:o criado.
Para maior rapidez, os procedimentos de corte podem ser realizados com a serra de sabre.
REMOc;.Ao LATERAL DE VEiCULOS DE QUATRO OU CINCO PORTAS
As tecnicas para remoc;:oes latera is de vefculos de quatro ou cinco portas sao:
• Tecnica I (remoc;:ao de porta com pilar B);
• Tecnica II (remoc;:ao em conjunto das portas e pilar B);
• Tecnica Ill (remoc;:ao de portae de pilar B).
Criar espac;:o junto a vitima.
Extrac;:ao do vitima a ±90°.
Extrac;:ao do vitima a ±30°.
Extrac;:ao do vitima a ±500.
Tecnicas Manual de desencarceramento
1. Abra a porta da frente utilizando urna das tecnicas descritas anteriorrnente para abertura de porta.
2. Abra a porta de tras utilizando urna das tecnicas descritas anteriorrnente para abertura de porta.
3. Corte a base do pilar B do lade da porta da frente.
4. Efetue urn corte no tejadilho junto do pilar B de urn des lades.
5. Corte a base do pilar B do lade da porta de tras.
6. Efetue urn corte no tejadilho do outre lade do pilar B.
Manual de desencarcerarnento Tecnicas
7. Puxe para baixo o pilar juntamente com a porta e, caso a base do pilar B nco tenha sido cortada na totalidade, conclua agora o seu corte.
8. Remove a porta juntamente com o pilar.
9. Coloque protec;:oes.
Simples execuc;:ao.
Plano B r6pido.
Tempo de execuc;:ao.
TECNICA II- REMOc;:Ao LATERAL
1. Abra a porta de tr6s utilizando uma des tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. De urn corte na base do pilar B.
3. Coloque uma ponte do expansor na base do pilar B junto de zona cortada e a outre na base do banco.
4. Abra o expansor prolongando o corte ate rasgar a totalidade de base do pilar B.
5. Corte o pilar B na parte superior junto do tejadilho.
6. Empurre para a frente a estrutura cortada.
7. Corte o limitador de porta de frente.
8. Empurre a estrutura para a frente e fixe a estrutura.
9. Coloque protec;:oes.
•Remoc;:ao em conjunto des partes e pilar B.
Nao permite plano B inicial.
Maier exigencia tecnica.
TECNICA Ill- REMO<;:AO LATERAL
1. Abra a porta de frente utilizando uma des tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Remove a porta de tras utilizando uma des tecnicas descritas anteriormente para remoc;:ao de porta.
Manual de desencarceramento Tecnicas
3. Corte a base do pilar B, de urn dos lados.
4. Corte a base do pilar B, do outro lado.
5. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
6. Remove a estrutura cortada.
7. Coloque protes;oes.
Simples execus;ao.
Plano B rapido
•Tempo de execus;ao.
REMOc;OES DE TEJADILHOS
As remos;oes dos tejadilhos podem ser parciais ou toto is, sendo que a remos;ao total esempre uma evolus;ao de uma remos;ao parcial.
Tecnicas Manual de desencarceramento
Por questoes de seguranc;:a antes de se executor uma remoc;:oo total ha que primeiro efetuar uma remoc;:ao parcial, quer seja esta frontal, lateral ou a retaguarda.
Na remoc;:ao de tejadilho em que nco e removida a porta da bagageira, e importante que esta fique segura fixando 0 aro da bagageira ao ultimo pilar atraves de uma precinta.
A remoc;:ao de tejadilho requer que sejam cortados os cintos de seguranc;:a antes de iniciar o levantamento do mesmo, coso contrario o tejadilho pode prender devido ao esticar do cinto de seguranc;:a e causer ferimentos na vitima.
A lateral do teiadilho deve ser sempre efetuada para o lado contrario da vitima.
As tecnicas para remoc;:ao de tejadilhos sao:
• Tecnica I (remoc;:ao frontal);
• Tecnica II (remoc;:ao lateral);
• Tecnica Ill (remoc;:ao lateral"com RAM");
• Tecnica IV (remoc;:ao de 1/2 tejadilho);
• Tecnica V (remoc;:ao de 1/3);
• Tecnica VI (remoc;:ao Barcelona);
• Tecnica VII (remoc;:ao total).
TECNICA I- REMO<;AO FRONTAL
1. Efetue urn corte estrategico no tejadilho de ambos os lados do veiculo, junto do pilar A.
2. Corte 0 pilar B junto a base da porta de ambos OS lados do veiculo.
3. Corte o pilar C (coso o veiculo seja de quatro pilares cortar tambem o pilar D),
Manual de desencarceramento Tecnicas
junto a base do porta/vidro de ambos os Iadas do vefculo.
4. Prenda uma precinta ao pilar C, passonde-a por cima do tejadilho no sentido do remos;ao.
5. Eleve e puxe a estrutura.
6. Prenda a estrutura.
7. Coloque protes;oes.
Espas:o criado.
Ideal quando existe v6rias vftimas.
Nao e necessaria o corte do vidro frontal.
Exige trabalhar vidros laterais e traseiro
Numero de cortes.
Tempo de execus;ao.
Tecnicas Manual de desencarceramento
TECNICA II- REMOc;AO LATERAL
Espac;:o criado.
Ideal quando existe v6rias vftimas.
Exige trabalhar o vidro frontal, os latera is e o traseiro
Numero de cortes.
Tempo de execuc;:oo.
1. Efetue um corte estrategico no tejadilho junto do pilar C.
2. Prenda uma precinta em redor do pilar C e oro do porta do bagageira.
3. Corte o pilar C junto a base do oro do porta/vidro.
4. Corte o pilar B junto a base do oro do porta/vidro.
5. Corte o pilar A
Manual de desencarceramento Tecnicas
6. Prolongue o corte do vidro frontal ate ao canto inferior direito/esquerdo e continue ate ao tejadilho junto do pilar A.
7. Efetue corte estrategico no tejadilho junto do pilar A.
8. Prenda uma precinta ao pilar B, passando-a por cima do tejadilho no sentido do remoc;:ao.
9. Eleve e puxe a estrutura.
10. Fixe a estrutura.
11. Coloque protec;:oes.
TECNICA Ill- REMO«;AO LATERAL "COM RAM"
Todos os procedimentos de corte podem ser realizados com recurso a serra de sabre.
1. Corte o pilar A junto ao tejadilho.
2. Corte o vidro ou o tejadilho ate ao lade oposto.
3. Corte o pilar B junto a base do aro de porta/vidro.
4. Corte o pilar C junto a base do aro da porta/vidro.
5. Aplique uma des bases do RAM o mais proximo do centro do vefculo e a outra base no pilar B junto do tejadilho.
6. Abra o RAM e afaste o tejadilho.
7. Coloque protec;:oes.
Manual de desencarceramento Tecnicas
•Espas:o criado.
Ideal quando existe varies vftimas.
Numero de cortes.
Tempo de execus;ao.
Exige trabalhar vidro frontal, laterais e traseiro
RAM com abertura superior a urn metro.
TECNICA IV- REMOc;.Ao TEJADILHO
Todos os procedimentos de corte podem ser realizados com recurso a serra de sabre.
1. Efetue urn corte estrategico no tejadilho de ambos os lades, per de tras do pilar B.
2. Corte o pilar C {case o vefculo seja de quatro pilares carter tam bern o pilar D), de ambos OS lades, junto a base do arc de porta/vidro.
Tecnicas Manual de desencarceramento
3. Puxe e eleve a estrutura cortada.
4. Prenda a estrutura.
5. Coloque protec;:oes.
Tempo de execuc;:ao.
Numero de cortes.
Espac;:o criado.
TECNICA V- REMOc;Ao 1/3 TEJADILHO
Todos os procedimentos de corte podem ser realizados com recurso a serra de sabre.
Manual de desencarceramento Tecnicas
1. Efetue um corte estrategico no tejadilho junto ao pilar C.
2. Corte o pilar C do lado contrario junto a base do oro do porta/vidro.
3. Efetue um corte estrategico no tejadilho junto ao pilar B.
4. Prenda uma precinta ao pilar C, passando-a par cima do tejadilho no sentido do remoc;:ao.
5. Eleve e puxe a estrutura cortada.
6. Coloque protec;:oes.
Numero de cortes .
Rapidez de execu<;ao
Diffcil execu<;ao em vekulos com teto solar.
TECNICA VI - REMO<;AO BARCELONA
1. Remova a porta da bagageira utilizando uma das tEknicas descritas anteriormente para remo<;ao de porta.
2. Efetue o corte com a serra de sabre de ambos os lados do tejadilho, junto as zonas latera is de refor<;o, e prolongue-o ate a frente.
3. Prenda uma precinta ao tejadilho, passando-a por cima do tejadilho no sentido da remo<;ao.
Esta tecnica tambem e possfvel realizar em vefculos tombados lateralmente.
Manual de desencarceramento Tecnicas
4. Eleve e puxe a estrutura cortada.
5. Prenda a estrutura.
6. Coloque protec;:oes.
Espac;:o criado
Nao implica trabalhar vidros .
Diffcil execuc;:ao em vekulos com teto solar.
TECNICA VII - REMO<;AO TOTAL
Como ja foi referido anteriormente esta remoc;:ao implica inicialmente a execuc;:ao de uma das ttknicas de remoc;:ao parcial. De seguida basta cortar os pilares restantes e remover a totalidade do tejadilho.
• •Espac;:o criado
Ideal quando existe varies vftimas.
Exige trabalhar vidro frontal, laterais e traseiro
Numero de cortes.
Tempo de execuc;:ao.
Tecnicas Manual de desencarceramento
LEVANTAMENTO / AFASTAMENTO DE TABLIER
As tecnicas para levantamento/afastamento de tablier sao:
• Tecnica I (levantamento);
• Tecnica II (afastamento total);
• Tecnica Ill (afastamento parcial).
TECNICA 1- LEVANTAMENTO
Crier espac;:o junto da regiao toracica e membros inferiores da vltima.
1. Remove a porta da frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para remoc;:ao de porta.
2. Corte o pilar A junto da base e prolongue-o no sentido da cava da roda.
Manual de desencarceramento Tecnicas
3. De outro corte no pilar A rnais acirna e prolongue-o no sentido do cava do roda.
4. Aplique o expansor entre os dois cortes e rode-o para a frente, criando urna janela.
5. Aplique o expansor no pilar entre os dois cortes {janela) exercendo urna ligeira pressao. 0 expansor deve ser colocado o rnais junto posslvel do velculo. Existe a necessidade de estabilizar a longarina por baixo do pilar A.
6. Corte o pilar A junto ao tejadilho.
7. Corte o vidro a direito ate ao lado contrario.
8. Abra o expansor e levante o tablier.
9. Coloque protec;:oes.
Espac;:o criado.
Apenas se trabalha urn lado do velculo. Rapidez de execuc;:ao.
Pouca estabilizac;:ao progressive
Levanta apenas de urn lado.
Tecnicas Manual de desencarcerarnento
TECNICA II- AFASTAMENTO TOTAL
1. Remove as portas do frente utilizando uma das hknicas descritas anteriormente para remos;ao de porta.
2. Aplique urn RAM com uma das bases junto do pilar B e a outra no pilar A, exercendo alguma pressao.
3. Corte a base do pilar A de ambos os lades, num angulo de 45°·
4. Corte a parte superior do pilar A de ambos os lades, junto do tejadilho.
5. Corte o vidro a direito ate ao lado contrario.
Manual de desencarceramento Tecnicas
6. Abra o RAM e afaste o tablier.
7. Acompanhe o afastamento com estabilizas;ao progressive.
8. Retirar o RAM preenchendo previamente o espas;o na zona de corte do pilar A.
9. Coloque protes;oes.
0 procedimento n. 9 4 pede ser realizado com serra de sabre.
•Espas;o criado.
Afastamento des dais lades do velculo.
Necessaria trabalhar des dais lades do velculo
Estabilizas;ao progressive.
desencarceramento
TECNICA Ill- AFASTAMENTO PARCIAL
1. Remove a porta do frente utilizando uma das hknicas descritas anteriormente para remos;ao de porta.
2. Aplique urn RAM com uma das bases junto do pilar B e a outra no pilar A, exercendo alguma pressao.
3. Corte a base do pilar A num angulo de 45°·
4. Corte a parte superior do pilar A junto do tejadilho.
5. Corte o vidro a direito ate ao lado contrario.
Manual de desencarceramento Tecnicas
6. Abra o RAM e afaste o tablier.
7. Acompanhe o afastamento com estabilizac;:ao progressive.
8. Retirar o RAM preenchendo previamente o espac;:o na zona de corte do pilar A.
9. Coloque protec;:oes.
Apenas se trabalha um lade do vefculo.
Rapidez de execuc;:ao.
Pouca estabilizac;:ao progressive.
Afasta apenas de um lade
•Espac;:o criado.
AFASTAMENTO DE PILAR/TEJADILHO
Afastar pilar/ tejadilho da vftima.
Crier condic;:oes para baixar bancos.
Em algumas situac;:oes o afastamento eefetuado com a aplicac;:ao
do Ram de pilar a pilar.
1. Aplique o RAM com uma base no piso do vefculo e a outre no pilar, devendo ser colocada o mais proximo do tejadilho
2. Abra o RAM e afaste o pilar.
3. Remove o Ram.
0Espac;:o criado.
Facilidade de execuc;:co.
Rapidez de execuc;:co.
Evita per vezes trabalhar o tejadilho.
AFASTAMENTO/CORTE DE PEDAlS
As hknicas para afastamento/corte de pedais sao:
• Tecnica I (afastamento com expansor);
• Tecnica II (afastamento com a porta);
• Tecnica Ill (corte).
Libertar pes da vltima.
TECNICA I- AFASTAMENTO COM EXPANSOR
1. Remove a porta da frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para remoc;:ao de porta.
Manual de desencarceramento Tecnicas
2. Prenda uma ponta do precinta ao pedal que deseja afastar.
3. Prenda a outra ponta ao brac;:o de fora do expansor.
4. Abra o expansor e afaste o pedal.
Forc;:a de afastamento executada pelo expansor
•Necessita de ferramenta hidr6ulica.
TECNICA II- AFASTAMENTO COM A PORTA
1. Abra a porta do frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
Tecnicas Manual de desencarceramento
2. Prenda uma ponte da precinta ao pedal que deseja afastar.
3. Prenda a outre ponte ao arc da porta.
4. Abra a porta e afaste o pedal.
Nco necessita de ferramenta hidraulica
Necessita da porta.
TECNICA Ill- CORTE
1. Abra a porta da frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Aplique a mini tesoura au o corte pedais na zona menos resistente do pedal.
3. Efectue o corte do pedal.
4. Remove a secs;ao do pedal.
Remos;ao da totalidade do pedal.
•Falta de espa<;:o para aplicar a mini tesoura.
AFASTAMENTO /CORTE DE VOLANTE
As tecnicas para afastamento/corte de volante sao:
• Tecnica I (afastamento com expansor);
• Tecnica II (corte).
Crier espa<;:o junto da regico toracica e abdominal da vftima.
TECNICA 1- AFASTAMENTO COM EXPANSOR
1. Abra a porta da frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Coloque uma ponte do expansor no volante e a outre no pilar A.
3. Feche o expansor e afaste o volante.
Tempo de execuc;:ao
•Dependente da amplitude de abertura do expansor.
TECNICA II- CORTE
Nunca cortar volantes com airbag nco ativados nem as colunas de direc;:ao.
1. Com a mini tesoura corte todas as hastes do volante.
2. Remove a secc;:ao cortada.
Espac;:o criado .
•Nao e possfvel em volantes com protetor de airbag aplicado.
Manual de desencarceramento Tecnicas
CORTE DE COSTAS DE BANCO
As tecnicas para corte de costas do banco soo:
• Tecnica I (com urn corte);
• Tecnica II (com dais cortes).
Permitir extrac;:oo das vftimas 0°, ±30° ou ±5QO; ±1600e±24Qo.
0 corte das costas s6 deve ser iniciado depois de colocado o plano duro as costas do banco e a vftima, garantindo deste modo a seguranc;:a da vftima.
TECNICA 1- COM UM CORTE
1. Corte o forro do banco do lado de fora e exponha a estrutura.
2. Coloque a tesoura junto do assento/banco e corte o suporte. Tenha atenc;:oo a rotac;:oo da tesoura que pode atingir a vftima.
3. Force as costas do banco para tras.
4. Coloque protec;oes.
0Tempo de execuc;Cio.
Extrac;oes a ±30° ou ±50°.
Banco s6 baixa de urn lade
Nco e muito aconselhado quando a extrac;Cio e 0°.
TECNICA II- COM DOIS CORTES
1. Corte o ferro do banco de ambos os lades e exponha a estrutura.
2. Coloque a tesoura junto do assento do banco, do lade de dentro, e corte o suporte. Tenha atenc;Cio a rotac;Cio da tesoura que pede atingir a vftima.
3. Repita o procedimento anterior do outre lade do banco.
4. Coloque protec;oes.
Extrac;:oes a 0°, ±30° ou ±50°.
Banco baixo dos dais Iadas.
Tempo de execuc;:co
Diflculdade de executor o corte de dentro.
REMO<;AO DE COSTAS DE BANCO TRASEIRO (VEiCULO DE 3 OU 5 PORTAS)
Permitir extrac;:co das vftimas 0°.
Epossfvel encontrar dais tipos de bancos traseiros, urn de pec;:a unica e o outre de duos pec;:as. 0 procedimento de remoc;:co e identico para urn ou para 0 outre, apenas difere no numero de cortes.
1. Abra ou remove porta do bagageira utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura ou remoc;:co de porta, de seguida remove a chapeleira.
2. Localize os pontes de flxac;:co do banco.
Manual de desencarceramento -
3. Com a mini tesoura corte os pontes de flxac;:ao ou remove os parafusos com a chave de impacto.
4. Remove as costas do banco.
Sempre que seja possfvel rebate as costas do banco de modo a facilitar o acesso aos pontes de flxac;:ao do mesmo.
Tempo de execuc;:ao.
Permite uma extrac;:ao muito rapida da vftima a 0°. Facilidade de execuc;:ao.
REBATIMENTO DE BANCO (VEICULO DE 3 OU 5 PORTAS)
Permitir a extrac;:ao das vftimas a 0°.
Manual de desencarceramento Tecnicas
1. Abra ou remove porta da bagageira utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura ou remoc;:Cio de porta, de seguida remove a chapeleira.
2. Coloque o expansor de urn des lades suficientemente inclinado com uma ponte assente em cima das costas do banco.
3. Abra o expansor ate rebater o banco.
4. Repita o procedimento do lade oposto.
5. Se necessaria coloque protec;:oes.
CORTE DO ENCOSTO DE CABE«;A
Crier espac;:o junto da regiCio cervical.
Facilitar rebatimento de banco.
1. Com a mini tesoura corte a haste do encoste de ambos os lades.
2. Remove o encosto de cabec;:a.
CRIA«;AO DA JANELA NO PAINEL LATERAL
Crier acesso aos membros inferiores da vftima.
Prindpio da tecnica de levantamento.
1. Remove porta da frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para remoc;:Cio de porta.
2. Abra o expansor e coloque uma ponte no capo e a outre na cava da roda.
Tecnicas Manual de desencarceramento
de modo a nco apanhar a mala da suspensco.
5. Puxe e eleve a estrutura cortada, expondo o painellateral.
6. Corte o pilar A junto da base e prolongue-o no sentido da cava da roda.
7. De outre corte no pilar A mais acima e prolongue-o no sentido da cava da roda.
A distCincia entre cortes esta dependente do tipo de veiculo.
Os cortes devem ficar o mais afastados possivel entre si.
8. Aplique o expansor entre os dais cortes e rode-o para a frente, criando a janela.
9. Coloque protec;:oes.
Espac;:o criado
Tempo de execuc;:ao.
8. TECNICAS DE CRIAc;Ao DE ESPAc;o (VEiCULOS TOMBADOS LATERALMENTE)
Nos vefculos tombados lateralmente as tecnicas para expor fechaduras, dobradic;:as, assim como para abertura ou remoc;:ao de portas, sao as mesmas aplicadas em vefculos em posic;:ao normal.
REMO<;OES DE TEJADILHOS
As tecnicas para remoc;:ao de tejadilhos sao:
• Tecnica I (remoc;:ao Y2 tejadilho);
• Tecnica II (Merida - vftima no banco com cinto de seguranc;:a);
• Tecnica Ill (remoc;:ao lateral tejadilho).
Crier espac;:o para extrac;:ao da vftima a 0° ou ±30°.
Tecnicas Manual de desencarceramento
TECNICA 1- REMO<;AO TEJADILHO
1. Remova porta do bagageira utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para remoc;:ao de porta.
2. Corte a parte superior do pilar C eo oro do porta com a serra de sabre.
3. Corte o tejadilho por tras do pilar B e prolongue o corte ate ao lado contrario.
4. Corte o pilar C e o oro do porta junto ao solo com a serra de sabre.
5. Remova a estrutura.
6. Coloque protec;:oes.
Os cortes dos pilares tambem podem ser realizados com a tesoura hidraulica e o corte no tejadilho efetuado com recurso a alavanca halligan ou machado de force.
Rapidez de execuc;:ao.
Espac;:o criado.
Facilidade de execuc;:ao.
Manual de desencarceramento Tecnicas
TECNICA II- MERIDA
1. Abra a porta do frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta, corte o limitador e fixe-a.
2. Abra a porta de tr6s utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta, corte o limitador e fixe-a.
3. Corte a longarina junto do pilar A.
4. Prolongue o corte ate meio do velculo.
5. Prenda com uma precinta o encosto de cabec;:a do banco do frente ao pilar B.
6. Corte a longarina por de tras do pilar B.
7. Prolongue o corte ate meio.
8. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
9. Corte o forro do piso no prolongamento dos dois cortes.
10. Puxe a porta de tras juntamente como pilar B para fora.
11. Estabilize a estrutura e fixe-a.
12. Coloque protec;:oes.
Os procedimentos n. 05 4 e 7 podem ser realizados com recurso
a serra de sabre.
Quando nco e posslvel trabalhar do lado do tejadilho
Vltima em conjunto com o banco.
Facilidade de execuc;:Cio.
Tempo de execuc;:Cio
Exigencia tecnica.
TECNICA Ill- REMOc;Ao LATERAL DO TEJADILHO
1. Abra porta do frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta, corte o limitador e fixe-a.
Tecnicas Manual de desencarceramento -
2. Abra porta de tr6s utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta, corte o limitador e fixe-a.
3. De urn corte estrategico no tejadilho junto ao pilar C.
4. Corte o pilar C junto ao tejadilho.
5. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
6. Corte o pilar A junto ao tejadilho.
7. Prolongue o corte do vidro frontal ate ao canto inferior direito/esquerdo e continue ate ao tejadilho junto do pilar A
8. Efetue urn corte estrategico no tejadilho junto do pilar A.
9. Baixe o tejadilho.
10. Estabilize o tejadilho.
11. Coloque protec;:oes.
Case nco consiga abrir as portas deve proceder da seguinte forma para partir os vidros.
1. Fure o vidro da frente e fac;:a urn corte em U.
2. Passe uma protec;:Cio Aexfvel desde o vidro de tr6s ate ao vidro cortado da frente, criando uma bolsa.
3. Parte os vidros laterais e remove os destroc;:os, os quais ficam depositados na bolsa.
Espac;:o criado
Corte de vidro frontal.
Tempo de execuc;:co.
CRIA«;AO DE JANELA NO PISO DO VEfCULO
Criar acesso aos membros inferiores ou pes do vltima.
Criar acesso ao volante.
Espac;:o criado.
Facilidade e tempo de execuc;:co.
1. Fac;:a urn corte em U no piso do velculo, aproveitando as aberturas existentes na estrutura, com uma alavanca halligan, machado de force ou serra de sabre.
2. Corte o forro do piso.
3. Remove o forro.
Manual de desencarceramento Tecnicas
9· TECNICAS DE CRIAc;Ao DE ESPAc;o
EM VEICULOS CAPOTADOS
TECNICA PARA A EXPOR A FECHADURA OU DOBRADI«;A
Nos vefculos capotados as tEknicas de expor a fechadura ou dobradis;as sao as mesmas aplicadas em vefculos em posis;ao normal, no entanto, coso nenhuma das tecnicas anteriores seja possfvel de realizer, aplique a tecnica seguinte:
1. Coloque o expansor com uma ponta na longarina e a outra na fenda da porta;
2. Feche o expansor com prim indo a longarina;
3. Coloque o expansor no espas:o criado de modo a expor a fechadura ou as dobradis;as.
TECNICA PARA A ABERTURA OU REMO<;AO DA PORTA
As hknicas para abertura ou remoc;:ao de porta sao as mesmas aplicadas em vefculos em posic;:ao normal. No entanto ocorrem situac;:oes em que o oro do porta nao deixa efetuar a abertura completa do mesma, pelo que deve proceder do seguinte modo:
1. Corte o oro do porta junto do fechadura;
2. Puxe o oro do porta para cima de modo que este dobre e coso nao consiga dobrar o oro de outro corte no oro.
REMO<;AO DA LATERAL- VEiCULOS DE TRES PORTAS
Criar espac;:o junto a vftima.
Extrac;:ao do vftima a ±30°.
Extrac;:ao do vftima a ±50°.
Todas as hknicas aplicadas aos vefculos assentes nos quatro rodas para remoc;:ao lateral podem tam bern ser aplicadas nos vefculos capotados do seguinte modo:
1. Abra a porta do frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta;
2. Efetue urn corte no vertical no parte lateral do mesmo lado antes do zona de reforc;:o;
3. Corte o pilar B junto do base;
4. Corte o pilar B junto ao tejadilho;
Manual de desencarceramento Tecnicas
5. Puxe e eleve a estrutura para cima;
6. Prenda a estrutura;
7. Coloque protes;oes.
Tempo de execus;ao. Plano B r6pido.
Simples execus;ao. Espas;o criado
•Pilar B e parte lateral nco sao removidos na totalidade.
Tecnicas Manual de desencarceramento
REMOc;Ao DA LATERAL- VEICULO DE 5 OU
4 PORTAS
As tecnicas para remoc;:oo do lateral de vefculo de quatro ou cinco portas soo:
• Tecnica I (porta conjuntamente com pilar B);
• Tecnica II (porta conjuntamente com pilar Be banco).
TECNICA 1- PORTA CONJUNTAMENTE COM PILAR B
Criar espac;:o junto a vltima.
Extrac;:oo do vltima a ±30°.
Extrac;:oo do vltima a ±50°.
1. Abra a porta do frente utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Abra a porta de tras utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
3. De urn corte no longarina junto do base do pilar B de ambos os lados.
4. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
5. Puxe a porta juntamente com o pilar para cima.
6. Prenda a porta juntamente com o pilar.
7. Coloque protec;:oes. Manual
Tempo de execuc;:ao.
Plano B rapido.
Simples execuc;:ao.
Espac;:o criado.
Pilar B e parte lateral nco sao removidos na totalidade.
TECNICA II- PORTA CONJUNTAMENTE COM PILAR B E BANCO
Crier espac;:o junto a vftima.
Extrac;:ao da vftima a 30°.
Extrac;:ao da vftima a ±50°.
1. Abra a porta da frente e de tras utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Corte a longarina junto ao pilar B.
3. Prolongue o corte ate meio do veiculo.
4. Prenda com uma precinta o encosto de cabec;:a ao pilar B.
5. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
6. Corte a longarina junto do pilar A
7. Prolongue o corte ate meio do veiculo.
8. Corte o forro do piso do vefculo no prolongamento dos dois cortes.
9. Prenda uma precinta a porta e passe-a por cima do piso no sentido do remoc;:ao.
10. Eleve e puxe a estrutura cortada.
11. Prenda a estrutura.
12. Coloque protec;:oes.
Os procedimentos n.05 3 e 7 podem ser realizados com recurso a serra de sabre.
Em algumas situac;:oes existe a necessidade de remover o tube de escape.
Para remoc;:ao do tube de escape procede-se do seguinte modo:
1. Corte o tube de escape junto do motor;
2. Corte o tube de escape logo a seguir ao corte do pavimento;
3. Remova o tube de escape.
Plano B rapido.
Espac;:o criado.
Pilar, porta e banco removidos de uma vez.
Simples execuc;:ao.
ABERTURAS EM CONCHA
Extrac;:ao da vftima a 0°.
Extrac;:ao da vftima a ±30°.
Extrac;:ao da vftima a ±50°.
As tecnicas de abertura em concha sao:
• Tecnica I (lateral);
• Tecnica II (retaguarda);
• Tecnica Ill (elefante).
TECNICA 1- LATERAL
1. Abra a porta da frente e de tras utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
2. Coloque urn ponto de estabilizac;:ao na parte de tras do lado onde se vai realizar a abertura.
3. Corte o pilar A junto da base do vidro.
4. Caso a lateral do vefculo nao tenha sido removida, corte o pilar B junto ao aro da porta.
Manual de desencarceramento Tecnicas
5. Corte o pilar C junto co tejadilho.
6. Efetue urn corte estrategico no tejadilho junto do outre pilar C.
7. Crie uma base de apoio para o RAM entre os pile res A e C.
8. Coloque uma base do RAM no apoio criado e a outre base na longarina.
9. Eleve o vefculo e acompanhe com estabilizac;ao progressive.
10. Acompanhe a abertura do RAM com estabilizac;ao progressive na frente e traseira do vefculo.
11. Ajuste a estabilizac;ao e remove o RAM.
12. Coloque protec;:oes.
Plano B rapido.
Espac;:o criado.
Tempo de execuc;:co
•Muito exigente em termos hknicos.
Muita estabilizac;:co progressive.
TECNICA II- RETAGUARDA
1. Abra e remove a porta da bagageira e abra as portas da frente utilizando uma das ttknicas descritas anteriormente para abertura e remoc;:co de porta.
2. Coloque mais urn ponte de estabilizac;:co na parte de tras de ambos os Iadas.
3. De urn corte estrategico de ambos os Iadas no tejadilho junto do pilar A.
4. Corte o pilar B de ambos os Iadas junto ao tejadilho.
5. Corte o pilar C de ambos os Iadas junto ao tejadilho.
6. Coloque o expansor com uma ponta no chao e a outra no tejadilho.
7. Feche o expansor retirando a estabilizas:ao por baixo de tejadilho, ate este assentar no solo.
8. Crie urn ponte de apoio para o RAM no tejadilho do vekulo.
9. Crie outre ponte de apoio para o RAM no piso do vekulo.
10. Abra o RAM e eleve o vekulo, acompanhando com estabilizas:ao progressive.
11. Retire o RAM.
12. Coloque protes:oes.
Tecnicas Manual de desencarceramento
Plano B r6pido.
Espas;o criado.
Tempo de execus;oo
Muito exigente em termos tecnicos.
Muita estabilizas;oo progressive.
TECNICA Ill- ELEFANTE
1. Abra e remova a porta do bagageira utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura e remos;oo de porta.
2. Abra as portas de tr6s utilizando uma das tecnicas descritas anteriormente para abertura de porta.
3. Corte uma ses;oo do cano de escape e remova-a.
4. Corte a longarina de ambos os Iadas, por de tr6s do pilar B.
5. Corte o pilar C de ambos os Iadas junto ao tejadilho.
Manual de desencarceramento Tecnicas
6. Prenda urn cabo ao eixo traseiro.
7. Crie urn ponto de ancoragem no frente do veiculo.
8. Amore o sistema de trac;:Cio ao ponto de ancoragem.
9. Crie mais urn ponto de amarrac;:Cio no frente e prenda-o no parte de tr6s.
10. Posicionar urn elemento junto de coda pilar C para auxiliar no elevac;:Cio.
11. lniciar a elevac;:Cio a realizer pelo elemento que est6 no sistema de trac;:Cio.
12. Ajustar a amarrac;:Cio de seguranc;:a no final do elevac;:Cio.
13. Colocar protec;:oes.
•Plano B r6pido.
Espas;o criado.
Facilidade de execus;Cio.
Noo necessita de muita estabilizas;oo progressive.
Tempo de execus;oo
Muito exigente em termos tecnicos.
Esta tecnica tambem e possfvel realizar em vefculos de tres portas. 0 sistema
de tras;Cio pode tambem ser realizado pelo expansor com recurso a correntes. REMO<;AO
de viHma conjuntamente com o tejad;lho.
1. Abra e remova a porta do bagageira utilizando uma das ttknicas descritas anteriormente para abertura e remos;Cio de porta.
2. Corte e remova uma secs;Cio do pilar A, de ambos os Iadas, junto ao vidro.
3. Corte o vidro frontal a direito ate ao lado contr6rio.
Manual de desencarceramento Tecnicas
4. Coloque mais urn ponte de estabilizac;:ao no parte de tr6s de ambos os lades.
5. Corte o pilar B junto ao tejadilho.
6. Corte o pilar C junto ao tejadilho.
7. Corte o outre pilar C mais afastado posslvel do tejadilho.
8. Corte o outre pilar B mais afastado posslvel do tejadilho.
9. Coloque o expansor com uma ponte no chao e a outre no tejadilho.
10. Feche o expansor retirando a estabilizac;:ao por baixo do tejadilho, ate este assentor no solo.
11. Posicionar dais elementos do lado onde vai ser puxado o tejadilho e urn outro do lado contr6rio.
12. Remova e estabiliza o tejadilho.
13. Coloque protec;:oes.
•Espac;:o criado.
Tempo de execuc;:oo
Muito exigente em termos hknicos.
Cria muita instabilidade no vefculo.
Os cortes devem ser efetuados de forma sequencia!, sendo o ultimo o mais junto do vltima.
Manual de desencarceramento Tecnicas
AFASTAMENTO DE VOLANTE
Ubertar membros infedores do viHma.
1. Abra uma janela no piso do velculo conforme foi descrito anteriormente.
2. Coloque um barrote por cima do janela criada no piso.
3. Passe uma linga/corrente pela coluna do volante e prenda a ponta de cima do expansor.
4. Abra o expansor afastando o volante.
Facilidade de execuc;:ao.
Tecnicas Manual de desencarceramento
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Wats o n, I.e SHaw, R. Vehicle Extrication S tudant Manual, Extrication com
Manual de desencarceramento
2. HABITACULOS
Habit6culo de portas
Habit6culo de quatro portas
Habitaculo de cinco portas
3 ESTRUTURAS DOS VE[CULOS
Estruturas de suporte
Estruturas complementares
4. COMBUSTfVEIS
Veiculos hibridos
Veiculos modiAcados com 6xido nitroso [N 2 0)
Veiculos
Veiculos
Veiculos
Manual de desencarceramento
5. SISTEMAS DE SEGURAN<;A
Sistemas olivos
Sistemas passivos
6. EQUIPAMENTOS
Equipamentos de Protec;:ao Individual (EPI)
Equipamentos e ferramentas hidroulicas
Manutenc;:oo dos equipamentos e ferramentas
lnterdic;:oes e procedimentos de utilizac;:ao de ferramentas
Equipamentos de corte, eletricos, manuais e a quente
Equipamento de iluminac;:ao
Equipamentos e acess6rios de estabilizm;ao
Equipamentos pneumaticos
Equipamentos para corte e que bra de vidros
Equipamentos e acess6rios diversos
7. INFORMA<;::AO DE SEGURAN<;::A
Ficha de seguranc;:a
Software Crash Recovery System
ORGANIZA<;AO DO TEATRO DE OPERA<;OES
1. ZONAS DE TRABALHO
Zona do sinistro
Zona de apoio
2. SINALIZA<;AO DO TEATRO DE OPERA<;OES
Sinalizac;:ao de
Sinalizac;:ao de posic;:oo
3 INTERVENIENTES NO TEATRO DE OPERA<;::OES
Equipa de desencarceramento
Equipa Pre-hospitalar
Forc;:as de seguranc;:a
Equipas complementares
3. FUNc;OES DA EQUIPA DE DESENCARCERAMENTO
de equipa
4. CICLO OPERACIONAL
Mobilizac;:ao de meios de socorro
Resposta operacional
Esta bilizac;:ao
lnterdic;:ao e alertas de seguranc;:a
Abertura de acessos
Cuidados pre-hospitalares
Criac;:ao de espac;:o
Extrac;:ao de vitima(s)
Angulos de extrac;:ao
Reposic;:ao da normalidade
An6lise do desempenho da equipa
Conclusao do actividade de socorro
ACIDENTE DE VIAc;Ao E VfTIMA(S)
l. LEITURA DO ACIDENTE
Tipos de colisao
npos de impacto
Leitura da(sl vitima(s) encarcerada(s)
Tipos de encarcerados
Avaliar;:ao da vitima encarcerada
Conceito para avaliac;:ao das vrtimas
Abordagem a vitima encarcerada
Manual de desencarceramento
TtCNICAS
Tecnicas de estabilizac;:ao
Tecnicas de estabilizac;:ao manual ou de
Veiculo em posic;:ao normal
Veiculo tombado lateralmente
Veiculo capotado
Tecnicas de estabilizac;:ao prim6ria
Tecnicas de estabilizac;:ao secund6ria
2. TtC. DE ABERT. DO COMPARTIMENTO DO MOTOR PARA DESLIGARA BATE RIA
3. TtCNICAS DE QUEBRA, CORTE E REMOC,:AO DEVIDROS
Tecnicas de quebro e remoc;:ao de vidros temperodos
4. TtCNICA DE CORTE DE CINTO DE SEGURANC,:A
5. TtCNICAS DE APLICAC,:AO DE PROTETORES DE AIRBAGS
Colococ;:ao de protetor de oirbog do volante
Colocac;:ao do protetor de oirbog do passageiro
6. TECNICAS DE EXPOSI<;AO DA FECHADURA/DOBRADI<;AS
Tecnica I- Com utilizoc;:ao da olavanca halligan 140
Tecnica 11- Utilizac;:ao do expansor na janela 140
Tecnica Ill- Utilizac;:ao do expansor na porta 141
Tecnica IV- Utilizac;:ao de expansor na fenda da porta 142
Tecnica V- Utilizac;:ao de expansor no guarda-lamas 143
7. TtCNICAS DE CRIAC,:AO DE ESPAC,:O 143
Veiculos em posic;:oo normal 144
Remoc;ao de tejadilhos 163
Levantamento/afastamento de tablier 174
Afastamento de pilar/tejadilho 179
Afastamento/corte de pedais 180
Afastamento/corte de volante 183
Corte de costas de banco 185
Remoc;:ao de costas de banco traseiro (vefculo de tr{ls ou cinco portas) 187
Rebatimento de banco (vefculo de 3 ou 5 portas) 188
Manual de desencarceramento
Corte do encosto de cabec;:a 189
Criac;:ao do janela no painellateral 189
8. TECNICAS DE CRIA<;:AO DE ESPA<;:O (VEfCULOS TOMBADOS LATERAL.] 191
Remoc;:oes de tejadilhos 191
Criac;:ao de janela no piso do veiculo 198
9. TECNICAS DE CRIA<;:AO DE ESPA<;:O EM YE[CULOS CAPOTADOS 199
Tecnica para expor a fechadura ou dobradic;:a 199
Tecnica para a abertura e remoc;:ao do porta 200
Remoc;:ao do lateral - Vefculo de Ires portos 200
Remoc;:ao do lateral - Vefculo de cinco ou quatro portas 202
Aberturas em concha 206
Remoc;:ao do tejadilho- com a vftima 212
Afastamento do volante 215 BIBLIOGRAFICAS 217
Manual de desencarceramento