Contos Árabes - 4º ano-A by CAMB - Escola Caminho Aberto

Contos ร rabes 4ยบ ano-A 2019

Queridos pais e alunos, A construção dessas histórias representa a conclusão de um processo vivido pelos alunos nas aulas de Língua Portuguesa, cujo objetivo era o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita e a aprendizagem de um novo gênero literário: os contos árabes. Durante as aulas os alunos conheceram diversos contos árabes, interpretaram textos e principalmente conheceram o modo de escrever, usando nomes, cenários, magia e referências ao mundo árabe que permeou e contextualizou o aprendizado do gênero estudado. Finalizaram o processo escrevendo histórias individualmente, em duplas e trios, da forma como mais sentiram-se confortáveis e realizaram belas ilustrações para compor o livro. Aproveitem e curtam muito a leitura das histórias árabes produzidas pelos alunos do 4º ano. Andreia Macari Professora

Índice A Garrafa Mágica .....................................................................2 Stella Aladim e o Fantástico Gênio da Lâmpada .................................4 Rafael Laila e os 16 Homens ................................................................6

Mel e Letízia

O Gênio da Tâmara ................................................................11

Alice e Juliana

O Sultão e os 5 Ladrões ..........................................................14

Thiago, Vítor e Diego

O Sultão e os 3 Objetos ..........................................................16

Lara

A Caneta e a Lâmpada Mágica ................................................18

Mariana, Luísa e Luiz Henrique

Os Guardiões das Arábias, o Gênio e o Pássaro Lendário .........20

Paulo, Guilherme, Bernardo e Luiz Felipe

A Garrafa Mágica Stella Conta-se que, há muito tempo atrás, um peregrino encontrou uma garrafa no meio do deserto e a levou para pegar água no oásis. Porém, quando ele abriu a garrafa, saiu um gênio de dentro dela, chamado Salim. Ele disse ao peregrino que ele tinha direito à três desejos. Depois de muito pensar, o peregrino disse: - Eu desejo voltar para casa. Então, em um piscar de olhos, eles estavam na casa do peregrino. Lá, encontraram a mulher do peregrino, que parecia muito abalada: - Acabo de voltar do médico. Ele disse que não posso engravidar – disse a mulher, chorando. - Oh, não! E agora? O que vamos fazer? – Perguntou o peregrino – Já sei! Gênio, eu desejo que a minha mulher fique grávida! Então, a mulher olhou para a barriga e viu que tinha ficado grávida. O peregrino contou toda a história do gênio à ela. Alguns meses mais tarde, a criança nasceu, e era um menino lindo. Porém, quando o menino completou três anos, ficou muito doente, à beira da morte. O peregrino se lembrou de que ainda havia um pedido a ser feito ao gênio. Rapidamente, chamou o gênio e disse:

- Eu desejo que o meu filho se cure! Então, o gênio realizou o seu último pedido e o filho do casal se tornou um ótimo, o melhor sultão para o seu povo.

Aladim e o Fantástico Gênio da Lâmpada Rafael Era uma vez, um garoto chamado Aladim. Sua família era muito pobre. Ele queria se casar com a princesa Jasmim. A mãe dele, um dia, pediu a ele que fosse na barraquinha do senhor Ali comprar esfihas para a família. No caminho, Aladim viu uma caverna e resolveu entrar. A caverna era escura e cheia de tesouros. No meio dos tesouros, ele encontrou uma lâmpada, esfregou-a e, de lá, saiu um gênio. O gênio falou que ele tinha três desejos para realizar. Enquanto Aladim pensava, 41 ladrões chegaram na caverna e quiseram pegar a lâmpada dele. Aladim saiu correndo e os ladrões o perseguiram até que conseguiu despistá-los. O primeiro desejo de Aladim foi que ficasse rico, o segundo, que se casasse com Jasmim e o último foi que ele tivesse um tapete mágico que nunca parasse de voar, a não ser quando ele dissesse “pousa-te, sésamo! “. O gênio atendeu a todos os pedidos de Aladim, voltou à lâmpada e tirou uma soneca de cinco mil anos.

Laila e os 16 Homens Mel e Letízia Conta-se que há muito tempo lá nas Arábias havia uma menina chamada Laila. Ela era a menina mais bela, corajosa, generosa e gentil do deserto. Todos os homens queriam se casar com ela, mas Laila não queria e não gostava de nenhum deles até que um dia apareceu um homem que se chamava Ali. Dessa vez não foi o homem que chamou por ela e sim ela que chamou o homem: -Com licença, me permite perguntar o seu nome? -Claro, meu nome é Ali e o seu? - Meu nome é Laila e vim lá do deserto Azul. - Nossa! Que coincidência eu também venho de lá. - Me permite perguntar se o senhor quer... E bem nessa hora o pai de Laila chamou ela . Laila!!!! Venha para nossa casa agora! O sultão está em casa. Laila foi correndo para casa e nem conseguiu se despedir direito de Ali, mas quando ela chegou em casa não tinha ninguém, nem o pai nem o sultão. A casa estava totalmente escura. Quando Laila olhou para trás a porta se fechou, Laila tentou abrir, mas estava trancada. Tentou abrir a janela, mas ela também estava trancada e Laila gritou: - Pelo amor de Alá, o que fiz para merecer esse castigo? 6

Laila começou a chorar quando de repente começou a ouvir barulhos de passos. Ela ficou com muito medo. Laila olhou para o lado e viu todos os cavalheiros que queriam se casar com ela e ela tinha negado. - Naim, Kaim, Mustafá e todos outros... Por que? Ela não conseguia entender... - Nós queremos nos vingar de você porque não aceitou nenhum de nós como seu marido, agora vamos te.... quando ia terminar a palavra Ali chegou com um pau de madeira com vários desenhos inscritos nele e disse: - Deixe minha rainha em paz seus estúpidos!!! E os outros falaram: - Você acha que conseguirá alguma coisa com esse pedaço de pau na mão? Kain disse: - Então vocês duvidam? - Deixe minha rainha em paz seus estúpidos!!! Ali pegou o pau e bateu na cabeça de todos eles e na mesma hora todos caíram no chão desmaiados. - Ali você me salvou? Por que? E me chamou de rainha? Como você soube que eu estava em perigo? -Vamos devagar, eu te salvei daqueles estúpidos sim. 7

Respondendo a segunda pergunta eu te salvei porque sou filho do sultão e consigo saber que você quer se casar comigo. Terceira pergunta: Um amigo do meu amigo Hassan me emprestou a luneta dele e consegui enxergar o que você estava pensando. Vamos ao que interessa ... Laila você aceita se casar comigo? -Claro! Claro que eu aceito. Laila e Ali tiveram lindos filhos e uma vida muito cheia de saúde e aventuras.

O Gênio da Tâmara Alice e Juliana Conta-se na Pérsia que um menino pobre e pequeno, não tinha moradia, só a sua pequena cabana. Um dia, ele encontrou um cartaz que dizia: “Jogue na roda da fortuna! O vencedor levará a tâmara premiada, com sabores de 300 tipos de chocolate. Telefone: 123-4969. Aproveitem, é por tempo limitado! ” O garoto se surpreendeu com o que viu e logo foi ligar para o número escrito no cartaz. O telefone tocou.... Tocou.... Tocou e, finalmente: - Alô? Quem fala? – Disse a pessoa no outro lado da linha. - Olá! Meu nome é Haran. - O que você deseja, meu caro? - Eu quero participar da roda da fortuna! - Certo, pode me passar o seu endereço? - Bom... Eu não tenho endereço. - Garoto, não quero ofendê-lo, mas.... Você é pobre? - Sim, por quê? - Infelizmente, você não poderá participar da promoção. Ela é feita apenas para sultões e pessoas do tipo. Passar bem. 9

O homem desligou o telefone na cara de Haran. Ele começou a questionar à Alá o porquê de ter uma vida tão cruel. Durante muito tempo, o menino ficou pensando na situação passada e decidiu que iria roubar a tâmara, disfarçando-se de funcionário do estúdio, onde ficava a tâmara. Chegando lá, depois de andar muito, encontrou a tâmara, pegou e saiu muito contente. Ao chegar em sua cabana, estava pronto para se deliciar com a sua tâmara. Como todo mundo sabe, antes de comer, devese bater na tâmara para saber se ela está madura. Depois de comer, Haran resolveu plantar o caroço da tâmara ao lado de fora da cabana. De repente, um gênio apareceu de dentro do caroço. Ele perguntou à Haran: - Olá, eu sou o gênio! O que você deseja? - Como assim, o que eu desejo? - Bem, eu sou um gênio. Gênios realizam desejos. - Então, posso fazer um pedido? - Claro! - Desejo ficar rico! Ao ouvir o pedido de Haran, o gênio lhe deu um saco com 600 moedas de ouro e outro saco com 40 mangos. O garoto ficou surpreso e feliz. Naquele momento, começou a ouvir um barulho de uma cirene. Parecia ser a polícia indo atrás dele, pois haviam 10

descoberto o roubo da tâmara. Haran pegou o gênio e, correndo, desejou: - Gênio, nos leve para outro lugar! - Onde, mestre? - Qualquer lugar! Rápido! Dito isso, o gênio levou os dois para o temido, perdido e nevasco Alasca. Lá era muito frio e temeroso. Haran lembrou que possuía mais um desejo. Pediu ao gênio que ele virasse um ser humano. Assim, os dois puderam construir, juntos, um castelo de gelo. O menino e o gênio viveram muitas aventuras no Alasca e ficaram amigos para sempre.

O Sultão e os 5 Ladrões Thiago, Vítor e Diego Há muitos anos atrás, na Pérsia, havia um sultão muito rico que queria muito mais dinheiro. Uma noite, ele se disfarçou, saiu do castelo e foi às ruas da cidade. Chegando lá, avistou cinco pessoas que carregavam alguns sacos. Pareciam ser ladrões. Eles passaram por uma árvore que possuía galhos afiados e um dos galhos rasgou um dos sacos que carregavam. Moedas de ouro caíram ao chão e formaram uma trilha até o esconderijo dos ladrões. O sultão seguiu-os até uma casa abandonada. Foi até a janela e ouviu os ladrões dizendo: - Kaboom! De repente, um dos móveis de dentro da casa se moveu para o lado e, no lugar onde estava o móvel, apareceu uma passagem secreta. Os ladrões entraram e disseram novamente: - Antikaboom! Então, a passagem secreta se fechou e o móvel retornou ao seu lugar inicial. O sultão esperou que os ladrões saíssem da casa e resolveu entrar para descobrir o que havia lá dentro. Quando conseguiu acessar a passagem secreta, descobriu que havia um cofre, onde os ladrões guardavam tudo o que roubavam. Ele ficou tão impressionado com tudo aquilo que esqueceu qual era a palavra para abrir novamente a porta. 12

Alguns minutos depois, ele ouviu um barulho: eram os ladrões voltando com mais coisas preciosas. Quando eles abriram a passagem, encontraram o sultão. Com medo de que o sultão contasse a todos o segredo deles, o mataram. Então, no outro dia, as pessoas notaram que o sultão havia desaparecido. Os moradores da cidade o procuraram por muito tempo, mas não o encontraram. Desde esse dia, o sultão nunca mais foi visto. Preocupados os moradores saíram da cidade e procuraram durante muitos dias o sultão. Depois de muito tempo, acharam a casa abandonada e descobriram as pegadas do sultão. Enquanto procuravam pelo soberano os ladrões saíram do esconderijo, mas os moradores chamaram os policiais que os prenderam por assassinato, no entanto, o corpo do rei nunca foi encontrado.

O Sultão e os 3 Objetos Lara Há muito tempo, existia um Sultão. Ele mandava em toda a cidade. Certo dia, ele mandou os funcionários do castelo comprar comida na cidade. Chegando lá, os funcionários foram até uma barraca onde ficaram admirados com os objetos que eram vendidos. O vendedor da barraca disse a eles que aqueles objetos eram mágicos. Os funcionários do castelo ficaram tão admirados que compraram alguns objetos e voltaram ao castelo. Quando chegaram no castelo, o Sultão ficou enfurecido porque os funcionários não tinham o obedecido, trouxeram objetos e não a comida. - Me deem tudo isso que vocês compraram! E saiam! Ao abrir o saco onde estavam as compras, saiu de lá uma pequena quantidade de pó mágico. O que ele não sabia, é que aquele pó era o responsável por fazer as coisas terem poderes mágicos. Rapidamente, a blusa que o Sultão estava vestido sumiu diante de seus olhos. Momentos depois, a caneta que estava dentro da sacola sumiu também. O Sultão começou a ficar com medo e muito confuso. Por último, o sabonete que os funcionários haviam trazido também havia sumido. Ele estava furioso. Horas se passaram e, ao servirem o jantar, os funcionários estranharam a ausência do Sultão. Foram até seu quarto e encontraram apenas a sacola que haviam trazido do mercado, 14

no chão. Perto dela, havia um pouco do pó mágico no chão. Eles ficaram apavorados e foram até o mercado perguntar ao vendedor se havia um jeito de reverter aquela situação. Ao explicar a situação ao vendedor, ele deu risada e disse que, dentro da sacola, tinha um papiro que explicava a fórmula de reversão do sumiço. Os funcionários voltaram correndo ao castelo para procurar o tal papiro. Cuidadosamente, para não encostarem no pó, encontraram o papiro amassado no fundo da sacola. Nele estava escrito “papacho caca”. Confusos e ansiosos, os três pronunciaram as duas palavras de uma só vez e, rapidamente, as coisas que haviam sumido começaram a reaparecer, inclusive o Sultão. Todos riram e comemoraram aquela noite com um grande banquete.

A Caneta e a Lâmpada Mágica Mariana, Luísa e Luiz Henrique Há dois mil anos atrás, existia uma caneta, um tapete e uma lâmpada. Só que não eram normais: a caneta, quando alguém escrevia, os sonhos se realizavam, o tapete voava e transportava a qualquer lugar e a lâmpada, ao esfregá-la, falava sozinha. Um dia, no deserto quente e sem água, um sultão e uma sultana estavam passeando e encontraram o tapete, a caneta e a lâmpada. Resolveram pegá-los sem que ninguém visse. Junto à caneta, havia um bilhete explicando o funcionamento de cada coisa. Naquele momento, tiveram certeza de que queriam ficar com aqueles objetos. A Sultana pegou a caneta e disse ao Sultão: - Meu primeiro desejo será ter dois filhos lindos: um menino e uma menina. - Já pensou, sultana? Nós e nossos dois lindos filhos, lindos como raios de sol? A menina se chamará Jasmim e o menino Aladim – disse o Sultão. Assim que colocou o ponto final no desejo, uma luz forte, brilhante e branca surgiu, fazendo com que ninguém conseguisse enxergar. Quando a sultana olhou para sua própria barriga estava grávida.

Depois de nove meses, nasceu Aladim, lindo como um raio de sol. Seus olhos eram azuis e seu cabelo era negro como a noite. Três anos depois, a sultana lembrou que havia pedido um menino e uma menina à caneta mágica. Curiosa, resolveu consultar a lâmpada: - Lâmpada, por que eu ainda não estou grávida da menina que pedi à caneta mágica? - Você já está grávida, senhora. Só não sabia disso ainda. Nove meses depois, nasceu Jasmim. E eles viveram felizes para sempre.

Os Guardiões das Arábias, o Gênio e o Pássaro Lendário Paulo, Guilherme, Bernardo e Luiz Felipe Há 10 séculos atrás, existiram os Guardiões das Arábias. Eles protegiam a Arábia, eram verdadeiros heróis: fortes, ricos, bonitos e inteligentes. Entre os guardiões, havia um que era do mal. O nome dele era Kausar, um peregrino que carregava um tapete mágico e uma adaga obscura. Conta-se que Alá havia deixado um tesouro escondido. Esse tesouro foi encontrado pelos guardiões em Dubai. Dentro do tesouro, havia uma lâmpada mágica. Certo dia, Kausar roubou a lâmpada mágica dos guardiões. Eles ficaram muito preocupados, pois a lâmpada havia caído em mãos erradas. Alá viu tudo e, para ajudar os guardiões, deu-lhe um presente: um pássaro lendário. Os guardiões subiram no pássaro e foram atrás do peregrino. Kausar tinha ido se esconder em uma cabana para fazer pedido: ficar rico. Porém, os guardiões chegaram a tempo de impedir que Kausar fizesse seu pedido. Quando Alá viu que tudo havia se resolvido, chamou o pássaro de volta. Kausar retornou ao seu país e sofreu as consequências por ter roubado os amigos. Enfim, a paz retornou ao mundo árabe.