Contos Arabes 4ยบ ano-A | 2018
Autografos
Autores Beatriz Akemi Oshiro Kato Beatriz Vigiani Pimenta Daniel Trote de Freitas Mendes Felipe Akira Nakashima Babazono Gustavo Fernandes Mattos Hannah Silvestre Thieme Julia Kaori Puchnick Yoshimatsu Leticia Almeida Enriquez Orellana Maria Clara Mano Lahรณz Moya Maria Dias Lopes Bronzatto Natรกlia Rotunno de Farias Pedro Silveira Lopes Rafaela Guedes Yamashiro Raquel Trote de Freitas Mendes Sophia Fernandes da Rocha Santos Theo Vallim Martos
Queridos pais e alunos, A construção dessas histórias representa a conclusão de um processo vivido pelos alunos nas aulas de Língua Portuguesa, cujo objetivo era o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita e a aprendizagem de um novo gênero literário: os contos árabes. Durante as aulas os alunos conheceram e pesquisaram diversos contos árabes, interpretaram textos e principalmente conheceram o modo de escrever, usando nomes, cenários, magia e referências ao mundo árabe, que permeou e contextualizou o aprendizado do gênero estudado. Finalizaram o processo escrevendo histórias individualmente, em duplas e trios, da forma como mais se sentiram confortáveis, e realizaram belas ilustrações para compor o livro. Aproveitem e curtam muito a leitura das histórias árabes produzidas pelos alunos do 4º ano.
Professora Andreia Macari 4º ano-A
Indice Os Quatro Pedidos - Theo Vallim Martos ................................ 6 A Caverna Mágica - Maria Clara Mano Lahóz Moya .................. 8 O Amuleto Mágico - Beatriz Akemi Oshiro Kato, Beatriz Vigiani Pimenta e Letícia Almeida Enriquez Orellana ............................. 12 Jyraia, o caçador de recompensas - Felipe Akira Babazono e Pedro Silveira Lopes ......................................................................... 14 O avião, a gênia e a família mais rica de Dubai - Natália Rotunno de Farias e Rafaela Guedes Yamashiro ...................................... 16 O Conflito de Morgana - Sophia Fernandes da Rocha Santos ... 18 Kaluf e a Cabana Mágica - Gustavo Fernandes Mattos e Daniel Trote de Freitas Mendes ............................................................ 21 A Água da Vida - Hannah Silvestre Thieme , Julia Kaori Puchnick Yoshimatsu, Maria Dias Lopes Bronzatto .................................. 23 O Sumiço de Parizade - Raquel Trote de Freitas Mendes .......... 26
Os Quatro Pedidos Autor: Theo Vallim Martos
Há muitos anos atrás, em uma terra conhecida como “Arábia”, uma tempestade de areia acontecia no deserto árabe. Um sultão em sua casa, com portas e janelas trancadas, esperava a tempestade passar. Enquanto a tempestade não passava, ele comia tâmaras, mas um dos caroços atingiu a janela com força e ela quebrou, então a areia entrou em sua casa em forma de um gênio. O gênio disse ao sultão: - Olá você me despertou e agora tem direito a quatro pedidos. O sultão ficou animado e então, o primeiro pedido foi que a tempestade parasse e imediatamente a tempestade parou. O segundo pedido foi que ele se casasse e o sultão se casou com a mulher mais rica. Muitos anos se passaram, e o sultão combinou com o gênio que mantivesse segredo. Mas a mulher descobriu tudo e o gênio disse a ela: - Agora, você tem direito a dois pedidos. Os dois pedidos que ficaram faltando ao sultão. O primeiro pedido da mulher foi que ela se casasse com o gênio e no mesmo instante seu pedido foi realizado. Mas, o último pedido da moça, foi que ela virasse a rainha soberana dos mares. O gênio transformou a moça em uma carpa. Quando o sultão chegou em casa ele disse à carpa: - Antes de pedir algo, pense nas consequências, como viver num aquário pelo resto da vida... Então, até hoje ela mora em um aquário na casa do sultão. 6
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A Caverna Mágica Autora: Maria Clara Mano Lahóz Moya
Num dia quente e sombrio no deserto, passeava um homem chamado “Zayn”. Ele era pobre e morava com sua mulher, sua irmã e seus quatro filhos embaixo de um pano amarrado em duas árvores, formando uma tenda. Todos os dias uma de suas filhas (a do meio) saia de casa e ia com sua bolsinha até uma loja que ficava no meio do calor do deserto. Ela ficava na frente da loja fazendo espetáculos para tentar ganhar algum dinheiro. A irmã mais velha ficava fazendo comidas, doces e sucos, enfim, com frutas e verduras que achava. As comidas ela dava para sua mãe vender no mercado. Já o seu pai e seus filhos trabalhavam em uma loja de tecidos e eles recebiam mais ou menos cinco moedas de ouro por mês. Um dia, a irmã menor errou o caminho e foi pega por um homem desconhecido e levada para muito longe, para outra cidade e seu lenço caiu da sua cabeça. Ela foi deixada em frente a uma caverna escura com buracos que dava para ver uma luz lá dentro. Sua família tinha voltado para casa e ficaram muito preocupados, porque a Sarah (a filha do meio, a que tinha sumido) era a que chegava primeiro. Eles olharam para o lado e viram seu lenço voando com o vento. Foram até a casa de um sábio que ficava na cidade.
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Eles perguntaram: - Você pode ver o passado? Ele respondeu: - Sim, é claro, mas porquê? Eles falaram: - Nós precisamos que você volte no tempo e veja quem pegou nossa filha e aonde a deixaram. Ele explicou: - Está bem, mas com uma condição. Vocês precisarão trazer para mim a areia movediça do deserto da areia azul, três flores do jardim do meio da floresta proibida e o perfume encantado. Leve uma das minhas bolas mágicas e pergunte aonde você quer ir e ela te mostrará o caminho. Ele perguntou: - E aonde está a bola mágica? Ele respondeu: - Está atrás de você na segunda prateleira. Mas lembre-se, perdeu, tudo será em vão. A família caminhou até a casa, pegaram tudo o que iriam precisar para essa jornada. Eles perguntaram para a bola mágica onde fica o deserto da areia azul e ele falou: - Pegue vinte tâmaras e reze para Alá cinco vezes, feche os olhos e encontrará o que deseja. O pai foi a um mercado árabe ao lado do deserto, viu as tâmaras e pegou vinte, porém, só tinha dezenove moedas e precisava de vinte, por sorte achou uma moeda no chão e conseguiu pagar.
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Foram para fora colocaram as tâmaras em cima de um lenço que estava na areia e começaram a rezar. Eles rezaram, fecharam os olhos e quando abriram estavam no deserto de areia azul. Avistaram um redemoinho de areia movediça, pegaram um pote, colocaram a areia e as tâmaras na bolsa. Perguntaram para a bola mágica aonde era a floresta proibida, e ela respondeu: - Vá até o mercado de “Ilhacaran” e troque as tâmaras pelo tapete mais caro da última barraca do mercado. Suba nele e chegara aonde deseja. E assim foi feito. Trocaram as tâmaras, subiram no tapete e de repente estavam acima de animais horríveis. De repente o tapete caiu e, e, e.… aaaaaaa!!! Estavam em um camelo, de três cabeças? Sim, que os levou ao jardim encantado. Em cima de uma mesa estavam as flores encantadas que tanto precisavam. Mas não era tão fácil assim... Eles teriam que encontrar a chave para o baú e em um piscar de olhos encontraram. Mas, estava amarrado no pescoço de um dragão e estes dragões estavam voando. Por sorte ainda tinham o tapete. Voaram com o tapete, pegaram a chave antes de serem devorados, pegaram as flores (as três) e foram finalmente para fora da floresta. De repente, viram um jovem com o perfume encantado voando e o pegaram. Levaram todos os objetos ao dervixe que os levou para a caverna. Pegaram Sarah e foram imediatamente para casa para garantir que isso não se repita.
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O Amuleto Mágico Autoras: Beatriz Akemi Oshiro Kato, Beatriz Vigiani Pimenta e Letícia Almeida Enriquez Orellana
Contam há muito tempo, no Líbano, uma história de uma sultana que sofria de depressão pois, seu marido havia morrido de repente de uma morte muito misteriosa. Um dia, ela foi ao mercado local e encontrou um mendigo. A sultana ofereceu ajuda e deu-lhe comida e o mendigo disse: - Obrigado!!! Fico muito grato e em troca vou lhe dar este amuleto mágico, que pode ressuscitar pessoas ou curá-las de alguma doença. Que Alá te abençoe tanto na terra como no céu. - Obrigada!!! – disse a sultana. No caminho ela colocou o amuleto no bolso da sua burca, quando foi lavar a roupa esqueceu de tirar o amuleto de dentro da veste e ele transformou a máquina de lavar em um camelo. Depois encontrou o amuleto quebrado no chão, juntou todas as peças e viu o rosto de seu marido. Tentou ressuscitá-lo, mas não conseguiu porque faltava uma peça, só que não encontrou em sua casa. Decidiu procurar nas areias deserto e nada... Passadas algumas semanas, encontrou-o jogado na areia no meio do deserto. Voltou em cima do seu camelo e pegou os outros pedaços do amuleto que estavam em sua casa. Voltou exatamente no mesmo lugar do deserto e juntou todos os pedaços. De repente, um enorme castelo de areia apareceu em volta dela e ressuscitou seu marido. Os dois moraram neste lindo castelo até o fim de suas vidas. 12
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Jyraia, o caçador de recompensas Autores: Felipe Akira Babazono e Pedro Silveira Lopes
Há muitos milênios, existiu um sábio muito cabeludo, barbudo, excepcionalmente inteligente que morava na Arábia Saudita. Todos gostavam dele e ele secretamente guardava um segredo milenar. Um dia, a princesa o matou com seu arco e flecha envenenado pois achou que ele revelaria seu segredo. Todos se lamentaram pela morte do sábio. Até que o rei decidiu dar uma recompensa de 1.000,000 de moedas de ouro para quem descobrisse quem o matou. Depois de um tempo, muitos cartazes foram espalhados pelo reino. Um estrangeiro, chamado Jyraia, o melhor caçador de recompensas de todo o mundo, estava ocasionalmente passando uma temporada na Arábia Saudita, viu o cartaz, o observou atentamente e disse: - Vou encontrar o responsável por isso e vou ganhar um milhão de moedas de ouro. Ha, ha, ha, ha, ha…. Jyraia começou acusando o guarda real que logo se defendeu explicando que sua flecha não era envenenada, mas a que matou o grande sábio era... Depois acusou a pequena e pobre arqueira que explicou que só poderia ser a princesa, pois esta não estava no reino no dia do acontecimento e suas flechas não eram envenenadas. Muito mistério envolvido, até que o rei dentro do seu castelo, muito enfurecido, viu um cara amarrado e perguntou: - Qual o seu nome? 14
-Meu nome é Jyraia! - Ah! Então foi você que descobriu que a princesa é a culpada por matar o sábio??? - Na verdade eu me confundi, o príncipe foi o grande culpado. - Não, não, não!!! Você não é o Jyraia verdadeiro! Você é a princesa disfarçada- disse o rei. Foi aí que o Jyraia verdadeiro apareceu e revelou que havia prendido a princesa disfarçada de Jyraia para ela não fugir e perguntou a ela: - Você estava tentando enganar o rei?? - Claro, óbvio. - Ela respondeu. - Você que é o Jyraia falso - admita. - Está bom, na maior infelicidade ela revelou que era realmente a princesa. Todos ficaram surpresos com aquela confusão e o rei condenou a princesa a morte.
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O avião, a gênia e a família mais rica de Dubai Autoras: Natália Rotunno de Farias e Rafaela Guedes Yamashiro
Um dia, uma gênia chamada Layla que tinha raiva de tudo e de todos viajou para Dubai e descobriu que lá morava a família mais rica do mundo. A família tinha uma filha chamada Nádia, a mãe chamada Jamile e o pai chamado Hassan. A gênia queria se vingar da família, pois ela desejava ser a mais rica do mundo. Então, bolou um plano genial e infalível. Foi na casa da família, fingiu ser fã número um da garota, que era a cantora mais popular do momento e tinha 15 anos e a chamou para viajar, os pais que eram muito bonzinhos permitiram. A gênia fingiu levá-la para sua casa, mas enfiou a garota em uma grande mala e a levou para o aeroporto, combinou tudo com o piloto e quando ela menos esperava... teve que deixar o plano de lado e ir ao banheiro. Os amigos e fãs de Nádia que a seguiam o tempo todo, descobriram que ela estava dentro da mala, correram, tiraram Nádia da mala e no lugar colocaram pedras e palha. Nádia ficou muito agradecida, mas tiveram que se esconder, como eram maluquinhos saíram do aeroporto e se esconderam embaixo da areia. A gênia deixou a mala no avião e esperou, o avião decolou e caiu. Todos morreram, mas isso era o plano que ela havia combinado com o piloto. 16
Os pais de Nádia souberam do acidente e choraram muito até que depois de algumas semanas a menina chegou em casa. Eles pararam de chorar e perguntaram o que havia acontecido. Nádia explicou tudo. Denunciaram a gênia para a polícia. Essa história ficou tão famosa que virou peça de teatro, filme, livro e várias outras coisas...
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O Conflito de Morgana Autora: Sophia Fernandes da Rocha Santos
Morgana era uma mulher cheia de dívidas e muito má. Existia uma mulher chamada Iasmim, uma mulher doce, fofa e rica que nunca teria dívidas, mas um dia não conseguiu pagar a escola de todas as filhas. Ela tinha 4 meninas: Parizade de 15 anos, Perisady de 12 anos, Morgiana de 8 anos e Mayara de 5 anos e dois meninos: Perviz com 1 ano de idade e Bahman de 3 anos. O problema de Iasmim era que quanto mais pobre ficava mais a depressão a atacava. Na sexta-feira era o dia em que Morgana vendia sabão, Iasmim pediu para a filha Parizade ir sozinha comprar. Ela precisava aprender a ir ao mercado local sozinha. Parizade foi, no caminho tropeçou e disse à Morgana que a segurou: - Obrigada, que Alá te traga uma vida boa e longa! E qual é o seu nome? - Morgana. Parizade comprou o sabão e falou: - Eu quero que você jante no meu palácio amanhã. Troque de roupa, acho que você conhece a sultana.... Tinha algo de misterioso no ar... Parizade chegou em casa e viu que a mãe estava totalmente depressiva, já sabia o que estava acontecendo. Contou o que
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havia ocorrido no mercado para a mãe que ficou muito furiosa e disse que não queria Morgana em seu palácio. No dia seguinte, Morgana estava com a filha na porta do palácio e Parizade disse: - Mãe, ela está na porta vou falar para ela ir embora. Iasmim responde: -Vai logo!!! Quando Parizade viu a filha de Morgana, elas eram iguais. Parizade estranhou muito...mas falou que tinha que ir embora. - Iasmim falou: - O que foi, você viu a filha de Morgana? - Sim!!! - disse Parizade. - Não quero falar sobre isso, então soube que ela é cheia de dívidas? Não mexa no cofre e vá dormir. No dia seguinte, Parizade refletiu muito, saiu escondida do palácio e resolveu morar com Morgana. Chegou na casa de Morgana e esta contou toda a história à Parizade. Disse que Parizade era irmã gêmea de outra adolescente com exatamente a mesma idade e que elas foram separadas no dia do nascimento. Depois de 3 anos morando na casa de Morgana, resolveu ir embora. No caminho pensou nos irmãos e também no que a mãe Iasmim poderia fazer quando ela voltasse. Voltou para casa, quando chegou tudo estava mais lindo do que nunca, a mãe havia melhorado da depressão e deu dinheiro para Morgana pagar suas dívidas.
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Na verdade, Iasmim e Morgana eram irmãs. Iasmim tinha casado com o sultão e, dessa forma, ficado muito rica e importante. Morgana desde esse dia ficou muito enciumada e com muita inveja das coisas que a irmã possuía e fazia. Por esse motivo, resolveu sequestrar e criar a filha gêmea que Iasmim teve, mas como Iasmim era muito bondosa perdoou a irmã e ainda lhe deu uma vida melhor.
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Kaluf e a Cabana Mágica Autores: Gustavo Fernandes Mattos e Daniel Trote de Freitas Mendes
Há 50 séculos atrás, em uma noite chuvosa, Kaluf, um homem pobre que morava em uma cabana ouviu um barulho de uma coisa tremendo. Então, se levantou para ver o que era, olhou para todos os lados e não viu nada além de chuva, o céu, o solo e a lua. E quando olhou para trás não viu mais sua cabana. Porém, uma coisa estranha aconteceu no deserto, três homens correndo no meio da grande chuva que ocorrera. Suspeitou que eles tinham roubado sua tenda minúscula, mas que ele adorava, então começou a segui-los. Montou em um camelo e começou sua jornada. No dia seguinte, estava no meio do deserto, com sede e com calor, quando viu uma trilha de tâmaras e decidiu segui-las. Quando a trilha terminou ele viu um castelo bonito, limpo, alto, porém abandonado. Decidiu se abrigar. O jovem querendo conhecer sua nova casa, deu uma volta no castelo e achou bom. Sentiu um cheiro muito bom e foi a cozinha, e viu os três ladrões que suspeitava ter roubado sua cabana. Pensou um pouco e resolveu trancá-los em uma torre, mas não sabia como. Kaluf, elaborou um plano: ele iria no meio da noite ao quintal pegar uma corda, amarrar os ladrões e jogá-los em uma torre sem comida. O plano funcionou e o garoto recuperou sua tenda, mas estava igual a uma folha de papel estirada no chão. 21
A pergunta era porque os ladrþes roubariam um tapete sujo? O garoto feliz deitou-se no tapete que era sua cabana e o tapete começou a voar e o menino descobriu porque eles tinham roubado sua tenda. O garoto decidiu ficar com a tenda em vez de uma linda casa, porque mesmo pobre ele sentia-se muito rico.
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A Água da Vida Autoras: Hannah Silvestre Thieme , Julia Kaori Puchnick Yoshimatsu e Maria Dias Lopes Bronzatto
Há muito tempo, lá na Arábia, viviam um sultão e uma sultana que moravam em um palácio luxuoso, cheio de empregados e riquezas. Um dia, a sultana deu à luz a dois bonitos e fortes meninos que receberam os nomes de Calim e Cogiham. Dois anos depois, nasceu outro menino, que se chamou Mahllan. Um ano depois, tiveram uma menina linda como a primavera que se chamou Morgiana. Quando cresceram, sultana ficou muito doente, então chamaram uma médica que disse que ela só iria ser curada se bebesse a água da vida que ficava no deserto da Pérsia. O sultão enviou Calim e dois homens, que cavalgaram por quilômetros pelo deserto da Pérsia. Lá longe avistaram uma jovem. No começo acharam estranho, uma jovem sozinha no meio do deserto! Que estranho! Mas esta jovem era uma feiticeira que os transformou em pedra. Logo depois, toda a sua família soube da morte de seu parente, Calim. Cogiham e Mahllan com medo de serem enfeitiçados, seguiram por outro caminho, sempre procurando o irmão. No meio do caminho, encontraram um jardim, com muitas rosas, cheias de espinhos, que quando eles encostaram, injetou veneno letal que os matou rapidamente.
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Sua irmã e seus pais, ficaram horrorizados pela perda de seus filhos. Morgiana logo se ofereceu para procurá-los, porém, seus pais não lhe autorizaram e disseram que era louca. Então, no meio da noite Morgiana chamou duas empregadas fiéis, pediu que selassem seu cavalo e a substituísse enquanto ela estivesse fora. Seu cavalo e ela cavalgaram muito tempo pelo deserto até que chegaram a uma árvore que tinha uma sombra boa. Morgiana estava cansada e decidiu descansar debaixo da árvore com seu cavalo. De repente, a árvore começou a falar e disse a Morgiana: - Minha jovem, o que você está fazendo aqui? Então ela respondeu: - Eu estou procurando a água da vida. Será que o senhor pode me ajudar? - Posso, mas você terá que ouvir uma dica importante. - Um vaso bem grande e bem entortado. Para você me achar vai ter que mergulhar, você vai ter que descobrir três palavras e acertar três charadas, se perder irá morrer. Morgiana agradeceu a árvore e ficou com essa dica na cabeça até achar um vaso muito grande e torto. Assim que o pegou abriu uma passagem de água muito grande, funda e com um brilho no centro. Ela olhou o brilho e imediatamente se jogou na água, mergulhou e achou uma concha com uma pérola brilhante. No mesmo instante que ela pegou a pérola todo aquele espaço se transformou em um jardim com um chafariz com a água da vida no centro. Morgiana caminhou em direção ao chafariz com seu vaso e o encheu com a água. Ela foi ao jardim em que seu irmão fora morto, despejou água na boca seca dele e no mesmo instante ele acordou, 24
respirou, foram até seu irmão enfeitiçado, que tinha virado pedra e também jogou a água da vida. Mas quando chegaram ao palácio sua mãe havia falecido, contaram que ela estava tão doente e que morreu. Felizes por estarem novamente juntos, mas tristes por sua mãe. Prosseguiram a vida, cada vez com mais e mais aventuras.
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O Sumiço de Parizade Autor: Raquel Trote de Freitas Mendes
Um dia, o sultão, a sultana e seus três filhos estavam no deserto. O sultão e a sultana pediram para seus filhos colherem frutos para o jantar. Quando os seus filhos e sua filha chegaram em uma grande árvore de pitanga começaram a colher várias, depois de um tempo um dos filhos do sultão chamado Bahman, percebeu que sua irmã Parizade tinha sumido. Então, avisou ao seu outro irmão Perviz que ela tinha sumido e os dois irmãos saíram correndo para avisar o pai. Bahman começou: - Pai, nós estamos muito tristes porquê... Perviz continuou: - Nossa querida irmã Parizade sumiu... O pai e a mãe ficaram muito tristes, Bahman viu a tristeza e falou: - Pai, mãe, não fiquem assim eu vou achá-la! Perviz concordou: - Eu também vou! O sultão e a sultana ficaram preocupados, mas permitiram. Eles estavam rodeando a árvore de pitanga e depois de um tempo Perviz e Bahman ouviram uma voz pedindo socorro, mas eles achavam que não era a voz da irmã e continuaram rodeando a árvore de pitanga a procura de alguma pista. Ouviram outra vez e dessa vez eles decidiram seguir esse som, viram a irmã presa sem suas jóias e braceletes. Quando eles 26
soltaram a irmã, Perviz viu uma pessoa estranha que usava roupas pretas e estava com um saco nas costas. Perviz perguntou: - Quem é você? E o que tem aí neste saco atrás das suas costas? Bahman falou para Perviz: - Perviz, é melhor parar com isso, preste mais atenção em nossa irmã, ela está muito fraca. Então, Perviz parou, mas estranhou muito. No caminho achou que as jóias que a irmã estava usando quando foi caçada estavam lá naquele saco. Então ele perguntou para a Parizade: - Parizade, por acaso você viu onde o ladrão colocou as jóias que estava usando? Parizade pensou um pouco e respondeu: - Eu acho que ele colocou em um saco preto bem grande... Perviz tinha certeza que viu um saco preto bem grande, mais não comentou nada... Quando o sultão e a sultana viram Bahman e Perviz com sua irmã Parizade ficaram muito felizes, choraram tanto de felicidade, mas a sultana estranhou algo na filha e perguntou. - Filha, quem foi que te prendeu? Parizade não sabia quem era e falou, - Mãe, talvez o Perviz saiba quem ele é? A Sultana estranhou novamente e perguntou: - Por que? Parizade respondeu: - Porque ele ficou “conversando” com ele. Então Perviz começou e mostrou uma foto do ladrão: - Mãe, pai eu tirei esta foto do ladrão e eu sei quem pode pegar este ladrão! 27
O sultão falou: - Que tal chamarmos os soldados do castelo para pegar o ladrão?! A sultana respondeu: - Ótima ideia! Deixe que eu chamo os soldados! Quando os soldados chegaram, eles foram para a árvore de pitanga e encontraram uma linda trilha de acessórios, quando acabou a trilha os soldados estranharam, não tinha nada. Quando estavam voltando para a árvore de pitanga ouviram um barulho estranho, quando viraram para trás viram uma coisa meio estranha e acharam melhor segui-la. Então um soldado falou: - Quem estiver aí atrás fique sabendo que nós não temos medo. Então vamos, apareça e nos enfrente. Quando o ladrão ouviu isso, ele ficou muito assustado e com medo. Mas tomou coragem e se virou. Quando os soldados viram aquele ladrão, acharam que aquele rosto era familiar. Por isso não mataram, mas o levaram para o sultão. O sultão ficou olhando por algum tempo e descobriu quem era essa pessoa. E disse: - Meus queridos filhos, minha esposa e meus soldados reconheci este homem, ele é um amigo meu que quando nos encontramos nas caçadas começamos a conversar. Mas o que você está fazendo aqui neste deserto? Então o amigo do Sultão falou: - Óh sultão meu amigo, vim para cá te ver. O sultão estranhou e perguntou: - Oras, mas se você veio me ver porque tu roubastes minha filha? O amigo, mesmo com muita vergonha, falou: 28
- Peguei as coisas de tua filha porque estou participando de uma competição de quem tem mais ouro. - E porque você está competindo? - Porque assim irei conseguir me casar. - Meu querido amigo, era só me pedir, te dou um pouco de ouro. - Muito obrigado e me desculpe por ter pegado as joias de sua filha. Agora vou embora. - Por favor, não vá, disse a irmã, venha jantar conosco. - Muito obrigado, não sei nem como agradecer. Então, todos comeram juntos e felizes. O amigo do sultão venceu a competição e se casou. O sultão e a sultana, Parizade, Bahmam e Perviz viveram felizes para sempre.
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