Apostila de bolsas

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DOSSIÊ TÉCNICO Modelagem de bolsas Salete Dal Mas Jerson Proença SENAI-RS Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Dezembro 2006


DOSSIÊ TÉCNICO Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3 2 MODELOS DE BOLSAS E SUAS CARACTERÍSTICAS ....................................................3 3 MEDIDAS E PROPORÇÕES................................................................................................4 3.1 Construção do modelo base ...........................................................................................5 3.1.1 Medidas base para “baguetes”........................................................................................5 3.1.2 Medidas base para bolsa média .....................................................................................6 3.1.3 Medidas base para bolsa grande ....................................................................................6 3.1.4 Medidas base para mochilados.......................................................................................6 3.1.5 Medidas base para bolsa de fôrma .................................................................................7 3.2 Medidas padrão ................................................................................................................7 3.2.1 Conhecendo a bolsa .......................................................................................................7 3.2.2 Tabela de chanfração......................................................................................................8 3.2.3 Construindo o modelo .....................................................................................................9 3.2.4 Desenvolvendo o modelo baguete..................................................................................9 3.2.5 Bolsa média fole em v ...................................................................................................16 3.2.6 Bolsa grande .................................................................................................................19 3.2.7 Mochilados ....................................................................................................................26 3.2.8 Bolsa de fôrma ..............................................................................................................31 CONCLUSOES E RECOMENDAÇÕES................................................................................31 REFERÊNCIAS......................................................................................................................32 Anexo ANEXO A - Sites sobre tendências de moda para bolsas................................................32


DOSSIÊ TÉCNICO Lista de Figuras FIG. 1 – Bolsa em perspectiva......................................................................................................... 4 FIG. 2 – Medida natural ................................................................................................................... 5 FIG. 3 – Tipos de fole....................................................................................................................... 6 FIG. 4 – Bolsa expandida ................................................................................................................ 8 FIG. 5 – Desenho artístico da bolsa e desenho do modelo base................................................... 9 FIG. 6 – Baguete de fole desenho do modelo base...................................................................... 10 FIG. 7 – Desenho do modelo base................................................................................................ 10 FIG. 8 – Medidas para a construção do fole ................................................................................. 11 FIG. 9 – Construção de um fole..................................................................................................... 12 FIG. 10 – Construção da boca....................................................................................................... 13 FIG. 11 – Formação de um forro construído em V ....................................................................... 14 FIG. 12 – Definição do forro simples ............................................................................................. 14 FIG. 13 – Construção do pegador de alça .................................................................................... 15 FIG. 14 – Construção da alça........................................................................................................ 15 FIG. 15 – Bolsa média fole em V e desenho do modelo base ..................................................... 16 FIG. 16 – Desenho da extração do fundo ..................................................................................... 17 FIG. 17 – Desenho da extração do fole......................................................................................... 17 FIG. 18 – Desenho do corpo completo.......................................................................................... 18 FIG. 19 a e b – Desenho da formação da boca visando explorar as medidas ............................ 18 FIG. 20 – Desenho da boca completa........................................................................................... 19 FIG. 21 – Modelo de fole em V e desenho do modelo base ........................................................ 20 FIG. 22 – Desenho da extração do fundo ..................................................................................... 20 FIG. 23 – Desenho da extração do fole......................................................................................... 21 FIG. 24 – Desenho do corpo completo.......................................................................................... 21 FIG. 25 – Modelo de fole e desenho do modelo completo ........................................................... 22 FIG. 26 – Desenho do modelo base com aumento de emenda e virado..................................... 22 FIG. 27 – Desenho da execução do exercício citado ................................................................... 23 FIG. 28 – Desenho da construção do forro ................................................................................... 23 FIG. 29 – Desenho do forro e da construção da boca .................................................................. 24 FIG. 30 – Bolsa grande com sistema de fundo e desenho do modelo base................................ 25 FIG. 31 – Desenho da extração do fundo ..................................................................................... 25 FIG. 32 – Desenho do corpo completo e extração da boca ......................................................... 26 FIG. 33 – Mochilados e desenho do modelo base........................................................................ 27 FIG. 34 – Desenho da extração do fundo ..................................................................................... 27 FIG. 35 – Desenho do corpo completo.......................................................................................... 28 FIG. 36 – Desenho da construção do forro ................................................................................... 28 FIG. 37 – Desenho da mochila de fole e do modelo base............................................................ 29 FIG. 38 a e b – Desenho da extração do fole ............................................................................... 29 FIG. 39 – Desenho da extração da boca....................................................................................... 30 FIG. 40 – Desenho da extração do forro ....................................................................................... 31


DOSSIÊ TÉCNICO Título Modelagem de Bolsas Assunto 1521-1/00 - Bolsas de qualquer material (couro, plástico, etc); fabricação de Resumo Técnicas avançadas de modelagem de sistemas de produção de bolsas e dicas para que, na construção de uma coleção, se defina um segmento buscando o mercado certo. É importante salientar que este estudo apresenta as técnicas de construção de modelos. A criatividade para enriquecer o produto final depende de cada indivíduo. Palavras-chave Artefato; bolsa; couro; modelo Conteúdo 1 INTRODUÇÃO Com a chegada deste novo ícone que é a mulher independente e emancipada, atuante no mercado e disputando salários com o público masculino, inicia-se uma nova era em termos de produtos e acessórios. Com todos estes atributos, esta consumidora em potencial chega ao mercado à procura de produtos que a satisfaçam, dentro de vários segmentos que unem qualidade, beleza, versatilidade e, acima de tudo, que seja um produto de moda. Para atender a este mercado que vem em um crescente admirável, deve-se estar atento e preparado para suprir esta consumidora com produtos que reúnam tais características. É preciso interpretar este acontecimento como uma nova maneira de enriquecer o produto dentro de um segmento lógico de tendência de moda e de mercado, principalmente. 2 MODELOS DE BOLSAS E SUAS CARACTERÍSTICAS Existem vários tipos de bolsas. Existindo no mercado há muitas temporadas, algumas se tornaram ícones e outras tradicionais, mas sempre sendo uma referência na hora da venda, pois somente uma coleção competitiva e caracterizada pela beleza, versatilidade, qualidade e moda consegue se manter neste mercado. Um produto é classificado como sendo de moda quando reúne os seguintes atributos: deve ser um produto presente nas dicas de tendências, não precisamente em um modelo existente, mas dentro das características de corte, desenho, material, adereços e metais. A construção de uma coleção se dá quando existem modelos que, na visão do consumidor primário (lojista), completam a coleção, que são as famosas baguetes de mão, modelo baguete com ou sem fole, modelos médio de fole e grande de fole, modelos de fundo que caracterizam a bolsa saco e mochilados, bolsa de fole cortado, e finalizando, bolsa de fôrma. Dentro dessas Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br

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características, a coleção poderá ser formada com criatividade e ousadia, seguindo os tipos de bolsas que hoje existem no mercado, pois modelagem é uma eterna evolução. As medidas variam conforme os tipos de bolsas. As medidas base serão vistas conforme a construção do modelo e na confecção da peça piloto. Seguindo as instruções deste fascículo, pode-se perceber que as dúvidas surgem e as dificuldades aparecem com freqüência, mas devem ser superadas pelo exercício e pela prática, sem a qual não é possível formar um profissional. Este, por sua vez, deverá ter muita dedicação e afinco no cumprimento das tarefas determinadas, pois na confecção de peças piloto deve-se presumir o custo do material utilizado para que não haja desperdício de matériaprima. Também são apresentados truques e sugestões na interpretação de fotos e ilustrações para que se possam desenvolver as medidas e proporções da bolsa. 3 MEDIDAS E PROPORÇÕES Devem-se observar as linhas que definem o limite do modelo, sendo na medida vertical e na medida horizontal. Se a bolsa estiver em perspectiva, a profundidade deverá ser observada, como mostram os desenhos a seguir.

OBSERVE AS MEDIDAS DE BASE PARA CADA MODELO, SEMPRE IDENTIFICANDO AS EXTREMIDADES.

FIG. 1 - Bolsa em perspectiva FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Para desenvolver a característica normal de uma bolsa através de uma foto, deve-se observar Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br

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os adereços e metais e, às vezes, os objetos que compõem o interior da fotografia, para que se possa trazer estas medidas ao tamanho natural. O exemplo a seguir apresenta uma foto que, através desta técnica, traz a medida natural e revela as medidas da bolsa.

FIG. 2 - Medida natural FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Observe-se o tamanho das peças comparando-o aos outros adereços existentes na foto. 3.1 Construção do modelo base No desenvolvimento de uma bolsa deve-se iniciar pelo modelo base, que significa o desenho natural da bolsa vista de frente, cumprindo as medidas padrão descritas a seguir. 3.1.1 Medidas base para “baguetes” As baguetes variam de tamanho cumprindo as seguintes medidas: 30 cm X 15 cm, 2 cm para menos e 2 cm para mais. O fole varia de 8,5 cm, 2 cm para menos e 2 cm para mais. Quando se tratar de um modelo sem fole, observam-se as medidas anteriores. Alça curta com medidas que variam de 55 cm a 70 cm de comprimento. A largura será conforme o design da bolsa.

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3.1.2 Medidas base para bolsa média As bolsas médias são caracterizadas pelo tamanho e pela praticidade que as torna as bolsas mais comerciais do segmento. Medidas: 32 cm X 16 cm, sendo sempre 2 cm a 3 cm para mais (altura ou comprimento). O fole deve ser de 6,5 cm, sendo 2 cm para menos e 4 cm para mais. Pode ser em V ou fole normal (ver tipos de fole).

fole padrão

fole em “V”

FIG. 3 - Tipos de fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Quando a alça longa é usada no estilo tiracolo carteiro, a medida é de 1,35 m, com ou sem fivela de regulagem. Já nas alças curtas, a medida varia de 65 cm a 75 cm, com uma ou duas alças. 3.1.3 Medidas base para bolsa grande Bolsa grande: com a construção em vários tipos como bolsa de fundo, fole e fole em V, esta peça tem seu lugar garantido em todas as épocas. As medidas são de 35 cm X 22 cm, sendo 3 cm para mais e 3 cm para menos. No fole, a medida varia de 10 cm a 14 cm, sendo 2 cm para menos e 2 cm para mais. Quando a alça longa é usada no estilo tiracolo carteiro, a medida é de 1,35 m, com ou sem fivela. Já nas alças curtas, a medida varia de 65 cm a 75 cm, com uma ou duas alças. 3.1.4 Medidas base para mochilados O segmento dos mochilados também não perde mercado por ser uma peça indispensável que

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imprime praticidade e versatilidade. Construída em tamanhos variados, esta peça caracteriza-se pelas duas funções das alças, que poderão ser duas com zíper ou duas afiveladas, e às vezes no estilo marsupial. As alças são construídas com 80 cm de comprimento. Quando esta peça aparece atravessada, deve-se observar o tamanho do modelo para calcular o ângulo e o tamanho da alça. 3.1.5 Medidas base para bolsa de fôrma A bolsa de fôrma é sempre um modelo desejado, pois traz em sua forma de construção e design a busca de inspirações de épocas passadas. É construída com base em materiais como madeira ferro e, às vezes, plástico usado nas fôrmas de sapato. As medidas vão de 35 cm X 17 cm, sendo 3 cm para menos e 3 cm para mais. O fole varia conforme as medidas padrão desenvolvidas nas bolsas de fole. As alças são curtas, nas medidas de 55 cm a 70 cm, com fivelas ou não. 3.2 Medidas padrão As medidas utilizadas na construção de bolsas são cm e mm, sendo mm para as medidas de virado e emenda luva. 3.2.1 Conhecendo a bolsa

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FIG. 4 - Bolsa explodida FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

3.2.2 Tabela de chanfração Tabela em mm para chanfração e preparo, assim como para a costura de peças. TAB. 1 – Medidas para aumento de costura e virado

Medidas para aumento de costura e virado

Variações virado simples virado sobreposto virado sobre papelão virado sobre espuma sobreposições luva simples

Couros

Tecidos

Sintéticos

6,0 mm 8,0 mm 7,0 mm 6,0 mm 8,0 mm 8,0 mm

8,0 mm 10,0 mm 10,0 mm 8,0 mm 10,0 mm 8,0 mm

8,0 mm 10,0 mm 10,0 mm 8,0 mm 10,0 mm 8,0 mm

FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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3.2.3 Construindo o modelo Partindo de um desenho, seja ele em perspectiva ou um desenho frontal, faz-se necessário observar todos os detalhes que o diferenciam. Após a identificação do desenho com todos os detalhes, parte-se para o modelo BASE, que define as dimensões e os detalhes característicos da bolsa e é desenvolvido em cartolina. Nos desenhos abaixo está exposto o desenho artístico da bolsa, e ao lado o desenho do modelo BASE.

FIG. 5 - Desenho artístico da bolsa e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

OBSERVAÇÃO: Este exemplo define o modelo padrão de desenvolvimento de todos os segmentos de modelagem. Ou seja, ele deve ser executado em todos os modelos seguindo as medidas padrão. 3.2.4 Desenvolvendo o modelo baguete •

Baguete de fole

Para a construção do modelo baguete partindo do modelo BASE, a medida padrão deverá iniciar na boca pela borda lateral, finalizando no meio do modelo. Exemplo:

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FIG. 6 - Baguete de fole e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 7 - Desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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A medida adquirida do modelo anterior será a base da construção do FOLE, seguindo as medidas padrão de fundo e boca, como no exemplo a seguir.

FIG. 8 - Medidas para a construção do fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Quando a medida do fole é dada, deve-se observar o tamanho que foi definido para a boca e o fundo, respectivamente. No desenho a seguir vê-se a construção de um FOLE dentro das medidas padrão definidas no exemplo acima.

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FIG. 9 - Construção de um fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

OBSERVAÇÃO: Este exemplo deverá ser usado em todos os segmentos de modelos com fole. •

Construção da boca

A construção da boca está entre duas medidas base, que são a medida da alça (largura) e a medida do zíper (largura), conforme o exemplo citado acima. Veja-se a seguir o passo a passo da construção da boca.

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FIG. 10 - Construção da boca FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Construção do forro

A construção do forro se dá quando no desenho simulado com frente e fole as medidas do fole tiverem que ser observadas nas medidas limite. Observe-se no desenho abaixo a formação de um forro construído em V.

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FIG. 11 - Formação de um forro construído em V FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

OBSERVAÇÃO: Este processo deverá ser exercitado várias vezes, pois exige raciocínio em sua construção e, também, porque terá mais rentabilidade na confecção da bolsa. Outro tipo mais fácil e não tão produtivo é o FORRO SIMPLES, cuja construção se dá quando, na formação do corpo e na construção do fole, forem idênticos ao couro. No desenho a seguir vê-se a definição deste forro, que poderá ser usado em todos os modelos de fole.

FIG. 12 - Definição do forro simples FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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Pegador de alça

Esta peça, que prende os adereços e os metais, é construída com base na espessura do metal, na largura definida da alça e no espaço deixado para preparo na boca, como no exemplo.

FIG. 13 - Construção do pegador de alça FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Alça

A definição e o estilo da alça deverão ser feitos conforme o modelo criado. No exemplo a seguir, o comprimento e a largura estão definidos. ALERTA: Quando esta alça for sustentada por um adereço ou metal, deverão ser equacionados a medida da espessura da peça e o espaço para o preparo e a costura.

FIG. 14 - Construção da alça FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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Nomenclatura

Indica-se a nomenclatura das funções de divisão, emenda luva e virado. Nesta fase em que o modelo já está definido em suas medidas, deverão ser apontadas as operações em que se definem a emenda luva, a divisão de peças e o virado, para que o operador saiba como deve encaminhar a chanfração da peça. É importante salientar que esta nomenclatura deve seguir as normas já apresentadas na Tabela de Chanfração.

3.2.5 bolsa média fole em v Esta peça caracteriza-se pelo mesmo sistema de construção do forro em “V” visto acima, sendo que, através do desenho e do modelo BASE, a medida padrão deverá ser o corpo com base no fundo. Ou seja, a medida de profundidade do fundo e da boca determinará a construção do fole que, por sua vez, irá compor o corpo frontal e do fole, formando uma peça única. Vejam-se os exemplos a seguir.

FIG. 15 - Bolsa média fole em V e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 16 - Desenho da extração do fundo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 17 - Desenho da extração do fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 18 - Desenho do corpo completo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Boca

Neste modelo de boca vê-se uma técnica mais fácil e que trará economia. O corpo deve invadir a medida do zíper e do fole, formando uma peça só. No exemplo a seguir é possível observar cada fase desta construção.

FIG. 19a - Desenho da formação da boca visando explorar as medidas do zíper e alça FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 19b - Desenho da formação da boca visando explorar as medidas do zíper e alça FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 20 - Desenho da boca completa FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

IMPORTANTE: No desenvolvimento do design da bolsa deve-se procurar trabalhar linhas mais leves no acabamento da boca, pois esta peça é de suma importância quanto ao manuseio das mãos e objetos do interior da bolsa, facilitando também o manuseio do bolso interno. 3.2.6 Bolsa grande Quando se conhecem alguns sistemas de construção, fica mais fácil desenvolver as peças piloto. Trabalha-se em cima das medidas padrão. A seguir apresentam-se dois tipos de construção usando as medidas de bolsa grande. Os sistemas dentro deste segmento são muito parecidos; basta trabalhar as técnicas desenvolvidas nos modelos baguete e bolsa média.

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Modelo de fole em “V”

FIG. 21 - Modelo de fole em V e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 22 - Desenho da extração do fundo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 23 - Desenho da extração do fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 24 - Desenho do corpo completo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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Modelo de fole

FIG. 25 - Modelo de fole e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 26 - Desenho do modelo base com aumento de emenda e virado FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 27 - Desenho da execução do exercício citado FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 28 - Desenho da construção do forro FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 29 - Desenho do forro e da construção da boca FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Bolsa grande com sistema de fundo

Após o desenho da bolsa, desenha-se também o modelo base seguindo as normas padrão. A seguir, passa-se a construir as medidas através do modelo do fundo, conforme instrução anterior. Este exemplo de bolsa torna-se um modelo comercial por sua forma, assim como sua fácil industrialização. A medida padrão inicia-se do meio do modelo do fundo até o centro lateral, determinando, assim, a medida horizontal da bolsa, sendo que a medida da altura deverá seguir as normas padrão.

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FIG. 30 - Bolsa grande com sistema de fundo e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 31- Desenho da extração do fundo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

Na extração da boca deve-se construir o desenho seguindo o modelo base para, assim, conseguir a medida dos ângulos, conforme o desenho abaixo. As medidas dos ângulos devem ser iguais para a construção da boca.

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FIG. 32 - Desenho do corpo completo e extração da boca FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

3.2.7 Mochilados Neste segmento, a construção repete-se dentro de todos os tipos. Por ser uma peça versátil, pode ser construída como bolsa de fole, de fundo, e até de fôrma. Nos exemplos a seguir vêem-se dois modelos também já mostrados. As proporções padrão aplicadas terão grande importância, já que o design deste modelo exige formas mais básicas.

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FIG. 33 - Mochilados e desenho do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 34 - Desenho da extração do fundo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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FIG. 35 - Desenho do corpo completo FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

A construção do forro é semelhante à construção da bolsa de fundo.

FIG. 36 - Desenho da construção do forro FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo” Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br

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MODELO BASE

FIG. 37 - Desenho da mochila de fole e do modelo base FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 38a - Desenho da extração do fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo” Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br

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FIG. 38b - Desenho da extração do fole FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

FIG. 39 - Desenho da extração da boca FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

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BOCA

CORPO FOLE FUNDO

NESTE SEGMENTO O FORRO APARECE NAS MESMAS CARACTERISTICAS DAS PECAS , OU SEJA NAS MESMAS PROPORCOES.

* Neste segmento o forro aparece nas mesmas características das peças, ou seja, nas mesmas proporções. FIG. 40 - Desenho da extração do forro FONTE: SENAI. RS. Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo”

3.2.8 Bolsa de fôrma Este modelo é caracterizado por suas formas básicas e estruturadas, reunindo um design mais tradicional com um leve toque que lembra décadas passadas. O modelo BASE será utilizado para a construção da fôrma. Também neste segmento utilizam-se os métodos do modelo de fole e do modelo de fundo, sendo estes dois tipos mais adequados para esta construção. Construção: Ver modelo de fole. Conclusões e Recomendações Existem vários tipos de artefatos. Permanecendo no mercado há muitas temporadas, alguns se tornaram ícones e outros tradicionais, mas sempre sendo uma referência na hora da venda, pois somente uma coleção competitiva e caracterizada pela beleza, versatilidade, qualidade e moda consegue se manter neste mercado. Um produto é classificado como sendo de moda quando reúne os seguintes atributos: ser um produto presente nas dicas de tendências, não precisamente em um modelo existente, mas dentro das características de corte, desenho, material, adereços e metais.

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Foram apresentadas as técnicas de modelagem de bolsas e dicas para que, na construção de uma coleção, se defina um segmento buscando o mercado certo. É importante salientar que o estudo apresenta as normas técnicas de construção de modelos. A criatividade para enriquecer o produto final depende de cada indivíduo. Referências BENSTOCK, Shari; FERRISS, Suzanne. Org. Por dentro da moda. Rio de Janeiro: Rocco, 2002. 327 p. BOLSOS. Amsterdam: Pepin, 2004. 351 p. DONNANNO, Antonio. Técnica dei modelli: acessori moda. Milão: Ikon, 2004. 222 p. LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 285 p. O’ HARA, Georgina. Enciclopédia da moda. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 299 p. Anexo ANEXO A - Sites sobre tendências de moda para bolsas http://www.estilosamiracampos.com.br/tendencias/tnd_0031.asp http://www.sapatosonline.com.br/tendencias.htm http://www.leather.com.br/novo/noticia.asp?c=39968 Nome do técnico responsável Salete Dal Mas Jerson Proença Nome da Instituição do SBRT responsável SENAI-RS / Centro de Educação Profissional SENAI em Artefatos de Couro “Giuseppe Fasolo” Data de finalização 09 out. 2006

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