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Figura 3 – 3a Temperaturas da cidade de São Paulo até o dia 21/06 3b - Temperaturas da cidade de São Paulo após o dia 21/06

As normas ABNT NBR 15718, ABNT NBR 16292, ABNT NBR 16485, ABNT NBR 16554 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 2009, 2014, 2016b, 2016c), apontam diretrizes para realização de experimentos com a utilização da técnica da termografia infravermelha, no entanto não há informações a respeito dos horários para aferição da temperatura do objeto de estudo (edifício). Dessa maneira, a definição quanto às datas e horários adotados para uso do equipamento se deu através da identificação do período crítico de temperaturas na cidade de São Paulo, analisados a partir dos dados fornecidos pelo Software SOL-AR desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina que utiliza informações de estações meteorológicas como input no banco de dados do software. A Figura 2 demonstra os períodos nos quais a radiação solar é amena, representada por cores frias, ou branda, representada por cores quentes, sendo assim, a cor vermelha aponta o período crítico da radiação solar. Com isso, foram analisados os horários predominantemente críticos para as estações do ano, obtendo como resultado o horário das 14h00min. As medições com a câmera termográfica serão realizadas após esse período a fim de resultar em horários nos quais ocorra perda e/ou diferenciação da temperatura dos componentes do edifício uma vez que a radiação incidente sobre eles também reduz (Figuras 3a e 3b).

Figura: 3a – Temperaturas da cidade de São Paulo até o dia 21/06 e 3b – Temperaturas da cidade de São Paulo após o dia 21/06

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Fonte: LEONE, 2017

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em cinco seções. A Seção 1 apresenta a Introdução, que é composta pela conceituação e caracterização do tema, Objetivo geral e objetivos específicos; Justificativa, Metodologia e Estrutura do Trabalho.

A seção 2 apresenta revisão da literatura no que diz respeito às manifestações patológicas dos edifícios e a técnica não destrutiva da termografia por infravermelho como auxilio a inspeção de anomalias. A seção 3 apresenta a pesquisa prática, através da apresentação dos estudos de caso com respectivas informações sobre os edifícios, assim como o mapeamento das manifestações patológicas verificadas a campo através de inspeção visual e ferramenta auxiliar (câmera termográfica) para análises dos resultados obtidos. A seção 4 apresenta a discussões em relação aos resultados obtidos. A seção 5 apresenta as considerações finais e sugestões para futuros trabalhos.

2 REVISÃO DA LITERATURA

Nesta seção foram identificadas as terminologias dos assuntos estudos: patologia e termografia por infravermelho. Apontadas as principais causas relacionadas às manifestações patológicas, das quais foram subdivididas em três categorias, sendo elas: fissuras, umidade e degradação da edificação. Em relação à abordagem da técnica da termografia por infravermelho, foram apresentados aspectos quanto sua história, espectros da radiação eletromagnética, câmera termográfica, fatores que influenciam a medição termográfica e as características dos ensaios destrutivos e não destrutivos como método de auxílio ao

diagnóstico das anomalias nas edificações.

2.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS Patologia é a ciência que estuda os aspectos da doença, a fim de descobrir a origem, sintomas e desenvolvimento das condições orgânicas anormais e respectivas consequências (MICHAELIS, 2019). A palavra patologia tem origem grega na qual pathos que significa doença e logos estudo (SIGNIFICADOS, 2017). Na construção civil este termo é utilizado quanto ao estudo das anomalias relacionadas à edificação. Manifestações patológicas são identificadas como irregularidades que se manifestam no produto em função de falhas devido a origens diversas, podendo ser do projeto, fabricação, instalação, execução, montagem, uso ou manutenção, e problemas que não decorram do envelhecimento natural (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013). São muitos os fatores que contribuem quanto à origem das manifestações patológicas. No estudo de Grunau (1981 apud HELENE 1992, p. 22) são apresentados como responsáveis da origem das anomalias o projeto, materiais, execução, uso e planejamento da construção, sendo o projeto identificado com maior porcentagem, destacando-se em relação aos demais como o principal contribuinte para o surgimento das manifestações patológicas no edifício (Figura 4). No entanto, segundo o autor as falhas que se originam do projeto e planejamento são em geral mais graves que as relacionadas à qualidade dos materiais ou má execução.

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