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Figura 1 – Influência da manutenção na vida útil da edificação
from Estudo de manifestações patológicas através da utilização de câmera termográfica em edifícios
by Camila Leone
A vida útil da edificação é definida pela NBR 15575 (2013) como uma medida da durabilidade de um edifício ou de suas partes em função do tempo. Pode ser observado na Figura 1 a influência da realização da manutenção em uma edificação, e verificar que quando empregada colabora a fim de garantir ou prolongar a vida útil do edifício, e em contrapartida quando não empregada reduz o período estimado de durabilidade do mesmo.
Figura 1 – Influência da manutenção na vida útil da edificação
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Fonte: Possan e Demoliner (2013 p.7)
A ABNT NBR 5674 estabelece a necessidade de haver programas de manutenção para as edificações com destaque para os aspectos relativos à higiene, saúde e segurança dos usuários. Porém constata que a omissão em relação à necessária atenção com a manutenção dos edifícios pode ser notada em vários casos em que não são atingidas a vida útil projetada resultando em transtornos aos usuários e custo na recuperação e em novas construções. A ausência de alternativas, no entanto reflete uma situação tolerável à sociedade e apresenta “um custo social que não é contabilizado, mas se reflete na qualidade de vida das pessoas” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1999, p. 2). Foram identificadas poucas pesquisas que se utilizaram do mesmo modelo de câmera termográfica utilizada nesta pesquisa, sendo que a mesma é comercializada como uma ferramenta adequada ao uso de inspeções em construção civil, trazendo como benefícios o fato de compacta, de fácil utilização e custo acessível se comparado a outros modelos também profissionais.
A durabilidade da edificação é decorrente de uma série de fatores, desde diretrizes e especificações projetuais até a correta execução dos procedimentos e manutenções preventivas e corretivas. Uma vez que são identificadas ações provenientes de projetos ou execução que possam prejudicar a vida útil da edificação, a correção de tais procedimentos certamente trará benefícios à mesma. O uso da termografia infravermelha possibilita o diagnóstico precoce que por sua vez permitirá a correção precoce da manifestação patológica intervindo na causa do problema seja ele proveniente do projeto ou execução.
1.3 METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida a partir da revisão da literatura de temas semelhantes e complementares no que envolve o estudo das manifestações patológicas em edifícios e de técnicas não destrutivas como a termografia infravermelha. Para embasamento sobre o uso dessa tecnologia, foram verificados os impactos e contribuições da utilização da câmera termográfica como ferramenta de auxilio à inspeção de manifestações patológicas, para posterior análise das edificações, a fim de avaliar a eficácia desse recurso.
O trabalho foi realizado a partir da visita e levantamento in loco de edificações contidas no Campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo elas: Edifício John Theron Mackenzie que abriga o Centro Histórico (Prédio 01), Edifício Edward Horatio Weeden que abriga o Ginásio de Esportes (Prédio 20). Primeiramente foi realizada a identificação e mapeamento das manifestações patológicas através de análise visual e desenvolvimento e atualização dos desenhos técnicos, e posteriormente utilização de técnica passiva através de câmera termográfica para avaliação térmica dos edifícios.
O equipamento utilizado na pesquisa foi a câmera modelo C2 da marca FLIR (Figura 2), na qual foram produzidas imagens, termogramas e registro das temperaturas nos diferentes pontos da superfície dos locais estudados. Posteriormente, os dados foram editados para análise com software apropriado (Flirtools).