Revista Camila Martin

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AU AF


Revista desenvolvida pela estudante Camila Melo Martin, para a disciplina de Apresentação e Finalização do curso de Arquitetura e Urbanismo, turma de 2017 do Centro Universitário SENAC. Produzida durante o segundo semestre de 2015, reúne um projeto simbólico da possível residência de Shigeru Ban, arquiteto e urbanista (inserido na capa desta revista), duas folhas mostrando e explicando o projeto do arquiteto, Cité Musicale localizado na Ilha de Seguin, a marca pessoal criada e a marca do grupo (Camila Martin, Cibele Rocha e Letícia Ortega), uma prancha no tamanho A0 de concurso com o projeto de biblioteca anexa ao IPHAN feito durante o semestre, e por fim o semestrário contendo uma imagem de um trabalho desenvolvido no semestre.


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CITÉ MUSICALE

ILHA DE SEGUIN

Shigeru Ban é um arquiteto japonês nascido em 1957, es-

O contrato de parceria para o conjunto musical da ilha de Se-

tudou na Universidade de Artes de Tóquio, no Instituto de

guin em Boulogne-Billancourt foi assinado em 11 de julho de

Arquitetura do Sul da Califórnia e na Escola de Arquitetura

2013 entre Patrick Devedjian, presidente do Conselho Geral de

da Cooper Union, formando-se em 1984 e recebendo o Prê-

Hauts-de-Seine, e Philippe Fabie, CEO da Bouygues Bâtiment

mio Pritzker (internacional de arquitetura) em 2014. É co-

Ile-de-France, líder do consórcio. Projetado pelo arquiteto japo-

nhecido por projetar o Centre Pompidou-Metz com Jean de

nês Shigeru Ban associado com o francês Jean de Gastines,

Gastines, centro artístico localizado em Metz na França.

projetaram um grande conjunto musical com uma área total de 36.500m²: Dentro deles, auditórios dedicados a shows de música

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Este projeto é para uma sala polivalente e salão de música clás-

contemporânea e variedade, um que suporta 1.100 pessoas e um

sica, localizado na ilha de Seguin, na periferia oeste de Paris.

modular de 4.000 a 6.000 lugares que será a única sala na França

Um muro de concreto define o perímetro do local ao longo da

capaz de oferecer até seis shows em 48 horas. Abriga também

borda da água, e o que defini dentro é o grande salão multiuso,

stúdios de ensaio, locais de estudo e formação musical, centros

cercado por uma paisagem verdejante. A parede do perímetro

de conferências de 2.660m², restaurantes, lojas e lazer em con-

diminui em direção à borda da frente do local, onde emerge um

sonância cultural. Dentro desse conjunto é também estudada a

grande casco colocado sobre um espelho d’água, de estrutura

vinda do Mestre de Hauts de Seine, coro da Ópera Nacional de

de madeira trançada com grade hexagonal, no qual pende uma

Paris infantil. Abertura ao público prevista para o verão de 2016.

grande teia triangular de metal revestido com mais de 1000m2 de painéis fotovoltaicos, girando em torno do auditório de acordo com o caminho do sol, que gera efetivamente energia para todo o complexo. “Esta vela vai dar ao edifício um movimento que 3

parece flutuar sobre um espelho d’água”, detalhou Shigeru Ban.

Imagem 1: Vista panorâmica da Ilha de Seguin. Imagem 2: Vista externa da Ilha do Conjunto Musical. Imagem 3: Aproximação na estrada subterrânea. Imagem 4: Grande salão de musica. Imagem 5: Detalhe na trama e nos painéis da fachada.

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A sua arquitetura fornece quase 50% de telhado verde, é um projeto orientado a biodiversidade urbana reforçando o potencial ecológico e o ambiente em que vivem. O programa irá desenvolver cerca de 280 m ao longo do Sena. “Nosso prédio é parte do plano mestre por Jean Nouvel para a ilha. Ele estende o eixo verde por escadas e um jardim no telhado do salão e da rua comercial”, disse Shigeru Ban. Tendo demolido a laje que cobria quase dois terços da terra, as peças foram destruídas e parcialmente reutilizadas no local para reduzir o transporte por caminhões. O custo de cons-

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trução é de 170 milhões de euros. Até a abertura, cerca de 400 eventos serão organizados a cada ano. No lado da grande sala central, os terraços oferecem uma visibilidade excepcional do palco de todos os pontos de vista do intervalo. As diferentes áreas atendidas pelo grande foyer são claramente identificáveis: lojas, vestiários, cantinas, etc.

Considerando o Nobel da arquitetura, desde 1979, o prêmio reconhece os arquitetos contemporâneos mais talentosos, com trabalho inovador. Patrick Devedjian “para feli-

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citá-la Shigeru Ban, que foi capaz de traduzir uma ambição arquitetônico e urbano em particular com o projeto Cité de l’Ile Seguin. Este conjunto inovador será um importante declaração arquitetônica na parte Vale da cultura do Hauts-de-Seine”. Projeto emblemático do Vale da Cultura de Hauts-de-Seine, a cidade musical é único na França e na Imagem 1: Vista do Conjunto a partir de uma embarcação. Imagem 2: Entrada para a Cidade da Música. Imagem 3: Salão de entrada. Imagem 4: Terraço que oferece uma visibilidade para o exterior do Conjunto.

Europa. Sua missão é dupla: para tornar a cultura acessível a todos e se espalhou nacional e internacionalmente.

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PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

PLANTA TÉRREO

TERRENO ORIGINAL IPHAN

PLANTA PORÃO

REMOÇÃO DA REFORMA DE 1920

PROPOSTA DE ANEXO

LEGENDA IPHAN RETIRADO CONSTRUÍDO

EXPO IPHAN 2015

O CASARÃO

O PROJETO

O casarão eclético projetado por Ramos de Azevedo que hoje abriga o órgão de preservação cultural IPHAN, foi construído em 1908 e possui características arquitetônicas como o afastamento frontal e lateral, compartimentação de usos, porões altos e habitáveis. Dona Sebastiana, outra mulher significante para a história da região, mostrou-se aberta para novas experiências de botânica e arte. Separa-se, algo incomum para a época e permanece no casarão, casando novamente e ampliando sua residência em 1920.

O acesso ao terreno ocorre pela lateral esquerda para os pedestres e pela lateral direita para veículos, deixando os espaços de permanência de usuários e veículos segregado. A proposta inicial é a remoção da ampliação ocorrida em 1920, por não constar valor significativo e a criação de um novo anexo conectado diretamente ao IPHAN. Mantivemos o acesso original (não acessível) a esquerda do edifício e criamos uma nova circulação vertical por elevador na fachada do anexo também a esquerda do edifício. Referências existentes no casarão IPHAN, como o acesso lateral, o porão alto e a varanda como espaço de contemplação, foram aplicadas no novo anexo e na nova biblioteca. A ligação anexo-biblioteca ocorre pelo nicho levemente elevado, aberto para o jardim, servindo não apenas como opção de passagem, mas para contemplação e períodos de estar. O tratamento de vidro nas fachadas voltadas ao jardim, gera uma maior interação interna-externa dos usuários. O vidro também possibilita a aparência das circulações verticais nas fachadas. O térreo do IPHAN é parcialmente aberto ao público, onde os usuários podem acessar o casarão e circular para o novo anexo, mas também encontram-se algumas salas de trabalho. Além da opção

pelo IPHAN, o térreo do anexo pode ser acessado pelo elevador na fachada lateral. Nele encontram-se a galeria de leitura pública, banheiros e o acesso ao nicho. Pelo elevador também pode-se acessar o porão alto e o primeiro pavimento do anexo-Iphan. No porão alto foi proposto um aumento no pé direito para melhor sensação dos usuários. Ele abriga área para exposições temporárias, eventos e banheiros, sendo de acesso público. No segundo pavimento, mantivemos as salas de trabalho no IPHAN, realocando algumas pessoas para maior conforto no novo anexo. Não há divisões de salas, a ideia é deixar o layout flexível. Também encontram-se banheiros e a cozinha. Já o acesso a biblioteca ocorre por uma rampa na lateral do edifício ou pelo nicho. O térreo público, contêm a recepção, os lockers, banheiros e um café, além do acesso ao primeiro pavimento e ao porão pela escada ou pelo elevador, ambas as circulações aparentes na fachada. O primeiro pavimento da biblioteca abriga o acervo e banheiros. Já o porão abriga a sala multiuso - de uso público e é acessada diretamente pela escada -, a sala escura e a sala de monitoramento - de uso privado - e banheiros, além do acesso da circulação cinza que ocorre pelo subsolo.


Projeto desenvolvido no semestre, para o Workshop Cidade Hackeada, coordenado pelo Arquiteto e Urbanista Guto Requena. O projeto consiste em um mobiliário urbano interativo para o Parque Minhocão, cujo seus maiores problemas é a falta de sombra, com isso criamos uma marquise pergolada que tem como problemática luz e sombra. Nomeada como Perangolado, de dia oferece sombra aos frequentadores criando um ambiente mais agradável por conta das trepadeiras na marquise e contém também um apoio de água, energia elétrica, lixeiras e bike, no período noturno essa grande marquise se ilumina, criando um ambiente diferenciado pra quem está abaixo dela, e para quem está nos apartamentos acima da maquise, poderá controlar o jogo de cores por meio de um aplicativo.

Durante o workshop, o projeto foi discutido com professores e algumas reuniões com o Guto Requena em seu escritório e na própria universidade. Foram divididos seis grupos de até seis integrandes, resultando seis projetos super interessantes para o Parque Minhocão que foram apresentados à professores, estudantes e arquitetos como partido para novas ideias à nossa cidade que está em constante evolução e transformação. O próprio minhocão é experíência viva dessa mudança, uma via elevada para carros de grande polêmica, hoje é aberta para as pessoas a noite e aos fins de semana.


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