PRAÇA ARMÊNIA:
encontro de caminhos, espaço de conexões Camila Motoike Paim
PRAÇA ARMÊNIA:
encontro de caminhos, espaço de conexões
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Camila Motoike Paim Orientador: Prof. Dr. Fábio Mariz Gonçalves JUNHO 2013
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço ao professor Fábio Mariz Gonçalves pela dedicação e paciência durante todo o processo. O encaminhamento do trabalho não seria o mesmo sem a sua orientação. Agradeço aos professores Vladimir Bartalini e Marcelo Luiz Ursini por aceitarem o convite de fazer parte da banca. A todos os amigos que torceram e me apoaiaram com palavras de incentivo. Aos queridos companheiros desses anos de FAU, em especial Leandro, Alex (mesmo longe)e Joyce pelas conversas durante o desenvolvimento deste trabalho. Ao Diogo por toda ajuda e principalmente pelo apoio e compreensão que foram fundamentais para que eu seguisse em frente. Por fim, agradeço aos meus pais, que são a razão desses anos de dedicação, e ao meu irmão Filipe por toda a força que me dá sempre.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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DIRETRIZES: LUZ-TAMANDUATEÍ
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O “NÓ”
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A PRAÇA
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TRAVESSIAS
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APROXIMAÇÕES
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ENCONTRO DE CAMINHOS, ESPAÇO DE CONEXÕES
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REFERÊNCIAS
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ÍNDICE DE IMAGENS
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INTRODUÇÃO
Este trabalho teve início com a escolha do lugar. A decisão de partir do local, e não da definição do tema específico aconteceu justamente pela minha dificuldade de eleger tal tema logo de início, assim, a intenção foi partir da análise de uma área afim de elaborar uma proposta que atendesse diretamente às necessidade levantadas neste estudo inicial. Sendo assim, o partido deste trabalho é discutir as dinâmicas do espaço existente e como a intervenção do projeto urbano e do edifício pode contribuir para a potencialização das características positivas e, principalmente, a melhoria de suas problemáticas. Desde o princípio a intenção era trabalhar com um espaço da cidade de São Paulo, mais especificamente em uma área mais consolidada que já contasse com certa infraestrutura urbana. Apesar da definição dessas características, que logo remetem à região central da cidade, o local foi escolhido por fazer parte da minha memória afetiva: a área eleita foi o bairro do Bom Retiro. O Bom Retiro é um bairro localizado entre a linha férrea e os rios Tietê e Tamanduateí. Atualmente é mais conhecido pelo comércio de roupas femininas concentrado nos arredores da rua José Paulino que segue paralela à ferrovia. O comércio atacado atrai pessoas de toda a metrópole, mas não somente, é comum encontrar consumidores vindos de cidades do interior do estado de São Paulo ou mesmo de outros estados. Tal fato fica evidente aos finais de semana, nas proximidades da “Zépa”, como é conhecida a principal rua do comércio de vestuário, encontramos ônibus de viagem que transportam verdadeiras caravanas de consumidores. Fora do perímetro comercial o restante do bairro é essencialmente residencial. INSERÇÃO do objeto de estudo inicial: em destaque o Bom Retiro que compreende duas estações de metrô da linha 1 azul e tem em seu limite sul a estação da Luz que concentra linhas de trem e duas linhas de metrô. Rumo ao centro da cidade, as praças da Sé e da República ficam a pouco mais de 2 km do bairro, assim como o Parque Dom Pedro II. A leste está o bairro do Brás e a oeste a Barra Funda. Atravessando o rio Tietê situa-se o terminal rodoviário Tietê, conjugado com uma estação de metrô e os bairros do Carandiru, onde destaca-se o Parque da Juventude, e Santana. A avenida Tiradentes conforma o eixo rodoviário norte-sul que no sentido centro bifurca nas avenidas 23 de maio e 9 de julho.
A área de estudo está inserida no contexto da expansão da cidade de São Paulo no período pós ferrovia, faz parte do que era conhecido como “cinturão de chácaras” que circundava a colina do triângulo histórico. O bairro do Bom Retiro se encontra hoje em uma área anteriormente composta por chácaras de recreação e repouso. O desenvolvimento da região se deu em função da construção da ferrovia: a proximidade com a estação da Luz impulsionou o estabelecimento de atividades fabris e, no âmbito social, a região se tornou morada de muitos estrangeiros imigrantes. Antes disso porém, alguns elementos importantes já faziam parte da paisagem da área. Esses elementos, que em sua maioria ainda existem, estão conectados ao eixo da avenida Tiradentes: o Parque da Luz, o Museu de Arte Sacra (antes Mosteiro da Luz), a Pinacoteca do Estado (antigo Liceu de Artes e Ofícios) e o conjunto que hoje abriga a Fatec, mas que originalmente pertencia à Escola Politécnica de São Paulo. A avenida Tiradentes foi aberta no antigo campo da Luz, formalizando aquele que era conhecido como “caminho da Luz” que levava ao aterrado de Santana onde localizava-se uma fazenda dos jesuítas. O caminho também levava à Bragança e ao sul de Minas. As ruas Florêncio de Abreu e Brigadeiro Tobias faziam a conexão com a cidade, na época concentrada no triângulo histórico. Trata-se de uma área de importância histórica significativa, além dos aspectos econômicos ligados ao comércio, mas também vale ressaltar o aspecto cultural ricamente composto por diversas etnias e nacionalidades que formaram o bairro ao longo dos anos. Com a definição do objeto de estudo, parti para o processo de investigação. Apesar de já ter certa afinidade com a região, por ter vivido ali durante muitos anos, percebi que seria fundamental a aproximação com o olhar crítico, uma vez que o objetivo desta análise era chegar a uma intervenção de projeto.
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A primeira fase do trabalho foi de levantamentos. O conjunto composto pelo levantamento bibliográfico mais focado no histórico do bairro, levantamento de dados da área e o levantamento empírico das visitas de campo, permitiu melhor entendimento do Bom Retiro e resultou na setorização do bairro em áreas de acordo com as características observadas, principalmente relacionadas ao uso e ocupação do solo.
VÁRZEA DEPÓSITOS + HABITAÇÃO ÁREA METRÔ PÓLO COMERCIAL ZEIS 3 INSTITUCIONAL ÁREA RESIDUAL
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SETORES do bairro. Com base nos levantamentos, mais diretamente no estudo empírico (levantamentos em campo e via Google Street View), a área foi subdividida em sete grandes setores: quatro na porção oeste e três na porção leste.
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SETORES do bairro. À esquerda, vista aéra da várzea do Tamanduateí: grandes áreas institucionais; no centro a área de uso residencial e depósitos na qual as ruas são bastante desertas e por fim a área próxima ao metrô Tiradentes, mais adensada apresenta edifícios de 7 a 12 andares em geral.
SETORES do bairro. À esquerda, vista da rua José Paulino, principal rua do comércio de roupas; uma vista do conjunto habitacional construído na área de ZEIS 3; o Museu de Arte Sacra, localizado em uma porção que compõe uma “faixa” de edifícios de uso institucional e à direita edificações de uso misto da área residual.
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A leitura do bairro através da subdivisão em sete áreas de estudo foi importante para a compreensão do todo, principalmente no entendimento das problemáticas relacionadas às conexões, ou sua ausência, deslocamentos e barreiras físicas, que acabam sendo os motivos mais evidentes para a existência de áreas em estado de abandono e subaproveitamento. A divisão também deixou mais clara a dinâmica do local através da localização do usos. A ocupação, por sua vez, está diretamente relacionada com a evolução histórica do local, compreendida com auxílio da bibliografia e do levantamento da cartografia antiga. A área da várzea do Tamanduateí, por exemplo, até hoje apresenta uma tentativa frustrada de ocupação, mesmo depois da canalização do rio, grandes áreas são ocupadas por terrenos públicos e essa porção do território pouco se conecta com o bairro. Mesmo se tratando de uma região central, conectada à infraestrutura de transporte de massas consolidada composta por três estações de metrô (Armênia, Tiradentes e Luz), uma delas interligada com as linhas de trem, e uma rede de ônibus considerável, não houveram grandes transformações ao longo do tempo, pelo contrário, grande parte do bairro parece estar estagnada. Das áreas de estudo, aquelas que mais apresentaram transformações foram a área de influência do metrô e o pólo comercial, o último, dada sua dinâmica permanece em processo de renovação. Por se tratar de um pólo de moda, mais do que um pólo comercial nos dias de hoje, a repaginação de interiores de lojas e vitrines em menor período de tempo é fundamental. Já a área do metrô, embora conectada diretamente com essa modalidade de transporte, teve seu maior boom de crescimento e renovação em fins da década de 60 e início dos anos 70, período no qual foram construídos a maior parte dos prédios mais altos da região, muitos exemplares com características da arquitetura moderna, influência da cultura estrangeira, principalmente dos judeus europeus que se estabeleceram na região. O principal resultado deste estudo incial foi o estabelecimento dos parâmetros que pautaram a escolha do recorte para o qual foram propostas as primeiras diretrizes de projeto e que por fim permitiram determinar a área onde será proposta a intervenção. As questões que prevaleceram, ou aquelas que foram consideradas mais inquietantes, remetem à ideia inicial de trabalhar com uma área mais consolidada e provida de infraestrutura urbana. O recorte voltou-se para a região envoltória das estações Armênia e Tiradentes do metrô. No sentido norte-sul a opção foi de contemplar toda a extensão do bairro levando em conta a existência de dois elementos marcantes em suas extremidades: o Parque da Luz e o rio Tamanduateí.
DIRETRIZES: LUZ - TAMANDUATEÍ O partido da intervenção consiste em duas estratégias principais: a conexão e o estudo de uma nova ocupação. A questão das conexões está diretamente ligada com o fato de o bairro objeto deste estudo ser um espaço conformado entre grandes estruturas, mais especificamente, grandes barreiras físicas: a ferrovia, o eixo norte-sul e o rio Tamanduateí. Por esse motivo considero que este é o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. Outro fato que chama atenção e colabora para reforçar essa hipótese é a presença da extensa quadra institucional às margens do rio Tamanduateí, área desconectada do restante do bairro que acaba exercendo o papel também de barreira. Foram definidos três pontos principais de intervenção, todos relacionados com a questão das conexões:
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DIRETRIZES para o recorte escolhido: conexões.
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ESTAÇÃO DE TRANSMISSÃO PAULA SOUZA
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1. Requalificação da praça do metrô Armênia: atualmente a praça encontra-se em péssimo estado de conservação e bastante subutilizada; suas duas “frentes” (Av. Santos Dumont e Av. Tiradentes) quase não apresentam relação com o entorno reforçando a sensação de canteiro e diminuindo o potencial como praça. Acredito que este pode ser um nó importante para estabelecer a conexão entre a porção oeste a porção leste do bairro para pedestres e ciclistas. 2. Conexão entre a Praça Coronel Fernando Prestes e o Parque da Luz: aproveitando o terreno atualmente vazio na quadra entre as duas áreas creio que essa seja uma conexão importante realizada com o intuito de integrar de forma mais qualificada parque ao bairro. Neste local o intuito é projetar um intervenção específica que extenda a praça até a conexão com o parque e preveja a instalação de um equipamento cultural de apoio ao estudo, tendo como referência o Centro Cultural São Paulo que hoje atrai muitos estudantes por ser um espaço muito adequado e agradável para a realização de trabalhos em grupo ou mesmo o estudo individual. 3. Integrar a área da várzea ao tecido existente através da extensão malha viária e de nova ocupação: além contribuir para o estabelecimento desta conexão no bairro o objetivo dessa proposta é aproveitar as novas áreas criadas para seu adensamento, criando novas habitações ligadas ao conjunto de equipamentos que possa suprir as necessidades dos novos residentes. Por fim o trecho foi dividido em duas áreas, estas relacionadas à maneira de tratar a nova ocupação e a proposição de edifícios. A área A corresponde ao trecho que terá um novo parcelamento, ou seja, onde terão que ser determinadas as diretrizes de ocupação para configuração desse novo espaço; o principal partido para o estabelecimento de tais diretrizes é justamente a ideia de conexão com a área existente e a manutenção das características do bairro. A área B é o trecho já consolidado do bairro, porém que apresenta terrenos vazios ou subutilizados (estacionamentos) nos quais pretendo trabalhar a inserção de novas edificações. Nesse contexto o processo parte de condições mais definidas, gabarito, uso e dimensões de terrenos e a proposta é como novas edificações podem ser inseridas estabelecendo relações com o existente, diferentemente daquilo que vem sendo costruído nesta área mais recentemente.
O “NÓ” Durante o período de levantamentos e pesquisa, a área de estudo, que a princípio estava focada no bairro do Bom Retiro, mais especificamente em sua porção a oeste da avenida Tiradentes, foi expandindo em direção ao Tamanduateí e se estendendo para o leste. Ali se encontra a área conhecida como Ponte Pequena, em alusão à antiga ponte que atravessava o rio no momento em que ele faz a curva. Trata-se da parte menos privilegiada da região, bloqueada entre o eixo norte-sul e o rio Tamanduateí. Entre as porções leste e oeste rasgadas pela avenida Tiradentes existe uma praça, hoje conhecida como Praça Armênia, onde está localizado um dos acessos à estação Armênia do metrô. A praça está localizada no “nó” formado pela bifurcação da avenida Tiradentes, que se torna Santos Dumont no trecho mais largo e continua, mais estreita, fazendo uma curva que leva à avenida Cruzeiro do Sul, principal eixo viário da zona norte da cidade e por onde passa o trecho elevado da linha 1 azul do metrô, e pela avenida do Estado a norte. Considerando a questão das conexões como a principal problemática dessa área, resolvi partir para o desenvolvimento do projeto, tomando como ponto de partida esse “nó”: a praça Armênia. Primeiramente, a praça me chamou atenção durante as visitas. Decidi fazer o percurso saindo da estação Armênia do metrô em direção à área da várzea. Tinha estado poucas vezes neste local, na verdade não me recordo de estar na praça, somente de descer na estação do metrô, cuja saída não se conecta diretamente com a praça. O mau estado de conservação dos canteiros, bancos e principalmente a quantidade de lixo espalhada pelo local foram os aspectos que mais marcaram neste primeiro contato com a praça. Ao final do primeiro semestre de desenvolvimento do trabalho me pareceu cada vez mais coerente a inserção da praça nas diretrizes de projeto e passei a ver a praça como oportunidade de estabelecer um ponto importante de conexão entre leste e oeste, além da importância de recuperar o espaço livre público diretamente ligado à Ponte Pequena, uma área majoritariamente residencial e carente de serviços, comércio e definitivamente de espaços de lazer. 14
PRAÇA ARMÊNIA situação atual. A falta de manutenção é evidente, deixando a praça ainda menos convidativa.
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A PRAÇA
A praça que hoje é conhecida como Armênia, mesmo nome da estação do metrô que nela se localiza, tem suas origens no século XIX. O local onde hoje está a praça do metrô era um pouso de comércio tropeiro conhecido como Largo do Comércio da Luz, no ponto de encontro entre o caminho da Luz (que depois passaria a ser avenida Tiradentes) e a Ponte Pequena, que fazia a travessia do Tamanduateí, que por sua vez levava à Ponte Grande, ponte sobre o Tietê. Esse eixo tem um papel histórico muito significativo: tratava-se de uma das entradas de São Paulo que conectava a cidade às terras do norte, além do rio Tietê. A primeira grande transformação na área ocorreu com a construção da ponte das Bandeiras, em 1942, que desviou o eixo criando a bifurcação das avenidas Santos Dumont e Tiradentes que conforma a praça atualmente. No final anos 1970, a transformação não foi só local, teve impacto em toda a cidade: a construção da primeira linha de metrô de São Paulo, a linha norte-sul. A praça, na época denominada praça José Roberto, foi mais uma vez palco de mudanças, desta vez com a construção de uma estação do metrô. Originalmente a estação era chamada Ponte Pequena, fazendo referência à antiga ponte que já havia deixado de existir. Projetada pelo arquiteto Marcello Fragelli, a estação é ainda hoje o edifício mais significativo do entorno. A partir dela, todas as estações do trecho norte seriam elevadas e utilizam dos mesmos princípios estruturais, desenvolvidos no projeto desta estação. Como uma ponte, o edifício da estação atravessa o rio Tamanduateí e tem dois acessos, um em cada margem do rio. Em 1985, a estação passa a se chamar Armênia, atendendo a um pedido da comunidade armênia. O conjunto de transformações ocorridas ao longo do século XX, foi distanciando a praça cada vez mais do seu entorno e sua condição passou a ser mais próxima dos canteiros centrais de avenidas do que de praça. A própria construção do metrô, que poderia trazer uma nova animação para o local, acabou sendo problemática, criando novas barreiras como no trecho em que a via passa a ser elevada. O novo projeto da praça, realizado no contexto das obras do metrô, que previa áreas de estar, equipamentos para crianças, logo foi modificado pela falta de uso.
PLANTA da cidade de São Paulo, de 1881 mostra o eixo do “caminho da Luz” que se liga com as pontes Pequena e Grande, seguindo para o norte (aterrado de Santana e Bragança).
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INSERÇÃO da praça no tecido urbano. Vista aérea
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TRANSFORMAÇÃO da praça em três momentos: 1. 1930 circundada pelo entorno de edificações baixas a praça tem forma quadrada. 2. 1958 o eixo é desviado em direção à ponte das Bandeiras, criando uma bifurcação que conferiu o formato triângular à praça. Nota-se o adensamento do entorno. 3. Dias atuais, o formato triangular se manteve; a construção do metrô criou uma barreira na face leste da praça.
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A presença de uma estação de metrô e um terminal de ônibus metropolitano, faz com que esta praça seja um importante ponto de chegada. Dada sua proximidade com o centro da cidade, penso que ela se caracteriza mais como chegada do que como partida. Ambas as modalidades de transporte público de massa garantem o movimento de milhares de pessoas por dia no local, porém, não são garantia do uso da praça, enquanto espaço livre, somente como grande área de passagem da qual se vai do metrô para os bairros próximos ou dos ônibus, que em sua maioria vem de Guarulhos, para os arredores ou ainda do metrô para o ônibus e vice versa. Na última situação não é nem preciso passar pela praça, uma vez que há uma separação entre o terminal de ônibus e a mesma, e os acessos do metrô são direcionados diretamente para a rua (avenida Tiradentes) ou então para a marquise que cobre a primeira plataforma do terminal. A situação da praça, entre grandes eixos de circulação de veículos, faz com que sua relação com o entrono seja praticamente nula. De um lado, a via elevada do metrô garante que um muro alto separe o espaço física e visualmente em quase toda sua extensão. Existe apenas uma abertura no ponto em que os trilhos já estão quase atingindo a altura da estação e esta, atualmente, é definida por grades altas que fecham o espaço que fica embaixo dos trilhos. Além disso, a avenida Tiradentes, apesar de mais estreita ao longo da praça, é bastante movimentada, distanciando ainda mais a praça do entorno e de possíveis usuários. O lado oposto, que faceia a avenida Santos Dumont é inteiramente aberto e ainda possui maior extensão, porém está mais de 60 metros distante do outro lado da avenida. Tais dificuldades de acesso colaboram para reafirmar o espaço da praça como área de passagem. Em seu estado atual, a praça deixa a desejar mesmo como espaço de passagem. O piso danificado, caminhos cheios de lixo e áreas em que os usuários caminham na prórpria grama. BARREIRAS a praça é delimitada por três avenidas de tráfego intenso, tornando difícil o acesso à praça. O elevado do metrô e a entrada gradeada causam sensação de fechamento na parte leste enquanto as demais faces estão consideravelmente distantes das áreas edificadas mais próximas que estão além do rio em um dos casos e no outro além da avenida Santos Dumont.
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DISTÂNCIA entre a praça e o outro lado da avenida Santos Dumont; muro da via elevada; entrada da praça na face leste; separação entre o terminal e a praça.
TERMINAL de ônibus visto a partir da estação do metrô; estação Armênia do metrô.
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TRAVESSIAS
Ao longo do eixo das avenidas Tiradentes e Santos Dumont, a área da praça Armênia é a que mais apresenta possibilidades de travessia aos pedestres. são duas faixas de pedestres e uma passarela, todas conectando o perímetro da praça ao outro lado da avenida. A distância entre as travessias é de menos de 100 metros. A faixa de pedestres que chega aproximadamente no centro da praça é a mais utilizada, além de ser a travessia mais segura dentre as três citadas. Na extremidade norte da praça as condições de travessia são menos seguras ao pedestre, isso ocorre por se tratar de uma área de cruzamentos, onde, além de carros, passam muitos ônibus vindo da avenida do Estado que viram em direção à avenida Santos Dumont. A passarela existente raramente é utilizada, além de apresentar mau estado de conservação, lixo nas rampas e mau cheiro, a travessia passa sensações medo e insegurança para as pessoas. O lado oposto, a face leste da praça, conta com apenas uma faixa de pesdestres na extremidade da praça, onde a calçada é mais estreita. Para os que desejam atravessar para a outra margem do rio, a passagem é ainda mais desagradável. A calçada é muito estreita e o fluxo de pessoas que fazem esse percurso é intenso, já que não é possível fazer a transposição pela estação de metrô sem ter que pagar a tarifa do transporte. A qualidade dos percursos de pedestres na área envoltória da praça é muito precária, principalmente levando em considerção as distâncias áreas a serem transpostas e por se tratar de uma região de fluxo intenso de veículos.
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1 o encontro das faixas que pesdestres que fazem a travessia da avenida Santos Dumont no cruzamento com a avenida do Estado; 2 faixa de pedestres que conecta a praça ao outro lado da avenida; 3 vista da passarela existente; 4 a calçada estreita na travessia do rio Tamanduateí.
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TRAVESSIAS ao longo das avenidas Tiradentes e Santos Dumont.
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APROXIMAÇÕES primeiros estudos
A proposta teve desde o início a intenção de trabalhar a questão das conexões com o compromisso de vencer as barreiras físicas e de devolver o espaço da praça aos seus usuários: os pedestres. Nos primeiros estudos a intenção era fazer somente a transposição da avenida Santos Dumont em nível, substituindo a passarela existente e praticamente inutilizada. Aproveitando a topografia do terreno, seria criado um piso, saindo do pavimento intermediário do metrô, coincidente com a cota da cobertura do terminal existente, que chegaria ao patamar na mesma cota do outro lado da avenida. A transposição do rio Tamanduateí continuaria em nível, e pelas faixas de pedestres existentes, somente aumentando as calçadas. Por tratar-se de uma avenida de grande movimento, seria improvável adicionar mais uma faixa de pedestres a menos de 100 metros da existente. Dessa forma, parti para o uso de passarelas, tanto na transposição do rio, quanto na da avenida, porém, mantendo a ideia do piso intermediário saindo do metrô e criando um percurso que, partindo da praça, iria conectar os demais pontos de interesse. O restante do programa foi sendo incorporado ao poucos, atendendo às necessidade que foram encontradas no processo de projeto. O objetivo principal da proposta foi utilizar o potencial da praça como “ponto de chegada” fazendo com que ela também fosse “ponto de conexão”, expandindo sua área de influência para além das barreiras físicas. Assim, acessível, a praça seria um local para o uso, o passeio, os percursos e, não menos importante, local de estar.
CROQUI de estudo. Sem escala
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ENCONTRO DE CAMINHOS, ESPAÇO DE CONEXÕES
O produto final deste trabalho é um projeto de infraestrutura urbana e espaço livre, resultado da análise de uma área existente, e subutilizada. Tratase de um ensaio sobre os caminhos da cidade e o espaço do pedestre inserido em áreas tomadas por grandes eixos viários. A proposta consiste em um percurso, que vai se conectando a outros edifícios, outros usos e criando aberturas para o estar. O projeto partiu da necessidade de criar conexões entre áreas próximas, porém distanciadas pela precariedade dos caminhos existentes. A praça Armênia é o centro dessa proposta, também a motivação e o ponto de partida do projeto. Presa entre as barreiras que a delimitam, a solução foi criar outro nível de circulação, para que assim, extrapolasse seus limites, expandisse sua área de abrangência e atraísse usuários, na escala local. Hoje, como comentado anteriormente, a praça é um local de chegada de pessoas, abrangendo a escala metropolitana, porém, na escala local não deixa de ser somente espaço de passagem para os usuários do transporte público, seja o ônibus, ou o metrô. Expandindo os caminhos da praça, o projeto conecta o bairro do Bom Retiro com a Ponte Pequena e ambos com a outra margem do Tamanduateí, passando pela estação do metrô e pelo terminal de ônibus.
VISTA aérea da proposta. Sem escala.
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IMPLANTAÇÃO
A praça se desenvolve basicamente em dois níveis: o térreo, na cota 724 e o caminho elevado na 727. Esse caminho estabelece o nível das conexões, subindo uma rampa, para vencer o desnível de 1,5m é possível chegar ao terminal de ônibus pelo nível supeior e acessar o metrô pela cota intermediária na qual foi criado esse novo acesso. Ainda na direção norte, o caminho se transforma na passarela que transpõe o rio Tamanduateí. Na direção oposta, partindo do meio da praça, o caminho se abre em alguns patamares de estar. Chegando próximo ao grande muro da via elevada do metrô esse piso dá acesso ao centro cultural e mais frente a um dos acessos da passarela coberta que atravessa as avenidas Tiradentes, Santos Dumont e a própria praça, estabelecendo a conexão entre os dois bairros e com a praça. A “ponta” da praça consiste em um percurso, levemente elevado com relação ao nível do solo, ocupado por um jardim, e que sobre em inclinação suave (inferior a 5%) atingindo o nível da passarela coberta. Os edifícios estão conectados às passarelas de forma a manter vivas tais passagens.
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1 - GALERIA COMERCIAL 2- PASSARELA 3 - TERMINAL METROPOLITANO 4 - CAMINHO ELEVADO | COTA 727 5 - CENTRO CULTURAL 6 - EDIFÍCIO PÚBLICO 7 - PASSARELA COBERTA 8- EDIFÍCIO PÚBLICO 9 - PRAÇA | COTA 724
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NÍVEL 724 - TÉRREO | PRAÇA 10
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PLANTA do térreo.
O nível térreo da praça é composto por espaços de estar, delimitados com a cor de piso cinza claro, e as áreas predominantemente de passagem, piso vermelho. O desenho dos canteiros procurou se adaptar às massas de árvores existentes mantidas, em sua maioria são baixos, no nível do piso. Na interface com a avenida, o canteiro tem uma altura de 40 centímetros e a vegetação prevista para o local seriam arbustos mais altos e densos, de forma a criar uma proteção e distancimento do movimento de veículos. Parte do caminho é coberto pelo piso superior. As duas extremidades da praça no sentido nortesul são rebaixadas 1 metro. Em uma delas encontra-se o piso térreo do terminal de ônibus e na outra o piso inferior do centro cultural.
CORTE da praça: dois níveis o térreo e o caminho elevado
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PERSPECTIVA da praรงa. Vista a partirr da entrada da avenida Sanros Dumont
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NÍVEL 727 - CAMINHO ELEVADO
Como foi dito, a cota 727 é o nível de conexão entre os demais elementos do projeto. Esse nível pode ser acessado diretamente do metrô, através do acesso aberto no piso intermediário entre a plataforma e o térreo da estação. Do nível térreo, ou seja, a partir da praça é possível chegar ao caminho elevado através de uma escada ou de um elevador. A passarela coberta tem um acesso para a praça que chega neste nível e por fim, a passarela do rio Tamanduateí se conecta através de uma rampa ao nível superior do terminal que através de outra rampa, chega ao nível 727. A estrutura dese piso é composta por um conjunto de vigas metálicas formando triângulos, que permitiu utilizar um vão alternado entre pilares para aliviar o piso térreo. O piso ora é composto por chapas perfuradas, que permitem a iluminação do pavimento térreo, ora por placas pré-fabricadas. A ideia de utilizar chapas perfuradas no piso foi pensada a princípio para o caminho que se desenvolve na ponta de praça, para manter a permeabilidade do solo, pois o caminho está sobre um jardim. No caso do caminho elevado, o uso da chapa perfurada permite a passagem de luz, fazendo com que o térreo não fique totalmente sombreado.
PLANTA caminho elevado | 727
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PERSPECTIVA caminho elevado | 727
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PASSARELA TAMANDUATEÍ
A passarela faz a transposição do rio Tamanduateí, que não é possível através da estação do metrô. A intenção foi de trabalhar com a estrutura mais leve possível para que não houvesse conflito com a estação Armênia, nem que se perdesse a vista da estação para o rio, que é muito interessante. Outra questão determinante, foi a falta de espaço para descer os pilares sem causar conflitos com a estrutra do terminal de ônibus , desta forma a estrutura precisava ter apenas um pilar central. As vigas metálicas de 1,2 metros vencem o vão de 30 metros do rio e se apoiam nos pilares. Por fim, as vigas mais baixas, associadas à viga principal, fazem a sustentação do piso. CORTE da passarela
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PERSPECTIVA estrutura da passarela
PERSPECTIVA passarela sobre o TamanduateĂ
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TERMINAL METROPOLITANO
O terminal de ônibus existente só tem uma das plataformas cobertas e os espaços são estreitos demais para acomodar a quantidade de usuários. Porém, não seria coerente retirá-lo do local, pois trata-se do espaço que mais concentra pessoas atualmente. Melhor relacionado com a praça, poderia ser um importante ponto de animação. Desta forma, proponho um novo terminal, coberto e com acessos feitos pelo pavimento superior, ligado ao caminho elevado da praça e ao novo acesso do metrô. O acesso pelo nível superior através de escadas rolantes, escadas ou até elevadores, é mais seguro, evitando riscos de acimentes que poderiam ser causandos com usuários atravessando diretamente na pista para a outra plataforma. A cobertura é sustantada por pilares tubulares metálicos com vão de 16 metros. O pavimento superior é sustentato por tirantes fixados nas vigas da cobertura translúcida, composta por uma tela e placas de vidro.
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CORTE do terminal: desnível com relação à praca
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PLANTA do pavimento superior PLANTA do pavimento tĂŠrreo
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PERSPECTIVA terminal de ônibus
CORTE longitudinal do terminal: relação com a passarela
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GALERIA PONTE PEQUENA
O acesso à passarela que atravessa o rio Tamanduateí se faz através de um pequeno edifício. Sua altura limita-se ao gabarito do entorno, com o intuito de não criar novas empenas cegas na paisagem. A esquina antes ocupada por um estacionamento e uma pequena igreja foi aproveitada para fazer a descida da passarela. O núcleo do edifício é composto por um conjunto de escadas que circundam um elevador. A cada meio nível os patamares se extendem e formam lajes que podem ser ocupadas por pequenos conjuntos comerciais, restaurantes ou até mesmo pequenas salas de escritórios. Todas as salas contam com um módulo de banheiro e depósito. Dessa maneira, a descida torna-se também um “passeio”, uma “rua vertical” que garante a vida do espaço que poderia ser apenas um acesso.
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CORTE da galeria: o conjunto de escadas dá acesso à passarela
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PLANTA do pavimento térreo
PLANTA do pavimento intermediário
PLANTA do pavimento superior
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CENTRO CULTURAL
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O metrô é o principal ponto de encontro dos paulistanos. Pensando nisso e tendo em mente a refrência do Centro Cultural São Paulo, que frequento desde os tempos de escola, vejo como é interessante a ideia de um local, praticamente contíguo à estação do metrô que tenha espaços aberto para o uso livre, local onde as pessoas possam se reunir em grupos maiores, pois sempre há dificuldades nesses casos de se encontrar um bom local para reunião. A área do projeto também está próxima à Fatec e Etec São Paulo, além de escolas particulares da região. Esse é o espírito desse local, que não é exatamente um centro cultural, talvez esteja mais próximo de um espaço de estudos. O pavimento inferior tem uma grande área aberta, porém coberta pelo pavimento superior para o uso de mesas ao ar livre, integrando-se com a praça. O pavimento intermediário se conecta com o caminho elevado e é uma área aberta com um pequeno café. Por fim, o último pavimento é mais reservado, ele se solta da praça. O centro cultural foi implantado nesta localização para amenizar a sensção do muro da via elevada do metrô, criando uma frente para a praça.
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PLANTA do pavimento térreo
PLANTA do pavimento intermediário
PLANTA do pavimento superior
CORTE do centro cultural: relação entre os níveis e com a passarela coberta
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PERSPECTIVA vista do centro cultural com a passarela ao fundo
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PASSARELA COBERTA
Atravessando as avenidas Santos Dumont e Tiradentes e conectando os dois bairros, a passarela coberta partiu de princípios praticamente opostos ao da passarela sobre o Tamanduateí. A ideia neste caso foi deixar a estrutura principal em cima, fazenco com que a estrutura de baixo fosse o mais leve possível. Essa solução permitiu que a passarela fosse coberta. A passagem também é mais larga, possibilitando a ocorrência de eventos, como as pequemas exposições organizadas pelo metrô ou feirinhas, como a do vão do MASP ou do Center 3 na avenida Paulista. A passarela ainda se conecta com os dois edifícios que existem em suas pontas.
CORTE do conjunto formado pelos dois edifícios e a passarela
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PERSPECTIVA estrutura da passarela
PERSPECTIVA vista passarela e dos edifĂcios que a ela se conectam
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EDIFÍCIO BOM RETIRO
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A esquina desta quadra, antes ocupada por um posto de gasolina, se tornou ponto de descida da nova passarela. No mesmo terreno, associado à passarela, proponho um novo edifício que poderia ser a nova sede da Subprefeitura da Sé, portanto a planta é livre, somente com a definição dos blocos hidráulico e de circulação. Como a planta do pavimento tipo é estreita, com apenas 8 metros de largura, os pilares são externos, de forma a liberar a maior área de piso possível. A fachada norte é protegida por uma tela metálica perfurada. Finalmente, primeiro andar do edifício conecta-se com a passarela através de uma rampa, nesse pavimento existe um pequeno auditório para reuniões, debates e palestras.
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PLANTA do pavimento térreo: acessos do edifício e da passarela
PLANTA do primeiro pavimento tĂŠrreo: conexĂŁo com a passarela
PLANTA do pavimento tipo
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CORTE transversal: edifício e sua conexão com a passarela
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CORTE longitudinal do edifício
PERSPECTIVA chegada da passarela e fachada do edifício
EDIFÍCIO PONTE PEQUENA
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Este edifício está localizado a leste da praça, na Ponte Pequena. Aqui a proposta foi fazer a conexão aproveitando para abrir um respiro na malha e criar uma abertura que adentrasse o bairro, como forma de convite aos moradores da região. Para sua implantação, foi necessário desapropriar alguns lotes na extremidade da quadra, o que criou uma larga esquina. O térreo é praticamente todo livre, só é ocupado pelos acessos do edifício alto e por uma construção longilínea, que encosta na empena da edificação vizinha. Essa construção se abre para a praça e é ocupada por algumas lojas e por um conjunto de escadas rolantes que sobe dois níveis chegando à conexão com a passarela. O edifício foi pensando como complementar ao prédio que se encontra na outra extermidade da passarela em termos de uso, portanto segue uma linguagem parecida, com o uso das telas metálicas para proteção das fachadas, a planta livre definindo apenas acessos e blocos hidráulicos.
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PLANTA do térreo
PLANTA do pavimento tipo
PLANTA do primeiro pavimento: conex達o com a passarela
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CORTE transversal: edifício e sua conexão com a passarela
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CORTE longitudinal do edifĂcio
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REFERÊNCIAS LIVROS BARTALINI, Vladimir. MAGNOLI, Miranda Maria Esmeralda Martinelli (orient). Praças do metrô enredo, produção, cenário, atores. São Paulo, 1988. DERTONIO, Hilário. O Bairro do Bom Retiro. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura/PMSP, 1971. DIAFÉRIA, Lourenço. Um século de Luz. São Paulo, Scipione, 2001. FELDMAN, Sarah. Bom Retiro: bairro de estrangeiros, bairro central (1928-1945) in São Paulo, os estrangeiros e a construção das cidades. São Paulo, Alameda, 2011. FRAGELLI, Marcello Accioly. Quarenta anos de prancheta. São Paulo, Romano Guerra, 2010 HARGREAVES, George. Hargreaves the alchemy of landscape architecture. London, Thames & Hudson, 2009 KOULIOUMBA, Stamatia. Construtores estrangeiros e a produção arquitetônica moderna no Bom Retiro in São Paulo, os estrangeiros e a construção das cidades. São Paulo, Alameda, 2011. LANGENBUCH, Juergen Richard. A estruturação da Grande São Paulo; estudo de geografia urbana. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia, Departamento de Documentação e Divulgação Geográfica e Cartográfica, 1971. REIS Filho, Nestor Goulart. BRITO, Mônica Silveira (colab). Dois séculos de projetos no estado de São Paulo grandes obras e urbanização. São Paulo, Edusp/Imprensa Oficial, 2010. SAMPAIO, Maria Ruth Amaral de. Os coreanos no Bom Retiro in São Paulo, os estrangeiros e a construção das cidades. São Paulo, Alameda, 2011. SCIFONI, Simone (org). Bom retiro memória urbana e patrimônio cultural : coletânea de textos para educação patrimonial. São Paulo, 9ª SR/IPHAN, 2007. v, 88 p. TERAZAKI, Márcia Yoko. JORGE, Luís Antônio (orient). Arquitetura e infra-estrutura urbana a linha Norte-Sul e a Estação Ponte Pequena do Metrô de São Paulo. São Paulo, 2011 SITES http://www.landezine.com/ http://www.archdaily.com/ http://estacaoarmenia.com.br/2012/a-estacao-armenia-do-metro-de-sao-paulo/4720 66
ÍNDICE IMAGENS página 08 | Montagem elaborada a partir de imagem aérea. Fonte: Google Earth. página 10 | Montagem elaborada a partir de imagem aérea. Fonte: Google Earth. página 11 | Foto aérea do rio Tamanduateí. Imagem cedida por Fábio Mariz Gonçalves. Vista da rua 25 de janeiro. Fonte: Google Earth. página 17 | Planta da cidade de São Paulo levantada pela CIA Cantareira de Esgotos, 1881. página 18 | Esquemas elaborados a parir do mapa Sara Brasil (Folha 24), imagem aérea de 1958 disponível no Geoportal (http://www.geoportal.com.br/) e mapas digitais da cidade de São Paulo disponibilizados pelo CESAD (http://www.cesadweb.fau.usp.br/) página 19 | Imagem aérea da praça Armênia. Fonte: Google Earth. página 20 | Montagem elaborada a partir de imagem aérea. Fonte: Google Earth. As fotos que não foram citadas fazem parte do arquivo pessoal da autora.
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