Revista Cena

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www.cena.com.br

Editora Abril | Edição 1 • ano 1 • nº 1 | Maio 2011

ENTREVISTA

CARLOS SALDANHA

FLASHFORWARD

CV202007 SENAC2008

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Maio 2011• Cena

ISBN 86-2909-132-X

O DEUS DO TROVÃO

Edição 1- nº1| R$ 8,90

HARRY POTTER 7 parte 2


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Unidade Visual Unidade Visual Unidade Visual Unidade Visual P

ara o projeto da revista, o tema tratado é o mundo do cinema. É uma revista mensal, onde são tratados assuntos como entrevistas com atores e diretores, tecnologia, as estréias do mês, comentários sobre as próximas estreias,as notícias sobre os principais estúdios, entre outros. O objetivo da revista é manter atualizado o público interessado em novidades sobre cinema, especialmente os jovens adultos. O formato fechado da revista é de 202 x 260 mm. O grid é composto por 10 colunas, com um gutter de 4,233 mm entre cada coluna. As margens são: 35,28 mm para o topo, 21,8 mm para a base e 15 mm para as margens de dentro e fora. O nome escolhido foi Cena e a tipografia utilizada é a Arkitech corpo 100 pts. A mesma fonte é utilizada para identificar cada sessão da revista em corpo 24 pts e utilizada no sumário também em corpo 22 pts e 12 pts. A fonte dos títulos é a Trebuchet MS corpo 36 pts entrelinha 40 pts, a dos subtítulos é a Century Gothic corpo 16 pts entrelinha 19 pts e a fonte do corpo de texto é a Century corpo 8,5 entrelinha

12,5, a fonte dos créditos dos jornalistas é Century Gothic corpo 9 pts entrelinha 10 pts e a fonte dos créditos de foto é a Trebuchet MS corpo 7 pts. Para dar uma unidade visual para a revista, o uso do contraste esta sempre presente. Em cada sessão foram utilizados ícones em preto e branco, nas bordas laterais tem a presença de texturas sempre contrastantes, com muito uso de preto e branco. Para dar mais vida e movimento,e quebrar um pouco a atmosfera preta e branca foram utilizadas fotos bem coloridas e o uso das cores azul, vermelho, vinho, roxo e verde azulado em pequenos detalhes e títulos, e uma pequena presença de laranja e rosa. Outro ponto marcante, é a ulização periódica de retângulos com bordas arredondadas, utilizadas nos títulos de sessão e em algumas imagens e frames para envolver as fotos. Devido à tendência dos dias atuais, especialmente quando se trata do publico jovem, a simplificação dos elementos deve ser um recurso utilizado, e foi essa a intenção na criação das vinhetas para as sessões e da organização dos elementos.

Editora de arte

camilafernandes@abril.com.br


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Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Digital: Manoel Lemos Diretor Financeiro e Administrativo: Fábio d’Avila

Carvalho

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As perguntas, comentários e sugestões dos leitores ! Conta Comigo

Vocês perderam a grande oportunidade de elaborarem um artigo a respeito da trilogia “Pânico”, bem como o mais novo filme também dirigido por Wes Craven. Está certo que o filme estreará antes da revista chegar às bancas (já garanti minha edição no último sábado), mas algo a respeito da cinessérie seria um ótimo aquecimento antes de conferir este quarto capítulo que certamente representa um dos filmes mais aguardados de 2011. No mais, parabenizo em especial os artigos e resenhas do Roberto

Pujol, de quem sou fã de carteirinha. A homenagem dedicada à Elizabeth Taylor e o texto sobre o clássico “Conta Comigo” foram as primeiras coisas que li na edição. Alex Gonçalves, Rio de Janeiro, RJ

Pânico 4

Sou um grande fã da revista e compro todas as edições que saem. Mas confesso que fiquei triste com a edição de abril. Apenas uma frase para falar do lançamento de Pânico 4. O filme merecia uma matéria especial.

Presidente Executivo: Giancarlo C. Vice-Presidentes: Arnaldo Frensi www.abril.com.br

Parabéns pela edição de abril, gostei muito. Principalmente da matéria sobre Charlie Sheen e sobre o lançamento do filme Conta Comigo em Blu-Ray. A Capa ficou muito legal, mas eu tenho uma pergunta da qual eu fico imaginando como será…Em Julho teremos Harry Potter- Parte 2 e Capitão América.Eu queria saber se posso esperar um capa do Capitão América. Maicon

Diniz,

Flori-

anópolis-SC

Rodrigo Ferreira, Caçapava-SP

A equipe da revista resolveu fazer uma enquete para escolher as melhores capas na preferência dos leitores e internautas. cheque o nosso site e ajude a escolher! www.cena.com.br

Presidente do Conselho de Administração: Roberto Civita

Edição de Abril

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THE FUTURE OF US | Warner compra os direitos da obra inédita de Jay Asher e Carolyn Mackler Por Caio Arroio

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Ficção Científica

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Warner Bros. irá adaptar para o cinema o romance inédito “The Future of Us”, de Jay Asher e Carolyn Mackler. A trama, ambientada em 1996, acompanha uma garota que, ao acessar a internet pela primeira vez, descobre o seu perfil no Facebook de 15 anos no futuro. Depois da descoberta, a jovem e sua melhor amiga terão que escolher entre se encaixar com as suas vidas sugeridas pelo Facebook ou ignorá-las completamente. O livro em questão só será lançado em novembro nos EUA. O filme ainda não tem roteirista ou diretor, mas claramente virá atrelado ao sucesso de público e crítica de “A Rede Social” (2010), sobre os estudantes universitários que conceberam o Facebook.


photobucket

Lanterna Verde

Se beber, Não case! 2

Cinemacon|

Harry Potter 7: parte 2

Warner mostra bons aperitivos durante convenção que reúne os grandes estúdios e exibidores do Estados Unidos Por Ricardo Matsumoio, de Las Vegas

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ocê sabe que está em Las Vegas por um simples detalhe: aqui, o papo de que “o que acontece em Vegas fica em Vegas” é realmente verdade. Se você mostrar coisas e não quer que elas vazem na internet, está no lugar certo todo mundo fica na sua. Talvez por isso que a cidade seja sede do Cinemacon, que até ano passado era conhecida como ShoWest, convenção que reúne os maiores estúdios de cinema e também os principais exibidores do Estados Unidos. Tivemos acesso a alguns dos principais lançaments que os estúdios Warner Bros reservam para os próximos meses. Não só para exibir clipes, trechos e trailers de produções ainda em andamento, o evento conta com a presença de atores, diretores e produtores - que ser-

vem de mestres de cerimônia de seus próprios filmes. Fomos convidados para conversar com o elenco de Horrible Bosses (comédia ainda sem título em português, estrelada por Jasn Bateman e Kevin Spacey), mas aproveitamos para conferir tudo o que está por vir. Os convidados - reunidos no gigantesco anfiteatro do hotel Ceasar Palace - também viram muitas cenas de Lanterna Verde (apresentado por Ryan Reinolds, Blake Lively e o diretor Martin Campbell), Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 e, ainda, os trailers de Horrible Bosses ( com o elenco no palco), Se Beber, Não Case! 2 (com um discurso impagável do diretor Todd Phillips, arrancando aplausos dos presentes quando disse que era favorável à distribuição de fil-

mes “on demand”, utilizando meios digitais) e Crazy, Stupid Love (com direito a algumas palavrinhas de Steve Carell, que encabeça o elenco, além dos diretores Glenn Ficarra e John Requa, os mesmos do filme O Golpista do Ano, com Jim Carrey). Durante a apresentação da Warner, os presentes tiveram a oportunidade de ver algumas cenas ainda não finalizadas da continuação do grande sucesso Happy Feet - O Pinguin (2006). A animação, que utiliza a tecnologia 3D, será lançada até o final do ano. photobucket

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o DEUS DO

TROVÃO Uma ótima adaptação, de um bom personagem, só poderia gerar um excelente e completo filme dentro de seu gênero. Texto Cláudia Souza Fotos Jennifer Smith

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Deus Thor (Chris Hemsworth) é expulso do reino de Asgard (lar dos deuses nórdicos) por atos de petulância e por querer ter uma autoridade maior que o Deus supremo, e seu pai, Odin (Anthony Hopkins). Thor então é banido para a Terra e perde seus poderes, inclusive seu martelo, com poderes que apenas ele controlava, deixando Odin, já velho e bastante fraco, sob os cuidados de sua mãe e de seu ganancioso ‘irmão’ Loki (Tom Hiddleston). Na Terra, o Deus do trovão é encontrado pela astrofísica Jane Foster (Natalie Portman) e por sua equipe, com quem ele terá que se aliar para conseguir manter a paz entre a Terra e Asgard. De maneira geral, Thor é uma excelente adaptação dos quadrinhos para o cinema e conta com bastante empenho do elenco, dos produtores e do diretor Kenneth Branagh. Pode não ser de fácil aceitação, em meio a uma variedade de ‘heróis humanos’ vingadores, um Deus nórdico como herói e toda sua carga cultural, mas o filme não decepciona, pelo contrário, é extremamente empolgante. Maio 2011• Cena


|O Filme Primeiramente gostaria de comentar que, como um leitor dos antigos quadrinhos do herói da Marvel, foi necessário que adaptações fossem feitas na história do personagem. Muitas pessoas reclamam que uma adaptação não foi boa, principalmente se tratando de livros, apenas por que alguns detalhes não foram inclusos ou porque alguns personagens não fazem exatamente as mesmas coisas (ou aqui no caso no quadrinho). Porém o que essas pessoas não entendem (ou simplesmente não aceitam) é que: O cinema utiliza recursos que os livros e os quadrinhos não têm; aproximadamente 50 anos se passaram para que Thor ganhasse uma versão cinematográfica; o cinema atinge um público alvo muito

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mais abrangente que os quadrinhos. No quadrinho em que Jane Foster aparece pela primeira vez, ela é apresentada como uma enfermeira, nos anos 60 não seria algo tão popular que uma mulher fosse uma astrofísica. Enfim, detalhes à parte, o filme Thor não tira a essência do quadrinho. A escolha de elenco garantiu que o filme ficasse bem simpático. Chris Hemsworth ainda é um ator pouco conhecido, mas que demonstrou total domínio e conforto no papel do Deus, e deixou o personagem deveras carismático. Se o filme deixou algo a desejar foi na parte dos efeitos visuais, o que compromete grande parte do filme já que é uma aventura com cenários e seres novos. Não que todos os efeitos dos

filmes sejam medianos, apenas algumas cenas em que uns ‘seres de gelo’ aparecem e fica perceptível que não há uma harmonia entre eles e outros efeitos. Outro ponto quase imperceptível, mas que para os fãs dos quadrinhos e dos personagens Marvel no geral é colocado com grande importância foi o aparecimento de Jeremy Renner como o Gavião Arqueiro, personagem que ele interpretará no filme Os Vingadores (2012). Uma das melhores sacadas que a Marvel Studios teve nos últimos anos foi o breve aparecimento de Samuel L. Jackson como Nick Fury (líder dos Vingadores) em filmes como Homem de Ferro e O Incrível Hulk e a idéia de criação de um longa para o grupo de heróis.


|Informações Estados Unidos 2011 • cor • 114 min Direção

Kenneth Branagh

Produção

Kevin Feige

Roteiro

J. Michael Straczynski Mark Protosevich Ashley Edward Miller Zack Stentz Don Payne

Gênero

Aventura

Idioma original

Música

Cinematografia

Edição

Estúdio

Distribuição

Orçamento

Inglês Patrick Doyle Haris Zambarloukos Paul Rubell Marvel Studios Paramount Pictures US$ 150 milhões

|Os personagens >> Chris Hemsworth como Thor >> Natalie Portman como Jane Foster >> Tom Hiddleston como Loki >> Anthony Hopkins como Odin >> Stellan Skarsgård como Erik Selvig >> Kat Dennings como Darcy Lewis >> Idris Elba como Heimdall

>> Ray Stevenson como Volstagg >> Tadanobu Asano como Hogun >> Joshua Dallas como Fandral >> Jaimie Alexander como Sif >> Rene Russo como Frigga >> Clark Gregg como Agente Phil Coulson >> Jeremy Renner como Clint Barton

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O Poderoso Chefão

O Casamento de Rachel

Kill Bill Vol 2

Casamento Grego

Se beber, não case!

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Maio é o mês das noivas, um excelente motivo para fazer uma lista com alguns dos melhores casamentos do cinema.

Toda a saga da família Corleone inicia no casamento da filha de Don Vito, papel inesquecível de Marlon Brando. É no casamento que vemos o microcosmo das relações de poder da máfia, os favores e os pedidos. É, também, na cerimônia que vemos a volta de Michael, o filho pródigo que em pouco tempo assumiria.

Anne Hathaway sai direto da reabilitação de bebidas e drogas para o casamento da irmã. Há um segredo triste de família envolvendo toda a tensão da aparição dela. O filme se desenvolve em uma tragicomédia bastante bonita, até culminar no casamento propriamente dito.

Até este momento, o personagem de Uma Thurman é chamado de “A Noiva”. Isso porque ela sofreu uma tentativa de assassinado durante seu casamento, em uma cena magistral que só poderia ter sido filmada por Quentin Tarantino. Detalhe para o pastor, papel de Samuel L. Jackson.

Nia Vardalos faz Toula, uma típica greco-americana, oriunda de uma tradicional família. Ela se apaixona por um americano (John Corbett) e resolve se casar. Todas as diferenças culturais são exploradas ao longo das festas e arranjos sociais que são necessários para que se consume um casamento grego.

Uma ressaca homérica faz com que Ed Helms, Bradley Cooper e Zach Galifianakis não tenham ideia do que aconteceu na despedida de solteiro de Justin Bartha em Las Vegas. Eles também não sabem o paradeiro do noivo. A missão, então, é refazer os passos para conseguir achá-lo a tempo do casamento.


Streaming de Filmes Produtora fecha acordo com o NetFlix para distribuir filmes online antes da TV a cabo

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m movimento de mercado interessante pode estar nascendo a partir de uma iniciativa da Relativity Media: a produtora de filmes independentes fechou uma parceria com o serviço Netflix para distribuir determinados lançamentos via streaming na internet antes de lançá-los nos principais canais de TV a cabo. Atualmente, os filmes chegam ao mercado de home vídeo primeiro nas locadoras (físicas e virtuais), depois aos canais de TV chamados Premium como a HBO e o Cinemax. A iniciativa permitiria que os assinantes do serviço NetFlix assistissem a novos filmes diretamente em seu computador a partir da Internet. A primeira leva de filmes a serem distribuídos nesse novo formato inclui títulos como The Fighter, com Christian Bale e Mark Wahlberg

Newscom

Leonardo Carvalho

e Skyline, dirigido pelos irmãos Strause. Ambos chegam aos cinemas no fim de 2010 e devem estar disponíveis para streaming no começo de 2011. Comenta-se que caso outras distribuidoras/ produtoras começem a fazer esse tipo de negócio os canais a cabo podem sofrer uma perda de assinantes. Se falarmos em termos de Brasil, no entanto, é bom lembrar que a qualidade da nossa banda larga ainda não permite assistir a um filme em alta definição a partir da internet sem arrancar boa parte dos cabelos por culpa dos lags de conexão. De qualquer maneira, trata-se de um movimento interessante. Mas mudança de jogo mesmo, só quando os lançamentos forem distribuídos via streaming apenas alguns dias após suas estreias no cinema.

Som 3D I

mersão total é o que promete o home theater HX996TS, lançamento da LG esperado para junho, com o pioneiro sistema Real 3D Sound. Funciona por meio da emissão de som. As ondas de áudio preenchem todo o espaço acima da cabeça do espectador. A sensação, garante a

fabricante, é a de que você está no meio do filme. São três novidades principais: o efeito vertical 3D Channel, os Tallboy Speakers e o Cinema Dome Effect. O preç sugerido ainda é um bocado alto, R$ 5.999,00, mas é um belo upgrade na hora de ver e ouvir um filme na televisão. Maio 2011• Cena

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CARLOS SALDANHA

estadão

O brasileiro que dirigiu a animação ‘Rio’ fala sobre o processo criativo dos desenhos contemporâneos Por Jrrhack

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aldanha é nascido no Brasil especificamente na cidade de Rio de Janeiro, agora com 46 anos, casado e com duas filhas, já foi co-diretor de ‘Batman, o cavaleiro das trevas’ , ‘Era do gelo 1’ e ‘Robôs’ e diretor de ‘Aventura perdida de Scrat’, ‘Era do gelo 2 e 3’. Provavelmente o diretor de animação 3D mais conhecido no mundo afora e o brasileiro mais bem-sucedido em Hollywood, por ter sucessos de bilheteria. Carlos Saldanha estudou Ciências da Computação no Brasil mas como o bacharelado não era suficiente para suas ambições, foi para Nova Yorque em 1991 seguindo sua paixão em informática mas decidiu tentar misturar informática com desenhos, pois desenhar também era seu hobby, onde estudou na Es-

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cola de Artes Visuais graduado com honras em 1993 após completar os curtas “The adventure of Korky, the Corkscrew (1992)“e “Time for Love (1993)” Para Saldanha criar Rio, ele se inspirou na sua terra natal, recortou por vários anos notícias que envolviam animais e Rio de Janeiro (por que ele tem uma inclinação por coisas ligadas à natureza, extinção e Rio de Janeiro) e um dos cliques ocorreu então quando uma notícia sobre pinguins na praia de Ipanema, para ele parecia gringos vindo à praia do Brasil e ele recortou a notícia, mas não colocou em funcionamento por que estava na época, aparecendo muitas animações com pinguins e mais um seria excesso, então a idéia ficou na gaveta.

Se a história e os personagens não forem bons e cativantes não adianta nada, o filme simplesmente não emplaca


Por que você decidiu ir para os Estados Unidos?

Trabalhava no Brasil com computação, mas sempre gostei de desenhar e pintar, e a computação gráfica foi a combinação perfeita para mim. Naquela época, as opções na área eram muito limitadas e o acesso à tecnologia restrito a apenas algumas companhias no Rio e em São Paulo. Tentei alguns lugares sem sucesso. Por meio de sugestões de conhecidos, que já estudavam computação gráfica no exterior, decidi embarcar nessa aventura.

um desafio nesse mercado competitivo, o público está cada vez mais sofisticado e exigente.

Em que se inspiraram para criar os personagens de Robôs?

Começamos a notar que cada objeto, seja uma tomada de parede ou um carro, tinha uma “cara”, uma personalidade, e, com isso, fomos em busca de inspiração para os nossos personagens, no ferro-velho, juntando diferentes partes de objetos encontrados por lá, como máquinas antigas, utensílios domésticos, etc. Depois de criados, eles foram humanizados.

E como foi parar na Blue Sky?

Na sua opinião, a animação convencional está perto do fim?

Não acredito. Ano passado os melhores longas de animação foram de técnicas convencionais, como Wallace e Gromitt. Os filmes de computação ainda tem um grande apelo visual com o publico, mas no final o que vale mesmo é uma boa história para contar. O mercado tem espaço para todo mundo.

Pretende voltar ao Brasil?

Fiz mestrado de animação de computação gráfica na School of Visual Arts, em Nova York, e o Chris Wedge, que na época estava montando a Blue Sky, era um dos meu professores. Ele me ofereceu uma oportunidade de trabalho e aceitei. Na época, a companhia era bem pequena. Quando comecei, dirigia comerciais de TV, depois fui supervisor de animação em Joe e as Baratas e diretor de animação de O Clube da Luta.

Qual é a principal diferença entre Robôs e A Era do Gelo?

O que é mais complicado realizar em um filme animado: lapidar o roteiro ou desenvolver as técnicas de animação?

A Era do Gelo 2 foi sua primeira investida solo na direção de um filme de animação. Como foi essa experiência?

O roteiro é sempre o desafio maior. Um bom filme tem que ter uma boa história e personagens cativantes, sem estes ingredientes não há tecnologia que salve um filme, mas inovar e aprimorar técnicas de animação é sempre

desafio. Tive muito mais responsabilidades, mas também mais liberdade criativa, além de um apoio incrível de toda a equipe.

Na verdade, não vejo semelhanças entre eles, mas buscamos o mesmo objetivo, uma boa história para contar com personagens interessantes. Os dois filmes tiveram seus próprios desafios técnicos, um tinha personagens com pêlos e outro, de metal. Mas Robôs foi um filme mais complexo, por ter mais personagens, e tivemos mais dificuldades com o roteiro.

Com a experiência obtida co-dirigindo A Era do Gelo e Robôs, a transição foi tranqüila. Os executivos da Fox confiavam no meu trabalho e eu estava pronto para o

Seria muito bom poder fazer um filme no Brasil, mas no momento a minha vida profissional está nos EUA.


O fim

está chegando!

O

s ânimos estão exaltados com a proximidade da estreia do derradeiro capítulo da saga, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, em 15 de julho. Se a primeira parte serviu como uma espécie de entreato, com mais contemplação do que ação, a coisa esquenta na etapa final. Além da aguardada batalha entre Harry e Voldemort, o último episódio tem muitas lacunas a preencher - a principal delas rela-

cionada ao passado de Dumbledore. O finado diretor de Hogwarts tinha pendências familiares graves que, quando reveladas provocam mais questionamento no já conflituoso aprendiz de feiticeiro. Enfim, Harry cresceu e sua criadora, J.k. Rowling, lhe dá probemas de adulto para resolver.Os fãs estão carecas de saber o que vai acontecer, mas estão contando os dias para ver seus heróis nas telas.

Os atores principais expressando em apenas uma palavra o que representou a série em suas vidas.

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Emma Watson Daniel Radcliffe Tom Felton Rupert Grint Robbie Coltrane Bonnie Wright Michael Gambon Jason Isaacs James Phelps Oliver Phelps David Thewlis

“Mágico” “Inesquecível” “Divisor de Águas” “Fenômeno” “Glue” “Inspirador” “Bom” “Fabulosa Sorte” “Ótimo” “Lendário” “Emotivo”


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