Criação de marca e restauração de móvel publico escolar com projeto artístico

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CENTRO PAULA SOUZA ETEC “DEPUTADO SALIM SEDEH” Curso técnico em Comunicação Visual

BRUNA DENISE COSTA ALVES CAMILA ROBERTA DA SILVA EVERSON OLIVEIRA DOS SANTOS

CRIAÇÃO DE MARCA E RESTAURAÇÃO DE MOVÉL PÚBLICO ESCOLAR ATRAVÉS DE PROJETO ARTÍSTICO

Leme 2016


BRUNA DENISE COSTA ALVES CAMILA ROBERTA DA SILVA EVERSON OLIVEIRA DOS SANTOS

CRIAÇÃO DE MARCA E RESTAURAÇÃO DE MOVÉL PÚBLICO ESCOLAR ATRAVÉS DE PROJETO ARTISTICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora da Escola de ensino técnico Deputado Salim Sedeh, Leme, SP, Curso Técnico em Comunicação Visual como requisito parcial a obtenção do grau técnico sob a orientação do professor Luis Fernando da Silva Beck.

Leme 2016


CENTRO PAULA SOUZA ETEC “DEPUTADO SALIM SEDEH” HABILITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO DE TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO VISUAL

BRUNA DENISE COSTA ALVES CAMILA ROBERTA DA SILVA EVERSON OLIVEIRA DOS SANTOS

VALIDAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(

) TRABALHO VALIDADO

(

) TRABALHO NÃO VALIDADO

LUIS FERNANDO DA SILVA BECK PROFESSOR ORIENTADOR

Leme, Junho de 2016


Agradecimentos

Agradecemos a Deus, nossa fortaleza em tudo. Agradecemos também a toda nossa família que sempre nos apoiou em tudo, nossos pais, que sempre cuidam e protegem com tanto carinho, sempre nos incentivado. Aos professores do curso, nossa gratidão, a qual será eterna. Sem vocês não iriamos conseguir chegar onde chegamos. Em especial a Professora Silvia que nos ajudou em todo o processo de criação artística; Professor Rafael Zoccoler pela paciência e ajuda na criação das partes gráficas e nosso professor orientador Luis Fernando Beck, que esteve sempre do nosso lado, nos mostrando o melhor caminho. Obrigado!


“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. ” Charlie Chaplin


RESUMO O presente trabalho tem como objetivo conscientizar e alertar a população para um assunto pouco falado atualmente: Patrimônio público. Bens públicos (principalmente escolares) mensalmente são descartados dentro da própria instituição de ensino, por algum mau funcionamento muitas vezes pequeno, consequentemente podem haver alguns resultados desagradáveis pelo frequente descarte, como por exemplo a proliferação de insetos no local, mal cheiro, sujeira excessiva e outros fatos causados pelo acúmulo de materiais reunidos em um mesmo local.Com esses fatos em mãos, foi constatado que algo precisava ser feito, pois bens escolares são muito ricos para serem tão desvalorizados. Com uma bagagem trazida do curso de comunicação visual, foi então decidido que a arte daria um novo destino para os materiais, renovando-os para que voltassem a ser utilizados normalmente. Foram feitas pesquisas sobre a reutilização e customização utilizando arte, e um a gama de possibilidades foram surgindo, a partir daí a agência BECor foi criada, para que então começasse todo o percurso que será mostrado durante este trabalho de conclusão de curso. Materiais gráficos como manual de identidade visual e um catálogo serão apresentados, pesquisas realizadas, estratégias de conscientização estarão expostas para que a todos possam repensar atitudes ruins para a natureza, e encontrar soluções sustentáveis para tais, para que vejam que customizar, reutilizar, reciclar e inovar também é arte. Palavras-chave: Patrimônio Público. Sustentabilidade. Comunicação. Inovação. Arte.


Lista de Ilustração Figura 1 Pinturas nas cavernas de Lascaux ..........................................................14 Figura 2 Pinturas nas cavernas de Lascaux ..........................................................14 Figura 3 Catacumbas Romanas ............................................................................15 Figura 4 “Nascimento do Homem“ – MICHELANGELO.........................................16 Figura 5 “Davi mostrando a cabeça de Golias” .....................................................16 Figura 6 Retábulo do Altar – ALEIJADINHO......................................................... 17 Figura 7 “A liberdade guiando o povo, 1830” – DELACROIX ................................18 Figura 8 “Os quebradores de pedra” – COUBERT ................................................19 Figura 9 “Mulher com guarda-sol” – MONET .........................................................20 Figura 10 “Pietá” – MOREAU ................................................................................21 Figura 11 “O lavrador de café” – PORTINARI .......................................................22 Figura 12 Cama Egípcia ........................................................................................23 Figura 13 Cadeira egípcia......................................................................................24 Figura 14 Móveis gregos .......................................................................................24 Figura 15 Lectus e Tricina .....................................................................................25 Figura 16 Poltrona em Jacarandá ..........................................................................25 Figura 17 Poltronas “Klin” .....................................................................................26 Figura 18 Cadeira de balanço e Marquesa ............................................................26 Figura 19 Sustentabilidade Ambiental ...................................................................30 Figura 20 Selo Biomóvel ........................................................................................32 Figura 21 Tintas acrílicas usadas nas pinturas das carteiras ................................36 Figura 22 Bisnagas coloridas para mistura com tinta branca ................................36 Figura 23 Tintas Acrilicas.......................................................................................37 Figura 24 Primeiras ideias para o logo BECor .......................................................38 Figura 25 Primeiras ideias para o logo BECor .......................................................38 Figura 26 Primeiras ideias para o logo BECor .......................................................38 Figura 27 Mas ideais para o logo BECor ...............................................................39 Figura 28 Mas ideais para o logo BECor ...............................................................39 Figura 29 Mais ideias para o logo BECor ..............................................................39


Figura 30 Logo BECor (negativo) ...........................................................................40 Figura 31 Logo BECor (positivo) ........................................................................... 41 Figura 32 Capa do Manual de Identidade Visual ...................................................42 Figura 33 Apresentação da marca o manual de identidade visual ........................43 Figura 34 Família tipográfica usada no logo BECor...............................................43 Figura 35 Usos incorretos da aplicação da marca BECor .....................................44 Figura 36 Resgatando as carteiras ........................................................................45 Figura 37 Resgatando as carteiras ........................................................................45 Figura 38 Resgatando as carteiras ........................................................................46 Figura 39 Lavando as carteiras .............................................................................47 Figura 40 Lavando as carteiras .............................................................................47 Figura 41 Lavando as carteiras .............................................................................48 Figura 42 Desenhando (Professora Silvia) ............................................................49 Figura 43 Desenhando (Professora Silvia) ........................................................... 49 Figura 44 Desenhando (Professora Silvia) ............................................................50 Figura 45 Desenhando (Bruna: integrante do grupo).............................................50 Figura 46 Desenhando (Bruna: integrante do grupo).............................................51 Figura 47 Desenhando (Joshua) pintando (Everson) ............................................51 Figura 48 Pintando (Professora Silvia) ..................................................................52 Figura 49 Pintando (Everson e Camila) .................................................................52 Figura 50 Envernizando (Bruna) ............................................................................53 Figura 51 Envernizando (Camila) ..........................................................................54 Figura 52 Envernizando (Everson) ........................................................................55 Figura 53 Fotografando (Bruna).............................................................................56 Figura 54 Fotografando (Camila) ...........................................................................56 Figura 55 Fotografando (Everson) .........................................................................57 Figura 56 Wifi-free .................................................................................................59 Figura 57 Potter .....................................................................................................59 Figura 58 Ancoragem ............................................................................................60 Figura 59 Gueixa ...................................................................................................60


Figura 60 Alegria....................................................................................................61 Figura 61 Chapeleiro .............................................................................................61 Figura 62 Sabores .................................................................................................62 Figura 63 Amy........................................................................................................62 Figura 64 Arte Luz .................................................................................................63 Figura 65 Frida Cahlo ............................................................................................63 Figura 66 Mondrian ................................................................................................64 Figura 67 Herรณis ....................................................................................................64 Figura 68 Wow.......................................................................................................65 Figura 69 Black White ............................................................................................65 Figura 70 Arte Africana ..........................................................................................66 Figura 71 Pop Art ...................................................................................................66 Figura 72 Music .....................................................................................................67 Figura 73 Lion ........................................................................................................67 Figura 74 Panda ....................................................................................................68 Figura 75 Color fest ...............................................................................................68 Figura 76 Capa Catalogo BECor ...........................................................................69 Figura 77 Bruna Denise Costa Alves, Camila Roberta da Silva e Everson Oliveira dos Santos ....................................................................................................................72


Sumário 1.

Introdução .................................................................................................11

2.

História da arte..........................................................................................12

2.1.

Os movimentos artísticos............................................................................14

3.

História do design de móveis ..................................................................23

4.

Patrimônio público ...................................................................................27

4.1.

Conservação do patromônio público ..........................................................28

5.

Sustentabilidade e meio ambiente ..........................................................30

5.1.

O que são móveis sustentáveis? ................................................................31

5.2.

Por que reutilizar?.......................................................................................33

6.

Produção ...................................................................................................34

6.1.

Etapas de criação .......................................................................................35

6.2.

Criando a marca BECor ..............................................................................38

6.2.2.

Manual de identidade visual .......................................................................42

6.3.

Resgatando os móveis ...............................................................................45

6.4.

Restauração ...............................................................................................49

6.5.

Finalização do projeto artístico e fotografia em estúdio ..............................53

7.

Pós-produção............................................................................................58

7.1.

Restauração pronta ....................................................................................59

7.2.

Catálogo .....................................................................................................69

7.3.

Making off ...................................................................................................70

8.

Considerações finais ................................................................................71

9.

Referências ...............................................................................................73


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1. INTRODUÇÃO A definição de sustentabilidade vem evoluindo ao longo dos anos e encontros mundiais, e envolve todos os recursos relacionados com o desenvolvimento das atividades humanas. A questão ambiental vem sendo extremamente debatida em todo o mundo e os sinais do crescente aquecimento global estão cada vez mais perceptíveis. As cidades e seu metabolismo são os grandes responsáveis pelo consumo de materiais, água e energia, causando crescentes impactos negativos ao meio natural. Muitos destes impactos são gerados pelo setor da construção civil, que consome 50% dos recursos mundiais, sendo assim uma das atividades menos sustentáveis do planeta. Desta forma, é natural que a sustentabilidade e a consciência ambiental assumam, cada vez mais, uma posição de importância neste cenário atual. É nítida a convicção de que algo tem que ser modificado e repensado. Assim, o grupo desempenha um papel de grande responsabilidade, pois projetar de maneira sustentável envolve criar lugares e objetos saudáveis que atendam às necessidades sociais e sejam viáveis economicamente. A questão abordada no trabalho presente é a repaginação de algumas mesas escolares descartadas de maneira incorreta, o intuito foi resgatá-las e transformá-las em mesas novas, e fazendo com que voltem para as salas de aulas de uma forma mais divertida, foram usados desenhos aleatórios, que chamasse a atenção e desse um colorido para o ambiente, e ao mesmo tempo, otimizasse a qualidade de preservação das pelos usuários. Vemos que muitas mesas escolares são danificadas por alunos, e acabam tendo um curto prazo de uso, então a intensão do projeto é mudar o visual padrão delas, fazendo com que os alunos possam usá-las e conserva-las por mais tempo, diminuindo gastos da instituição.


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2. HISTÓRIA DA ARTE

Algo muito vasto e complexo, afinal acompanha todo o desenvolvimento do ser humano. O aparecimento das formas simbólicas, isto é, da religião, da língua e da arte está diretamente ligado ao aparecimento do homem (aparecimento da humanidade). História da arte está dividida em vários períodos, no qual pode-se ver variadas formas de produção artística de vários lugares e civilizações ao longo do tempo. Dessa forma, história da arte, atravessa tempos, contando todo passa e recriando o presente. Se observado, a arte está ao redor de todos o tempo todo, está sempre presente na vida de todos os seres humanos. O que seria, então, a arte? De acordo com o site “História das Artes” há inúmeras possibilidades de definição de arte: “Não há como limita-las a determinado gosto ou estilo. Variações conceituais foram atribuídas no tempo e no espaço. ”

Arte pode ser vista por muitos como conhecimento, contemplação ou visão. A palavra Arte que deriva do Latim ars, artis, que significa maneira de ser ou agir e na cultura greco-romana, possuía o sentido de oficio. E ainda pode-se encaixar em uma terceira definição para a arte , como : Arte é expressão. A expressão de arte pode variar de acordo com os diferentes contextos culturais. No site, ainda pode-se encontrar algumas outras definições para Arte: 

Criação humana de valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta, etc.) que sintetizam suas emoções, sua história, seus sentimentos e sua cultura;

Capacidade do homem de criar e expressar-se, transmitindo ideias, sensações e sentimentos através da manipulação de materiais e meios diversos;

Atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente;

Reflexo do ser humano que muitas vezes representam a sua condição social- histórica e sua essência de ser pensante;

Habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional;

Composto de meios e procedimentos realizados pelo homem, através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica para criar algo;

Conjunto de obras de determinado período histórico, nação, povos, movimento artístico, por exemplo, Arte Medieval, Arte Africana, Arte Realista, etc.


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Sendo assim, história da arte está ligada, consiste em uma ciência que estuda os movimentos artísticos, as obras de arte e seus artistas.


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2.1 OS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS Um dos temas principais da história da arte, segundo o site “historiadanet.com.br”, seria a “A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA”. Um período no qual podem ser colhidas informações sobre os sistemas simbólicos desenvolvidos pelos homens primitivos, usando suas técnicas, como por exemplo, a arte rupestre, onde o homem sempre criou elementos que o ajudassem a superar as suas necessidades e vencer desafios. A partir disso, pode-se considerar como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto, antes da escrita.

(FGURAS 1 E 2) Pinturas encontradas nas cavernas de Lascaux- França

Fonte: Google

Depois da arte pré-histórica é possível encontrar vários outros estilos, como por exemplo, a arte desenvolvida pelas grandes civilizações da antiguidade no Ocidente e Oriente médio, exemplo: a Arte do Egito Antigo, a Arte Grega, a Arte Romana, a Arte Persa, a


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Arte Bizantina e Arte Cristã Primitiva, a qual se divide entre a fase da produção artística oficial e a produção nas catacumbas romanas. (FIGURA 3) Catacumbas Romanas

Fonte: afeexplicada.wordpress.com/category/catacumbas-de-roma/

Seguindo à risca o tempo cronológico da história de arte, entramos no período da idade média com temas como a Arte Gótica e as técnicas de pinturas que estabeleceram as bases para os artistas do Renascimento, a qual pode-se citar como um dos principais artistas, MICHELANGELO. Duas grandes novidades marcaram a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras espaços reais sobre superfícies planas, dando noção de profundidade e volume, ajudado pelo jogo de cores; e a utilização de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distancias e volume que parecem ser copiados da realidade. É possível se perceber também a utilização de tinta óleo, dando maior durabilidade as obras.


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(FIGURA 4) “ Nascimento do homem” - MICHELANGELO

Fonte: Google

Ainda dentro da idade média encontra-se a fase pós- renascentista, onde se destaca a arte Barroca, em especial e com muita ênfase a pintura Barroca- em que foram empregadas com maestria técnicas de luz e sombra. O Barroco foi um movimento que apresentou especificidades complexas e de difícil compreensão, como a oposição do mundo material com o mundo espiritual. Para poder provocar o apreciador da arte barroca, artista usava muito o sensualismo como arma poderosa, além da idealização amorosa. Era trabalhado o arranjo dos quadros, que quase sempre formavam uma combinação diagonal e para o artista, a harmonia da obra esteve sempre em comunhão com tudo que ali estava expresso na sua produção. (FIGURA 5) “Davi mostrando a cabeça de Golias” - CARAVAGGIO

Fonte: Google

Seguindo esse pensamento, o estilo Rococó começa a surgir, o qual foi desenvolvido na Europa no século XVIII, em Paris.


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Movimento que buscava a sutileza, se opondo aos excessos e santuosidades do Barroco e tem como principais características o uso de cores luminosas e suaves; estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves e delicadas; linhas curvas também davam um certo charme ao estilo; muito se usava os temas da natureza: flores, plantas, pássaros, cachoeiras, rochas etc.; uso de temas relacionados a vida cotidiana; arte sem influência de temas religiosos (com exceção do Brasil); buscava mostrar o que era refinado, sexual, exótico e agradável. O Rococó na França tem como exemplo os artistas: Pierre Lepaute – decorador francês; Jean Bérain – Gravurista francês; Jean – Antoine Watteau –pintor francês; Juste – Aurèle Meissonier – pintor, escultor, desenhista de móveis e arquiteto francês; Nicolas Pineau – Entalhador e design de interiores; Jean – Honoré Fragonard – pintor francês. Já no Brasil o movimento chegou por volta também do século XVIII, onde teve influência de temas religiosos e manifestou-se, principalmente, no campo da arquitetura. Um dos principais representantes do Rococó no Brasil, foi ALEIJADINHO, que tem sua principal criação na cidade de Ouro Preto- Minas Gerais, na Igreja São Francisco de Assis.

(FIGURA 6) Retábulo do Altar - ALEIJADINHO

Fonte: Google

Chegou-se então ao período denominado Romantismo, o qual era um movimento artístico político e filósofo, surgindo nas últimas décadas do século XVIII na Europa e que perdurou por


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grande parte do século XIX. Os autores românticos começam a se voltar cada vez mais para si mesmo, retratando o drama humano, grandes amores, o qual muitas vezes eram trágicos. No Brasil o Romantismo ganha seu espaço no período da Independência política em 1822 e alguns artistas já nutriam o sentimento mais tarde dito romântico antes do seu surgimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. O Romantismo se manifesta de formas bem variadas as diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música. Os românticos se caracterizam por estarem em oposição à arte neoclássica, se libertando de regras e valorizam o estilo do artista na obra. Alguns dos artistas Românticos seriam: Francisco José Goya y Lucientes (1746 – 1828); Eugène Delacroix (1799 – 1863); Willian Turner (1775 – 1851) e muitos outros. (FIGURA 7) “A Liberdade guiando o povo,1830” - DELACROIX

Fonte: Google

Na segunda metade do século XIX começa a se desenvolver o movimento artístico chamado de Realismo, o qual possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como a pobreza, corrupção, exploração etc. Pode-se encontrar o Realismo nas artes plásticas, onde se manifestou principalmente na pintura, no qual as obras mostravam claramente as cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade e um dos principais artistas do realismo foi o francês Gustave Coubert, destacandose nas obras: Os quebradores de Pedras e Enterro em Ornans.


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É encontrado o Realismo, também no teatro e na literatura, nas obras e prosa e romances realistas, os quais abordavam temas polêmicos para a sociedade. No Brasil o Realismo se manifestou principalmente na prosa na literatura brasileira. (FIGURA 8) “OS quebradores de Pedra” - COUBERT

Fonte: Google

Chega-se ao período chamado, então, Impressionismo. O qual surge na França, no final do século XIX e é considerado o marco inicial da arte moderna, tendo como um de seus principais artistas Cloude Monet. Tem como característica ênfase nos temas da natureza (paisagens); valorização da luz natural; pinceladas soltas; efeitos de sombras coloridas e luminosas. Pode-se encontrar o Impressionismo na música também, onde as principais características eram ter composições que retratavam imagens; melodias sensuais e etéreas. Para os artistas impressionistas, os objetos deveriam ser retratados como se estivessem totalmente iluminados pelo sol, valorizando as cores da natureza. Figuras sem contorno e o preto jamais poderia ser utilizado.


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(FIGURA 9) “Mulher com guarda-sol” – MONET

Fonte: Google

O Simbolismo, assim como o Impressionismo, surge na França também no final de século XIX, em contraposição ao Realismo e ao Naturalismo. Movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos, estendendo suas raízes á literatura, palcos teatrais e artes plásticas. Artistas simbolistas aderiram uma visão pessoal e individualista da realidade. Não bastava apenas sentir as emoções, mas necessário era levar em conta também a dimensão cognitiva. O Simbolismo se destaca na musicalidade. Pode-se citar como um dos artistas do Simbolismo Gustave Moreau.


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(FIGURA 10) “Pietá” - MOREAU

Fonte: Google

Expressionismo, movimento artístico vanguardista, que apareceu na Alemanha nos primeiros anos do século XX e não ficou somente nas artes plásticas, mas abrangi também ao cinema. Uma das principais características da are expressionista, destaca-se a distorção linear. Eram usadas cores intensas, com pinceladas bem marcadas, deixando muito evidente o efeito do traçado sobre a tela. Os artistas ligados ao expressionismo organizaram-se em dois grupos, um na cidade de Dresden e outro na cidade de Munique, como explicita o crítico Larry MacGinity: “O movimento expressionista estava associado a dois grupos de artistas, um baseado em Dresden e outro em Munique, sendo que ambos possuíam muitos objetivos e influências em comum. Os artistas queriam distinguir-se da sociedade urbana, da qual a maioria deles se originou. Alguns levaram uma vida comunitária em áreas rurais, onde desenvolveram uma fascinação por sociedades 'primitivas', tornando-se colecionadores e imitadores da arte folclórica alemã, em um esforço para reacender a força vital da arte, que acreditavam ter sido suprimida” [1]

Entre os principais nomes do Expressionismo, descatacavam-se: Fritz Bleyl ,Erich Heckel, Ernst Ludwing, Kirchner, Karl Schmidt – Rottluff, Max Pechstein, Emil Nolde e Otto Mueller ; e no Brasil com os artistas como : Anitta Malfatti, Lasar Segar , Portinari etc.


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(FIGURA 11) “O Lavrador de café” - PORTINARI

Fonte: Google

Muitos são os movimentos artísticos, os quais, ainda pode-se citar : Fovismo, com seu surgimento no inicio do século XX e tinha como uma das principais características o uso exacerbado de cores fortes e teor dramático nas obras; Cusbismo, que também surge no século XX., com formas geométricas, como cubos e cilindros, rompeu com os padrões estéticos e tem como um de seus principais artistas Pablo Picasso; Suarrealismo, nascido em Paris na década de 1920, movimento artístico vanguardista, questionava as crenças culturais então vigentes na Europa. Os surrealistas deslizavam pelas águas mágicas da irrealidade; Abstracionismo, estilo artístico moderno onde pessoas e objetos são representados através de formas irreconhecíveis. Surgiu na Europa no início do Século XX; Dadaismo ou Dada, movimento vanguardista iniciado em 1916, em Zurique. Teve início por um grupo de poetas e artistas plásticos no Cobaret Voltaire; Futurismo, movimento artístico e literário, criado em 1909. Tinha um novo tipo de beleza baseado na velocidade e na evolução da violência.


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3. HISTÓRIA DO DESIGN DE MOVEIS O primeiro relato sobre móveis na história, de acordo com alguns sites e textos, é de um amontoado de pedras, o qual possuía o formato de uma, então possível estante e a semelhança com uma cama, como a conhecemos hoje, isso na data de 3180 a 2500 a.C, em um sitio arqueológico, localizado na Escócia e foi neste mesmo local, onde foram encontradas vasilhas de barro, cestos, peles e os primeiros registros de mobília. Não se sabe ao certo de onde esse grupo de pessoas veio ou surgiu, só se pode dizer que sobreviveram 600 anos de intenso inverno de forma muito bem estruturada e organizada. Logo após essa grande descoberta neolítica, o próximo local seria o Egito, onde, de f ato, foram encontrados mobiliário muito parecido, similar, ás formas do mobiliário atuais. Dentre os achados estão cadeiras, mesas, bancos e camas. Eram móveis que sobreviveram durante 3 mil anos e sofreram poucas transformações e pode– se perceber que para cada ocasião festiva, possuía forma e uso de materiais diferenciados. A mobília egípcia tinha características fortes e uma delas muito importante, que era: os pés possuíam formas de patas de animais e na maioria das vezes eram feitos com ossos de animais. (FIGURA 12) Cama Egípcia 3.100 até 2.686 a.C

Fonte: Google

Foi possível perceber que os móveis egípcios eram provavelmente mais baixos que o mobiliário do sec. XX, os egípcios eram baixos, e foi essa crença que acabou em influenciar em todos os campos da arte como arquitetura, escultura, pintura e mobiliário. Tronos e cadeiras eram revestidos em ouro e/ou prata.


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(FIGURA 13) Cadeira Egípcia

Fonte: Google

Na Grécia, não se tem muitas informações ou imagens dos achados, já eram menores comparados aos móveis egípcios. Mesas menores que apenas serviam de apoio para objetos. Prezavam pelo conforto. Criaram móveis que se adaptavam perfeitamente ao corpo e seus pertences eram pendurados nas paredes ou guardados em arcas e armários. (FIGURA 14) Móveis Gregos


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Já na Roma, os móveis eram distinguidos dos móveis dos gregos pelo luxo e materiais nobres, como o bronze e mármore. Existia uma grande variedade de tipos, sendo divididos também em uso comum e uso cerimonial, assim como na Grécia e Egito. Seria uma invenção romana também as cadeiras semicirculares e pequenas mesas de três pés, incluindo também características com pés em formas de patas de leão e figuras mitológicas que sustentavam as pernas da mesa. (FIGURA 15) A esquerda LECTUS, um dos móveis mais utilizados pelos romanos. A direita, a TRICINIA, que consistia em uma estrutura em U, formada por três Lectus.

Fonte: Google

No Brasil, os móveis chegaram por volta do século XVI junto com a vinda dos portugueses, mais até então só era possível encontrar por aqui, redes e esteiras indígenas. Mais tarde, somente as famílias ricas passariam a compor suas casas com mobiliário, ais eram móveis que copiavam os estilos europeus. Temos como pai do “mobiliário brasileiro” Joaquim Tenreiro (1906 – 1992), que na verdade era um artesão português, mais foi capaz de desenvolver um mobiliário adaptado ao clima tropical, com a utilização de madeiras brasileiras e palhinha.

(FIGURA 16) Poltrona em Jacarandá (Joaquim Tenreiro)


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O design brasileiro de moveis começou a ganhar, então, a partir dos anos 50, tendo como principal contribuinte o arquiteto carioca Sérgio Rodrigues, o qual foi fundador de loja OCA em 1955 e foi o primeiro designer a colocar o mobiliário brasileiro em destaque nacional, o qual foi ganhador de um concurso na Itália em 1961. (FIGURA 17) Poltronas “Klin”, “Chifruda” e “Tonico” (Sergio Rodrigues)

Fonte: Google

Dentre esses designers, existem muitos outros como, por exemplo: Lina Bo Bardi (1905-1992), Paulo Mendes da Rocha (nasceu em 1928), Bernardo Figueiredo, não se sabe ao certo a data de seu nascimento, mais faleceu no ano de 2011; a partir desse momento, o qual acontece a Revolução de 1964, a produção artística de moveis passou a ser mais vista no exterior. O país veio se modernizar nos anos 70, onde nasceram novas escolas de arquitetura e com elas uma nova geração de designers que foi florescendo pouco a pouco. Pode- se citar nesse período o grande arquiteto Oscar Niemeyer (1907 – 2012) o qual usava formas futuristas para desenhar seus objetos. (FIGURA 18) Cadeira de balanço e Marquesa (Oscar Niemeyer)

Fonte: Google


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4. PATRIMÔNIO PUBLICO A Lei da Ação Popular (Lei 4.717, de 29.6.65) define patrimônio público, em seu artigo 1 º, parágrafo 1º, como o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Patrimônio público, porém, é o conjunto de bens e direitos que pertence a todos e não a um determinado individuo ou entidade, é um direito difuso, é de todos da sociedade. O que se entende por Patrimônio Público Escolar? Pode ser definido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações suscetíveis de depreciação econômica obtidos através de compra, doação, devidamente identificado e registrado contabilmente. Patrimônio Público Escolar, então, nada mais é que o conjunto de bens móveis e imóveis, formando a parte física e material da escola. Existe ainda o patrimônio cultural, que consiste nos bens da natureza material e imaterial, como: formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; criações cientificas, artísticas e tecnológicas; obras, objetos, documentos, edificações e manifestações artístico-culturais; Patrimônio Ambiental, que é ligado ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, referido no artigo 225 da Constituição da República. O patrimônio ambiental é aquele que mais se percebe o caráter difuso do patrimônio público. Pode-se citar também o patrimônio moral, o qual é composto por princípios éticos que comandam a atividade pública, juntamente com os princípios da moralidade, referido no artigo 37 da Constituição.


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4.1 CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PUBLICO ESCOLAR

Escola nada mais é que um espaço privilegiado de analise, discussão e reflexão da realidade. É dento desse espaço que serão formados “cidadãos conscientes”, que no futuro contribuíram para o desenvolvimento da comunidade, da cidade e quem sabe até do país, nos vários setores. Trabalhar questões sociais e ambientais dentro do ambiente escolar é essencial, afinal, escolas vem enfrentando vários problemas com o patrimônio público escolar e é dever da própria escola resgatar a valorização a conscientização dos alunos quanto a importância da mesma e como é bom se estar em um ambiente limpo e conservado. O descaso de muitos alunos com os patrimônios escolares públicos, muitas vezes ocorre pela falta de informação quanto ao custo para a construção e mantimento do mesmo. Alunos acabam pensando que tudo aquilo, que todos os bens públicos são só somente responsabilidade do governo ou da própria instituição de ensino. Podemos definir patrimônio publico como o conjunto de bens e direitos que pertencem a todos e não a um determinado individuo ou entidade, ou ainda o conjunto de bens à disposição da coletividade. E segundo a Lei, o que é Patrimônio Público? “É o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Segundo a definição da lei, o que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer ele a um ente público – a União, um Estado, um Município, uma autarquia ou uma empresa pública. (Lei de nº 4.717/65 de 29/06/1965)”

Pensando dessa forma, depredar patrimônio público é crime, pois fere um direito coletivo. Veja o que diz o Código Penal (Lei Nº 2.848/40) sobre dano ao patrimônio público: Art. 163 – Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena – detenção de 1(um) a 6(seis) meses, ou multa. Parágrafo Único – Se o crime é cometido: I – com violência à pessoa ou grave ameça; II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III – contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima; Pena – detenção de 6(seis) meses a 3(três) anos, e multa, além da pena correspondente a violência.


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Veja o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente sobre o estudante que causar dano ao patrimônio público: Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano (...) Parágrafo Único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poder ser substituída por outra adequada. (Lei Nº 8.069/90)

A depredação do patrimônio escolar, além de caracterizar um ato de violência, representa um enorme desperdício de recursos públicos. Todos os anos, quantias vultuosas de dinheiro são destinados a reforma e pintura de prédios, bem como, a recuperação de carteiras e cadeiras. Sabe-se que essa ideia de conservação e restauração, não se limita somente ao espaço escolar, mais acredita-se que é da escola que surgem cidadãos preparados para um mundo muito mais humano e solidário, afinal convivem em sociedade e se respeitam.


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5. SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE Não se pode pensar no futuro sem pensar na sustentabilidade e no meio ambiente, o qual, se não cuidado agora, o planeta todo poderá ser alterado de tal forma, que a vida poderá deixar de existir. As grandes e graves alterações climáticas tem causado grandes debates no mundo todo. Então que seria “Sustentabilidade Ambiental? ” De acordo com o site “Atitudes Sustentáveis”, sustentabilidade ambiental é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema. Sustentabilidade ambiental significa buscar e encontrar formas de minimizar todo e qualquer impacto no meio ambiente e reduzir custos. Várias empresas, como a PePsico, desenvolveram programas para uma agricultura sustentável, diminuindo gastos e impactos no meio ambiente. O conceito de “sustentabilidade ambiental” foi introduzido inicialmente em 1987 pela WCED (World Commission on Enviromment and Development ), comissão que é formada por membros da ONU (Organização das Nações Unidas), a qual, tem a intenção de unir países em prol do desenvolvimento sustentável. (FIGURA 19) – Sustentabilidade Ambiental

Fonte: eco21.com.br


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5.1 O QUE SÃO MOVEIS SUSTENTÁVEIS? Um móvel recebe o nome de sustentável quando for fabricado, produzido com madeira renovável (reaproveitada) e o processo de criação respeita todos os aspectos ecológicos, ambientais e sociais. Existe o selo chamado BIOMÓVEL, criado pelo por moveleiro do Planalto Norte Catarinense, que certificam e validam o uso adequado pelas indústrias que Todo e qualquer móvel sustentável segue com muita responsabilidade os 3R’s, que são os pilares da sustentabilidade, no qual são eles: Redução, Reutilização e Reciclagem. No processo de montagem e produção dos moveis sustentáveis, alguns aspectos são muito relevantes e fundamentais, como, reduzir o consumo de energia na produção, escolher processos produtivos que reduzem o consumo de materiais, ter em mente e planejar produtos multifuncionais, utilizar embalagens recicláveis, etc. Os produtos utilizados para a fabricação dos moveis sustentáveis, em geral, são: madeira maciça reflorestada, produção limpa. Os produtos sustentáveis mais comuns e mais comercializados hoje no mercado hoteleiro são mesas de jantar, cadeiras, espelhos, bancos, banquetas, aparadores e outros. A durabilidade desse material reutilizável pode ser infinita e durar década, de acordo com a manutenção correta de cada móvel. De acordo com tudo isso, a relação custo x benefício é ótima. Os produtos da linha sustentável têm seus preços inferiores aos produtos com o mesmo material e que não são sustentáveis. Produtos com o selo BIOMÓVEL dão ao consumidor a chance de serem ecologicamente corretos, praticando os princípios ecológicos. Moveis sustentáveis dão beleza, resistência e uma visão ambiental a qualquer ambiente. No Brasil, o projeto que ainda é inédito, só se trabalha reutilizando madeira renovável, tecnologia limpa e os materiais são nocivos ao meio ambiente ou a saúde das pessoas. Vale também lembrar que o BIOMÓVEL é uma exclusividade das empresas que integram o APL Madeiras Moveis do Planalto Norte Catarinense. Cada indústria credenciada para produzir os moveis com o selo BIOMOVEL tem que passar por uma auditoria e várias analises de cada produto para se ter a certeza que tudo que é exigido está sendo cumprido, e a proposta deste selo seria introduzir novos procedimentos de produção as empresas, dessa forma, cada empresa pode oferecer ao mercado produtos que além de ter um design moderno, contam com a resistência e visão ambiental. Sustentabilidade é uma palavra que tem ganhado grade peso e força nos últimos anos. Muito comum, tem sido, usar para produtos assim, caixotes de madeira e pallets, ente outros.


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(FIGURA 20) – Selo Biomóvel

Fonte: homeit.com.br


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5.2 – POR QUE REUTILIZAR? Reutilizar, nada mais é que utilizar de novo, dar uma nova utilidade a materiais que muitas vezes parecem inúteis; dar novos usos a objetos já utilizados. Agindo assim, a quantidade de resíduos no meio ambiente é reduzido. Reutilização é a melhor forma de diminuir o impacto ambiental, diminuindo o consumo de matérias primas e é algo socialmente responsável. O grande desafio da reutilização é: ter um resultado final de qualidade com pouco trabalho. Vários são os materiais para a reutilização, como: garrafas pet, copos plásticos, vidros, embalagens de cosméticos, caixas de papel/papelão, caixotes de feira, palets etc.


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6. PRODUÇÃO Produção é momento em que as ideias saem do papel e começam a ganhar forma.


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6.1 - ETAPAS DE CRIAÇÃO Para que o projeto fosse realizado com sucesso, houveram várias etapas essenciais a serem executadas visando a organização e exploração da criatividade entre o grupo. A reutilização não é algo fácil de se fazer, mas com interesse, comprometimento e organização, a realização fica menos complexa. Abaixo serão listadas as etapas realizadas ao decorrer do projeto de TCC.

Primeira etapa: Escolha do tema e briefing. Foi iniciado o projeto, a escolha do tema foi algo rápido, foi constatado que todos do grupo se interessavam por reutilização e queriam fazer algo pelo patrimônio da escola muitas vezes “esquecido”, logo em seguida foi realizado um briefing, várias formas de customização e reciclagem foram pesquisadas, também foram selecionados movimentos artísticos que mais chamaram atenção na história da arte.

Segunda etapa: Criação da parte gráfica: Além da parte artística, não poderia faltar também a parte gráfica do TCC, após algumas reuniões em que o brainstorming aconteceu, foi chegado a um consenso e então marca BECor foi criada, o logotipo, manual de identidade visual e catalogo também foram criados.

Terceira etapa: Seleção dos materiais a serem utilizados Como o projeto está voltado para a parte sustentável, foram procuradas formas fáceis e de baixo custo para a realização da parte prática. De início, apenas foi utilizada tinta de parede branca (látex), bisnagas de cores variadas para a mistura e criação dos tons e os pincéis. Com o decorrer do processo de criação, foram inseridos novos matérias como a tinta acrílica, sprays coloridos e verniz incolor para o acabamento de todas as carteiras. Em relação ao custo dos materiais, foi gastado em média R$ 100, 00 (cem reais), na compra da tinta látex, bisnagas coloridas e verniz. As tintas acrílicas foram doadas por professores.


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(FIGURA 21) - Tintas AcrĂ­licas usadas nas pinturas das carteiras

(FIGURA 22) - Bisnagas coloridas para mistura com tinta branca


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(FIGURA 23) -Tintas AcrĂ­licas

Fonte: Autores


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6.1- CRIANDO A MARCA BECor Logo de início, foi introduzida a ideia de ter uma marca para a realização do projeto. Após algumas reuniões e conversas, o nome BECor foi indicado como melhor nome para a marca de restauração e customização de móveis, no caso, móvel público escolar. Para criar o nome BECor, foi pensado em utilizar a inicial dos nomes de cada integrante do grupo. Várias tentativas de logo foram feitas, como mostram as imagens a seguir:

(FIGURA 24, 25 E 26 ) - Primeiras ideias para o logo BECor

Fonte: Autores


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Usando o software CorelDraw, tambĂŠm foram feitas mais algumas tentativas de logo ideal para a marca BECor: (FIGURA 27, 28 e 29) - Mas ideias para o logo BECor

Fonte: Autores


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Depois de várias tentativas, o logo final foi criado. O losango foi usado para fazer o logo BECor, dando mais sofisticação e elegância, juntamente com a Luminária rustica desenhada em uma das pontas do losango. Foram usadas as cores: Preto e Branco, algo bem simples mais que ao mesmo tempo chama atenção do público alvo. ( FIGURA 30) - Logo BECor (negativo)

Fonte: Autores


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(FIGURA 31) - Logo BECor (positivo)

Fonte: Autores


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6.2.2 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL Manual de identidade visual é um manual que contém normas técnicas, recomendações e especificações para a utilização de uma determinada marca. É o manual que facilita a memorização e reconhecimento da marca ao preservar suas propriedades visuais em todas as suas manifestações. Assim que o logotipo da marca BECor foi definido, foi montado o manual de identidade visual, mostrando a tipografia usada, os usos corretos e incorretos do logo, aplicações da marca em diversos lugares. Abaixo, algumas páginas do manual :

(FIGURA 32) - Capa do Manual de Identidade BECor


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(FIGURA 33) - Apresentação da marca no manual de identidade visual

(FIGURA 34) - Família tipográfica usada no logo BECor


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(FIGURA 35) - Usos Incorretos da aplicação da marca BECor

Fonte: Autores


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6.2 RESGATANDO OS MÓVEIS Após a criação da marca e do manual de identidade visual, começamos a resgatar do almoxarifado da Escola Técnica Salim Sedeh carteiras que não eram mais de usos de alunos mais que ainda se encontravam em bom estado para uso. As carteiras escolares foram separadas, lavadas para depois passar pelo processo de customização artística. (FIGURA 36,37 e 38) - Resgatando as carteiras


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Fonte: Autores


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(FIGURA 39,40 e 41) - Lavando as Carteiras


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Fonte: Autores


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6.3 RESTAURÇÃO Processo de resgate e limpeza já prontos, foi iniciado a parte da restauração das carteiras escolares. Com ajuda de professores e alguns alunos, começamos o projeto artístico nas carteiras. Desenhos foram feitos e logo em seguida, a parte da pintura com tinta acrílica. (FIGURA 42,43 e 44) - Desenhando (Professora Silvia)


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Fonte: Autores

(FIGURA 45 e 46) - Desenhando (Bruna: Integrante do grupo)


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Fonte: Autores

(FIGURA 47) - Desenhando (Joshua: aluno de processos fotogrรกficos) Pintando (Everson: integrante do grupo)

Fonte: Autores


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(FIGURA 48) - Pintando (Professora Silvia)

Fonte: Autores

(FIGURA 49) - Pintando (Everson e Camila: integrantes do grupo)

Fonte: Autores


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6.4 FINALIZAÇÃO DO PROJETO ARTISTICO E FOTOGRÁFIA EM ESTUDIO Momento em que os acabamentos finais foram feitos. Terminar pintura e passar verniz para que as carteiras fiquem mais protegidas. Logo em seguida, as carteiras foram levadas em estúdio fotográfico onde foram feitas as fotos para a confecção do catalogo. (FIGURA 50) - Envernizando (Bruna: integrante do grupo)


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(FIGURA 51) - Envernizando (Camila: integrante do grupo)


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(FIGURA 52) - Envernizando (Everson: integrante do grupo)

Fonte: Autores


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(FIGURA 53) - Fotografando (Bruna: integrante do grupo)

(FIGURA 54) - Fotografando (Camila: integrante do grupo)


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(FIGURA 55) - Fotografando (Everson: integrante do grupo)

Fonte: Autores


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7. PÓS-PRODUÇÃO Momento em que todo projeto já está finalizado.


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7.1 RESTAURAÇÃO PRONTA Momento em que todas as carteiras escolares já estão pintadas e envernizadas. (FIGURA 56) – WIFI FREE

(FIGURA 57) - POTTER


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(FIGURA 58) - ANCORAGEM

(FIGURA 59) - GUEIXA


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(FIGURA 60) - ALEGRIA

(FIGURA 61) - CHAPELEIRO


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(FIGURA 62) - SABORES

(FIGURA 63) - AMY


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(FIGURA 64) - ARTE LUZ

(FIGURA 65) - FRIDA CAHLO


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(FIGURA 66) - MONDRIAN

(FIGURA 67) - HEROIS


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(FIGURA 68) - WOW

(FIGURA 69) – BLACK WHITE


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(FIGURA 70) - ARTE AFRICANA

(FIGURA 71) - POP ART


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(FIGURA 72) -MUSIC

(FIGURA 73) - LION


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(FIGURA 74) - PANDA

(FIGURA 75) – COLOR FEST


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7.2 CATALOGO Foi criado um catalogo, contendo as imagens das carteiras restauradas. Em cada página é mostrado uma carteira relacionado a movimentos artísticos da antiguidade e da modernidade.

(FIGURA 76) Capa do Catalogo BECor


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7.3 MAKING-OFF Após todo processo de restauração pronto, o making-off do trabalho todo foi feito, contendo vídeos de todos os processos, desde o resgate das carteiras até as pinturas finais e fotografia em estúdio.


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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS O propósito deste trabalho foi criar alternativas sustentáveis para conscientização sobre o patrimônio escolar. Realizando pesquisas e aos poucos encontrando soluções, foi possível desenvolver com sucesso todo o trabalho de conclusão de curso. A primeira alternativa foi criar a agência BECor, para que então, as criações pudessem ter um nome próprio de origem, sem ser confundidas com outras. O logotipo foi desenvolvido, cartões de visita, manual de identidade visual e um catálogo também foram criados visando a parte gráfica do curso, logo depois ocorreu o resgate das carteiras amontoadas em um almoxarifado, foram retiradas 20 carteiras, levadas a quadra escolar para serem lavadas e consertadas. Os desafios foram grandes, vários dias de sol foram enfrentados para que o resultado pudesse ser obtido com sucesso, horas de pesquisa e dedicação foram necessárias, e o trabalho em equipe foi muito valorizado e utilizado durante o desenvolvimento do trabalho. Logo após a lavagem e conserto das mesas, foram iniciadas as pinturas, no início foi utilizada apenas tinta de parede para as criações, depois variamos com tintas acrílicas cedidas por professores, e a tinta de parede com bisnagas de cores, que o grupo adquiriu. Durante as pinturas muitos alunos e professores simpatizantes ajudaram com o que puderam, pois já que o trabalho tem um fim sustentável, os custos não poderiam ser muito altos. Com as mesas devidamente pintadas e envernizadas, foram levadas ao estúdio para serem fotografadas, para assim ser criado o catálogo da agência, que foi realizado com sucesso logo em seguida. Assim, concluímos que o trabalho foi bem sucedido e muito importante tanto para os fins sustentáveis quanto para a experiência pessoal e intelectual do grupo, apesar dos muitos desafios, valeu a pena cada esforço.


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(FIGURA 77) Bruna Denise Costa Alves, Camila Roberta da Silva e Everson Oliveira dos Santos


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9. REFERÊNCIAS

SUSTENTÁVEIS, Móveis; O que são móveis sustentáveis? 2015. São Paulo. Disponível em: http://www.homeit.com.br/2015/08/04/0-o-que-sao-moveis-sustentaveis/ Acesso em 01 de Abril de 2016.

CAMPOS, Deanna Buono; História do design de móveis. 2010. Disponível em: http://amaeco.blogsopt.com.br/p/design-de-moveis.html/ Acesso em 15 de março de 2016.

ECYCLE, Equipe; Você sabe o que é reciclagem? 2013. Disponível em: <http:// www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/2016-reciclagem-oque-e-cmo-surgiu-reaproveitamento-upcycle-origem-como-reciclar-coleta-seletiva-ondereciclar.html> Acesso em 06 de Abril de 2016.

BENITES, Bruna Meldau; Principais movimentos artísticos do século xx. 2016. Disponível em: http://www.infoescola.com/artes/principais-movimentos-artisticos-doseculo-xx/> Acesso em 15 de abril de 2016.

ARTE, História; A arte na pré-história. Disponível em: http://www.historiadanet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=45/> Acesso em 15 de abril de 2016.

URBANA, Ecologia; Meio ambiente e sustentabilidade. 2015. Disponível em: http://www.ecologiaurbana.com.br/atitudes-sustentaveis/meio-ambiente-esustentabilidade-saiba-mais/ Acesso em 01 de maio de 2016.

SUSTENTAVEIS, Atitude; Sustentabilidade? O que é sustentabilidade? 2013. Disponível em: http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/sustentabilidade/> Acesso em 01 de maio de 2016.

MARTINO, Professora Gildete; Patrimônio material público. 2016. Disponível em: http://www.planetaeducação.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2030/ Acesso em 19 de abril de 2016.

PINHEIRO, Adriana Gonçalves; Patrimônio público escolar. 2011. Disponível em: <http:// www.artigonal.com/educacao-artigos/patrimonio-publico-escolar-4686510.html/> Acesso em 19 de abril de 2016.


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