QUORETO
Camille Lopes Lanzer Ateliê Integrado de Arquitetura Escola de Arquitetura e Urbanismo/ UFMG
GRUPO: Camille Lopes Lanzer Fernanda Alves de Campos Filipe Silva Gonçalves Isabela Silva Moreira Lourenço Kefi Marino de Barros Pinto Mariana Oliveira Campos Machado Paula Lessa Brant
Índice: História de Catas Altas Introdução à Intervenção A praça escolhida SketchUp Quoreto Montagem Preços
CATAS ALTAS
A cidade de Catas Altas localiza-se a sudeste de Belo Horizonte (aproximadamente
1h30 de carro). Nos dias de hoje, a sua principal fonte de renda é a mineração de ferro, sendo o turismo uma fonte alternativa. Situada aos pés da Serra do Caraça e resguardada pelo contraforte da Serra do Espinhaço, integrando o Circuito do Ouro ao longo da Estrada Real, a cidadezinha conta com cachoeiras e uma vista espetacular.
Aproximadamente em 1694, no final do século XVII, ricas minas auríferas
foram reveladas no município de Catas Altas. A partir dessa descoberta iniciou-se a formação de um povoado de trabalhadores. Segundo o historiador Salomão de Vasconcelos, os reais fundadores da pequena cidade são desconhecidos, apesar de se atribuir a Domingos Borges a fundação do arraial em 1703. O nome Catas Altas resulta das profundas escavações ocorridas no alto dos morros da região. A palavra Catas remete ao garimpo, forma independente de exploração do solo. No local, o garimpo ocorria no alto da serra tendo em vista que é a parte onde os metais são mais encontrados na região. Dessa maneira formou-se o nome da cidade, “Catas Altas”.
PREÇOS O preço da intervenção não foi alto pois, Tubos de PVC, sensor de presença e tecidos foram emprestadas pela Escola de Arquitetura e Urbanismo. Materiais como uma folha de EVA (R$1,00), 9 folhas de papel celofane (R$0,50), 2 fitas dupla face fina (R$4,80), 4 fitas isolantes (R$5,18 de 20 metros), 100 metros de extensão elétrica (R$38,00 de 10 metros, R$19,00 de 5 metros e R$19,90 de 3 metros), 3 papéis de seda (R$20,00 cada), 3 potes de tinta para madeira (2 pretos e 1 branco, R$7,10 cada), 3 holofotes de lâmpadas alógenas de 150W (com lâmpada reserva, R$ 0,70 cada), 2 holofotes de 60W ( com lâmpada reserva, R$25,00 cada), 1 rolo de fita crepe (R$3,60), 1 rolo de fio de nylon (R$2,20), um “T” ou “Benjamin” para cada extensão (R$2,50 cada), 1 pacote de saco de lixo de 10 litros (R$1,24), além de tesouras, estiletes, 16 latas de metal, 1 projetor e 1 computador.
Foto de Allaoua Saadi, 2013
INTRODUÇÃO À INTERVENÇÃO
A intervenção Quoreto foi montada por alunos da Escola de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade Federal de Minas Gerais. Estando no primeiro semestre a intervenção foi um trabalho da aula de Fundamentação para Projeto de Arquitetura e Urbanismo I. A turma dividida em grupos de aproximadamente oito alunos contou com seis diferentes elaborações.
As intervenções ocorreram no dia 12 de janeiro de 2013 na cidade de Catas Altas. Com
duração de apenas um dia, a apresentação dos trabalhos iniciou-se no final da tarde encerrando-se a noite. A “cidadezinha” virou uma festa e a aceitação dos moradores foi grande.
A PRAÇA ESCOLHIDA
A Praça Raiumundo Gonçalves Vie-
É notável a presença de muitos arbustos
gas localiza-se próxima a Igreja Matriz de
e grandes árvores distribuem-se pelo lo-
Catas Altas. Para chegar no local, deve-se
cal. As plantas estão dividias em três prin-
passar pela Igreja e antes da Câmara Mu-
cipais canteiros, o primeiro deles no início
nicipal virar a direita na Rua São Miguel. A
da praça e os outros dois entre o primei-
Praça está sobre um declive e consiste em
ro e o segundo semicírculo. Existem duas
vários semicírculos, sendo estes, as vias de
grandes árvores, a primeira delas localiza-
passagem, e no topo da praça há um úni-
se próxima ao coreto, e no verão enche-
co círculo, com o coreto ao centro. Nove
se de flores amarelas, a segunda está no
postes de caráter tradicional, pintados em
final do “parquinho”. Este último elemento
azul claro estão distribuídos por todo o lo-
da praça estende-se por uma área con-
cal, eles são ligados somente a noite, re-
siderável. Seu chão é de areia, possuin-
forçando a iluminação da rua. Uma última
do gangorra, gira-gira e balanço coletivo.
fonte luminosa consiste em uma lâmpada pendurada no teto do coreto, sua forma integra-se com as demais, sendo ela de mesmo estilo e cor. Bancos e brinquedos ainda constituem o imobiliário da praça.
No dia da intervenção é importante começar
a instalação cedo. Os planos deverão tomar muito tempo, na nossa intervenção iniciamos a montagem próximo das 8h e terminamos às 19h. É também aconselhável que se divida o grupo. Dessa maneira enquanto parte monta os planos a outra parte do grupo pode colocar os telefones e extensões. As extensões devem ficar fixas ao chão para que ninguém tropece, isso poderá ser feito com fita crepe. Em caso de chuva o projetor e o computador devem estar bem protegidos, pode-se montar uma caixa de papelão isolada por sacos de lixo. Os postes de luz serão cobertos por papel celofane; que devem ser azul, amarelo e vermelho. Cada poste será coberto por apenas uma cor e somente por cima dos vidros. Finalmente, pode-se pendurar pedrinhas nos panos para que, em caso de vento, eles fiquem mais firmes.
Foto de Allaoua Saadi, 2013)
SKETCHUP
O lugar dos telefones e lâmpadas também devem ser pré-determinados. Após isso é importante testar as lâmpadas com as extensões vindas das casas pois, se não houver suficientes , ainda haverá tempo para comprar ou confeccionar uma nova. A posição dos panos também é parte importante desse processo. Ela deve ser de tal maneira, que os panos mais finos fiquem a frente e mais próximos ao projetor pois a projeção só o pode ser barrada pelos panos do fundo.
MONTAGEM Antes da montagem propriamente dita é importante testar todos os
elementos. Os planos só podem ser montados na praça, mas é interessante testar as maneiras de amarrá-los e as formas que podem ser montadas com os barbantes. A parte elétrica é importantíssima, extensões de diferentes tamanhos são imprescindíveis, utilizamos aproximadamente 100m. Para extensões compradas não há necessidade de teste porém extensões feitas em casa podem ter sido mal montadas. As lâmpadas podem queimar, então lâmpadas reservas devem constituir os materiais. O projetor e as projeções nos panos também devem ser testados.
Ainda para que nada dê errado na intervenção, ela deve ser mon-
tada na própria praça antes da data marcada. A preparação conta com a montagem dos elementos alguns dias antes. Durante esse tempo deve-se conversar com os moradores sobre a possibilidade de utilização de uma ou mais tomadas das casas ao redor. Utilizamos tomadas de quatro casa diferentes. É bom testar dois ou mais planos e marcar os locais e as formas em que os restantes serão confeccionados.
QUORETO
A intervenção nomeada Quoreto ocorreu na Praça Raimun-
do Gonçalves Viegas, em Catas Altas. O nome provém da expressão latina Status Quo que significa o estado atual das coisas.
A ideia do trabalho surgiu do processo conhecido como brains-
torm, nele os integrantes do grupo colocaram no papel todas as sensações que o lugar havia passado. Diversão, tradição, exploração entre outras, apareceram nas anotações. O consenso desse exercício foi que a praça seria muito setorizada, ou seja, a divisão de semicírculos, verificada nos caminhos, formaria diferentes espaços não integrados. Dessa maneira, o grupo decidiu “juntar os pedaços”.
Planos formados por barbantes foram espalhados por todo o
local, seu objetivo era criar barreiras nos caminhos normalmente utilizados para que os visitantes percebessem a praça de um modo novo. Além disso, os barbantes ligariam pontos distintos, integrando-os. Os fios eram de três cores, azul, amarelo e vermelho. Com eles, ainda foram concebidos oito telefones de latinha, com o mesmo objetivo.