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Movimento CpC quer discussão ampla sobre Coimbra-B e zona envolvente

Mata Nacional do Choupal contra quaisquer danos, durante e após a obra.

Jorge Gouveia Monteiro criticou a posição do Executivo, que defende uma nova ponte rodoviária do IC2 sobre o Choupal e o Mondego, considerando que qualquer solução para aquela estrada principal tem de ser “pensada para uma redução do tráfego automóvel e não para a sua manutenção”.

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Omovimento Cidadãos por Coimbra (CpC) exigiu esta terça-feira uma discussão pública ampla em torno do projecto de criação de uma nova estação ferroviária de Coimbra-B e o plano de urbanização da zona envolvente.

O movimento, que conta com dois deputados municipais, defendeu a necessidade de se abrir “um processo de participação, à medida da importância que a matéria tem”, afirmou o coordenador do CpC, Jorge Gouveia Monteiro.

“Esta é a grande oportunidade não para pôr umas torres na gravata [o escritor Eduardo Lourenço referia-se a Coimbra-B como uma “gravata mal posta”], mas para coser toda a entrada norte da cidade com o centro […]. Isso obriga a que haja uma participação programada, em que as pessoas se possam pronunciar, não quando houver desenho de plano, porque depois diz-se que é extemporâ- neo, mas na fase de construção das ideias”, frisou.

Segundo Jorge Gouveia Monteiro, o CpC está a contactar outras forças políticas e movimentos associativos para que haja um envolvimento da cidade na discussão sobre o repensar daquela zona da cidade, referindo que já abordou o presidente da Assembleia Municipal, Luís Marinho (PS), para se avançar com uma Assembleia extraordinária sobre o tema. O coordenador do movimento refere que Luís Marinho mostrou-se receptivo à ideia (a Assembleia Municipal é liderada pelo PS, enquanto a Câmara pela coligação Juntos somos Coimbra).

Para o movimento, há três temas fundamentais: a necessidade de se apresentar uma grande requalificação de toda a zona abrangida pela nova estação de Coimbra-B; uma grande redução do tráfego automóvel junto ao Almegue e à Casa do Sal; e a garantia de preservação da

Sobre a necessidade de uma nova ponte ferroviária face à duplicação da Linha do Norte em Coimbra, o movimento não se mostra contra, mas considera que uma ponte rodoviária sobre o Choupal teria grandes impactos para aquela área verde situada junto à cidade.

“Têm de ser esgotadas todas as possibilidades de resolver o IC2 de outra maneira”, vincou.

Para o arquitecto e professor de arquitectura Adelino Gonçalves, dever-se-ia aproveitar o projecto da linha de alta velocidade e reconfiguração de toda aquela zona para se avançar com uma revisão do Plano Director Municipal.

“Está-se a planear a cidade para as necessidades de hoje e abdica-se de uma visão de futuro”, criticou o também membro do CpC, defendendo que Coimbra não pode continuar “subserviente da ditadura do automóvel”. “Somos contra a lógica do come e cala”, acrescentou Jorge Gouveia Monteiro.

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