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Lugrade agradece onda de solidariedade
Ofogo na unidade fabril da Lugrade em Torre de Vilela terá começado, na quinta-feira à noite, pelas 21h00, nas arcas frigoríficas onde estavam armazenadas 300 toneladas de bacalhau. Pensou-se que estava dominado, durante a noite, mas acordou com redrobrada intensidade na manhã desta sexta-feira e consumiu toda a fábrica.
“Estamos perante uma perda absoluta desta unidade da Lugrade, que foi inaugurada em 2017, e agradecemos as palavras amigas e a onda de solidariedade gerada, mas o mais importante é não haver vítimas a registar” - reagiram os administradores da Lugrade - Bacalhau de Coimbra, Joselito Lucas e Vítor Lucas.
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Os empresários, nesta hora de tragédia, afirmam a sua vontade de prosseguir, realçando que a unidade da Lugrade de Taveiro continua em plena laboração e em breve irá ser inaugurada a nova unidade da Lugrade, localizada em Casais do Campo.
Joselito Lucas e Vítor Lucas asseguram, ainda, que “não ficará comprometido qualquer posto de trabalho resultante desta ocorrência” e que, pese embora os avultados danos materiais que apenas nos próximos dias serão apurados detalhadamente, reforçam o valor que têm pela vida humana, voltando a realçar que “o mais importante é que não houve qualquer vítima a registar”.
Mais de meia centena de operacionais, apoiados por 18 viaturas, começaram por combater o incêndio na unidade de seca de bacalhau da Lugrade em Torre de Vilela, que deflagrou cerca das 21h00 de quinta-feira, com os meios a serem reforçados até que depois das 23h00 o fogo foi considerado dominado.
Durante a noite houve bombeiros que ficaram em vigilância, para apagar reacendimentos, mas conforme explicou o comandante sub-regional de Emergência e Protecção Civil da região de Coimbra, as características das instalações fabris não permitiam que o fogo fosse combatido por dentro. E terá sido durante toda a noite que se foi dando a combustão ao longo da cobertura do edifício, em poliuretano, até que pelas 7h00 desta sexta-feira todo o telhado explodiu em chamas.
Desta vez o incêndio passou a ser combatido, durante toda a manhã, por quase 150 bombeiros, apoiados por 44 viaturas, que para além do ataque directo às chamas fizeram protecção ao amoníaco que se encontra armazenado na unidade fabril, conforme explicou o vereador da Câmara de Coimbra responsável pela Protecção Civil. Carlos Lopes disse também que todos os meios do distrito de Coimbra foram activados, porque a situação assim o exigiu e a fábrica é de grandes dimensões.
No combate ao incêndio estiveram envolvidos Bombeiros Sapadores e Bombeiros Voluntários de Coimbra, de Brasfemes, Mealhada, Pampilhosa, Condeixa-a-Nova e Penacova, entre outros.
Uma grande empresa
A Lugrade-Bacalhau de Coimbra estimava fechar 2022 com uma facturação na ordem dos 40 milhões de euros, o que representa um aumento de quase seis milhões relativamente a 2021, apesar das quebras registadas no consumo.
Com mais de 150 trabalhadores, a Lugrade apresenta 768 referências de produtos à base de bacalhau, proveniente de todas as origens do Atlântico (Islândia, Noruega, Gronelândia e Ilhas Faroé).
A empresa de Coimbra exporta para 22 países do mundo, desde a Alemanha ao Canadá, passando pelo Brasil, embora Portugal seja o principal mercado.