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UC recebe projecto para reforçar a investigação em ciências biomédicas
Na próxima quarta-feira, dia 26 de Abril, a partir das 9 horas, vai decorrer a apresentação pública do projecto “EXCELScIOR”,
O Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra (UC) vai receber, no dia 26, a apresentação pública do projecto “EXCELScIOR”. Este é financiado com cerca de 2,5 milhões de euros no âmbito das ERA Chair Actions, mecanismo de financiamento da Comissão Europeia que apoia universidades e centros de investigação para que possam atrair e manter recursos humanos qualificados e, em simultâneo, potenciar a investigação de excelência nos seus domínios de actuação.
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O evento vai contar com diversas intervenções durante a manhã, nomeadamente do presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Luís Pereira de Almeida; e do coordenador do “EXCELScIOR” e vice-presidente do CNC-UC, Paulo Oliveira.
Durante a tarde, pelas 16h00, vai decorrer a intervenção do “ERA Chair Holder” do “EXCELScIOR”, John Ioannidis, professor da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, considerado por Paulo Oliveira «um dos investigadores mais cotados a nível mundial, sendo a pessoa certa para criar este novo grupo de investigação». John Ioannidis vai apresentar a comunicação “Evaluating research practices and the academic reward system”, que decorre também no Colégio da Trindade e que é aberta a todos os interessados. A sessão de apresentação pública do projecto vai ser encerrada pelo Reitor da UC, Amílcar Falcão.
Coordenado por Paulo Oliveira, investigador e vice-presidente do CNC-UC, o projecto «vai permitir criar um grupo de investigação muito forte na Universidade de Coimbra numa área muito relevante, a metaciência», explica o coordenador. «Sabemos que uma porção significativa da ciência que se faz tem problemas de reprodutibilidade, devidos a erros na concepção do processo científico. Este novo grupo da UC vai não só analisar a qualidade da ciência que se faz na Universidade de Coimbra nos mais variados domínios, como desenhar processos que levem a que a nossa ciência seja cada vez melhor, e sobretudo que tenha mais impacto», contextualiza Paulo Oliveira.
Manuela Grazina, professora e investigadora na Universidade de Coimbra é a convidada deste sábado (22), do ciclo Conversar é o melhor Remédio, parceria entre o Centro Cirúrgico de Coimbra e o Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra. “(re) Aprender a usar o cérebro na era da tecnologia: nutrir os afectos” é o tema da conversa, a decorrer no Exploratório, às 18h00, com entrada livre.
O funcionamento equilibrado e integrado de áreas cerebrais específicas, nomeadamente do sistema límbico e do córtex pré-frontal, são uma garantia importante para a sensação de bem-estar e de felicidade. Este funcionamento depende de características biomoleculares (por exemplo, factores genéticos), ambientais, de hábitos de vida, da idade e da nutrição.
Hoje, a dominância das tecnologias veio trazer novos desafios ao desenvolvimento e funcionamento do cérebro, com grande impacto no comportamento, na motivação, na gestão das emoções, nas relações afectivas e parentais, no bem-estar e na saúde mental.
Teremos então de (re)Aprender a usar o cérebro? Qual é a importância do espaço onde nos movemos? Será possível (re)Nutrir os afectos? Será que os alimentos afectam as nossas emoções? Haverá uma química subjacente ao amor? Será que o amor e os afectos estão a mudar na era da técnica?
É a estas e outras questões fun- damentais que Manuela Grazina, investigadora nas áreas da Genética Bioquímica, Genética Humana, Neurociências, Farmacogenómica e Bigenómica na Universidade de Coimbra (UC), se propõe responder, na sessão Conversar é o melhor Remédio.
Professora na Faculdade de Medicina da UC e investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC UC), Manuela Grazina lidera o Grupo de Investigação Translacional Reversa em Doenças Bigenómicas e Medicina Personalizada, com foco no estudo de doenças raras, as citopatias mitocondriais (“avarias da fábrica da energia celular”) e em doenças neuropsiquiátricas, particularmente dor e toxicodependências. Conversar é o melhor Remédio, ciclo de conversas em parceria entre o Exploratório e o Centro Cirúrgico de Coimbra, desenvolveu-se ao longo de 2018, 2019, 2020 e 2021, nestes dois anos com o cancelamento de algumas sessões devido à pandemia. Em 2022, foi retomado em Fevereiro e prossegue em 2023. Um sábado por mês, um médico da instituição de saúde ou um convidado vem ao Exploratório conversar com o público sobre uma diferente temática da saúde ou da medicina.