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SÃO PAULO DE FRADES RECEBE GAITEIROS E FEIRA DE ARTESANATO
CRISTIANA DIAS
AUnião de Freguesias (UF) de Eiras e São Paulo de Frades promove, este fim-de-semana (20 e 21), a 4.ª Feira de Artesanato e o 5.º Encontro de Gaiteiros.
Esta iniciativa, que trazia alegria ao Largo do Terreiro da Fonte, em Eiras, vai mudar este ano de palco e instala-se no Largo de São Paulo de Frades. O executivo da UF e a Comissão organizadora consideraram alterar a localização para “dinamizar mais São Paulo de Frades”. “Temos uma Comissão bastante dinâmica e confiando nela pensamos que podíamos dinamizar um bocadinho mais este espaço, não centralizando tudo em Eiras”, afirmou Luís Correia, presidente da UF.
O evento conta com 40 expositores, entre os quais terá várias associações e a comissão de pais das duas escolas envolventes das freguesias. Ao logo da Feira de Artesanato estão vários expositores, cada um dedicado a uma arte diferente. Produtos biológicos, materiais em cortiça, piro-gravura de madeira, trabalhos com tecido, costura criativa, licores, bijuteria, entre outros, são alguns dos produtos que os visitantes poderão ver e comprar ao longo dos dois dias de mostra.
Luís Correia espera ultrapassar as expectativas do ano passado, que segundo o mesmo ficou aquém. “Acredito que com a animação e os grupos que temos este ano vai ser um sucesso”, referiu. Para além do artesanato, os comes e bebes não faltarão. Caldo verde e porco no especto fará parte do menu disponível para almoços e jantares. Também a música, workshops e até desfile de moda fazem parte do cartaz deste ano.
O domingo é dedicado aos gateiros que virão de Norte a Sul de Portugal. Serão cerca 14 grupos - com cerca de 70 músicas -, que vão percorrer as ruas da freguesia. Os grupos convidados são: Só-pra-qui Ciprigaitas; Migalhó; Unidos da Serra; Pé d’Cepa; Patos Bravos; Nova Geração; Amigos do Mondego; Quiaenses; Tocandando; Associação Sons do Mondego; Os 3 Patinhos; Barrafão.
PROGRAMA
Dia 20
Dia 21
18 De Maio De 2023
PROFISSIONAIS DIZEM NÃO TEREM SIDO OUVIDOS
Ordem Dos M Dicos
Contesta
Orienta O Da Dgs
Sobre Partos
AOrdem dos Médicos (OM), que tem Carlos Cortes como bastonário, mostrou-se desagradada com a orientação da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que dá aos enfermeiros especialistas a possibilidade de fazerem os partos que não apresentem especiais condições de dificuldade, e afirmou que irá pedir a “revogação imediata” desta medida.
“A Ordem dos Médicos vai requerer a revogação imediata desta orientação da DGS, em prol de um processo que seja discutido, inclusivo e transparente, e que garanta a melhor qualidade dos cuidados de saúde às mães e às crianças”, começou por referir a OM.
O mesmo órgão refere que não esteve na origem da decisão e por isso não se revê no documento, embora tenha aceitado “participar activamente na Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Parto com a apresentação de propostas” para a “melhoria das respostas em saúde para as mães e crianças”. No entanto, segundo a OM as opiniões técnicas dos médicos seus representantes nessa Comissão não foram consideradas e não constam do documento publicado.
Para além disso, a equipa liderada pelo bastonário sublinhou que não só os representantes que nomeou para essa comissão “não tiveram conhecimento da versão final do relatório”, como “o nome do representante do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos foi excluído do documento”, o que classificou como “um desrespeito institucional”.
“O não-envio ao Conselho Nacional da Ordem dos Médicos do relatório final da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/ Obstetrícia e Blocos de Parto - que deu origem à orientação referente aos cuidados de saúde durante o trabalho de parto emitida pela DGS - configura um desrespeito institucional e revela uma actuação não-cooperante numa matéria de grande relevância para a população e para os cuidados de saúde em Portugal”, defendeu a OM.
No entanto, a DGS contraria a versão da Ordem dos Médicos, e diz que membros da instituição estiveram no processo “desde o início até ao fim dos trabalhos”, tendo aprovado o documento final.
Recorde-se que a orientação da DGS prevê que o internamento hospitalar, nas situações de baixo risco, “pode ser realizado por um médico de obstetrícia e ginecologia ou por um enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica (EEESMO)”. “Nos partos eutócicos (sem recurso a qualquer tipo de instrumento), o responsável pelo parto será preferencialmente um EEESMO, enquanto nos partos vaginais instrumentados será sempre um médico de obstetrícia e ginecologia”.
Estes procedimentos foram propostos com o objectivo de uniformizar os cuidados de saúde hospitalares durante o trabalho de parto e de clarificar o papel dos vários profissionais de saúde. Em 2022, vários serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completar as escalas de serviço de médicos especialistas. Pela forma como decorreu o processo e pelo seu resultado, a OM informou que “os membros indicados pelo Colégio de Ginecologia e Obstetrícia apresentaram a sua demissão da referida comissão, assim como os representantes dos Colégios de Anestesiologia e de Pediatria, não estando nestas circunstâncias, considerada a sua substituição”.
Carlos Cortes lidera a Ordem dos Médicos desde Fevereiro deste ano
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt