Complexo Urbano de Gastronomia - CUGA

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CU GA COMPLEXO URBANO DE GASTRONOMIA belas artes - 2018


CU GA COMPLEXO URBANO DE GASTRONOMIA Aluna: Camylla Rodrigues Prete Orientador: Edson Lucchini Junior Trabalho Final de Graduação Centro Universitário Belas Artes São Paulo, junho 2018



aos meus pais, Débora e Osmar, que tanto fazem por mim, não tenho palavras; à Quel, por me incentivar em tudo que me proponho a fazer; ao Thiago, por me apoiar e ajudar desde o início; à Ju e à Ana, por dividirem comigo tantas horas nesse longo ciclo; aos meus amigos e família por terem contribuído com cada etapa; ao meu orientador, Ed Luchini, por me ouvir e auxiliar durante esse longo processo; a todos os professores pelos ensinamentos e incentivo para a concretização desse sonho;

muito obrigada!


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RESUMO O trabalho apresentado tem como finalidade a realização de um complexo urbano de gastronomia (CUGA), que terá como finalidade reforçar a vocação gastronômica já existente no local. A área de intervenção está localizada na subprefeitura de Pinheiros, próxima ao Largo da Batata e ao Mercado de Pinheiros, que tiveram importância histórica, gastronômica e cultural fundamentais para a escolha do local. As características e usos da Rua Guaicuí levam a idealização desse complexo gastronômico, através de um programa explodido, que contará com uma escola de gastronomia, uma fazenda vertical e o entorno compondo o programa de necessidades. Palavras chaves: complexo gastronômico - escola de gastronomia - fazenda vertical – programa explodido


SUMÁRIO

01 INTRODUÇÃO 02 CONCEITUAÇÃO A GASTRONOMIA ESPAÇO PÚBLICO PROGRAMA EXPLODIDO SUSTENTABILIDADE

03 CONTEXTUALIZAÇÃO

LARGO DA BATATA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA PROJETO DE RECONVERSÃO URBANA DO LARGO

O LUGAR 04

SOBRE A ÁREA DIAGNÓSTICO DO LOCAL LEGISLAÇÃO

ESTUDOS DE CASO 05 BASQUE CULINARY CENTER CONCURSO FAZENDA VERTICAL DA AV. PAULISTA CONCURSO CENTRO GASTRONÔMICO E CULTURAL BELLAVISTA

O PROJETO 06 CONSIDERAÇÕES FINAIS 07 REFERÊNCIAS08


01 IN TRODU ÇÃO


A partir de um interesse pessoal pela gastronomia e uma indagação de como as pessoas vem buscando, cada vez mais, no prazer de comer fora de casa uma forma de lazer e convívio social, iniciaram-se a pesquisa e o estudo sobre o tema abordado. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) junto com a Focus Pesquisa, no Brasil, 25% das refeições são feitas fora de casa e cerca de 26% dos gastos dos brasileiros com a alimentação são realizados nessas refeições. Fazendo uma análise da grande São Paulo e da quantidade de bares e restaurantes que abrem na capital dia após dia, foi possível perceber a diversidade e as regiões que têm maior potencial gastronômico, tanto pela história, quanto pelas características do lugar. Vista toda a história e desenvolvimento de Pinheiros, principalmente os arredores do Largo da Batata, foi possível perceber a relação que o bairro tem com o alimento, seja como um centro de distribuição de produtos agrícolas durante a década de XX, quanto com os “botecos” e restaurantes de comida nordestina que permeavam os arredores do terminal de ônibus no Largo da Batata, que trouxeram para aquele lugar uma vocação gastronômica.

Com o passar dos anos, o bairro foi crescendo e ganhando grande importância para a economia e desenvolvimento da zona oeste da cidade, assim, viu-se a necessidade de implantar uma operação urbana, denominada Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFA), para melhorar os fluxos e ordenar o adensamento crescente da região. Consequentemente, trouxe junto a ela, uma gentrificação e perda de boa parte dos costumes, características peculiares e da arquitetura singela vista no passado. O Largo da Batata passou por um processo de reconversão urbana, uma ampliação e promoção qualitativa do espaço público, em que o escritório do arquiteto Tito Lívio ganhou o concurso para realizar o projeto. Fazendo um estudo do mesmo, foi possível perceber que o projeto manteve bolsões como memória do local, os quais incentivaram comércio, bares e restaurantes. Foi, então, estabelecida a área do projeto, o entorno da Rua Guacuí, que faz parte dessa renovação urbana citada acima.

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02 CON CEITUA ÇÃO 18

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A GASTRONOMIA A palavra gastronomia tem origem no grego antigo: gastros, ‘estômago’, e nomia, ‘lei, conhecimento’. É uma arte que engloba a culinária e todos os recursos culturais ligados a esta criação. Das atividades mais antigas da sociedade, a habilidade de cozinhar está entre uma delas, segundo historiadores surgiu no período paleolítico, quando o homem começou a caçar e posteriormente dominar o meio em que vivia. A própria história do Brasil conta que os colonizadores portugueses vieram para cá em busca de temperos e especiarias. Foi a partir dessa época, que a maneira de fazer a comida começou a mudar, recebendo influências de diversas culturas e sabores, dos povos que vieram em busca de terra e riquezas no Brasil. O ato de alimentar-se em grupo uni as pessoas desde muito tempo, muitas vezes para reuniões corriqueiras nas casas de parentes e familiares ou para comemorar datas festivas, por exemplo. Porém, hoje, a forma como a mesma acontece está sendo A gastronomia unindo as pessoas em um domingo frio em São Paulo.

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repensada. A refeição faz um papel de melhorias no ambiente e na passagem de valores dentro das famílias. A maneira como as pessoas vivem atualmente mostra como o mercado da gastronomia tende a crescer e se renovar dia após dia. Hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, onde as próprias habitações estão diminuindo e consequentemente os espaços de convívio interno também, esses moradores buscam lugares para realizar essas refeições em família ou com amigos fora de casa. Outra característica importante no cenário que a gastronomia passa nas grandes cidades, é a distância do trabalho para a casa, o que leva as pessoas a buscar diferentes alternativas para se alimentar, essa, faz com que esse “ser urbano” realize todas suas refeições próximas ao seu local de trabalho e vá para casa somente dormir.

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ESPAÇO PÚBLICO Podemos considerá-lo como “vazio” urbano formado pelos volumes construídos da cidade e, muitas vezes, são os espaços com maior área verde e onde tradicionalmente tem esculturas artísticas e monumentos comemorativos. Eles contêm mobiliário urbano, que são equipamentos para facilitar seu uso: luminárias, bancos, lixeiras, pontos de ônibus, sinalização de trânsito e de informação em geral, entre outros. “As cidades compõe-se fundamentalmente por pessoas, aonde elas vão e onde elas se encontram são a essência do funcionamento de uma cidade. Mais importante que os prédios de uma cidade, são os espaços públicos entre eles. Hoje, as mudanças mais impactantes nas cidades estão acontecendo neles. Espaços públicos vivos e agradáveis são a chave para planejar uma boa cidade, são eles que lhe dão vida.” BURDEN, Amanda, Como os espaços públicos fazem as cidades funcionarem, Nova Iorque, 2014. Disponível em: www.ted.com/talks/ amanda_burden. Acesso em: 22 de maio de 2018. Um espaço bem planejado que tem bancos confortáveis, boa iluminação, área verde, entre outros, atrai pessoas para permanecer nele, que atraem outras pessoas, o que o torna mais seguro e convidativo. Um ambiente agradável causa bem estar, gera convivência e faz com que a cidade seja mais atraente para o cidadão. Os espaços públicos podem mudar como você vive em uma cidade, o que você sente estando nela, se escolhe uma ao invés da outra. Os assentos móveis e confortáveis agregando na convivência da rua.

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RUAS COMPARTILHADAS Durante muito tempo construímos as ruas para os automóveis, para garantir o seu deslocamento. No entando, a partir de uma mudança no uso e aproveitamento da rua e com os recentes debates internacionais, as cidades têm começado a ceder os espaços públicos aos cidadãos. É a aplicação do conceito dos “calçadões” que recorre ao projeto de espaços nos centros urbanos para melhorar sua qualidade de vida. Recuperar os atrativos que caracterizam historicamente as cidades e seus espaços, fazer com que as pessoas desfrutem dele, ao invés de atravessar rapidamente de um lugar a outro. Essas e outras justificativas são de extrema importância para o aproveitamento dos recursos culturais, sociais e históricos que a cidade oferece. O desenho das ruas compartilhadas busca qualificar o espaço construído, aumentar o capital social, melhorar a segurança, promover a vitalidade e, em vez de exercer o controle, promover a liberdade de movimento. Apesar de ainda existir muitos problemas entre o pedestre e o automóvel, os calçadões são percebidos como uma conquista irreversível e devem ser aperfeiçoados a cada implementação.

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Sinal de entrada/saída

Não existir áreas separadas ou cordões de isolamento

Limite se velocidade sugerido de 30km/h

Mobiliário urbano

Representação gráfica de uma rua compartilhada.

Espaço de Bicicletário circulação para o veículo

Área para carga e descarga

Fonte: https://www.archdaily.com.br/o-papel-das-ruas-compartilhadas

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Elementos estéticos e funcionais para melhorar o passeio urbano


PROGRAMA EXPLODIDO

O edifício explodido é como um rizoma, pode ramificar-se em qualquer ponto, como nessa analogia com a botânica no trecho do texto Rizoma: “Diferentemente de uma árvore, portanto, o rizoma tem a capacidade de conectar um ponto a qualquer outro. Não possui uma raiz pivotante - inexistência de uma unidade que sirva de pivô” escrito por Lucas Ramos e Maíra Meimes da universidade UFRGS, Rio Grande do Sul. O conceito de programa explodido surge da proposta das partes de um edifício ocupar espaços dispersos na cidade, abaixo algumas características importantes: - A circulação entre os diferentes fragmentos seja feita pelo espaço e vias públicas, a pé. - A distância entre eles determina que não haja circulação diferente do que a própria rua. Desta forma, a cidade ganha papel fundamental na vivência do edifício, pois é através dela que se desloca entre suas partes, é a cidade que cria a amarração entre as diferentes funções.

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SUSTENTABILIDADE

O conceito de sustentabilidade atende a um conjunto de fatores correspondentes, deve ter a capacidade de integrar as questões ambientais, energéticas e sociais.

Como estratégias sustentáveis está sendo proposto:

Técnicas e tecnologias - Placas fotovoltaicas na cobertura; - Painéis fotovoltaicos na fachada; - Cisternas para captação de água da chuva e então auxiliar na irrigação da plantação da fazenda, das paredes verdes e vasos sanitários. Projetuais - A própria solução projetual, pois se utilizará das edificações existentes para compor o programa; - Pisos intertravados e áreas permeáveis na rua; - Diferentes tipos de árvores. Sociais - fazer parcerias com cooperativas e coletivos urbanos, com o objetivo de auxiliar pessoas em situação de rua, baixa renda e refugiados a se formarem na escola e aprenderem todo o processo de reciclagem e plantação da fazenda, para que possam ser reinseridos no mercado de trabalho. 28

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03 CON TEXTU ALIZA ÇÃO


O LARGO DA BATATA

O próprio significado do nome Largo da Batata pela comercialização de batatas por imigrantes japoneses - já diz muito sobre a relação do alimento com o bairro. Localizado no coração do bairro de Pinheiros, é considerado um subcentro urbano de expressão metropolitana. Assim como o bairro, era utilizado unicamente para passagem até o século XX e foi a partir de então, que se tornou o polo do comércio de produtos agrícolas O Largo formava uma conexão com as regiões de Cotia, Carapicuíba, Itapecerica da Serra e Piedade, conhecida como cinturão agrícola, de onde vinham os produtores. Para suportar as vendas que aconteciam no Largo, foi criado o Mercado dos Caipiras, inaugurado em 1910, que ajudou mais ainda a fixar essa nova funcionalidade para Pinheiros. O nome “Largo da Batata” começou a ser muito utilizado nos anos 20, devido aos imigrantes japoneses e sua grande comercialização de batatas, os mesmos que em 1928 fundaram a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) e nessa época o nome Largo da Batata se firmou. A urbanização de Pinheiros se iniciava a partir do largo. Foi criada nos anos 70 a Avenida Faria Lima, na mesma área em que se situava o Mercado dos Caipiras, e então a essência do largo como comércio de 32

alimentos começou a enfraquecer. A característica do largo passou a ser de transportes (com a construção do Terminal Rodoviário de Pinheiros) e de comércio. Os arquitetos Luiz Telles e Eurico Prado Lopes, projetaram o Mercado Municipal de Pinheiros (existente até hoje), inaugurado em 1971, para suceder o Mercado dos Caipiras. Em 1994 a CAC foi fechada, restando então, apenas o mercado como registro do período que foi muito importante para o Largo. O Mercado de Pinheiros, muitas vezes, é pouco associado ao Largo da Batata, dificultando interligar o passado dos dois em suas convergências no mercado agrícola da região . Em 2015, o mercado foi revitalizado, o que trouxe maior visibilidade e novos projetos, como os boxes de chefs famosos como Alex Atala com o Instituto Atá, que chegaram com o papel de incentivar produtores nacionais e a culinária Brasileira. Em 2012, o nome Largo da Batata se tornou oficial (quase cem anos após a sua criação). Dois anos depois, em 2014, durante um movimento social que visava reapropriar espaços públicos, conduzido pelo coletivo A Batata Precisa de Você, foi criada a feira de produtos orgânicos, que acontecia semanalmente e veio com o intuito de retomar o Largo como local de venda de alimentos. 33


LAZE

PINHEIROS

HISTÓRIA

ULTURA

Mercado de Pinheiros

Antigo terminal de ônibus do Largo da Batata - anos 1990

Mercado dos Caipiras inaugurado em 1910

Cooperativa Agrícola de Cotia nos anos 1920

ZONA OESTE

MANIFESTAÇÃO SOCIAL SÃO PAULO O largo da batata 19.05.2018

Coletivo Urbano “A batata precisa de voce”

CONVIVÊNCIA

O arredor do largo da batata


OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA A região do projeto está inserida na Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFA), dentro da lei Nº 13.769/04, aprovada em janeiro de 2004. Algumas intervenções públicas realizadas pela OUCFA tiveram funções importantes para as mudanças que ocorreram em todo entorno do Largo e da região de Pinheiros, as quais contribuíram para o que está se tornando hoje.

PINHEIROS

FARIA LIMA OLIMPIADAS

HÉLIO PELEGRINO

Transporte e mobilidade:

- Terminal Pinheiros: a mudança do terminal de ônibus, antes instalado no Largo da Batata, para junto da estação de metro Pinheiros, teve influência direta com a intervenção urbana proposta para o Largo; - Metrô Linha Amarela: construção da estação de metrô Faria Lima, sendo uma das entradas localizadas no Largo da Batata, o que gerou maior facilidade de deslocamento para a região e aumento do fluxo de pessoas;

Melhoria de espaços públicos:

- Reconversão Urbano do Largo da Batata: realizou adequações demandadas pela população do entorno do Largo da Batata, em especial ligados ao comércio e prestação de serviços. 36

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PROJETO DE RECONVERSÃO URBANA DO LARGO DA BATATA Foi realizado, no ano de 2002, um Concurso Público Nacional para a Reconversão Urbana do Largo da Batata, pela antiga EMURB (atual SP Urbanismo) em conjunto com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O primeiro lugar foi para o escritório do arquiteto Tito Lívio Frascino. Segundo a publicação no site da Associação Nacional de Transportes Públicos referente ao 19 Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito em Brasília, no ano de 2013, o projeto teve como proposta “[...] a reordenação e ampliação dos espaços públicos do largo e de seu entorno, criando uma grande praça que busca recuperar a condição de referência da região.” Quando a intervenção do projeto urbanístico foi proposta, a Operação Urbana Faria Lima já estava bastante definida e esta veio responder a algumas questões importantes: - A área onde iria incorporar o projeto era degradada e sem conservação dos espaços públicos, comportavase como uma descontinuidade dentro da Operação Urbana; - O transporte público estava limitado a um espaço inadequado e o sistema viário era desordenado; - Havia falta de equipamentos públicos de qualidade e pouca influência da iniciativa privada;

A partir do projeto e suas intervenções, o Largo torna-se uma centralidade urbana no bairro de Pinheiros, o qual estava necessitando estabelecer-se na região. Para tanto, uma Municipalidade, requer algumas medidas: - Para um reconhecimento urbanístico compatível com o conceito da Centralidade de Pinheiros na região, foram criadas amplas áreas públicas livres e de qualidade, como: praças, equipamentos públicos e culturais, mobiliário urbano, arborização,organização do transporte público; - O bairro vinha se degradando e havia uma falta de condições mínimas de infra-estrutura urbana, então a intervenção veio promover o interesse da iniciativa privada em investir no setor, conforme as normas e procedimentos da Operação Urbana Faria Lima; - As metas a serem alçadas, vinham junto com a desapropriação de uma quantidade mínima de famílias, tentando reduzir o impacto nas atividades que aconteciam no bairro e no público que as utilizavam. O projeto do arquiteto Tito Lívio teve algumas estratégias para a preservação da memória do bairro e que dão relevância para o aspecto gastronômico previsto para a região, abaixo:

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Contudo, é notável que com todas as mudanças ocorridas no bairro com a valorização urbanística, prevista na OUCFA, são motivados por elementos vindos desse processo, como a polarização, difusão, equilíbrio e sustentação, tanto de tradição como de história, levando, assim, a um processo de gentrificação. O próprio hábito e atividades que aconteciam no Largo da Batata estão mudando, os bares de forró e comida nordestina que permeavam os arredores do Largo, quando tinha ali o terminal de ônibus, estão perdendo espaço para a Faria Lima e a alta especulação imobiliária.

Após a revitalização do Largo foram preservadas partes dos trilhos dos bondes que passavam ali.

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O projeto do arquiteto Tito Lívio teve algumas estratégias para a preservação da memória do bairro e que dão relevância para o aspecto gastronômico previsto para a região, abaixo:

Hoje ali tem o metrô Nem bem um ano passou Havia o bar do João E hoje tem a estação Faria Lima pra cá? Nem dá um, dois Eu vou de trem do metrô, Meu deus, eu vou! Meu pedacinho de sol É meu, de sol Vou visitar meu irmão Na linha azul Tão querendo me tirar Da habitação Atrasei o aluguel Mas deus do céu Aluguel multiplicou Vou trabalhar E amanhã eu faço bico Noutro bar Foi quinhentos até um Dois mês atrás Quase o dobro Tá difícil descolar Minha mãe já me mandou Trezentos mais Mas preciso completar Os mil reais “Faria Lima pra cá” – Passo Torto (CALDEIRA, Daniel Ávila, 2013).

ÁREA DE INTERVENÇÃO

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04 O LU GAR


SOBRE A ÁREA

A área em estudo está localizada em uma macrozona de estruturação e qualificação urbana em São Paulo, especificamente na subprefeitura de Pinheiros.

A região passou por um processo de crescimento e ocupação muito rápida, como pode-se observar na evolução da mancha urbana abaixo:

1929

1949

1980

2002

Evolução da Mancha Urbana. Fonte: Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (EMPLASA, 2002)

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Observando um raio maior da área de intervenção, é possível perceber sua proximidade com o Mercado de Pinheiros, Largo da Batata e Estação de Pinheiros, que foram fundamentais para a história e a relação com o trabalho desenvolvido, pode-se observar abaixo:

Marginal Pinheiros Praça Victor Civita Rio Pinheiros

Avenida Faria Lima

Estação Pinheiros

Mercado de Pinheiros

Rua Guaiçui

(área de intervenção)

Largo da Batata

Metro Faria Lima

Sesc Pinheiros Rua Teodoro Sampaio

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O próprio desenho da rua, que tem a calçada larga e há uma pequena diferença de nível entre o carro e o pedestre, já a torna de convivência e encontro. A incorporadora comprou os terrenos ao lado, pois seria um problema para ela ter uma entrada de estacionamento com esse alargamento da calçada. A rua está fazendo o papel de “congelar” o gabarito. Fotografia da rua em um domingo de outono. METRO FARIA LIMA RUA GUAIÇUI LARGO DA BATATA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO MONTE SERRATE

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DIAGNÓSTICO DO LOCAL

Ao analizar o mapa de uso e ocupação do solo, pode-se perceber a relação do espaço com o uso por comércio e serviço nas edificações e a quantidade de estacionamentos que permeiam o entorno, onde, em um futuro próximo, se tornarão edifícios residenciais e/ou comerciais. As edificações imediatas à Av. Faria Lima, têm, em sua maioria, o térreo comercial e os demais pavimentos residenciais, já as quadras que vão se afastando da avenida ainda mantém um caráter, em sua maioria, residencial.

A partir do mapa de fluxos é possível perceber a proximidade da área de intervenção com o metrô Faria Lima, também, há pontos de ônibus próximo, o que facilita o deslocamento e acesso à região por transporte público. A distância entre A Rua do Sumidoro e a Rua Campo Alegre é de aproximadamente 250 m, então um automóvel percorre tranquilamente entre essas duas quadras sem a necessidade da Rua Guaiçui (intermediária) ter fluxo de veículo contínuo.

RESTAURANTE E/ OU BAR USO MISTO RESIDENCIAL ÁREA DE INTERVENÇÃO

HOTEL/ HOSTEL

FLUXO DE CARRO

ABANDONADO

FLUXO DE PEDESTRE

COMÉRCIO E SERVIÇO

CICLOVIA

PONTO DE ÔNIBUS

ESTACIONAMENTO

METRÔ

INSTITUCIONAL

BICICLETÁRIO

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LEGISLAÇÃO Analisando o Plano Diretor Estratégico de São Paulo de 2016, no limite da subprefeitura de Pinheiros, foi possível verificar que a região se encontra em uma Zona Mista de Qualificação Urbana, mas por estar inserida no perímetro da Operação Urbana Consorciada Faria lima (OUCFA) é favorecido pela possibilidade de tornar flexível limites estabelecidos pela lei de zoneamento vigente, por meio de pagamento de compensação financeira à Prefeitura ou com estímulo complementar a investimentos privados na região.

ZONA DE QUALIFICAÇÃO

ZONA DE TRANSFORMAÇÃO ZONA DE PRESERVAÇÃO

Anexo integrante da Lei n 16.402, de 22 de março de 2016 Fonte: www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/

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Como já mencionado acima, os empreendedores podem se favorecer mediante ao pagamento em CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construção), de acordo com o setor que o terreno está inserido e a tabela de equivalência do CEPAC, segue:

Setor 1 - PINHEIROS Subcentro 1c Subcentro 1d Subcentro 1b Operação Urbana Faria Lima Subsetores da tabela de equivalencia do CEPAC (tabela 1) - Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/

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05 ES TU DOS de CASO


BASQUE CULINARY CENTER O edifício serve como ícone da universidade, projetando para o exterior uma imagem de liderança tecnológica e inovação. Como foi incorporado em um bairro residencial e de baixa densidade, a sua volumetria e gabarito respeitam o entorno. A volumetria do projeto foi pensada estrategicamente para lembrar uma pilha de pratos, sendo assim feita uma abordagem de uma metáfora em que o “prato volta a ser o apoio da gastronomia”. O uso dessa arquitetura orgânica e o aproveitamento do terreno acidentado servem de estratégia da fusão da arquitetura e da paisagem.

Autor: VAUMM Data: 2011 Local: San Sebastián, Espanha Materialidade: concreto e painéis metálicos

As soluções adotadas, do ponto de permitiram organizar o programa em

vista funcional, dois grupos:

Um destinado à prática, como vestiários, oficinas, cozinha de préelaboração, acesso das matérias primas e as cozinhas dos espaços de restauração. E o segundo à parte acadêmica como auditório, biblioteca, salas de aula teóricas. A arquitetura, os conceitos e o modo que esse projeto foi desenvolvido, pensado e planejado visando receber as necessidades de um centro de gastronomia fizeram com que fosse de extrema relevância para a escolha.

RESTAURANTE 58

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SALA DE AULA

AUDITÓRIO


CONCURSO #006 PROJETAR.ORG FAZENDA VERTICAL DA AV. PAULISTA PRIMEIRO LUGAR

O concurso teve como proposta projetar uma fazenda vertical na Av. Paulista, coração de São Paulo, gerando uma edificação que possibilitasse uma alternativa para o atual sistema de consumo de alimentos, além de criar um elemento arquitetônico apropriado com o terreno onde estava inserido. As propostas tiveram soluções arquitetônicas interessantes, principalmente quanto ao programa de necessidades não convencional. Também, a preocupação com a iluminação e ventilação natural, não somente para o cultivo, mas principalmente para o bem-estar dos usuários.

Autor: T.923 Data: 2014 Local: Avenida Paulista, São Paulo Materialidade: vidro e metal.

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SEGUNDO LUGAR - IGNIS

TERCEIRO LUGAR - IF

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Primeiro Lugar no Concurso para o Centro Gastronômico e Cultural Bellavista

A intenção do projeto era criar um espaço dinâmico que interligasse com o entorno de forma harmoniosa. Os cheios e vazios fazem com que as pessoas fluam melhor. A área central de convivência não tem restrição de acesso. O ‘Centro’ é cidade incorporada, de qualquer ponto dos três níveis do projeto é possível chegar facilmente a qualquer outro. Já a disposição do programa proposto junto ao diagrama de circulação de pedestres proporciona uma conexão com as ruas que envolvem o projeto, também podendo ser aberto e acessível causando uma liberdade maior de acesso ao visitante. Há uma variedade de atividades ao ar livre que se misturam com as atividades recreativas e comerciais. As áreas comerciais se localizam principalmente no nível da rua.

SUSTENTABILIDADE

Autor: BMA (Bodas Miani Anger) Data: 2013 Local: Santiago, Chile Materialidade: concreto

Além da beleza, a sustentabilidade é um dos pontos de destaque desse projeto, que abrange um sistema de espaços verdes em superfícies horizontais e verticais em todos os seus níveis. O principal objetivo da proporção e configuração do verde é aumentar as superfícies permeáveis e reduzir os efeitos de ilha de calor. Como estratégias sustentáveis, o projeto foi planejado para atender a todos os pré-requisitos obrigatórios da certificação LEED e alcançar alguns créditos na área de eficiência da água e qualidade do ambiente interno. Para a eficiência da água, optou-se por móveis hidrosanitários de alta eficiência e pela redução do uso de água potável para irrigação, pelo uso de vegetação nativa e um sistema de rega eficiente. Já na eficiência da qualidade do ar interno, procurou-se promover um sistema de monitoramento, controle e verificação do sistema de iluminação e das instalações térmicas.

Perspectiva da entrada principal

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06 O PRO JE TO


PARTIDO ARQUITETÔNICO

Todo o desenvolvimento do projeto foi pensado com o propósito de manter o gabarito baixo da rua, então os volumes mais altos ficam mais distantes da face, mantendo a linearidade com as demais edificações do entorno. O programa explodido possibilitou que o projeto comportasse todas as demandas e necessidades sem que fosse necessário um edifício único com diversos pavimentos. Está sendo proposto a construção de uma escola de gastronomia que será dividida em teórica e prática, e uma fazenda vertical. A escola teórica foi projetada de modo que o térreo e o primeiro pavimento estivessem alinhados com o prédio vizinho, que tem 2 andares, e, a partir dele, criou-se um recuo para então verticalizar na esquina, com o segundo e terceiro pavimentos.

Já a escola prática foi interligada com a teórica através de uma passarela no segundo pavimento, criando uma praça interna, que possibilitou ao observador ter uma visão geral do entorno como se tivesse “cortado” o edifício, possibilitando manter os 2 andares alinhados com os vizinhos e um terceiro pavimento “flutuante” apoiado por pilares e o core central. A estratégia de criar áreas de plantação aberta e fechada na fazenda vertical possiblitou que a face voltada para a rua ficasse mais baixa, com 3 pavimentos, já a parte de trás do edifício ficou mais alta, com 4 pavimentos. Recuar o térreo deixou o prédio mais leve e possibilitou maior fruição do pedestre na calçada.

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OCUPAÇÃO DO SOLO

DEMOLIÇÃO

DISPOSIÇÃO ESPACIAL FINAL

ESCOLA PRÁTICA

DISPOSIÇÃO ESPACIAL

RECORTES E ADÇÃO DE VOLUMES

ESCOLA TEÓRICA

DISPOSIÇÃO ESPACIAL FINAL - VISTA 1 68

FAZENDA VERTICAL 69


PROGRAMA DE NECESSIDADES ESCOLA PRÁTICA AMBIENTE

ESCOLA PRÁTICA

QTDADE ÁREA (m²) AMBIENTE

Recepção

1

28 Recepção

Biblioteca

1

82,5 Biblioteca

Auditório

1

85 Auditório

Ateliê Livre + Café Área de exposições Cozinha experimental Shaft Central

1 1 4 4

Área total + Circulação

Ateliê Livre + 113,5 Café Área de 85,5 exposições Cozinha 335 experimental 320Central Shaft 1.364,35 Área total +

ESCOLA TEÓRICA

ESCOLA PRÁTICA FAZENDA VERTICAL ESCOLA TEÓRICA

ESCOLA TEÓRICA FAZENDA VERTICAL

QTDADE ÁREA (m²) AMBIENTE AMBIENTE QTDADE ÁREA ÁREA AMBIENTE QTDADE QTDADE ÁREA Carga e Carga e Recepção 28 1 Recepção1 1 Recepção 1 18 60,9 1 28 Recepção 1 18 1 60,9 descarga descarga Reciclagem e Reciclagem e Sala de aula 6 Sala de aula 6 328de aula Biblioteca preparo de 82,5 1 102,4 1 82,5 Sala 6 328 1 preparo de 1 102,4 adubo adubo Plantação Plantação Auditório 85 1 Ateliê Livre 1 Ateliê85 Livre 1 38,8 Livre 385,3 1 Ateliê 1 38,81 1 385,3 fechada fechada Área de Área de Ateliê Livre + Plantação Plantação Área de 113,5 1 1 1 38,7 205,9 1 113,5 1 38,71 1 205,9 Café exposição aberta exposição aberta exposição Área de Espaço Espaço 85,5 1 1 1 31,5 100,4 Administrativo 1 Administrativo 85,5 Administrativo 1 31,5 1 1 100,4 exposições descompressão descompressão Cozinha Secretaria 1 Secretaria 1 47,8 Shaft 300 Central 4 335 Secretaria 1 47,84Central 335 5 Shaft 5 300 experimental Sala dos Sala dos Sala dos Shaft Central 320 1 1 36,4 Área 1.501,37 4 320 1 36,44 total + Circulação Área total + Circulação 1.501,37 professores professores professores 1.364,35 Shaft Central 4 Shaft Central 4 248Central Área 4total + Circulação Circulação 1.364,35 Shaft 248 Área total + Circulação Área total + Circulação 1.023,40 Área total + Circulação 1.023,40 QTDADE AMBIENTE ÁREA (m²)

QTDADE

ÁREA AMBIENTE

AMBIENTE QTDADE

Obs.: Os restaurantes, bares, confeitarias, entre outros, que compõe o programa, vão acontecer no entorno imediato a partir da necessidade e demanda do local. 70

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ÁRE

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38,

38,

31,5

47,

36,

24 1.023


IMPLANTAÇÃO (escala gráfica)

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ESCOLA TEÓRICA Plantas esc.: 1:250

LEGENDA 1 2 3 4 5 6 7

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Recepção Biblioteca Foyer Auditório Ateliê Livre Área de exposições Cozinha experimental

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LEGENDA 1 2 3 4 5 6 7

Recepção Sala de aula Área de exposições Ateliê Livre Administrativo Secretaria Sala dos professores


ESCOLA TEÓRICA Cortes - esc.: 1:250

CORTE BB

CORTE AA

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Perspectiva ilustrada com foco para escola teรณrica.

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ESCOLA PRÁTICA Plantas esc.: 1:250

LEGENDA 1 2 3 4 5 6 7

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Recepção Biblioteca Foyer Auditório Ateliê Livre Área de exposições Cozinha experimental


ESCOLA PRÁTICA Cortes - esc.: 1:250

CORTE BB

CORTE AA

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Perspectiva ilustrada do olhar do pedestre sobre a passarela para a escola prรกtica.

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FAZENDA VERTICAL Plantas esc.: 1:250

LEGENDA 1 2 3 4 5 6

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Carga e Descarga Reciclagem e Preparo de adubo Plantação Fechada Recepção Plantação Aberta Espaço de descompressão


FAZENDA VERTICAL Cortes - esc.: 1:250

CORTE BB

CORTE AA

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Perspectiva ilustrada com foco para a fazenda vertical..

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ELEVAÇÕES DA RUA (sem escala)

Vista da fazenda vertical e escola teórica, respectivamente.

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Vista da escola prática

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Proposta para o uso da rua, um cinema ao ar livre.

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07 CON SIDERA ÇÕES FINAIS


A partir dos dados apresentados, é possível perceber a importância da gastronomia para a cidade, então, a proposta do trabalho é de ao invés de criar mais um prédio, onde já existem inúmeros, apropriar-se de uma área já existente e com potencial para esse uso e ali preservar essa característica tão interessante. A área escolhida sempre trabalhou com essa questão do alimento, seja como centro de distribuição - uma pequena zona agrícola dentro da cidade - e depois como um terminal de ônibus que trouxe toda uma cultura e culinária nordestinas. As características da rua levam a esse tipo de uso gastronômico, independente de um arquiteto impor que serão restaurantes, a própria vocação do lugar já definiu que o uso é aquele, o que está sendo feito hoje é somente uma leitura do já existente. O próprio alargamento da calçada foi o que qualificou esses calçadões a se tornarem parte do uso de restaurantes, bares, cafés, entre outros, a rua virou a extensão do estabelecimento. O perfil do frequentador e futuro morador dessa área é solteiro, trabalha na região, busca proximidade com o metrô e quer morar em apartamentos pequenos, que o próprio plano diretor prevê pelos

incentivos às construtoras nas zonas de estruturação urbana (ZEU’s), e até mesmo para as incorporadoras é interessante que essa rua seja de gastronomia, pois irá atender todo esse público que está indo morar nessa região, então mesmo sem precisar tombar essas casas, o próprio uso vai preservar essa vitalidade e congelar o gabarito baixo. A construção de uma escola gastronômica, poderia ser financiada por instituições de ensino relativamente grandes como Senac e Anhembi Morumbi e incentivadas por um chef renomado e assim formaria profissionais capacitados a entrar no mercado de trabalho. Já a fazenda vertical, abasteceria os restaurantes e um raio de 5km percorrido por bicicleta. O CUGA vem para valorizar, agregar e qualificar uma área da cidade.

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08 RE FE RÊN CIAS


AMARAL, Fabiana Mortimer; MULLER, Silvana Graudenz; REMOR, Carlos augusto. Alimentação e Cultura: Preservação da Gastronomia Tradicional. Tese (Mestrado em Turismo) - Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2010. Disponível em: www.ucs.br/. Acesso em: out de 2017. ABRASEL, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, matéria “Gastos com refeições feitas fora de casa”, julho 2017. Disponível em: www.abrasel.com.br/ Acesso em: nov de 2017. CALDEIRA, Daniel Ávila, 2013. O comércio em três tempos: breve história do Largo da Batata. Tese (Mestrando em Planejamento Urbano e Regional) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: www.labcom.fau.usp. br/. Acesso em: nov de 2017. CALDEIRA, Daniel Ávila, 2015. Largo da Batata:transformações e resistências. Dissertação (Mestre em Planejamento Urbano e Regional) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: www.teses.usp.br/ Acesso em: nov de 2017. GEOSAMPA. Caderno Operação Urbana Consorciada Faria Lima, Disponível em: www.geosampa.prefeitura. sp.gov.br. Acesso em: dez de 2017. GEOSAMPA. Caderno de Propostas dos Planos regionais das subprefeituras - Macrorregião Centro - Oeste, Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br.Acesso em: dez de 2017.

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TITO LÍVIO FRASCINO & Arquitetos Associados, 19º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, 2013, Brasília Disponível em: www.files-erver.antp.org.br, acesso em: dez de 2017. www.cidadedesaopaulo.com/sp/gastronomia/ www.spcity.com.br/nome-largo-da-batata/ www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/ www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/sp_urbanismo/operacoes_urbanas/faria_lima/ www.mexidodeideias.com.br/cultura/eu-como-cultura-mais-destaque-a-gastronomia-nacional/ www.archdaily.com.br/primeiro-lugar-no-concurso-para-o-centro-gastronomico-e-cultural-bellavista/ www.archdaily.com/100778/culinary-art-school-gracia-studio www.institutoata.org.br/pt-br/carta.php www.infoescola.com/artes/gastronomia/ www.studiolabdecor.com.br/box-no-mercado-de-pinheiros-por-sao-arquitetura/

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LISTA DE IMAGENS e DIAGRAMAS

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Imagem 1: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 2: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 3: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 4: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 5: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 6: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Diagrama 7 Ruas compartilhadas, disponível em: https:// www.archdaily.com.br/br/794322/o-papel-das-ruascompartilhadas-como-recuperar-a-qualidade-de-vidano-espaco-publico; Imagem 8: Diagrama de programa explodido, retirado do Projeto de um edifício em explosão por Fernanda Gebaili; Imagem 9: Largo da Batata no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 10: Largo da Batata no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 11: Largo da Batata no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 12: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Mapa 13: Panorâma geral da área, imagem retirada do google eath e modificado por Camylla Prete;

Mapa 14: Panorâma aproximado da área, imagem retirada do google eath e modificado por Camylla Prete; Imagem 15: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Diagrama 16: Uso e ocupação do solo, realizado por Camylla Prete; Diagrama 17: Fluxos, realizado por Camylla Prete; Imagem 18: Fotografia do Bar Cu do Padre no dia 20-052018 por Lucas Lima; Imagens 19: Basque Culinary Center, https://www. archdaily.com.br/br/01-19617/basque-culinary-centervaumm Imagens 20: Concurso Fazenda Vertical Avenida Paulista, https://www.archdaily.com.br/br/625204/resultadosdo-concurso-numero-006-projetar-ponto-org-fazendavertical-da-av-paulista Imagens 21: Primeiro Lugar no Concurso para o Centro Gastronômico e Cultural Bellavista, https://www. archdaily.com.br/br/01-138615/primeiro-lugar-noconcurso-para-o-centro-gastronomico-e-culturalbellavista?ad_medium=gallery Diagramas e perspectivas de projeto 22: todas realizadas por Camylla Prete.; Imagem 23: Fotografia da Rua Guacui no dia 20-05-2018 por Lucas Lima; Imagem 24: Largo da Batata no dia 20-05-2018 por Lucas Lima.

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