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Nosso Bairro Pituba, Itaigara e Caminho das Árvores
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Salvador - Bahia
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Ano II - Nº 9
Pituba sem lei Parque Júlio César é recordista em carros roubados Especial, páginas 4 e 5.
POSSE
DENGUE
ENEM
13ª Companhia tem novo comandante - página 6
Mais de 100 imóveis abandonados podem ser focos da doença - página 8
Anchieta é destaque entre colégios de Salvador - página 10
Flagrante Mulher é saqueada em porta de agência bancária
Opinião
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, Salvador, Maio de 2009 - Ano II - Nº 9
EDITORIAL Ao assumir a responsabilidade de participar dos destinos do Jornal Nosso Bairro fiz um périplo pela região de cobertura e distribuição do mesmo nos bairros: Pituba, Itaigara, e Caminho das Árvores procurando identificar as mazelas dignas de destaque que desmerecem esta região tão nobre. Conversei com moradores, comerciantes, visitantes e todos foram unânimes em afirmar que a segurança (ou será insegurança?) pública é o tema recorrente que atormenta a vida de todos àqueles que tem alguma relação com a região citada. Não sou um especialista em segurança, contudo são demasiado flagrantes alguns fatores que contribuem para a infestação de criminosos e menores delinqüentes nesta área. Terrenos baldios e casas abandonadas transformadas em ponto de drogas ou prostituição, árvores sem poda cuja sombra à noite ocultam os assaltantes, iluminação deficiente que aumenta a insegurança dos moradores e a ausência de ações policiais mais enérgicas, são facilitadores das ações criminosas. Em conversa com um empresário, este me relatou um fato pitoresco e surreal acontecido diante dos seus olhos: Me contou ele, que se encontrava na empresa situada na região da Pituba em frente à praia, quando ao sinal fechado, dois marginais saltam a mureta e de armas em punho assaltam dois carros simultaneamente. A ação demora alguns segundos, quando aos gritos das vítimas os criminosos retornam à praia, montam em dois cavalos e fogem a todo galope. A impunidade tem sido tão flagrante que ações ousadas como essa, estimulam outras não menos impetuosas, comuns em ruas de grande concentração comercial. O sentimento geral, colhido dos depoimentos dos comerciantes, reflete a preocupação destes com a evasão dos clientes que estão buscando a segurança e o conforto nos centros comerciais fechados ameaçando a sobrevivência do comercio instalado nas ruas dos bairros aqui citados. A continuar este abandono irresponsável do poder público, veremos dentro em breve uma Pituba sem lei, tal e qual uma pandemia de gripe suína que não poupa ninguém nem respeita limites geográficos. É chegada a hora de levantar a bandeira da moralidade e conclamar a população para reagir em nome do direito inalienável de “ir e vir”. Nós que trabalhamos, moramos ou transitamos por está região, também temos a obrigação de lutar para banir esta insegurança que tantos prejuízos têm causado à comunidade. Não devemos esperar apenas que o poder público se mobilize. Só teremos de volta a tranqüilidade que nosso bairro merece se unirmos nossas competências e boa vontade em favor dos nossos interesses. O jornal Nosso Bairro vai contribuir com esta luta, relatando os fatos e amplificando a voz de moradores e comerciantes para que providências sejam tomadas em favor da qualidade de vida de quem paga impostos.
Seu IPTU é justo? Custo do imposto confunde moradores e pesa no orçamento Anaísa Freitas O último reajuste de 6,26% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) recolocou o custo dos logradouros de Salvador em pauta. Em meio a números, taxas percentuais e cálculos pouco compreensíveis, os donos de imóveis ou de áreas não construídas notam o contraste entre o valor cobrado e a estrutura urbana disponível nas ruas. Airton Sousa, engenheiro eletricista, é dono de um apartamento na Rua Várzea do Santo Antônio (C. das Árvores) e contribui para a lista de moradores insatisfeitos com o imposto. Ele paga quase R$ 607,00 de IPTU por 180 m2 de área construída e prefere o parcelamento por considerar um valor significativo. “Eu acho o valor cobrado alto, principalmente se você pensar que esse edifício tem quase 50 apartamentos. Acho que poderia ser menor”, critica. A queixa de Sousa é embasada, ainda, pela falta de estrutura na região do imóvel. Ele conta que a iluminação e o asfalto são precários, especialmente na praça próxima. “In-
felizmente, os banhos de asfalto e luz da Prefeitura se preocupam mais com as ruas principais. Mas, eu acho que a gente deveria ter o mesmo direito de quem está nas ruas principais”, conclui ele. De acordo com a coordenadora de Tributos Imobiliários da Secretaria Municipal da Fazenda, Thereza Forti, a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel ou área. A esse valor é aplicada uma alíquota, conforme o padrão construtivo do imóvel ou do terreno. Pela lógica desse modelo de cálculo, quanto maior valor de mercado para uma área, maior o custo do IPTU, como observado em regiões como Pituba, Itaigara e C. das Árvores. O status do bairro Pituba parece ser a única justificativa que permite ao administrador Agnaldo Lima compreender o valor do IPTU pago. Residindo na Rua Clara Nunes (próximo a Praça Aquarius) ele conta que paga R$ 300,00 pela área de 67 m2. “Percebo que a manutenção da rua deixa a desejar. Temos uma área de lazer quase abandonada, onde poderia ser feita uma praça”, sugere Lima.
Luiz Amorim (Executivo de Expansão da Canal2)
Prefeitura alega defasagem
Nosso Bairro Canal 2 Comunicação e Eventos Ltda. Rua Rio de Janeiro, 365 - Pituba,Telefones: (71) 3344-1911/2416 CEP - 41.820-000 - E-mail: contato@canal2.com.br - www.canal2.com.br Diretor Executivo Luciano Dórea luciano@canal2.com.br Edição Arlita Santana - DRT/BA 921 Fale com a redação: nossobairro@canal2.com.br Textos Anaísa Freitas, Márcia Ribeiro, Lucas Sérvio, Aina Kaorner, Louise Cibelle Revisão Cristiane Guimarães Fotografia Lucas Silva e R.Schramm
Design Editorial Alan Alves e Elaine Quirino Direção de arte publicitária Adrien Tournillon arte@canal2.com.br Departamento Administrativo / Financeiro Mara Machado mara@canal2.com.br Carlos Dórea carlos@canal2.com.br Esta Edição 20 mil exemplares Maio 2009
As cartas para a redação deste jornal devem ser enviadas para a sede da Canal 2 Comunicação. Outros artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do Nosso Bairro e da Canal 2.
Apesar dos questionamentos sobre valores de IPTU, a coordenadora Thereza Forti frisa que a base de cálculos para a cobrança do imposto pode estar defasada, já que há mais de dez anos esses valores não estão sendo revisados, levando em consideração o crescimento imobiliário de Salvador. Isso significa que a Pituba poderia ter um custo de IPTU ainda maior em algumas áreas. “Se fossem revisadas as cobran-
ças, outras áreas poderiam estar mais ou menos valorizadas, acarretando, inclusive, acréscimo no valor do IPTU”, explica. Ainda de acordo com Forti, se for estimado o custo do IPTU em um imóvel residencial com as mesmas características, localizados nos bairros Pituba, Imbuí, Ondina e Jardim Apipema, as distorções entre os valores serão pequenas, ou seja, as cobranças estarão bem próximas.
Notas: O último reajuste teve como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial (IPCA-E). Se quiser saber mais sobre IPTU: http://www.sefaz.salvador.ba.gov.br. Para 2009, a previsão da Secretaria da Fazenda é arrecadar R$ 227 milhões com o IPTU e a taxa de lixo.
Salvador, Maio de 2009 - Ano II - Nº 9,
Geral
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APREENSÃO
Chuva forte provoca situação de emergência Aina Kaorner Um domingo de sol e muito calor faz a felicidade dos soteropolitanos apreciadores do mar e das belezas naturais das praias da Bahia. No dia seguinte, uma segunda-feira cinzenta e chuvosa faz o trânsito congestionar, causando atrasos no trabalho, buzinas histéricas e muitos alagamentos na cidade. A mudança repentina no clima vem deixando apreensivos moradores da cidade, preocupados com a falta de planejamento e estrutura para resolver os problemas causados pela forte chuva. Em apenas seis dias do mês de abril o índice pluviométrico já chegou aos 168,8 milímetros - mais de 1/3 do previsto para todo o mês, que era 349,5 milímetros. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o índice pluviométrico é o maior dos últimos 25 anos para o mês de abril e a previsão é de mais chuva nos próximos dias. Diversas ocorrências foram encaminhadas à Defesa Civil, como deslizamentos de terra, desaba-
mento de imóveis e muros, queda de árvores e alagamentos. O prefeito João Henrique anunciou a situação de emergência na cidade para receber ajuda de recursos federais para atender à população das áreas de risco, mais de 400 identificadas na cidade. Mesmo quem não mora em bairros periféricos pode vivenciar os resultados negativos causados pelos alagamentos. Na Pituba, moradores reclamam das ruas interditadas pela chuva, prejudicando motoristas e pedestres. “O clima está cada vez surpreendente. Ao mesmo tempo em que cai uma chuva forte, cinco minutos depois já está um sol insuportável. Está cada vez mais difícil viver com uma mudança de tempo assim”, conta o taxista Antonio Silva, 56 anos. Com a experiência de mais de trinta anos no volante, conhece bem todas as nuances da cidade. “Salvador não é uma cidade planejada como Brasília. Ela por si só é cheia de ladeiras, buracos e curvas. Os canais espalhados pela cidade também se tornam um grande pro-
A rua Ceará, esquina com Goiás, ficou completamente alagada, assim como vários outros pontos da cidade
blema quando transbordam e pelo mau cheiro”, analisa. Não apenas os motoristas sofrem em período chuvoso. Quem sai de casa andando ou precisa pegar ônibus também sente na pele, literalmente molhada, os efeitos da falta de estrutura: “Salvador não é uma cidade preparada para chuva. Falta planejamento e ações eficazes para
resolver os problemas de alagamentos, deslizamentos, dentre tantos outros. É um absurdo a cidade parar completamente quando chove. O trânsito fica um caos. Tanto os motoristas quanto os pedestres sofrem muito com isso”, afirma a estudante Elisa Oliveira, 20 anos. Para conseguir driblar os imprevistos nos dias chuvosos, não tem
outra alternativa, a não ser apelar para o bom-humor: “O trânsito fica insuportável, congestionado. As ruas alagadas, bueiros transbordando água. Já que não posso fazer nada, só resta ligar o som do carro e tentar relaxar”, conta o aposentado Manoel Pereira: “A população também deve ter consciência e não jogar lixo nas ruas para evitar esse tipo de problema”.
Segurança
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ESPECIAL
Principalmente no Parque Júlio César, um carro é tomado de assalto a cada 24 horas nas ruas do bairro, que teve número recorde nessa modalidadede de roubo no ano passado
Roubos de veículos crescem 71% na Pituba Dados são do Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep), que incluem assaltos a casas comerciais, residências e transeuntes Jane Santos m carro tomado de assalto a cada 24 horas nas ruas da Pituba conferiu ao bairro a incômoda posição de recordista nessa modalidade de roubos em Salvador durante o ano passado, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública. Quem passou pela situação e entrou para as estatísticas não esquece a experiência, como o administrador João Pereira dos Santos, 32 anos. Ele foi rendido por dois homens armados de revólveres calibre 38, quando chegava à sua residência, no Parque Júlio César. Assustado, conta que teve dinheiro e objetos pessoais roubados, além do próprio veículo. Após horas de terror e de ter sido ameaçado de morte, foi deixado na BR-324. E ainda comemora o fato de ter saído vivo, conforme relatará detalhadamente. No Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep) é possível ter a dimensão do problema, que abrange ainda assaltos a casas comercias, residências e transeuntes. O Cedep registrou, ano passado, 424 assaltos de automóveis na Pituba e regiões próximas, um aumento de 71% em relação aos 247 roubos catalogados em 2007. Isso significa que, em 2008, a cada 24 horas pelo menos um carro foi tomado por ladrões armados nestas localidades, de acordo com dados da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP). A delegada Cristiane Inocência Xavier, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), justificou o aumento como sendo uma tendência natural do crescimento da frota de automóveis
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em Salvador. Ela lembra que atualmente dois mil carros são licenciados por dia em Salvador, uma média de 60 mil por ano, sendo que, aproximadamente, 880 mil rodam somente na capital baiana. Para o delegado Wilson Gomes Júnior, titular da 16ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro, os assaltos de veículos têm sido o crime mais rotineiro na região. De acordo com ele, a localidade onde mais ocorrem roubos de automóveis é o Parque Júlio César. “Os assaltantes aproveitam o descuido de motoristas quando chegam ou saem de suas casas”, explicou. Caso No dia 22 de janeiro, o administrador João Pereira dos Santos, 32 anos, foi vítima do crime. Ele teve um Volkswagen Polo roubado na porta do Edifício Manuela, situado no Parque Júlio César. Segundo conta, dois homens armados de revólveres calibre 38 anunciaram o assalto quando chagava em sua residência de um encontro com amigos, por volta das três horas. “Os dois homens me levaram no carro e ficaram rodando a cidade toda, procurando um lugar para fazer compras com meu cartão. Me ameaçaram de morte e me abandonaram na BR-324, perto da entrada da Jaqueira do Carneiro”, lembrou. Do administrador, levaram R$ 500, além de celular, relógio, documentos e o automóvel. Ele foi resgatado 4 horas por uma viatura da Polícia Militar. “Estava muito assustado, só registrei queixa na Delegacia de Repressão a Roubos de Veículos na manhã do dia seguinte”, justificou.
Aumenta furtos a casas comerciais “Eles estão cada vez mais ousados. Somente ano passado, tive a loja arrombada três vezes”. A declaração é de um comerciante que preferiu não revelar seu nome, temendo ser vítima de represálias dos bandidos que invadiram sua loja de roupas, situada na Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba. Na última vez, os arrombadores chegaram a ignorar o circuito interno de câmera do estabelecimento. Só para se ter uma idéia, se comparado a 2007, ano passado foi verificado um crescimento de 28% na quantidade de estabelecimentos roubados na Pituba e regiões próximas, subindo de 87 casos para 112. Titular da 16ª Delegacia de Polícia, o delegado Wilson Gomes Júnior justificou o aumento: “O número de furtos a estabelecimentos comerciais cresceu por conta do incremento da cidade e inauguração de novos”. Já os assaltos a transeuntes nas regiões de responsabilidade de investigação da 16ª CP não seguiram o mesmo ritmo e fechou o ano de 2008 com uma leve diminuição, se comparado a 2007, caindo de 905 para 894 ocorrências. De acordo com o delegado titular, a baixa, ainda que de apenas 1,2%, é conseqüência da integração das policias civil, militar e comunitária. “Estamos sempre trabalhando em apoio com todas as policiais e desta forma tentando aperfeiçoar o serviço à sociedade”, analisou. Moradora da Rua Amazonas há 10 anos, a psicóloga Maria Eduarda Soares Pires, 32 anos, diz já ter sofrido duas vezes com as abordagens de assaltantes armados. Em uma das vezes, estava retornando do mercado quando um dos ladrões, de não mais de 20 anos, anunciou a assalto. “Um deles ficou mais distante, enquanto o outro encostava a arma na minha cintura. Disse que viu quando coloquei R$ 50 na minha bolsa depois de pagar as compras. Levaram todos meus documentos e dinheiro, não pude fazer nada”, lembrou.
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O Volkswagen Polo foi usado no roubo de outro veículo no bairro de Itapuã e abandonado em Stela Mares. “Meu Polo ficou muito danificado depois do assalto. Eles amassaram o pára-choque dianteiro. Pelo menos o achei, não tinha seguro. Já estava lamentando ter perdido um patrimônio de R$ 40 mil”, disse. Apesar de também ter sido constatado um aumento de furtos de automóveis em 2008, quando comparado ao ano anterior, subindo de 154 casos para 203, o cresci-
mento é de 31%, inferior aos assaltos de automóveis. Especialista em engenharia mecânica na Faculdade de Sergipe (Fase), o professor Paulo Soares explicou o motivo. Segundo ele, os automóveis mais modernos contam com uma série de tecnologias que dificultam os furtos como chaves codificadas, sistema de corte de combustível, de trava de direção, entre outras. “Alguns possuem até GPS, sistema de localização, por exemplo”, ponderou.
Desigualdade social é a causa, diz especialista Mestranda em sociologia na Universidade Federal da Bahia (Ufba), a psicóloga Glória Bispo dos Santos acredita que o crescimento e a proximidade do local com as comunidades do Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas e Chapada do Rio Vermelho acaba acentuando as violências sociais, sofridas por moradores de comunidades, e as físicas, por moradores da área nobre. “O jovem sai da comunidade, onde é testemunha de assassinatos, tráfico de drogas, falta de acesso à educação, saúde ou lazer e acaba vendo ali, bem perto de sua casa, uma realidade que acredita nunca terá acesso. Outros jovens caminham na Avenida Manoel Dias da Silva esbanjando tênis de R$ 500 e carros caros. E quando se esvai a esperança de ter uma vida melhor, eles seguem o caminho do crime”, analisou. Para a psicóloga, o problema dos furtos e roubos só
pode ser resolvido com ações macro, com políticas públicas de inclusão que deveriam ser desenvolvidas pelo Estado. Segundo acredita, muitos jovens acabam se envolvendo com as drogas por esta ser a única forma de lazer. “Os crimes contra o patrimônio que vitimam mais moradores da Pituba são um misto de revolta de jovens negros pobres como forma de sustentar o vício”, pondera. De acordo com ela, o sentimento de revolta cresce ainda mais após as prisões dos larápios e assaltantes. “E quando são encarcerados, muitas vezes, são espancados e tratados como bichos em celas superlotadas, o que acaba por reiterar a condição, criada pela sociedade e reproduzida por eles, de seres inferiores. Sem políticas de reinclusão social, que poderiam ser promovidas pelo sistema carcerário, acabam retornando à sociedade ainda mais violentos”, lamentou.
Dicas de segurança O delegado Wilson Gomes Júnior, titular da 16ª CP (delegacia do bairro da Pituba) dá dicas de segurança aos moradores.
Dirigindo Não colocar no carro adesivos que possam identificar onde se mora, onde trabalha, academia ou faculdade que freqüenta. Vidros sempre fechados. Portas sempre travadas. Se o pneu furar à noite, ou em locais pouco movimentados, não parar. Dirijir até um local movimentado. Não parar para ajudar alguém à noite ou em locais pouco movimentados. Telefonar para a polícia (190) e dar as orientações sobre o local onde a pessoa está precisando de auxílio. Se achar que está sendo seguido por outro veículo, ir até um posto policial. Ao chegar em casa, antes de parar o carro observar a rua, locais onde pessoas possam se esconder. Se notar a presença de alguém suspeito, não parar. Caminhando na rua Ao identificar a aproximação de alguém olhando, observar as mãos e se possível seus olhos. O assaltante precisa “fechar o espaço” entre a pessoa e ele para realizar a abordagem. Se possível, mudar de calçada. Se ele apertar o passo, procurar um local movimentado. Parado no semáforo
Delegacia sofre com baixa de efetivo Apesar de ser responsável por uma área que vai da orla de Amaralina ao Iguatemi, regiões com maiores índices de crimes contra o patrimônio de Salvador, chegando a registrar até 40 ocorrências diárias no verão, a 16ª Delegacia de Polícia, localizada na Pituba, conta com apenas cinco agentes no Serviço de Investigação (SI). “Nós sabemos que a quantidade é pouca, mas fazemos o possível para atender todas as demandas. Principalmente porque temos o apoio dos militares da 35ª CIPM, situada no bairro”, explicou o delegado titular da 16ª DP, Wilson Gomes Júnior. Reincidência – Segundo ele, é grande a demanda das investigações. Isso sem falar na reincidên-
cia dos larápios a transeuntes, que agem com mais freqüência na orla marítima no perímetro que vai de Amaralina à Pituba, nas proximidades da boate Madre. “De 40 a 45 % dos meliantes que são flagrados e trazidos para a unidade, reincidem no crime”, explicou. É o caso do acusado de arrombamentos, Paulo Pires de Santana, 24 anos, preso no dia 27 de janeiro, quando tentava arrombar pela segunda vez a mesma loja em menos de um mês. Santana já possuía passagens em outras delegacias por furtos.
Delegado Wilson Gomes se empenha para reduzir os assaltos
Quadro de números Assalto à residência 2007- 8 2008- 4
Prisão tráfico de drogas 2007- 9 2008- 21
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Assalto a transeunte 2007- 905 2008- 894
Tentativa de homicídio 2007 - 2 2008 - 8
Usuário de drogas 2007 – 10 2008- 27
Assalto em ônibus 2007- 74 2008- 58
Assalto de veículo 2007- 247 2008- 424
Estupro 2007- 24 2008 - 9
Assalto a casa comercial 2007 - 87 2008 – 112
Furto de veículo 2007- 154 2008- 203
Homicídio 2007- 1 2008 - 3
Roubo seguido de morte (latrocínio) 2007 - 2 2008 - 0
No estacionamento Preferir os estacionamentos pagos. Se estacionar nas ruas, lembrar que, muitas vezes, há movimento na hora em que se deixa o carro, mas na volta a rua poderá estar deserta e escura. Antes de estacionar (ou quando retornar) observar se existe alguém ou alguma situação suspeita. Se surpreender alguém mexendo no carro, nunca se aproximar. Procurar ajuda sem ser notado. Não deixar chaves de casa dentro do veículo. Elas podem ser usadas para assaltar a casa posteriormente, principalmente se no carro houver alguma identificação de onde se mora ou trabalha. Nunca ficar dentro do carro estacionado. No caixa eletrônico
Principais ocorrências registradas na 16ª CP nos anos de 2007 e 2008 CRIMES CONTRA A VIDA
Reduzir a velocidade devagar, tentar chegar ao cruzamento quando o sinal estiver abrindo. Se tiver que parar, procurar manter o carro à direita da rua e a primeira marcha engatada. Evitar as compras no sinal. Ficar longe do veículo da frente o suficiente para visualizar as rodas de trás do carro. Isso facilita a saída do local sem fazer manobras.
FONTE: Centro de Documentação e Estatística Policial (CEDEP), órgão da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
À noite, preferir os caixas em supermercados, shoppings e postos de gasolina. Não confiar nas câmeras de segurança. Elas não impedem o assalto. Nunca aceitar ajuda quando estiver em um caixa eletrônico. Durante o assalto Manter a calma e pedir calma ao assaltante. Fazer com que ele se sinta no controle da situação. Nunca resistir e entregar objetos que forem pedidos. Evitar carregar grandes valores, documentos importantes ou objetos de grande estima, para não motivar a tendência psicológica de resistir ao assalto. Não transmitir raiva ou sentimento de vingança. Fazer tudo com muita calma e com movimentos suaves. Nunca criar situações que façam o bandido sentir que está perdendo o controle. Nunca revidar agressões físicas mesmo que seja contra acompanhantes.
Segurança
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MUDANÇA
Major Sérgio Barros é o novo comandante da 13ª CIPM Objetivo inicial é promover uma maior aproximação da Polícia Militar à comunidade da região Fotos: R.Schramm
Márcia Ribeiro O Major Sérgio Barros Bispo tomou posse como comandante da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar, responsável pelas regiões da Pituba e Amaralina. A cerimônia de troca de comando aconteceu no dia 24 de abril na sede dos Correios da Pituba. Como comandante, o Major Barros tem como prioridade inicial fazer uma aproximação da Polícia Militar com a comunidade. “É preciso que a sociedade confie na nossa instituição para que juntos possamos resolver os problemas da região”, afirma. Em uma primeira ronda pelo bairro, o novo comandante fez um levantamento sobre os principais pontos de risco da Pituba e destacou o perigo constante na rua Minas Gerais e proximidades, especialmente no que diz respeito a tráfico de drogas, prostituição e
Oficiais da PM prestigiaram o evento
furtos. Outro ponto levantado pelo Major como perigoso é a avenida Paulo VI e ruas adjacentes, que apresentam altos índices de roubos de carros. “Esse levantamento ainda é preliminar, pretendemos fazer todo um mapeamento da região, buscando
Major Sérgio Barros Bispo
pontos críticos e problemas habituais, para que possamos realizar ações preventivas certeiras e eficientes”, explica o comandante. Formado em Direito e mestrando em Política Pública, o Major Barros está em seu quinto comando. Em seu currículo, re-
sultados positivos, como quando comandou a CIMP de Nordeste de Amaralina, um dos bairros mais perigosos de Salvador. “Em 2006, quando trabalhei lá, o número de homicídios caiu em torno de 60%”, conta. Para ele, a violência e insegurança atuais são
atribuídas a dois fatores principais: a decadência da família e a péssima qualidade de ensino nas escolas. “A família é uma instituição falida e a educação está em uma fase nefasta, por isso tantos marginais soltos por aí”, critica o comandante.
PREVENÇÃO
Parque da Cidade ganha posto da Guarda Municipal 30 agentes fazem revezamento para proteção do patrimônio público e preservação da ordem no local A prefeitura inaugurou no dia 26 de março um posto da Guarda Municipal junto à sinaleira em frente ao Parque da Cidade, no Itaigara, onde 30 agentes da Susprev, Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência, fazem o revezamento na proteção ao patrimônio público e nas ações preventivas para garantir a ordem no local. Para fazer a ronda no parque, a Susprev escalou um contingente de dez guardas no período das 7 às 19 horas, equipados com duas motos. À noite, das 19 às 7 horas, a vigilância é realizada por outros quatro guardas, munidos com duas viaturas. Segundo a Prefeitura, os agentes atuam sempre em dupla ou em trio nos pontos estratégicos do parque, como no anfiteatro Dorival Caymmi, na parte verde, nos portões de acesso e na área de cooper. Os guardas são responsáveis pela proteção do patrimônio público, impedindo sua degradação pela ação dos vândalos, e complementam o trabalho da
Polícia Ambiental. Em eventos especiais, que reúnem um grande número de pessoas, a Susprev desloca o grupamento com cães para ampliar a vigilância no local. O supervisor do módulo, Wilder Paz, informa que a ação da GMS ultrapassa os limites da área, percorrendo também os bairros circunvizinhos, como o Itaigara. Além disso, com a implantação do módulo, coibiram-se os pequenos furtos, assaltos e agressões aos condutores que param na sinaleira em frente ao Parque da Cidade, na Av. Antonio Carlos Magalhães. “Desde que estamos aqui não registramos nenhum delito desse tipo”, ressaltou o supervisor. O módulo possibilita ainda ampliar a interação entre a Guarda Municipal e a comunidade. Segundo o supervisor, os agentes também prestam informações sobre endereços, especialmente de repartições públicas, orientam sobre o tráfego no local e sobre as formas de prevenção contra possíveis furtos e agressões. Além disso, explicam os procedimentos
corretos para registrar queixas contra delitos sofridos, bem como a localização das delegacias mais próximas. A decisão de construir o novo módulo policial foi tomada pelo prefeito João Henrique diante do levantamento feito pela 35ª Companhia da Polícia Militar que indicou o crescente número de ocorrências na região. A estatística revela que os furtos e roubos lideraram a lista de ocorrências no ano passado, principalmente nos horários de maior circulação de veículos. Segundo o Coronel Ademário Xavier, chefe da Assistência Militar da Prefeitura, estima-se que 90% das ocorrências não são registradas, o que sugere um grau ainda maior de insegurança na área. O Parque da Cidade é um espaço propício não apenas para a prática esportiva, mas também para a realização de shows populares, reunião de amigos, brincadeiras com as crianças ou mesmo como um ponto de passagem para os transeuntes.
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SEM SOLUÇÃO
Continua o impasse entre barraqueiros da orla e a prefeitura Márcia Ribeiro Sérgio Augusto Martins, o “Gaúcho”, é dono da barraca de mesmo nome na orla da Pituba há 19 anos e teme perder o seu negócio. O motivo é a intenção da prefeitura de retirar 233 das 496 barracas existentes em toda a orla da cidade para cumprir uma decisão judicial que exige a retirada das barracas de alvenaria da areia. “Se a gente sair daqui vamos para onde? E os nossos clientes?”, questiona. Ele reclama que não há um critério para saber quais barracas devem permanecer. Para ele, o impasse não tem nenhuma previsão para terminar. “As obras estão embargadas e ninguém pode fazer nada. Acredito que isso ainda vai
demorar muito. Pelo que eu sei a prefeitura não prometeu nada”, reclama o comerciante. Segundo o advogado João Maia Filho, que representa a Associação dos Comerciantes em Barracas de Praia da Orla de Salvador, a prefeitura se mostrou interessada em fazer um acordo, mas até agora não trouxe nenhuma proposta alternativa, como prometeu. Ele explica que os barraqueiros estão dispostos a fazer alguns sacrifícios e cumprir a lei, mas querem ter condições justas. “É a vida das pessoas que está em jogo. Não é justo tirar o sustento dessas famílias e deixar essas pessoas desempregadas. Os barraqueiros sabem que a orla está feia e que precisa de mudanças, mas eles precisam
de condições para encontrar outras oportunidades, não podem simplesmente ser retirados de lá, muitos estão nessa vida há 40 anos e não sabem fazer outra coisa. O poder público precisa levar isso em conta”, afirma Maia. Do outro lado dessa disputa, o governo se defende. Segundo a Procuradoria Municipal, a prefeitura quer fazer um acordo, mas como existe um processo parado na justiça, não há o que fazer. Esse é o mesmo argumento dado pela SESP, Secretaria Municipal de Serviços Públicos. “Como ainda está no trâmite da justiça, a Secretaria não pode fazer nada, nem cadastrar as barracas, fiscalizar, nada”, explica sua assessoria.
INAUGURAÇÃO
Clube de Mães da Apae Salvador ganha novo espaço A Apae Salvador inaugurou, no dia 6 de abril, um novo espaço para abrigar o Clube de Mães do seu Centro Educacional Especializado (Ceduc). A superintendente da Apae Salvador, Ilka Carvalho, abriu a cerimônia falando sobre a vitória que representa para a Instituição ter um espaço destinado às mães. Segundo ela, esta é uma situação rara entre as Apaes. “Enfrentamos muitas dificuldades, mas o nosso pensamento é fazer sempre o melhor para todos: família, beneficiários e clientes”, afirma Ilka Carvalho. O imóvel, na Alameda Gênova, 197, Pituba, foi reformado para abrigar com mais conforto as mães das crianças atendidas pelo Ceduc. Além de promover cursos que possam ajudar as famílias na geração de renda, como os de corte e costura, cabeleireiro e culinária, a Instituição pretende estender a utiliza-
Imóvel vai proporcionar mais conforto as mães de crianças atendidas
ção do espaço para a integração da família e a escola, por meio das reuniões entre as mães e o Serviço Social do Ceduc. Para Rosimeire Pereira da Silva, mãe da aluna Jainara, o espaço é maravilhoso. Ela participou dos cursos de bolsa, moda íntima, confeitaria e bijuteria e relata que eles ajudaram a aumentar a renda familiar. Estiveram presentes na cerimônia, a gerente técnica e peda-
gógica, Gildicele Passos; a coordenadora pedagógica, Miralva Marques; representantes do corpo administrativo da Instituição, além das mães e alunos do Ceduc. A Casa da Alameda Verona, utilizada anteriormente pelo Clube de Mães, foi desativada e o imóvel será demolido para a construção de um novo prédio que reunirá todos os serviços de saúde oferecidos pela Apae Salvador.
Local
Saúde
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ABANDONO
Região possui 100 imóveis que podem ser focos de dengue Apesar dos números altos, ainda não existe data definida para vistoriar esses locais nos bairros da Pituba, Itaigara e Caminho das Árvores FOTOS: LUCAS SÉRVIO
Anaísa Freitas
Entenda a doença (Fontes: http://www.combateadengue.com.br/
Com a intenção de reduzir os altos índices de infectados pelo vírus da dengue, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), em parceria com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), intensifica os mutirões de combate ao mosquito transmissor. Os imóveis abandonados são os principais alvos de vistorias, pois escondem recipientes para o acúmulo fácil de água, meio pelo qual o vetor deposita seus ovos. Nos bairros Pituba, C. das Árvores e Itaigara, a coordenadora do Programa de Combate ao Aedes Aegypti em Salvador, Eliaci Costa, prevê cerca de 100 imóveis em estado de abandono. O Jornal Nosso Bairro identificou um deles na Avenida Professor Magalhães Neto, entre a 16ª CP – Delegacia da Pituba – e um prédio residencial. O local abriga mato e materiais propícios à formação de poças d’água, fator mais importante para reprodução das lavas do mosquito. Apesar da existência de um número considerável de locais em estado de abandono, para os três bairros ainda não há estimativa de quando a ação de vistoria será iniciada. No primeiro momento, Eliaci explica que a ação está focada nos locais abandonados nas localidades de Cabula, Beiru e Subúrbio Ferroviário. A previsão da coordenadora é de que 1.214 imóveis abandonados sejam verificados nos próximos quatro meses. “Há outros órgãos que auxiliam a nossa ação, como a Guarda Municipal, CODESAL, LIMPURB, SESP e Companhia da Polícia”, enumera. Ainda de acordo com a coordenadora há um total de 1.448 agentes de saúde inspecionando os possíveis locais de proliferação
http://www.dengue.org.br/dengue.html)
O que é dengue? É uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, quando ele está infectado pelo vírus. A transmissão no mosquito ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada e, assim, transmite para outra que será picada futuramente.
São dezenas de imóveis localizados na região em estado de abandono
do inseto e orientando a população sobre os modos de evitar a doença. Já os imóveis abandonados contam com o trabalho de visitação de 25 profissionais. Essa última ação tem sido possível através de requerimentos judiciais, quando chaveiros abrem os locais abandonados para o acesso dos agentes de saúde. Os últimos registros da doença revelam dados alarmantes. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), até o dia 10 de abril, foram registrados mais de 50 mil casos da doença. Isso representa um aumento de 266% em relação ao mesmo período do ano passado. Desde as últimas semanas, Salvador vem sendo notificada com aumento no índice de chuvas, em valor maior do que o esperado para o mês. Por conseguinte, a tendência do acúmulo de água em recipientes eleva os riscos de propagação da dengue. A coordenadora garante que a Prefeitura está atenta a isso e vem traba-
lhando para evitar a incidência de novos casos de dengue. Uma das medidas adotadas é o treinamento de novos agentes de saúde, aumentando o efetivo nos bairros. Mesmo havendo mais profissionais, eles ainda encontram dificuldades nas visitas de rotina. Os problemas incluem imóveis cujos moradores não estão em casa durante o dia ou aqueles locais que abrigam apenas menores de idade durante o dia. Outra situação comum é aquela na qual o morador impede a entrada do agente porque tem certeza sobre a ausência de focos no ambiente ou, ainda, por questão de segurança, relativa ao receio de que aquele indivíduo seja mesmo um agente de saúde. Em caso de dúvidas sobre a doença ou de suspeita de focos, as pessoas podem ligar para o Disk Dengue (o telefone é 160) e solicitar a presença de um agente naquela localidade. A população pode, ainda, notificar a SMS sobre suspeitas de caso grave da doença.
Quais as formas da doença e os sintomas associados a elas? São quatro. Infecção Inaparente – a pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. Dengue Clássica – é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Costuma durar entre 5 e 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal, entre outros sintomas. Dengue Hemorrágica – é uma forma grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. No início da manifestação se assemelha à Dengue Clássica, mas no terceiro ou quarto dia de evolução surgem hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Síndrome de Choque da Dengue - esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda de pressão arterial. O doente apresenta inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Como evitar a propagação da doença? A ação mais simples para se prevenir é evitar o nascimento do mosquito. A regra básica é não deixar a água parada em qualquer tipo de recipiente. Mantenha recipientes como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas devidamente fechados. É importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão. Para se ter uma idéia do risco que esse inseto oferece, em 45 dias de vida um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
O que fazer em caso de suspeita Procure o serviço de saúde mais próximo.
Como deve ser feito o tratamento? O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de líquidos como água, sucos naturais ou chá, em grandes quantidades. No tratamento, um médico pode receitar medicamentos anti-térmicos. É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos e agravar o quadro do paciente.
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Saúde
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ESTÉTICA
ACUIDADE VISUAL
Técnica, eficiência e dentes brancos
Saúde dos olhos no trânsito
Louise Cibelle Clareamento dental funciona? Essa é, talvez, a dúvida que ronda a cabeça de todos aqueles que almejam um sorriso mais bonito. Mas em que consiste, então, o famoso clareamento? A dentista e especialista em periodontia e prótese dentária, Mônica Cecilia Pita, explica que é um procedimento estético com técnica muito eficaz para tornar os dentes mais brancos, devolver a luminosidade da face e resgatar a auto-estima. Ele reduz a matiz amarelada, que foi adquirida por consequência da ação de medicamentos ou pela constante ingestão de corantes nos mais diversos tipos de alimentos - como suco de uva, balas, chicletes, chocolates, chás, refrigerantes e vinhos - além do tabagismo, que contribui efetivamente para o escurecimento dos dentes. Diversas marcas Atualmente existem no mercado diversas marcas de clareadores de empresas conceituadas do Brasil e do mundo, como por exemplo: Ultradent, DMC e FGM. É importante saber que pacientes fumantes podem ser submetidos ao procedimento, desde que, informados sobre a redução da resistência do clareamento. A durabilidade de um clareamento, que é de aproximadamente 5 anos, será reduzida consideravelmente e, a depender do caso, este paciente terá que ter manutenção a cada 18 meses. Vale lembrar que as pessoas que fazem clareamento dental devem mudar alguns comportamentos para a conservação do procedimento. Como é o caso da cantora Márcia Short, que fez o tratamento há um ano e passou um período sem ingerir alguns tipos de alimentos, seguindo à risca todas as recomendações da
sua dentista. “Para mim, o resultado foi excelente, fiquei satisfeitíssima, apesar de não ter nenhuma mancha grave antes”, elogia. A higiene bucal mais detalhada se faz necessária em todos os casos de procedimentos dentais, além do tão falado cuidado com
certos tipos de alimentos. “Para evitar o escurecimento dos dentes, eu oriento o paciente a reduzir a ingestão de corantes presentes em alimentos e bebidas e, sempre que possível, optar por alimentos mais próximos do natural”, conclui a dentista Mônica Cecília Pita.
Tipos de clareamento • Clareamento a laser/LED: É feito em consultório, assistido por um profissional, sendo utilizado um agente clareador de peróxido de hidrogênio a 35% ou 38% ativado por luz. • Clareamento caseiro: Utiliza-se um agente clareador de peróxido de hidrogênio a 10%, 16% ou 22% - a depender do caso porém sem ativação de luz. O dentista confecciona uma moldeira em acetato a qual o paciente, sob a orientação do profissional, vai preencher com o agente clareador previamente fornecido e fará uso todos os dias, por tempo e horas determinados, de acordo com cada caso, até que se obtenha o resultado desejado.
Conduzir automóvel é uma atividade que requer uma boa visão e alterações ou deficiências em algum dos aspectos desse sentido podem comprometer a capacidade de dirigir. Essa é a opinião do Vice-Diretor médico do Hospital Santa Luzia, Dr. Alexandre Príncipe. De acordo com ele, é preciso que aspectos como acuidade visual, sensibilidade ao contraste, visão periférica e visão de cores estejam em boas condições, permitindo ao motorista segurança no trânsito. “A acuidade visual é um aspecto da visão que precisa estar própria para a identificação de objetos pequenos, pedestres, placas e obstáculos, assim como a sensibilidade ao contraste, para que não haja ofuscamento no sol forte ou dificuldade na penumbra. A visão periférica também é importante, pois ao conduzir um veículo, o condutor precisa ter um amplo campo de visão para perceber os movimentos a sua volta, assim como a visão de cores, para diferenciar o semáforo e placas de sinalização”, explica o médico. É preciso ficar atendo aos sinais de que a visão não está em boas condições. Segundo Dr. Alexandre, pessoas que tem baixa visão para longe geralmente espremem os olhos para tentar enxergar, lacrimejam excessivamente e têm dor de cabeça. Esses sintomas podem sig-
nificar miopia ou astigmatismo, as principais causas de dificuldade para conduzir veículos. “Esses dois problemas requerem correção com óculos ou lentes de contato. A hipermetropia quando é alta ou quando a pessoa tem mais de 40 anos de idade também precisa ser corrigida. Outros problemas que podem aparecer são a catarata, o glaucoma e a degeneração da retina”, diz. Dr. Alexandre também chama atenção para a importância do teste de visão cada vez que o motorista precisa renovar sua habilitação. Ele explica que com o passar dos anos os problemas de visão podem aparecer em pessoas que tinham uma boa saúde visual alguns anos antes. “Muitos problemas da visão acontecem insidiosamente e lentamente fazendo com que muitas pessoas não percebam o que está acontecendo e retardem sua ida ao médico. Como algumas doenças tardiamente identificadas podem levar a seqüela definitiva na visão é recomendado fazer o exame com o oftalmologista de rotina e sempre que algum problema acontecer”, diz. Ele também alerta para que o usuário de lentes sempre tenha um par de óculos a seu alcance, pois caso haja alguma irritação nos olhos e a lente precise ser retirada, a visão precisa ser corrigida imediatamente.
Educação
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TENDÊNCIA
Professores e “concurseiros” mais próximos em sala de aula Anaísa Freitas
Anchieta tem maior nota no Enem na capital baiana Com 72,41 pontos, o Colégio Anchieta obteve a maior nota de Salvador no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2008 e ocupou o 53º lugar no ranking nacional. No estado, a escola da Pituba ficou atrás somente do Colégio Helyos, de Feira de Santana, que obteve a quinta melhor colocação no Brasil. O Colégio Militar de Salvador, também localizado na Pituba, ficou logo atrás do Anchieta, com 72,36 pontos. Entre as 100 escolas com as melhores notas no Enem no estado, apenas dez são federais e 90 são privadas. Nenhuma é es-
tadual, apesar de representarem quase 80% das unidades que oferecem o ensino médio, analisado pelo exame. Os resultados das 26.665 escolas analisadas em todo o país pelo Ministério da Educação foram divulgados no final de abril. O quadro ainda é desanimador: 74% das instituições ficaram com nota abaixo da média nacional que foi de 50,52 pontos. Na rede pública, o índice de estabelecimentos com resultado inferior à média chegou a 89%. Para obter mais informações sobre o Enem, acesse mediasenem.mec.gov.br.
Oficina literária agita alunos do Colégio Anchietinha Na sexta-feira, 8 de maio, os alunos da Alfabetização do ANCHIETINHA farão uma interpretação teatral com base no livro Bom Dia Todas as Cores!, de Ruth Rocha. A atividade integra o projeto Oficina Literária, que tem como objetivo estimular a leitura, a imaginação e a criatividade dos alunos que encenarão a história às 8h e às 16h no Teatro Anchieta, na Pituba. No dia seguinte, 9, será a vez dos alunos do ANCHIETINHA Itaigara fazerem a apresentação no mesmo local.
Um professor lecionando para 100 ou 200 alunos em uma sala. Essa é a realidade na maioria dos cursos preparatórios para concurso em Salvador. Indo contra essa tendência de proposta educacional, a professora de Direito Luciana Medeiros passou a investir em um estudo personalizado. Hoje, ela coordenada o Núcleo de Concurso, grupos com salas de 15 a 30 alunos. “Acredito que o verdadeiro aprendizado possui mais chances de se tornar efetivo quando o professor pode orientar o estudante de maneira mais direta e próxima”, explica. Além dessa prática para facilitar a absorção de conhecimento, a professora, que atua há 14 anos na área de concursos públicos, aplica outras maneiras de unir aluno e conteúdo. Dentre elas está a aproximação do conteúdo com a realidade do aluno. Em aulas de Tribunal do Júri, por exemplo, Luciana explica que é comum levar a turma para assistir a uma audiência no Fórum Ruy Barbosa. “Isso só é possível graças ao número reduzido de cada grupo”, frisa. A aplicação de simulados rotineiramente também estimula o aluno, trabalhando sua segurança no momento em que lida com as questões que são objeto de prova. A realidade dos concursos públicos é a de provas cada vez mais rigorosas e concorrências estratosféricas. Para se ter uma idéia, dados divulgados pela ESAF (www.esaf.fazenda.gov.br) revelam que 568. 649 mil pessoas concorrerão ao Cargo de Assistente Técnico do Ministério da Fazenda, em 24 de maio. Só na Bahia, a concorrência é de quase 450 pessoas por vaga. Na verdade, esse cenário não foi sempre assim. Na década de
90, o panorama de mudanças sociais e políticas no país influenciou a abertura comercial. A situação de instabilidade no emprego estimulou a busca pelo cargo público efetivo. Dessa “corrida à mina de ouro” surgiram os altos índices de concorrência. Por conseguinte, a tendência lógica é de que mais pessoas sejam “derrotadas”. Nessa hora, o acompanhamento pedagógico faz a diferença no modo como a pessoa vai
lidar com a não aprovação. Luciana explica que é fundamental identificar os motivos pelos quais o aluno que estudou tanto não obteve um desempenho satisfatório. Uma das causas pode estar na maneira como lida com o aprendizado. “Uma hora de estudo com qualidade é melhor do que 10 horas de estudo sem concentração”. Esse é um dos lemas que a experiência de Luciana lhe permite afirmar.
Dicas para concursos: 1. Só passa quem estuda com antecedência 2. Além do conhecimento, a prova exige paciência e determinação 3. Estude em local silencioso, bem iluminado e limpo. 4. Para cada hora de estudo, 10 minutos de descanso. 5. Tenha uma alimentação balanceada, durma bem, faça exercícios físicos. 6. Diminua seu tempo ocioso. Aproveite o período no ônibus, nos intervalos das aulas 7. Sempre que possível, opte por cursos com turmas reduzidas
Quem é Luciana Medeiros: Bacharela em Engenharia Civil (UCSal), em Direito (UCSal), Advogada, Pós Graduada em Administração de Empresas De Construção Civil (USP), Pós Graduada em Docência do Ensino Superior (UNIFACS), Fundadora e Presidente do Núcleo de Estudos Jurídicos Profª. Luciana Medeiros (NEJ), professora de diversas disciplinas no Núcleo de Concursos (Rua do Carro, 60. Edf. Fórum Park, Sala 502, ao lado do Fórum Ruy Barbosa - Tel 3321-3603). Blog: www.profalucianamedeiros. blogspot.com
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EXPECTATIVA
Início da vida escolar desperta emoções em pais de alunos Adultos demonstram ansiedade ao acompanhar os filhos nos primeiros dias de aula Márcia Ribeiro Lápis de cor, caderno, massinha, giz de cera, cola, tesoura, canetinhas coloridas, lancheira. Tudo pronto para começar as aulas. No entanto, enquanto para a criança a novidade de ir à escola pela primeira vez vem seguida de muita expectativa, pais preocupados e inseguros experimentam um misto de medo e emoção. É o caso de Mariana Almeida, mãe de Maria Eduarda, de três anos. “Eu fiquei muito mais apreensiva do que minha filha. Ela adorou a escola desde o primeiro dia, até me deu ‘tchau’ sem o menor problema. Eu chorei e ela não!”, confessa Mariana. Para ela, escolher uma boa escola, onde os pais tenham plena confiança, é de extrema importância. “No começo é difícil, eu ainda estou me adaptando a essa nova rotina de deixar Maria Eduarda na escolinha. Fico sempre perguntando para ela se está gostando dos colegas, da professora. Também fico atrás da coordenadora tirando dúvidas, tudo. Mas acho que eles estão acostumados com esse tipo de pais neuróticos de primeira viagem”, afirma. Maristela Soares Marques de Albuquerque, proprietária e diretora pedagógica da Escola Colméia, confirma que sim, estão preparados. “A escola deve acolher os pais, dizer que esse sentimento no início é normal e que a segurança vem com o tempo. É um período de adaptação tanto das crianças quanto dos pais. Eles devem demonstrar segurança, saber que o choro é importante e natural, conversar com seus filhos”, explica a diretora. Milena Rocha Souza, 30, mãe de Maria Clara, de dois anos e nove meses, conta que este é o segundo ano de sua filha na Colméia, mas mesmo assim ficou com ela na primeira semana para adaptação. “Minha filha ama a escola. No primeiro ano, ela estranhou depois de dois meses, mas logo passou. Agora, ela estranhou a sala e os amiguinhos novos, mas já está bem adaptada. Conta as coisas da escola, que brincou no parque,
Educação TEATRO MÓDULO PROGRAMAÇÃO INFANTIL No mês de maio, o Teatro Módulo participa da VII Edição do “Festival do Teatro Brasileiro”. Com o espetáculo infantil “Historinhas de Sentro”. Este Festival é uma iniciativa singular no país que aproxima a cultura de diferentes unidades da Federação. Nesta VII edição, a Bahia participa com a etapa “Cenas Pernambucanas”. Serão 34 apresentações de 11 espetáculos pernambucanos acontecendo nas ruas e teatros de Salvador, Camaçari e Feira de Santana no período de 01 a 16 de maio do corrente ano.
Em curtíssima temporada
Em sala de aula, os pequenos estudantes fazem amizades e aprendem também a compartilhar
que falou com os amigos. Acho essa socialização muito importante”, conta. Maristela Albuquerque concorda que o início da vida escolar é um momento decisivo. “Marca uma nova etapa da vida, é a primeira relação com a escola, onde a organização é diferente de casa, pois a criança divide a atenção da professora com outras crianças, aprende a dividir os brinquedos. A educação dá autonomia para a criança, permite que ela alce novos voos. Isso é um processo natural”, explica. No Colégio Anchieta, os alunos e as famílias são entrevistados pela Orientadora Educacional. “Nesse encontro, a profissional além de passar informações acerca do colégio, procura estabelecer o vínculo afetivo-relacional, para que haja interação, confiança e que o desejo em conhecer e em aprender sejam disparados”, avalia Sarah Sodré, vice-diretora do Anchieta. Ela lembra que os pais geralmente chegam com dúvidas, incertezas e com um grau de ansiedade elevado, o que considera pertinente. “Eles devem mesmo questionar, buscar conhecer, visto que o que está em pauta é a vida de seu filho. O importante é esse pai sentir-se acolhido, ouvido, respeitado e que ele saia com a garantia de estar entregando em nossas mãos o seu bem mais precioso e que entendam e confiem no trabalho que realizamos”, finaliza.
“Historinhas de Dentro” Historinhas de Dentro é um espetáculo que relata a saga vivida por Maria Clara, Clarinha. Filha de ex-artistas de circo, Clarinha nasceu com um problema no coração, mas não deixou de ter uma vida como a de toda criança, cercada de amor, carinho e atenção. Aos sete anos, na idade dos porquês, ela se indaga por que o seu coração não bate tão forte como os dos seus pais quando se conheceram. À medida que os questionamentos de Clarinha afloram, ela passa a desejar entrar dentro de si mesma. Enquanto pede às fadas e a Deus para seu novo sonho se realizar, a personagem sofre uma parada cardíaca e embarca numa viagem fantástica através de seu corpo para encontrar as batidas de seu coração. Nesta incrível aventura, Maria Clara descobre que dentro dela existe um circo mágico repleto de órgãos excêntricos, como os Rins Palhaços, os Dragões Intestinos Chineses, o Estômago Cozinheiro Bufão, as Amígdalas Cantoras e o Mágico Fígado. Embalada por músicas executadas ao vivo que misturam o Jazz, o Samba, o Caboclinho, o Coco, a Ciranda e o Lírico, Historinhas de Dentro é uma peça educativa que não subestima a capacidade de compreensão das crianças e que encanta pessoas de todas as idades. Historinha de Dentro, terá uma temporada curtíssima, apenas nos dias 09 e 10 de maio fazendo parte do Festival de Teatro Brasileiro – “Cenas Pernambucanas” que acontece SERVIÇO: Espetáculo: Historinhas De Dentro Temporada: Único Fim de Semana 09 e 10 de Maio de 2009 Horário: Sábado e Domingo ás 16h Preços do ingresso: R$ 10,00 (inteira); R$5,00 (meia) Classificação: Livre
Sinuca
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ENTREVISTA
Renatha Karen, diretora da CBBS Minha intenção é difundir a sinuca com o merecido destaque e respeito, além de influenciar outras pessoas, principalmente as mulheres a praticar este esporte em crescente destaque em tantos outros estados brasileiros e que merece a atenção também dos baianos.
Lucas Sérvio
oradora da Pituba, a diretora do departamento feminino da Confederação Brasileira de Sinuca e Bilhar – CBBS, Renatha Karen é formada em Turismo, largou tudo para abrir seu próprio negócio e investir na mais recente paixão, a sinuca. Inaugurou o Ponto de Partida Snooker Bar onde passou a promover pela 1ª vez em Salvador aulas gratuitas de sinuca. Nesta entrevista, ela diz que a intenção é difundir a sinuca com o merecido destaque e respeito, além de influenciar outras pessoas, principalmente as mulheres a praticar este esporte em crescente destaque em tantos outros estados brasileiros. Confira!
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Como começou a paixão pela sinuca? Você teve alguma influência? Em 2007 fui fazer um curso em Londres e aproveitei para visitar fabricas de mesas de sinuca, fabrica de tacos, pesquisar sobre a sinuca para trazer novidades para a empresa da família que vende material esportivo e de entretenimento, dentre eles mesas e acessórios de sinuca. Neste momento percebi a sinuca com outros olhos e me apaixonei. Conheci muitos locais de prática de sinuca, conversei com muitas pessoas, descobri a sinuca elitizada, tratada com respeito, vista como um esporte que pode reunir gerações avós, netos e netas, pais, mães, filhos e filhas que ao redor da mesa de sinuca, exercitando o corpo e a mente, o momento de lazer, um esporte in door que pode ser praticado no inverno e no verão e onde homens e mulheres podem jogar de igual para igual, pois a estrutura fisiológica, não interfere na qualidade do jogo, pois a sinuca não usa a força física na sua prática. Descobri que a habilidade para jogar sinuca está na postura, na estratégia utilizada e que requer muita técnica e prática. Quando
regressei me dediquei a difundir esta imagem saudável e agregadora que a sinuca tem. Como você vê a sinuca na Bahia? A sinuca na Bahia é pouco divulgada como esporte, pouco valorizada, alguns amantes lutam para modificar este quadro, mas não é fácil. Um bom exemplo desta dura realidade é citar que em dezembro de 2008 houve o XVIII Campeonato Brasileiro de Sinuca aqui em Salvador, um evento muito importante e que o grande público não teve conhecimento, você soube? Provavelmente, não. Pois é os “feras” da sinuca nacional estiveram aqui e muitos perderam este espetáculo. Os meios de comunicação não demonstraram interesse em divulgar ou apoiar este evento, com poucos patrocinadores aconteceu sem o destaque que merecia. Nomes como Silvia Taioli (Campeã Brasileira de 2007, Arbitra e Comentarista de Sinuca da ESPN) e Igor Almeida (Tetra Campeão Brasileiro da Categoria Master – 2008, 2005, 1999, 1996) estiveram aqui, poucos souberam e pouquíssimos viram.
com maior reconhecimento e espaço na mídia do que a Sinuca. A sinuca ainda tem muito o que crescer no Brasil e principalmente na Bahia. Hoje não conheço nenhum atleta de Sinuca que viva com o que ganha nos campeonatos.
Qual a sua opinião sobre locais onde são realizadas apostas? É um tema bem delicado. Não sou contra a premiação daqueles que ganham, nos campeonatos de qualquer esporte esta premiação acontece, troféus, dinheiro reconhece a habilidade do campeão, até aí tudo bem. O ruim não é o prêmio da aposta e sim as disputas suspeitas, os golpes articulados por pessoas com habilidades no jogo e intenções de lucro fácil sobre outros, “escondem o jogo”, aparecem como medianos ou até ruins que perdem algumas rodadas e depois fazem apostas de maior valor e só então “mostram o jogo”, isso sim é feio e eu não aprovo. Acredito inclusive que este tipo de atitude foi e é o que suja a imagem da sinuca.
Em sua opinião, a sinuca é um esporte ou um jogo de azar? Jogos de azar por definição são jogos nos quais a possibilidade de ganhar ou perder não dependem da habilidade do jogador, mas sim exclusivamente do azar ou sorte do apostador e isso não acontece com a sinuca que é um jogo que exige do praticante habilidade, destreza, estratégia, concentração, conhecimento e cumprimento das regras. É possível viver de sinuca no Brasil? No Brasil viver de esporte é muito difícil, temos exemplos em diversas modalidades esportivas como as dificuldades de Jade Barbosa da gisnática olímpica, Mauri Maggi do atletismo e tantos outros que praticam esportes
Existe espaço para as mulheres na sinuca? Existe muito espaço, muito espaço para ser ocupado. As mulheres precisam descobrir a sinuca, precisavam ser estimuladas, conhecer, aprender e jogar. No XVIII Campeonato Brasileiro de Sinuca em 2008 tínhamos vaga para 12 atletas na categoria feminina e apenas 9 foram ocupadas. Qual seu principal objetivo como diretora da CBBS? Minha intenção é difundir a sinuca com o merecido destaque e respeito, além de influenciar outras pessoas, principalmente as mulheres a praticar este esporte em crescente destaque em tantos outros estados brasileiros e que merece a atenção também dos baianos. Um esporte para homens e mulheres, jovens e experientes.
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VALE-TUDO
ARTE
Equipe Minoutaro Team na Pituba
Casa do Benin preserva cultura africana
Lucas Sérvio Idealizada pelos irmãos Márcio Shark e Fernando Almeida, a nova filial da equipe Minotauro Champion Team, na Academia Aliança Fitness (Pituba) quer se tornar uma “fábrica” de lutadores. O local conta com apoio de professores e lutadores, como Junior Cigano, Renato Velame, Edilberto Crocotá e o Luis Carlos Dôrea, treinador de boxe da Champion. Além de possuir outras filiais na Graça, Stella, Praia do Flamengo e Lauro de Freitas. Segundo o instrutor Fernando Almeida, a decisão de formar a equipe foi de comum acordo com seu irmão. “As outras filiais pertencem a outros lutadores. Eles vem aqui treinam e dão o seu apoio para atletas que estão começando. Fico feliz com o interesse e a motivação dos novos alunos que se inscrevem na turma. Eu quero sempre apoiálos”, afirma. As artes marciais praticadas na equipe são o Muay-Thai, Jiu-Jutsu, Boxe e o MMA (artes marciais misturadas). “O MMA é o estilo de luta com maior índice de cresci-
mento de fãs. Ela deixa o lutador bastante rápido porque inclui elementos do Muay Thai, do Judô, do Boxe e do Jiu-jitsu”, diz Fernando. Para Fernando Almeida, o melhor lutador de MMA de todos os tempos é Rodrigo “Minotauro” Nogueira. “Ele tem um cartel impecável, pois enfrentou os melhores lutadores. Ele luta Boxe, Jiu-Jitsu, Boxe Tailandês e o Wrestling (luta olímpica, grecoromana). Sou fã do Minotauro, pois ele é uma lenda, aquela luta contra o Bob Saap, ele conseguiu suportar os golpes, levou a luta para o segundo round, se recuperou e venceu. Um confronto que vai ficar na memória do público e dos lutadores de MMA”, comenta. Atualmente, o MMA está sendo disputado em todos os continentes - os países que mais formam lutadores são o Brasil, Japão, Estados Unidos e Rússia. No Brasil, o nome do MMA é Anderson Silva, de 33 anos, considerado o melhor lutador, coleciona oito vitórias e nenhuma derrota no UFC. Na Bahia, o atual dono do cinturão é Renato Velame da Minotauro Team, de 26 anos.
A Casa de Benin, no Pelourinho, foi idealizada pelo antropólogo e fotógrafo Pierre Verger e fundada no ano de 1988, depois de reforma executada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi. Tem como principal objetivo difundir a cultura do povo beninense em Salvador, entre os séculos 18 e 19. Do Golfo de Benin vieram os últimos escravos para a capital baiana, quando já era proibido o tráfico negreiro. É uma casa de cultura gerida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) e mostra o quanto o conhecimento da influência cultural africana é importante para a formação social de Salvador. Mesmo com a preservação das linhas externas, o espaço foi modernizado em seu interior, onde uma escada distante da parede e apenas com um ponto de sustentação declara o estilo de Lina Bo Bardi. Com freqüência, arquitetos e engenheiros visitam o local para conhecer o resultado da precisão do cálculo da arquiteta modernista ítalo-brasileira. Do lado de fora uma parede erguida no século XIX feita com óleo de baleia e crustáceos amassados parece não perceber o tempo. Pela grossa espessura é comum, depois de uma chuva forte seguida de muito sol, ver a água escoar pelo muro.
Acervo
Lutadores treinam na Academia Aliança Fitness
Com rico acervo de obras de arte africana, principalmente da região do Golfo de Benin, a casa remete o visitante a séculos passados: são esculturas, tapeçarias, fotografias e livros que fazem com que o ambiente se torne o mais próximo possível da cultura e tradição beninense. A maior parte do acervo foi colecionada e doada por Pierre Verger em suas andanças pelo continente africano. “Em maior ou menor proporção os povos africanos influenciaram na cultura da capital”, destacou o subgerente da FGM, Leonardo Vinicius de Souza. Entre os objetos, uma teta betamaribé se destaca pela cena: várias casas integradas, numa construção familiar, característica do Benin, onde os pais moram no centro e quando os filhos se casam vão morar ao redor. “Umas são tão grandes que possuem até praça de lazer”, desta-
cou a chefe de intercâmbio da FGM, Iray Galrão. Do acervo doado por Verger, as imagens mostram momentos do povo africano e do povo brasileiro. E também o contrário: quando os africanos retornados ao seu país de origem fizeram construções como os sobrados da capital baiana, mostrando o que aprenderam em Salvador.
Agudás No primeiro andar, acontece até abril a exposição dos Agudás, comunidade dos últimos escravos que vieram da região de Benin para Salvador, que em pouco tempo foram beneficiados com a Abolição da Escravatura e puderam voltar para a África. Sem se sentirem africanos ou brasileiros, formaram uma nova comunidade, os Agudás, e se intitularam afrobrasileiros. Até hoje vivem em Porto Novo, no continente africano. Os Agudás levaram de Salvador muitos costumes, como o Carnaval, as construções de casas e sobradinhos, a lavagem da escadaria do Bonfim e a festa de São Cosme e São Damião. Os mais antigos ainda se cumprimentam com um sonoro: “Bom dia, como você está?”. Ao retornar, os africanos começaram a trabalhar em ofícios que aprenderam na capital baiana. Construiram sobrados que até então eram inexistentes no Benin. Certa feita, um chefe muçulmano pediu então que eles erguessem um templo. Sem saber como fazer, os ex-escravos construíram uma igreja católica barroca sem cruz e a entregaram como mesquita. Para se aproximar da arquitetura de um templo mulçumano foi pedido que eles colocassem no local um minarte, uma espécie de torre. Resultado: a mesquita de Porto Velho é uma igreja católica sem cruz e com um minarte. Todas as quintas-feiras, das 14 às 17 horas, a Casa do Benin realiza gratuitamente um curso de bordado africano, onde os alunos podem aprender maravilhas do continente. O objetivo da FGM é transformar o local num centro de visitação mais constante com cursos de origem africana não apenas para acadêmicos, mas para a população como um todo.
Mercado de trabalho
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CAPACITAÇÃO
Petrocompany oferece curso de qualificação profissional Aina Kaorner Quem deseja investir em uma atividade que vem crescendo e gerando emprego e renda para o país ou tentar a oportunidade de ingressar rapidamente no mercado de trabalho pode optar pelos cursos ministrados pela Companhia de Petróleo Petrocompany, que buscando qualificar a mão-deobra específica para a área de Petróleo e Gás. O mercado de profissionais qualificados para atuar na área ainda se encontra bastante carente, mesmo a Bahia sendo o terceiro produtor nacional de petróleo. Segundo o sócio da empresa, Sérgio Andrade, o governo do estado vem fazendo grandes investimentos em contratação de serviços de perfuração, completação, cimentação, recuperação e manutenção de poços de petróleo e gás na Bacia do Recôncavo, estimulando a criação de empregos. “O setor de petróleo está em franco crescimento atravessando uma das melhores fases dos últimos 30 anos, sendo o petróleo grande fonte de divisas para o desenvolvimento da nação”, conta Andrade.
O projeto "Educação continuada” visa profissionalizar os alunos em três níveis operacionais de sondagem em perfuração e produção de poços de petróleo, com os cursos de plataformista, torrista e sondador. “Os recém formados são contratados e encaminhados para o mercado de trabalho, já que temos parcerias com outras empresas”, afirma. Para isso, é necessário ter o segundo grau completo, aptidão física e afinidade com trabalho de campo. Especialização – Os alunos que desejam se aprofundar na área de maior interesse, podem optar, após a conclusão do curso, pelas especializações em cimentação e revestimento ou furo direcional. Além dos conteúdos teóricos, a Petrocompany ministra estágios curriculares em sondas próprias e de empresas parceiras, para melhor conhecimento da realidade operacional dos equipamentos. Os aulas são ministrados em um centro de treinamento e pesquisa próprio, equipado com uma moderna unidade de perfuração e completação (sonda escola), localizado em Catu-BA.
Mão-de-obra especializadas na aréa de petróleo e gás ainda carece de melhor capacitação
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Salvador, Maio de 2009 - Ano II - Nº 9,
PERFIL
Cléo Pires Michel Telles Filha mais velha de Fábio Júnior e Glória Pires, Cléo Pires despontou como uma das grandes revelações da dramaturgia do Brasil, tornando-se nacionalmente famosa ao interpretar a ninfeta Lurdinha da telenovela América, da Rede Globo, em 2005. Apesar disto, sua estréia como atriz se deu quando de sua participação na minissérie Memorial de Maria Moura, em 1994. Nesta minissérie, Cléo Pires foi Maria Moura ainda jovem e sua mãe, Glória Pires, interpretou Maria Moura já adulta. Em 2003, estreou no cinema interpretando as personagens Ariela Masé e Castana Beatriz em Benjamim, dirigida por Monique Gardenberg. O roteiro do filme foi baseado no livro homônimo de Chico Buarque. Em 2005 fez uma participação como Cleópatra no especial infantil da Rede Globo, Clara e o chuveiro do tempo. A atriz esteve cotada para viver Zuca na segunda versão da telenovela Cabocla, em 2004, papel vivido por sua mãe em 1979, mas ela recusou o papel. Cléo é a apresentadora do programa Cineview, que mostra as atualidades do mundo do cinema, apresentado pelo canal pago Telecine Premium, cujas reexibições acontecem ao longo da semana em horários alternativos em todos os canais da Rede Telecine e no Multishow. Bela e juvenil, Cléo tem sempre um sorriso pronto nos lábios e uma gentileza genuína – talvez herdada da mãe, Glória Pires, a atriz mais gentil com seu público. Confira o ping-pong!
Nome completo: Cléo Pires Ayrosa Galvão. Data de nascimento: 02/10/1982. Local onde nasceu: Rio de Janeiro (RJ). Signo: Libra. Irmãos: Seis (Tainá, Krízia, Felipe, Antônia, Ana e Bento). Escolaridade: Ensino médio completo. Time: Flamengo. Cor: verde musgo. Altura: 1,60m. Peso: 54 kg. Prato preferido: Mc Donald's e comida japonesa. Perfume: Empório Armani Ella. Livro: O Alquimista, de Paulo Coelho. Filme: Beleza Roubada, de Bernardo Bertolucci. Música: Várias... Cantor: Mike Patton e Caetano Veloso. Cantora: Gwen Stefanni e Cássia Eller. Ator: Toni Ramos. Atriz: Adriana Esteves. Lugar: Goiânia. Frase: "Nothing really matters, love is all we need", Madonna.
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No Dia das Mães, declare seu amor Louise Cibelle Celebrado no segundo domingo de maio aqui no Brasil, o Dia das Mães é, talvez, uma das datas mais comemoradas do ano. Para quem não sabe, o dia teve a sua origem no princípio do século XX, quando uma jovem americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Em pouco tempo, a comemoração e, consequentemente, o Dia das Mães se alastrou por todo os Estados Unidos e em 1914 sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de Maio. Para a maioria das pessoas, todos os dias são dias
das mães. O fato é que a ideia de ter um dia inteiro para homenagear e demonstrar carinho à mãe é algo que sempre agradou os filhos apaixonados de todo o universo. No caso da estudante de psicologia Rose Fialho, ela passou a dar mais valor à data após ter tido uma filha. “É inexplicável a sintonia entre Eduarda e eu, agora eu sei o que é amar de verdade. Mãe é um ser único e, por isso, essa atenção especial é mais do que merecida”, afirma. Com a proximidade do Dia das Mães, muita gente já fica pensando em dar algo legal para a mãe com a preocupação de não ser clichê, na maioria das vezes. Algo criativo, bonito, feito por você ou comprado em alguma loja. Para isso que tal fazer uma surpresa? Que mulher não gosta de surpresas? Faça uma homenagem, declare seu amor por ela! São inúmeras as idéias, basta colocar a cabeça para funcionar.
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