Revista Canção Nova de Março de 2017

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A globalização da indiferença... e os sinais de esperança

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Ano XIII - Nº 194 - Março de 2017 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador

clube.cancaonova.com

ISSN 1806-1494


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CARtA Ao leitoR

é teMPo de ConveRsão!

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FundAdoR dA CoMunidAde CAnção novA: Monsenhor Jonas Abib PResidente dA FjPii: Monsenhor Jonas Abib diRetoR eXeCutivo dA FjPii: Wellington Silva Jardim joRnAlistA ResPonsÁvel: Osvaldo Luiz/MTB 23094 CooRdenAção: Lucineide Barbosa Assistente de CooRdenAção: Ana Alice Lourenço e Joel Prado Netto PRodução e AssessoRiA: Lucas Mendes/MTB 0080902 Revisão oRtogRÁFiCA: José Expedito diReção de ARte: Agência de Publicidade Canção Nova PRojeto gRÁFiCo: Agência de Publicidade Canção Nova diAgRAMAção: Felipe Marcondes Majela Alves designeRs: Julio Paulo de Lorenzo, Leonardo Augusto, Kallel Capucho, Maria Alice Figueira Campos. CAPA: Felipe Marcondes Majela Alves FotogRAFiA CAPA: 144223465/KEMPSKI Istock By Getty Images

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I MPRESSÃO : PLURAL INDÚSTRIA GRÁFICA S.A.

ContAs

expediente

mês de março será um mês muito especial em 2017, pois viveremos a quaresma, um verdadeiro tempo de conversão. A Revista Canção Nova não é diferente, e em seu artigo, Monsenhor Jonas Abib aborda de maneira especial esse assunto. Ele afirma que “quaresma é tempo de voltar para Deus de todo o coração. É um tempo privilegiado de penitência, de conversão, em que o Pai está de braços abertos esperando cada um dos seus filhos. Nessa edição também, Dom João, Bispo de Lorena-SP, nos traz uma reflexão sobre a Campanha da Fraternidade de 2017, que tem como tema “Fraternidade: Biomas brasileiros e a defesa da vida” tendo como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2, 15). Abordando também um assunto voltado à nossa nação, Professor Felipe Aquino partilha um pouco sobre a Constituição Nacional e sua importância para o regimento do país. No +VIDA, a Doutora Gisela Savioli nos apresenta os riscos das conhecidas “Dietas da moda” e a importância de uma verdadeira reeducação alimentar. Já no Ação Jovem, Shahir Rahemane, missionário da Comunidade Canção Nova, traz uma mensagem aos jovens, sobre o respeito, carinho e principalmente amor ao próximo “amar a cada

instante, amar a todo momento, amar sem interesse.” Padre Xavier faz uma partilha profunda sobre a passagem de Jo 13, 34-35 onde nos é ensinado que devemos “amarnos uns aos outros como Ele nos amou”, um amor “personalizado”. A matéria especial, fala sobre o amor ou a falta dele e do respeito junto ao outro, pois Lurdinha Nunes nos traz uma matéria muito atual, abordando os conflitos no Oriente Médio e toda a perseguição vivida pelos cristãos nesse território hostil. Eto nos apresenta São José como o seu Santo de devoção, que o ajuda muito em momentos de dificuldades. O cofundador da Comunidade Canção Nova aproveita para apresentar ao sócio a prestação de contas da Canção Nova no ano de 2016. Por fim, caminhando na trilha do amor, Luzia Santiago fala sobre o Retiro Popular e sua proposta de meditação a partir da Palavra de Deus, um verdadeiro “plano de salvação e de esperança cristã”. Que neste tempo de conversão você possa refletir, buscar esse verdadeiro “plano de salvação” e entender que o amor de Deus por nós é infinito... Ele está sempre de braços abertos para nos acolher! luCAs Mendes Jornalista/MTB 0080902 Assessor e Produtor da Revista Canção Nova

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PAlAvRA do FundAdoR

quAResMA: eis o teMPo de ConveRsão! Fotografia: 547033564/kulkann /iStock by Getty Images

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eu pai, Sérgio Abib, foi um vicentino fervoroso, que se dedicou inteiramente aos pobres. Ele os chamava de “meus pobres!”. Mamãe tinha ciúmes e até dizia: “Você cuida mais dos seus pobres do que da sua família!”. Certa vez, mamãe chamou a minha irmã, Maria: “Minha filha, o seu pai tem outra mulher”. Maria disse: “Mãe, não é possível!”. Ela disse: “Todas as vezes que começa ameaçar chuva, seu pai pega a bicicleta e volta bem depois de passar a chuva”. Minha irmã começou a observar e viu que era verdade. Ficou aquela grande interrogação. Papai faleceu muito cedo, aos 63 anos. Na missa de sétimo dia, muita gente veio cumprimentar e nós vimos a minha mãe chorando demais. As pessoas pensavam que ela chorava por causa dos cumprimentos e lembranças do meu pai, mas minha mãe percebeu a realidade: a Igreja estava cheia de pobres de quem meu pai cuidava. As pessoas diziam: “Dona Jozefa, eu agradeço muito, porque o senhor Sérgio, todas as vezes que ameaçava chuva, ele vinha para a minha casa para arrumar o telhado, porque prometeu consertar e não tinha conseguido ainda, daí ele colocava plástico e dava um jeito, depois arrumava o telhado. Minha mãe entendeu o que tinha acontecido. Não era outra mulher, mas os muitos pobres da Conferência Vicentina que ele atendia com todo o coração. Você imagina o arrependimento da minha mãe. As evidências

eram grandes, e meu pai não dizia nada, mas viveu o Evangelho: “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente” (Mateus 6,3-4). Jesus deu ao amor o nome de caridade, pois vem do poder do Espírito Santo; é um dom, um presente. O Senhor quer nos batizar nesse amor, para que a nossa sensibilidade tire de dentro de nós o amor verdadeiro. Um amor que é doação, serviço e entrega; amor que, muitas vezes, é sacrifício, é esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Quaresma é tempo de voltar para Deus de todo coração. É um tempo privilegiado de penitência, de conversão, em que o Pai está de braços abertos esperando cada um dos seus filhos. Penitência que não é só mortificação, nos abstermos dos alimentos, mas, acima de tudo, do pecado; buscar uma vida mais santa. Jesus nos ensina que não há outra maneira de vencermos senão com oração e jejum. Por isso, nesta Quaresma, escolhamos uma boa penitência e intensifiquemos nossa vida de oração. Usemos dessas armas neste tempo santo. MonsenHoR jonAs Abib Fundador da Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com www.twitter.com/padrejonasabib Revista Canção nova MARÇO 2017

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Palavra da igreja

As vidas que Deus nos deu “Deus é um Deus de vivos, não um Deus de mortos” (Lucas 20,38). Para nós, cristãos, Deus é a vida e fonte de todas as vidas. E a vida se expressa de forma maravilhosa, diversificada, a maioria delas invisível aos nossos olhos. Porém, uma parte dela está diante de nós e, no mundo atual, perdemos a capacidade de vê-las, admirá-las, contemplá-las. Santo Agostinho dizia que a natureza é o primeiro livro que Deus escreveu. E João Paulo II já dizia que temos que ter a capacidade de “rastrear as digitais de Deus impressas no Universo.” Por isso, a Igreja Católica que está no Brasil se debruça sobre essa temática em suas Campanhas da Fraternidade desde 1979. A Igreja da América Latina e outros cantos do mundo muito contribuiu para que o Papa Francisco pudesse publicar uma carta como a Laudato Si’. Mais uma vez, em 2017, a Campanha da Fraternidade terá uma temática socioambiental – “Fraternidade: os biomas brasileiros e a defesa da vida”, com o lema: “cultivar e guardar a criação” (Gên 2,15). Quando múltiplas formas de vida convivem num mesmo espaço, sob um mesmo clima, ao mesmo tempo, dizemos que ali está um bioma. “Bio” vem do grego e quer dizer “vida”. “Oma” também vem do grego e quer dizer “grupo, conjunto”. Então, bioma é um conjunto de vidas – animal e vegetal – que interage num mesmo espaço, sob um clima semelhante ao mesmo tempo. Para os movimentos sociais e muitos estudiosos, os seres huRoberto Malvezzi Membro da equipe da CF 2017 Formado em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais Escritor e compositor.

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manos que habitam esses espaços são integrantes essenciais desse bioma. No Brasil, temos oficialmente 6 biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa. Nesses espaços geográficos podemos observar as características acima citadas. Outros estudiosos falam em 7 biomas, incluindo os manguezais da costa brasileira como um específico. Outros falam em até 8, incluindo aí a zona marinha como um bioma brasileiro a mais. Já estudiosos como Aziz Ab’Saber preferiam falar em “domínios morfoclimáticos”, não em biomas. Nesse sentido, incluíam a zona das araucárias como um domínio específico. Essas vidas são uma riqueza, oferecem possibilidade para fármacos, alimentos, beleza, ciclos da água e carbono, uma possibilidade infinita de benefícios para os seres humanos que habitam essa parte da Terra e até de todo o mundo. O Papa Francisco diz claramente ainda que “cada forma de vida, por mais simples que seja, carrega em si mesma uma mensagem” (Laudato Si’). Entretanto, o olhar ganancioso e predador está deletando nossas riquezas naturais e nossos biomas. Pouco resta de cada um, sobretudo Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Destruir os biomas, entretanto, é preparar o túmulo do povo brasileiro. Não temos como estar aqui sem os serviços ambientais que eles nos prestam. Essa é a proposta da Campanha da Fraternidade de 2017. Á luz da fé – esse é o nosso diferencial –, conhecermos melhor nossos biomas, ver a situação que cada um se encontra e nos organizarmos para defender as expressões de vida que o criador nos ofereceu, das quais devemos “cultivar e guardar” (Gên 2,15).

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Palavra em destaque

Um Coração para Amar Fotografia: 96557143/sedmak/iStock by Getty Images

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stamos no Tempo Quaresmal, tempo de convite à conversão rumo à Páscoa. Tempo de graça para nos arrepender de nossos pecados e nos propor mudança de vida, testemunhar Cristo no mundo. Dom Alberto Taveira nos propõe um Retiro Popular para vivência em cinco semanas de oração, partilha e aprofundamento de vida cristã, neste tempo com o tema: “Um coração para amar” como canta Pe. Zezinho: “Um Coração para amar, pra perdoar e sentir Para chorar e sorrir ao me criar tu me deste Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater Ansioso por entender, as coisas que tu disseste... Quero que o meu coração, seja tão cheio de paz Que não se sinta capaz, de sentir ódio e rancor Quero que a minha oração, possa me amadurecer Leve-me a compreender, as consequências do amor Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar Toma, Senhor, que ele é teu, meu coração não é meu.” O Retiro Popular nos leva a rever com a penitência nossa vivência do amor, e da vida em Cristo. É uma proposta para viver como cristão a vocação ao amor a partir do exemplo e da intercessão de Nossa Senhora. No coração de cada um existe um chamado ao amor e o destino à felicidade. Esse retiro da quaresma quer alcançar um número cada vez maior de corações que façam a escolha do amor como caminho para sua realização, pois o amor de Deus foi derramado

em nossos corações. As várias vocações e estados de vida na Igreja encontram, ao olhar para a Virgem Maria, as luzes necessárias para viver sua vocação ao amor. O Retiro Popular é proposto como um roteiro que acompanha a liturgia quaresmal. A cada semana é proposto um tema a ser meditado e vivido dentro do plano da salvação e da esperança cristã. Cada domingo será vivido dentro da Liturgia da Igreja. Domingo é dia de ir à Missa, de preferência com a família. Recordando o que o Papa Francisco tem dito: “Cada domingo, a Palavra de Deus é proclamada na comunidade cristã, para que o dia do Senhor seja iluminado pela luz que emana do mistério pascal. Deus fala-nos ainda hoje como a amigos, ‘convive’ conosco oferecendo-nos a sua companhia e mostrando-nos a senda da vida.” Nos dias de semana, o convite é que, com a luz da Palavra de Deus nos textos que são propostos, cada pessoa reze com a Bíblia. O Retiro oferece Atos de Piedade como Adoração Eucarística, Via-Sacra, Oração do Rosário. O bom desse Retiro é poder partilhar em família e com amigos os frutos que colhemos rumo a Páscoa do Senhor.

Luzia Santiago Cofundadora da Comunidade Canção Nova twitter.com/luziasantiago luziasantiago.cancaonova.com Revista Canção Nova MARÇO 2017

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Administração e vida

Valei-me São José! José era um homem justo. Deus não tirou São José da sua realidade para que se tornasse o pai de Jesus, e sim, usou da sua vida para torná-lo o pai do Filho dEle. Ou seja, no cotidiano da vida, São José transformou o que era ordinário em extraordinário, e isso fez dele um homem santo. Se você está no início da caminhada Cristã, tem dificuldade de rezar ou até mesmo de perseverar na vida em Deus, peça a intercessão de São José e ele lhe ajudará a ser mais de Deus e a perseverar nesta caminhada de fé. Tem uma jaculatória que gosto muito e vou te ensinar: “Meu Glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações o anjo não vos valeu? Valei-me São José.” Que esta oração o ajude a continuar em frente! Meus queridos, aproveito também para, neste mês de março, como sempre fazemos, fazer a nossa Prestação de Contas das campanhas que realizamos em 2016. Como vocês vivenciaram conosco o ano inteiro, não conseguimos fechar a campanha em nenhum dos meses, mas continuamos na luta e não desanimamos jamais! sti lor E ma

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Wellington Silva Jardim Cofundador da Comunidade Canção Nova www.twitter.com/etocn eto.cancaonova.com

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Prezados, a Paz! Na minha caminhada na Igreja, sempre encontro pessoas que têm o imenso desejo de santidade, e a trata como se fosse algo inalcançável. As justificativas são diversas: desde a falta de paciência no trânsito até fortes brigas com parentes próximos, e elas explicam que a vida fora dos muros da Igreja não favorece à santidade. Meus queridos, sempre enfrentamos e nos deparamos com desafios no decorrer da vida. A dificuldade de educar os filhos, de pagar as contas do mês, de cuidar bem da saúde, de ter paciência com o próximo, tudo isso faz parte da nossa vida, e até mesmo nós, missionários, passamos por isso, mas precisamos entender que essas lutas são a matéria-prima de Deus para a nossa santificação. Tenho um santo de devoção que me faz lembrar que é possível a santidade nas coisas que fazemos, este santo é São José. Ele foi um homem simples, honesto, trabalhador, acredito que tenha sido um ótimo filho, um homem pobre, que precisava trabalhar duro para ganhar o seu sustento, mas nele havia algo especial:

Que Deus em sua infinita bondade nos ajude e nos guie sempre em nossa missão e que São José, o pai adotivo de Jesus, interceda por nós no céu. Amém!

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A bÍbliA Foi esCRitA PARA voCÊ

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base de nossa fé é a certeza de que Deus nos ama. Os escritos joaninos nos lembram constantemente desta realidade ao dizer que “Deus amou tanto o mundo que deu seu filho único, para que todo o que nele crer não pereça” (Jo 3,16); “Deus é amor” (1Jo 4,8). Paulo segue a mesma linha, quando diz que somos filhos amados de Deus e a prova é que o Espírito de Deus habita em nós” (Gl 4,6). A consequência disto é a inspiração e nosso agir com os outros já que também eles são amados de Deus. Por isso, Jesus nos deixa o novo mandamento de amar-nos uns aos outros como Ele nos amou (Jo 13,34-35). Amor é uma das palavras mais difíceis de conceituar em nosso mundo. A necessidade ou a conveniência foram gerando diversos significados para esta palavra, a meu ver, todos eles com certo teor de verdade, mas necessitados de contextualização. Minha intenção, no momento, não é de trabalhar os contextos do amor e sim as diferentes faces do amor de Deus. Deus nos ama com sua capacidade infinita de amar, não sabe amar menos, toma a iniciativa sempre. No entanto, a vida humana se desenvolve num complexo ambiente com fases diferenciadas, momentos próprios e, por isso, a nossa necessidade de amor é alterada também. Uma criança, por exemplo, não pode ser amada com um amor de homem-mulher, isso não atende sua necessidade e ainda poderia provocar deficiências em seu amadurecimento interior, e Deus sabe disso. Deus ama a todos igualmente, mas não nos ama com um amor genérico e, por isso, descompromissado com identidade da pessoa. Seu amor vai se configurando à necessidade de cada um. Quase podemos dizer que por amar pessoalmente cada um, Deus ama de forma diferente, em estilo, e igual em intensidade, um amor pessoal e único em sua expressão. A cada momento somos amados da forma adequada e diferenciada.

Exatamente por sermos reflexos do amor de Deus, nós também não amamos a todos do mesmo jeito. Se assim o fizéssemos, seríamos injustos, porque o amor de verdade deve tocar a individualidade de cada um, amar do jeito certo, um amor criativo, que transborda numa forma individual e única buscando ser fecundo na vida de cada pessoa. Pensar que sejamos capazes de amar a todos de forma igual é um erro, porque isso não é possível. Tendo isso em mente, evitaremos de ser acometidos pela sensação de sermos pouco amados pelos outros, que as vezes é fruto da expectativa errada do tipo de amor que podemos receber daquela pessoa. Para compreender o amor divino podemos observar as imagens dele existentes no amor humano, um exemplo fácil é o de uma mãe, com a mesma intensidade de amor ela ama de uma forma os seus pais, de outra o seu esposo, de outra os seus filhos e de outra os seus amigos. Será que o que muda é a intensidade do amor? Não, o que muda é o estilo dele, suas características e não sua profundidade. O amor, na forma e na dose certa, é como um medicamento, um fortificante ou uma vitamina, não é ele quem leva ao desenvolvimento, mas é ele que garante que o processo da vida não sofrerá atrofias ou danos permanentes. Nossa identidade surge a partir do estilo de amor que recebemos. Descobrimos-nos filhos a partir do amor de pai e mãe, nos descobrimos irmãos a partir do amor de nossos irmãos. É o amor que abre nossos olhos à nossa própria identidade, é ele quem dá a sobriedade de vida e nos faz amar e gostar de nós mesmos, desejando sempre ser melhor. Por isso, “Deus é amor” (1Jo 4,8). Padre Antônio Xavier Comunidade Canção Nova

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MAtéRiA esPeCiAl

A globalização da indiferença... e os sinais de esperança Onde está teu irmão...imagem e semelhança de Deus? Nós nos habituamos ao sofrimento do outro...

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ste mosaico de ideias são tiradas primeiramente do livro do Gênesis (4,9), da pergunta que Deus faz a Caim: “Onde está o teu irmão?” e também dos questionamentos e afirmações do Papa Francisco. Apesar da expressão “A globalização da indiferença” estar na mensagem da Quaresma de 2015, ainda hoje é muito atual. No apelo dos líderes religiosos neste Natal na Terra Santa voltou a pergunta crucial: “Onde está o teu irmão?” Por que tanta indiferença ao sofrimento de milhões de pessoas abandonadas nas áreas de conflito? “Nós nos habituamos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é problema nosso... esse é um dos mais graves problemas contemporâneos”, afirma o papa Francisco.

grupos extremistas. Em 4 anos de guerra, quase metade da população da Síria, que é de 23 milhões de habitantes, teve que se deslocar. O auxílio das Nações Unidas, que era modesto, foi desaparecendo, deixando contingentes humanos à própria sorte. Trata-se de uma das maiores crises humanitárias da história, tratada com alarde, no início, e com crescente indiferença na medida em que a violência só faz aumentar. Milhares de pessoas abandonam suas casas, suas rotinas, suas vidas; perdem familiares pelo caminho, na longa estrada em busca de um refúgio. As fotos e imagens que chegaram até nós através dos meios de comunicação são muito tristes, como a do menino coberto de poeira e sangue numa ambulância na Síria, após um bombardeio, ou ainda o

Com certeza, as imagens mais tristes do ano de 2016 são as dos refugiados. No Iraque, mais de um milhão fugiu do conflito e do terror impostos pelos

corpo de um outro menino na praia após o naufrágio. Imagens que chocam, mas, logo são esquecidas.

Do meio dos escombros surgem sinais de esperança como a do pároco de Aleppo. Sim, em meio a essa grande catástrofe humanitária estão homens e mulheres de fé, que enfrentam todo risco para estar ao lado de uma população totalmente abandonada pela indiferença. “Um pastor não abandona o seu rebanho”, são palavras de frei Ibraim Alsabagh, pároco de Alepo, que juntamente com outros freis pediu para continuar com a população em meio aos bombardeios. No período mais crítico, Dom Pierbattista Pizzaballa, que era o Custódio da Terra Santa, pediu que os freis o ajudassem a decidir se deveriam continuar ou não nas áreas de risco. Todos expressaram claramente a opinião

de que era necessário permanecer, sem ter em conta o número de paroquianos e apesar do perigo. “A Custódia nunca abandonou os lugares e a população

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que a Igreja lhe confiou. Um pastor não pergunta se suas ovelhas valem muito ou pouco, se são numerosos ou não. A nossa missão, não é conduzida por estratégias de sucesso. Permanecer nos Lugares Santos, servir na paróquia, ou quaisquer outros serviços devem ser um constante testemunhar o amor a Jesus Cristo áquele a quem pertencemos. Deixar as aldeias agora significaria não dar continuidade a esta missão. Continuar significa colocar acima dos critérios humanos a liberdade e a gratuidade do testemunho cristão, que hoje nos é pedido”. São as palavras conclusivas do Custódio da Terra Santa. O verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano... Certamente 2016 não foi um ano pacífico mas, estamos apenas começando um novo ano. E na mensagem para a Jornada Mundial da paz o Papa Francisco vai além fronteiras... ele fala diretamente com cada homem em uma mensagem que supera os limites geográficos e religiosos e faz um forte apelo: “Que 2017 seja o ano da não violência como estilo de uma política de paz...Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não violência tornarse o estilo característico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos,

das nossas ações, da política em todas as suas formas. O Papa faz ainda um forte apelo para que reconheçamos em cada pessoa a imagem e semelhança de

Deus, que possamos nos ver como dons sagrados com uma dignidade imensa... e que façamos da não violência ativa o nosso estilo de vida.

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+ vidA

Dietas da Moda funcionam? o começo podem até funcionar, mas ninguém consegue ficar a vida toda de dieta e, portanto, ao longo do tempo todas as pessoas voltam a engordar e o que é pior, um pouco mais. Toda vez que seu corpo perde peso rapidamente acende um “alerta” no seu cérebro avisando que você está em perigo! Todos os mecanismos de sobrevivência que temos não mudaram muito da época do homem paleolítico, aquele homem das cavernas. Vamos voltar no tempo e analisar como era a alimentação dele? Extremamente restritiva, pois dependia do que encontraria quando se arriscasse a sair da caverna. Esse homem não comia todos os dias e quanto menos comia, mais o seu metabolismo diminuía para mantêlo vivo, até a próxima refeição. Uma das estratégias de sobrevivência do nosso corpo é estocar tudo que pode na forma de gordura. A gordura foi tão nobre na história da evolução que nosso corpo faz de tudo para não perdê-la. Por isso é tão difícil eliminá-la e não será fazendo dietas, muitas vezes praticamente isentas de nutrientes, que fará você emagrecer. Quem já leu meu livro Tudo Posso, Mas Nem Tudo Me Convém (Ed. Loyola) sabe que a eliminação dessa gordura que é tão incômoda e nociva ao corpo deve ser feita através dessa nova abordagem: tratar a obesidade como uma doença inflamatória. Eu não acredito em dietas, mas acredito na educação alimentar. O que mais vejo no consultório são pacientes que nem sabem, muitas vezes, como quebrar um ovo, pois a realidade é que ninguém quer “perder tempo” cozinhando. Costumo alertar que se você não encontra tempo para cuidar da sua saúde hoje através de uma alimentação adequada e equilibrada, gastará muito mais tempo e dinheiro para cuidar da doença no futuro. Nesse mundo imediatista, todos querem tudo pronto e se possível quase digerido, pois quando pergunto se o pa-

ciente mastiga pelo menos 30 vezes antes de engolir ele responde: Impossível, pois aquele pão ou macarrão já se dissolveu inteiramente na oitava vez que mastiguei. É isso mesmo, estamos num mundo de facilidades com produtos alimentícios cada vez mais refinados e sem nutrientes, nos levando a querê-los cada vez mais. Chega ao ponto de se parecer com um vício, pois o acréscimo de certos aditivos alimentares faz ativar em nosso cérebro, os mesmos receptores de prazer como se a pessoa tivesse usado uma droga. Se queremos sobreviver a essa pandemia de obesidade, precisamos voltar a cozinhar como no tempo das nossas avós. Por isso, insisto tanto no programa “Mais Saúde”, na rádio e na TV, para voltarmos a comer comida de verdade. Esse é o tema do livro que escrevi de forma atrativa, para que todos queiram passar pelo Desafio do Bem – 30 dias. Faça um balanço, agora que você está terminando de ler este artigo. Como está sua alimentação? Como você está cuidando do Templo do Espírito Santo? Carro você troca, casa também, mas o corpo é seu bem mais precioso. Quando o Senhor nos perguntar, no final da nossa jornada, o que fizemos com esse “talento”... quanto você irá devolver? Já pensou nisso?

dRA giselA sAvioli Nutricionista clínica, escritora blog.cancaonova/maissaude twitter.com/giselasavioli www.giselasavioli.com.br Revista Canção nova MARÇO 2017

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eM Meio À AgRessão, AMoR de CoRAção, AMoR CoM PACiÊnCiA, AMoR CoM deCisão. estaremos evangelizando com as nossas atitudes. Esse amor é um amor que nos faz adentrar cada vez mais no mistério oblativo de Jesus, eu amo sem segundas intenções, sem querer receber nada em troca, eu amo verdadeiramente pelo simples fato que eu fui feito para amar. Que a partir do dia de hoje, possamos olhar para cada pessoa que passe ao nosso lado, com a capacidade de a contemplarmos como nossa irmã (o), pois somos filhos do mesmo Pai, e por isso devemos amar, respeitar e caminhar unidos no mesmo objetivo de um dia nos encontrarmos todos reunidos em família com o Pai Divino, que está nos Céus! Deus nos abençoe muito e nos dê força na caminhada do Amor! Amar a cada instante, amar a todo momento, amar sem interesse, amar a todo tempo, Amar mesmo sofrido, amor de união, amar sem ter medo, amor de oblação, Em meio à rejeição, amor de doação, amor que um dia foi lindo, amor como oração. (Extraído do livro “Refletindo em Deus”).

Shahir Rahemare

omeço esta pequena partilha com um verso deste livro que escrevi, para falar com você sobre discriminação racial. Pode ser que de imediato te venha à cabeça: “ah nessa área eu vivo bem, não tenho problema nenhum...” Mas, e se eu disser que discriminação racial não se baseia somente em racismo, mas também no sofrimento de todos aqueles que se sentem inferiorizados, ou discriminados por pessoas que se acham melhores e, por isso, começam a desmerecer as outras. Precisamos compreender que se eu gosto de ser amado, meu próximo, aquele que nem mesmo conheço, também nutre dentro de si o mesmo desejo. Todos gostamos de ser amados, mas para todos se sentirem desse jeito então todos têm que amar uns ao outros e, para isso, basta cumprirmos o mandamento que o Senhor nos pede, de amarmos o nosso próximo como a nós mesmos. Desafiante sempre vai ser, mas precisamos respeitar os outros nas suas diferenças, se também queremos ser respeitados e, para isso, basta não esquecermos que as diferenças não são barreiras e sim riquezas! Eu já tive momentos de sofrimentos nesse sentido, e em meio a tudo tudo isso, qual foi a minha resposta, e qual deve ser a sua? O ódio e a raiva, nos fazem dar respostas totalmente iguais àquelas que não gostamos de receber. Então, a única cura para a discriminação racial é o amor, é o amor que Jesus nos ensinou de dar a outra face, esse amor que deixa os outros constrangidos, e além de permanecermos em Deus também

Refletindo em Deus

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sHAHiR RAHeMAne Comunidade Canção Nova

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25/03 - diA dA Constituição

odo país democrático tem a sua Lei Maior, a Constituição, que todos devem obedecer. É a base do poder democrático, que é firmado no poder do povo. Para fazer cumprir a Constituição, e manter a ordem no país, temos as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). O Supremo Tribunal Federal – hoje formado por 11 juristas, indicados pelo Presidente da República e aprovado pelo Congresso – define em última instância, se alguma ação é ou não constitucional. Todo católico é obrigado a obedecer a Constituição, mais até que os não católicos, porque ele sabe que “toda autoridade vem de Deus”, como Jesus disse a Pilatos. Dom Bosco dizia que queria fazer dos jovens “bons cristãos e honestos cidadãos”, cumpridores das leis. Jesus deixou como que uma “Constituição do Reino de Deus”; é o que os teólogos chamam o Sermão da Montanha (capítulos 5,6 e 7) de São Mateus, um resumo da doutrina cristã. A diferença é que esta Constituição do Reino é baixada por Deus; porque a salvação vem do céu. A Constituição dos países vem do povo, de onde emana todo o poder, e em cujo nome é exercido. A Igreja tem também a sua Constituição, o “Código de Direito Canônico”, que rege toda a sua vida, do clero e dos fiéis, tanto na vida espiritual como na disciplina eclesiástica. É bom saber que a Constituição do Brasil, foi homologada em 1988, “sob a proteção de Deus”, e assim, afirma que nosso povo é religioso, e não pode ser impedido de viver a sua fé em Deus. O laicismo antirreligioso é inconstitucional.

O Art. 5º diz que: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” Nossa Constituição prescreve, entre outras coisas, que nossos valores se baseiam na “independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não-intervenção; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político” (Art. 4). O Art. 5º prevê coisas importantes, por exemplo: “a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política; a casa é asilo inviolável do indivíduo, é garantido o direito de propriedade; é garantido o direito de herança. Por tudo isso, e muito mais, é importante conhecer a Constituição.

PRoF. FeliPe Aquino Escritor e apresentador da TV Canção Nova blog.cancaonova.com/felipeaquino

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testeMunHo dAtA dia 01 quarta-feira

Jl 2,12-18

Sl 50 (51), 3-4. 5-6a. 12-13. 14.17 (R.Cf.3a)

dia 02 quinta-feira

Dt 30,15-20

Sl 1, 1-2. 3. 4.6 (R. Sl 39,5a)

Lc 9,22-25

dia 03 sexta-feira

Is 58,1-9a

Sl 50, 3-4. 5-6a. 18-19 (R. 19b)

Mt 9,14-15

dia 04 sábado

Is 58,9b-14

Sl 85, 1-2. 3-4. 5-6 (R. 11a)

Gn 2,7-9; 3,1-7

Sl 50,3-4.5-6a.12-13.14.17 (R.Cf.3a)

Lv 19,1-2.11-18

Sl 18, 8. 9. 10. 15 (R. Jo 6,63c)

Mt 25,31-46

Is 55,10-11

Sl 33, 4-5. 6-7. 16-17. 18-19 (R. 18b)

Mt 6,7-15

dia 08 quarta-feira

Jn 3,1-10

Sl 50, 3-4, 12-13. 18-19 (R. 19b)

Lc 11,29-32

dia 09 quinta-feira

Est 4,17n.p-r. aa-bb.gg-hh

Sl 137, 1-2a. 2bc-3. 7c-8 (R. 3a)

Mt 7,7-12

dia 10 sexta-feira

Ez 18,21-28

Sl 129, 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 (R. 3)

Mt 5,20-26

dia 11 sábado

Dt 26, 16-19

Sl 118, 1-2. 4-5. 7-8 (R. 1b)

Mt 5,43-48

dia 12 domingo

Gn 12,1-4a

Sl 32,4-5.18-19.20 e 22 (R. Cf. 22)

dia 13 segunda-feira

Dn 9, 4b-10

Sl 78, 8. 9. 11. 13 (R. 102,10a)

Lc 6,36-38

dia 14 terça-feira

Is 1,10.16-20

Sl 49, 8-9. 16bc-17. 21.23 (R. 23b)

Mt 23,1-12

dia 15 quarta-feira

Jr 18,18-20

Sl 30,5-6.14.15-16 (R. 17b)

Mt 20,17-28

dia 16 quinta-feira

Jr 17,5-10

Sl 1,1-2.3.4.6 (R. Sl 39,5a)

Lc 16,19-31

dia 17 sexta-feira

Gn 37, 3-4.12-13a.17b-28

Sl 104, 16-17.18-19.20-21 (R. 5a)

Mt 21,3343.45-46

dia 18 sábado

Mq 7,14-15.1820

Sl 102, 1-2. 3-4. 9-10. 11-12 (R. 8a)

Lc 15,1-3.1132

Ex 17,3-7

dia 07 terça-feira

dia 19 domingo

Lc 5,27-32 Rm 5,1219

Mt 4,1-11

2Tm 1,8b-10

Mt 17,1-9

Sl 94,1-2.6-7.8-9 (R. 8)

Rm 5,1-2.5-8

Jo 4,5-42

2Sm 7,4-5a.1214a.16

Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)

Rm 4,13.1618.22

Mt 1,16.1821.24a

Dn 3,25.34-43

Sl 24, 4bc-5ab. 6-7. 8-9 (R. 6a)

Mt 18,21-35

dia 22 quarta-feira

Dt 4,1.5-9

Sl 147, 12-13. 15-16. 19-20 (R. 12a)

Mt 5,17-19

dia 23 quinta-feira

Jr 7,23-28

Sl 94, 1-2. 6-7. 8-9 (R. 8)

Lc 11,14-23

Os 14,2-10

Sl 80, 6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14.17 (R. Cf. 11.9a)

Mc 12,28b-34

dia 25 sábado

Is 7,10-14; 8,10

Sl 39(40),7-8a.8b-9.10,11 (R. 8a.9a)

Hb 10,4-10

Lc 1,26-38

dia 26 domingo

1Sm 16,1b.67.10-13a

Sl 22,1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)

Ef 5,8-14

Jo 9,1-41

Is 65,17-21

Sl 29, 2.4. 5-6. 11.12a.13b (R.2a)

Jo 4,43-54

Ez 47,1-9.12

Sl 45, 2-3. 5-6. 8-9 (R. 8)

Jo 5,1-16

dia 29 quarta-feira

Is 49,8-15

Sl 144, 8-9. 13cd-14. 17-18 (R. 8a)

Jo 5,17-30

dia 30 quinta-feira

Ex 32,7-14

Sl 105, 19-20. 21-22. 23 (R. 4a)

Jo 5,31-47

Sb 2,1a.12-22

Sl 33, 17-18. 19-20. 2l.23 (R. 19a)

Jo 7,12.10.25-30

dia 20 segunda-feira dia 21 terça-feira

dia 24 sexta-feira

dia 27 segunda-feira dia 28 terça-feira

dia 31 sexta-feira

1ª leitura

2ª leitura

Salmo

Evangelho

Festas em memória da bem - Aventurada virgem Maria e santos Anjos

dia 06 segunda-feira

Mt 6,1-6.1618

Mártires da igreja

dia 05 domingo

2Cor 5,206,2

Ofícios e Missas do Tempo Comum

Desde criança, sempre fui fascinada pelas narrativas bíblicas e imaginava como seriam os cenários daquelas histórias. O que nunca pensei foi em um dia morar na terra de acontecimentos tão sagrados e que ainda parecem tão vivos. Como missionária da Canção Nova, fui enviada à Terra Santa em 2015. Morava em Jerusalém, cidade encantadora e cheia de contrastes, rica de histórias, belezas, raças e culturas. Para mim, como jornalista, foi um grande desafio anunciar o Evangelho em um lugar onde a população cristã não chega a 2%. E, o que é pior, muitos têm deixado a própria terra em busca de uma vida mais tranquila no exterior. Os que ali permanecem vivem provas de resistência. As escolas cristãs, por exemplo, lutam para receber do governo os investimentos prometidos, que nem a greve conseguiu. A liberdade de circulação é outro sonho. O muro que separa Israel e Palestina limita muitos cristãos árabes de irem a Jerusalém ou cidades de Israel. Lembrome de um senhor de Belém, que lamentava só ter ido à Cidade Santa quatro vezes em toda a sua vida. Às vezes a dificuldade se apresenta como violência verbal. Uma mãe me contou que a filha ouvia da coleguinha muçulmana que, por ela ser cristã, não iria para o céu. Recordo ainda de uma procissão na Cidade Velha, quando judeus tentaram invadir a multidão com bicicletas e motos, obrigando os cristãos a abrirem caminho. Ressalto que essas atitudes não representam os princípios das religiões judaica e muçulmana. Porém, a graça que existe naquela terra, santificada pela presença de Nosso Senhor supera qualquer hostilidade. Como “profissional de Deus”, me senti privilegiada em poder noticiar dos lugares mais importantes para a nossa fé, de onde saiu para o mundo a melhor de todas as notícias. Sem dúvida, foi a experiência mais rica de toda a minha vida. Posso dizer que hoje a Terra Santa não é mais uma imaginação de criança, é um território real, que alargou as fronteiras do meu coração missionário e criou raízes dentro de mim.

lituRgiA

quaresma e Advento

ser missionária na terra santa

dAtAs esPeCiAis CAtARinA jAtobÁ Comunidade Canção Nova

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03/03 – Dia Mundial da Oração 08/03 – Dia da Mulher 08/03 - São João de Deus 19/03 - São José 19/03 – Dia do Carpinteiro

21/03 – Dia Internacional da Descriminação Racial 21/03 – Dia Internacional da Síndrome de Down 22/03 – Dia Mundial da Água 25/03 – Dia da Constituição

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quaresma e Advento

Ofícios e Missas do Tempo Comum Mártires da igreja

Festas em memória da bem - Aventurada virgem Maria e santos Anjos


Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, o anjo não vos valeu? Valei-me São José! São José, rogai por nós!

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Fotografia: Andréia Britta

São José

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