Revista Canção Nova de Agosto de 2013

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r e v i s t a

Ano XII - Nº 152 - Agosto de 2013 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador

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ISSN 1806-1494

vêao além. palavra do fundador: Deus Seja fiel que Deus lhe pede.

como vai?

A família REVISTAAGOSTO2013alteracao.indd 1

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A Faculdade Canção Nova promoveu a 2ª Jornada de Comunicação, com o tema “Humildade: Caminho para Aprendizagem”. principal objetivo ampliar e atualizar o conhecimento dos alunos em: Produção e reportagem em TV regional, Cobertura de eventos

Presenças de Bruno Pellegrine repórter da TV Vanguarda (Rede Globo), advogados e jornalistas da Fundação João Paulo II, Isabelli Cristini, Marcelo Chaves e Tiba da TV Canção Nova e Professores da Faculdade Canção Nova.

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carta ao leitor

EXEMPLOS

Fundador da Comunidade Canção Nova: Monsenhor Jonas Abib Presidente da FJPII: Wellington Silva Jardim Diretor Executivo da FJPII: filipe Jardim Jornalista Responsável: Osvaldo Luiz/MTB 23094 Coordenação: Thaís Brant da Silva Ramos Assistente de Coordenação: Vanessa Goto e Joel Prado Produção e Assessoria: Arieli Prado, Mariana Nepomuceno e DOUGLAS STALONE Revisão Ortográfica: Dyrce araújo Direção de Arte: SETOR DE DESIGN Projeto Gráfico e Diagramação: MARIANA BUENO Designers: Mariana bueno, LARISSA RAMOS, ARTUR SANTONI E TIAGO PALMEIRA Capa: CAMILA MOURA Foto: Andréia Britta

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Nossas Contas

Expediente

“As palavras comovem, mas os exemplos arrastam”... Monsenhor Jonas Abib conta como seu pai foi se aproximando de Deus e ensina: “nós trazemos a graça da ressurreição para nossas famílias quando fazemos a vontade de Deus”. Luzia Santiago revela a importância em sua vida de três padres: Alísio, João e Jonas. Sacerdotes que dedicaram suas vidas aos outros, ao serviço. Já Déia, no Ação Jovem, ao relatar seu encontro com Deus, aponta para a essência da vocação: “uma resposta amorosa àquele que nos amou primeiro”. O jornalismo, para se aproximar da verdade, também se baseia no testemunho... Assim, nosso articulista central deste mês, Rodrigo Luiz, reflete sobre a família como uma “escola de amor”, com depoimentos do Papa Francisco, de Dom João Carlos Petrini - presidente da Comissão para a Família da CNBB, do Psicólogo Élison Santos e do Casal Missionário Marcelo e Andréia. Márcia Corrêa, na seção Educando, partilha conosco sobre um desafio atual: educar os filhos a fazer um bom uso da internet. Um decálogo distribuído no último Encontro Mundial das Famílias pode ser bastante útil. E a nutricionista Gisela Savioli, no + Vida, fala sobre os perigos de “inocentes” chazinhos...

Duas matérias apontam para o bom uso do dinheiro. Padre Fabrício, a partir do evangelho de Lucas 12, 13-21, chama a atenção contra “a avareza, onde se deposita toda a segurança e confiança na abundância dos bens”. Wellington Silva Jardim, a partir dos sétimo e décimo mandamentos, alerta que “as riquezas, muitas vezes, são grandes obstáculos à salvação pelo mau uso que delas se faz, escravizando os seus possuidores”. Por fim, deixa eu lhe contar uma coisa... Que maravilha esse artigo de Dom Benedito Beni: Comunhão em vista da Missão! Vale a pena ler a terceira parte e depois retomar as das edições anteriores (julho e junho). Ah, e tem ainda o artigo do professor Felipe Aquino sobre as imagens dos santos. Para afastar de vez qualquer dúvida a respeito. Desejo que esta Revista Canção Nova lhe faça bem, como fez para mim. Se quiser, partilhe conosco suas opiniões (revista@cancaonova.com). E boa leitura! osvaldo luiz Jornalista Responsável www.twitter.com/osvaldoluiz_

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testemunho “Minha família foi restaurada pela força do Senhor ” Os problemas no relacionamento entre Rose Aparecida Ferreira e o marido Sérgio, ambos de Camboriú, SC, começaram logo nos primeiros dias de casados: “Fui morar com meu marido numa terça-feira e na quarta ele já chegou em casa bêbado. A partir daí, todos os dias, ele voltava do trabalho embriagado. Decepcionei-me profundamente, sofri calada por muitos anos”. Apesar do nascimento da primeira filha do casal, a situação não mudou e, após anos de decepções, Rose toma uma atitude radical: “Não aguentava mais ficar em casa esperando pelo meu marido. Decidi que eu também sairia para a balada. Comecei a beber e frequentar festas. Caí na noite”. A gravidez da segunda filha do casal, porém, mudou o rumo dessa história: “Fui obrigada a parar de sair porque estando grávida não podia mais beber. Fiquei muito chateada, não queria outro filho do Sérgio. O que eu não sabia era que, através daquela filha, Deus transformaria nossas vidas”. Desorientada, Rose decidiu procurar a igreja e, através de uma amiga, começa assistir à TV Canção Nova. “Nem sabia que esse canal existia, mas liguei exatamente durante uma palestra do Monsenhor Jonas. As palavras dele foram todas sobre restauração e eu sabia que era comigo que ele falava”. As orações de Monsenhor ainda a encorajaram a ir a um retiro espiritual: “Lá tive meu encontro pessoal com Cristo. Fui restaurada e minha família também. Hoje sou uma serva no grupo de oração, meu marido parou de beber e vai à igreja comigo, minha filha mais velha já é catequista e Deus habita em minha casa todos os dias através da Canção Nova”. Testemunho enviado por Rose Aparecida Ferreira e editado pela jornalista da TV Canção Nova Carolina Carvalho

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palavra do fundador

Foto: Andréia Britta

Pela graça de Deus, tive um verdadeiro pai. Ponho aqui toda a força da palavra ‘Verdadeiro’. Meu pai não era um homem sem falhas, fragilidades e erros. Não. Mas foi sempre um verdadeiro pai. Era muito bom, trabalhador, honesto e temente a Deus, mas não tinha prática religiosa. Tanto é assim que, quando fiz a primeira comunhão, meu pai não foi e eu não estranhei. Mas Deus tem seus caminhos para nos chamar de volta. Foi exatamente isso que aconteceu com meu pai no dia em que foi me levar ao Seminário Salesiano em Lavrinhas (SP), em 3 de setembro de 1949. Naquela época, eu tinha apenas 12 anos e viajamos o dia inteiro. Saímos às 5 horas da manhã e fomos chegar à tarde na cidade. Ele ficou comigo o restante do dia. Na manhã seguinte, tivemos missa no seminário e meu pai participou. Eram poucas pessoas na igreja e fiquei atento para sua expressão de fé, na fila da eucaristia. Senti uma imensa felicidade ao ver meu pai ir comungar. Parecia ser um gesto de assentimento à minha vocação sacerdotal. Meu pai, homem simples, digno, um exemplo de luta, de dedicação, estava ali, aprovando mais uma vez minha decisão de entregar a vida e essa linda causa de ser sacerdote do Senhor. Depois da missa, estava curioso para saber o que o tinha levado à mesa da comunhão naquela manhã de domingo. Nem precisei perguntar, ele foi logo dizendo: “Meu filho, entre uma missa e outra, fui à igreja vi que tinha padre lá, para confessar e me confessei. Fiz uma boa confissão e já comunguei nesta missa”. Eu tinha

Seja fiel ao que Deus lhe pede visto e foi lindo. Daquele dia em diante, papai nunca mais perdeu a missa. Pelo contrário, quem movia a família toda em casa era ele. Como pedreiro, ajudou a construir a igreja da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo-SP, cuja padroeira é Nossa Senhora das Graças. Tudo isso aconteceu porque tive a graça de deixar minha casa, minha família. Não foi fácil para mim e nem para eles. Mas sou testemunha de que Jesus veio e ocupou o meu lugar. Ele começou trazendo meu pai de volta para a Igreja. Nós trazemos a graça da ressurreição para nossas famílias quando fazemos a vontade de Deus, por mais difícil que seja. As vocações são diferentes: uns saem para seguir o chamado de Deus. Outros ficam para realizar a missão que Deus lhes confia. Minha vocação foi sair de casa para enfrentar o seminário e hoje ser padre. Mas se a sua vocação é ficar na sua casa como pai e mãe de família, você precisa realizá-la e bem. O Senhor cumpre Suas promessas. Agradeço por aquilo que Deus fez a partir do meu “sim”. Seja fiel ao que Deus lhe pede, com certeza, Ele também será fiel.

Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova www.twitter.com/padrejonasabib www.padrejonas.com

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Foto: Andréia Britta

palavra da Igreja

O modelo de igreja comunhão integra também a imagem de Povo de Deus. Povo é o contrário de massa, simples aglomerado. O conceito de povo implica organização, participação, realização de um projeto. Embora a Igreja seja uma realidade teologal (imagem da Trindade) e não política, o conceito de povo pode, em diversos aspectos, ser aplicado a ela. Trata-se de uma categoria teológica que exprime a igualdade fundamental: um povo todo ele sacerdotal, profético, carismático, missionário, evangelizador. Os ministérios ordenados e não ordenados, os serviços e, até mesmo, a vida consagrada são atividades destinadas à vida do Povo de Deus. Comunhão significa também que a Igreja deve ser um espaço onde seja possível desenvolver relações intersubjetivas como proximidade, conhecimento mútuo, amizade, fraternidade, luta em comum. Mas para que essa comunidade seja eclesial, é necessária a vida de fé, a vida sacramental e orante, a atividade missionária. No modelo de Igreja comunhão, os cristãos leigos, cujo ser eclesial se fundamenta no batismo e na confirmação e, de modo complementar, no sacramento do matrimônio, são sujeitos e não meros destinatários da atividade evangelizadora da Igreja. Mesmo onde não é possível a presença permanente e direta do bispo e do presbítero, deve haver uma vida eclesial, sobretudo orante e evangelizadora, coordenada pelos ministérios não ordenados. A Igreja comunhão, porque missionária, deve ser militante e profética. Deve desenvolver determinadas práticas a fim de que a Boa Nova, que é o anúncio do Evangelho, se torne boa realidade sobretudo para os pobres. Deve procurar, a partir do anúncio da Palavra de Deus, denunciar o pecado e suas consequências no plano individual e social e, ao mesmo tempo, indicar o caminho da conversão. 06

Comunhão em vista da Missão Última Parte

A Igreja comunhão tem também uma dimensão ecumênica. Dimensão que é exigência da missão: que todos sejam um... para que o mundo creia (cf. Jo 17, 21). A Igreja missionária é a comunidade do seguimento de Jesus. A cruz é componente deste seguimento (cf. Mt 16, 24). Mas, no caminho do seguimento, ela não está abandonada às suas próprias forças. Ela é confortada pela presença do Ressuscitado (cf. Mt 18, 19). Ela é o seu corpo visível neste mundo. Ela é assistida pela presença do Espírito. Ela é o seu templo (cf. 1 Cor 6.19), o lugar de sua habitação especial nesta terra. Para se viver a comunhão é necessário fazer da caridade o princípio da vida eclesial. A caridade (ágape) é um termo inventado pelos cristãos. Designa a originalidade do amor cristão: gastar, cada dia, a própria vida para que haja mais vida no mundo. Os destinatários da caridade não são apenas indivíduos. São também grupos sociais, raças e povos inteiros. A caridade tem uma dimensão social, política e, até mesmo, planetária. Envolve ainda a dimensão ecológica: a relação com a terra, com a natureza. Envolve a Igreja e a relação desta com o mundo. Nenhum aspecto da existência escapa ao âmbito da caridade. A caridade, porém, deve sempre estar articulada com a verdade. Caridade e verdade devem se abraçar. “Para a Igreja, a caridade não é apenas uma espécie de atividade de assistência social que se poderá mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável de sua própria essência” (Bento XVI, carta encíclica Deus caritas est, n.25). DOM BENEDITO BENI DOS SANTOS Bispo da diocese de Lorena-SP

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Foto: Wesley Almeida

palavra em destaque

Fomos criados para servir! Neste mês dedicado às vocações, partilho as minhas experiências vividas com alguns padres: fui batizada com um mês de vida, em Virgínia-MG, por Pe. Alísio, que fez o casamento dos meus pais, acompanhou-os como diretor espiritual, e assim ele o fazia com paternal cuidado com toda paróquia. São gratas as lembranças que guardo da minha infância deste padre; muito da minha catequese veio dos seus sermões, especialmente os da Semana Santa e festas da padroeira. Na minha adolescência, quando minha família mudou-se para Lorena, SP, aos treze anos me engajei na “cruzadinha”, na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, cujo pároco era o Pe. João, que se tornou meu confessor. O dinamismo do seu sacerdócio mantinha a paróquia viva. Ele tinha no coração um grande amor pelos fiéis: visitava os paroquianos, os hospitais, os asilos e conhecia todas as pessoas. Era pai e pastor da cidade. Mais tarde tornou-se bispo: Dom João Hipólito de Moraes. Na minha juventude, conheci Padre Jonas Abib. Eu acabara de ficar viúva e ele me acolheu em estado de profunda angústia. Ele trabalhava com a juventude da diocese e região. Incansável no seu ministério, entusiasmado, alegre, piedoso, apaixonado pelos jovens. Pregava retiros para eles e os atendia em confissão até de madrugada. Pregava o Evangelho pelas cidades, e milhares de pessoas foram batizadas no Espírito Santo e despertaram para uma vida cristã fervorosa. A vivência

radical do seu sacerdócio gerou muitos discípulos, e despertou em mim e em outros o desejo de entregar a vida a Cristo. Assim nasceu a Canção Nova. Recordome de que em 83, no dia do seu aniversário, ele fez esta oração: “Obrigado, Senhor, reconheço que não existo para mim mesmo; fui criado para servir. Agradeço porque me conduzistes a assumir na minha ordenação o lema: ‘Feito tudo para todos’, e faz-me entender que a única maneira de servir-TE é servindo aos outros”. Convivo com o Mons. Jonas há quarenta anos. Assim como vi a Palavra de Deus pregada por ele, com unção, causando grande alegria e fé a quem o escutasse, agora o vemos colhendo grandes frutos. Testemunho que a vida destes padres se traduz no que diz o Documento de Aparecida, n.191: “Minha Missa é minha vida, e minha vida é uma Missa prolongada”. Sejamos dóceis ao pedido que o nosso Papa Francisco fez na Missa de Crisma, no dia 28 de março: “Amados fiéis, permanecei unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam sempre pastores segundo o coração de Deus”.

Luzia Santiago Cofundadora da Comunidade Canção Nova www.twitter.com/luziasantiago www.luziasantiago.com

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administração e vida

Caros irmãos (as),

Os bens mal adquiridos são causas de profundos remorsos. Mas quando conseguimos restituir as coisas alheias, reparar os danos causados, pagar as dívidas, nossa consciência fica limpa e a salvação entra em nossa casa. Assim aconteceu com Zaqueu - suas restituições e doações aos pobres tornaram sua consciência mais limpa e, Jesus, vendo o seu gesto, disse: “Hoje entrou a salvação nesta casa”. Lutar para pagar o próximo, devolver os bens a quem roubou é como ouvir no íntimo da consciência a voz de Deus: “Hoje a Salvação entrou nesta alma”. As riquezas, muitas vezes, são grandes obstáculos à salvação pelo mau uso que delas se faz, escravizando os seus possuidores, tornando-os duros, egoístas, sem coração. Cristo não condena as riquezas e sim um coração apegado e escravo do mundo. No passado e ainda hoje, há ricos muito santos! O que o Senhor nos pede é a pobreza em Espírito e que nunca nos esquecemos da

justiça e da caridade. O que nos condena é quando pensamos somente no material e nos esquecemos da alma. O que precisamos mesmo é viver o Deus Proverá, procurando primeiro, em tudo fazer a vontade de Deus e, assim, o Senhor não se esquecerá de providenciar as nossas necessidades. Tenhamos esta certeza! Se cuidarmos das coisas de Deus, Ele cuidará das nossas! Meus queridos irmãos, estamos no mês de agosto e já passamos da metade do ano. Em meio a tantos transtornos, vejamos que até aqui nos ajudou o Senhor! Quero convidar a todos da família Canção Nova para rezarmos uma ave-maria pelas vocações. Rezemos pela nossa amada Renovação Carismática Católica do Brasil, que tantas vocações despertaram para as novas comunidades; rezemos pela vocação da Katia Roldi Zavaris, atual presidente da RCC, para que o Espírito Santo lhe dê forças nesta caminhada de Fé. E, assim, irmãos, quero também pedir que peçam o Espírito Santo para todos aqueles que foram chamados por Deus, que hoje estão à frente de algum grupo ou comunidade. Foto: Andréia Britta

A Palavra de Deus nos ensina sobre os dez mandamentos e tenho rezado com eles ultimamente. O sétimo mandamento “Não roubar” nos proíbe a prática de furtos, a usura, as fraudes em contratos e serviços, enfim, tudo o que causa danos materiais ao próximo. Já o décimo mandamento “Não cobiçar as coisas alheias” proíbe a ambição desregrada das riquezas, sem respeito pelos direitos e bens do próximo. Em Coríntios, Deus nos diz: “Os injustos e ladrões não possuirão o Reino de Deus”.

Deus abençoe,

Wellington Silva Jardim Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador www.twitter.com/etocn blog.cancaonova.com/eto

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Fotos: Andréia Britta

matéria especial

? i a v o m o A família c

“Não, não, mais de um filho não, porque não poderemos viajar de férias, ir a tal lugar ou comprar uma casa… Queremos seguir o Senhor, mas até certo ponto”. Esse trecho de uma das homilias diárias do Papa Francisco foi um puxão de orelhas nos casais cristãos com apenas um filho, por apego a uma vida cômoda. “O bem-estar nos anestesia, despe-nos da coragem forte que nos aproxima de Jesus”, denuncia o Pontífice. O apelo do Santo Padre nos faz questionar novamente: “A família como vai?”. Em 1994, essa pergunta foi lançada aos brasileiros durante a Campanha da Fraternidade promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Quase vinte anos depois, sinais alertam para mudanças familiares. Manchetes de jornais parecem comemorar a notícia de que “famílias tradicionais deixam de ser maioria no Brasil”. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2010, mostram que casas com pai, mãe e filhos somam 49,9% no país contra outros tipos de constituições domiciliares que representam 50,1%. “Antigamente, um jovem chegava aos 20 anos e espontaneamente pensava no casamento como caminho da maturidade”, recorda o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini. “Na modernidade, isso foi deixado de lado. Cada pessoa coloca como prioridade a própria 10

felicidade”, destaca em entrevista concedida ao Canção Nova Notícias. “Alguns modelos apresentados são muito badalados, viram moda e, às vezes, revelam-se armadilhas porque não mantém a promessa de felicidade inicial”, enfatiza Dom Petrini. Por que as famílias são insubstituíveis? O catecismo em linguagem adaptada às novas gerações, YOUCAT, afirma que “a família é a célula original da sociedade. Valores e princípios vividos no âmbito familiar possibilitarão aos filhos uma vida social solidária quando eles crescerem”. O documento assinala que “cada criança provém de um pai e de uma mãe e deseja o calor e a segurança de uma família para crescer segura e feliz”. Motivado pelo amor recebido dos pais, o baiano Marcelo Moura é um exemplo de quem acredita na família cristã. Casado com Andréia Cristina, há oito anos, o missionário, editor de imagem e universitário educa os três filhos com a mesma formação recebida. “Somos uma nova geração, mas a base é a mesma. A maior herança que recebi de meu pai foram valores como ser trabalhador e honestidade; é isso que passo para os meus filhos”, destaca. Apesar das muitas tarefas diárias, Marcelo aproveita cada instante com os gêmeos, de seis anos, e o caçula, de três. “Minha presença também é algo que procuro dar para eles. Às vezes, mesmo na correria, estou junto

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em uma partida de vídeo game ou futebol, na lição de casa, na oração da noite. Isso faz uma diferença enorme e traz consequências que ficarão para sempre na vida deles”, ressalta. Os filhos encontram na figura paterna a referência de missão no mundo. De acordo com o psicólogo clínico, Élison Santos, o pai representa o caráter da vida no mundo, traz segurança e tem uma função determinante na educação do filho. Na família, cada membro é amado por ser quem é. No trabalho, vale-se pelo que se produz. Mas na família podemos ser quem somos e somos amados por isso. “A família cristã é a capacidade de viver o amor e se caracteriza pela doação, no amor vivido como dom total e sincero de si para o bem e a felicidade de outras pessoas”, conclui Dom Petrini. A família torna-se, portanto, uma escola de amor. A Igreja reconhece que “as crianças aprendem a amar na família, porque aí são amadas gratuitamente; aprendem a estimar os outros, porque aí são estimadas; aprendem a conhecer o rosto de Deus, porque recebem a primeira revelação d’Ele de um pai e uma mãe, que lhes prestam toda dedicação”. Marcelo conta que a tendência dos três filhos é estar juntinhos da mãe. “Percebo um papel fundamental da Andréia na educação deles. Nas situações em que eles precisam de um direcionamento do pai, ela deixa esse espaço para que eu como homem possa ensiná-los e corrigi-los”. A sintonia entre o casal é o segredo. “Na idade que eles estão, não podemos de forma alguma deixar dúvidas sobre as regras de casa, a diferença entre menino e menina, como agir e se comportar na escola, na Igreja, nas festas”, diz o pai. Talvez, muitas pessoas não se encaixem no modelo tradicional de família ou sofram com a ausência de pai, mãe ou filhos. “Quando falta o pai ou a mãe, a vida não deixa de seguir”, esclarece o psicólogo. Ele acrescenta que “a vivência em um ambiente de amor é importante, seja ao lado de avós, tios e primos, um ambiente de paz e amor poderá sanar, e muito, a ausência de um dos pais”. Em uma mensagem publicada em 1981, o Beato João Paulo II deixou uma mensagem de consolo para todos: “ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos estão ‘cansados e oprimidos’”, afirma na Exortação Apostólica Familiaris Consortio.

RODRIGO LUIZ DOS SANTOS Missionário e apresentador do Manhã Viva @rodrigosanluiz

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EVANGELIZAÇÃO EM DOSE DUPLA

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DUETOS DE PREGAÇÕES

Em comemoração aos 30 anos do DAVI – Departamento de Audiovisuais, a Canção Nova traz para você dois Duetos de Pregações em DVD, reunindo dois grandes pregadores em cada edição. Aproveite! São temas importantes na sua caminhada de fé, sempre na companhia do saudoso Pe. Léo, scj.

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OS

ÕES

I– ão ões res orna

+ vida

Foto: Andréia Britta

Os riscos dos chás fitoterápicos

– Mas, doutora, que mal há em tomar esse chazinho durante tanto tempo? É natural… E eu costumo responder que veneno de cobra também é natural e mata! Uma vez Dr. Roque me encaminhou um paciente que estava com as enzimas do fígado alteradas. Fiquei mais de um ano tentando fazer de tudo para baixálas quando num belo dia ele disse: - Sabe, doutora, eu tenho um terapeuta chinês que tem umas técnicas interessantes de relaxamento e ele me deu para tomar chá de kava-kava (Piper methysticum). Eu quase surtei, pois já fazia quase 2 anos que ele tomava esse “chazinho”. O uso de kava-kava é pontual, por um breve período em casos de insônia, nervosismo, estresse, etc., e como você que acompanha meu trabalho sabe, devemos buscar sempre a causa do problema ao invés de somente tratar sintomas. Basta dizer que depois de dois meses sem o chá fitoterápico, o paciente voltou a ter suas enzimas dentro do padrão de normalidade. O uso em excesso dessa substância tem sido associada à hepatite aguda, muitas vezes fatal. As gestantes e nutrizes não devem tomar chá. Único liberado para mamãe e bebê é o de camomila. Outro chá muito usado é o de cáscara sagrada (Rhamnus purshiona), muito conhecido pelas propriedades laxativas e também muito procurado para combate à obesidade. Seu uso contínuo, entretanto, pode levar à hepatite crônica e ao câncer de intestino (colón). O chá verde (Camellia sinensis) é uma das bebidas mais consumidas no mundo, rico em flavonóides, substâncias antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livre e popularmente receitado para queimar gordura corporal. Sua toxicidade para o fígado é muito baixa

quando preparado da forma correta, como estou indicando abaixo. Entretanto, preparações em cápsulas apresentam grandes problemas para o fígado. Tudo isso ocorre porque fígado é o órgão responsável pelo metabolismo dessas ervas que, se usadas ao mesmo tempo com outros remédios, podem potencializar os efeitos tóxicos. Sempre conte ao seu médico o que você está tomando. Mesmo que seja um chazinho inofensivo, em sua opinião.

um chá e fazer d o t e r r a filtrao Modo c res): coloque águ u flo ma panela (folhas o r (se puder ser nu prirve uando as q e ) da para fe o it seria perfe rem a subir, como de vidro eça esligue lhas com o b s a ir pérolas, d antie e m d r la o um c a qu se fossem a xícara, coloque m u essa água o fogo. N necessária, jogue uarde chá pires e ag o dade de m o c e , tamp por cima ar, coe. Se precis . s to u in 10 m

DRA GISELA SAVIOLI Nutricionista clínica, escritora blog.cancaonova.com/maissaude twitter.com/giselasavioli www.giselasavioli.com.br

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educando

A internet dentro de casa Assim como na educação de nossos filhos não adianta dizer o não pelo não, sem dizer o porquê, é importante deixar um caminho aberto ao diálogo e criar neles a consciência crítica. Como nos diz o Cardeal Dom Cláudio Hummes: “É preciso fazer pontes e não muros”. Em nossa casa desde pequenos quisemos educar nossos filhos criando neles uma consciência crítica. Quando pequenos usávamos a expressão: “Isto é de Deus, este filme, este jogo, este programa de TV: é de Deus?” Queríamos que eles chegassem a criar critérios para discernir sobre as coisas pequenas para que com o passar do tempo, ou quando estivessem longe de nossos olhos, já tivessem valores internalizados sobre o que é bom, justo, verdadeiro, diante de Deus e dos homens. Ano passado, mais precisamente de 30 de maio a 3 de junho de 2012, eu tive a graça de estar junto com meu esposo, Diácono Nelsinho Corrêa e mais uma delegação de membros da Comunidade Canção Nova no Encontro Mundial das Famílias em Milão. Este encontro reuniu famílias do mundo inteiro e contou com a presença do Papa Emérito Bento XVI. Pudemos meditar sobre o tema: “Família: o trabalho e a festa” e uma das palestras foi: “Família e comunicação global, a necessidade de uma troca de relacionamentos”. Recebemos uma cartilha com 10 conselhos para navegar pela internet que agora passo a você com a intenção de ajudá-lo nesta realidade de hoje que é ter a internet dentro de casa:

Foto: Andréia Britta

1 Dedique com seu filho uma parte de seu tempo para aprenderem juntos a usar a internet. Você vai se surpreender de como pode ser divertido. 2 Antes de permitir que a internet entre em sua casa, estabeleçam juntos as regras para navegar e verifiquem sempre juntos se estas regras estão sendo respeitadas: você vai educar seu filho a usar adequadamente este instrumento.

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3 Se considerar oportuno, ative sistemas de proteção e filtros.. A melhor proteção para seu filho é criar nele a consciência crítica. 4 Não adianta evitar instalar o computador no dormitório de seu filho. Ele pode navegar com dispositivos móveis, em lugares públicos que tem Wi Fi ou na casa de amigos. 5 Valorize os bons sites e o material que eles oferecem (visite o site da Canção Nova www.cancaonova.com). Estimule o seu filho a comunicar se encontrou sites inconvenientes e parabenize por ter informado a você. 6 Ensine seu filho a usar responsavelmente a internet: Facebook, twiter, sites de download de músicas... 7 Seu filho deve saber algumas coisas fundamentais: aceitar como “amigos” só pessoas conhecidas, não participar de discussões de adultos e com adultos, informar aos pais se alguém pede para usar a webcâmera para se comunicar. 8 Preparar seu filho para que não dê nenhuma informação pessoal por internet. Ensine seu filho a diversificar as atividades e o tempo livre: encontrar amigos, brincar ao ar livre... 9 Estimule o diálogo sincero com seu filho no que diz respeito à internet, informe-se sobre seus interesses e os sites que visita habitualmente. A melhor proteção são as boas relações familiares. WECA – Associazione Webmaster cattolici italiani www.webcattolici.it

Márcia Corrêa Missionária Comunidade Canção Nova

Revista Canção Nova AGOSTO 2013

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Foto: Andréia Britta

ação jovem

Vinte anos era a idade que eu tinha quando experimentei esse amor avassalador. Jovem ainda, mas meu Deus... foi um negócio tão forte que, mesmo me deixando totalmente livre, eu não tinha como resistir. Ele me encantou, me seduziu, me apresentou um amor que eu nunca tinha nem pensado existir. Terminei namoro - não dava pra competir com Ele – deixei família, trabalho, tudo. Não me restava outra resposta a não ser o SIM, eu sabia que ninguém me faria tão feliz como Ele. E realmente tem sido assim. Lindo, né? As pessoas gostam de histórias de amor, se entretêm ao ler e assistir livros e filmes românticos, mas melhor de tudo é poder viver uma intensa história de amor, corresponder - ainda que muitas vezes de forma falha e limitada – a esse amor tão grande, ter a coragem de viver esse lindo desafio que é a nossa vocação, um desafio que só é capaz de viver quem já se deixou encantar por Jesus. Talvez você esteja lendo este artigo e pensando: mas eu já experimentei o amor de Deus, já disse a Ele: “eis-me aqui!”, mas não consigo descobrir o que Deus quer de mim, qual é minha vocação. Realmente não é tarefa fácil. É comum encontrar jovens inquietos por causa da descoberta da vocação. Eu também me inquietei muitas vezes. A verdade é que nos agitamos tanto em nossas buscas que não conseguimos ouvir a voz

de Deus, ou então queremos manipular os planos de Deus segundo as nossas vontades. Existe ainda a possibilidade de termos clareza desse chamado, mas não termos a coragem de deixar tudo por Jesus. Para atender a um chamado é preciso estar aberto, ter um coração dócil e ouvidos atentos a Deus que se revela de inúmeras formas, Ele fala nos acontecimentos, fala através das pessoas, da Sua Palavra, e principalmente em nosso coração. Eu me lembro de que sentia meu coração arder toda vez que eu ouvia falar de Canção Nova, dava também aquele gelinho no estômago, igualzinho quando estamos apaixonados e encontramos a pessoa amada. Deus usa de iscas para nos chamar para essa ou aquela vocação e vai nos dando pistas. Se você ainda não descobriu, reze, busque intimidade com Deus, peça ao Espírito Santo o dom do discernimento, silencie para escutar e tenha paciência, às vezes não estamos prontos, não estamos maduros para viver o chamado. É preciso lembrar: “existe um tempo pra cada coisa” (Ecle3) e o tempo de Deus não é o nosso. Mas uma coisa eu posso te dizer: seu dia vai chegar. Vai chegar a hora de fazer a mala, deixar pai e mãe, chorar muito, mas ainda assim seguir feliz rumo à realização de uma linda história de amor, porque isso é vocação: uma resposta amorosa àquele que nos amou primeiro. Força! Coragem! Vale a pena!

aNDRÉA TAISA DE MOURA CAMARGOS (DÉIA) Comunidade Canção Nova blog.cancaonova.com/bemdahora bemdahora@cancaonova.com

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A Bíblia foi escrita para você

Deus vê além

Agosto 2013

liturgia

Que alegria poder, a cada mês, chegar até você através desta revista, partilhando um pouco da Palavra de Deus. Neste mês, nossa reflexão será do texto de Lucas 12, 13-21, evangelho do 18º Domingo do Tempo Comum. Toda partilha da Palavra só tem verdadeiro sentido se for preparada pela escuta atenta de Deus que fala, então se coloque à disposição de escutá-Lo, leia a Bíblia e, em seguida, faça um instante de silêncio. Do meio da multidão, surge esse pedido: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”, alguém que em meio aos seus problemas recorre a Jesus, como nós, que tantas vezes fazemos isso. Entretanto, algo está errado, aquele homem, como eu e você muitas vezes pedimos ajuda para Jesus, mas além de dizermos qual é o problema, nós ainda dizemos para Jesus o que Ele deve fazer. Essa oração mais do que uma súplica é uma ordem nossa para que o próprio Jesus obedeça e realize um milagre nas nossas vidas, mas do jeito que eu quero! Jesus por sua vez sabe que deve obedecer somente ao Pai e não cede aos nossos caprichos. Chama a atenção contra a avareza, onde se deposita toda a segurança e confiança na abundância dos bens. Quando minhas posses, sejam muitas ou poucas, me afastam de Deus e dos irmãos, esse é um forte sinal de que a avareza disfarçadamente tomou meu coração. Quantas famílias estão arruinadas por causa de brigas e desentendimentos em virtude de uma herança? E as amizades que chegaram ao fim por causa da disputa de poder e dinheiro? Não podemos exigir que Jesus resolva nossos problemas se-

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gundo as nossas medidas e projetos. Deus vê muito além do que aquilo que nós somos capazes de enxergar. Nossa oração é sim um espaço de intimidade com Deus, onde apresentamos nossos agradecimentos e necessidades, mas nunca com direito de exigir que Deus resolva nossos problemas de acordo com nossos pensamentos. Quem se acostumou a controlar as coisas e manipular pessoas tem a infeliz coragem de rezar para Deus dizendo o que Ele deve fazer, porém os critérios de Deus não passam pela abundância das coisas ou influência de poderes. Quem se aplica na construção de um império material para si, jamais abre mão de ser sempre ‘o grande imperador’, porém sempre deixando Deus fora do seu reinado. Mas quem por sua vez aprende a usar as coisas e o dinheiro, sem se deixar controlar pelos mesmos, permanece com Deus e o tem como seu maior tesouro. O Reino de Deus é nossa maior herança e essa já nos foi garantida em Jesus. As coisas e o dinheiro devem ser usados por nós e não o contrário, onde o avarento se deixa controlar por essas coisas e passa a ver o irmão como um adversário a ser eliminado.

PE. FABRÍCIO ANDRADE Comunidade Canção Nova Twitter: pefabriciocn Facebook: Fabricio Andrade blog.cancaonova.com/padrefabricio

Dia 01 - Quinta-feira Ex 40,16-21.34-38 SI 83(84) Mt 13,47-53

Dia 08 - Quinta-feira Nm 20,1-13 Sl Sl 94(95) Mt 16,13-23

Dia 15 - Quinta-feira Js 3,7-10a.11.13-17 SI 113A(114) Mt 18,21-19,1

Dia 22 - Quinta-feira Is 9,1-6 Sl 112(113) Lc 1,26-38

Dia 29 - Quinta-feira Jr 1,17-19 Sl 70(71) Mc 6,17-29

Dia 02 - Sexta-feira Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37 SI 80 (81) Mt 13,54-58

Dia 09 - Sexta-feira Dt 4,32-40 SI 76(77) Mt 16,24-28

Dia 16 - Sexta-feira Js 24,1-13 Sl 135(136) Mt 19,3-12

Dia 23 - Sexta-feira 2Cor 10,17-11,2 Sl 148 Mt 13,44-46

Dia 30 - Sexta-feira 1Ts 4,1-8 Sl 96(97) Mt 25,1-13

Dia 03 - Sábado Lv 25,1.8-17 Sl 66 (67) Mt 14,1-12

Dia 10 - Sábado 2Cor 9,6-10 SI 111(112) Jo 12,24-26

Dia 17 - Sábado Js 24,14-29 Mt 19,13-15

Dia 24 - Sábado Ap 21,9b-14 Jo 1,45-51

Dia 31 - Sábado 1Ts 4,9-11 Mt 25,14-30

Dia 04 - Domingo Ecl 1,2;2,21-23 SI 89 (90) Cl 3,1-5.9-11 Lc 12,13-21

Dia 11 - Domingo Sb 18,6-9 SI 32(33) Hb 11,1-2.8-19 Lc 12,32-48

Dia 18 - Domingo Ap 11,19a;12,1.3-6a.10ab SI 44(45) 1 ICor 15,20-27a Lc 1,39-56

Dia 25 - Domingo Is 66,18-21 SI 116(117) Hb 12,5-7.11-13 Lc 13,22-30

Dia 05 - Segunda-feira Nm 11,4b-15 SI 80(81) Mt 14,13-21

Dia 12 - Segunda-feira Dt 10,12-22 SI 147 (147B) Mt 17,22-27

Dia 19 - Segunda-feira Jz 2,11-19 SI 105(106) Mt 19,16-22

Dia 26 - Segunda-feira 1Ts 1,1-5.8b-10 SI 149 Mt 23,13-22

Dia 06 - Terça-feira Dn 7,9-10.13-14 SI 96 (97) Lc 9,28b-36

Dia 13 - Terça-feira Dt 31,1-8 Dt 32,3-4a.7.8.9.12 Mt 18,1-5.10.12-14

Dia 20 - Terça-feira Jz 6,11-24a Sl 84(85) Mt 19,23-30

Dia 27 - Terça-feira 1Ts 2,1-8 SI 138(139) Mt 23,23-26

1 1 - Dia dos Pais

Dia 07 - Quarta-feira Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35 SI 105(106) Mt 15,21-28

Dia 14 - Quarta-feira Dt 34,1-12 Dt 32,34a.7.8.9.12

Dia 21 - Quarta-feira Jz 9,6-15 Sl 20 (21) Mt 20,1-16a

Dia 28 - Quarta-feira 1Ts 2,9-13 Sl 138(139) Mt 23,27-32

15 - Assunção de Nossa Senhora

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SI 15(16)

Sl 144(145)

Sl 97(98)

Datas EspeciaiS 6 - Transfiguração do Senhor

15 - N. Sra. Desatadora dos Nós

1ª leitura

2ª leitura

Salmo

Evangelho

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formação

Por que a Igreja Católica

Em primeiro lugar, é preciso entender que Deus não proíbe fazer imagens, mas sim de fazer imagens “de ídolos”; isto é, de deuses falsos; mas isso a Igreja Católica nunca fez e nem autorizou fazer. Já no Antigo Testamento, o próprio Deus prescreveu a confecção de imagens como querubins, serpente de bronze, leões do palácio de Salomão, etc. A Bíblia defende o uso de imagens como você pode verificar em muitas passagens: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,2629.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5... e outras ainda. Para Deus, e somente a Deus, a Igreja presta um culto de adoração (“latria”); nele reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo. Aos santos e anjos, a Igreja presta um culto de veneração (“dulia”); homenagem. A Nossa Senhora, por ser a Mãe de Deus, a Igreja presta um culto de “hiper-dulia”, que não é adoração, mas hiper-veneração. A São José “protodulia”, primeira veneração. A mediação e intercessão dos santos não substituem a única e essencial mediação de Cristo, o único Sacerdote, mas é uma mediação “através” de Cristo, e não paralela e nem substitutiva. Sem a mediação única de Cristo, nenhuma outra tem poder. A imagem de um santo tem um significado profundo. Quando se olha para uma imagem ela nos lembra de que a pessoa ali representada é santa, viveu conforme a vontade de Deus, então, é um “modelo de vida” para todos. A imagem lembra também que aquela pessoa ali representada está no céu; isto é, na comunhão plena com Deus, goza da chamada “visão beatífica de Deus”; e intercede por nós sem cessar, como reza uma das orações eucarísticas da Missa. São Jerônimo dizia: se aqui na terra os santos em vida rezavam e trabalhavam tanto por nós, quanto mais não o farão no céu, diante de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que “ia passar o céu na terra”, isto é, intercedendo pelas pessoas. O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte no §956: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos

Foto: Andréia Britta

cultua as imagens dos santos?

mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49). A imagem de um santo nos lembra ainda que ele é santo pelo poder e graça de Deus; então, a veneração da imagem dá glória a Deus, mais que ao santo. São Bernardo, doutor da Igreja, sempre que passava por uma imagem de Nossa Senhora dizia: “Salve, Maria!”. Um dia, depois de dizer essas palavras, Nossa Senhora lhe disse: “Salve, Bernardo!”

Prof. Felipe Aquino Escritor e apresentador na TV Canção Nova blog.cancaonova.com/felipeaquino

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Calendรกrio do Bem

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Acompanhe-nos:

Mais informações: (12) 3186 - 2055

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Cachoeira Paulista/SP Informações: (12) 3186 2600

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Foto: Andr茅ia Britta

Nossa Senhora Desatadora dos N贸s Rogai por n贸s! REVISTAAGOSTO2013alteracao.indd 20

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