Ano XII - Nº 149 - Maio de 2013 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador
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ISSN 1806-1494
palavra em destaque Senhor, perdão pelos que não creem!
r e v i s t a
Francisco
Tu és
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carta ao leitor
EDIÇÃO PARA SE GUARDAR!
Fundador da Comunidade Canção Nova: Monsenhor Jonas Abib Presidente da FJPII: Wellington Silva Jardim Diretor Executivo da FJPII: filipe Jardim Jornalista Responsável: Osvaldo Luiz/MTB 23094 Coordenação: Thaís Brant da Silva Ramos Assistente de Coordenação: Vanessa Goto e Joel Prado Produção e Assessoria: Arieli prado e Ana lucília paixão Revisão Ortográfica: Dyrce araújo Direção de Arte: agência de Publicidade Canção Nova Projeto Gráfico e Diagramação: Neli Sestari Designers: Neli Sestari, ARTUR SANTONI, camila moura Capa: Neli Sestari Foto: Clarissa Oliveira
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Quero compartilhar com você, sócio, o desafio que é fazer chegar todos os meses a Revista Canção Nova em sua casa. O Brasil tem dimensões continentais, exigindo muita logística para que todos nos recebam entre a última semana de abril e a primeira de maio. Tudo começa com a reunião de pauta, a sugestão aos articulistas, passa pela elaboração da grande reportagem de capa, das artes, envio à gráfica e ao Correio. Isto implica que o conteúdo seja preparado com antecedência e, no caso da eleição do Papa Francisco, ficou para esta edição a abordagem que, esperamos, seja um presente, uma lembrança do novo Santo Padre para se guardar com carinho. Preparamos também neste número uma matéria sobre o Dia das Mães. Nosso fundador, Monsenhor Jonas Abib, no mês dedicado a Nossa Senhora, nos fala da necessidade da Igreja ser profundamente mariana. Luzia Santiago, cofundadora, recorda da importância na história da Canção Nova do Santíssimo Sacramento, da ne-
cessidade de se participar com ardor da Eucaristia e de momentos de adoração. O presidente da Fundação João Paulo II, Wellington Silva Jardim, nos escreve sobre a importância da fé, da oração do credo, e nos lembra das palavras de São Pio X: “... aquele que padece de cegueira está em perigo certo de perder-se”. Destacamos também o precioso artigo do Bispo de Lorena/SP, Dom Benedito Beni dos Santos, sobre a família; o Professor Felipe Aquino ensinando sobre a Encarnação de Jesus; o Espaço Jovem com o artigo “Útero materno, o lugar na Terra mais parecido com o céu”; e o Padre Fabrício no estudo bíblico refletindo a passagem do evangelho de João que contém este tesouro: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração”. Boa leitura! osvaldo luiz Jornalista Responsável www.twitter.com/osvaldoluiz_
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testemunho “No momento da tribulação a Canção Nova foi meu esteio” Otília Dazzi, de Vila Velha, no ES, enfrentou em 2009 uma tribulação que a marcou para o resto da vida. “Meu filho foi preso, sob falsa acusação. Eu chorava muito, me desesperei. Vê-lo na cadeia, sem que nós pudéssemos conversar ou nos abraçar, foi terrível. Pensei que não agüentaria”. Para ajudar o filho, a mãe se põe em oração. “Eu rezava por ele o dia todo. Pedia a Nossa Senhora, que foi mãe, para que ela cuidasse do meu filho”. A Canção Nova também esteve presente nesse momento. “Assistia à TV o dia inteiro. Rezava o terço, via tudo o que transmitiam. A Canção Nova foi meu esteio”. E, enquanto assistia ao programa “Amor Vencerá”, Otília recebe uma promessa de Deus. “Estava em minha casa ajoelhada quando a Salette começou a dizer que havia uma mãe que rezava pelo filho preso. Ela descreveu até mesmo a posição em que eu estava naquele momento e entendi que era para mim que ela falava. Salette ainda disse para que eu não me preocupasse, meu filho seria solto”. Três meses depois, no dia 24 de dezembro, um telefonema surpreendeu a aposentada. “Eu atendi o telefone e do outro lado escuto a voz do meu filho dizendo que estava solto. Quase explodi de alegria. Corri à casa dele, o abracei muito. A promessa de Deus havia se cumprido. Deus usou a TV para fazer a palavra Dele chegar até a mim. Por isso, em todos os momentos da minha vida, é a Jesus e a Canção Nova que eu busco e me encontro”. Testemunho enviado por Otília Dazzi e editado pela jornalista da TV Canção Nova Carolina Carvalho,
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palavra do fundador
Quando um artista deseja fazer uma obra-prima de barro, molda-o da forma que quer. Deus quis fazer exatamente isso com Maria e ela o exaltou: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47). Por causa de Jesus, o Senhor quis fazer nela maravilhas. A iniciativa foi do Pai, conforme está na Bíblia: “O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo’” (Lc 1,28). O que isso quer dizer? Todo o Amor de Deus, toda a Sua bondade e benevolência, toda graça, tudo foi canalizado para ela. Deus está lhe dando um nome. E esse nome fala daquilo que ela é: sua identidade. A ninguém as Escrituras chamam de “cheia de graça”, só a ela! O Filho de Deus foi concebido no seio de Maria por obra do Espírito Santo. Foi assim que ela nos trouxe o Salvador e a Salvação. Deus quis que ela estivesse no Cenáculo, pois foi a primeira cheia do Espírito Santo e para que os apóstolos O recebessem. A Igreja de Jesus, nesse tempo, precisa ser profundamente Mariana, estar ao lado de Maria, como estiveram os apóstolos no dia de Pentecostes. Nós precisamos dessa vitalidade divina, a partir de Pentecostes, que se expressa com os dons dos carismas. Por intermédio desses dons de Deus, a Igreja propaga o ministério salvífico do Senhor. É a realização da profecia de Ezequiel que vê primeiramente ossos ressequidos, mas o Senhor lhe diz que profira um oráculo sobre eles, faça entrar o sopro da vida e profetize ao espírito, e assim por diante (confira em Ezequiel 37, 1-14). A Palavra diz que se levanta um grande exército desses ossos. Esse é o desejo de Deus: transformar-nos em um grande exército. É tempo de levarmos a sério o novo Pentecostes, Deus é irrevogável nos dons d’Ele e esse é o grande dom para a Igreja. Agora cabe a nós tomarmos posse dessa graça. É agora! Este é o tempo de Kairós que está sobre nós. Deus quer visitar você por intermédio de Maria e mudar sua vida. Acredite e receba essa graça. Jesus quer derramar o Espírito Santo sobre todos aqueles que dele precisam. Mesmo que sua situ-
Andréia Britta
Deus quer mudar sua vida por intermédio de Maria
ação seja de pecado, de algum vício do qual não consegue se libertar, depressão, tristeza, ressentimentos, mágoas, angústia, pense que para tudo Deus tem solução. Aceite. Queira. Peça. Abra seu coração e reze: “Sim, Maria. Visita-me agora. Que eu também fique cheio do Espírito Santo. Já o recebi no batismo, na crisma, mas agora sei que o Senhor quer me dar um novo derramamento. Eu preciso! Estou pedindo, querendo, me abrindo. Peço que este batismo se realize também na vida de cada pessoa da minha família”. Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova www.twitter.com/padrejonasabib www.padrejonas.com
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palavra da Igreja
Família O matrimônio, que dá origem à família, pode ser olhado de duas maneiras. Quando visto de modo meramente humano, ele não passa de um encontro que homem e mulher tiveram por acaso. Mas quando olhado a partir da fé, o matrimônio é uma vocação. Esse encontro que homem e mulher tiveram foi querido por Deus. Deus os escolheu um para outro. Deus os chamou para conferir-lhes uma missão. Não existe vocação sem missão.
Andréia Britta
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Homem e mulher, quando se casam, recebem de Deus a missão de formar “uma só carne”, ou seja, uma comunidade de vida e de amor. É isto o que distingue o matrimônio de qualquer outra comunidade humana. No matrimônio, não se vive apenas com o outro. Vive-se para o outro. Aqui se encontra o segredo da felicidade. Viver para o outro significa partilhar o pensamento, as emoções, as alegrias e as tristezas, os sucessos e insucessos. Viver para o outro significa ter paciência com os defeitos, com as limitações do outro. Nunca considerá-lo um caso perdido. Crer que o outro pode mudar, transformar-se, amadurecer. Viver para o outro significa reconhecer e apreciar as suas qualidades. Viver para o outro significa também perdoar. Não é fácil. Mas é a única possibilidade de salvar o frágil amor humano e fazer com que ele seja duradouro. Viver para o outro significa olhar o outro não só com olhos, mas, sobretudo, com o coração. Olhar com simpatia, amizade, amor. Quando olhamos o outro com o coração, o nosso olhar vai para além das aparências. Penetra no seu interior. Descobre suas qualidades, suas riquezas. Creio que todos conhecem a afirmação de Saint-Exupéry: “Só se vê bem quando se vê com o coração”. O viver para o outro produz o contexto adequado para o surgimento da vida. A expressão do Gênesis “uma só carne”, designa também a geração da vida. O filho é uma síntese de seu pai e de sua mãe. Com a geração de uma nova vida, o matrimônio desemboca na família. João Paulo II usou uma expressão muito bela e profunda para designar a sacralidade da família: ela é um santuário. Santuário significa templo, espaço sagrado, lugar onde Deus habita de modo especial. A família é um espaço sagrado, um templo, porque Deus ali está presente. Ela é semelhante à Eucaristia, pois o matrimônio é um sacramento permanente. Deus se torna presente não só no momento em que homem e mulher, diante do altar, se unem pelo sacramento. Esta presença de Deus os acompanha por todos os dias da existência. Jamais eles estão sozinhos. A família é um santuário porque é o contexto mais adequado, querido por Deus, para o surgimento e desenvolvimento da vida. Deus é o Deus da vida. Criou o ser humano para ser um servidor da vida, que é um dom sagrado. Por isso mesmo, aquele espaço onde a vida surge, onde ela é protegida e desenvolvida, merece o nome de santuário, de espaço sagrado. Casar é, pois, fazer uma opção pela vida. É tornar-se, num sentido concreto e profundo, um servidor da vida.
DOM BENEDITO BENI DOS SANTOS Bispo da diocese de Lorena-SP
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palavra em destaque
Senhor,
Arquivo Canção Nova
perdão pelos que não creem! Houve um período na Canção Nova que sofremos grandes tribulações para resgatar a nossa identidade. O Mons.Jonas pediu orientação a um bispo, que lhe disse: “será necessário e imprescindível que os membros da Comunidade permaneçam horas na presença de Jesus Eucarístico”. Isto revolucionou a nossa missão. Mesmo tendo a Eucaristia como centro da nossa vida, foi necessário voltarmos ao ardor pela Missa e pela adoração Eucarística e, assim, passamos por uma renovação na nossa fé. Um novo tempo nasceu para a comunidade: Surgiram novas vocações e o Senhor trouxe o povo para a Canção Nova. Experimentamos a presença de Jesus não só na Palavra e na vida fraterna, mas a redescobrimos no Santíssimo Sacramento. Em 1995, na véspera da festa de Corpus Christi, fomos acordados na madrugada com milhares de pessoas chegando para viver esta festa conosco. Foi uma surpresa, pois ainda não havia acontecido nada semelhante na Canção Nova. Este fato veio reafirmar para nós o poder da adoração ao Santíssimo, que com a sua presença real atrai para si milhões de corações, ao mesmo tempo, a nossa identidade de Território Eucarístico, lugar onde o Amor de Deus é derramado e as nossas orações são ouvidas, remetendo-nos às palavras de Bento XVI: “Adorar a Deus é o melhor que podemos fazer em qualquer situação. O sacerdócio comum e o ministerial se encontram no culto eucarístico. Estar em silêncio
diante do Senhor presente no seu Sacramento é uma das experiências mais autênticas do nosso ser Igreja, que acompanha de modo complementar a celebração da Eucaristia, ouvindo a Palavra de Deus, cantando, aproximando-se junto da ceia do Pão da Vida. Comunhão e contemplação não podem se separar, vão juntas. Para comunicar-me com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares e silêncios intensos cheios de veneração, de modo que o encontro seja vivido profunda, pessoal e não superficialmente”. Na festa de Corpus Christi, Jesus Eucarístico passa pelas ruas de nossas cidades e manifestamos o testemunho público da nossa fé católica de veneração a Santíssima Eucaristia, acolhendo-o com ruas enfeitadas, expressando o nosso amor e devoção, recordando o Antigo Testamento, quando o povo foi alimentado por Deus no deserto, prenúncio do Corpo de Cristo que alimenta a Igreja presente em todos os sacrários do mundo inteiro. Luzia Santiago Cofundadora da Comunidade Canção Nova www.twitter.com/luziasantiago www.luziasantiago.com
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administração e vida
Eu creio! Meus amigos, Por esses tempos, lembrei-me de uma ‘prosa’ boa tomando um cafezinho com a Luzia, o padre Jonas e a Lurdinha Nunes. Já tem um tempo isso e estávamos em Assis, ao final de um desses encontros de que participamos pelo mundo de meu Deus! A conversa era sobre o povo judeu, o povo escolhido – também sobre os muçulmanos. Eu mais escutava do que falava, mas ouvia com muita atenção as colocações dos meus dois amigos. Já tarde da noite, antes de dormir, Luzia voltou ao assunto comigo, mas como eu não me aprofundei e simplesmente disse a ela: “Luzia, de história das religiões entendo pouco, mas uma coisa eu sei: Amo Jesus, estou na Canção Nova por causa d’Ele e com Ele! É o que sei conversar. No restante, tenho ainda muito o que aprender... Eu apenas creio!”. Meus irmãos, me dei conta de como é bom rezar sempre a oração do Credo, porque só assim você tem a certeza de que, além de todas as dificuldades vividas, sejam elas na saúde, no trabalho, nos convívios e relacionamentos ou mesmo numa prosa simples – mesmo que você não entenda muito do assunto, você crê! A ignorância religiosa e o desconhecimento de Deus é uma das maiores chagas do nosso tempo. Por isso, o nosso Papa Emérito Bento XVI pediu que a oração constante do cristão, nesse Ano da Fé, fosse a oração do Credo. Pude perceber, depois de tanto tempo daquela conversa entre amigos, as verdades da Fé contidas nesta oração. Portanto, caminhemos juntos de olhos abertos, constantes na oração diária, na retidão dos nossos atos e apartando-nos do mau caminho. Como bem disse São Pio X, “...aquele que padece de cegueira está em perigo certo de perder-se”. Vamos rezar juntos? Amo vocês, Seu Irmão
Wellington Silva Jardim Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador www.twitter.com/etocn blog.cancaonova.com/eto
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matéria especial
Tu és
Francisco T
Clarissa Oliveira
u és Francisco. Mesmo antes que dois terços dos cardeais o escolhessem Papa e o pedido de Dom Cláudio Hummes “plantasse” em seu coração o santo de Assis; já eras em Buenos Aires, no humilde apartamento junto à catedral ou com os pobres nas favelas (lá chamadas de vilas). Tu és Francisco, não só te curvando para receber oração antes de dar-nos a benção apostólica, mas também lavando os pés de crianças da periferia da capital argentina ou de doentes com AIDS. Tu és Francisco ao ser apresentado como Sumo Pontífice e, antes de tudo, propor um Pai Nosso e uma Ave Maria em intenção de Bento XVI. Indo ao seu encontro em Castel Gandolfo e não se cansando de tecer elogios ao antecessor. Tu és Francisco agora ao se recusar em andar sozinho em seu automóvel, no elevador, ou comer sua refeição numa mesa especial; como era “quase no fim do mundo” ao te deslocares de ônibus ou metrô, ao fazeres a própria refeição – aliás, tão simples; não raro, frango com legumes. Mesmo ao sugerir aos argentinos que não gastem seu dinheiro indo à posse em Roma, vê-se uma semente de Francisco já plantada no passado, quando, ao se tornar cardeal, sugeriu o mesmo e o dinheiro aos pobres.
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Tu és Francisco não só na primeira homilia, propondo movimentos: caminhar, EDIFICAR, confessar; colocando a centralidade na cruz de Cristo... Como também em 2007 na Conferência de Aparecida - como disse Dom Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro - ao ser o responsável pelo resumo e organização do documento de missão continental. Tu és Francisco ao identificar o anúncio da Igreja com o dos comunicadores, baseado no tripé “verdade, bondade e beleza”; o Papa que, como arcebispo, não usava computador e não tinha celular, mas entendeu que nada comunica mais e mais forte que seus atos (melhor ainda se acompanhado de um sorriso). Seus sermões são curtos, mas são extensos os ensinamentos de sua vida; falam alto, com clareza, sem reticências ou dubiedades. Tu és Francisco ao reconhecer a presença de jornalistas não cristãos e, para respeitar suas consciências, abençoou em silêncio; capacidade de diálogo já bem demonstrada com a grande comunidade judaica na Argentina (tem até um livro recém-lançado com um rabino) e com os evangélicos. Tu és Papa Francisco ao propor a misericórdia aos confessores e ao ensinar no primeiro Ângelus: “vocês já pensaram na paciência de Deus? É sua misericórdia. Ele não se cansa de nos perdoar se soubermos voltar para Ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia de Deus”. Tu és Francisco na devoção a Maria, expressa no teu primeiro ato público, na oração na Basílica de Santa Maria Maior. Mas já também no caminho ao recusar o carro oficial e, ao entrar no templo, pedir que as portas ficassem abertas, abertas para todos. Tu és o bispo de Roma Francisco ao te desviares da rota oficial para ir buscar teus pertences num hotel e pagar a conta (quantos fariam o mesmo, ou mandariam um secretário?). Tu és Francisco ao te vestires com simplicidade, ao manter a antiga cruz peitoral, ao acolher os “irmãos” cardeais com atenção e calor humano no primeiro encontro pós-conclave; ao sair de teu lugar de destaque para ir até o que está com problema de locomoção e ir ao hospital para visitar outro cardeal mais doente... Mas
Meios mo
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não era justamente assim em Buenos Aires? Ao ir aonde ninguém mais ia, na cadeia, aos doentes terminais, nas fronteiras da miséria... Tu és Francisco agora ao recusar “privilégios” próprios de teu cargo, pedindo e demonstrando coragem. Coragem que o fez perseguido e até caluniado ao se opor ao contemporâneo fácil, relativista, permissivo. Não nos quer mundanos, não nos quer numa ONG politicamente correta; quer-nos junto à cruz, pronto a testemunhar Jesus crucificado. Tu és Francisco ao querer uma Igreja a caminho, indo à frente sem medos; como também pedia nos retiros às freiras argentinas que fossem para as ruas... Tu és Papa Francisco na missa de início do pontificado, ao definir a própria missão, para qual também somos chamados: “Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!”. Jorge Mario Bergoglio: tu és Francisco e sobre a humildade, a paz e com os pobres se edifica a Igreja!
Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!
Papa Francisco
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osvaldo luiz Jornalista Responsável www.twitter.com/osvaldoluiz_
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Especial
Francisco Biografia -Nome:
Jorge Mario Bergoglio -Data de Nascimento:
17 de dezembro de 1936 -Local de Nascimento:
Buenos Aires, Argentina -Lema do seu brasão, em latim:
"Miserando atque eligendo" que significa “Com misericórdia, o elegeu”.
Breve Histórico -11 de março de 1958, foi para o noviciado da Companhia de Jesus. -13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote -1973 Tornou-se o Provincial dos Jesuítas na Argentina -20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. -Foi nomeado em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires. -Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. -13 de março de 2013 - Eleito Papa
Clarissa Oliveira
Papa
+ vida Andréia Britta
DIA DAS
MÃES Filiação: Maria, Ruth, Rita, Lúcia, Clara, Sebastiana... Cinco milhões de estudantes brasileiros em 2009 preencheram o senso escolar assim: só com o nome da mãe. Estima-se que 26% das famílias com filhos no Brasil têm como referência apenas alguém do sexo feminino. Mulheres que acumulam ao seu papel de mãe, o do pai. Dados que levaram no ano passado o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a lançar uma campanha para fomentar o reconhecimento voluntário de paternidade. Se a figura materna já é de extrema importância numa família convencional, imagine para aquelas que só têm a mulher como referência... Não à toa, o dia reservado às mães se tornou o segundo maior em vendas, perdendo apenas para o Natal. Para além dos apelos comerciais, ninguém quer ficar sem dar um agrado a alguém tão importante. O Dia das Mães, comemorado em maio, teve sua criação no início do século passado nos Estados Unidos, graças à campanha de Anna Jarvis. No Brasil, a comemoração chegou em 1918, sendo oficializada por Getúlio Vargas em 1932. Em 1947 o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara, incluía a data no calendário oficial da Igreja Católica. Mas a figura materna vem sendo honrada desde a Grécia Antiga, quando a primavera era saudada na figura mitológica de Rhea, mãe dos deuses. Depois, no século XVII, na Inglaterra, o quarto domingo da quaresma foi destinado às mães das operárias...
Na Bíblia, vemos referência à mãe numa bela declaração de amor de Deus à humanidade, em Isaías 49, 15: “Acaso uma mulher esquece o seu neném... eu de ti jamais esquecerei”. Deus ilustra seu amor por nós na figura materna! De fato, o amor de Deus muitas das vezes só se compara ao da mãe, capaz de acreditar no seu filho mesmo quando tudo aponta ao contrário e quando todos já desistiram de acreditar... Providência o Dia das Mães acontecer em maio, mês dedicado na igreja a Maria, mãe de Jesus. Maio das festas de Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Auxiliadora e da Coroação de Nossa Senhora. Na cruz, ao recomendar sua mãe a João e o discípulo que amava a Maria Santíssima, quis o Senhor incluir uma espiritualidade maternal em sua comunidade de fé: cristão com uma mãe a quem contar. Que a Virgem de Nazaré interceda por você, mãe, por sua linda missão e por aqueles que, através de seus atos, acreditam um pouco mais na vida e em Deus. osvaldo luiz Jornalista Responsável www.twitter.com/osvaldoluiz_
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Peregrine conosco pelos Caminhos de São Paulo e conheça Atenas, Corinto e outras cidades gregas. Na Turquia visitaremos Istambul, Esmirna e a casa de Nossa Senhora em Éfeso, além de outros lugares importantes. Daí, seguiremos para Roma, sustentados na fé, pela obra evangelizadora de São Paulo. Vamos fazer essa experiência!
Mais que viagens... Encontros com Deus!
Pe. Ademir Próximas saídas 01/07 04/07 14/07 13/08 14/08 16/09
Pe. Ivan | Terra Santa e Turquia Pe. Reinaldo | Terra Santa Pe. Paulinho | Santuários Marianos Cleto e Frei Jorge Hartmann | Itália e Santuários Franciscanos Pe. Sóstenes e Dunga | Terra Santa especial Pe. Fabrício Andrade | Terra Santa e Jordânia
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Márcio Todesc
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ação jovem
Útero materno, o lugar na Terra mais parecido com o céu Num ímpeto de ódio, a primitiva serpente se precipita sobre a mulher a fim de devorar seu filho, apanha a criança e a elimina cruelmente como se nada fosse. A narrativa faz lembrar a passagem do Apocalipse de São João, capítulo 12, mas no livro bíblico o Filho sobrevive, sob os braços de sua Mãe que é socorrida pelas asas de Deus. Não é isso que acontece com mais de 30 milhões de crianças, todos os anos, vítimas do aborto no mundo. Ali no útero, o lugar onde deveriam sentir-se mais protegidas, são agredidas, assassinadas, seja por veneno injetado no líquido amniótico que vai queimando aos poucos aquele corpo, o que pode levar uma semana inteira, seja esquartejada, utilizando uma lâmina de aço afiada. Coisas que não queremos saber, que repugnamos só de imaginar mas que são alimentadas
pela omissão e fortalecida pela covardia. Não faz muito sentido! Parece sinistro demais pra ser verdade, mas é. O grande desejo da serpente do Apocalipse era devorar o Filho assim que nascesse, mas seus projetos frustrados a impeliram a devorar os filhos dos homens, pois assim fazendo poderia ferir o coração do Pai. O projeto dela não é original, continua se precipitando a terra a fim de roubar, matar e destruir (Jo 10,10). Foi assim de Gênesis a Apocalipse, e foi assim até mesmo antes, quando ainda anjo de luz, quis assaltar o céu com seu orgulho. A mesma serpente os mesmo projetos. Seu plano de profanar a criação se concretiza quando consegue transformar o ninho da vida em taverna da morte, quando ataca o nascituro. Porém, a única forma
de a serpente mover qualquer coisa, por menor que seja, desde uma agulha de tricô a um bisturi de aço, é pelas mãos dos homens. Mas então nos sentiríamos aliviados se por acaso concluíssemos que seríamos incapazes de ser manipulados pela serpente? Não nos precipitemos, pois bem disse Irmão Carlos Carreto: “O pecado é antes uma omissão, não ato.” A expressão “cometi uma falta” nos ajuda a entender isso. Como São Miguel se levantou pra impedir a profanação do céu, assim o imitemos a fim de defender as vidas inocentes dos filhos de Deus, moldados no lugar da Terra mais parecido com o céu, o útero materno. Tiba CamargosS Comunidade Canção Nova twitter.com/adriano_rvj
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A Bíblia foi escrita para você
Encontrar o Cristo ressuscitado
Oração:
Maio 2013
liturgia
Deus todo-poderoso, dai-nos celebrar com fervor esses dias de júbilo em honra do Cristo ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que recordamos.
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Estamos em pleno tempo pascal, onde a alegria da ressurreição enche nosso coração e vai nos preparando para o dia de Pentecostes. É sempre possível e necessário encontrar-se com o Cristo Ressuscitado, que transforma nossas vidas e nos conduz sempre por um caminho de conversão. Vamos juntos ouvir o Senhor por meio da Palavra que está em João 14,23-29, do sexto Domingo da Páscoa. A acolhida generosa da Palavra certamente produzirá muitos frutos em cada um. O silêncio, a oração e a leitura atenta da Bíblia são indispensáveis. Jesus deixa claro que as pessoas podem escolher guardar ou não a sua Palavra, de acordo com o amor, podem ou não acolher seus ensinamentos e praticá-los. Ele ainda deixa bem claro que as palavras que Ele fala são palavras que ouviu do Pai, que O enviou até nós. Assim Jesus nos prepara para receber o Espírito Santo, que em breve virá para nos recordar de tudo o que Jesus já havia ensinado. Isso é uma iniciativa de amor do pai para com cada um de nós. O Espírito Santo vem em auxilio da nossa fraqueza, principalmente da nossa tendência a nos esquecer muito facilmente os princípios e ensinamentos de Cristo. É por ação desse Espírito que eu e você devemos sempre tomar a Palavra de Deus e dela nos alimentar e, fortalecidos, enfrentar as realidades que nos envolvem. Jesus ainda anuncia: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração”. Recebemos
essa promessa e a paz prometida é fruto do Espírito e não a ausência de problemas. A paz “à maneira do mundo” é muito diferente dessa paz do Espírito Santo. Guardemos essa palavra de Jesus em nossos corações, e deixemos que isso cresça em cada um de nós ao ponto de transbordarmos essa verdadeira paz para as outras pessoas e pelos ambientes por onde passarmos. Nossa Senhora é a Mulher de Pentecostes, estava lá com os discípulos e por isso também hoje está com você. Que por sua intercessão e força da Palavra de Deus você e sua família possam experimentar o fogo e a paz de um verdadeiro Pentecostes. Esteja aberto nesse tempo Pascal para todas as graças que são derramadas do céu. A grandeza desse Mistério tem força para alcançar e transformar sua vida. Abra-se ao encontro com Cristo Ressuscitado! Deus o abençoe! PE. FABRÍCIO ANDRADE Comunidade Canção Nova Twitter: pefabriciocn Facebook: Fabricio Andrade blog.cancaonova.com/padrefabricio
Dia 01 - Quarta-feira At 15,1-6 SI 121 (122) Jo 15,1-8
Dia 08 - Quarta-feira At 17,15.22-18,1 SI 148 Jo 16,12-15
Dia 15 - Quarta-feira At 20,28-38 SI 67(68) Jo 6,22-29
Dia 22 - Quarta-feira Eclo 4,12-22 Sl 118(119) Mc 9,38-40
Dia 29 - Quarta-feira Eclo 36,1-2a.5-6.13-19 SI 78(79) Mc 10,32-45
Dia 02 - Quinta-feira At 15,7-21 SI 95 (96) Jo 15,9-11
Dia 09 - Quinta-feira At 18,1-8 SI 97(98) Jo 16,16-20
Dia 16 - Quinta-feira At 22,30;23,6-11 SI 15(16) Jo 17,20-26
Dia 23 - Quinta-feira Eclo 5,1-10 Sl 1 Mc 9,41-50
Dia 30 - Quinta-feira Gn 14,18-20 Sl 109(110) 1Cor 11,23-26 Lc 9,11b-17
Dia 03 - Sexta-feira 1Cor 15,1-8 Sl 18(19A) Jo 14,6-14
Dia 10 - Sexta-feira At 18,9-18 SI 46(47) Jo 16,20-23a
Dia 17 - Sexta-feira At 25,13b-21 SI 102(103) Jo 21,15-19
Dia 24 - Sexta-feira Eclo 6,5-17 Sl 118(119) Mc 10,1-12
Dia 31 - Sexta-feira Sf 3,14-18 Is 12, 2-3.4bcd.5-6 Lc 1,39-56
Dia 04 - Sábado At 16,1-10 SI 99 (100) Jo 15,18-21
Dia 11 - Sábado At 18,23-28 SI 46(47) Jo 16,23b-28
Dia 18 - Sábado At 28,16-20.30-31 Jo 21,20-25
Dia 25 - Sábado Eclo 17,1-13 SI 102(103) Mc 10,13-16
Dia 05 - Domingo At 15,1-2.22-29 SI 66(67) Ap 21,10-14.22-23 Jo 14,23-29
Dia 12 - Domingo At 1.1-11 SI 46 (47) Ef 1,17-23 Lc 24,46-53
Dia 19 - Domingo At 2,1-11 SI 103(104) 1Cor 12,3b-7,12-13 Jo 20,19-23
Dia 26 - Domingo Pr 8,22-31 SI 8 Rm 5,1-5 Jo 16,12-15
Dia 06 - Segunda-feira At 16,11-15 SI 149 Jo 15,26-16,4a
Dia 13 - Segunda-feira At 19,1-8 SI 67(68) Jo 16,29-33
Dia 20 - Segunda-feira Eclo 1,1-10 Sl 92(93) Mc 9,14-29
Dia 27 - Segunda-feira Eclo 17,20-28 SI 31(32) Mc 10,17-27
Dia 07 - Terça-feira At 16,22-34 SI 137(138) Jo 16,5-11
Dia 14 - Terça-feira At 1,15-17.20-26 SI 112(113) Jo 15,9-17
Dia 21 - Terça-feira Eclo 2,1-13 Sl36 (37) Mc 9,30-37
Dia 28 - Terça-feira Eclo 35,1-15 SI 49(50) Mc 10,28-31
Revista Canção Nova MAIO 2013
SI 10(11)
Datas Especiais 01 - São José Operário - Dia do Trabalhador 12 - Dia das Mães 13 - Nossa Senhora de Fátima 19 - Pentecostes 26 - Santíssima Trindade 30 - Corpus Christi 1ª leitura
2ª leitura
Salmo
Evangelho
Série O Catecismo e a Nova Evangelização
formação
POR QUE
JESUS CRISTO SE FEZ HOMEM?
O maior acontecimento da história humana foi a Encarnação do Verbo. “Por nós, homens, e para a nossa salvação”, diz o nosso Credo, desceu a Terra, no seio virginal de Maria e se fez um de nós; armou a sua tenda entre nós; se fez nosso irmão, e nos reconciliou com Deus por seu sacrifício na Cruz. “O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo” (1Jo 4,14). “Este apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5). A Igreja reza na Liturgia: “No momento em que Vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos.” (Prefácio da Or. Eucarística do Natal III). “Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade” (Pref. Or. Euc. da Epifania). O grande Padre da Igreja, São Gregório de Nissa († 340), assim explicou: “Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Or. Cath. 15: PG 45,48B) O nosso Catecismo explica que “o Verbo se fez carne para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus”: “Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4,9). “Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3,16). O Verbo se fez carne para ser nosso modelo de santidade: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim...” (Mt 11,29). “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo
14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: “Ouvi-o” (Mc 9,7). O Verbo se fez carne para tornar-nos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4): “Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus” (S. Irineu). A Epístola aos Hebreus fala do mesmo mistério: “Por isso, ao entrar no mundo, ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui... para fazer a tua vontade (Hb 10,5-7; Sl 40,7-9). É por isso que o grande compositor alemão Johann Christian Bach († 1782) compôs a magnifica música “Jesus, alegria dos homens”. Prof. Felipe Aquino Escritor e apresentador na TV Canção Nova blog.cancaonova.com/felipeaquino
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17
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