Centenário do Brasil nos Jogos: Antuérpia (1920) - Tóquio (2020)

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Antuérpia (1920) - Tóquio (2020)



centenário do brasil nos jogos

Antuérpia (1920) - Tóquio (2020)

São Paulo, 2020


índice Introdução (pg. 7) jogos da antiguidade (pg. 8) Jogos da era moderna (pg. 9) brasil: Quadro de medalhas (pg. 10) Antuérpia 1920: início surpreendente (pg. 12) linha do tempo - 1924 - 19?? (pg. 14) Rio 2016: a primeira em solo sulamericano (pg. 18) Tóquio 2020: Prorrogação imprevista (pg. 24) Bibliografia (pg. 27) Idealização (pg. 29)


HortĂŞncia, medalhista de prata em Atlanta 1996, em quadra pelo Brasil.


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Introdução Este almanaque tem como objetivo reunir o histórico olímpico do time brasileiro desde os Jogos Modernos da Antuérpia 1920 até Tóquio 2020 e também ressaltar fatos interessantes acerca do maior evento desportivo de todos os tempos. Ao longo deste século, o Brasil colheu conquistas e também duras frustrações, mas sempre sem deixar de tentar a melhor performance diante do mundo - e sobretudo, diante de sua nação. Inúmeros heróis de nosso esporte serão contemplados ao longo deste editorial com o intuito de não serem esquecidos por nós, mas sim terem seus legados levados adiante.

Ao lado, Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo - Helsinque 1952 e Melbourne 1956 -, em performance pelas cores do Brasil.


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Ânfora panatenaica, um prêmio de vitória, de 530 a.C., representando uma corrida a pé, atribuída ao pintor Euphiletos. (Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque).

Jogos da Antiguidade Nasceu no ano de 776 a.C. como uma espécie de treinamento para os soldados. As disputas estavam diretamente ligadas as atividades de guerra, eram uma preparação aos combates. Começavam a preparar os locais da competição com um ano de antecedência, por meio dos juízes, que acumulavam as funções de organizar o evento e verificar quem estava apto a competir. Esse processo de seleção, semelhante ao utilizado atualmente, os atletas intensificavam sua preparação para garantir a vaga após o anúncio da trégua aos combates. O evento era marcado com muita festa, comida e bebidas. Uma oferenda aos deuses e um desfile dos competidores compunham o início dos jogos. Somente no último dia de provas, os vencedores recebiam seus prêmios em clima de comemoração. Após mudar suas crenças para o cristianismo, Teodósio I, imperador romano, anulou todas as tradições gregas no ano de 393 d.C., pondo fim a Era Antiga dos Jogos Olímpicos.


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Abril de 1896: Uma pintura mostra Spiridon Louis, da Grécia, vencendo a primeira maratona olímpica em 1896. Foi o culminar de um triunfo para os anfitriões gregos que um de seus compatriotas, correndo da vila de Marathon ao longo da costa de Atenas, conseguisse a vitória.

jogos da Era Moderna Em 6 de abril de 1896 começava em Atenas, na Grécia, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna. O renascimento do espírito olímpico, interrompido no ano 392, deveu-se ao francês Barão de Coubertin. Charles Freddye Pierre era o nome do Barão de Coubertin, pai da Olimpíada Moderna. Motivado pelo ideal da educação através do esporte, Coubertin queria propagar seu uso como um instrumento de aproximação entre os povos, em benefício da paz. A célebre frase “o importante é competir” é atribuída ao barão francês. Em junho de 1894, apoiado pelo norte-americano William Sloane e pelo inglês Charles Herbert, e na presença de representantes de 15 países, Coubertin fundou em Sorbonne, na França, o órgão precursor do Comitê Olímpico Internacional. Até hoje, esse organismo controla todo o mundo olímpico. Coubertin planejava a primeira edição dos Jogos para 1900, em Paris, durante a Exposição Mundial, mas o príncipe Constantino da Grécia ficou tão empolgado com a ideia de recomeçar a competição no mesmo país onde ela havia terminado 16 séculos antes, que conseguiu organizá-los em dois anos. Em 6 de abril de 1896, então, foram inaugurados os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.

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Brasil: Quadro de medalhas Edição

Ouro

Prata

Bronze

Total

Rio 2016

7

6

6

19

Londres 2012

3

5

9

17

Pequim 2008

3

4

10

17

Atenas 2004

5

2

3

10

Sidney 2000

0

6

6

12

Atlanta 1996

3

3

9

15

Barcelona 1992

2

1

0

3

Seul 1988

1

2

3

6

Los Angeles 1984

1

5

2

8

Moscou 1980

2

0

2

4

Montreal 1976

0

0

2

2

Munique 1972

0

0

2

2

Cidade do México

0

1

2

3

Tóquio 1964

0

0

1

1

Roma 1960

0

0

2

2

Melbourne 1956

1

0

0

1

Helsinque 1952

1

0

2

3

Londres 1948

0

0

1

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Antuérpia 1920

1

1

1

3 129


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A busca pela representatividade Ao longo dos 100 anos em que o Brasil participa dos Jogos Olímpicos – desde a estreia com três medalhas na Antuérpia 1920 -, o número de medalhas chegou a 129 ao todo. O número não é absurdo, justamente, pelo fato do país não se equiparar aos investimentos de superpotências como os EUA. Contudo, apesar das dificuldades enfrentadas para defender as cores do país, ao longo dessa história, cada conquista ganha seu valor exatamente por estas grandes contrariedades carregadas por nossos atletas que as superam e arrancam a alegria do peito de cada brasileiro. Quando a conquista não vem, o orgulho sobressai qualquer outro sentimento, pois, antes de mais nada, cada atleta sabe o quanto se dedicou para estar na maior de todas as competições: uma Olimpíada.

País do Futebol ou do Judô e da vela? Ao longo de todas edições dos Jogos, o Brasil, notoriamente conhecido como “O país do futebol”, na realidade é o país do judô. Isso mesmo! Do judô! Em olimpíadas, a modalidade é a que concentra o maior número de medalhas conquistadas – ao todo 22, sendo 4 de ouro, 3 de pratas e 15 de bronze – seguidas pela vela – que contempla 18 medalhas (7 ouros, 3 pratas e 8 bronzes) – e pelo atletismo – com 17 medalhas (5 ouros, 3 pratas e 9 bronzes). Enquanto isso, no futebol (feminino e masculino), conquistamos um total de 8 medalhas - 1 ouro, 5 pratas e 2 bronzes. Entre os maiores medalhistas tupiniquins estão Robert Scheidt (2 ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (2 ouros, 1 prata e 2 bronzes) da vela - ambos com 5 conquistas - seguidos por Gustavo Borges (2 pratas e 2 bronzes) da natação e Serginho (2 ouros e 2 pratas) do vôlei – cada um com 4 medalhas.

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Antuérpia 1920: início surpreendente A primeira participação brasileira nos Jogos coincidiu com a retomada das competições após o fim da Primeira Guerra Mundial. Nessa edição a conhecida bandeira Olímpica – com os cinco anéis representando a união dos continentes – foi lançada e o Juramento Olímpico foi realizado pela primeira vez. A equipe brasileira era composta de 21 atletas e competiu em 5 modalidades das 29 disputadas e conseguiu arrematar 3 medalhas, todas no tiro esportivo – Guilherme Paraense (ouro no tiro rápido [25m] individual), Afrânio Antônio da Costa (prata na pistola livre [50m] individual) e também em conjunto com Sebastião Wolf, Fernando Soledade e Dario Barbosa (bronze na pistola livre [50] equipe).

2626 atletas 29 países 29 modalidades 159 provas Na foto acima, todas as delegações reunidas no Estádio Olímpico, durante a cerimônia de abertura. Ao lado, competidores da final dos 5000m.


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ª bandeira olímpica Guilherme Paraense Nascido em Belém (PA) em 25 de junho de 1884, Guilherme Paraense ocupa lugar de destaque na história olímpica do Brasil por ter sido o primeiro brasileiro a ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos. Paraense começou a carreira militar na Escola Militar da Praia Vermelha, e, em 1912, foi promovido a Aspirante Oficial. Chegou ao posto de tenente-coronel em 1941, transferindo-se logo depois para a reserva. Homem simples, tranquilo e sem vaidades, Guilherme Paraense, após ter conquistado o ouro para o Brasil, foi homenageado pelo presidente Epitácio Pessoa no salão de honra do Fluminense, juntamente com Afrânio Costa, que conquistou a medalha de prata na mesma competição. Em 5 de maio de 1989, o Exército Brasileiro prestou uma homenagem a Guilherme Paraense e nomeou seu estande de tiro da Academia Miltar de Agulhas Negras como “Polígono de Tiro Tenente Guilherme Paraense”.

Afrânio da costa Afrânio da Costa também merece posição privilegiada entre os heróis olímpicos nacionais. Afinal, ele foi o primeiro brasileiro a ter conquistado uma medalha nos Jogos, quando faturou a prata na pistola livre, em 1º de agosto. Tendo sido o último atleta a atirar na prova por equipes, seu desempenho também foi fundamental para o que o time brasileiro conquistasse a medalha de bronze. Além do sucesso como atleta, que o levou a dois pódios olímpicos na Bélgica, Afrânio da Costa se destacou como jurista, tendo ocupado os cargos de ministro do Tribunal Federal de Recursos e ministro do Supremo Tribunal Federal. Afrânio foi um dos que ajudou a fundar a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, tendo sido um de seus presidentes, e foi o principal nome da implantação do tiro esportivo no Brasil. Seu nome está inscrito na galeria de atletas laureados do Fluminense como benemérito Atleta.


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PARIS 1924: grande estrutura Paris fez grandes investimentos em infraestrutura para receber os Jogos Olímpicos de 1924. Os administradores montaram uma vila olímpica para abrigar os atletas, algo inédito até então. Atletas de 44 países marcaram presença e cerca de mil jornalistas cobriram a competição, que se consolidava como o maior evento esportivo do mundo.

Georges Andre presta o Juramento Ol[ímpico durante a cerimônia de abertura da edição VIII dos Jogos Olímpicos, Paris, França.

1924

Queda de desempenho Apesar das três medalhas conquistadas na Antuérpia, em 1920, a equipe encolheu para a segunda participação do Brasil, em Paris. Se para a Bélgica o país enviou uma delegação de 21 atletas, desta vez apenas 12 esportistas competiram na França: um atirador, três remadores e oito competidores de atletismo. O melhor resultado veio no remo, com o quarto lugar dos irmãos Edmundo e Carlos Castello Branco, na classe double sculls.


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Amsterdã 1928: A grande chama acende Pela primeira vez após o início dos Jogos da Era Moderna, foi acesa a tocha nas ruínas de Olímpia, na Grécia (onde aconteciam os Jogos da Antiguidade), e a chama foi transportada até a Holanda.

Portador da Chama Olimpica sendo aplaudido pelo Comitê Organizador, durante o circuito no estádio.

1928 Problemas no orçamento

Presença crescente

Após duas participações, o Brasil, abalado por uma crise econômica que atingiu as exportações, não enviou representantes para a nona edição dos Jogos Olímpicos.

O número de mulheres na competição mais do que dobrou em relação à edição anterior, sendo que elas participaram pela primeira vez das provas de atletismo e ginástica artística.

Marie Braun (HOL), ouro nos 100m nado de costas e prata nos 400m nado livre, à esquerda e companheiras, durante a edição de Amsterdã.


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Rio 2016: a primeira em solo sulamericano A primeira edição das Olimpíadas disputada na América do Sul contou com uma torcida efervescente e bastante participativa. Seguindo esse embalo, houve a quebra de 65 recordes e 19 mundiais e o Rio ainda teve a honra de receber os primeiros times de atletas refugiados da história dos Jogos Olímpicos. Além disso, as competições contaram com despedidas marcantes: Michael Phelps, nadador norteamericano e maior medalhista olímpico de todos os tempos, com 2 8 conquistas – 6 delas no Rio – e Usain Bolt, velocista jamaicano – tricampeão nos 100m, 200m e no revezamento 4x100m rasos.

arenas lotadas e recorde histórico de público no parque olímpico da barra - mais de 170 mil pessoas em um único dia

Pela 1ª vez na história um time de ATLETAS refugiados competindo sob a bandeira do coi


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Usain bolt: o raio jamaicano Gigante nas últimas três edições dos Jogos - Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016 -, despediu-se com grandes resultados na edição carioca, repetindo a trinca de ouros de Londres - nos 100m, 200m e 4x100m. Usain Bolt teve a mais intensa e vitoriosa carreira da história dos 100m. Antes corredor apenas dos 200m, o jamaicano estreou na prova mais nobre do atletismo fazendo jus ao apelido de Raio. Precisou de apenas três corridas para quebrar a barreira dos 10s e só de outras duas para se tornar o homem mais rápido do mundo. Colecionou medalhas, amargou poucas derrotas. E, diferentemente de outros grandes nomes das pistas, preferiu parar enquanto ainda dominava. Bolt teve uma das maiores regularidades do ranking mundial das últimas duas décadas e se manteve entre os tops de 2008 até se aposentar.

Bolt ganha o ouro nos 100m masculinos no 9º dia dos Jogos do Rio 2016, no Estádio Olímpico em 14 de Agosto daquele ano.

ouros em olimpíadas edição

competições

total

pequim 2008

100m e 200m

2

londres 2012

100m, 200m e 4x100m

3

Rio 2016

100m, 200m e 4x100m

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Despedida de verdadeiros mitos dos jogos olímpicos Michael phelps: o papa medalhas O maior medalhista olímpico de todos os tempos se despediu com nada menos que 6 medalhas, em solo brasileiro Maior atleta olímpico de todos os tempos, Michael Phelps alcançou marcas invejáveis durante 5 edições dos Jogos. Estreou em Sidney 2000, aos 15 anos, e conseguiu a 5ª colocação nos 200m boboleta. Seu auge foi em Pequim 2008, com a marca de 8 medalhas de ouro em uma única olimpíada - bem como dois recordes olímpicos nos 200m medley e nos 100m borboleta, categoria de seus ídolos de juventude (Tom Malchow e Tom Dolan de Atlanta 1996). Em 2012, alcançou a conquista de 22 medalhas em Jogos, tornandose o maior medalhista de todos Jogos - conquistando mais 6 no Rio.

5 olimpíadas 28 medalhas 2 recordes olímpicos


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time brasil: Maiores marcas de todos os tempos Competindo em casa, o Brasil contou com sua maior delegação (465 atletas) que alcançou seu maior número de pódios na história olímpica do país – ao todo 19, sendo sete conquistas de ouro, seis de prata e seis de bronze - e a inédita 12ª colocação no quadro geral de medalhas (empatado com a Holanda). Até então, o maior número de ouros obtidos nos Jogos era cinco, em Atenas 2004. Nesta edição, os atletas brasileiros subiram ao pódio em 12 modalidades - atletismo, boxe, canoagem velocidade, futebol, ginástica artística, judô, maratonas aquáticas, taekwondo, tiro esportivo, vela, vôlei e vôlei de praia – com destaques para o boxe masculino, a canoagem e o futebol, que trouxeram medalhas inéditas, além da medalha no tiro esportivo depois de quase 100 anos. Comparada a Londres 2012, houve um aumento de 100% de participações em finais – com 71 finais no Rio e 36 nos Jogos anteriores. Além disso, o Time Brasil alcançou a 5º em 19 disputas de 11 modalidades.

uma olímpiada recheada de conquistas inéditas em diversas modalidades Robson conceição (ouro no peso leve - boxe) Baiano, natural de Salvador, Robson Donato Conceição buscou sua redenção na Rio 2016 com a conquista inédita do ouro no boxe depois de duas eliminações nas estreias dos dois Jogos anteriores (Londres 2012 e Pequim 2008). Não se tratou de algo surpreendente já que vinha figurando no topo de sua categoria – até 60kg – durante todo ciclo olímpico. Foi medalha de prata e e bronze, respectivamente, nos mundiais de 2013 e 2015.


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1º ouro olímpico no futebol masculino

Neymar comemora com companheiros o pênalti que definiu a final masculina no futebol, trazendo o ouro para o Brasil, em 20 de Agosto de 2016 (15º dia de competição dos Jogos).

Rafaela Silva (ouro no peso leve - judô) Começou a praticar judô no Instituto Reação, ONG criada pelo ex-atleta Flávio Canto. A carioca traçou uma carreira promissora e, em 2008, foi campeã mundial sub-20. Três anos mais tarde, já entre os adultos, foi prata no Mundial de Paris (França). Em Londres 2012, acabou desclassificada na segunda luta após aplicar um golpe ilegal na húngara Hedvig Karakas. Em 2013, a atleta escreveu seu nome na história do esporte brasileiro ao se tornar a primeira judoca campeã mundial de judô e, em 2016, o ouro olímpico em casa.

Isaquias queiroz (3 medalhas - canoagem velocidade) Natural de Ubaitaba (BA), Isaquias Queiroz dos Santos fez história ao realizar feitos inéditos na história brasileira em Olímpiadas - além de ter sido o primeiro medalhista olímpico da canoagem velocidade, Isaquias tornou-se também o primeiro atleta do país a conquistar três medalhas em uma mesma edição dos Jogos. Despontou na carreira após a contratação do técnico Jesus Morlán pelo COB, responsável pela ascensão na modalidade. Ele faturou duas pratas - uma delas ao lado de Erlon Souza - e um bronze no Rio 2016.


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ouros inéditos com direito a finais emocionantes e feitos de família Thiago Braz (ouro no salto com vara) O saltador brasileiro protagonizou uma das maiores surpresas dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ainda adolescente, Thiago Braz pediu ao treinador Elson Miranda para integrar sua equipe de salto com vara, que já contava com a campeã mundial Fabiana Murer. Elson aceitou, e Thiago foi lapidado pela dupla. Thiago Braz durante salto que garantiu o ouro na disputa do salto com vara, em 16 de Agosto de 2016.

Conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos da

Juventude Cingapura 2010 e depois foi campeão mundial júnior, em Barcelona 2012. Após fazer intercâmbios na Europa nos anos seguintes, Thiago se mudou para a Itália e, sob o comando de Vitaly Petrov, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, em pleno estádio Nilton Santos, com direito a recorde olímpico: 6,03m. O salto de 17 de Agosto, histórico, quebrou o jejum de 32 anos de recordes olímpios no atletismo brasileiro.

Kahena kunze e martine grael (ouro na classe 49er FX - vela) Kahena Kunze (nascida em 12 de Março de 1991, São Paulo/SP) e Martine Soffiatti Grael (nascida em 12 de Fevereiro de 1991, Niterói/RJ) - filha do medalhista Torben Grael - consquistaram o ouro na vela, na categoria 49ER FX, em 18 de Agosto de 2016. chegaram ao Rio como campeãs mundiais de 2014 e medalhista de prata no Pan de Toronto 2015. Cotada para subir ao pódio no Rio de Janeiro, a dupla não só alcançou o resultado esperado como ficou com a medalha de ouro na classe 49erFX, com direito a vitória emocionante na última regata.


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Brasil conquista tri no vôlei masculino e coroa líbero serginho, maior campeão olímpico em esportes coletivos Todos jogaram por ele e ele por todos, como repetiram os atletas em vários momentos durante a campanha nos Jogos Rio 2016. No último dia de disputas do vôlei masculino (21/08/2016), a seleção brasileira subiu ao topo do pódio olímpico, na quarta final consecutiva e após 12 anos do bicampeonato em Atenas 2004, com um personagem que esteve em todas as decisões desde a edição na Grécia. Aos 40 anos, Serginho foi o mais festejado e era o mais emocionado no Maracanãzinho, após a vitória por 3 sets a 0 contra a Itália, com parciais de 25/22, 28/26 e 26/24, em 1h37min de partida.

Vôlei Feminino Favoritas ao pódio, a seleção feminina amargou uma frustante eliminação de virada contra a China, em pleno Maracanãzinho. O grupo era o atual bicampeão Pequim 2008 e Londres 2012 - e não havia perdido nenhum set durante os Jogos do Rio.


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Tóquio 2020: Prorrogação imprevista Tóquio foi anunciada oficialmente como sede das Olimpíadas de 2020 na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, data em que começou a contagem regressiva para a 32ª edição da competição. Contudo, por conta da pandemia de COVID-19 o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, solicitou ao COI (Comitê Olímpico Internacional) o adiamento das competições por mais um ano – a nova data oficial é de 23 de Julho a 8 de Agosto de 2021, período de verão no Japão.

Novidades Alguns esportes foram incluídos ao hall de competições das Olimpíadas: surf, escalada, skate e beisebol/ softbol. Dentro de modalidades esportivas já existentes nos jogos, houve o acréscimo das categorias de basquete 3x3 e BMX Freestyle (bicicleta). Outra novidade dessa edição dos Jogos Olímpicos é o aumento da participação feminina. Foram criadas categorias mistas para as competições de revezamento 4x400 metros e 4x100 metros em estilo livre nas piscinas, assim como equipes mistas de triatlo, judô, tiro com arco e tênis de mesa.

A obra mais cara O Estádio Nacional de Tóquio (ou Estádio Olímpico) passou por uma grande reforma para receber a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos, além das modalidades de atletismo e partidas de futebol. O novo estádio tem capacidade para 68 mil pessoas, ao custo extravagante de cerca de 2 bilhões de dólares.


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Vista dos prédios da Vila Olímpica, às margens da Baía de Tóquio.

Sedes espalhadas Diferentemente das edições anteriores, não haverá um parque olímpico que concentre estádios, quadras, ginásios e outras estruturas esportivas em um mesmo complexo. A decisão por utilizar equipamentos espalhados por toda a metrópole foi para não deixar “elefantes brancos” como legado, segundo Kentaro Kato, diretor de relações com a imprensa do Comitê Organizador, que é diplomata e já trabalhou como representante do Japão no Brasil. Dos 45 polos esportivos que serão utilizados, 27 já existiam — grande parte construídos para os Jogos de 1964 —, 10 serão estruturas temporárias e oito foram pensados para utilização posterior. A própria Vila Olímpica, um conjunto de edifícios com vista para a Baía de Tóquio, depois dos Jogos será transformada em um condomínio residencial de luxo.

Ritmo de preparo e busca por vagas para tóquio: brasil já conta com 178 Os atletas que já tinham garantido vagas para a Olimpíada de Tóquio continuarão classificados para o evento, decisão garantida, publicamente, por Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional). Contudo como adiamento da competição, o COI tem que redefinir quase tudo sobre o evento, como questões comerciais, logísticas e classificação – muitos torneios classificatórios foram adiados em razão da pandemia, o que dificulta uma seleção para a competição. O Time Brasil já garantiu um total de 177 vagas, em 20 modalidades – dentre elas estão atletismo, canoagem slalom, canoagem velocidade, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo, maratonas aquáticas, natação, pentatlo moderno, rugby sevens, surfe, taekwondo, tênis, tênis de mesa, vela, vôlei, vôlei de pra e wrestling. Medalhistas de ouro nos dois últimos Jogos, Thiago Braz e Arthur Zanetti, intensificam os treinos com grandes expectativas para novas conquistas em suas respectivas modalidades - salto com vara e argolas.

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Joaquim Cruz apรณs vencer prova dos 800m nos Jogos de Los Angeles 1984.


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Bibliografia https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil http://rededoesporte.gov.br/pt-br https://www.olympic.org/ https://agenciabrasil.ebc.com.br/ https://www1.folha.uol.com.br/esporte/ https://g1.globo.com/mundo/ https://globoesporte.globo.com/ https://www.terra.com.br/noticias/ https://esporte.ig.com.br/ https://www.gazetaesportiva.com/ https://www.gazetadopovo.com.br/esportes/ http://www.hortenciamarcari.com.br/ https://brasilescola.uol.com.br/ https://www.infoescola.com/ https://www.acritica.com/channels/esportes https://www.greece-is.com/ https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/ultimas-noticias/ https://swimchannel.net/

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Idealização O autor deste projeto é Candido Vinícius Leite de Souza, 25, natural de São Paulo, é técnico em Multimídia pelo Liceu de Artes e Ofícios de SP e estudante de Design do Centro Universitário Senac (São Paulo). Desenvolveu esta proposta para a disciplina “Publicar”, ministrada pelo professor Marcelo José Farias de seu curso de graduação, com o objetivo de pesquisar e transmitir conhecimento. Apaixonado não só por design como por artes,arquitetura e história reuniu neste almanaque o histórico brasileiro em Olimpíadas, durante os 100 anos de participação no evento, com o intuito de não deixar a data passar em branco, bem como trazer à tona a quem desconhece este grande marco. Contato: candido.vinicius.souza@gmail.com Portfolio: https://www.behance.net/candidosouza1

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