www.cangurubh.com.br | jan 2017 | nº 16
Criando filhos em BH
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nova
Ferias perfeitas O que os pequenos esperam de verdade das viagens
como tornar a adaptação do seu filho mais fácil
Servico
Dicas para escolher UM transporte escolar seguro
onde comprar orgânicos em BEAGÁ
mochilas divertidas
Dentes tortos
Conheça os alimentos que afetam o sorriso
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“Por que controlar as finanças é um ato de amor?” Mara Luquet Colunista da rádio CBN e das emissoras de TV Rede Globo e Globo News
“Disciplina sem drama: como incentivar as mudanças de longo prazo no seu filho” Tina Bryson Pscicoterapeuta, autora do best seller Disciplina sem drama e O Cérebro da Criança
“Cuidar da própria saúde, um dever de toda mãe” Dr. Dráuzio Varella Médico cancerologista, colaborador do jornal Folha de São Paulo e do programa Fantástico da Rede Globo
“O começo da vida: o que o documentário me ensinou” Estela Renner
“Como trazer os pais para o jogo” Marcos Piangers
Diretora do filme O começo da vida
Jornalista e escritor, autor do livro Papai é pop
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seções
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Nossos leitores www.cangurubh.com.br Missão Instagram Eles dizem cada coisa Canguru viu e curtiu Corrente do bem Mundo Kids Moda Comprinhas Viagens, modo de usar, por Luís Giffoni
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Lucas e a irmã caçulinha Manuela: eles estudavam na mesma escola, mas agora o menino vai para outra instituição
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Para ler com seu filho, por Leo Cunha História de mãe, por Camila Souza Na Pracinha, por Flávia Pellegrini e Miriam Barreto Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares e Tetê Carneiro Artigo, por Brener Diniz Artigo, por Dani Dias Crônica, por Cris Guerra
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Alimentação mais saudável: Belo Horizonte tem oito pontos de venda de orgânicos fixos; veja onde ficam
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Reportagens
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Segurança | Cuidados e dicas para escolher o transporte escolar mais adequado Educação | Como tornar mais fácil a adaptação do seu filho a uma nova escola
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A preferência dos pequenos: pesquisa mundial mostra que 73% das crianças querem ir para um lugar com piscina
Saúde | Veja alguns hábitos que ajudam a evitar que os dentes dos pequenos fiquem tortos Nutrição | Alimentos orgânicos são muito mais saudáveis: veja onde encontrar feiras em BH Férias | Pesquisa mostra o que as crianças de 5 a 11 anos consideram indispensável nas viagens
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Nossa capa Lucas, de 7 anos, é filho de Renata Costa Abijaodi e Bruno de Oliveira Saleme. Foto: Gustavo Andrade
fotos: [1] Pixabay; [2] gustavo andrade;
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QUASE 400 METROS DE GELO PURO, PARA VOCÊ CURTIR CADA CENTÍMETRO. Só no BH Shopping você encontra uma das mais extensas pistas de patinação no gelo do Brasil, duas vezes maior do que o último BH on Ice. Não perca: é diversão em dobro para você!
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das 10h às 22h. Piso Ouro Preto. Domingos e feriados: das 11h às 21h.
Última turma de patinadores: 21h30. Domingos e feriados: 20h30. BR-356, nº 3.049 - Bairro Belvedere Mais informações: www.bhshopping.com.br/bhonice
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Dói mais nos
pais
foto: gustAvo andrade
4primeiras palavras
Ivana e os filhos Gabriel e Pedro
Readaptação. Essa palavra anda muito frequente nas conversas dos adultos. Com o Brasil enfrentando uma grave crise econômica, boa parte das famílias está vivendo o desafio de se ajustar a uma nova realidade, com orçamento mais enxuto. Mudar os filhos de escola virou uma necessidade para muitos pais. Alguns tiveram de tirar as crianças da escola particular e buscar uma alternativa pública. Outros conseguiram manter os filhos na rede privada, mas tiveram de optar por uma instituição de ensino mais em conta. Não é decisão fácil essa de tirar o filho da instituição em que se confia. Costuma doer mais nos pais do que nos filhos. E falo por experiência própria. Nos momentos mais difíceis da vida arriscada que levo, como qualquer empreendedora, quando há o temor pelo pior (a falência), minha maior preocupação é precisar tirar meus meninos da escola que eles adoram – e que eu adoro. Só de pensar na reação que meus filhos poderiam ter, o peito aperta. Por isso, quando a editora Cristina Moreno de Castro sugeriu a matéria de capa para esta edição de janeiro, aprovei imediatamente. A motivação para a troca de escola nem sempre é de ordem financeira. Às vezes, a questão é simplesmente de logística: a família muda de endereço, e a escola antiga fica inviável. Qualquer que seja o motivo, porém, esse processo costuma ser marcado por ansiedade, angústia e insegurança. É possível se preparar para lidar com a mudança de maneira mais positiva? Os especialistas ouvidos pela Canguru dizem que sim — e dão dicas de como fazer. Espero que a reportagem assinada pela repórter Daniele Franco ajude a tranquilizar o coração dos pais que estão passando agora por essa experiência. Neste ano que se inicia, desejo que as famílias dos nossos leitores aprendam muito com as mudanças que se fizerem necessárias ao longo dos próximos 12 meses; sejam elas escolares ou de qualquer natureza. Toda mudança é um recomeço. E todo recomeço é uma nova chance para acertar. Um 2017 abençoado, cheio de oportunidades para todos!
Ivana Moreira, Diretora de redação ivana@cangurubh.com.br
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foto: gustAvo andrade
Diretor executivo: Eduardo Ferrari Diretora de projetos especiais: Ivana Moreira
www.cangurubh.com.br Diretora de redação: Ivana Moreira Editora: Cristina Moreno de Castro Editor de arte: Anderson Almeida Projeto gráfico: Christina Castilho (Mondana:IB) Repórter: Rafaela Matias estagiária: Daniele Franco Colaboradores DESTA EDIçÃO: Cris Guerra,
Leo Cunha e Luís Giffoni Fotógrafo: Gustavo Andrade revisora: Thalita Martins
Coordenadora de marketing: Camila Capone estagiário de marketing: Filipe Cerezo atendimento ao leitor: Gabriela Linhares Gerente Comercial e Administrativa: Suellen Moura executivos de conta: Laura Ramos
A Canguru é uma publicação mensal da Scrittore Comunicação e Editora Ltda. CNPJ 12243254/0001-10, Rua Alberto Bressane, 223, Belo Horizonte/MG, CEP 30240-470
s a i r Fé
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Tiragem: 25 000 exemplares Impressão: Log&Print Gráfica e Logística S.A Distribuição: VIP BH
Gratuita na rede de escolas parceiras*.
* Instituições particulares de educação infantil que se encarregam de enviar a revista aos pais de seus alunos na mochila dos estudantes. A relação das escolas parceiras pode ser consultada por anunciantes. ESPECIAL FÉRIAS: DISTRIBUICÃO GRATUITA EM CLUBES E COLÔNIAS DE FÉRIAS DE BH.
Para anunciar Suellen Moura: (31) 3656-7818 . (31) 98651-2047 suellen@cangurubh.com.br Para falar com a redação: mande e-mail para redacao@cangurubh.com.br Endereço: Rua Rio Grande do Norte, 867 — sala 901, Savassi, Belo Horizonte — MG — CEP 30130-135. (31) 3656-7818 Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista e de seus responsáveis.
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porções, petiscos e pizzas Acompanhe-nos nas redes sociais Facebook cangurubh Google+ +Cangurubhbr2015 Twitter @cangurubh Instagram cangurubh YouTube Cangurubhbr2015
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Pai tem que fazer de tudo
E XE MPLAR G RATU ITO PARA E SCOLAS PARCE IRAS
EnfIM, féRIAS!
ESPíRITO dE
Dicas para viajar com as crianças sem estresse
natal
QUEnTE OU fRIO?
o que alivia as Dores
fazer a família 15 dicas para no clima toda entrar + ças ntivar as crian por que ince voluntariado a praticar
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merecem 10 instituições que suas doações (e precisam das)
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Canguru Conteúdo rico e envolvente! Site muito intuitivo, colorido e gostoso de navegar. Parabéns a toda a equipe! - Flávia Ivo
Especial A capa foi feita com muito profissionalismo, amor, carinho e respeito ao nosso pequeno. - Lidiana Leão, mãe de Arthur, que foi capa da edição de dezembro da Canguru
Missão Instagram Amei o desafio da Canguru. Afinal, o verão está aí, né? E nada melhor que brincar com água no calor. No Parque das Águas, por exemplo, tem uns caminhos em que a água corre, e a criançada ama se molhar neles. É muito divertido, além de lindo! - Mariana Isabel
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Estou de pleno acordo com o texto “Natal, Réveillon, festas, brindes, foguetes e família!”, de Bruno Santiago. Viajar em uma época em que tudo é mais cheio, mais caro e mais complicado? Estou fora! Já me programei para passar as melhores festas da minha vida junto com os meus em casa. E te falo que vai ser inesquecível (e tranquilo)! - Adriano Bisker Aqui, nos primeiros Natal e AnoNovo com o nosso filho ele estava com 5 meses. Passamos um pouco na casa do meu irmão, até a hora da virada, pois lá tinha menos gente, e depois na casa da bisa. O Ano-Novo nós passamos na casa do meu irmão também, mas quase nada foi afetado na rotina. Durante o dia fizemos tudo como sempre e a noite foi tranquila. - Michele Gobbato
Vou ser pai Aqui em casa também passamos por uma separação neste ano, assim como o Fernando Dias contou no texto “Filho não segura casamento. Ou não deveria!”. Só que falo do outro lado, do lado da mãe. O mais difícil na decisão de separar foi imaginar a separação de pai e filhos, uma relação que sempre foi muito linda e constante. Como seria para eles perder a convivência diária com o pai?
Estamos sobrevivendo. Não tem sido fácil, ainda há algum chorinho na hora de o papai ir embora, mas a decisão foi acertada e a seu tempo. Trará bons frutos. - Leilane Paegle
Para Fazer o Bem Penso exatamente da mesma forma que a Nathália Simões descreveu no texto “O que uma escola deve proporcionar aos nossos filhos?”. É este o caminho acadêmico da Maria Clara, minha filha de 7 anos. Ela estuda em uma escola superacolhedora, com valores humanos e religiosos. - Ana Cristina Barbosa
Natal no pé de amora Através do meu filho, que estuda na Escola Cristã Arca da Aliança, tive contato com a Canguru neste ano de 2016 e fiquei encantada com a revista. Escrevi comentando sobre a falta de representação de crianças negras e vi como a revista se preocupou com essa questão, inclusive dando-me um retorno por escrito. Que profissionalismo! E o texto “Natal no pé de amora”! Que presente! Obrigada, Ivana e equipe. Vida longa para a Canguru! - Miriam Oliveira
fale com a canguru Entre em contato por e-mail: redacao@cangurubh.com.br ou deixe um comentário em nossas redes sociais.
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você está pronto para mudar para o Buritis?
Fotos do empreendimento pronto. Este material tem caráter meramente ilustrativo por se tratar de bem a ser construído. O mobiliário e os equipamentos não fazem parte do contrato de compra e venda. Os materiais e cores representados poderão sofrer pequenas alterações sem prévio aviso em função da disponibilidade dos mesmos no mercado. Contrato padrão e demais condições estão disponíveis em nosso plantão de vendas. As condições ora indicadas poderão sofrer alterações sem prévia comunicação ou anuência dos interessados, para adequação ao mercado. Desconto de R$177.000,00 (cento e setenta e sete mil reais) sobre o valor do imóvel incidente sobre os preços da tabela de Novembro/2016, referente ao imóvel 1907, Torre 1, do empreendimento Spazio Eco Vitta. Estes descontos são válidos para utilização em aquisições realizadas até 31/12/2016 nos contratos efetivamente assinados nesse período, enquanto durarem os estoques. O desconto é pessoal, intransferível e não cumulativo com outras promoções. Válido somente para novas aquisições e não pode ser utilizado para quitação de parcelas ou amortização de financiamento. Oferta não cumulativa com outras promoções. *Consulte regulamento da promoção ITBI e Registro grátis. RI: 106836 - 1º Ofício do Registro de Imóveis de Belo Horizonte-MG.
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Informações:
Atendimento online 24 horas:
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www.cangurubh.com.br Todos os meses, a Canguru promove seminários gratuitos sobre temas relacionados à educação dos filhos. Fique atento à programação dos próximos eventos.
Evento
O papel dos pais no combate à obesidade infantil Lucas Penchel, médico nutrólogo, será o convidado do Encontro Canguru
A obesidade entre crianças menores de 5 anos atingiu níveis alarmantes em âmbito mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, uma em cada três crianças está acima do peso ideal. O problema precisa ser enfrentado com ajuda dos pais. É sobre isso que o médico especialista em nutrologia Lucas Penchel vai falar no Encontro Canguru de janeiro. Ele lembra que é enorme a chance de uma criança gordinha se tornar um adulto obeso. E a culpa não é da criança. Se você também se preocupa com esse tema, não perca a oportunidade. A palestra seguida de debate será no dia 28 (sábado), às 10h30, no anfiteatro do Pátio Savassi. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas. Para fazer sua inscrição, acesse www.cangurubh.com.br.
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Promoção
Férias também é tempo útil para colocar a saúde dos filhos em dia. Antes do reinício das aulas, é bom guardar um espaço na agenda para visitar o pediatra, colocar a vacinação em dia e dar uma geral na saúde bucal. Em parceria com a Clínica Odontoellos, a Canguru vai dar um incentivo para o check up dos pequenos: vai sortear um check up dental, uma avaliação completa, que inclui limpeza e orientação para os pais. Acesse www.cangurubh.com.br e confira as regras para participar desta promoção.
fotos: [1] divulgação, [2] pixabay
Ano-Novo com saúde bucal em dia
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Saúde
Calorzinho bom, mas perigoso Além dos dias mais longos, por causa da mudança de horário, o calor do verão nos convida a sair de casa. Passeios ao ar livre, banhos de piscina, brincadeiras ao sol. O sonho de toda criança! Mas as altas temperaturas também trazem preocupações, como a proliferação do mosquito transmissor da dengue e o excesso de raios ultravioleta. É claro que ninguém vai deixar de curtir as férias
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por causa disso, mas alguns cuidados precisam ser tomados para que o descanso seja, de fato, saudável. Veja em www.cangurubh.com.br, os cuidados que os pais devem tomar enquanto os filhotes se divertem ao sol.
Na CBN Às terças e quintas, às 10h40, acompanhe ao vivo o boletim Canguru: criando filhos em BH. Todos os áudios estão disponíveis no portal cangurubh.com.br.
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Tem coisa mais divertida do que brincar com água? A criançada A-D-O-R-A! E ficou até difícil escolher os mais alegres nas fotos com piscina, cachoeira, mar, regador, balde... Você pode ver todas se procurar por #cangurubh no Instagram e também na galeria que montamos em cangurubh.com.br, combinado?
Lana Helena, de 1 aninho, não esconde a alegria de tomar banho de bacia. Foto no Insta de @rahnv
Ter um mar inteiro para brincar deixou Aslan Portes, de 2 anos, encantado! A foto é de @samanthaisa86
Próxima missão: Caretas engraçadas Criança adora fazer caretas e poses hilárias, não é mesmo? Tente fazer um flagrante legal, e vamos publicar na próxima edição as fotos mais engraçadas que pintarem em nosso Instagram! Mas lembre-se de marcar a imagem com a hashtag #cangurubh, viu?
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fotos: reprodução instagram
Enzo Formaggini, de 3 anos, foi flagrado em pleno pulo! O clique está no Instagram @enzoformaggini.
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apresenta
Só uma picadinha rotina de vacinação de uma criança começa logo cedo, desde as primeiras horas de vida, quando a criança recebe a vacina BCG e a primeira dose contra Hepatite B. Essa rotina de vacinação é mais intensa nos primeiros dois anos de vida, quando a criança é vacinada contra diversas doenças. Nos últimos anos, os pais passaram a contar com novas vacinas para a proteção das crianças, como conta o médico infectologista dr. Adelino de Melo Freire Jr., gerente de vacinas do laboratório São Marcos e coordenador do Serviço de Controle de Infecções do Hospital Felício Rocho. • Meningite B – a vacina protege contra a bactéria meningococo tipo B, um dos principais agentes causadores de meningite meningocócica em crianças. Indicada já no primeiro ano de vida, em esquema de duas ou três doses, com reforço no segundo ano de vida. Crianças que não foram vacinadas nesta idade podem receber a vacina posteriormente. • ACWY Quadrivalente – a vacina protege contra quatro agentes causadores da meningite meningocócica (A, C, W e Y). Assim como a Meningite B, é indicada já no primeiro ano de vida, em esquema de duas ou três doses, com reforços no segundo ano de vida e novamente aos 5 e 10 anos de idade.
fotos: reprodução instagram
foto: Shutterstock
As vacinas citadas pelo médi co são:
• Gripe Tetravalente – protege contra quatro subtipos de influenza. Essa vacina pode ser tomada a partir de 6 meses de idade e tem indicação de doses anuais. • Dengue – para crianças maiorzinhas, a vacina contra os quatro tipos do vírus da dengue deve ser tomada a partir dos 9 anos, dividida em três doses, uma a cada seis meses. Lançada no segundo semestre de 2016, a vacina contra a dengue ainda causa dúvida em muitos pais. Segundo o dr. Adelino, a vacina foi testada em dezenas de milhares de crianças ao redor do mundo, inclusive no Brasil, e mostrou ser segura para crianças acima de 9 anos. A eficácia da vacina é de mais de 90% contra casos graves da doença. De acordo com o infectologista, o calendário de vacinação é muito dinâmico e se atualiza sempre, por isso é importante que os pais também estejam informados se há uma nova vacina importante ou alguma mudança de recomendação. “Com acesso ilimitado às informações hoje em dia, os pais devem consultar uma fonte confiável para se informar sobre novas vacinas que as crianças podem ou devem tomar”. Para essas informações, o site do São Marcos (www.saomarcoslaboratorio.com.br) está sempre atualizado de acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Imunização – SBIm.
Nas férias tudo fica mais divertido. Até cuidar da saúde.
A DENGUE TEM VACINA LIGUE HOJE PREVENÇÃO. GARANTA SUA
Programação de atividades de recreação em nossas unidades durante o mês de janeiro. Confira em nosso site.
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MESMO.
Responsável técnico: Dr. Cláudio M. M. Cerqueira - CRM MG 6888
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por Rafaela
Matias
Mamãe, colo ca um laço que com bina com meu vestido , esse verde não está com binando!
valentina, 3 anos, filha de Daniel Laino de Oliveira e Bruna Braga
Por que apareceram propagandas de refrigerante na Olimpíada? Refrigerante não é bom para a saúde!
Queria tanto brincar de casinha, mas não tenho os eletromagnéticos necessários...
Ibam de pe a é, sim, u m s quer soa. Quan nome ter um do vo que p c a edir a cobra, te ê m u t o r para o Ibamização a.
Maria Teresa, 7 anos, filha de Paulo de Tarso Auais e Nicole Peixoto Auais Otávio, 7 anos, filho de Paulo Marcos Lemos e Marina Padula (in memoriam) e enteado de Laura Alice Souza da Silva
O mos quito d dengue a transm ite três doença s: a de ngue, a zika e o “Chico Bento”.
Mariana Assis, 4 anos, filha de Anapaula Assis e Júlio Figueiredo
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fotos: arquivo pessoal
Laura, 5 anos, filha de Rafael Silva e Luciana Rocha
Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail redacao@cangurubh.com.br.
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Um pequeno grande inimigo da saúde
fotos: arquivo pessoal
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prevenção da Dengue, Chikungunya e Zika exige o cuidado de todos, até das crianças que hoje estão atentas e vigilantes às notícias e informações. Nesta época do ano, especialmente, com a chegada do verão e o maior volume de chuvas, aumenta o risco da proliferação das doenças por meio do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Por isso, é sempre importante falar sobre a prevenção dessas doenças, inclusive para o público infantil, abordando o tema de uma forma interessante e envolvente. Para conversar com os pequenos sobre esse assunto, a Sete Kids produziu a animação “Um Pequeno Grande Inimigo Da Saúde”. O
vídeo que tem o selo Pedagogicamente Responsável estimula as crianças a se envolver na batalha contra o Aedes aegypti, mostrando como cada um – em qualquer idade – pode colaborar para vencer esse inimigo. Com o tema transversal da saúde, a animação trata também da solidariedade, do gosto pela pesquisa e pelo conhecimento, além da importância da amizade e da paciência. A Educore ainda oferece gratuitamente no seu site dois e-books sobre a dengue, que complementam a experiência proporcionada pelo vídeo: um para a família, com boas práticas de prevenção, e outro para educadores, com sugestões de atividades para fazer em sala de aula.
O selo “Pedagogicamente Responsável” é uma chancela concedida pela Associação Educore a conteúdos que ensinam às crianças conceitos importantes para a formação humana. Acesse o site da associação para saber mais sobre o selo.
www.educore.org.br
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edição Camila
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O que está rolando de útil, divertido ou curioso na web e nas redes sociais
Inspirando meninas Um pai, duas filhas e muitos cliques Jason Lee é fotógrafo e pai dedicado de duas princesas – Kristin, de 8 anos, e Kayla, de 5. Em 2006, para entreter as filhas doentes, ele começou a tirar fotos divertidíssimas com as duas para mostrar aos avós que moravam longe, através de um blog. Hoje as duas estão saudáveis, mas ainda se divertem com os cliques do papai. Se divirta com as fotos, usando nosso QR Code ou acessando o link http://bit.ly/ MuitosCliques
Em uma loja de departamentos, essa pequena de 8 anos questiona a mãe sobre o porquê de roupas para meninos terem frases inspiradoras e as de meninas serem sempre sobre beleza. Assista a esse vídeo com o nosso QR Code ou pelo link abaixo e faça essa refle[2] xão. Meninas também querem ser inspiradas pelas roupas que vestem! acesse: http://bit.ly/InspirandoMeninas
Celebridades em miniatura Eles se parecem com o papai ou com a mamãe? Que nada! Veja essas dez crianças que parecem pequenas miniaturas de atores famosos. Use nosso QR code ou acesse pelo link
[1] @thingsihavedrawn (instagram); [2] Reprodução; [3] Divulgação
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Entrando no ritmo
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Apadrinhe uma criança Criada em 1988, a Associação Projeto Providência atende crianças e jovens em situação de risco social e pessoal em aglomerados e favelas. Para realizar oficinas como dança, circo e teatro, além de oferecer apoio pedagógico, refeições e transporte, a instituição precisa da ajuda por meio do apadrinhamento. Os colaboradores contribuem com um valor mensal para ajudar a custear as despesas e podem visitar os afilhados da instituição. Informações pelos telefones 3273-8902 e 3403-2162 ou pelo e-mail escritorio@projetoprovidencia.org.
Uma turminha bem bacana foto: [1] Braulio Dolabella; [2] Pixabay; [3] divulgação
[1] @thingsihavedrawn (instagram); [2] Reprodução; [3] Divulgação
Além de ser um exercício físico e uma forma de expressão, a dança exerce um importante papel de integração social. Sabendo disso, o grupo de dança Primeiro Ato, dirigido por Suely Machado, criou o projeto Dançando na Escola, que oferece bolsas de estudo parcial e integral para alunos de escolas públicas de 6 a 13 anos. As aulas acontecem na Escola Estadual Dona Augusta (na Rua Copérnico Pinto Coelho, 13, bairro Santa Lúcia) e nas unidades do Primeiro Ato Cidade Jardim (Rua Bernardo Mascarenhas, 305) e Jardim Canadá (Rua Búfalo, 261, Jardim Canadá, Nova Lima). O currículo abrange dança prática e teórica, musicalidade e ritmo, expressão corporal e investigação coreográfica, respeitando a idade e a maturidade de cada aluno. O projeto já possui 80 atendidos e novas inscrições serão abertas no primeiro semestre deste ano. Informações pelos telefones 3296-4848 e 3541.8881.
Em tempos recheados de dessabores políticos, é um acalento quando um órgão público lança um projeto legal. É o caso da Turminha do MPF, idealizada pelo Ministério Público Federal. Por meio de ações em escolas, são tratados assuntos como cidadania, discriminação e corrupção. Na capital, a Turminha é encabeçada pelo servidor público Raul Roland. As escolas interessadas podem entrar em contato pelo e-mail raulsenra@mpf.mp.br.
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de crianças nascem todos os anos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde
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Atenção à asma
Que preço é esse?
Está chegando a hora de renovar o material escolar do seu filho. E a notícia não é boa: para o ano letivo de 2017, já é possível perceber uma alta de 5% a 10% no preço final de cadernos, fichários, livros e agendas. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE), a alta de 24% no preço do papel e a elevação da carga tributária, com média superior a 40%, são os responsáveis pelo encarecimento para o consumidor final. A dica para proteger o bolso é pesquisar em pelo menos três pontos de venda e ficar de olho nas promoções.
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Você já deve ter ouvido falar sobre os malefícios dos alimentos processados. Grande parte do que se diz foi baseado em estudos e pesquisas (o consumo exagerado, por exemplo, está realmente associado a uma série de doenças). O problema é que muito do que é divulgado, especialmente na internet, não passa de mitos. Para acabar com as dúvidas e evitar o terrorismo nutricional, a Plataforma de Inovação Tecnológica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo criou o portal alimentosprocessados.com.br, que traz informações de um comitê técnico-científico formado por pesquisadores, professores e profissionais do setor.
fotos: [1] pixabay
Nem tudo é verdade
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fotos: reprodução instagram; [1] Reprodução youtube.
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A asma atinge cerca de 20% das crianças e é considerada uma das doenças respiratórias mais prevalentes no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), por ano são registradas 2.000 mortes de adultos e crianças, e a falta de informação é um dos fatores que mais contribuem para os óbitos. Além da tendência genética, o órgão afirma que o problema pode ser desencadeado pelo esforço físico excessivo. “A criança brinca, corre pela casa, e, de repente, começa o chiado. Há prevenção e tratamento com medicamentos adequados para essa situação”, afirma o médico Nelson Rosário, da ASBAI. Entre os sintomas mais comuns estão chiado no peito, tosse constante e falta de ar. Se o seu filho apresenta algum deles, procure um médico!
eu já fui
criança Juscelino Kubitschek Nascido em Diamantina, no ano de 1902, Juscelino Kubitschek de Oliveira se tornou uma das mais importantes personalidades mineiras. Filho de João César de Oliveira e Júlia Kubitschek, o pequeno JK tinha o apelido de Nonô, que combinava com o de sua irmã, Naná. Cursou o ginásio em Diamantina por não possuir recursos para estudar em Beagá e ingressou no seminário diocesano em 1914. Aos 15 anos, concluiu o curso de humanidades e decidiu abandonar o seminário, já que não sentia vocação para o sacerdócio.
Anderson Noise O DJ mineiro nasceu três horas após o homem pisar na lua, na madrugada de 21 de julho de 1969. Aos 7 anos, enquanto a maioria dos garotos só queria sair para brincar, ele gostava mesmo era de comprar discos. Talvez a paixão pela música tenha sido herdada da família, que se reunia todo fim de semana para fazer rodas de samba no quintal da casa onde morava, no bairro Renascença.
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fotos: reprodução instagram; [1] Reprodução youtube.
fotos: [1] pixabay
Inês Peixoto Foi um prazer para a atriz belo -horizontina interpretar a professora Cecília Paim no filme Meu Pé de Laranja Lima (2012), adaptação para os cinemas do livro de José Mauro de Vasconcelos. Isso porque, quando criança, a obra era uma das favoritas de Inês. Apaixonada por literatura e teatro, ela adorava ir à escola e costumava presentear as professoras com flores. Que fofa!
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4moda
De pé (quase) no chão Férias, calorão, brincadeiras, conforto. Tudo isso combina perfeitamente com um item que não falta no armário de ninguém: os chinelos. E se você pensa que não dá para sair com esse conforto sem parecer por Rafaela
desarrumado, estamos aqui para provar o contrário. Olha só quanto requinte tem esse par de chinelos da Bibi que calça a linda Vitória Lima, de 5 anos. Dá até um charme a mais ao look, não é mesmo?
Matias Lacinho R$ 149,90, da Bibi. Boulevard Shopping, 2534-0654. www.bibi.com.br
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Hulk R$ 29,90, da Grendene. www.grendenekids. com.br
fotos: [1] gustavo andrade; [2] divulgação
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Preto R$ 27,99, da Mormaii. www.mormaii.com.br
Preços pesquisados em dezembro de 2016. A Canguru não se responsabiliza pela alteração de preços ou pela falta de produtos. Imagens ilustrativas.
fotos: [1] gustavo andrade; [2] divulgação
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edição Rafaela
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Guia do mochileiro Selecionamos mochilas que vão dar um gás extra para a volta às aulas. Hora de Aventura R$ Le Postiche Boulevard Shopping tel.: 3241-1590
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* Preços pesquisados em dezembro de 2016. A Canguru não se responsabiliza pela alteração de preços ou pela falta de produtos. Imagens ilustrativas.
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4Segurança
Cuidado no caminho Saiba o que observar na hora de escolher o transporte escolar que levará o seu filho por Rafaela
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A servidora pública Miriam Passos fez como manda o protocolo na hora de escolher a escola da filha mais velha, Marina, hoje com 8 anos. Pesquisou entre as opções disponíveis, pediu indicações e matriculou a menina naquela que oferecia melhor infraestrutura e coerência com os princípios da família. Depois disso, veio uma decisão bem menos impactante: a escolha do transporte escolar. Como ela e o esposo não poderiam se deslocar diariamente da sua casa, no Gutierrez, para levar a criança à escola, no bairro Santa Lúcia, procuraram por uma van que fizesse o trajeto. Acharam com facilidade e, por meio de um acordo verbal, combinaram o valor (cerca de R$ 200) e os horários de ida e volta. “O veículo era bom, usavam cinto de segurança, tinha acompanhante e deixavam as crianças dentro da escola. Durante seis meses correu tudo bem, e eu estava tranquila com a escolha”, conta.
foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Veículos que fazem transporte escolar precisam ter passado por vistoria
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Faça uma boa escolha Antes de contratar um prestador de serviço, verifique as condições do veículo e a documentação pessoal do motorista; Busque referências sobre o prestador de serviço na escola, com outros pais, no sindicato dos motoristas ou no Detran; Exija que o embarque e o desembarque das crianças sejam feitos por um monitor que as acompanhe dentro da van e sempre pelo
lado da calçada; Tenha certeza de que as crianças são deixadas em frente à escola e na porta de casa, sem necessidade de atravessar ruas; Verifique as condições de higiene do carro e o número de cintos de segurança. Toda criança transportada deve usar, individualmente, o cinto de segurança ou a cadeirinha apropriada para seu peso. Ensine a criança a
ficar sentada enquanto o veículo estiver em movimento; sempre afivelar o cinto de segurança; não falar com o motorista enquanto ele estiver dirigindo; respeitar o monitor do veículo; e descer do veículo somente depois que ele parar totalmente; Sempre converse com a criança sobre o que acontece durante a viagem para avaliar se todas as medidas de segurança estão sendo realizadas.
foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Fonte: ONG Criança Segura
Um dia, porém, um acidente mudou os rumos da história. Era uma tarde chuvosa e embora a casa de Miriam fosse em uma rua plana, o escolar parou um pouco à frente, em um morro. A ajudante, de rasteirinha, escorregou na hora de descer Marina – na época com 4 anos – da van e caiu por cima da menina. A pressão abdominal comprimiu o rim de Marina e machucou o órgão. Ela passou dois dias internada urinando sangue, precisou passar por uma série de exames e fazer acompanhamento com um urologista. Felizmente, a lesão era reversível e não deixou sequelas, mas, como observou a mãe, “tudo poderia ter sido evitado se a acompanhante usasse calçados que facilitassem a tarefa e, especialmente, se o escolar tivesse deixado a pequena na porta de casa”. Hoje, Miriam acredita que tão importante quanto pesquisar a instituição de ensino é escolher bem o transporte escolar que levará o pequeno até lá.
A afirmação pode ser comprovada em números. As crianças chegam a ficar 3 horas por dia dentro da van ou do ônibus, considerando os trajetos de ida e volta – não é muito menos que a média de 5 horas em sala de aula. Por isso, é importante que os profissionais responsáveis pelo veículo também tenham compromisso com a segurança e com a educação. Outro dado alarmante é o de multas aplicadas em 2016 pela BHTrans, que fiscaliza o serviço na capital, para escolares que descumpriram as normas exigidas (veja no infográfico): 556 registros. Se somadas ao número de multas por excesso de velocidade e outras infrações de trânsito, a taxa é ainda maior. Mesmo assim, os transportes escolares ainda são boas opções para os pais que trabalham o dia todo, desde que haja um olhar cuidadoso na hora de fazer a escolha. Veja algumas dicas da ONG Criança Segura:
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Conheça as regras
Observe se há o selo de vistoriado, emitido pela BHTrans, no para-brisa. Ele é a prova de que o veículo passou pela vistoria.
Confirme se o serviço oferece um acompanhante (ou monitor). A presença desse profissional é obrigatória para veículos com capacidade superior a 20 lugares.
Fonte: BHTrans
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O número inscrito no selo é o mesmo da Autorização de Tráfego (documento de porte obrigatório do condutor do escolar). Você pode, inclusive, exigir uma cópia para controle da última e da próxima vistoria.
Se o serviço possuir um acompanhante, ele também deve estar cadastrado na BHTrans e possuir o Registro de Acompanhante.
O veículo com capacidade mínima de 14 e máxima de 20 lugares deverá ter, no máximo, 13 anos de fabricação; acima de 20 lugares o máximo permitido é de 11 anos de fabricação. Nenhum dos veículos pode exceder a capacidade estabelecida pelo fabricante. Motoristas do Transporte Escolar devem portar o Registro de Condutor (crachá de identificação) da BHTrans.
É obrigatório que o prestador de serviço de Transporte Escolar firme um contrato com os pais ou responsáveis pela criança.
O cinto de segurança protege em caso de acidentes e deve ser usado sempre. A lei não permite que crianças sejam transportadas no colo.
A criança até 1 ano de idade deve ser transportada em bebê conforto, e a com idade entre 1 e 4 anos deve ser transportado em cadeirinha.
* Caso verifique alguma irregularidade, denuncie pelo telefone 156.
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4Educação
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Mudei filho de escola ,
e agora ? Veja como tornar a experiência de adaptação enriquecedora para a criança e uma oportunidade para toda a família por Daniele
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Quando chegou o boleto para a renovação da matrícula de seu filho mais velho, a fonoaudióloga Renata Costa, 39, levou um susto. O novo valor da mensalidade iria aumentar em 40% e ficar inviável para o orçamento familiar. Ela teve, então, que tomar a difícil decisão de mudar Lucas, então com 6 anos, da escolinha de que ele tanto gostava e na qual estava plenamente adaptado. A reação do pequeno foi tocante: ele se ofereceu para tirar o dinheiro de sua poupança para não ter que mudar de escola. “Foi gesto muito espontâneo, que nos fez perceber o quanto a mudança seria difícil para ele em diversos aspectos.” Se, para os adultos, qualquer mudança pode, muitas vezes, significar dor de cabeça, para as crianças a situação é ainda mais delicada. De acordo com o professor da UFMG Cristiano Gomes, pós-doutor em psicologia da educação, isso se deve ao fato de as crianças menores precisarem criar vínculos. “Na antiga escola, esses vínculos já estão estabelecidos, seja com a professora, com os coleguinhas ou com o pró-
prio ambiente escolar, e uma mudança forçaria a quebra dos antigos e a criação de novos vínculos, o que para elas pode ser difícil", explica. Mas, se a mudança for inevitável, o que fazer para torná-la uma experiência mais fácil para toda a família? A primeira atitude tem que partir dos pais, diz Gomes. Eles precisam passar a segurança necessária aos filhos e evitar qualquer demonstração de que estejam assustados ou com medo da nova rotina. O especialista também destaca que é importante conversar com a nova escola e ser totalmente sincero sobre os motivos da mudança e as particularidades da criança, o que facilita o trabalho de acolhimento e adaptação. Patrícia Caram, orientadora e psicóloga do Colégio Colibri, concorda que é essencial ser claro com a escola quanto às características dos filhos. “É importante, mais do que não esconder nada da escola, que os pais sintam na instituição uma parceira antes de qualquer coisa – e, para a escola ser essa parceira, ela precisa saber como ajudar” afirma.
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Lucas, e a irmã Manuela: o menino ofereceu dinheiro da sua poupança para não ter que mudar de escola
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O acolhimento das escolas Assim como outras escolas ouvidas pela reportagem, o Colégio Colibri faz uma entrevista com os pais de novatos, antes mesmo da matrícula, para que os profissionais conheçam a história da criança. “Quando começa o ano letivo, nós fazemos um trabalho de acolhimento que envolve uma dinâmica de apresentação e um acompanhamento próximo nas primeiras semanas, fazendo com que a criança se sinta parte da comunidade escolar”, diz a orientadora Patrícia Caram. A Escola Bilboquê tem um método parecido de ambientação, levando as famílias para conhecer as dependências do lugar. “Depois que a criança entra, iniciamos um trabalho de adaptação que inclui a mistura das turmas entre alunos veteranos e novatos e o desígnio de tutores, que são dois coleguinhas que ficam encarregados de apresentar a escola para os que estão chegando”, conta Maria Claret Lamounier Elias, diretora pedagógica da instituição. Já na Escola Americana, a adaptação varia de acordo com a idade das crianças. Aquelas que têm entre 3 a 4 anos, por exemplo, têm um horário especial de adaptação na primeira semana de aula. “É importante lembrar que crianças são indivíduos, com personalidades e características próprias. Cada uma se adaptará de um jeito e em seu próprio tempo”, diz a gerente de admissão, Roberta Coelho. “A escola e a família devem trabalhar como um time para que haja sucesso na educação.”
Esperança na mudança Muitas vezes, entrar em uma escola nova é uma demanda do próprio aluno, que pode não estar se sentindo à vontade no ambiente atual. Foi o caso do pequeno Augusto, de 6 anos, como relata sua mãe, a pedagoga Marcela Bracarense, 35: “Ele é uma criança especial, com espectro autista, e eu percebi que a escola não considerava essa particularidade dele e não procurava maneiras de ajudá-lo quando ele precisava”.
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Augusto, de 6 anos: escolha por uma instituição atenta as suas necessidades especiais
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A mudança também significou uma reviravolta na vida da família inteira. É que, para ficar mais perto do novo colégio, Marcela decidiu mudar de casa. Hoje, dois anos depois de tomar a decisão, Augusto está feliz no novo ambiente, e a família, satisfeita com a decisão. E o que aconteceu com o Lucas, que queria até quebrar o cofrinho para evitar a mudança? A família adorou a nova escola e até decidiu inscrever lá a caçulinha, Manuela, de 1 ano. Agora, passados apenas seis meses, Lucas se prepara para uma nova troca, porque já estava no último ano do ciclo básico. Mas, desta vez, ele está entusiasmado com o desafio. “Acredito que o que nos ajudou no processo foi a sinceridade, porque desde o começo nós explanamos os motivos reais da saída dele e colocamos como uma razão justa. Hoje ele sabe que planos podem mudar a qualquer momento e que a mudança nem sempre é ruim”, conclui a mãe. =
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Como saber se meu filho quer mudar de escola?
outras dicas para ajudar na adaptação do seu filho
Seu filho fala com você. Mesmo que não diretamente, ele se comunica. Como pais, é preciso que estejamos abertos ao diálogo e atentos aos sinais que eles podem apresentar caso não estejam se adaptando à nova escola:
Os pais podem inserir o ambiente escolar no cotidiano da família de maneira indireta, criando uma relação que vai fazer a criança se sentir em casa nos dois lugares. Como fazer isso? • Ensinar brincadeiras para fazer com os colegas
Choro: Se a criança chora muito, se aborrece por qualquer ou nenhum motivo, seja dentro ou fora da escola, é importante procurar a raiz do problema, que pode, sim, estar na falta de adaptação da criança à intsituição.
• Contar histórias para serem repetidas na escola • Desenhar com as crianças e fazer com que elas levem o resultado para que os amiguinhos vejam
Chamar pelos pais: Quando a
Essas ações simples aumentam significativamente a segurança dos pequenos no ambiente escolar.
criança chama pelos pais durante o período escolar é porque ela não se sente segura ou confortável no ambiente em que está inserida.
[2]
Apego a objetos: De um jeito muito parecido com os pais, alguns objetos exercem um papel de porto seguro para a criança. Se ela não desgruda de um determinado brinquedo, bico ou cobertor, por exemplo, é hora de conversar.
foto: [1] arquivo pessoal; [2] pixabay
Observação: A família deve prstar atenção em mudanças no comportamento e no que a criança fala. Se achar que algo está afetando a adaptação, é importante ser aberto com a escola para que haja uma observação mais focada. Estar presente: O importante é estar presente. Conversar com a criança, ler agenda, e-mails ou qualquer outro tipo de comunicação enviada pela escola. Entendendo como a escola funciona, fica mais fácil de entender como anda a adaptação da criança. Fonte: Maria Claret Lamounier Elias, diretora pedagógica da Escola Bilboquê janeiro 2017 .
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4Saúde
Por que os dentes nascem tortos? Especialistas explicam os fatores que levam a uma arcada desarmônica e como alguns hábitos ajudam a prevenir o problema Matias
A importância de uma arcada dentária harmônica vai muito além do sorriso bonito. Os 32 dentes que preenchem a boca do ser humano influenciam diretamente em funções vitais, tais como mastigação, fala e respiração — isso mesmo antes dos 6 anos, quando os 20 dentes de leite fazem o trabalho provisório. Mas, afinal, por que os dentes não nascem todos no lugar certinho e por que é tão comum que crianças precisem fazer uso de aparelhos ortodônticos? O cirurgião dentista Gustavo Féres, especialista em estética orofacial, explica que há fatores genéticos e outros hábitos que podem afetar a dentição, como colocar a língua frequentemente para fora e chupar dedo. Nesses casos, a melhor forma de evitar o problema é eliminar os costumes ruins e fazer o tratamento preventivo. “Com 1 aninho, já é possível fazer a primeira consulta. A partir daí, fazemos o acompanhamento anual e, por volta dos 4, iniciamos o tratamento preventivo”, afirma. Ele chama atenção ainda para uma descoberta recente que pode fazer muita diferença na hora de cuidar da arcada dentária. É que, desde a gestação, os dentes são influenciados pela alimentação, primeiro da mãe e, posteriormente, da criança. “Tudo
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o que comemos interfere no desenvolvimento da mandíbula e da arcada dentária”, afirma. Segundo o nutrólogo Lucas Penchel, estudos apontam uma relação entre o consumo de alimentos industrializados e a formação de uma arcada dentária desarmônica. “Todo alimento que é ingerido pela criança ou até mesmo os produtos utilizados pela mãe durante a gestação podem interferir na qualidade dos dentes, tanto para o bem quanto para o mal”, afirma. Para ele, ainda não existe um número satisfatório de pesquisas na área, mas a literatura evidencia que, após a globalização e, principalmente, com o aumento de alimentos processados, houve crescimento no número de crianças que apresentam anormalidades na dentição definitiva. “Se observarmos como eram nossos pais e avós quando crianças e adolescentes, veremos que muitos possuíam um sorriso harmônico, mesmo sem ter usado aparelho. Hoje, isso é raro”, acredita. De acordo com o especialista, alguns estudos feitos em animais mostraram que o consumo de alimentos crus pode aumentar em até 10% o tamanho da mandíbula. O contrário, portanto, geraria uma arcada menor, um dos fatores preponderantes para o encavalamento dos dentes. =
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por Rafaela
Alimentos poderosos
Veja quais ajudam e quais atrapalham o sorriso
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Vegetais crucíferos: brócolis, couve, couve-flor, mostarda. São ricos em cálcio, mineral fundamental na fixação e na formação da arcada dentária. Alimentos-detergente: maçã, pera, pepino, cenoura, nozes e alguns tipos de queijos brancos. Ajudam a limpar os dentes tanto pelo atrito com o esmalte quanto por conter nutrientes que estimulam a salivação e ajudam a proteger os dentes.
Produtos com revestimento interno de alumínio: suco de caixinha e bebidas enlatadas. Além de serem muito ácidas, possuem grandes concentrações de conservantes, que fazem mal aos dentes. Alimentos industrializados: congelados, enlatados e processados. Além de serem pobres em nutrientes e não estimularem a mastigação, muitos são ricos em açúcar, que, em excesso, também é nocivo aos dentes.
Fontes: Cirurgião dentista Gustavo Féres e nutrólogo Lucas Penchel janeiro 2017 .
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4Nutrição
Saiba onde comprar alimentos orgânicos em Belo Horizonte por Daniele
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Já é automático associar alimentos orgânicos ao conceito de alimentação saudável. A própria produção desses alimentos se dá de maneira natural, respeitando o ciclo da natureza e as particularidades do solo e do ambiente de plantio, sem a interferência de insumos tecnológicos e agrotóxicos. No mundo inteiro, são usadas aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos por ano, sendo que o Brasil é o campeão mundial no uso desses químicos, responsável por um oitavo do consumo total, segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O consumo abusivo de agrotóxicos está associado a problemas como depressão, infertilidade, transtornos na imunidade e alguns tipos de câncer.
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É por isso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por monitorar os resíduos de agrotóxicos nos alimentos em todo o país, recomenda que os consumidores deem “preferência aos produtos orgânicos ou da agroecologia”. Luiza Fiorini, gastrônoma especializada em alimentação infantil e blogueira da Canguru, também recomenda sem ressalvas a adoção de alimentos orgânicos na dieta familiar, apontando benefícios que vão desde o cuidado com o meio ambiente à valorização do trabalho dos pequenos agricultores. “Já comeu uma banana orgânica? Já reparou o quanto ela é mais saborosa do que a que se compra em sacolões comuns? O consumo de orgânicos traz benefícios à saúde, à economia, ao meio ambiente e ainda permite a redescoberta do sabor dos alimentos”, afirma. Desde 2002, com a publicação do Decreto 11.044, os belo-horizontinos têm à disposição oito pontos de venda fixos de produtos orgânicos em três regiões da cidade. =
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É dia de feira
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confira os endereços e os horários Centro-Sul endereço bairro
horário de funcionamento
Av. Paulo Camilo Pena, 400
Terças, das 7h às 12h
Belvedere
Av. Guaicuí, esquina com Felipe Drummond Luxemburgo
Quartas, das 7h às 12h
Praça JK - Av. dos Bandeirantes
Mangabeiras
Sextas, das 7h às 12h
Rua Cláudio Manoel entre Getúlio Vargas e Afonso Pena
Funcionários
Terças, das 12h às 18h
Rua Grajaú com Francisco Deslandes
Anchieta
Terças e sextas, das 7h às 12h
Barragem Santa Lúcia ao lado da Praça República do Líbano São Bento
Terças, das 7h às 12h
Oeste Av. Prof. Mário Werneck, esquina com Rua Aurélio Miranda
Buritis
Sextas, das 7h às 12h
São Luiz
Sábados, das 7h às 12h
Pampulha Av. Alberto Dalva Simão, esquina com Av. Santa Rosa
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4Férias
por Rafaela
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O que você acha que não pode faltar em uma viagem perfeita? Essa foi a pergunta feita a mais de 22,5 mil crianças e adolescentes do mundo todo pelo site de viagens Booking.com. Os participantes contaram quais são seus maiores desejos para as férias em família, e o levantamento descobriu, por exemplo, que 73% das crianças de 5 a 11 anos querem um lugar com piscina e que 58% preferem ir à praia. Muito importante, não? As terras brasileiras também mostraram que ainda encantam o mundo – pelo menos o dos pequenos –, já que os resultados destacaram a Grécia, o Brasil e os Estados Unidos como os principais destinos para crianças neste ano, e os três países foram bem recomendados pelos jovens avaliadores que visitaram os locais. Veja o que a criançada não dispensa na viagem ideal: =
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73% querem ficar perto de piscinas e toboáguas divertidos
58% fazem questão de passar as férias na praia
54% querem fazer coisas que não são feitas em casa
42% consideram importante brincar com outras crianças
34% querem comer muito sorvete nas férias
33% gostariam de passar férias em uma cidade histórica
32% querem consumir comida que normalmente não é permitida em casa
24% esperam ficar em um quarto maior do que aquele que possuem em casa
22% acham importante a cama ser bem macia
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fotos: [1] gustavo andrade; [2] Pixabay
Veja o que as crianças de 5 a 11 anos consideram indispensável para garantir a diversão
As minhas férias perfeitas teriam...
foto: pixabay
A viagem dos sonhos
4viagens, modo de usar
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Férias mineiras Luís Giffoni [2]
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Que tal neste janeiro curtir cantinhos pouco conhecidos de Minas Gerais? Minha sugestão fica razoavelmente perto de Belo Horizonte e esbanja beleza. Criança alguma porá defeito. Tem tudo de que a garotada gosta: ar puro, muita água, aventura, trilha, bicho, natureza. Tem até uma atração exclusiva: uma ave raríssima, o pato-mergulhão, uma das nossas espécies à beira da extinção, da qual sobram apenas 250 indivíduos. A sugestão é o sudoeste mineiro, perto da Serra da Canastra, no município de Capitólio. Chamam-na "Mar de Minas". O nome é apropriado. Possui muita, muita água. Oferece conforto básico em pequenas pousadas com piscinas, cavalos, barcos, lanchas e restaurantes, além da represa de Furnas inteira para explorar. Sem falar nas pequenas joias da natureza escondidas em suas margens. Para quem vai pela MG-050 de BH para Passos, logo após a entrada de Capitólio, antes da ponte do Rio Turvo, a Trilha do Sol revela
um cânion deslumbrante, escavado pelas águas no arenito amarelado, em ângulos quase retos. Parece mármore. No alto, veem-se árvores frondosas. No leito do riacho, cachoeiras se sucedem enquanto as pessoas nadam ao lado de centenas de peixinhos. Crianças adoram pular nas piscinas de esmeralda. Adultos também. Ao final da aventura, um desvio leva a uma cachoeira cercada de samambaias, verdadeiro santuário. Paisagem para se olhar com veneração. Depois, que tal um frango com quiabo? Lá tem. Um pouco mais à frente na MG050, há o Paraíso Perdido, onde de novo se observa a força das águas que abriram caminho na rocha. Existem mesmo escorregadores naturais que desembocam em poços refrescantes. Dois cuidados devem ser tomados: alguns trechos são escorregadios, portanto sujeitos a tombos; deve-se prestar atenção às chuvas, pois eventualmente o riacho pode virar rio. Junto à ponte do Rio Turvo, uma es-
trada leva à Cachoeira do Turvo, após cruzar o vale onde vi o pato-mergulhão. Esse vale foi escavado por água e gelo, milhares de anos atrás, e as marcas da erosão estão nas escarpas íngremes que margeiam a estrada. À tarde ganham uma cor dourada. Quando chove, cachoeiras despencam dos penhascos, uma ao lado da outra, formando uma cortina líquida. Com um barco uma chalana, chega-se aos cânions no interior da represa e também à Lagoa Azul, pontos imperdíveis para a garotada curtir a beleza, tomar banho de cachoeira, ver as camadas geológicas que formaram o sudoeste mineiro, mergulhar nas águas cristalinas, comer churrasco no próprio barco. Um pouquinho à frente está a Represa de Furnas, obra de engenharia antiga, mas que ainda impressiona. Depois de tudo isso, sugiro visitar a nascente do Rio São Francisco lá perto, em São Roque. Se as crianças tiverem sorte, verão tamanduás e lobos-guarás. Aproveite para conhecer uma das maiores cachoeiras do Brasil, a Casca D´Anta. Minas Gerais possui tesouros escondidos. O sudoeste mineiro guarda vários deles. Alguns estão aí em cima, à sua espera em janeiro. Bom proveito. Boas férias.=
Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. giffoni@cangurubh.com.br
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4para ler com seu filho
Nosso malvado favorito No livro Viva-Voz!, tenho um poema assim: “Eu tenho medo da boca do lobo na capa do livro./ Eu tenho medo da fuça do lobo na orelha do livro./ Eu tenho medo do lobo que mora na dobra do livro./ Eu vou fechar o olho pro lobo não me ver.”. Na literatura infantil, o lobo é incontornável. Ninguém escapa, ninguém esquece. E muitos já o recria-
leo cunha e os filhos Sofia e André
ram, de Chico Buarque, em Chapeuzinho amarelo, a Guimarães Rosa, em Fita verde no cabelo, passando por Ana Maria Machado, em Procura-se lobo, e Angelo Machado, em Chapeuzinho Vermelho e o lobo guará. Na edição deste mês, destaco dois livros novinhos em folha, que lançam novos olhares sobre o eterno lobo.
Em Este é o lobo, Alexandre Rampazo dá novas dimensões, literalmente, ao velho vilão. Claro: é o lobo que ninguém quer por perto, mas também o lobo que não consegue se aproximar. Ao virar das páginas, a história de medo vira uma história de solidão, inadequação, preconceito e o que mais a gente conseguir imaginar. Eis o lobo, ou como diriam os latinos, ecce lupus. Sobre o autor: Alexandre Rampazo, paulista, é escritor, ilustrador e designer, com cerca de 50 livros publicados.
De Alessandra Roscoe, Era uma vez o lobo Mingau também reinventa o famoso personagem, mas na chave do humor. Temos aqui um lobo em crise de identidade. Muito sensível, ele chora até com receita de bolo e comercial de tevê. Inseguro, foi parar no divã do analista. E pra completar: tem horror de salsicha e se torna vegetariano. É um lobo que só quer ser aceito. Não muito diferente, afinal, daquele criado por Rampazo. Sobre os autores: Alessandra Pontes Roscoe, mineira radicada em Brasília, é jornalista, escritora e produtora cultural. Já publicou mais de 20 livros para crianças. Juan Chavetta, argentino, é ilustrador, designer e cenógrafo.
imagens: reprodução
ERA UMA VEZ UM LOGO MINGAU. Texto de Alessandra Pontes Roscoe. Ilustração de Juan Chavetta. Editora Saber e Ler, 2016.
ESTE É O LOBO. Texto e ilustrações de Alexandre Rampazo. Editora DCL, 2016.
Leo Cunha O escritor Leo Cunha publicou mais de 50 livros, como “Um dia, um rio” (Ed. Pulo do Gato) e “As fantásticas aventuras da Vovó Moderna” (Ed. Cia das Letrinhas). Recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e João-de-Barro. leocunha@cangurubh.com.br
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Liberdade com limites por Camila
Souza
Em 2010, quando minha primeira filha, Ester, estava com 9 meses, descobri que estava grávida de novo. Resolvi encarar o desafio e colocar em prática os ensinamentos transmitidos pela minha mãe, que teve uma gravidez gemelar. Desde muito pequena, sempre fui incentivada pelos meus pais a criar, a fazer, a desenrolar. Essa base me fez refletir sobre até que ponto devemos ser mães superprotetoras ou criar os filhos para terem autonomia, ajudando-os a lidar com os conflitos, as frustrações e as perdas. Em um mundo competitivo, em que a maioria dos pais procura preparar seus filhos para um mercado de trabalho ainda mais competitivo, posso observar alguns pequenos que estão sempre cheios de compromissos e atividades extracurriculares desde a mais tenra idade e que ao mesmo tempo são incapazes de fazer coisas básicas, como trocar de roupa, calçar um sapato ou se alimentarem sozinhos. Será que estamos nos esquecendo que é com erros e acertos que se forma o caráter de uma criança? Quando tolhemos o poder de decisão e escolha de nossos filhos formamos adultos totalmente incapazes de arbitrar, por não terem tido essa experiência quando estavam na fase de aprendizado, limitados por mães superprotetoras e autoritárias. Procuro dar liberdade com limites às minhas filhas. Por exemplo, incentivo as duas a guardarem as próprias roupas. Incentivo a fazerem o “para casa” sozinhas. Não dou banho nas meninas desde que aprenderam a ficar de pé sozinhas: fico monitorando, mas são elas que se limpam, lavam os cabelos, escovam os dentes, colocam a própria roupa... Não é porque são crianças que temos que pensar que não são capazes de executar tais atividades. Até um simples jogo da velha pode servir para transmitir esse conceito. Ensinei as duas
a jogarem, mas minha filha mais velha, de 6 anos, tem dificuldade para lidar com perdas. Quando perde o jogo, ela chora e diz que não quer jogar mais. Eu mostro a ela que perdeu porque não observou a estratégia do jogo e explico como poderia ter ganhado. E falo: “Em alguns momentos da vida a gente perde, mas não podemos desistir. Não desista, jogue melhor na próxima vez...”.
Quando tolhemos o poder de decisão e escolha de nossos filhos formamos adultos totalmente incapazes de arbitrar, por não terem tido essa experiência quando estavam na fase de aprendizado, limitados por mães superprotetoras e autoritárias. É assim que fui criada, e procuro passar isso para minhas meninas porque vejo resultados positivos. Lembra que falei que as duas nasceram com um intervalo de apenas um ano e cinco meses? Foram as primeiras perdas da minha filha mais velha: o convívio e o tempo exclusivos que tinha comigo. Ficou em choque. Quando me viu segurando a caçula no colo, ainda na sala do pós-parto, soltou um grito e não parou de chorar. Mas hoje, depois de muitas perdas e ganhos, as duas são companheiras e muito amigas. = foto: Arquivo pessoal
foto: gustavo andrade
4História de mãe
Camila Souza é mãe de Rute, de 5 anos, e Ester, de 6, e casada com Anderson Clayton. É economista e especialista em gestão financeira e auditoria.
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4na pracinha
Parque JK
O Parque Juscelino Kubitschek, no
bairro Sion, conhecido por muitos como Praça JK, é um espaço onde passeamos frequentemente. Quando nossas crianças nasceram, havia apenas um brinquedo por lá, grande, mas bastante depredado. De lá para cá, o parque ganhou novas opções, houve manutenção, mas alguns, infelizmente, sofreram vandalismo frequente e foram removidos. O antigo brinquedo continua lá, reunindo muitas crianças diariamente, e outras duas opções também resistem: uma para crianças menores (de 2 a 5 anos), de madeira ecológica e fibra colorida, que oferece miniescalada, túnel, ponte e escorrega; e outra maior, de concreto e ferro, que atende crianças maiores (de 5 a 10 anos), com escorregador, muro de
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escalada, quadro com animais da fauna e flora da brasileiras, jogo da velha gigante e três balanços. Além dos brinquedos, o parque oferece muitos outros atrativos: amplo espaço para as crianças correrem, andarem de bicicleta, patins, patinete e curtirem as brincadeiras ao ar livre; lindos jardins, que estão sempre bem cuidados, e a Serra do Curral, logo ali, emoldurando a paisagem e ofertando um lindo cenário para os passeios. Faz a gente sentir que estamos mais pertinho ainda da natureza. Passear com bebês também é uma ótima pedida na JK: o parque tem muita sombra, bastante verde e banquinhos. Os donos de cachorros também fizeram do espaço um ponto de encontro. Há, inclusive, uma área específica onde todo final
> Parque Juscelino Kubitschek Av. Bandeirantes (encontro das ruas Engenheiro Caetano Lopes, Professor Mello Cançado e Nova Era) – Bairro Sion – BH/MG=
O Na pracinha é um movimento que incentiva o uso do tempo livre para o brincar na infância e o resgate da relação criança/cidade com a ocupação dos espaços públicos pelas famílias. O brincar e o contato com a natureza são fundamentais para a saúde física e mental da criança. Criado pelas mães Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, o projeto promove eventos brincantes gratuitos e compartilha dicas de passeios pela capital mineira. www.napracinha.com.br
foto: Patrícia de Sá
Parque JK: pra brincar, se exercitar e contemplar a natureza
de semana vemos inúmeros deles passeando. Com coleira e acompanhados, a convivência com as crianças é uma delícia – afinal, quem não gosta de um “au-au”? Rodeado por uma pista de cooper, o parque conta também com aparelhos de ginástica e quadra esportiva – um convite à prática de exercícios para as famílias. E para completar, a Avenida Bandeirantes, que fica logo em frente, fecha uma de suas pistas todo domingo: uma oportunidade e tanto para a meninada correr ainda mais longe, brincar com ainda mais liberdade e para as famílias curtirem o dia. E aí, vamos programar um passeio?
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4padecendo no paraíso
Vamos falar de sexo? Soares
foto: Patrícia de Sá
foto: Pixabay
por Bebel
Esse assunto ainda é um tabu, existe uma dificuldade enorme em abordá-lo. Mais cedo ou mais tarde, nossos filhos vão começar a pensar nisso, a perguntar a respeito e a fazer. Você está preparada? A grande maioria de nós não conversou sobre isso com suas mães, provavelmente porque, na época delas, o tabu era ainda maior. Por causa disso, nós tivemos que aprender de outras formas, ou conversando com amigas, ou lendo revistas e livros, ou na prática, às vezes a duras penas. Não seria melhor se, com
nossos filhos, a gente conseguisse ter um diálogo mais aberto? Não é fácil, mas começar, desde cedo, a falar abertamente, a responder às perguntas que eles fazem, sem censurar, e sem responder além do que foi perguntado, permite estabelecer uma relação de confiança que vai valer para a vida toda. Grande parte dos adolescentes faz sexo e precisa de orientação para prevenir uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. Por mais que doa pensar que nossos “bebês”, mais cedo ou
mais tarde, estarão nessa fase, dói muito mais pensar que podem contrair uma doença grave ou que podemos ser avós antes do tempo! É conversando que a gente aprende! =
Coordenado pela arquiteta Bebel Soares e pela designer Tetê Carneiro, o grupo Padecendo no Paraíso nasceu em março de 2011, no Facebook, e é formado atualmente por mais de 6 000 mães. Na Canguru, as fundadoras do Padecendo discutem assuntos como saúde, alimentação, sexo, viagens, educação, estética e beleza. www.padecendo.com.br
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foto: arquivo pessoal
4artigo | Brener Diniz
A obesidade infantil A obesidade infantil acontece quando uma criança está acima do peso normal para sua idade e altura. De acordo com o IBGE, atualmente uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que deveria. Os quilos extras podem causar complicações para as crianças até a sua vida adulta. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada, que também pode levar a baixa autoestima e depressão. Entre as causas mais comuns do problema estão: fatores genéticos, má alimentação, sedentarismo, fatores psicológicos, doenças hormonais e uso de medicamentos à base de corticoides. Uma boa alimentação – livre de fast-foods, alimentos industrializados e congelados, refrigerantes, doces e frituras – é essencial na vida de quem está em desenvolvimento. Estimular as crianças a participar de atividades lúdicas, brincadeiras, jogos ou qualquer outra atividade física que permita a queima de calorias ingeridas deve ser uma constante. Além de queimar calorias, a prática de atividade física ajuda a fortalecer os ossos e os músculos das crianças, melhora seu humor e ajuda no sono. Crianças devem fazer pelo menos um tipo de atividade física todos os dias, a mais prazerosa possível. Por exemplo, se ela gosta da natureza, pode fazer uma caminhada no parque ou passear de bicicleta. Busque um ambiente que tenha brinquedos ou espaços que possibilitem a interação com o exercício
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Não adianta exigir que seus filhos tenham uma boa alimentação e façam várias atividades físicas diárias se você, pai ou mãe, não exercita o ensinado da atividade física, como barras e outros estímulos. A cobrança excessiva e o incentivo à competividade é um erro. A atividade física, nesse momento, deve ser algo voltado para o prazer. O ideal é deixar que o filho escolha uma modalidade pelos benefícios à saúde e pela diversão, deixando as competições para outros períodos da vida. Não adianta exigir que seus filhos tenham uma boa alimentação e façam várias atividades físicas diárias se você, pai ou mãe, não exercita o ensinado. Os filhos têm como referência os pais e podem usar o sedentarismo deles como desculpa. Observe seu próprio peso: se você precisa perder alguns “quilinhos”, isso pode motivar a criança a fazer o mesmo. Pense positivo, mostrando o lado bom da atividade física e da boa alimentação, e tenha paciência, porque muitas crianças com excesso de peso podem chegar a um peso ideal e mais saudável ao longo do crescimento.=
Brener Diniz é personal trainer, especialista em treinamento funcional. Instagram: @brener_personal
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foto: arquivo pessoal
foto: arquivo pessoal
4artigo | Dani Dias
Quais os fatores que levam ao tédio infantil? São três os fatores que realmente contribuem para a construção do tédio infantil. O primeiro: as agendas cheias de atividades extracurriculares. Hoje se vê com frequência pais falando: “Meu filho faz natação, futebol, inglês” – e ainda tem a escolinha. A quantidade de crianças com excesso de atividades é enorme! E muitas não lhes trazem o real prazer e alegria, pelo contrário, acabam sufocando e deixando as crianças sob um nível de estresse e cansaço altíssimo. Com o intuito de prepararem a criança para uma vida adulta bem estruturada, os pais acabam criando uma mega agendinha para seus pequenos e alguns se esquecendo de perguntar a eles como se sentem realizando aquelas atividades. Quando os pais decidirem procurar uma atividade para o filho é importante que essa escolha seja combinada e conversada com a criança e não apenas imposta a ela. A atividade não deve ser algo que force a criança ao aprendizado para algo a que ela ainda não esteja pronta, mas que lhe ajude a desenvolver suas habilidades e lhe traga alegria e autodescoberta. A presença constante de um adulto (pais ou cuidadores) com o intuito de orientar as ações das crianças é o segundo fator que interfere para o tédio infantil. Uma criança deve sim ter a sua segurança garantida por um adulto, mas isso não significa que ele deva estar ali ao seu lado o tempo todo. A criança precisa saber lidar com os momentos em que ninguém pode brincar com ela ou dar atenção. Crianças estimuladas a criar, inventar suas brincadeiras, arriscar-se em suas ideias, com momentos de livre exploração do mundo, de contato com a natureza, de contato com outras crianças ou mesmo ficando
Quando os pais decidirem procurar uma atividade para o filho é importante que essa escolha seja combinada e conversada com a criança e não apenas imposta a ela
sozinhas, constroem o que é significativo para si mesmas, conseguindo decidir o que as fará se sentirem melhores. O terceiro fator é o uso excessivo de equipamentos eletrônicos. Hoje em dia, antes mesmo de as crianças aprenderem a falar ou andar, elas aprendem a mexer em todos os meios eletrônicos possíveis. No entanto, quando elas preferem ficar na frente de um computador a brincar com um colega, com seus brinquedos ou até mesmo a sair de casa esse quadro se complica! A criança vai ficando cada vez mais presa ao mundo virtual até que chega a hora em que ela já viu todos os desenhos e joguinhos, e aí eles não são mais legais e interessantes como antes, o que vai virando uma busca implacável por algo novo nesse meio. E o fato de elas não conseguirem mais encontrar algo diferente ali vai gerando um intenso desprazer em realizar coisas novas e ter novas ideias, gerando assim o terrível tédio. Definir um tempo para a criança usar o equipamento eletrônico e combinar isso com ela é essencial para evitar esse tipo de tédio.=
Dani Dias formada em direito e em coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, é especialista em kids coaching, orientadora de pais e professores e membro da Sociedade Brasileira de Coaching.
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Classificados
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As mensagens dos Classificados sĂŁo de responsabilidade de quem as assina.
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4crônica
cris guerra e o filho francisco
Mães Mães dedicadas levam e buscam os filhos na escola. Mães que fazem o possível contratam um escolar. Mães dedicadas costuram com as próprias mãos os remendos da calça do filho para a festa junina. Mães que fazem o possível correm na véspera para as Lojas Americanas em busca de remendos autoadesivos. E se assustam ao constatar que até agora o produto não foi inventado. E enquanto a mãe dedicada passeia com os filhos na pracinha toda manhã de sábado, a mãe que faz o possível liga a TV no Ben 10 para que o filho lhe dê mais meia hora de sono. Mães dedicadas ajudam no para casa. Mães que fazem o possível não dão conta do seu próprio para casa. Mães dedicadas levam o filho ao dentista. Mães que fazem o possível deixam que a avó o faça. Mães dedicadas têm dois filhos pequenos e nenhuma babá. E os levam às festas de criança em meio aos enjoos da terceira gravidez. Mães que fazem o possível têm babá e empregada. E sentem-se orgulhosas quando conseguem enfrentar sem medo mais uma festa infantil. Mães dedicadas pintam elas mesmas a parede do quarto dos filhos. Mães que fazem o possível sugerem que os próprios filhos o façam. E enquanto a mãe dedicada já idealizou uma opção doce e outra salgada para a próxima atividade escolar do filho, a mãe que faz o possível arde em febre ao receber o pedido da professora para comparecer na próxima segunda-feira levando os ingre-
Mães dedicadas têm dois filhos pequenos e nenhuma babá. E os levam às festas de criança em meio aos enjoos da terceira gravidez. Mães que fazem o possível têm babá e empregada. E sentem-se orgulhosas quando conseguem enfrentar sem medo mais uma festa infantil. dientes para montar uma bandeira da Guiné-Bissau comestível. E sonha ter sido sorteada com a bandeira do Japão, em que bastaria colocar uma fatia de tomate sobre a bandeja branca. Mas a mãe que faz o possível dispensa o escolar naquele dia e se emociona ao levar o filho à escola junto com as vasilhinhas de manga, kiwi e cereja picados e uma caixinha de passas com as quais desenha uma estrela torta. E torna-se a heroína do filho em menos de dez minutos, ao montar uma mal-ajambrada salada de frutas representando a Guiné-Bissau (que até outro dia ela nem sabia direito onde ficava). E assim, numa tarde de segunda-feira qualquer, a mãe que faz o possível provoca em seu pequeno um sorriso nunca sonhado. E descobre que não é nada menos que a melhor mãe do mundo.=
FAL
Cris Guerra
FAL
é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna na rádio BandNews FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br. Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade. crisguerra@cangurubh.com.br
* Texto publicado originalmente na extinta revista “Ragga”
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foto: Flávio de Castro
Tauá Res ort C aeté Tauá Res ort C aeté VENHA CONHECER VENHA CONHECER A METRÓPOLE A METRÓPOLE DO FUTURO E DO FUTURO E CURTIR A MELHOR CURTIR A MELHOR PROGRAMAÇÃO DAS PROGRAMAÇÃO DAS FÉRIAS DE JANEIRO. FÉRIAS DE JANEIRO.
1ª QUINZENA 1ª QUINZENA 10% de desconto 10% desconto para de pacotes para acimapacotes de 2 diárias acima de 2 diárias
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*Promoções válidas para pacotes de férias de janeiro. Não cumulativas e sujeitas a alteração. *Promoções válidas para pacotes de férias de janeiro. Não cumulativas e sujeitas a alteração.
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