Equipe editorial e de jornalismo Cannabis World Journals
Cannabis World Journals é uma publicação quinzenal sobre as últimas tendências na indústria da cannabis.
Direção de conteúdo:
Alibert Flores Anne Graham Escobar
Design gráfico e editores de arte:
Katerin Osuna Robles Juliana Cuervo Tibambre
Equipe de pesquisa, jornalismo e redação:
CannaGrow: Daniela Montaña e William Gonzales. CannaCountry: Sandra Loaiza. CannaLaw: Anne Marie Graham, Alibert Flores e Caterina Lomoro. CannaTrade: Jennifer Simbaña, Lorena Díaz, Verónica Hernández e Rosangel Andrades. CannaMed: Jennifer Salguero. CannaGraphics: Alibert Flores.
Tradução:
Inglês: Sandra Loaiza, Verónica Hernandez e Nicole Gómez. Árabe: Menna Ghazal e Oraib Albashiti. Portugués: Lorena Díaz. Italiano: Caterina Lomoro.
Colaboradores nesta edição:
Educación Cannábica Argentina Caucannabis
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As nossas Revistas CannaMed Magazine e CannaLaw Magazine, dedicadas à área terapêutica e à área da regulamentação legal da cannabis, respectivamente; decidiram unir forças para oferecer a vocês uma nova revista quinzenal mais completa: A Cannabis World Journals. A revista CannaMed e a revista CannaLaw tornam-se seções dessa Nova Revista, juntamente com elas você poderá encontrar duas novas seções que lhe oferecerão uma visão global sobre a planta no mercado: CannaTrade, cujo objetivo será destacar o ritmo dos negócios que se estabelecem em torno da cannabis; e CannaGrow, dedicado à botânica e cultivo dela. Cannabis World Journals é a revista de cannabis mais abrangente para leitores exigentes como você. Sem mais delongas, lhe damos as boasvindas.
EDITORIAL: - Minha planta…meu sonho…meu didreito. Pág 4 ARITGO DE OPINIÃO: - O uso da cannabis no pós-guerra. Pág 5 CANNAGRAPHICS: - Educación Cannábica. Pág 7 - Caucannabis. Pág 7 CANNAGROW - Autocultivo, um direito social com perspectivas internacionais. Pág 8
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NA SALA DO ESPECIALISTA:
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CANNACOUNTRY:
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CANNALAW
- Colombian Cannabis Lawyers. Pág 10
- África do Sul. Pág 15
- Malta: o exemplo a ser seguido pela Itália Itália . Pág 17 - Debate: Anular a criminalização injusta da cannabis. Pág 19 - Cannabis, minorias, prisão, dinheiro e VOCÊ. Pag 21
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PERSONALIDADE DO MÊS -
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Kevin Smith. Pág 24
CANNATRADE - As melhores ideias para começar em uma indústria em crescimento Pág 31 - Como a cannabis afeta a economía global?. Pág 34 - Cannabis e o ambiente laboral. Pág 36 - Diferentes realidades: preços inacessíveis da cannabis medicinal. Pág 39 CANNAMED -
A cannabis medicinal é um direito de todos: Como a comunicação entre paciente e profissional de saúde afeta o processo de prescrição. Pág 42
- Medicamentos à base de cannabis disponíveis no mercado. Pág 45
EDITORIAL
Minha planta… meu sonho… meu direito Com o passar dos anos, pode-se acreditar que, por estarmos vivendo em tempos modernos, o direito à cannabis medicinal é algo que nos preocupa a todos. Infelizmente, não poderíamos estar mais longe da verdade, pois apesar de ter sido legalizada em várias partes do mundo, ainda em outros lugares há debates e conferências para conseguir sua aprovação. Se pudéssemos fazer diversas viagens para vários lugares do planeta, poderíamos ver e ouvir as vozes dos pacientes que apelam ao seu uso para aliviar a dor, ou que recorreram ao cultivo como apoio e proteção para suas famílias. Poderíamos ver a luta contra os profissionais da saúde que permitem seu uso por suas propriedades curativas, e contra os cientistas que a cada dia descobrem mais e mais razões pelas quais a cannabis é uma excelente opção para a saúde e exigem maiores possibilidades de estudar os benefícios do seu consumo. Teríamos também a oportunidade de ouvir os argumentos dos advogados que intervieram para defender o direito das pessoas a usarem a planta como a melhor opção para aliviar suas dores ou até mesmo preservar suas vidas; seria maravilhoso se todos pudessem ter acesso a ela sem nenhum problema. A intervenção dos profissionais da área jurídica é precisamente vital neste contexto, seja para defender, apoiar
nos processos penais, as pessoas que cultivam com o objetivo de tratar doenças, seja para representar aqueles que procuram obter autorizações para cultivar ou reduzir a dor. Quando vamos parar de ver pessoas sendo presas injustamente apenas por terem plantações de cannabis medicinal em suas casas? Quando vamos parar de ver protestos nas ruas por demandas de acesso à cannabis? Quantas mães devem lutar e chorar no tribunal para que seus filhos possam ter o remédio à base de cannabis que tanto precisam para aliviar sua doença? Quanto devem sofrer os pacientes que esperam receber cannabis para sua condição? Quantas pessoas devem ser esquecidas nas prisões por posse de cannabis medicinal? Tantas perguntas causam mais perguntas que aparentemente não têm respostas, por quanto tempo continuaremos implorando pelo nosso bem-estar? Em que momento nosso direito à saúde se tornou tão caro e aparentemente inatingível? Solicitamos urgentemente uma resposta a estas preocupações que nos afetam todos os dias, especialmente esta: algum dia terei direito à cannabis?
Alibert Flores Equipe Editorial Cannabis World Journals CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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ARTIGO DE OPINIÃO
O uso da cannabis no pós-guerra
É um consenso geral que a guerra produz marcantes cicatrizes mentais e físicas de seus outrora participantes. O caminho é longo e árduo, dias eternos impossíveis de serem esquecidos e feridas que perduram como recordações das batalhas. São situações difíceis de superar, e, em geral os soldados, especialmente nos Estados Unidos, estão munidos de múltiplas ferramentas que possibilitem levar adiante o dia-a-dia na guerra. Contudo, é justo após a guerra que se perde o foco nos tratamentos de enfrentamento do caminho a seguir. Quais as lesões de guerra mais comuns? “Entre as lesões de combate mais comuns se encontram as queimaduras de segundo e terceiro grau, as fraturas, as feridas de metralhadora, as lesões cerebrais, as lesões da medula espinhal, as lesões nervosas, a paralisia, a perda de visão e da audição, o transtorno de estresse pós-traumático e a perda de extremidades”. (Brown, 2015). Os soldados, em sua qualidade de veteranos de guerra, têm acesso a uma ampla
variedade de procedimentos com os quais podem tratar suas feridas de combate. Possuem acesso a médicos, especialistas, cirurgiões e fisioterapeutas. Ainda que com todo esse novo arsenal a sua disposição, os processos de recuperação são longos, difíceis e geralmente vêm acompanhados de uma grande dose de analgésicos. Quais os tratamentos tradicionais disponíveis? Analgésicos opiáceos ou opioides. Eles são classificados como agonistas e incluem fármacos como a Codeína, Darvocet/Darvon, Demerol, Dilaudid, Fentanilo, Hidrocodona, Meatdona, Morfina e Oxicodona; os quais tendem a ser bastante efetivos por um período de tempo até que o corpo gera resistência a eles. Esses opiáceos também têm uma altíssima probabilidade de causar vicio e não são a melhor alternativa para tratar dores crônicas a longo prazo. A crise de opiáceos está chegando a níveis críticos. “Nos Estados Unidos foram receitados 259 milhões de analgésicos opiáceos em 2012 e se estima que, entre eles, 2 milhões pessoas desenvolveram um vício posterior. (Addiction, 2021). CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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ARTIGO DE OPINIÃO
É fundamental começar a focar em alternativas frente a estes tratamentos de dor crônica. Quais alternativas existem para o tratamento da dor?
O uso da cannabis como tratamento das dores refratária e neuropática melhorou a qualidade de vida de muitos pacientes no mundo todo. Se apresenta como uma alternativa eficiente para o tratamento de dor crônica e ao mesmo tempo ajuda a controlar os sintomas de estresse póstraumático típicos dos veteranos de guerra. Os tratamentos de canabinóides podem ser administrados através de via oral, tópica ou respiratória, em forma de vaporizador, e ajudam a reduzir a ansiedade, melhorar o padrão de sono, diminuir a percepção de dor central, ativa o sistema de recompensa do sistema límbico e atua como agonista nos receptores vaniloides. Muitos veteranos de guerra apresentaram melhores resultados em seus tratamentos da dor crônica através do uso de produtos médicos a base de canabinóides, e se espera generalizar seu uso como alternativa para o tratamento da dor. Infelizmente, um grande estigma ainda paira sobre seu uso e o acesso a medicamentos à base de canabinóides se provou limitado. Organizações como The Veterans Cannabis
Project e Veterans for Medical Cannabis Access, assumiram a frente nessa batalha para possibilitar a liberdade dos veteranos de discutir o uso medicinal da cannabis com seus médicos, sem correr o risco de represálias. Em países como os Estados Unidos, espera-se também poder reformular a legislação, tanto a federal como a estatal, para que se amplie o acesso a produtos de cannabis ou seus derivados sob a garantia da lei. É importante manter abertas estas linhas de diálogos para elucidar os benefícios que tem o uso medicinal da cannabis, deixando os preconceitos para trás. Há centenas de pacientes que precisam de alternativas para seus tratamentos contra a dor. Sem estas alternativas, arrisca-se expor mais pacientes a situações de vulnerabilidade diante de um possível vicio ou uma overdose de analgésicos. Atualmente, estima-se que “83% dos veteranos estadunidenses apoiam os programas de cannabis medicinal, no entanto nenhuma das instalações médicas de Veterans Affairs proporcionam cannabis medicinal como método de tratamento para a dor” (VETSCP, 2021) ou alguma outra patologia. María José López Editora de conteúdo Pharmacology University INC.
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CannaGraphics
Educación Cannábica Educación Cannábica é uma escola na Argentina que nasceu entendendo que a formação de pessoal altamente capacitado para desenvolver as atividades decorrentes da cadeia produtiva da cannabis é um elo essencial para o desenvolvimento e avanço da indústria da cannabis na região. Até o momento, 400 alunos Growers foram certificados, oferecendo 35 cursos de treinamento e 4 diferentes especializações para estudar online no site. A equipe de trabalho é formada por um licenciado em marketing, pedagogos, técnicos agrícolas e um especialista em redes e ensino virtual, dedicados exclusivamente a transmitir os seus conhecimentos da melhor forma possível, criando um ambiente de aprendizagem horizontal, simbiótico e sinérgico. Sua convicção sobre o conhecimento consiste em que sua transmissão deve ser a partir da experiência, militando em uma agricultura ecossustentável, onde a aprendizagem coletiva é protagonista e estando todos do mesmo lado.
Caucannabis Seu desenvolvimento acontece na Colômbia, no departamento de Cauca; aí se forma a Organização CAUCANNABIS; que reúne 3 importantes empresas: A) Caucannabis Colombia, conta com 400 associados para cultivar legalmente quando o marco regulatório permitir B) Caucannabis Medicinal SAS, é integrada por investidores da Europa, Estados Unidos, Canadá, Ásia, Uruguai, Alemanha, Holanda, entre outros, empresas que no futuro desenvolverão diferentes linhas relacionadas à cannabis: cosméticos, alimentos, medicina; C) Fundação Caucannabis Vida; através da qual, foi desenvolvida uma pesquisa investigativa sobre a produção de medicamentos e genéticas para tratar diversas doenças como câncer, epilepsia, enxaqueca, entre outros. Atualmente são atendidos 900 pacientes em todo o país através de fórmulas magistrais.
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CannaGrow
autocultivo, um direito social
com perspectivas internacionais
Canadá, Colômbia, Argentina, Chile, Itália, Holanda, Israel e Estados Unidos (em alguns estados) regulamentaram a implementação do autocultivo para o uso medicinal da cannabis. O consumo de cannabis em suas múltiplas apresentações é cada vez mais aceito no mundo, seu uso medicinal é legal em diversos países, que flexibilizaram suas leis para descriminalizar seu uso e autorizar quase 100% o autocultivo, favorecendo uma parte da população que usa derivados da cannabis como alternativa terapêutica no tratamento de doenças e uso adulto. Canadá, Colômbia, Argentina, Chile, Itália, Holanda, Israel e Estados Unidos (em alguns estados) regulamentaram a implantação do autocultivo de cannabis para uso medicinal, o número de plantas não é padrão e varia de acordo com determinações legislativas de cada país; enquanto na Colômbia é permitido até 20 plantas, na Holanda apenas são permitidas 5.
Países como a Colômbia, possuem uma das leis mais liberais do mundo, quanto ao consumo e cultivo de cannabis, talvez seja um segredo cultural interno, onde o uso desde o autocultivo é descriminalizado; pois é permitido cultivar até 20 plantas (Lei 30 de 1986. Ministério da Saúde), produzindo um boom e inúmeras lojas especializadas em autocultivo chamadas "Growshop", onde são comercializados insumos, produtos e oficinas para que os interessados sejam educados nas técnicas de cultivo. O autocultivo na Colômbia é um exemplo e permite o acesso de forma artesanal, natural e gratuita aos compostos medicinais da CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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CannaGrow medicinales del cannabis, teniendo en cuenta que actualmente un tratamiento con fitocannabinoides es costoso. Después de unos largos años de estar permitiendo, sólo en estos tiempo a través de la legislación actual (Resolución 2292 de 2021), las entidades promotoras de salud o EPS (Empresas prestadoras de salud), pueden ofrecer formulaciones médicas a base de fitocannabinoides para tratar diferentes enfermedades. No autocultivo em casa também podem ser produzidos diversos produtos derivados da planta cannabis, desde óleos essenciais, até alimentos, bebidas e medicamentos, mas é importante lembrar que a produção em casa é apenas para uso pessoal, tudo o produzido no seu cultivo deve ser para si mesmo. Cultivar cannabis é como plantar qualquer planta, apenas são necessárias coisas básicas como substrato, água, fertilizantes e luz, mas também é importante ter informações sobre os processos naturais da planta e seus cuidados. Qualquer um pode cultivar, mas a melhor qualidade vem de prestar atenção às práticas agronômicas da planta, e para isso há informações muito boas disponível na Internet. Durante a pandemia, o desenvolvimento do autocultivo de cannabis foi exponencial, devido ao acesso limitado aos produtos; por outro lado, a situação de ilegalidade, leva as pessoas a promoverem o autocultivo nas suas casas, também por razões de empoderamento e para ter
“Tener tu propia cosecha en casa para consumo personal contribuye socialmente a no apoyar negocios de tipo ilícito como el narcotráfico”.
a certeza de que o produto consumido foi produzido organicamente sem resíduos contaminantes. O principal uso da cannabis cultivada em casa é talvez recreativo, mas não se sabe qual proporção de usuários produz para si mesmo nem quantos recorrem ao mercado ilegal. Atualmente existem comunidades de aprendizagem em torno do cultivo da cannabis, na formalização de um direito social em países com regulamentação legal, há uma expectativa de inclusão social generalizada que é aclamada pelas sociedades civis globais e que deve ser levada em consideração por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) A sociedade científica e acadêmica mundial, não propõe a legalização de uma droga, mas sim o cumprimento das convenções das Nações Unidas em matéria de saúde, que garantem o uso farmacológico de qualquer substância natural que tenha valor terapêutico; portanto regular a cannabis seria cumprir o objetivo principal das referidas convenções internacionais. O emblema para a sociedade atual, consiste em superar socialmente a visão punitiva da planta cannabis, considerá-la e propô-la como uma abordagem de saúde pública, de
fato, pode-se dizer que faz parte de um fenômeno social com dimensões culturais, educacionais e ancestrais, em um cenário em que a comunidade internacional considera integrar propostas educativas contra o uso responsável da cannabis em sua agenda pública, propondo a legalização e regulamentação do uso terapêutico como um verdadeiro avanço na inclusão social como direito internacional. Fontes bibliográficas MERINO A.(2021) El mapa de la legalización del cannabis en el mundo.
https://elordenmundial.com/mapas-y-graficos/mapa-legalizacion-cannabis-mundo/ EL TIEMPO.(15 de diciembre 2021) Los países donde es legal el uso recreativo del cannabis https://www.eltiempo.com/mundo/mas-regiones/en-que-paises-es-legal-la-marihuana-639158 CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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Colombian Cannabis Lawyers é um grupo de advogados especializados em assuntos de cannabis, investimento estrangeiro, direito tributário e direito comercial. A equipe editorial da Cannabis World Journals teve a oportunidade de conversar com um de seus membros, o Sr. Henry Muñoz Vallejo, que comentou um pouco sobre os projetos e realizações dos Advogados Colombianos de Cannabis. CWJ: Conte-nos, como nasceu a Colombian Cannabis Lawyers?
Na sala do especialisto Entrevista com Colombian Cannabis Lawyers é um grupo de advogados especializados em assuntos de cannabis.
CCL: Colombian Cannabis Lawyers é um escritório de advocacia no qual ajudamos empresas internacionais e nacionais a processar suas licenças na Colômbia. Da mesma forma, os ajudamos a contar conosco como um aliado colombiano, um aliado local, onde podemos conectá-los com parte da indústria e também com a abertura de contas em bancos. O mais importante com os nossos clientes é a abertura ou pedido das licenças que aqui se processam. Processamos várias licenças importantes, principalmente para empresas internacionais; temos clientes dos Estados Unidos e temos outros clientes do Canadá. Também temos assessorado colombianos em várias empresas e em vários temas jurídicos. A Colombian Cannabis Lawyers nasceu da necessidade do país de ter um setor especializado em direito da cannabis. Foi assim que contactámos vários advogados internacionais, como a sociedade de advogados Hong Law Group, bem como a sociedade de advogados Vicente Sederberg, e uma série de importantes advogados internacionais com quem temos mantido relações jurídicas internacionais. Essas alianças nos ajudaram a posicionar a Colombian Cannabis Lawyers não apenas como uma empresa nacional, mas também internacional. Nosso interesse principal no momento não é tanto o processo de licenças, mas sim mais empresarial. CWJ: Que interessante, Sr. Henry. Neste momento, como você vê a situação legislativa na Colômbia em relação à cannabis? CCL: Na Colômbia, desde 2016, temos uma boa legislação que é a Lei 1787. Depois tivemos também o Decreto 613, que foi a espinha dorsal da cannabis por quatro anos. Em 23 de julho do ano passado, o Presidente Duque, em Pesca, Cundinamarca, assinou o Decreto 811, do qual estamos aguardando o regulamento técnico. O Governo já vem anunciando, setores como o
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PROCANNACOL e ASOLCANNA, cuja regulamentação está sendo anunciada. O governo anunciou que em outubro sairia a regulamentação do Decreto 811, que é o que nos permite exportar flores secas, e sua entrada em zona franca para o acondicionamento e reembalagem da flor. Da mesma forma, a questão do uso de alimentos, que também é discutida no decreto 811, é esperada por todas as empresas CWJ: Como essa regulamentação em relação à zona franca afeta as pessoas ou empresas que estão atualmente trabalhando na indústria e aquelas que desejam iniciar nela? CCL: O mais importante é que o Decreto 811 nos permite inserir a flor em uma zona franca para embalagem, acondicionamento de sua embalagem e transformação. Também nos permite exportá-la. Tantas empresas já iniciaram suas operações na zona franca e estão aguardando a publicação da regulamentação. Para que? Para ver se eles vão com um regime de zona franca que existe no país ou para ver se o regulamento tem alguns benefícios para operar nesta. CWJ: Qual é o processo pelo qual uma empresa na Colômbia deve passar para obter as diferentes licenças de Cannabis neste momento? CCL: Analisar se a Colômbia possui legislação justa ou injusta para as atividades que deseja desenvolver. Por exemplo, uma empresa canadense quer exportar flores secas e estava operando em 2016, mas durante esse não tínhamos a possibilidade de operar flores secas, então se perdia o investimento. Existem aproximadamente 11 a 13 requisitos que precisamos das empresas. Já com isso, antes de um pagamento de licenças ao governo a solicitamos. Outro dos requisitos que me lembro é o plano de cultivo, um plano de exportação, um plano de transformação, se vão fazer uma transformação ou se é um laboratório. A Colômbia exige uma série de protocolos de todas as empresas que é muito importante que
eles conheçam e que imagino que toda a América Latina também esteja fazendo. Dentro dos requisitos, alguns protocolos são necessários, como o de segurança. Isso é fundamental para que as empresas possam operar. É necessário apenas para empresas que usam componentes psicoativos, mas nós da Colombian Cannabis Lawyers acreditamos que essas empresas que não usam componentes psicoativos também devem ter um protocolo de segurança porque há muito capital investido nelas. Depois, é feito o pagamento que deve ser dado ao governo pelas licenças. A licença mais cara é de $US 9.500, que é a de cannabis psicoativa, mas o governo dá a possibilidade de pagá-la parcelada em até 60 vezes. CWJ: Você acha que isso gera, de certa forma, uma oportunidade para o mercado local se desenvolver e ser mais competitivo com os internacionais? CCL: Totalmente! a oportunidade que o Governo nos dá, especialmente para os pequenos e médios produtores, as comunidades indígenas de Cauca e também, as comunidades da Sierra Nevada. Existe uma companhia chamada Mama Liliana Pechené, que tem licença de cannabis em Cauca e aproveitou essa oportunidade para pagar as licenças parceladas. Então, isso faz com que essas comunidades indígenas de Cauca também se tornem competitivas com as multinacionais e com outras empresas que já têm uma capacidade econômica de mais de três bilhões de pesos colombainos (aproximadamente $US 760 mil) em crédito. Então nós acreditamos que existe algo competitivo e acreditamos que um dos poucos benefícios que temos hoje para o pequeno e médio produtor é esse benefício, embora o governo tenha anunciado muitos benefícios, mas mal o estamos vendo. CWJ: Entendemos que Colombian Cannabis Lawyers faz parte da Merco Agrícola e que também possui EXPOMEDEWEED. O que o levou a se concentrar nessas diferentes
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áreas da indústria da cannabis? Por que não se limitar apenas à área jurídica? CCL: Pois bem, na área jurídica nos dedicamos à questão da tramitação de licenças. Na Colômbia existe uma série de problemas com relação a elas. O Governo e a legislação dizem que são 30 dias em que devem ser processadas as licenças e neste momento estão demorando 2 anos. Então, vimos a necessidade de algo mais rápido. Em Colombian Cannabis Lawyers começamos a trabalhar em negócios internacionais, conectar empresas internacionalmente, fazer mais negócios porque é mais rápido, e conectar empresas colombianas com empresas internacionais com as quais já temos grande conhecimento e grande contato. Para que? Para tentar fazer negociações com as empresas. A MercoAgricola é uma empresa que vem se desenvolvendo aqui na Colômbia, é uma empresa familiar que temos com minha esposa Paula Betancur. Paula é a CEO Fundadora e gestora dos eventos Expomedeweed e o CannaWorld Congress. O primeiro, é um evento que vamos desenvolver nos dias 7 e 8 de julho na cidade de Medellín. Para nós é um prazer anunciar nossa nova sede, que é a Plaza Mayor, o coração de Medellín. A Plaza Mayor é a vitrine comercial, sem dizer que da Colômbia e da América Latina, onde são realizados inúmeros eventos ao longo do ano. O CannaWorld Congress é uma plataforma onde trazemos mais de 25 a 30 cientistas para falar sobre o tema da cannabis medicinal. Trouxemos um palestrante ao nível do Dr. Lumír Hanus da República Tcheca, que tem laboratório Lumir Lab, e que é o descobridor de uma substância chamada Anandamida. Lumír Hanus é o segundo cientista mais importante do mundo hoje, depois do Dr. Raphael Mechoulam, que também tivemos na Colômbia via streaming, e nos acompanhou nos congressos em várias ocasiões.
CWJ: Você acha que nos últimos anos a visão dos colombianos em relação à cannabis mudou? E se sim, como isso mudou?
então senador, que apresentou perante o Senado da República, o projeto de lei Galán, ou Lei Jacobo ou Lei 80, que consistia no acesso seguro à cannabis medicinal. Graças a Juan Manuel Galán, o país hoje olha para a cannabis de uma perspectiva diferente, uma visão médica, científica e de pesquisa. Dividimos os tabus que devem ser desenvolvidos no futuro. Da mesma forma, associações como PROCANNACOL vêm quebrando tabus e viemos, de forma séria e responsável, ensinar o que é cannabis medicinal. Também temos associados como a Universidade Nacional e Procannacol. Então, o que está sendo desenvolvido através de associações na Colômbia com a questão da educação através de nossos eventos é muito bom, já que o CannaWorld Congress também é um evento que dedicado 80 ou 70% na questão da educação para médicos. É aí que está a nossa força, é aí que também temos alguns cientistas que trazemos do Equador, Peru, Chile, Uruguai, Estados Unidos e Canadá. A gente teve a oportunidade de trazer alguns palestrantes da Eslovênia, Londres, República Tcheca. Temos um grande componente educacional, que é a abordagem que queremos desenvolver no CannaWorld Congress. CWJ: Certamente têm um grande alcance, é incrível. CCL: Agora eu queria dizer a vocês que temos dois eventos. Antes os realizávamos em novembro, tivemos um de seis dias. Um dia foi uma conferência de negócios, dois dias CannaWorld Congress e três dias Expomedeweed. A plataforma foi muito aprovada, mas seis dias de evento, nenhuma empresa internacional aguenta. Sua esposa ou sua família espera por você apenas 3 dias ou 4 dias, mas 6 é muito. Então é por isso que dividimos os eventos em duas datas. Nos dias 7 e 8 de junho continua o Canna World Congress e novembro a Expomedeweed, que é mais empresarial, mais comercial, onde temos mais de 200 stands. Novamente estaremos na Plaza Mayor. Antes o realizavamos no Jardim
CCL: Tudo começou em 2016, graças ao candidato presidencial Juan Manuel Galán,
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Botânico, o lugar era lindo e todas as empresas gostavam, nos consideram a feira mais bonita do mundo. Então, este ano vamos mais longe. Vamos mostrar o tema de negócios para fazer negócios, para que as empresas que apostaram em chegar à Colômbia venham fazer negócios. CWJ: Quais você considera os pontos fortes da indústria da cannabis e como eles podem posicionar a Colômbia no mundo? CCL: Neste momento é o Decreto 811 e sua legislação, outro dos pontos fortes é aproveitar o que a Colômbia tem, que é o MICC, um mecanismo interno de controle de cannabis, uma plataforma que pode nos ajudar para que as licenças sejam emitidas mais rápido. Outro benefício e que também podemos aproveitar são os bancos, já que estamos autorizados a abrir contas bancarias. A Colômbia neste momento já tem aproximadamente 2.054 licenças por parte de mais de 10.200 empresas que já estão se tornando altamente visíveis internacionalmente. Somos famosos pela qualidade da cannabis que cultivamos em épocas anteriores, na era Marimbera.
CWJ: Vamos falar sobre perspectivas futuras, onde você acha que sua empresa estará nos próximos cinco anos? CCL: Onde nossa empresa estará em 5 anos? Pois bem, Colombian Cannabis Lawyers tem representado várias empresas, especialmente a empresa Medical Extractos, que é uma empresa que fica no município de San Carlos. A Medical Extractos atualmente possui a Licença de Cannabis Psicoativa e possui a Licença de Processamento. A abordagem é que vamos vender as mudas de THC e as sementes; também estamos dedicados à exportação de flores secas. Colombian Cannabis Lawyers fez uma aliança com Medical Extractos para ser um importante aliado na questão de comercialização internacional, de suporte jurídico 100% para essa empresa e para outras duas que também procuraram Colombian Cannabis Lawyers.
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Devido à grande demanda exercida por essas empresas, estaremos esses anos trabalhando e apoiando totalmente a Medical Extractos, principalmente em seus contatos e contratações internacionais. Já temos aproximação com empresas de Hong Kong, alemãs, canadenses, e latino-americanas como México, Peru e Paraguai. Já estamos trabalhando muito, muito duro em contratos internacionais. Então é aí que vamos nos concentrar com Colombian Cannabis Lawyers e com a aliança que temos com a Medical Extractos. CWJ: Você tem algum novo projeto, alguma nova atividade em sua agenda para este ano? O que há para você neste 2022? CCL: Bem, em 2022 vamos criar dois eventos internacionais. É um prazer anunciar que o CannaWorld Congress não foi projetado apenas para a Colômbia. Neste momento o é um evento que visa ser um evento latino-americano e internacional. Já fomos contatados por países como México, Peru e Equador que querem desenvolver o CannaWorld Congress em conjunto com a Colômbia. Então estamos vendo o tipo de parceria através de algumas franquias para posicionar nosso evento em nível latinoamericano. É a coisa mais importante que queremos anunciar. Teremos o apoio do Governo de Antioquia e da Secretaria de Agricultura de Antioquia para tornar isso realidade. Já contamos com o ex-governador Luis Pérez, vários ex-governadores e líderes políticos de Antioquia que nos apoiaram para que este evento não seja um evento de cidade, mas um evento internacional. Então é aí que queremos focar, na questão internacional. De repente o realizaremos também na Argentina, onde contatamos ou fomos contatados por vários médicos importantes que querem estar lá. Então é importante anunciá-lo ao mundo.
CWJ: Bom, Sr. Henry, tudo que você nos contou foi realmente muito enriquecedor,
é realmente muito importante saber a abrangência que esse tipo de evento está tendo, principalmente pelo crescimento da indústria. O trabalho que você está fazendo é maravilhoso no sentido de que é muito positivo, tanto no nível legal quanto no nível de promoção da indústria dentro do que é a Colômbia e acima de tudo, não apenas dando exposição aos pequenos comerciantes e pequenas empresas locais, mas também internacionalmente. Porque o que essas trocas com empresas internacionais trazem é crescimento para todos, muito obrigado. CCL: Muito obrigado, sim, acreditamos que realizar uma feira é fazê-lo com responsabilidade. Este ano o CannaWorld Congress está acompanhando um pouco do que a NG Business vem fazendo em Las Vegas, que é um evento que conta com a presença de 4.000 empresas e fazem isso com muita seriedade. Assim, a Colômbia segue essa plataforma para posicionar o país e a América Latina com suas empresas, com seus projetos, com seus produtores e com seus palestrantes. Muito, muito obrigado por esta entrevista para que possamos visualizar a América Latina como um grupo forte e como eles o vêm desenvolvendo.
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CannaCountry
ÁFRICA DO SUL
O país do continente africano estudou durante muitos anos a possibilidade de legalizar a cannabis e finalmente deu o passo decisivo. O mercado global de cannabis medicinal valeu US$ 7,8 bilhões em 2020 e deve se expandir a uma taxa de crescimento anual composta de 15,3% até 2026 Atualmente, a África do Sul é um dos diferentes países do mundo que abriram as portas à cannabis, através da sua aprovação para fins medicinais e uso adulto, permitem o acesso a todos de forma organizada e legal, atingindo mais habitantes que, seja por razões
médicas ou pessoais, desejam ter acesso à planta. A seguir, apresentamos um pouco do presente e do futuro que este país africano ainda visa realizar na indústria.
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CannaCountry PRESENTE E PROJEÇÕES A nação mais industrializada da África planeja agilizar "processos regulatórios para que a indústria do cânhamo e da cannabis prosperem em outros países como Lesoto", disse o presidente Cyril Ramaphosa em um discurso na Cidade do Cabo. Este anúncio ocorre depois que o departamento de agricultura divulgou uma estratégia para a industrialização e comercialização da planta de cannabis que estima o tamanho da indústria local em 28 bilhões de rands (aproximadamente US$ 1,9 bilhões). Com esta estratégia pretendem promover o cultivo de cânhamo e cannabis com a ideia de aumentar os volumes e variedades produzidos para os mercados locais e de exportação dentro de um sistema regulatório eficaz. O mercado global de cannabis medicinal tinha um valor de US$ 7,8 bilhões em 2020 e deve se expandir a uma taxa de crescimento anual composta de 15,3% até 2026, de acordo com a empresa de pesquisa IMARC Group. A África do Sul quer contar com a indústria da cannabis e do cânhamo com a ideia de criar até 130.000 empregos e atrair investimento estrangeiro como medida para enfrentar o desemprego que atualmente atinge a taxa mais elevada no país.
ACESSIBILIDADE PARA TODOS O país do continente africano estudou por muitos anos a possibilidade de legalizar a cannabis e finalmente deu o passo decisivo com a intenção de proporcionar acesso aos seus derivados a um maior número da população, por meio de um mercado organizado que permitisse seu uso adequado para tratamento de múltiplas doenças que apenas alguns podiam pagar na época devido aos seus altos custos. Segundo o governo sul-africano, o cultivo de cannabis medicinal visa fornecer um produto padronizado e de qualidade garantida para fins de pesquisa médica, científica e clínica. Ressaltaram também que “a cannabis produzida, assim como qualquer um dos seus produtos resultantes, estarão sujeitos a rigorosas medidas de segurança e controle de qualidade”. Além disso, é permitido cultivar cannabis para uso pessoal em local privado; portanto, é legal comprar e possuir sementes, mesmo que sejam para o cultivo de plantas de cannabis. Também é permitido receber sementes legalmente por correio de outros países.
Em 2017 a cannabis medicinal foi aprovada, e em 18 de setembro de 2018, o Tribunal Constitucional da África do Sul descriminalizou a cannabis para uso adulto e privado.
LEGISLAÇÃO
Após a descriminalização da cannabis, o governo vem trabalhando em diferentes propostas que podem proporcionar maior clareza e controle sobre o uso da planta nos diferentes setores. .. CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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CannaLaw
Malta: o exemplo a ser seguido pela Itália A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei, que descriminaliza o cultivo doméstico de cannabis para uso pessoal.
Há muitos aspectos em que uma população pode se beneficiar do fato da cannabis ser legalizada, pois, isso representa a abertura de uma indústria que está em expansão e crescendo, também evidencia que a voz dos cidadãos está sendo ouvida pelos parlamentares. A Itália vem se concentrando na questão da cannabis há algum tempo, especialmente desde setembro do ano passado, quando a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei, que descriminaliza o cultivo doméstico de cannabis para uso pessoal, estabelecendo então que o número máximo de plantas permitidas será de apenas 4. Nesse mesmo projeto, foi pautada a redução das sanções para atos menores e o aumento da pena, de 6 para 10 anos, para crimes relacionados ao tráfico e posse de cannabis.
Esta medida é um bom indicador para a Itália; pois no final de 2021, Malta, outro membro da União Europeia, começou a descriminalizar o cultivo, ao ponto de conseguir legaliza-lo juntamente com o consumo para uso pessoal e adulto. O arquipélago adoptou um marco legal sobre a cannabis, com o objetivo de se tornar um centro de produção para fins terapêuticos, o que representará um crescimento para a sua economia.
Em Malta, todas as pessoas que o desejarem, podem ter acesso fácil e seguro à cannabis, sendo respeitados os direitos dos usuários, seja para uso medicinal ou adulto. No entanto, na Itália, apesar de também ser membro da UE, a situação é diferente, em parte, devido às tendências dos partidos de extrema-direita ao conservadorismo e ao catolicismo, que sempre se opuseram e impediram maiores avanços na questão da legalização.
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CannaLaw diferença estabelecida pela legislação italiana entre cannabis legal e ilegal está na composição de cada uma. Com relação à cannabis medicinal, a demanda tem aumentado a cada ano, mas de acordo com o Comitê de Pacientes de Cannabis Medicinal (Comitato Pazienti Cannabis Medica) 87,5% dos pacientes tiveram dificuldade em acessar à dose que foi prescrita. A demanda por cannabis medicinal tem aumentado constantemente ano após ano.
Embora Malta também é um país caracterizado por ser tradicionalmente conservador em questões sociais, isso não foi um impedimento para que os legisladores conseguissem no parlamento a aprovação que permite que os cidadãos possuam até 7 gramas de cannabis e cultivem no máximo 4 plantas em casa.
“Em Malta todas as pessoas que o queiram, podem ter acesso fácil e seguro à cannabis, os direitos dos usuarios são respeitados, seja para uso medicinal ou para uso adulto”
É por isso que a Itália toma Malta como referência no assunto, e se chegasse a legalizar a cannabis, várias pessoas se beneficiariam com essa medida, principalmente pacientes que enfrentam constantemente a dificuldade de acessar seu tratamento, por isso se for aprovado definitivamente e sem restrições, o cultivo para uso pessoal representaria uma mudança significativa e mostraria que o Parlamento italiano ouve os pedidos dos seus cidadãos.
Na atual legislação italiana, existe uma lei que regulamenta o cultivo e o uso da Cannabis Sativa. Essa é a Lei 242/16, que especifica que o cânhamo pode ser usado para cosméticos, alimentos, bioconstrução, construção e produção de fibras têxteis. mas a posse de sementes de cânhamo ou plantas que não contenham esse ingrediente ativo não é considerada crime. A porcentagem do princípio ativo de THC que é permitida nas inflorescências deve ser mínima, portanto deve estar entre 0,2% e 0,5% (com tolerância de até 0,6%). Portanto, a maior CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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Debate: Anular a criminalização injusta da cannabis Existem muitos debates sobre a aprovação da cannabis para uso medicinal em várias partes do mundo. Considera-se que se isso for realizado, poderá aliviar os problemas associados à ilegalidade da planta, acabando com o tráfico, a violência e a corrupção, favorecendo a gestão de saúde pública que descriminalize o usuário e reduza os custos do sistema de justiça. É por isso que a lei busca estabelecer um marco para a regulamentação da cannabis autorizando os governos a colher, cultivar e usar a planta com fins terapêuticos, medicinais,
científicos, ou para a preparação de produtos farmacêuticos. As pessoas que trabalham arduamente em campanhas de informação sobre os direitos e benefícios da cannabis, não querem apenas que a legalização da planta seja o primeiro passo para um novo paradigma de como ela é vista na sociedade, mas também a anular a criminalização que sua proibição acarreta, para isso sua legalização seria o primeiro passo para um mundo de regulamentações que beneficiaria várias pessoas.
“A lei busca estabelecer um marco para regularizar a cannabis para fins terapêuticos, medicinais ou científicos, autorizando os governos a colher, cultivar e usar a planta“ “Pessoas que trabalham arduamente em campanhas de informação sobre os direitos e benefícios da cannabis querem que a planta seja legalizada e anular a sua criminalização”
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No entanto, será que o mercado ilegal de cannabis está crescendo? Cinco anos após a legalização da planta, a Califórnia está com grandes dificuldades para gerar benefícios e a flexibilização das autoridades nas últimas duas décadas favoreceu o mercado negro. Apesar de ter legalizado o consumo para uso adulto em 2016, a maior parte do mercado ainda é ilegal, segundo especialistas.
Por outro lado, em locais que permitem o comércio e o cultivo, os proprietários alegam que os altos impostos, a falta de licenças e os custos regulatórios colocaram o mercado legal fora de seu alcance. Isso fez com que muitos dos empresários que aparentemente iriam se beneficiar da legalização acabassem perdendo capital. Enquanto isso, os consumidores não tem a certeza sobre o que é legal e o que não é. Nesse sentido, se olharmos para o México, que avançou muito na aprovação da cannabis para uso adulto,
percebemos que a opinião dos especialistas concorda que se a legalização, ou o consumo aumenta ligeiramente como ocorreu em países como o Canadá ou o Uruguai, seria de grandes beneficios para a saúde pública. Isso significa que garante qualidade e os cidadãos teriam uma melhor avaliação do que consomem. No entanto, consideram difícil separar claramente a produção legal e ilegal e que os procedimentos de regulação funcionem, até que as instituições do Estado sejam capazes de aplicar as leis.
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CannaLaw Imagine que você está morando na rua, não está no seu melhor momento... um homem se aproxima de você para comprar "erva", e lhe oferece 20 USD; você dá jeitos, a consegue e a vende, por isso, você ganha 5 USD. Parece algo bastante simples, mas essa pessoa é um policial branco e você é negro; então, você é processado pela lei e, finalmente, recebe uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional . Este foi o caso de Fate Vincent Winslow, que foi libertado após cumprir 12 anos de prisão. Embora este seja um dos melhores exemplos de um grave erro judiciário, é apenas a ponta do iceberg...
Cannabis, minorias, prisão, dinheiro e VOCÊ.
Todos os dias vivemos sob duas realidades completamente diferentes da indústria da cannabis; por um lado, temos a próspera e multibilionária indústria global que promete oportunidades iguais, inclusão e benefícios para todos e; por outro lado, aqueles que tem sido afetados pelas criminalização. Os que ficaram no escuro, os marginalizados, os que nunca terão sua parte do bolo, aqueles dos quais muitos não querem falar. Vamos sair da zona de conforto e falemos sobre isso Vivemos uma época de contrastes. Celebramos que a cannabis foi legalizada em 37 estados dos EUA, onde os dispensários estão crescendo, e ainda assim nega-se uma licença para aqueles que foram condenados, mesmo que essa condenação seja leve por estar relacionada à cannabis que já não é ilegal nesse Estado.
Elogiamos nossa evolução com a aprovação dos projetos de lei (S 45 em Delaware, AB 5342 em Nova Jersey, HB 972 na Virgínia) que descriminalizam o uso de cannabis. No entanto, homens negros têm 4 vezes mais chances de
serem presos do que brancos por posse, mesmo que estatisticamente ambos consomem a mesma quantidade (isso de acordo com dados da American Civil Liberty Union).
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Temos orgulho de impulsionar as economias, aumentar os impostos e fornecer empregos, como nos estados do Colorado, Nova York e Califórnia, mas esquecemos o legado da indústria que ainda está na escuridão.
Abrimos nossos mercados para novas perspectivas de cannabis, mas nos recusamos a eliminar os registros criminais daqueles que cumpriram pena por crimes que agora são vistos como oportunidades legais lucrativas.
Contamos com as leis, estamos melhorando a cada dia, mas temos que lembrar da cannabis como indústria e seus participantes, mas não apenas do aspecto legal, mas de quem ainda está na sombra. Quando se pensou na transição dessa indústria da ilegalidade para a legalidade, não se tratava apenas de ganho econômico, mas de oferecer uma oportunidade para pessoas que só a conheciam como forma de sustentar sua família. No entanto, tivemos algumas vitórias recentes, leis que refletem o que esperamos e precisamos como sociedade. Para citar algumas, mencionamos a Lei de Regulamentação e Imposto da Maconha em Nova York, que protege a discriminação em residências e aborda os impactos adicionais da sua proibição nas áreas de imigração e bem-estar infantil, além de estabelecer um sistema de licenciamento que favorece pequenas empresas e agricultores sobre grandes corporações.
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Contamos com a Lei de Regulamentação da Cannabis do Novo México, que protege as pessoas para que não lhes sejam negados os benefícios da cannabis, impulsiona a justiça no novo mercado, permite que pessoas com condenações por causa da planta trabalhem e sejam descriminalizas, e elimina todas as multas e taxas para menores que violam a lei e mantém as famílias unidas ao não afastar as crianças dos seus pais. Podemos aguardar a aprovação da Lei MORE, que descriminalizaria a cannabis em nível federal e visa retirar condenações anteriores ao respeito da planta para que possamos reparar o grande dano causado a essas minorias que por décadas sofreram com a aplicação subjetiva e desfavorável da lei.
Além disso, estabeleceria um imposto federal que seria usado para ajudar as comunidades mais atingidas pela guerra contra a cannabis com programas como treinamento profissional, tratamento do uso de substâncias e licenciamento de negócios de cannabis. Embora está dando certo, VOCÊ, A GENTE, ao nosso redor tem que continuar pressionando nossos legisladores para incluir todos os aspectos mencionados, para que possamos fazer da indústria da cannabis a indústria que sonhamos, não aquela que as corporações têm em mente. Devemos levar em conta todas as pessoas, todas as cores, todas as minorias, tsendo cientes que "nenhum homem é deixado para trás". Somos a resistência, a memória e a iniciativa que decide "hoje criamos uma nova indústria".
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Personalidade do mês
EM ENTREVISTA
KEVIN SMITH O forte defensor da cannabis faz sua estreia na indústria com três novas variedades inspiradas em seus personagens Jay e Bob Calado.
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Kevin Smith chegou à fama em 1994, quando dirigiu o filme "O Balconista", que estreou seus personagens mais famosos: Jay (interpretado por Jason Mewes) e Bob Calado (interpretado pelo próprio Smith). Ambos apareceram posteriormente nos filmes Barrados no Shopping, Procura-Se Amy, Dogma, O Império (do Besteirol) Contra-Ataca: Reboot e Clerks II. Nesta edição, o ator, cineasta, comediante, palestrante, quadrinista, autor e podcaster é o convidado de honra da Cannabis World Journals. O forte defensor da cannabis Kevin Smith faz sua estreia na indústria com três novas variedades inspiradas em seus personagens Jay e Bob Calado. CWJ: Para abrir nossa conversa, gostaria de perguntar qual é a sua posição ou como você vê o aspecto político da legalização da cannabis nos Estados Unidos. O que você acha da situação política atual? Kevin Smith: Naturalmente, sou a favor da legalização total. É demais que o Canadá tenha ido à nossa frente. Estamos sentados em uma massa de terra onde nossos vizinhos ao norte sempre foram considerados mais civilizados e mais educados do que nós. É uma loucura que eles legalizem a cannabis antes de nós, mas como você disse, é político. Tem muita gente neste país que acha que sabe o que é melhor para a população em geral e mantém a planta na categoria 1 por muito tempo. Vimos como nos últimos cinco anos, um por um, os estados estão rompendo com isso e legalizando por conta própria. É maravilhoso, o problema é que, sem legalização federal, acessar aos bancos é muito difícil. Como este ainda é um negócio apenas em dinheiro, a maioria das pessoas que administram dispensários legais de cannabis são presas fáceis do crime. Ninguém vem armado e diz: "Dê-me todos os seus recibos de cartão de crédito!"
Se você tem uma caixa registradora cheia de dólares, você é um alvo fácil. É por isso que quando você vai a um dispensário, em Los Angeles, quem vende nossos produtos: Snoogans ou, claro, Snoochie Boogies, algumas das lojas têm dois guardas armados, vestindo coletes à prova de balas caso algo dê errado. Seria muito mais útil e as coisas se acalmariam consideravelmente se a pressão pela legalização federal avançasse. Então, mesmo sendo uma questão carregada de argumentos de ambos os lados, eu apoio a legalização. Estamos em um mundo com lojas de bebidas em cada esquina, nada de bom vem do álcool, talvez uma hora de bons momentos para o bebedor e depois miséria para os que estão ao redor. Quem gosta de um bêbado? Os bêbados são voláteis. Agora, você nunca viu uma briga em um bar por causa de duas pessoas usando cannabis. Não há nada de errado as pessoas terem acesso a algo que as relaxe e tenha benefícios medicinais, como foi comprovado nas últimas duas décadas. CWJ: A legalização sempre teve uma vantagem dupla. Você pode vender e cultivar. Mas há um limite para o quanto você pode cultivar, um limite para o THC. Há também uma espécie de ilegitimidade oculta dentro dos próprios bancos, a maioria das pessoas aposta em criptomoedas. Portanto, não é totalmente legalizado. Qual é a sua posição sobre isso? Eu entendo que você é um empreendedor com novas marcas. Qual tem sido sua contribuição para esse tipo de legalização de duplo padrão? Kevin Smith: Como empresário, eu me sentiria muito melhor no negócio da cannabis se não achasse que a qualquer momento o governo iria derrubar minha porta. Nos sentimos protegidos em um estado como a Califórnia, onde é legal, mas no final, se o governo federal quiser criar um problema, pode fazê-lo. Isso torna difícil para potenciais investidores ou pessoas quererem entrar no negócio sem a total legalização federal, da qual eu sou a favor. CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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É um negócio complicado, o que é uma pena. Não estou tentando fazer isso em um estado que não quer. Estou falando do estado onde moro, onde a cannabis é legalizada, e dos outros estados que têm a marca Caviar, a marca que faz nossos produtos. Tem um padrão de qualidade incrível, basicamente, eu os descrevo como: “A cannabis que você consome se for legítimo e consome 365 dias por ano para lembrar como se sentiu a primeira vez” Porque suas plantas são incríveis, eles usam um processo patenteado de infusão de óleo. CWJ: Quando se fala em Caviar, esses são pré-enrolados, certo? Kevin Smith: Sim, eles também fazem Moon Rock que é possível comprar e usar facilmente por cada um. Eu pensei que meu corpo processava apenas Sativa, mas meu corpo processa Indica e Sativa da mesma forma, desde que o produto seja bom, pode-se chegar a um ponto em que se consome demais. Meu trabalho me permite usar tanta cannabis quanto eu quiser e você pode achar que não tem mais o mesmo efeito. Mas, como um homem de 51 anos, sinto-me centrado. Então, procurando um produto que me desse a mesma sensação de quando comecei, fui a um dispensário e encontrei essa marca, Caviar. Eu me apaixonei por ela e comecei a usá-la regularmente. Eles tinham um "Cavi-challenge", um desafio onde se você consegue consumir o produto em 15 minutos, eles te dão uma caixa grátis. Eu disse: "Eu vou!", e não consegui, mas conheci o dispensário, que insistiu: "Você deveria falar com Caviar Mike, se é tão fã dos produtos dele". Conversei com Caviar Mike, e ele me contou sua história. A cannabis do dispensário já não tinha o mesmo efeito. Ele disse: "Tenho que descobrir um processo para que a cannabis funcione para mim". Aí, ele criou esse processo de Caviar, que é incrível. Eu disse: "Estamos fazendo o Reboot de Jay e Bob Calado. No filme, Jay e Bob têm três variedades de cepas: Snoogans, Snoochie Boogie e Berzerker. Você pode fazê-las para nós?" Então, começamos a trabalhar juntos onde
ele criou três perfis diferentes. Um é Indica, um é Sativa e uma é Híbrida, cada um com um perfil de sabor diferente. Sativa tem gosto de bordo, porque tentamos fazer três produtos para durar o dia todo.
Até agora, o negócio da cannabis tem sido uma jornada interessante. Pelo menos educacional. Para aqueles que estavam tipo, "Ei cara, eu quero entrar no negócio da cannabis porque quero ser um milionário". Bem, eu não sei quem são os bilionários, eu não os conheço. Isso não significa que não há dinheiro. Claro que existe, e é um dinheiro fabuloso, por causa de sua origem. A cannabis faz as pessoas felizes, e não é a falsa felicidade de um produto químico inventado em laboratório ou algo assim. Nem é a falsa felicidade do álcool e dessas substâncias. É totalmente natural. Esta era uma planta que crescia no chão em todos os lugares, que provavelmente estava destinada a ser ingerida, porque por algum motivo temos receptores canabinóides em nossos corpos. Quando você fala desse tipo de disponibilidade, que chega às mãos de todos, você vai ver como o mundo em geral se relaxa. CWJ: No momento em que criou a sua marca, chegou a conhecer os diferentes compostos que a canábis tem? A Caviar está no mercado há muito tempo, eles desenvolveram uma marca muito profissional. Qual foi o processo de desenvolvimento dessas mutações? Kevin Smith: O processo com Mike não era científico ou matemático. Era ele dizendo: "Qual é o gosto que você quer?" Eu disse: "O que você quer dizer?" Mike respondeu: "Olha, nós temos três cepas diferentes, todas elas podem ter diferentes perfis de sabor. A infusão vai ter um sabor qual é o sabor que você gostaria que ela tivesse?" E eu fiquei tipo, "Bem, o primeiro uso do dia é para me acordar, então se isso pudesse ter gosto de café da manhã." Ele voltou duas semanas depois com um produto como este e disse: "Experimente, me diga o que você achou". Eu disse: "Uau, o que é isso? É como xarope." Ele me disse: "É bordo, é um perfil de bordo, é café da manhã", ele disse, "Eu adoro isso!" Através do seu processo de infusão, CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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permite aumentar o nível de THC da Sativa, tornando-a mais poderosa que a maioria. Acho que tinha cerca de 35 a 38 por cento de THC na primeira dose. Minha reação foi: "Oh, isso é delicioso. O que segue?" Ele disse: "Bem, se começarmos com o café da manhã, devemos ter almoço e janta". Era o que fazia mais sentido. Para o jantar escolhemos Snoogans, é como uma espécie de sobremesa, quando você come, tem um sabor doce, quase como uma cereja. CWJ: No início, foi muito polêmico porque quando ele começou a desenvolver conteúdo, não era algo visto com muita leveza. Era visto como um tipo de atividade criminosa, o estigma estava aí. Quando você começou a desenvolver cada filme, isso ajudou a diminuir alguns dos estigmas sobre as pessoas usarem, para uso adulto ou medicinal. Como isso influenciou sua vida? Você sente que isso lançou alguma esperança sobre a indústria? Kevin Smith: Eu acho que no começo da minha carreira, eu usei os usuários de cannabis, principalmente Jay e Bob Calado, como alívio cômico, e tudo que eu fiz foi brincar com os velhos estereótipos de "Oh, eles são burros, eles estão drogados, então eles são tão brilhantes", e etc. Eles se aventuram, mas eram usuários de cannabis típicos, por assim dizer. Eu realmente não usava cannabis na época em que fiz meus filmes: Jay, Clerks, Mallrats, Procura-se Amy, Dogma, depois Clerks II, Zach e Miri fazem um pornô. Naquela época da minha vida, desde quando nasci até filmar “Zach and Miri Made a Porn”, posso contar em duas mãos o número de vezes que usei cannabis, a maioria logo após o ensino médio. Então eu escrevi a maioria desses filmes sem ser um usuário de cannabis, apenas sabendo quem eles eram. Comecei a usar cannabis com "Zach e Miri fazem um pornô". Eu estava trabalhando com Seth Rogen, um dos maiores usuários do planeta, ele realmente usa muita cannabis. Ele foi o primeiro usuário de cannabis produtivo que conheci. Ele quebrou o estereótipo, ele não era nada como Jay e Bob Calado. Um cara que enquanto filmava,
ele deixaria o set, sairia com Evan e escreveria no trailer. Acho que eles estavam trabalhando no Pineapple Express ou algo assim na época. Não havia nada nele que lembrasse o estereótipo do usuário de cannabis. Ele é super inteligente, muito engraçado e super rápido. Meu amigo Malcolm vinha até mim e dizia: "Seth quer usar cannabis com você". Eu Disse porquê?" E ele me disse: "Porque ele é um usuário de cannabis ícone do cinema e Bob Calado é o ícone do cinema da cannabis. Você tem que fazer isso. Vai ser incrível". Eu disse: "Eu não uso cannabis regularmente, muito menos ao fazer um filme. Como eu poderia fazer isso? "Eu pensei comigo mesmo: "Não, eu não vou fazer isso." Depois, o último dia de filmagem, estavamos fazendo o que eles chamam de cenas de preenchimento, e o elenco é apenas eu e Seth. Então eu fui até ele, quando estávamos quase terminando, e eu disse: "Ei, que tal você vir hoje à noite? Vamos assistir algumas das filmagens cortadas e podemos desfrutar de um pouco daquela cannabis de que tanto ouvi falar." Ele disse: "Finalmente hahaha" Naquela noite, Seth foi para a sala, olhamos as filmagens que eu tinha cortado e alguns outtakes, ele tinha uma maravilhosa cannabis californiana. A tinha como em uma caneta. Eu adorei me sentir assim enquanto a cannabis fazia efeito. Foi a minha melhor versão, me deixei levar e não fingi nada. Não foi uma performance. Era o verdadeiro eu. Eu pensei: "Oh, eu amo isso, é incrível." Além disso, foi apenas divertido. No entanto, não comecei a usar imediatamente. Eu não usei novamente por cerca de cinco ou seis meses. E então usei no dia 4 de julho aqui em casa com minha esposa, ela estava tipo, "a gente devería fazer alguma coisa." Eu disse: “Bem, alguém nos deu cannabis três natais atrás.” Vamos usá-la, e sua resposta foi "Ok!" e nos divertimos muito. Saímos para comer, pegamos um táxi, comemos muita comida e depois voltamos para casa, foi incrível. Na
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Kevin Smith: A cannabis não tornará você mais criativo, nem lhe dará boas ideias. Reduz a inibição, a inibição impede você de uma série de coisas. A inibição faz você se sentir de repente "não sou digno". O uso de cannabis tira a inibição sobre a criatividade, o medo de alguém dizer: "Isso é uma merda" ou "Por que você fez isso?" ou "Isso é estúpido". De repente, você usa e pensa "Bem, vamos tentar", e você é mais experimental. No meu caso especificamente, meu desenvolvimento como artista pode ser atribuído à chegada da cannabis na minha vida aos 38 anos. Se você olhar para a minha carreira de 1994 a 2008, eu fiz muitos filmes. Se você olhar para a minha carreira de 2009 em diante, é essa jornada incrível. Tem um podcast, um programa de TV, estou tentando dirigir o filme de outra pessoa (sem sucesso). Lá estou eu, um apresentador que entrevista as pessoas. Usar cannabis me permitiu questionar: "Bem, vou tentar. Por que não tentar?" Em vez de manhã seguinte, eu estava tipo, "Sabe de uma temer e dizer: "Eu não vou me envolver nisso coisa? Sou um homem adulto. Tenho 38 anos porque e se eu não for bom? E se eu for ruim e as pessoas não quiserem?" Em vez disso, e com a cannabis, você pensa: "Mas e se fosse construí o suficiente neste ponto que, se eu incrível?". Isso é uma grande diferença. Isso quiser cannabis de vez em quando, eu vou fazê-lo." Comecei dizendo: "Vou usar cannabis só diminui as inibições, permite que você sonhe. Isso é tudo. É nos sonhos, de onde nos fins de semana". E então, "sabe, eu vêm as grandes coisas. Sonhar acordado, realmente não faço nada durante a semana, simplesmente sonhar, desejar... A imaginação então eu provavelmente poderia usá-la durante a semana. Por que estou esperando o é esse dom incrível que nós seres humanos final de semana chegar? Então decidi começar temos. Em geral, como espécie, podemos criar histórias, para contar uns aos outros. a usá-la à noite, quando todo o meu trabalho está feito" Depois de 1 semana pensei, "Não Particularmente na era das mídias sociais, há há razão para eu ter que esperar até as sete. muita negatividade. Se você tentar algo, as Eu realmente não tenho um emprego de pessoas o rejeitarão. Se você colocar uma verdade." Então eu disse a mim mesmo: foto sua no Instagram, as pessoas "Talvez eu possa começar ao meio-dia. " Depois de uma semana disso eu disse "A vida continuarão dizendo: "Você é um lixo!" Então, é um mundo negativo lá fora e somos seria muito melhor se eu usasse cannabis ao influenciados por essa negatividade. acordar", foi ótimo. Questionamo-nos porque não queremos ser CWJ: E agora que você é um usuário, como magoados ou rejeitados. Talvez você tenha uma boa ideia e diga: "Sabe, eu gostaria de o uso adulto impactou seu processo tentar isso. Por que não? Eu quero fazer isso, criativo? Você desenvolveu muitos já vi outras pessoas fazerem algo programas como o recente reboot do HeMan CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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assim. Isso é diferente". Mas então aquela outra voz chega e diz: "Você não pode fazer isso. Por que você acha que faria isso? Por que não aconteceu com outra pessoa? Por que aconteceria com você? Você não presta." A cannabis reduz essa voz, apenas abaixa o volume e permite que você imagine as possibilidades. Não garante o sucesso, mas garante que você vai dar um passo. Você provavelmente faria isso. Não consegui de outra forma, e essa é a vida, o impulso para a frente. Se você se sentir preso, sempre desejará seguir em frente. Há tanto, tanto medo e inibidores que nos impedem de avançar nesta vida. CWJ: O que você acha do uso medicinal? Em nossa revista, nos dedicamos muito nisso. Queremos saber a sua opinião sobre efeitos colaterais, prevenção de problemas de saúde. Qual é a sua opinião sobre isso? Kevin Smith: Minha mãe de 76 anos está com dor e está mais perto do fim do que do começo, o que é triste. Corpos se decompõem. Minha mãe toma literalmente (sem brincadeira) 25-30 remédios diferentes. Um para isso, outro para combater aquilo. Tudo destinado a mantê-la viva. Caviar faz um creme, um tópico baseado em THC e CBD. Enviei um desses uma vez. Ela me escreveu e me ligou para enviar mais, ela disse: "É a primeira coisa que eu coloquei nas minhas pernas que realmente ajuda." Eu vi os efeitos medicinais. Sem dúvida, a cannabis melhorou a vida da minha mãe. Antes, ela também era contra, mas viu os benefícios para a saúde e disse: "Por quê? Por que nos disseram a vida toda que não podemos ter isso?". Eu vi os benefícios na minha própria saúde. Eu tive um ataque cardíaco, faz quatro anos em fevereiro. Tinha 80% de chance de morrer. O médico resolveu e aqui estou eu. Ele colocou uma endoprótese cardíaca no meu coração, ele abriu a artéria descendente anterior (LAD) na parede frontal do coração. Durante anos comi muita porcaria e outras coisas. Na semana seguinte vou ao médico e digo: "Olha, eu estava com medo de perguntar isso porque a cannabis é uma parte importante da minha vida. Usei muito no dia do infarto, porque estava gravando um programa". Foi um show de stand-up para o Showtime, um especial de comédia, tivemos que
fazer dois, foi entre os dois shows que tive o infarto. Não foi doloroso. Foi estranho, então eu fiquei tipo, "Olha, eu fiquei com tanto medo de perguntar isso sobre o uso de cannabis. Existe alguma chance de ter desencadeado meu ataque cardíaco?" O médico responde: "Não. Na verdade, muito pelo contrário (já que eu estava sob a influência), você estava completamente calmo enquanto lhe diziam que estava literalmente morrendo de ataque cardíaco". O médico acrescentou: "Normalmente com essa informação, você sabe o que costuma acontecer? O infarto é agravado porque essa pessoa reage assim:" O quê? Estou morrendo?" Isso cria mais estresse. Você estava completamente focado, e isso não criou mais pânico." O médico me disse: "a cannabis que você usou salvou sua vida." O que eu pensei foi: "Vou colocar isso em uma camiseta. A maconha salvou minha vida." Eu contei essa história muitas vezes, e muitos cardiologistas postaram no Twitter: "Isso não é verdade, isso não é verdade". Tudo o que estou dizendo é o que experimentei e o que meu médico me disse. Ele me contou quando me disseram "Você está à beira da morte", a pior coisa que poderia acontecer era que eu surtasse e meus batimentos cardíacos aumentassem mais, como me mantive calmo, sob a influência da cannabis, minha atitude foi: "Ah, tudo bem. Bem, vamos tentar fazer algo a respeito, mantendo a calma". isso fez a diferença. CWJ: Que incrível. Você tem algum conselho para os leitores, para as pessoas que estão começando na indústria no mundo?
Kevin Smith: As pessoas reduzem a cannabis a um produto porque estamos em um mundo de vendas. Mas antes de ser um produto, uma mercadoria, algo que alguém poderia vender porque pensava: "Uau, isso vai ser bom." A cannabis aconteceu naturalmente. Estava lá, destinada a ser ingerida, é nosso direito como humano usá-la, assim como um tomate. É uma planta, isso significa que pode crescer em qualquer lugar. Há uma razão pela qual existem lindas flores, a flor ave do paraíso não pode crescer em todos os lugares, mas esta planta
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pode crescer literalmente em qualquer lugar, e há uma razão pela qual é tão acessível. A cannabis foi feita para o nosso sistema, destinada a ajudar. Existem muitos benefícios médicos comprovados da cannabis para argumentar que "Não, não é uma ajuda médica". ". Você não precisa ser religioso ou científico para entender que a cannabis está em todos os lugares para nosso benefício, ela cresce naturalmente, assim como tudo cresce naturalmente e em equilíbrio. Você tem que ajudar a propagar isso entre as pessoas. Quanto mais pessoas puderem abandonar o álcool e usar cannabis, melhor será o mundo.
que quiser, mas se alguém lhe disser que você está pagando tanto dinheiro só para inalar câncer, você está perseguindo um dragão que nunca encontrará lá. Mas esse dragão existe. Você não precisa necessariamente usar meu produto, com qualquer apresentação de cannabis. Pare de usar cigarro, você viverá mais e será mais feliz. Em vez disso, use cannabis, use cannabis todos os dias, um sábio disse uma vez.
Não estou dizendo que o álcool é proibido. Não tenho nada contra o álcool e outras coisas, exceto se você vai relaxar e descontrair, isso não te relaxa ou te descontrai, te deixa excitado. Eu costumava usar dois maços de cigarro por dia até começar a usar cannabis. Um dia eu estava com minha cannabis e fui acender um cigarro e disse para mim mesmo: "Isso é nojento, não faz nada para mim, a não ser querer outro cigarro". Quando uso cannabis, fico com ideias, esperança, sabedoria, me divirto, não me mata como essa outra porcaria. Aos poucos, parei de usar cigarro, se posso usar cannabis, por que fumar isso? Quando tive o ataque cardíaco, meu cardiologista me disse: "Você usa cigarros". Respondi: "Não uso não, uso muito cannabis, mas não uso cigarros desde os trinta e oito anos". Fazia cerca de nove anos que eu tinha parado de fumar quando tive meu ataque cardíaco, e o médico me disse: "Se você ainda estivesse usando cigarros, não estaríamos conversando. Você teria morrido, porque seu corpo estaria tão fraco." O fato de você ter desistido quando o fez, marcou a diferença no ataque cardíaco que você teve".
Kevin Smith: Muito obrigado, foi um momento muito agradável, foi muito bom.
CWJ: É incrível Kevin obrigado pelo seu tempo.
Sabemos que os cigarros são ruins. Não estou dizendo que isso seja um fato médico, para mim, a cannabis foi mais do que um benefício, foi uma vantagem medicinal na minha vida. Não estou tentando destruir a indústria do cigarro, faça o
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As melhores ideias para começar em uma indústria em crescimento
"Fazer parte desta indústria não exige grandes investimentos ou limitações em questões científicas, financeiras ou médicas" CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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A normalização do uso da cannabis, seja para uso medicinal ou recreativo, causada pela sua legalização e descriminalização, tem levado ao surgimento de um amplo leque de oportunidades de negócios, direta e indiretamente. Nos últimos anos, essa indústria tem provado que pode ser um mercado altamente lucrativo, com uma base de clientes em crescimento contínuo e expectativas de lucros superiores a US$ 21,6 bilhões em 2022. Serge Chistov, consultor financeiro, chefe da Honest Marijuana Company e presidente e fundador da Serge Import LLC, explica: "É muito parecido com qualquer outro negócio. Você tem as lojas de conveniência para as pessoas simplesmente irem, e então você tem opções sofisticadas ou especializadas. Há também os produtores, as embalagens e tudo mais. Então, há muito o que fazer.".
Entrar nesta indústria não exige grandes investimentos ou limitações cientificas, financeiras ou medicas. Certamente há espaço para todos iniciarem seus próprios negócios na indústria da cannabis. A chave para o sucesso é encontrar o nicho que melhor se adapte às suas habilidades e interesses. Entre as ideias mais inovadoras estão:
Serge Chistov, consultor financeiro Diretor de Honest Marijuana Company CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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CannaTrade Organizador de Eventos/comemorações
La clave del éxito está en encontrar el nicho que mejor se adapte a sus habilidades e intereses
Este é um setor em constante expansão, que varia de aniversários, casamentos, festas de namoro, reuniões corporativas, seminários educacionais, lançamentos de produtos ou até eventos combinados com atividades como pintura ou ioga. O leque de possibilidades é bastante amplo e está ganhando cada vez mais popularidade e pode se tornar uma opção bastante lucrativa se você tiver interesse nesse tipo de negócio e tiver experiência.
Design/Fabricação de roupas de cânhamo À medida que são descobertos novos usos para a cannabis, a gama de materiais derivados da planta está se expandindo. Em um momento em que a conservação do planeta é uma questão tão relevante, como é o uso de materiais orgânicos e biodegradáveis. O valor que o cânhamo e a cannabis oferecem para esse mercado é incrível, o que certamente gera uma oportunidade de negócios entre o público interessado em vestuário e que sejam condizentes com esses valores e interesses, acrescentado também o interesse pela planta.
Consultor de segurança
Pousadas/Bed and Breakfasts/Airbnb
Lembremos que embora a cannabis esteja cada vez mais normalizada, sua legalização não é absoluta, e ainda há muitos elementos a serem determinados no aspecto financeiro, aliado a isso, a Cannabis é altamente cobiçada, razão pela qual as empresas que se dedicam a comercializá-la estão sempre à procura de bons sistemas de segurança: desde funcionários até câmeras e sistemas de monitoramento. Este é um nicho que também pode ser muito lucrativo.
À medida que a descriminalização e o consumo legal da cannabis se expandem, muito mais pessoas procuram espaços onde possam desfrutar dos benefícios da planta em um ambiente seguro, com pessoas que pensam igual e desfrutando de novas paisagens. Esse tipo de negócio já faz bastante sucesso, com foco em que a cannabis pode gerar um crescimento incrível no nicho de hospitalidade.
Embora estes sejam apenas alguns exemplos de como a indústria da cannabis está cheia de oportunidades para criar um negócio estável e lucrativo. É claro que o sucesso sempre dependerá do seu interesse, de aproveitar os pontos fortes e de saber detectar oportunidades. O que não se deve perder de vista são os seus objetivos e a paixão pela cannabis. CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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Como a cannabis afeta a economia global? De acordo com dados da New Frontier Data, as vendas legais de cannabis em todo o mundo até 2020 totalizaram US$ 23,7 bilhões, sendo 86% (US$ 20,3 bilhões) provenientes dos Estados Unidos Anteriormente, quando a mídia se referia à cannabis, o fazia de forma depreciativa, pois a relacionava com violência, tráfico de drogas, mortes e assassinatos; mas essa notícia vem mudando de acordo com os avanços e descobertas científicas feitas, seus efeitos positivos no tratamento de sintomas de certas doenças, seus benefícios industriais e o avanço da legalização em alguns países. Mas, e o impacto social e
económico que de uma forma ou de outra são os mais envolvidos em termos do estigma a que esta planta se refere? pois pode-se dizer que a partir destes contextos foi criado o cenário que impede conhecer todas as suas propriedades. Será que além dos benefícios medicinais e industriais, existem realmente benefícios econômicos e sociais? Isso é algo muito difícil de responder, pois depende de muitas variáveis e muitas teorias que só podem ser verificadas quando colocadas em prática, por isso fizemos uma análise do comportamento econômico dos países que legalizaram a cannabis.
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CannaTrade De acordo com dados da New Frontier Data, as vendas legais de cannabis em todo o mundo até 2020 totalizaram US$ 23,7 bilhões, sendo 86% (US$ 20,3 bilhões) provenientes dos Estados Unidos; e embora esse número pareça bastante considerável e muito positivo para o setor, ainda há um longo caminho a percorrer, pois o mesmo relatório estima que o valor do consumo ilegal para o mesmo perdido foi de US$ 391,3 bilhões.
No entanto, este relatório prevê que nos próximos 3 anos serão mais de US$ 51 bilhões em todo o mundo em vendas legais e US$ 445 bilhões em vendas ilegais; ou seja, até 2025, a taxa de crescimento anual das vendas legais é estimada em 16,5%, enquanto para as vendas ilegais é de apenas 2,6%, o que impactaria ainda mais de forma positiva a economia global. Sem considerar gigantes como Estados Unidos e Canadá, os mercados legais de cannabis do maior para o menor são: Alemanha com US$ 206,6 milhões, Israel com US$ 158 milhões, Porto Rico com US$ 145 milhões e Holanda com US$ 108 milhões; a lista é seguida por Austrália, Itália, Jamaica, Uruguai, Colômbia, Reino Unido, Malta, República Tcheca e na parte inferior da lista, a Dinamarca com US$ 0,2 milhões.
José Mujica, ex-presidente de Uruguai
Para concluir esta análise, tomaremos como base as palavras do ex-presidente do Uruguai, José Mujica, que afirmou durante seu mandato que a motivação para ser o primeiro país a legalizar a cannabis medicinal na América Latina "foi roubar o mercado de tráfico de drogas." Em outras palavras, se a indústria legal da cannabis continuar crescendo e mais países permitirem seu uso, os impactos globais serão altamente significativos, consequentemente afetando o contexto social e o acesso de mais pessoas a receber os benefícios da planta. CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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E O AMBIENTE LABORAL A proibição da cannabis no local de trabalho, mesmo para fins medicinais, decorre de dois fatores principais; sendo o primeiro o estigma, e o segundo sua regulamentação
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Infelizmente a cannabis ainda é considerada perigosa, o que faz com que os empregadores façam o que for necessário para evitar que seus funcionários a consumam evitando que isso afete sua qualidade de trabalho.
Para as empresas, o uso de cannabis por seus funcionários tem sido um campo de batalha. O estigma do uso da planta, bem como as contradições regulatórias fizeram com que não houvesse um protocolo específico sob o qual agir em relação ao uso de cannabis no ambiente de trabalho. Na maioria dos países, o uso de cannabis no local de trabalho é proibido, assim como o fato dos funcionários comparecerem ao trabalho sob a influência da planta. Este é o caso, embora os funcionários usem cannabis para fins medicinais e seu uso seja respaldado por lei em seu país de residência, tornando-os pacientes certificados. A proibição da cannabis no local de trabalho, mesmo para fins medicinais,
decorre de dois fatores principais, sendo o primeiro o estigma; e embora estejamos longe do passado em que a cannabis era considerada uma droga quase tão nociva quanto os opioides, não podemos negar que a planta ainda é considerada perigosa, isso leva a que empregadores façam o que for necessário para evitar que seus funcionários a consumam e afete a qualidade de trabalho O segundo fator e talvez o mais importante está relacionado às contradições na regulamentação da cannabis. Em casos como Estados Unidos, o fato de haver ilegalidade em nível federal coloca os consumidores em desvantagem e dá aos empregadores um motivo para realizar testes antidopagem, sancionar ou demitir funcionários que usam a planta.
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O mesmo acontece em países como o Canadá, onde a cannabis, apesar de ser legalizada, não é uma droga aprovada pelo departamento que regula alimentos e medicina. Isso coloca os usuários de cannabis medicinal no centro das atenções. Adaptação do local de trabalho Adaptar um local de trabalho à legalização é uma tarefa proativa. As políticas e procedimentos de recursos humanos devem ser atualizados para abordar o que é (ou não) aceitável em seu local de trabalho em relação à legalização. Ensinar os funcionários sobre os riscos e benefícios potenciais da cannabis e treinar os gerentes para rastrear o abuso de cannabis. Quais opções os funcionários têm? Conhecer as políticas de uso de cannabis e sistema de saúde em seu país pode ser uma ferramenta poderosa para funcionários que usam cannabis. A desinformação pode levá-los a serem vítimas de um tratamento injusto que pode afetar a ilegalidade. Por isso é fundamental que os funcionários conheçam e façam uso de seus direitos como usuários de cannabis medicinal.
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Diferentes realidades: preços inacessíveis da cannabis medicinal CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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cannabis, até programas de subsídios médicos para pacientes com cannabis, como o Projeto 21. Anteriormente, a cannabis vendida de forma irregular costumava ser mais consumida e mais barata, de acordo com uma pesquisa England and Wales em 2019, os resultados mostraram que 1,4 milhão de pessoas compraram a planta para condições crônicas e gastaram entre £ 99 e £ 199 por mês . As cidades estão sendo alvo de dispensários, marcas de cannabis lançam novas linhas de produtos e a comunidade médica aumenta a prescrição de cannabis medicinal. No entanto, há uma questão que continua causando problemas e limitações para a indústria: os preços da cannabis, especialmente para pacientes que a usam com fins medicinais. A discrepância de preços entre os mercados ilegal e legal foi significativo para muitos, e atualmente os preços dos medicamentos continuam a representar um desafio para pacientes e familiares; o que pode ser contraproducente para a indústria, considerando que a cannabis medicinal legal é um dos setores mais importantes do mercado.
Atualmente, os preços entre a cannabis vendida de forma irregular e os dispensários são semelhantes. Em geral, o custo médio de cannabis medicinal no país varia entre £ 7,5 e £ 15 por 100 mg, o que totalizaria £ 150 a £ 250 por mês para tratar uma doença com CBD e THC. Além disso, para adquirir uma receita, deve-se comparecer a uma consulta com um médico especialista e licenciado, cujas consultas iniciais variam entre £ 90 e £ 200 e as consultas de acompanhamento podem custar entre £ 65 e £ 150 . .
Por exemplo, se você quiser comprar uma lata de refrigerante, em qualquer lugar do mundo, a diferença seria entre US$ 1 ou US$ 2 na maioria dos casos. No entanto, um grama de cannabis medicinal pode variar de US $ 5 a US $ 20 e uma onça de óleo de US $ 200 a US $ 400, dependendo do ligar da compra.
Reino Unido Os pacientes no Reino Unido percorreram um longo caminho com os preços, desde famílias que têm que pagar £ 2.500 a £ 4.000 por mês para tratar a epilepsia com
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Em média, um paciente gasta US $ 270 por mês e dependerá da formulação de canabinóides. Se a prescrição médica for um composto multicanabinóide, o preço será calculado pelo preço de cada canabinóide por miligrama. O CBD e o THC isolados custam US$ 0,05 por mg. Um óleo de THC e CBD na proporção de 1:1 custa US$ 0,08 por mg. Um paciente pode esperar pagar até US $ 300 por uma garrafa de óleo de cannabis.
Estados Unidos A diferença de preços entre os estados representa grandes lacunas que dificultam o acesso de pacientes qualificados à cannabis medicinal. Uma onça de cannabis varia de US $ 210 a US $ 240 em estados como Oregon, Washington e Colorado, mas pode variar de US $ 360 a US $ 600 em estados como Virgínia, Dakota do Norte e Distrito de Columbia. Como exemplo, em Washington, 3,5 gramas de cannabis custam US$ 35, enquanto na Virgínia, a mesma quantidade custa US$ 65. Essa discrepância entre os preços afeta os habitantes dos estados onde a cannabis medicinal é mais cara; alguns optam pelo autocultivo. No entanto, nem todos os estados onde a cannabis medicinal é legal permitem o cultivo de plantas de cannabis.
O preço da flor de cannabis varia entre 12 e 17 dólares por grama.
A indústria da cannabis medicinal é um fenômeno que beneficia não só a comunidade de pacientes, mas também a economia dos países, porém, a segmentação de produtos e preços pode se tornar uma limitação em seu crescimento e lucratividade.
Austrália Este é outro país onde os pacientes compram cannabis de um vendedor irregular porque a cannabis medicinal legal é muito cara.
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CannaMed A evidência para tratar a maioria das doenças com cannabis, de acordo com as leis médicas estaduais, ainda não é suficiente. Muitas pessoas agora relatam o uso de cannabis como substituto de medicamentos prescritos, muitas vezes sem o conhecimento de seus PCP
Nos Estados Unidos, existe uma equipe de saúde chamada Prestador de Cuidados Primários (PCP, na sigla em inglês), um grupo de médicos que tem o primeiro contato com os pacientes, para diagnosticar a doença e recomendar um possível tratamento. O PCP pode encaminhar o paciente para uma segunda avaliação médica mais especializada, com outro médico nominado Physician. O paciente também pode acessar essa figura médica por conta própria, mas geralmente é mais caro que o PCP
A cannabis medicinal é um direito de todos Como a comunicação entre paciente e profissional de saúde afeta o processo de prescrição
Hoje, muitas pessoas relatam o uso de cannabis como substituto de medicamentos prescritos, muitas vezes sem o conhecimento de seus PCP. Essa falta de integração levanta sérias preocupações, por exemplo, no uso de cannabis para tratar condições médicas delicadas que exigem um tratamento estabelecido e quase insubstituível. Outros ainda a usam para tratar condições para as quais há evidências limitadas no valor terapêutico da cannabis.
Apesar de 35 estados norte-americanos terem decretado programas de cannabis medicinal, a desconfiança por parte do sistema de saúde é uma dificuldade que desconecta essa lei da realidade. Mas a que se deve esse fenômeno, se o acesso à cannabis medicinal deveria ser gratuito? Um dos principais motivos pode ser atribuído ao fato de que, em 1970, a Cannabis foi classificada como um composto da Lista I da Lei de Substâncias Controladas dos EUA, indicando que é um elemento com alto potencial de abuso e sem uso terapêutico aceito. CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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Evidentemente, com o aumento de pesquisas e estudos científicos que sustentam o valor terapêutico dos canabinóides, como na redução de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia, dor crônica e espasticidade relacionada à esclerose múltipla; mudou o cenário. No entanto, as evidências para tratar a maioria das doenças com cannabis, de acordo com as leis médicas estaduais, ainda não são suficientes.
Além disso, os pacientes que usam cannabis sentem que não podem abordar e discutir seu uso com profissionais da saúde, por medo de estigma ou problemas legais. De fato, algumas políticas institucionais impedem os médicos de indicar a cannabis medicinal, pois os pacientes podem perder o emprego devido a um resultado positivo em exames de saúde ocupacional, mesmo que tenham uma licença para usá-la.
seguiram o conselho do seu PCP. Embora 80% tenham relatado que seu PCP sabia que atualmente usava cannabis medicinal, quase metade disse que seu provedor muitas vezes não sabia, optando por levar tempo para relatá-lo. Apenas 14% obtiveram a autorização de cannabis medicinal do seu PCP, o restante visitou médicos externos (Physician) e dispensários para obtê-la, mas a grande maioria o faz sem ter a licença.
Essas preocupações são baseadas em uma pesquisa de 2020 com 371 médicos no estado de Michigan, com apenas 34% da equipe médica assumindo que a cannabis era uma droga da Lista I, e 80% reconhecendo que precisavam se informar mais sobre os benefícios desta planta. Além disso, foi relatado que a forma mais comum dos médicos obterem informações relacionadas ao uso de cannabis medicinal é por meio de pacientes, outros profissionais de saúde especializados, notícias e revistas médicas, e não através de treinamento formal por programas de saúde.
Tanto homens quanto mulheres relataram usar cannabis para tratar vários problemas, como dor crônica (31%), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) (7%), artrite e dores de cabeça (6%), ansiedade, ataques de pânico e câncer (5%), depressão e estresse (4%).
Por esse motivo, 64% dos usuários de cannabis medicinal participantes do estudo começaram a usar a planta e seus derivados com base em suas próprias experiências, em relação ao 24% que
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CannaMed A maioria dos pacientes teve a percepção que o conhecimento de seus médicos de cuidados primários sobre cannabis era pobre e insuficiente, o que causou desconfiança na capacidade de gerenciar o tratamento. Da mesma forma, eles relataram que, ao obter sua licença de cannabis medicinal, o PCP não teve mais envolvimento em seus cuidados médicos atuais. Essas pessoas optaram pelo uso da cannabis em troca de anti-histamínicos, anticonvulsivantes, antidepressivos, entre outros fármacos. Esta pesquisa é muito valiosa, porque destaca a necessidade de integrar a cannabis medicinal e os cuidados médicos convencionais, incluindo a educação sobre cannabis para profissionais de saúde, a importância do sistema endocanabinóide, os benefícios e os cuidados em contextos terapêuticos relevantes dos compostos fitocanabinóides. Da mesma forma, o conhecimento dos pacientes sobre a
cannabis deve ser fortalecido, a fim de compreender os riscos de abandonar a terapia convencional sem a devida supervisão médica. A cannabis é um direito de todos, é a apropriação cultural de uma planta sinônimo de resistência e autonomia, que superou obstáculos legais e continua oferecendo grandes benefícios na saúde e bem-estar humano. A importância da educação e do acesso à informação são fundamentais para o progresso e a busca de alternativas que melhorem a qualidade de vida das pessoas.
Fonte: Boehnke, K. F., Litinas, E., Worthing, B., Conine, L., & Kruger, D. J. (2021). Communication between healthcare providers and medical cannabis patients regarding referral and medication substitution. Journal of cannabis research, 3(1), 1-9.
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Medicamentos à base de cannabis disponíveis no mercado. A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) aprovou formulações de medicamentos à base de canabinóides naturais e sintéticos como Dronabinol, Nabilone, Nabiximol, Epidiolex®, entre outros, no tratamento de pacientes que sofrem de náuseas e perda do apetite causado pela quimioterapia, síndrome debilitante (perda involuntária de mais de 10% do peso corporal) devido à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), entre outras condições. Atualmente, existem diversos produtos derivados da cannabis para fins medicinais, seu consumo depende da concentração e perfil químico dos fitocanabinóides presentes na planta, para o tratamento de diversos distúrbios físicos e mentais. Os medicamentos à base de cannabis são produtos que precisam de autorização para uso em muitos países e sua qualidade é certificada pelas boas práticas de fabricação.
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e acordo com pesquisas farmacológicas, os fitocanabinóides são todas as substâncias químicas que se ligam a proteínas receptoras como CB1 e CB2, presentes em nosso organismo. O primeiro receptor foi clonado no laboratório de Tom Bonner, em 1990 e estava localizado no sistema nervoso central de roedores e humanos, estes são responsáveis pelos processos fisiológicos dos neurônios e da ativação neuronal pela ação de compostos ativos da planta e os canabinóides sintéticos.
Vias de administração. Fonte: https://nutricionyfarmacia.es CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 20 |
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Algumas de suas apresentações comerciais mais comuns são: extratos, resinas, óleos, cremes, loções, alimentos, entre outros. As vias de administração mais recomendadas pelos especialistas em saúde são: oral ou sublingual, inalatória, transdérmica ou percutânea, retal ou vaginal. Cada uma dessas vias possui características próprias, diferindo em seus usos terapêuticos dependendo dos efeitos buscados com cada uma delas.
Apresentação comercial Marinol. Fonte: https://canamo.net/noticia
Os canabinóides sintéticos são produzidos para simular os efeitos dos fitocanabinóides no corpo. Vários países autorizaram o uso desses medicamentos para tratamento terapêutico ou de doenças específicas, sendo comercializados sob prescrição médica. O Dronabinol é um canabinóide sintético que interage com certos receptores celulares, especialmente no cérebro. Os médicos usam farmaco para aumentar o apetite, controlar a perda de peso em pacientes infectados pelo HIV e o vômito causado pela quimioterapia. O Dronabinol é geralmente administrado por via oral, e sua apresentação geralmente é em cápsulas ou solução líquida. Está comercialmente disponível para venda sob os nomes de Marinol® e Syndros®.
A Nabilona assim como o Dronabinol, é um canabinóide sintético, semelhante ao Δ-9 tetrahidrocanabinol (Δ9-THC), componente psicoativo da cannabis, este medicamento é administrado por via oral, sua apresentação é em cápsulas e geralmente é consumido de 2 a 3 vezes ao dia quando um paciente está em tratamento quimioterápico. Para o seu consumo é necessário ter receita médica. O Nabiximol é outro canabinóide sintético, à base de Apresentação comercial Syndros y Cesamet. Fonte: https://canamo.net/noticia. THC e CBD, atua ligando-se ao receptor CB1 e ao receptor CB2, que está localizado no sistema imunológico e nos tecidos periféricos, inibindo o impulso que causa o espasmo muscular, o que pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla. É administrado por via oral onde é posteriormente absorvido pela mucosa, logo, seu ingrediente ativo entra na corrente sanguínea e é distribuído por todo o corpo. Sua apresentação comercial à venda é o Sativex®
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Existem vários produtos derivados da cannabis para fins medicinais, seu consumo depende da concentração e perfil químico dos fitocanabinóides presentes na planta Os canabinóides sintéticos são produzidos para simular os efeitos dos fitocanabinóides no corpo O canabidiol (CBD) é um dos principais compostos ativos naturais da planta cannabis, porém, pode ser encontrado em fórmulas sintéticas como Epidiolex®, que é utilizado com mais frequência no tratamento de epilepsia, ansiedade, dor, doença de Parkinson, doença de Crohn, e muitas outras condições.
O CBD evita a quebra de substâncias químicas no cérebro que afetam a dor, o humor e a função mental e pode reduzir os sintomas de psicose associados a condições como esquizofrenia. É usado para tratar convulsões em pacientes com síndrome de Lennox-Gastaut, doença de Dravet ou esclerose tuberosa. Geralmente é administrado por via oral e sua apresentação é em cápsulas ou em solução. Até agora, pesquisas mostram que o uso de canabinóides é eficaz no controle de alguns tipos de dor crônica. Estudos afirmam que a cannabis pode ser uma alternativa muito útil a medicamentos como opioides sem causar efeitos colaterais no paciente. Demonstrando assim a importância do acesso a medicamentos à base de cannabis para o tratamento de diversas doenças.
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