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Editorial: A cannabis tem muitas faces. Pág 3 -Artigo de opinião: Cannabis, cânhamo ou maconha?. Pág 4
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SEÇÃO CANNAGROW - Micorrizas, trichodermas e bactérias em plantações de cannabis. Pág 5
7 Nossas Revistas CannaMed Magazine e CannaLaw Magazine, dedicadas à área terapêutica da cannabis e à área da regulamentação legal da cannabis, respectivamente; decidiram unir forças para oferecer a vocês uma nova revista quinzenal de cannabis mais completa: Cannabis World Journals. A revista CannaMed e a revista CannaLaw tornam-se seções da Cannabis World Journals, e juntamente com elas você poderá encontrar duas novas seções que lhe oferecerão uma visão global sobre a planta: estamos falando de CannaTrade, cujo objetivo será destacar o ritmo dos negócios que se estabelecem em torno da cannabis; e CannaGrow, dedicado à botânica e cultivo da planta referida planta. Cannabis World Journals é a revista de cannabis mais Completa para leitores exigentes como você. Sem mais delongas, lhe damos as boasVindas.
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NA SALA DO ESPECIALISTA: Entrevista com o Neuropsiquiatra Juan Orjuela Pág 7
SEÇÃO CANNALAW - USA: O Senado vota para conceder cannabis medicinal aos veteranos de guerra. Pág 14 - O que acontece com as empresas de cannabis no Canadá? Pág 16 - Situação da cannabis no Peru após mudanças na legislação; um futuro promissor. Pág 19 - ¿A cannabis medicinal é patenteável?? Pág 21
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SEÇÃO CANNATRADE - O futuro da cannabis inclui à Beyoncé. Pág 23 -Estão de volta! os prêmios Cannabis nos EUA.Pág 23 -Cannabis quebra recordes! Pág 24 - Próximo investimento: bebidas de cannabis. Pág 25 - Os novos mercados e produtos mais promissores para a cannabis. Pág 27
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SEÇÃO CANNAMED
- Redução do consumo de álcool após a iniciação com cannabis medicinal. Resultados de uma grande pesquisa transversal com pacientes de cannabis medicinal no Canadá. Analise do artigo: Lucas P., Boyd S., Milloy M. & Walsh Z. (2020). “Reductions in alcohol use following medical cannabis initiation: results from a large cross-sectional survey of medical cannabis patients in Canada”. International Journal of Drug Policy; 86(2020)102963. DOI: 10.1016/j.drugpo.2020.102963. Pág 28
- Benefícios do CBD durante o consumo de tratamentos antiepilépticos. Pág 30 - Cannabis “de perto”: Charlotte's Web. Pág 31
EDITORIAL
A cannabis tem muitas faces
Uma planta simples está se transformando em uma indústria poderosa; a cannabis tem uma grande história na humanidade. Para muitos, a planta significa alívio da dor; para alguns é algo que consideram perigoso, enquanto para outros tornou-se um grande negócio. Ou seja, a planta da cannabis tem muitas faces e cada uma decide qual quer ver ou em que ponto quer focar. Por décadas, essa planta foi alvo do proibicionismo em todo o mundo; pois, por causa das grandes potências mundiais, era vista como algo proibido ou abominável; o que levou a espalhar essa ideia por todos os continentes do mundo, fazendo com que a humanidade comprasse tais argumentos sem ter evidência de aquilo.
questão é: em que ponto nos convenceram com o argumento de que a cannabis só pode ser usada para fins recreativos? A cannabis para fins medicinais, científicos e industriais é uma realidade muito latente hoje, apoiada em evidências e capaz de ajudar a melhorar a qualidade de vida de um grande número de pessoas. Hoje, a comunidade da indústria da cannabis é grande e diversificada globalmente e está ficando mais forte a cada dia; é formada por pacientes, profissionais de saúde, empresários e ativistas que tornam essa luta inspiradora; também existem meios de comunicação especializados com o objetivo de fornecer informações verdadeiras e imparciais sobre esta indústria em crescimento. Todos esses esforços apontam na mudança de paradigma que já está se refletindo na sociedade, onde pelo menos se informa, graças aos avanços científicos e testemunhos de quem a usa, que a cannabis pode ser usada para neutralizar os sintomas de alguns tratamentos com efeitos adversos, os quais são difíceis de controlar em pacientes com doenças como câncer, epilepsia, Alzheimer, Parkinson, entre outras. Hoje a cannabis tem várias faces, não é mais uma simples planta; é uma grande indústria que não para e isso nos faz ver um sinal de esperança no final do túnel, que todos os envolvidos na indústria e os que não estão, poderão testemunhar.
Equipe Editorial Cannabis World Journals
Os anos se passaram e não é segredo que alguns países tiveram que lutar mais contra o narcotráfico do que outros. A CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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ARTIGO DE OPINIÃO
Cannabis, cânhamo ou maconha? A cannabis tem uma grande história, existem documentos antigos que comprovam que a planta era usada desde tempos remotos. Hoje, seus usos geram polêmica e um grande debate na sociedade, abalando o cenário legislativo de diversos países ao redor do mundo. Uma das coisas que também gera grandes discussões é o nome ou a palavra correta pela qual a planta deve ser chamada. Portanto, para começar, devemos ter claro que o nome científico da planta é Cannabis sativa, com este nome ela aparece referenciada em diferentes artigos e relatórios científicos; mas, por que é popularmente chamada de maconha? Em muitos países do mundo, a planta pode ser chamada por nomes muito únicos como Maria Cachafa, Mota, Matuja ou por nomes muito originais como Monte, Wedd Gass, Pot ou Erva Sagrada; ou seja, cada cultura atribuiu a ela um nome diferente. Um exemplo é o Brasil; onde é popularmente conhecida como “Maconha”, alguns dizem que corresponde à decomposição da palavra ‘cânhamo’; no entanto, detratores da sua para uso medicinal e científico neste país têm usado o prefixo da palavra 'maconha' para dizer que o prefixo 'ma' tem uma mensagem clara de que a planta é "má" justamente pelo significado dessa palavra. Esta discussão às vezes tem opiniões muito opostas, e na seguinte história isso se reflete; certa vez, estava no meio de uma conversa sobre cannabis, e um paciente que faz uso da planta medicinal disse que, em sua opinião, existem pessoas que têm problema com a palavra 'maconha', o que o fazia sentir que isso era estigma ou preconceito em relação à planta. Imediatamente, outra pessoa que estava na conversa respondeu que a palavra "cannabis" é
mais universal devido ao seu nome científico. Mas a verdade é que nem toda cannabis deve ser chamada de maconha, uma de suas diferenças mais claras está baseada nas leis federais de países como os EUA, onde a planta pode ser chamada de cânhamo ou maconha de acordo com o teor de tetrahidrocanabinol (THC) que é popularmente conhecido por seus efeitos psicoativos; e também pelo seu teor de canabidiol (CBD), que é conhecido por não ser significativamente psicoativo e fornecer propriedades terapêuticas sem esses efeitos: Se o teor de THC for maior que 0,3% pode ser chamado de maconha, se for menor que 0,3% nos referimos ao cânhamo, e o cânhamo é uma cannabis cujos efeitos não serão relevantes em termos de psicoatividade. O que foi citado acima deixa claro qual é o papel e por que um é chamado de cânhamo e o outro de maconha. A verdade é que a cannabis, como disse no início deste artigo, tem uma grande história na humanidade, e por isso é importante chamar cada coisa pelo seu nome próprio, a fim de evitar confusão entre seus usos e aplicações. Enquanto a sociedade é informada para aprender a grande diferença entre essas duas palavras, a indústria da cannabis está dando passos gigantes e, embora para alguns seja apenas parte do passado, a cannabis faz parte do nosso presente, escrevendo uma história nova e produtiva; crescendo cada vez mais como uma grande indústria. Isanora Álvarez Equipe Editorial Cannabis World Journals Brasil
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CannaGrow
Micorrizas, trichodermas e bactérias em plantações de cannabis O que é isso de micorriza e trichoderma? Talvez as bactéria sejam mais familiares. De uma lado, a palavra micorriza vem do latim "mycos" (que significa fungo) e "rhizos" (raízes), as micorrizas são uma classe de fungos que mantêm uma relação simbiótica positiva com as raízes das plantas, ou seja; que existe uma interação entre as plantas e o fungo onde ambas as partes se beneficiam e/ ou contribuem. As micorrizas, circundam com seu micélio (que são um conjunto de hifas, como uma espécie de substância ou pó branco) no sistema radicular da planta; com isso, o fungo auxilia a planta a fixar mais facilmente os nutrientes, já que as hifas do fungo penetram internamente e permitem a entrada e processamento dos alimentos, colaborando também com uma camada de proteção contra certas doenças, armazenando melhor a água e mitigando os impactos da seca ; em troca, a planta fornece ATP (trifosfato de adenosina) gerado pela fotossíntese, que nada mais é do que a energia integrada em um coquetel de açúcar, aminoácidos e outras substâncias, que também farão o fungo se desenvolver, proliferar e viver plenamente junto com o raízes da planta.
de fungo que "se adapta a uma ampla variedade de condições ambientais e obtém sua energia a partir de resíduos de matéria orgânica ou de matéria vegetal em decomposição" (Reynoso, s.f). Este tipo de fungo é natural ao solo e atualmente é utilizado para o controle biológico de patógenos que podem ser encontrados no solo, devido ao fato de ter a capacidade de atacar outros fungos que podem ser nocivos, além de auxiliar no crescimento e desenvolvimento da planta, por isso é adicionado em biofertilizantes que são amplamente utilizados no cultivo de cannabis. Ambos fungos oferecem um serviço benéfico às nossas plantas de cannabis e são geralmente usados em cultivos orgânicos, uma vez que a planta fica mais saudável, se tornando em cultivos ecológicos e mais saudáveis para o consumo humano. << Curiosamente, os registros fósseis mostram que a associação entre raízes e fungos é tão antiga quanto as plantas terrestres. Há milhões de anos, quando as plantas evoluíram em ambientes pantanosos, sua colonização do solo
Por outro lado, os trichodermas são outro tipo CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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CannaGrow ocorreu graças à simbiose estabelecida com diferentes espécies de microrganismos, principalmente fungos, cujas hifas atuam como extensões naturais do sistema radicular. A liberação de substâncias ricas em carbono pela raiz, como açúcares, ácidos orgânicos, aminoácidos e outras substâncias nutricionais, permite a seleção de microbiomas em um ambiente especial denominado rizosfera, diferente em propriedades e funcionamento de outras regiões do solo. >> (Reynoso, sf). Essa simbiose é toda uma rede comunicacional de troca entre o solo e as raízes das plantas.
Ás bactérias, são microrganismos que estão nos solos, umas são benéficas e outras patogênicas; nesse caso, nos concentraremos nas benéficas, cuja função em geral é decompor a matéria orgânica para que os nutrientes sejam assimilados mais rapidamente pelas raízes, além de fixar os nutrientes atmosféricos no meio de cultivo. Esses organismos têm a capacidade de proteger as raízes das plantas contra ataques de outros organismos, um exemplo claro são os lactobacilos; os quais provavelmente você já ouviu falar que fazem bem à nossa saúde e, assim como fazem parte da nossa microbiota intestinal, também fazem parte das plantas. Essas bactérias têm grandes contribuições para a planta de cannabis porque fortalecem seu sistema, ajudando outros microorganismos benéficos a se proliferar regenerando o substrato. Todos os organismos citados acima são aplicados no controle biológico para prevenção, fortalecimento, crescimento e desenvolvimento da planta; muitas empresas concentram seus esforços em cuidar deles e adicionar cuidadosamente produtos como fertilizantes orgânicos por meio de processos industriais que fornecem resultados bastante encorajadores e protegem a saúde de nossas plantas. Todos cumprem diferentes funções biológicas, onde geram reações que fornecem serviços ecossistêmicos favoráveis.
Referências Reynoso, E. S. V. G. A. Y. (s. f.). TRICHODERMA: UN HONGO BIOFERTILIZANTE. Revista de divulgación Saber más UMSNH. Recuperado 13 de agosto de 2021, de https://www.sabermas.umich.mx/archivo/articulos/267numero-31/482-trichoderma-un-hongobiofertilizante.html CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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A equipe editorial da CannaMed Magazine teve a oportunidade de falar diretamente da Colômbia com o Médico Neuropsiquiatra Juan Orjuela, focado na cannabis como um elemento terapêutico para a saúde mental; uma conversa agradável a qual compartilhamos com nossos leitores cujo conteúdo é enriquecedor e que quebra o mito de encontrar na planta da cannabis uma panaceia, orientando aos profissionais da saúde para o uso adequado e responsável das moléculas, informações e derivados da planta.
- Prezado Dr. Orjuela, é um prazer ter sua companhia hoje; obrigado pela sua participação. Você acha bom começar falando um pouco sobre você? Qual tem sido sua experiência na indústria desde que você começou? Quando você teve a iniciativa de entrar na indústria da cannabis?
Na sala do especialista: Entrevista com o Médico Neuropsiquiatra Juan Orjuela
Meu nome é Juan Manuel Orjuela, sou médico neuropsiquiatra; em 2019 tive a oportunidade de viajar para o Canadá, Montreal, e fazer um treinamento em prescrição de cannabis medicinal, ai foi a primeira vez que tive contato próximo com a ciência da cannabis, pois como psiquiatra enquanto estudava na Universidade Javeriana, e no México, na UNAMP, sempre ouvi ensinamentos com as conotações negativas da planta de cannabis, então ao falar dela um psiquiatra vê psicose, ansiedade, todos os efeitos adversos do THC, mas desta vez em Montreal pela primeira vez tive a experiência de ver uma clínica focada em cannabis, com médicos altamente qualificados e de alto nível prescrevendo a cannabis de forma científica e também vendo, que na verdade foi o que mais me impactou e gerou uma mudança qualitativa em mim, ao ver a resposta em pacientes que usaram cannabis medicinal, ao conhecer pessoas que tinham insônia por muito tempo, mulheres jovens com fibromialgia e dor crônica, pacientes com epilepsias refratárias que encontraram benefícios com o uso adjuvante da cannabis medicinal, então desde ai, quando comecei a ouvir pela voz do paciente, não pelos jornais, nem por quem publica o marketing, mas pela voz do paciente; comecei a pensar e a me convencer de que realmente era uma estratégia terapêutica válida e honesta para tratar algumas condições refratárias como já mencionei da dor crônica, epilepsia e problemas de saúde mental. Naquele momento começou aquele interesse muito particular no qual durante o último ano ou ano e meio tenho estado constantemente lendo muito sobre o assunto, participando de diversos congressos, fazendo pesquisas, até recentemente enviei uma investigação a uma revista de artigos referenciados sobre cannabis e estou aguardando a resposta da aprovação, então, tenho feito basicamente isso, aprendendo muito, fazendo minha própria pesquisa sobre cannabis medicinal e também prescrevendo pacientes; pois até este momento já prescrevi mais de 100 pacientes com cannabis medicinal, mas aqui há algo CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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importante: não idealizar a planta, que é o que
considero muito importante nesta entrevista, e que é para deixar claro que a cannabis não é para todo mundo, é necessário filtrar muito bem o paciente, é necessário escolher o perfil certo, mas naqueles pacientes em que se escolhe bem o perfil, há uma taxa de resposta de mais ou menos 60% ou 70%, ou seja, de 10 pessoas a quem você dá cannabis, mais ou menos em 6 podem dar certo e em 4 não muito; então basicamente é isso que eu faço. -Doutor, baseado no panorama que você viu no Canadá, você acredita nesse cenário que você expõe? falando dos médicos que agora estão em formação, que vão ser a próxima geração que vai prescrever, você acha que a Colômbia é o cenário onde eles vão ter a mesma experiência ou aquela oportunidade que você teve no Canadá, mas na Colômbia? Ou você acha que eles vão ter que ir para outros países que já estão anos adiantados e têm uma mentalidade diferente sobre o assunto, como você vê isso? Sim, é uma boa pergunta; quando eu estive no Canada em 2019, na Colômbia ainda não havia produtos legais derivados da cannabis, pois a legalidade da cannabis na Colômbia começa em março de 2020 quando a Invima (Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos) aprovou uma das empresas para produzir produtos derivados da cannabis legal, pois os produtos que existiam eram todos produtos artesanais ilegais e isso é muito importante; o mundo legal e o mundo ilegal. Então desde quando eu fui para o Canadá não existia nada na Colômbia porque não era legal, então algumas pessoas a viam como um tratamento natural como a valeriana, mas a partir daquele momento em março de 2020 que coincide com a pandemia e que de fato foi há cerca de 1 ano, começou a se despertar na mídia, a nível de médicos, de pacientes um interesse muito particular pela cannabis, porque pela primeira vez é legal na Colômbia, de modo que criou um interesse em muitos âmbitos médicos e principalmente aquelas que vejo que têm tido mais proximidade nesse assunto são os médicos que tratam a dor, a dor crônica, como clínicas de dor, algesiologistas, anestesiologistas. Ou seja, o médico especialista em dor tem a possibilidade de ter mais afinidade com o uso da cannabis porque
é também onde há mais evidências científicas, se você analisar todos os estudos da cannabis medicinal, onde você encontra as melhores evidências científicas são aquelas que tratam as dores crônicas ditas neuropáticas, então tenho visto que elas têm uma boa receptividade, porém, por exemplo no campo da neurologia e principalmente na psiquiatria e naquele estudo que venho desenvolvendo, a percepção do uso da cannabis medicinal ainda é pouco aceita em geral, pelo menos vejo que os psiquiatras não estão muito inclinados a prescrever cannabis, porque como mencionei, na formação acadêmica de um psiquiatra ensinam efeitos adversos como psicose, ansiedade etc. Então é muito difícil mudar essa concepção acadêmica, principalmente em psiquiatras de longa data, em professores universitários, aqueles que estiveram lá a vida toda, as pessoas com mais de 60, 70 anos, então há sim uma população que é muito mais difícil e muito mais rígida em relação à questão da cannabis, então eu vejo duas coisas aí; primeiro, que as novas gerações estão provavelmente mais abertas à prescrição de cannabis medicinal e, segundo, que há certas especialidades que estão muito mais relacionadas, à prescrição de cannabis medicinal como a algesiologia. Se nos perguntarmos, o que está pendente e o que penso ser necessário para estimular maior interesse por parte dos médicos? mais educação nas universidades, mais educação pela imprensa, que é o que vocês estão fazendo, por meio de seminários, por meio de simpósios, cursos, mas também mais estudos e mais evidências científicas, visto que a cannabis medicinal tem “uma desvantagem” e é que tem muitas pesquisas no nível pré-clínico, o que significa que existem muitos estudos, mas em ratos de laboratório; e é aí que você encontra informações como que a cannabis ajuda no tratamento de câncer no cérebro, remove tumores, etc. Então as pessoas que vendem cannabis divulgam que a cannabis cura o câncer, o que é verdade, mas em uma placa de Petri em um laboratório onde colocaram duas células, colocaram cannabis e as células cancerosas morreram, consequentemente as pessoas pegam as descobertas do laboratório ou em camundongos e extrapolam para os humanos e isso é completamente inapropriado, porque uma coisa é que dê certo em um rato ou uma placa de Petri e outra coisa é que dê certo em você ser humano de 30 ou 50 anos, então mais evidências científicas são CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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necessárias para fortalecer o uso de cannabis em humanos sob certas condições, então essa seria a minha opinião. -Em relação ao que você está dizendo, muito do que nos falam alguns médicos, é exatamente a mesma coisa, alguns com mais ceticismo do que outros. Você mencionou um exemplo com pessoas com mais de 50 anos, que são um pouco mais acadêmicas, e que é muito mais difícil para elas aceitarem a ideia de que a planta poderia estar na medicina tradicional que eles já conhecem, dizem alguns médicos, ok eu aceito a cannabis, mas como posso prescrever a um paciente, o que eu faço? Então, ficam muitas dúvidas, então o que você responderia a um médico na Colômbia que pergunte para você: o que eu faço se um paciente vier e me disser que quer cannabis? O que eu digo a eles? Ou, o que eu dou? Essa é uma boa pergunta porque a maioria dos médicos, mais de 90% nunca receberam treinamento na universidade ou em seu estágio nada sobre cannabis, então como você vai formular algo que nem mesmo a universidade ensinou, mas só ensinou os efeitos adversos da maconha, então digamos que inicialmente há um desconhecimento geral de todos os aspectos da cannabis, sobre quais são as indicações médicas, porque tem sim indicações, ou seja, a cannabis não é tudo o que você encontra na publicidade, que para o herpes, que para depressão, que para o câncer, ou seja, há indicações realmente claras para a cannabis medicinal que os médicos desconhecem. Em contrapartida estão as apresentações de cannabis, porque por exemplo no Canadá você pode prescrever sprays, pode prescrever cápsulas, óleos, até flores secas; fiquei muito impressionado com isso e para mim foi como uma quebra de paradigma, ver um médico falando para o paciente: olha, hoje à noite você vai dar 2 tragadas de maconha, para que você durma melhor ou para que doa menos. Para mim pensar em fumar para diminuir a dor quando tenho uma crise não coube na minha cabeça até começar a entender, logo depois os pacientes me agradeciam porque tudo é feito muito controlado. Nunca a intenção será um efeito psicoativo ao formular cannabis, e sim sempre um efeito terapêutico; enfim, temos médicos que não sabem e não têm clareza das indicações nem das apresentações conhecidas, como disse, o médico não sabe se deve formular flor seca, óleo, spray etc. A outra coisa é que eles
não conhecem bem os efeitos adversos e não sabem que o canabidiol pode causar tontura, diarreia, que o THC pode causar hipotensão, ou seja, existem alguns fatores adversos com o medicamento; e finalmente, como é prescrito, porque a cannabis medicinal não é como um ibuprofeno onde eu por exemplo posso indicar tomar a um a cada 8 horas por 5 dias, e pronto, A cannabis medicinal é geralmente intitulada, ou seja, você começa com doses baixas, e vai aumentando lentamente procurando por uma resposta terapêutica e cada um tem uma resposta que é idiossincrática, por exemplo, eu tenho pacientes que dormem com 10 mg de canabidiol, outros requerem 70 mg, então tem muita idiossincrasia na resposta e por isso o médico vai se deparar com desconhecimento sobre como e prescrito porque ninguém lhe ensinou, por isso o assunto da educação médica é muito importante e os médicos estão ensinados que outros deveriam formulá-la, como por exemplo no Canadá, uma clínica de cannabis recebe encaminhamentos de muitos outros médicos , ou seja, um médico diz: não me sinto seguro prescrevendo cannabis, mas vá a essa clínica onde eles sabem o como prescrever. Muitos decidem delegar essa função de prescrever ou dá-la a uma instituição ou a um profissional que tem tratamento com cannabis.
Na sua trajetória, você viu que se está apontando mais a um mercado no exterior? Ou você viu uma inclinação mais forte para lidar com o mercado local, com o público colombiano local, com pacientes colombianos? Ok, atualmente trabalho 100% independente e não represento nenhuma empresa, mas o que vejo é que existe um mercado importante na América Latina, pois como até agora muitos países estão acordando e deixando o estigma negativo que a cannabis medicinal tem, e na Colômbia em particular temos uma história muito negativa, com conotações culturais negativas com a cannabis por causa de todo o tráfico de drogas e porque se cresceu assim, ouvindo coisas como: o maconheiro do bairro, ou aquele cara está chapado, então há mesmo uma conotação cultural negativa porque crescemos vendo no jornal pessoas presas, algemadas por portar maconha, por conseguinte mudar esse esquema cultural não é fácil e o que vejo é que o interesse se voltou CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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para a América Latina, em geral porque há muitos pacientes que ainda tem epilepsia, que tem dor crônica, insônia refratária, etc. e estamos vendo que as pessoas estão se aproximando cada vez mais, porem se não for regulamentado, aconteceria o que já acontece com todos os produtos ilegais, que as pessoas ainda vão encontrar, ou seja, se a cannabis não for regulamentada na América Latina, haverá pessoas que vão fazer em casa, vão vende-la no mercadinho, ou vai vende-la o vizinho também, vai vende-la no Instagram alguém que a preparou em casa porque é assim que está acontecendo, as pessoas consomem cannabis medicinal há anos, mas de qualidade muito ruim. Tive a oportunidade de falar com alguns médicos peruanos e disseram: olha, aqui no Peru usamos cannabis de fulano há anos porque ele o prepara bem, mas não se sabe se as concentrações de THC ou CBD são corretas ou se não está contaminado. Nos Estados Unidos, há muitas pesquisas que revelam que os produtos artesanais estão contaminados com fungos, bactérias e metais pesados, porque a planta absorve do solo coisas como chumbo, etc. Então, se você não tem um produto que é regulamentado, vai consumir algo que é de má qualidade. Vejo que o mercado está se abrindo legalmente para a América Latina por causa da população vulnerável com essas doenças e porque é sim uma questão que vai transbordar do artesanal ou do ilegal. -Você acha que, devido ao tipo de paradigmas que foram criados por causa dessas conotações negativas que a Colômbia teve, há uma maior resistência da comunidade médica? Ou há uma maior resistência por parte dos pacientes? Onde está essa maior resistência?
Eu vejo que os pacientes na medida em que vão se educando e leno, procuram muito os médicos que formulam cannabis, eu sou procurado constantemente, as pessoas estão muito abertas e há vários estudos que mostram isso, aquele que propõe o assunto da cannabis medicinal é o paciente e não o médico. Vejo uma abertura importante da população, por um lado querem fazêlo de forma responsável e procuram médicos credenciados, procuram clínicas credenciadas, procuram produtos que sejam legalmente aprovados, no caso da Colômbia pelo INVIMA ; Mas por outro lado, tem outros pacientes que querem o caminho mais fácil, eles querem ir a qualquer lugar, a qualquer mercado e que lhe digam tome 6 gotinhas à noite, recebendo um produto feito à mão e pronto, então há uma população que considero
muito responsável e prudente, e outra que quer cannabis sem pensar em nada por parte dos médicos, é aquilo que já disse, até agora há um novo despertar, mas também há muita resistência porque ainda não há algo muito muito importante na medicina que chamamos de casuística, que basicamente é o número de casos que você tem com um determinado tratamento, de modo que, se por exemplo chegasse para mim um novo medicamento ou um novo antidepressivo, onde me digam: olha doutor, esse novo medicamento é ótimo, use-o, tem os estudos pertinentes; eu provavelmente vou me sentir mais confortável prescrevendo os antidepressivos que eu já usei e conheço, porque eu já tenho 50 pacientes com sertralina, e tenho 100 pacientes com fluoxetina, então eu tenho uma casuística muito mais ampla e já sei como funciona a medicação que já uso, por isso quando você tem zero casuística com a cannabis é muito mais difícil dar aquele primeiro passo e aquela primeira prescrição, é difícil para os médicos, os assusta porque eles não têm clareza sobre os efeitos adversos, ou o que vai acontecer com o paciente, então aquela primeira prescrição que eu digo é super importante, mas uma vez que o médico começa a ter casuística e percebe que não é tão grave e que as pessoas começam a melhorar, é muito mais provável que comece a se abrir e a comece a incorporar em seu esquema farmacêutico. -Aproveitando essa resposta e baseados também um pouco no que você comentou sobre os lugares onde recomendam flores secas, quero perguntar sua opinião sobre esse cenário chegar à Colômbia, pois em minha experiência com clientes de outros lugares achavam que o boom na Colômbia ia ser esse das flores secas, que ia haver a figura de um dispensário como em Porto Rico ou como em Denver, onde você pode ir a um dispensário e dizer “esta é a flor que deu certo em mim porque é a que tem mais canabinóides. ”Você consideraria este um cenário perfeito? Ou você prefere começar com outros produtos como o óleo ou concentrado, da forma em que a medicina o está incluindo? Podemos dizer que têm indicações diferentes, os óleos têm uma vantagem de serem muito mais controláveis em termos de dose, pois por exemplo você tem como saber que esta medicando 5 mg CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 | 10
por mililitro; mas quando é fumada não é tão fácil conhecer a dose certa. Então os óleos têm a vantagem de serem dosados facilmente, são facilmente quantificáveis e que além tem como saber a meia-vida, que corresponde ao número de horas que o medicamento dura no corpo, então em óleo você sabe que existe uma meia-vida de mais ou menos oito horas, onde você pode toma-la então a cada oito horas ou a cada 12 horas, você tem o sintoma coberto a maior parte do dia; agora, falando em flor seca, essa é usada principalmente para resgates, ou se você tiver um pico de dor, ela é inalada via fumo e a dor começa a diminuir, se você tiver um pico de ansiedade e fuma o CBD reduz a ansiedade, se quiser induzir sono você pode fumar e induzir o sono, então vemos que a flor seca é muito boa para questões de resgate, mas a manutenção dos sintomas na verdade é feita com o óleo pois a meia-vida é muito mais longa, então bem, sobre dispensários o que eu digo, é que os conheço mais no contexto recreativo, por exemplo, em Seattle e em Montreal eu tive a oportunidade de entrar em um e o que vendem é realmente para o mundo recreativo, onde o cara te pergunta o tipo de experiência que você quer, se você quer rir ou quer refletir, é algo tão artificial onde falam que você precisa de tanto THC, etc. na minha opinião é muito voltado para o marketing, uma vez que vendem uma experiência, enquanto na cannabis medicinal existem basicamente três tipos de quimiotipos, é assim que eles são chamados, essa é a palavra para falar sobre perfis de cannabis medicinal.
convencional ou alternativo? Como você o definiria quando se trata de cannabis medicinal? Sim, essa pergunta também é fundamental porque a cannabis não é medicina alternativa, olha muitos pacientes que me consultam me dizem: doutor, eu sou bipolar, retire todos os remédios e dê-me apensa cannabis, eu respondo: isso é impossível, se fizer isso vou fazer um estrago em você, aí eles falam que não, que como assim? Que estavam me procurando só para isso, etc. E olha, isso é muito importante porque as expectativas que a cannabis cria é que você pode ficar sem os outros medicamentos e ficar apenas com cannabis, e isso é totalmente falso. A cannabis faz parte da medicina complementar ou medicina integrativa, o que significa que tem o seu tratamento médico básico e usa a cannabis como adjuvante ou como complemento àquele outro medicamento que é alopático e que é de primeira linha. A cannabis nunca é um medicamento de primeira linha, é de segunda ou terceira linha e é sempre utilizada como complemento ou adjuvante, motivo pelo qual não é medicina alternativa, nem é medicina convencional, é uma terapêutica que faz parte da medicina complementar ou integrativa.
-Doutor, você diz que é como um complemento, quando se fala de cannabis como medicina, normalmente se fala como último recurso quando todos os outros falharam, certo? A cannabis é como a última Um quimiotipo rico em canabidiol é muito bom chance, a última esperança. Essa percepção para problemas de ansiedade ou para epilepsia; sistemática de que é finalmente o último um quimiotipo balanceado, que é o CBD e o recurso, você encorajaria os médicos a não THC, é bom para dor crônica, para insônia, para irem para o último recurso, mas a começar fibromialgia, para esclerose múltipla; e um com o que seria o “tratamento convencional” quimiotipo rico em THC, é muito bom para e prescrever cannabis desde o início? Ou é náuseas e vômitos em quimioterapia, para melhor esperar para passar todas as etapas? dores crônicas, então, posso dizer que com Como você recomendaria aos médicos a usacannabis medicinal só é necessário ter um perfil de la? quimiotipo, e se eu disser, por exemplo, terpenos, seria ideal, mas não há muitos estudos médicos Eu vou responder pelo que temos na medicina com terpenos, embora existam coisas não há baseada em evidências, então os estudos que evidências tão grandes de que por exemplo um x você encontra geralmente são de pacientes com terpeno é efetiva para uma determinada condição. estados que chamamos de refratários, refratários é quando você já experimentou dois ou mais -Doutor, uma pergunta. O que você pensa ao medicamentos em doses e tempos terapêuticos e usar os termos da medicina convencional, mesmo assim não dá certo, por exemplo, alguém medicina alternativa? Onde você colocaria a que tem epilepsia recebe um medicamento, em cannabis, o que você acha do uso do termo CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 | 11
dose boa por um tempo e não adianta, depois recebe outro remédio com a dose e o tempo adequados mas também não adianta, na aquele ponto essepaciente entra em um estado de refratariedade, aí você já pode usar um adjuvante como o canabidiol, mas se você der canabidiol ao paciente desde o início, estará pulando todos os protocolos, estará fazendo algo completamente empírico porque nenhum estudo indica que desde o começo você pode dar canabidiol para o paciente, na minha opinião essa é uma questão ética por parte do médico, ou seja, se você vai pular os protocolos só para ter uma consulta cheia de pacientes com cannabis ou prescrever pacientes para vender frascos, faltando aqueles elementos que como disse, tem a ver com a medicina baseada em evidências, me parece que é um assunto delicado e fica ao arbítrio de quem o faz; vejo que de repente com o tempo a Cannabis não vai ser mais uma terceira linha, mas até esse momento são condições refratárias, acredito sim que com o passar do tempo haverá condições em que a cannabis pode de repente ser primeira linha ou segunda linha. Por exemplo, tenho alguns pacientes ansiosos, mas é uma ansiedade leve, que não é um ataque de pânico mas que estão ansiosos com a pandemia, que falando nisso, com a pandemia a ansiedade aumentou muito, mas a alguns pacientes eu lhes digo que façam psicoterapia ou exercícios físicos e eu os ajudo com o canabidiol, nesses casos em que há ansiedades leves, complementando com outros tipos de abordagens como a psicoterapia, você pode usar a cannabis quase como primeira linha. O que não seria correto seria pegar um paciente com dor crônica, ou transtorno de ansiedade severa e dar-lhe inicialmente cannabis, porque com certeza o paciente dirá depois que o tratamento não funcionou para ele, que ele perdeu dinheiro , e assim por diante. Então, sim, preste muita atenção ao perfil do paciente e àquela questão que mencionei. -Agora que você mencionou a pandemia, você acha que o interesse dos pacientes pela cannabis cresceu durante a pandemia? Pessoalmente, gerou muita ansiedade para mim em todos os meses de abril, março, maio do ano passado e senti que precisava de mais do que uma pílula. Você sentiu que os pacientes passaram pela mesma experiência e até teve novos pacientes? Olha, durante a pandemia todo o planeta de acordo com um estudo da OMS mostrou que os níveis de
ansiedade aumentaram, mesmo na Colômbia estão quantificados mais ou menos até 30%, 35% das pessoas ansiosas, quando antes eram 5% , os sentimentos de tristeza e solidão aumentaram em geral no mundo, a insônia aumentou, as pessoas estão dormindo pior porque fazem menos atividade física, se cansam menos, passam o dia todo na frente do computador, então a saúde mental do ser humano deteriorou-se com a pandemia. Nesse sentido, e como já disse, coincide que quando começou a pandemia, o Invima aprovou produtos legais com cannabis medicinal na Colômbia, então por causa de publicidade e mídia, as duas coisas começaram a se misturar, pois as pessoas estavam ansiosas e ao mesmo tempo havia também uma informação que a cannabis diminuía a ansiedade, então acho que sim durante o último ano cresceu muito o interesse na cannabis por parte dos pacientes junto com por exemplo os congressos de psiquiatria, de medicina interna, onde vejo que agora estão incluindo uma ou duas palestras sobre uso de cannabis também em outros campos como gastroenterologia, etc. então já os mesmos médicos e da academia está sendo promovido uma educação através de simpósios e conferências. No ano passado, houve mais interesse de pacientes, médicos e acadêmicos em usar produtos de cannabis, Mas como eu disse, existem os dois ramos; aqueles que prometem tudo no Instagram e no Facebook, e aqueles que fazem as coisas com indicações médicas estabelecidas. -Atualmente é quase impossível não entrar em uma rede social ou na Internet e ver uma notícia relacionada com a cannabis, seja um novo regulamento que está a ser aprovado ou um novo estudo científico, podemos dizer que existe um sobre informação sobre a cannabis, sobre seus diferentes usos, onde parece que a cada dia ela tem um novo uso e é milagrosa, então toda aquela superinformação que acaba sendo quase uma resposta ao obscurantismo que a cannabis tinha. Como você acha que isso afeta a percepção dos profissionais da saude e das pessoas em geral, é positivo ou os torna mais céticos? Como essa superinformação acaba afetando a percepção da cannabis?
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Sim, claro, você vê que na profissão médica existem duas abordagens. Por um lado, estão os médicos ocidentais alopatas, que prescrevem apenas com a evidência e, por outro lado, está o grupo de médicos que são médicos alternativos, homeopatas, etc. Então, nessa última população que mencionei, pois funciona para eles e é muito melhor para eles pensarem que é um medicamento que é útil para muitas coisas porque é assim que a medicina alternativa é administrada, onde você pode dar algo que é útil para tudo, isso alinha os chakras, dá uma energia diferente, etc. Então acho que esse tipo de informação às vezes pode ser bem recebida por esse grupo de médicos; Mas o médico que é um cientista puro, da medicina baseada em evidências, alopático, ocidental, já começa a ver esse tipo de notícia com ceticismo porque você sabe que na medicina quando algo serve para tudo, na real no serve para nada, então gera desconfiança; como digo porque já vi, que a cannabis medicinal é usada para depressão, dor, câncer, estresse pós-traumático e muitas coisas que eu sei que nem têm evidências, então há ceticismo por parte do médico deste último perfil, Mas o que eu entendi até agora, no qual tenho estado envolvido no assunto da cannabis, é que é necessário ficar no meio da linha para poder prescrever cannabis, porque se você é um cientista puramente super rígido, então sempre vai faltar evidência científica para prescrever, mas se você for para o outro lado, que é o médico da experiência, também há uma dificuldade em não ter a facilidade de dosar a cannabis medicinal, então quando um médico ficar na linha do meio, está combinando duas coisas, a evidência científica, porque ai, por exemplo, na saúde mental para ansiedade social há evidências para tratar o estresse pós-traumático, mas você tem que combinar com a sua experiência e se você combinar a experiencia em cannabis com a evidencia você alcança um ponto intermediário, que penso ser a melhor abordagem para poder dar uma receita responsável aos pacientes. Qual a percepção da população com tanta superinformação? Bem, depende de você, se você é uma pessoa que engole inteiro, ou se você definitivamente vai interpretar que a cannabis é boa para tudo você vai procurar, vai investir dinheiro e vai ser decepcionar porque não tirou a sua acne, porque não perdeu peso, porque não tirou a caspa, porque basicamente não serve para isso; Mas se você é uma pessoa que procura ajuda médica especializada ou uma clínica especializada em cannabis, com pessoas
que têm experiência e sabem disso, provavelmente você se sairá melhor. -Atualmente, como o médico está sendo informado? Existem palestras? Como essa informação está sendo alcançada? Como os médicos estão lidando com isso? Pois bem, depende de muitos fatores, acho que nas principais cidades o assunto começou a ser tocado, em particular fui convidado por várias universidades, como a Nacional, a de Antioquia, já estive em algumas clínicas onde lhes chamou atenção a experiência de primeiro mundo com a cannabis, então muitas vezes por meio de convites de médicos, pois eu não sou o único médico, de fato conheço outro grupo de médicos que também se formaram na prescrição de cannabis no estrangeiro, por isso sinto que muitos de nós fomos chamados a explicar e partilhar a experiência da academia tanto nas universidades como em instituições. O outro, são os congressos que já estão incorporando as questões da cannabis porque as pessoas estão se sentindo atraídas por esse tema, e o outro é que eu já vi em redes muitos cursos de cannabis medicinal, por exemplo a Universidad del Rosario tem um e vão lançar outro acho que na Universidade Jorge Tadeo, então existem diferentes instituições que estão começando a oferecer treinamentos e cursos em cannabis medicinal, também existe uma série de cursos internacionais, conheço um grupo de médicos que fazem alguns cursos online com a Universidade do Colorado ou com outras universidades que também oferecem esses cursos, então os interessados começaram a absorver essa informação, embora ainda há muita gente que não se interessa, muitos muitos muitos médicos que não se interessam, que não acreditam neste assunto que são céticos e não tiro a razão deles, pois as evidências também não são tão conclusivas, muitos não estão interessados e, nesse caso, o que eles fazem é o que muitos médicos no Canadá fazem que é encaminhar seus paciente a clínicas ou médicos especialistas em cannabis, mas realmente muitos não estão interessados em aprender pois já têm seus medicamentos básicos clássicos e de uso diário.
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EUA: Senado vota para conceder cannabis medicinal a veteranos de guerra
Esse ano que passou tem sido prova de importantes avanços legislativos para a indústria da cannabis, tanto nos Estados Unidos como em todo o mundo. Nesse sentido, era lógico que um dos segmentos mais valorizados pelo sacrifício e devoção ao país - os veteranos de guerra - também estivesse envolvido nessa evolução. Portanto, o Comitê de Apropriações do Senado - o órgão com jurisdição sobre a legislação de gastos discricionários do Senado - aprovou uma emenda em meados de agosto que visa conceder cannabis medicinal a veteranos militares. Esta emenda permitirá que os médicos de assuntos veteranos (VA- na sigla em inglês) façam recomendações nos estados onde a cananbis medicinal é legal. A medida permitirá que os veteranos conversem com seus médicos sobre a possibilidade de usar cannabis medicinal para tratar uma variedade de problemas, incluindo a síndrome do transtorno de estresse pós-traumático (PSPT). Em particular sobre este último, já existem vários estudos, incluindo
dois realizados no ano passado e referenciados na revista Forbes, que indicam como os canabinóides podem ajudar a tratar o PSPT. O primeiro mostra como a cannabis pode reduzir a atividade na amígdala do cérebro, área responsável por produzir a sensação de medo diante de possíveis ameaças; o segundo sugere que os canabinóides podem desempenhar um papel na extinção de memórias traumáticas.
Como consequência, é necessário que os veteranos tenham acesso aos benefícios da planta para tratar seus sintomas. Por sua vez, Eric Goepel, fundador e diretor geral da Aliança de Veteranos pelo Cannabis, tem sido uma das pessoas que mais lutou por esta iniciativa legislativa. Por meio dessa alteração, ele explicou que busca combinar a intenção por trás da Lei de Igualdade de Acesso aos Veteranos com a Diretiva 1315 da Administração de Saúde dos Veteranos, que proíbe os médicos da VA de tomar medidas punitivas contra veteranos que revelam o uso de cannabis.
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CannaLaw Esta iniciativa foi rejeitada por anos, já que o Departamento de Assuntos de Veteranos se opôs consistentemente a qualquer proposta de reforma de lei relacionada à cannabis.
Desafios adicionais para a emenda... Como explica Goepel, por ser uma emenda que acompanha a lei de dotações, significa que terá de ser autorizada anualmente. Isso significa que, mesmo que seja definitivamente aprovado, seu escopo será limitado a um
ano. Goepel acrescenta "É necessário, mas é insuficiente em vista dos mais de 100.000 veteranos mortos por suicídio e overdoses desde 9/11”; Embora seja um passo na direção certa, não será definitiva ou suficiente até que o Congresso termine a proibição federal da cannabis. Este último já está surgindo com iniciativas como o projeto bipartidário para acabar com a proibição federal da cannabis. Na verdade, os próximos anos parecem promissores para a indústria da cannabis nos Estados Unidos.
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O que acontece com ás empresas de
Cannabis no Canadá?
Depois que a cannabis foi legalizada no Canadá em outubro de 2017, o Canadá se tornou o primeiro país avançado a aprovar o uso da planta para adultos. Nesse sentido, cada uma das 10 províncias canadenses estabelece a idade mínima de consumo, bem como os impostos incidentes sobre a comercialização e venda de produtos de cannabis.
Hoje em dia, os impostos especiais sobre a cannabis são um dólar a mais para cada grama. Desse total, 25% vão para os cofres federais; o resto, para os cofres das províncias. Esses impostos estão fazendo com que muitos consumidores continuem a optar por comprar cannabis de fontes ilegais. Da mesma forma, os dados da Statistics Canada indicam que, enquanto o preço médio
de um grama de cannabis legal no Canadá é de 10 dólares canadenses (7,4 dólares americanos), no mercado negro o preço é de 6,4 dólares canadenses (4,8 dólares americanos). Por outro lado, em maio de 2019, o Governo especificou que pelo menos 5,3 milhões de canadenses, cerca de 18% dos canadenses com mais de 15 anos, haviam usado cannabis nos três meses anteriores, 14% a mais que no ano anterior.
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Por outro lado, embora a pandemia causada pela covid-19 desde 2020 tenha impulsionado as vendas no mercado de cannabis no Canadá, este enfrenta sérias dificuldades em menos de dois anos após sua legalização, dizem os especialistas. Bem, devido ao medo da escassez, muitos cidadãos compareceram às lojas e sites de cannabis durante os meses de confinamento. É por essa razão que a Covid-19 tem acontecido no pior momento para a ainda nova indústria; se tendo em conta outro de seus desafios que seriam os problemas de lucratividade. Ao mesmo tempo, em meio a resultados excessivamente otimistas, dificuldades de gestão e erros de marketing, o setor se viu com excesso de capacidade, enquanto as empresas acumulavam perdas e viam cair o preço de suas ações no mercado de valores. "A capacidade do mercado legal de competir com o mercado negro foi perturbada por uma série de regras governamentais", disse Richard Carleton, CEO da Canadian Securities Exchange, que tem aproximadamente 175 empresas canadenses e americanas de cannabis listadas em Toronto. Da mesma forma, as limitações na publicidade e a implantação muito lenta das lojas físicas afetaram o desempenho do setor, disse ele.
Atualidade 2021
As empresas canadenses de cannabis permanecem não lucrativas por quase três anos após a legalização total, de acordo com os resultados.
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As empresas canadenses de cannabis Tilray, Aphria e Canopy Growth Corp apresentaram seus resultados trimestrais nas últimas duas semanas do mês de agosto e todas obtiveram lucro líquido, mas em todos os casos é devido a ganhos não monetários que indicam que não são ainda rentáveis de forma sustentável. Dois deles perderam as estimativas de consenso sobre a receita, já que o mercado canadense continua a sentir o impacto da pandemia nas lojas físicas.
Canopy Growth Corp também alcançou um lucro líquido de 392,4 milhões de dólares canadenses (312,4 milhões de dólares americanos), ou 84 centavos por ação, no trimestre encerrado em 30 de junho, após uma perda de 108,5 milhões de dólares canadenses ou 30 centavos por ação , no período anterior. Este valor foi devido a outras receitas de 581 milhões de dólares canadenses, principalmente de variações não monetárias do valor justo de 601 milhões de dólares.
Logo após a legalização da cannabis para uso adulto no Canadá, os números lembram aos investidores que o setor ainda tem um longo caminho a percorrer antes de começar a ganhar dinheiro. Tilray Inc. TLRY, -5,67% TLRY, -5,45% entrou em operação com seus ganhos do quarto trimestre fiscal na semana passada mostrando um lucro líquido de $ 33,5 milhões, ou 18 centavos por ação, após uma perda de $ 84,3 milhões, ou 39 centavos por ação, no período anterior. Os números são baseados em 13 semanas de números anteriores à fusão da Aphria e quatro semanas após a fusão da Tilray
"Os investidores devem fazer a devida diligência e sempre ter cautela nos setores emergentes", disse Bauer da Foothill. "O longo prazo parece extremamente brilhante para o setor de cannabis e acreditamos que isso crescerá em um mercado global de mais de 50 bilhões de dólares nos próximos 5 anos e potencialmente mais de 100 bilhões de dólares até o final da temporada da década."
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Situação da cannabis no Peru após mudanças na legislação; um futuro promissor O Peru deu vários passos positivos no que diz respeito à cannabis medicinal nos últimos anos. Em 2017, a cannabis medicinal e seus derivados foram legalizados; no entanto, o acesso aos produtos continuou difícil para os pacientes porque poucas farmácias os vendiam, e apenas na capital, Lima. Com a nova atualização da lei que entrou em vigor no dia 1º de agosto, os pacientes terão mais facilidade de acesso a esses produtos, já que as associações de pacientes com cadastro oficial poderão cultivar, processar, transportar e armazenar cannabis e seus derivados para fins terapêuticos. Neste artigo analisaremos como tem sido o caminho do Peru para a legalização e quais medidas foram tomadas recentemente.
Antecedentes Como tem sido o caminho para a legalização da cannabis medicinal no Peru? Em 19 de outubro de 2017, o uso medicinal da cannabis foi aprovado com 68 votos a favor e 5 em contra. A partir deste dia, é legal no Peru comercializar, importar e produzir cannabis com baixo teor de THC.
A medida foi tomada depois que o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, propôs a lei em resposta a um incidente repressivo, em que a polícia invadiu uma sede da Associação Buscando Esperanza, à qual pertence um grupo de 60 famílias, incluindo mães que administram derivados de cannabis medicinais para tratar várias doenças padecidas por seus filhos, como esclerose tuberosa. O incidente resultou na apreensão de suas plantas e ferramentas utilizadas na fabricação de seus derivados, o que exemplifica as dificuldades que tiveram em tratar suas enfermidades na clandestinidade e mobilizou a opinião pública. Finalmente, em 16 de novembro de 2017, o Presidente da República do Peru publicou oficialmente a Lei nº 3.0681 que regulamenta o uso medicinal e terapêutico da cannabis e seus derivados. No entanto, ficou pendente
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CannaLaw a regulamentação de diversos anexos da lei que seriam desenvolvidos por comissões de trabalho com a participação de especialistas e representantes de associações de pacientes.
Novas mudanças na cannabis medicinal: As reformas da lei 30681 agora permitem que os mesmos pacientes cultivem plantas e produzam seus derivados medicinais em associações, nas quais todos os seus membros devem estar cadastrados no Registro Nacional de Pacientes Usuários de Cannabis. Esta nova atualização, publicada no dia 25 de julho, permite ao Ministério da Saúde entregar as licenças de cultivo. Por sua vez, a Direção Antidrogas da Polícia Nacional do Peru ficará encarregada de manter um protocolo de segurança, com o objetivo de garantir a "intangibilidade física" da cannabis e seus derivados para uso medicinal e terapêutico, bem como os acabados produtos. No entanto, esta petição que mais tarde se tornou lei, graças à associação Cannabis Gotas de Esperanza e à Federação da Cannabis Medicinal (FECAME) que apresentou esta iniciativa ao Congresso. Não apenas contemplou o cultivo pelas associações, mas também incluiu a opção de auto cultivo pessoal. Este último não foi incluído na promulgação final, portanto, espera-se que o assunto seja novamente discutido em um futuro imediato. Por sua vez, a atriz, comunicadora e ativista Francesca Brivio, fundadora da `Cannabis Gotas de Esperanza` espera que esta última etapa seja a“ definitiva ”. A ativista tem sido uma das defensoras dessa iniciativa, pois na cannabis ela viu a opção de mitigar a dor e os sintomas de três doenças que sofre: mastocitose, síndrome de Raynaud e síndrome de Ehler Danlos;
o que não conseguiu com os tratamentos convencionais e que, graças à cannabis, melhorou notavelmente a sua qualidade de vida.
Expectativas: Ainda a cannabis continua sendo um ponto de controvérsia no país sul-americano. Embora seja verdade que os avanços recentes proporcionam alívio para as pessoas que usam esses medicamentos, ainda há um longo caminho a percorrer. E é que a cannabis pode ser uma aliada fundamental não apenas na área medicinal, mas também em diversos setores e no desenvolvimento econômico do país. Francesca Brivio garante que "No Peru existem duas barreiras para o acesso efetivo à cannabis medicinal. A primeira é que unicamente em Lima a cannabis é vendida formalmente" "Precisamos não apenas vender CBD, também precisamos que seja vendida em todo o Peru; que não seja só o óleo de CBD, mas também que sejam as flores da planta, tópicas, óvulos, ou seja, mais vias de administração e com maior concentração (do canabinóide) ”.
Situações desse tipo fazem parte do que se espera enfrentar no país nos próximos meses após a recente atualização da norma, porém ainda há passos a serem alcançados nessa questão. Espera-se então que, em um futuro próximo, seja mais uma vez um tema de conversa e debate; e então a lei comece a se adaptar às necessidades dessas pessoas.
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A cannabis medicinal es patenteável? A cannabis vem gradativamente ganhando espaço em diversos setores, como a medicina e a economia; Não é segredo, a cannabis deixou de ser uma “simples” planta para se tornar uma grande indústria. É por isso que a área farmacêutica cada vez mais procura crescer no mesmo ritmo. Nos últimos dias houve uma notícia que chocou a comunidade da cannabis no Brasil; Trata-se da anulação da patente do medicamento à base de canabidiol (CBD) da Prati-Donaduzzi, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Vale ressaltar que a Prati-Donaduzzi é a única fabricante que possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a comercialização de canabidiol (CBD) em farmácias. A análise do pedido de homologação da patente durou 4 meses e consistiu em CBD diluído em óleo de milho (Myalo), utilizado no tratamento de crises de ansiedade, epilepsia,
esquizofrenia e Parkinson. Se o medicamento tivesse sido patenteado, a Prati-Donaduzzi teria o direito de explorar a patente até 2036.
Mas…O que é patenteável? Especificar as legislações de cada país em relação a esta questão é um pouco complexo, pois cada um tem uma regulamentação própria, mas também diferentes entidades reguladoras que se encarregam dessas atividades; sem embargo, está estabelecido um conceito claro e específico do que é patenteável.
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CannaLaw Segundo a Real Academia da Língua Espanhola (RAE), patente é aquilo que é oficialmente reconhecido como uma invenção e os direitos que derivam dela.
assunto alertam que as patentes criarão um monopólio da cannabis medicinal no país, inviabilizando um mercado competitivo e um preço justo para os pacientes.
Então… O canabidiol (CBD) pode ser patenteado?
Conforme foi citado acima, a PratiDonaduzzi possui o único derivado de cannabis autorizado pela ANVISA para comercialização em farmácias. O medicamento é caro, em torno de US $ 473,30, o que equivale a mais ou menos de 2 salários mínimos brasileiros.
Se formos à lógica sabemos que não, pois ninguém pode patentear uma molécula natural, porém se o extrato compreender os compostos químicos da planta modificados a nível molecular e for demonstrado no documento de patente, a invenção pode ser objeto de estudo para determinar sua patenteabilidade. Do citado acima, pode-se inferir que nem as sementes, nem as flores de uma planta, nem os tratamentos médicos à base de cannabis podem ser patenteados. Por que o INPI negou a patente à PratiDonaduzzi?
Esse é o caso do Brasil, porém em outros países do mundo existem, sem dúvida, situações semelhantes; as farmacêuticas lutam por patentes para vender um medicamento ao preço que lhes convém e, enquanto isso, muitos pacientes sofrem os sintomas de diversas doenças, sendo obrigados a comprar o medicamento no mercado negro.
É simples, para os pesquisadores do INPI, apenas alterar a concentração de CBD e adicionar substâncias que complementem a massa ou volume específico é uma alteração que não revela qualidades maiores; porque o que é descrito está dentro das capacidades normais da tecnologia farmacêutica.
Os esforços da farmacêutica PratiDonaduzzi ficaram até aqui, embora quisessem mostrar ao mundo com orgulho a patente de uma invenção que é apenas um composto da planta da cannabis diluída em óleo. O portal brasileiro Cannabis & Saúde, disse a este respeito que a empresa reivindica 18 canabinóides. Da mesma forma, no mesmo site, foi informado que especialistas no CANNABIS WORLD JOURNALS | EDICIÓN NO. 5 |
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Eles estão volta!
Prêmio Cannabis nos EE.UU
Nos últimos anos, vários estados dos Estados Unidos se declararam pró-cannabis, legalizando o uso medicinal e adulto da planta. Este ano, com a redução das restrições da Covid-19, surgiram as datas dos próximos eventos, as medidas de segurança e regras para competir. Com 18 estados que legalizaram esta planta nos EUA, milhões de fãs e usuários de cannabis nos próximos meses terão mais oportunidades de serem juízes para selecionar a melhor planta em seu estado. Os prêmios à cannabis fornecem uma imagem clara sobre a qualidade da cannabis, com uma história que remonta à primeira Copa Cannabis realizada em Amsterdã em 1988. Os concursos de cannabis tornaram-se eventos totalmente legais onde "o povo escolhe". Agora eles voltam após uma pausa, incentivando a participação de empresas, empresários e dispensários. Além disso, uma série de novas competições foram criadas, como High Times Cannabis Cups, Grow-Offs, Terptown Throwdowns e Emerald Cups. De acordo com as regras, qualquer pessoa com 21 anos
A cannabis se tornou um alvo para as grandes estrelas, seja por seus benefícios medicinais, ou por seu boom econômico no mercado. Há poucos dias, para comemorar seu 40º aniversário, em entrevista à revista americana Harper 's Bazaar, Beyoncé falou sobre as propriedades do CBD, o componente químico não psicoativo da cannabis. A cantora não hesitou em contar abertamente sobre a sua experiência com a cannabis durante a quarentena e como isso a ajudou de diferentes formas, ela também confirmou que terá a sua própria empresa de mel visando os mesmos motivos medicinais. Após a entrevista, ao expor seus planos com o CBD, várias pessoas se inspiraram a investigar e se envolver mais com a planta e seus múltiplos usos. Definitivamente, as declarações da cantora farão a cannabis subir um novo degrau na sociedade, contribuindo a reduzir a desinformação e rótulos que cercam a planta.
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ou mais pode comprar o kit de juiz, testar os produtos dos competidores e classificar os que eles achem vencedores. Os concursos de cannabis ajudam a moldar o mercado de consumo adulto de um estado. Um dos primeiros eventos foi realizado em 26 de junho, organizado pelo principal dispensário de Los Angeles, Greenwolf; a competição exótica de cannabis "Zalympix" criou kits para 250 juízes, uma votação online e uma festa de premiação. Aqui estão algumas das próximas competições de cannabis nos EUA. Illinois High Times Cannabis Cup Illinois 2021 – Edição People's Choice; Os kits dos juízes são lançados em 11 de setembro; cerimônia de premiação em 14 de novembro. Nova York Primeira Copa do Cultivador de Nova York, no Festival de Música e Arte de Cannabis; de 24 a 26 de setembro. Nova Lisboa, NY. Nevada Prêmios Budtender; de 30 de setembro a 30 de outubro. Mandalay Bay, Las Vegas, NV. Oregón 7ª Copa Anual de Cultivadores de Oregon; 4 de dezembro de 2021.
Nos últimos meses vimos a criação de novos negócios e o crescimento do mercado de cannabis, o que tem sido muito bem evidenciado nos Estados Unidos, visto que vários estados atingem inúmeras vendas de cannabis com números que aumentam os recordes anteriores de vendas. Aqui estão alguns exemplos: Maine: As vendas de cannabis para uso adulto atingiram US $ 9,43 milhões em julho e cerca de 124.000 vendas, superando as vendas de junho em 45%, que alcançaram US $ 6,47 milhões. Illinois: Um total de US $ 127,8 milhões foi o resultado das vendas durante o mês de julho; alguns acham que esse número se deve ao musical Lollapalooza. Michigan: Durante o mês de julho, este estado bateu outro recorde, atingindo US $ 171 milhões em vendas de cannabis para uso medicinal e adulto.
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Próximo investimento:
bebidas de cannabis Ao mencionar a palavra “cannabis”, você pode pensar em uma grande variedade de produtos, desde linhas de cuidados pessoais e medicamentos em muitas apresentações, até materiais de construção e têxteis; no entanto, é raro pensarmos em beber a planta de cannabis, porque os compostos químicos da cannabis são lipossolúveis, ou seja, não é fácil misturá-los em solução aquosa, por isso as primeiras bebidas de cannabis comercializadas tinham uma consistência desagradável e doses instáveis de canabinóides, sugerindo que as bebidas não seriam um produto viável para esta indústria.
No entanto, a tecnologia avançou para permitir o desenvolvimento de líquidos de cannabis mais estáveis e saborosos, e isso, graças às leis gradualmente permissivas em vários países e estados as bebidas de cannabis foram se posicionando como uma nova tendência dentro da indústria, e um mercado promissor para grandes empresas. Por que as bebidas de cannabis são atraentes para os consumidores? A resposta é simples: este é o produto pelo qual muitos estavam esperando. Pessoas que desejam consumir cannabis, mas se recusam a consumir a flor por inalação (fumada ou vaporizada), encontram uma solução perfeita em bebidas com infusão de cannabis. Essas bebidas (alcoólicas ou sem
álcool) contêm doses bem menores do que as encontradas na maioria dos comestíveis, geralmente, o efeito após a ingestão da bebida aparece entre 5 a 30 minutos, e é menos intenso. Essas características podem trazer muitos benefícios não só para os usuários de medicamentos, mas também para aqueles que fazem uso recreativo, visto que preferem essa opção a bebidas alcoólicas, pois é mais segura e "socialmente aceitável" como vários já descreveram. Números de interesse para muitos investidores De acordo com um relatório da Coherent Market Insights, o mercado global de bebidas de cannabis foi avaliado em US $ 205 milhões em 2018, e uma taxa de crescimento de aproximadamente 38,3% está projetada para atingir valores de US $ 2.743,7 milhões até o final de 2027.
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Por outro lado, um relatório da Facts & Factors apontou que o mercado de bebidas com infusão de CBD estava cotado especificamente em US $ 3,4 bilhões em 2020 e uma taxa de crescimento de 27,5% é projetada para chegar a US $ 14 bilhões em 2026. Vale ressaltar que cada relatório publicado leva em consideração diferentes segmentos de mercado, como o composto utilizado (CBD, THC, ou ambos), a região e o tipo de bebida (cerveja, vinho, café, chá, refrigerante), portanto, embora os números sejam diferentes, a valiosa análise por trás desses relatórios indica um futuro brilhante para as bebidas de cannabis.
outro nível é a participação das principais empresas de cannabis, uma vez que muitas empresas dessa industria criaram alianças para a produção deste tipo de bebidas com marcas importantes em nível global como Cronos Group, GW Pharmaceuticals, CannTrust Holdings, Tilray , General Cannabis Corporation, entre outras empresas listadas no mercado público e incluídas na lista de investimentos de longo prazo de muitos investidores.
Colaborações importantes
Um fator que impulsionou este negócio a
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Os novos mercados e produtos mais promissores da cannabis A criatividade que existe na indústria da cannabis é consequência da versatilidade da planta. Vários novos mercados estão assumindo a liderança e a criatividade tem sido o principal impulsionador do crescimento. Um exemplo claro disso são dois novos mercados estimados em um valor de mercado de US $ 475 milhões até 2021. O que são, então, esses mercados inovadores? O primeiro é uma colaboração entre a Marimed, uma empresa de cannabis medicinal sediada em Massachusetts que se associou a uma conhecida marca de sorvetes para produzir uma linha de sorvetes veganos com infusão de cannabis. Embora os alimentos comestíveis estejam no mercado há muito tempo e tenham ganhado muita aceitação, uma linha de sorvetes de cannabis é uma nova área a ser explorada na indústria. Este produto terá todos os canabinóides da planta e também os terpenos. Espera-se que esta linha de sorvete seja lançada em Massachusetts este ano e se expanda nos mercados legais ao longo de 2022.
produtos inovadores, mas pode se concentrar em mercados inovadores. Os países que estão legalizando a cannabis em 2021 têm atraído a atenção de grandes empresas e investidores. Durante 2020 e 2021, Israel está em processo de legalização da planta e contempla o uso exclusivo para maiores de 21 anos. Caberá também ao Estado oferecer preços razoáveis para que os consumidores não tenham que recorrer ao mercado negro; isso abre a possibilidade para empresas estrangeiras com marcas estabelecidas entrarem. Este tem sido precisamente o objetivo da empresa americana cbdMD que assinou um acordo com a empresa IMC Cannabis Corp. para entrar no mercado israelense. Este acordo dará à IMC exclusividade no mercado, já que a empresa terá o direito exclusivo de importar, vender, distribuir e comercializar os produtos cbdMD em Israel.
A legalização da cannabis tem crescido rapidamente nos últimos anos, abrindo esses novos mercados nos quais as empresas já posicionadas têm uma vantagem ao entrar com produtos já consagrados que podem cumprir os parâmetros da regulamentação. No entanto, em mercados mais antigos, como Canadá, Estados Unidos, alguns países latino-americanos e outros países europeus; a oferta no mercado não limita necessariamente as possibilidades de posicionamento e crescimento. A inovação em design de produto ou publicidade pode fazer uma grande diferença entre empresas com produtos tradicionais e aquelas com ofertas inovadoras.
Por outro lado, a busca por novas oportunidades não precisa se concentrar apenas na geração de CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO NO. 7 |
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CannaMed Análise do artigo: Blaskovich, M.A.T., Kavanagh, A.M., Elliott, A.G. et al. (2021). The antimicrobial potential of cannabidiol. Communications Biology 4, 7. https://doi.org/10.1038/s42003-020-01530-y
Redução do consumo de álcool após o início com cannabis medicinal Resultados de uma grande pesquisa transversal com pacientes de cannabis medicinal no Canadá O consumo de álcool é considerado uma das causas mais importantes de morbimortalidade em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os efeitos relacionados ao consumo de álcool são responsáveis por três milhões de mortes por ano, sendo fator determinante no prognóstico e na evolução de mais de 200 doenças e condições de saúde de diversos tipos.
Aproximadamente 5,1% do total de lesões acidentais no mundo são atribuíveis aos efeitos do álcool; também se estabeleceu uma relação entre o consumo excessivo de álcool e o surgimento de doenças transmissíveis e não transmissíveis, que vão além das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo problemas de saúde mental e catalisando situações
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CannaMed de violência doméstica e eventos violentos em geral. Tudo isso tem um impacto significativo na saúde pública, situação que obriga aos Estados a entrar com ações e políticas voltadas para a solução das bases em que se encontra o problema, visto que a cada ano representa um número crescente de despesas econômicas e perdas sociais. No Canadá, o álcool é a substância psicoativa mais consumida, estando relacionado a 655 acidentes automobilísticos e 14.826 mortes durante 2014, o que representou 22% de todas as mortes registradas naquele ano. Alguns autores falaram que a cannabis e o álcool são complementos e substitutos um do outro em diferentes contextos e circunstâncias. O uso conjunto de álcool e cannabis é comum, principalmente devido a uma série de fatores sociais que influenciam o comportamento das pessoas, especialmente em jovens. Mas, fisiologicamente falando, a cannabis interfere na absorção de álcoois como o etanol para potencialmente reduzir seu efeito psicoativo. Por outro lado, o consumo simultâneo de álcool pode aumentar os efeitos do THC da cannabis até que seja intolerável para alguns no momento do consumo.
Neste estudo, os autores examinaram várias investigações; um deles um estudo que determinou o impacto do aumento da idade mínima necessária para permitir o consumo de álcool nos Estados Unidos, cujos resultados relataram um aumento no uso de cannabis naqueles que não tinham permissão para usar álcool, sugerindo que ambas substâncias podem ser compreendidas entre indivíduos como um substituto para a outra. Outra pesquisa importante foi aquela que analisou o impacto da legalização da cannabis em 16 estados dos Estados Unidos, a qual concluiu que o desenvolvimento dessas leis esteve associado a uma queda considerável nos valores de venda e consumo de álcool, fato que acompanhou a redução de 9% na
incidência de mortes por acidentes de trânsito ligados ao consumo de álcool. Assim, a legalização da cannabis nesses estados, parcial e indiretamente, contribuiu para minimizar de alguma forma o impacto desse problema de saúde pública. Existem também pesquisas clínicas que fornecem dados observacionais avaliando o impacto do acesso e do uso de cannabis medicinal no transtorno de dependência do álcool. Um estudo conduzido por um médico na Califórnia concluiu que 83 dos 92 pacientes estudados (90%) afirmaram que o uso de cannabis medicinal para tratar o vício do álcool foi "eficaz" ou "muito eficaz". Por fim, em uma revisão literária que avaliou se a cannabis poderia ou não ser considerada uma droga substituta do álcool no tratamento do transtorno de dependência associado a essa substância, esta pesquisa estabeleceu que os sete critérios que foram criados para o diagnóstico de dependência foram "satisfeitos" ou " Parcialmente satisfeito "com o uso de cannabis em vez de álcool. Nesta revisão, os autores destacaram que a natureza retrospectiva da pesquisa documental omitiu certas considerações e fatores intervenientes, como a gravidade do transtorno de dependência, de modo que suas conclusões não são fortes o suficiente para recomendar o uso de cannabis terapêutica como alternativa para manejo do paciente com alcoolismo. Considerando que os estudos clínicos e observacionais descritos acima encontraram uma possível associação entre o tratamento à base de derivados de cannabis e a redução do consumo de álcool, este artigo é mais um passo no caminho para esclarecer os detalhes relacionados a um possível uso terapêutico de canabinoides no gerenciamento de vícios, como o alcoolismo, que estão direta ou indiretamente relacionados a problemas de saúde e problemas sociais de vários tipos.
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Benefícios do CBD durante o consumo de
tratamentos antiepilépticos T
odos os anos, 5 milhões de casos de epilepsia são diagnosticados, uma doença crônica caracterizada por convulsões recorrentes e uma das doenças cerebrais mais comuns.
Realm of Caring e outras instituições, indicaram que o CBD pode ter um impacto positivo nesses pacientes.
Durante quatro anos (2016-2020), o estudo coletou dados de 418 pacientes com Devido ao seu impacto e complexidade, epilepsia; 280 participantes correspondiam a desenvolver um tratamento padrão eficaz pacientes que usavam CBD ou seus não tem sido um processo fácil; é por isso respectivos cuidadores/parentes (grupo CBD), que alternativas como o CBD têm sido e o restante dos participantes não consumia o avaliadas para melhorar a qualidade de vida canabinóide no início do estudo (grupo dos pacientes. Graças a diversos estudos controle). Durante a análise dos resultados, clínicos sabemos que a cannabis tem sido observou-se nos pacientes do grupo CBD uma ótima opção para pacientes com uma redução de 13% no risco de eventos epilepsia refratária (ou resistente ao adversos devido aos fármacos antiepilépticos, tratamento), porém, este não é o único caso redução de ansiedade (19%) e depressão em que a planta pode trazer benefícios aos (17%), e uma melhora no estresse e no sono, pacientes com epilepsia. Muitos pacientes em comparação com os dados do grupo de com um tipo de epilepsia que tem sido controle. Portanto, isso sugere que o CBD controlada por Medicamentos Antiepilépticos pode atuar na diminuição dos efeitos (FAE) sofrem de vários efeitos colaterais, colaterais dos principais antiepilépticos incluindo sonolência, depressão, tontura, prescritos aos pacientes e ajudar a melhorar náusea, irritabilidade, fadiga, distúrbios do sua qualidade de vida e saúde mental, porém, sono, entre outros. Recentemente, os destaca a obrigação do paciente ou de seu resultados de um estudo observacional cuidador em consultar o seu médico antes liderado pela Universidade de Johns iniciar tratamento concomitante com CBD. Hopkins em parceria com a Associção
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Cannabis “de perto”
Charlotte’s Web Esta é uma das cepas mais populares sugeridas para ajudar a controlar as convulsões. Tem o nome de Charlotte Figi, uma menina que sofria de síndrome de Dravet; uma forma rara de epilepsia e uma das formas pela qual pode se tratar é com Epidiolex®, que é um medicamento derivado da cannabis disponível no mercado. Esta cepa foi desenvolvida pelos "Stanley Brothers" no Colorado para ajudar na condição rara de Charlotte. A cepa contém uma média de 0,3% de THC e quantidades muito altas de CBD, como resultado, pode ser ideal para pacientes que sofrem de epilepsia. A pequena Charlotte padeica convulsões extremamente violentas centenas de vezes por semana antes de usar CBD, depois de começar a usar óleo de cannabis com alto teor de CBD, as convulsões diminuíram de mais de mil para apenas umas quantas a cada mês. A Charlotte 's Web, é uma cepa que sem dúvida melhora a qualidade de vida de pacientes que sofrem dessa síndrome e de outros tipos de epilepsia.
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