MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

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MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Marcos Vinícius Teles Gomes Engenheiro Químico 5ª/CII-5ª/SR (Penedo/AL)


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Ambiente: Rio São Francisco, próximo às cidades de Propriá/SE e Porto Real do Colégio/AL. Periodicidade: Trimestral. Pontos amostrais: P1 - rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE; 10°12'24.63"S e 36°49'55.25"O. P2 - rio São Francisco, próximo ao povoado Tapera; 10°14'3.44"S e 36°44'37.68"O.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Metodologia: Ictiologia: para captura dos peixes utiliza-se um conjunto de redes de emalhar com malhas de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm (entre nós opostos). As redes são colocadas no período da tarde e retiradas na manhã do dia seguinte, permanecendo na água por aproximadamente 14 horas. De cada rede, os espécimes capturados são identificados e posteriormente realizada a coleta dos dados biométricos. Também utiliza-se rede de arrasto do tipo tela de mosquiteiro para a captura de pequenos peixes, objetivando a determinação da abundância relativa de cada espécie.

Separação dos espécimes capturados por rede de emalhar

Coleta ictiológica com rede de arrasto


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Ictiologia: com rede arrasto, entre abril de 2015 e março de 2019, foram capturadas 32 espécies no ponto P1, e 35 no P2, com maior abundância relativa em ordem decrescente para as espécies: Hemigrammus marginatus, Hemigrammus brevis e Astyanax fasciatus.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Ictiologia: com rede de espera, em relação às capturas por unidade de esforço CPUEn e CPUEb, na área delimitada entre os pontos P1 e P2, em janeiro e em julho de 2016, as espécies mais capturadas foram Serrasalmus brandtii (pirambeba) e Metynnis lippincottianus (pacu CD).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Ictiologia: em relação às capturas por unidade de esforço do conjunto das redes de emalhar (malhas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm), em janeiro e em julho de 2016, foram capturados peixes nas malhas 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Em janeiro, os maiores rendimentos CPUEn e CPUEb foram encontrados nas malhas 7, 5 e 6; e em julho, nas malhas 3, 4 e 7. Rede de emalhar (Malha total, cm) 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 Total

Rede de emalhar (Malha total, cm) 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 Total

Número de peixes 2

Biomassa (kg) de peixes 2

capturados/ 100 m de redes capturados/ 100 m de redes 4,00 0,04 11,00 0,12 15,40 0,14 13,83 0,15 23,33 0,28 7,33 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 74,90 0,85

Número de peixes 2

capturados/ 100 m de redes 26,67 12,25 2,80 5,33 9,00 5,83 0,00 0,00 0,00 0,00 61,88

Biomassa (kg) de peixes 2

capturados/ 100 m de redes 0,34 0,13 0,03 0,05 0,11 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,74

Janeiro de 2016

Julho de 2016


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Metodologia: Limnologia Determinações in loco são realizadas com auxílio de um aparelho verificador de qualidade da água marca Horiba, modelo W-22XD, verificando-se os seguintes parâmetros: pH, temperatura, turbidez, condutividade elétrica (CE), potencial de oxidação-redução (ORP), salinidade, sólidos totais dissolvidos (STD) e concentração de oxigênio dissolvido (OD). A transparência da água é determinada através da visibilidade do disco de Secchi (cm). Valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) são determinados através do método respirométrico 5210 D (APHA, 2005) do Standard Methods for examination of water and wastewater (SMEWW). Através de métodos gravimétricos são mensurados os sólidos em suspensão total (SMEWW 2540 D), e sólidos em suspensão fixos e voláteis (SMEWW 2540 E), descritos em APHA (2012). Métodos titulométricos descritos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas são utilizados para determinação de dureza total (NBR 12621) e alcalinidade total (NBR 13736). As concentrações de Nitrogênio amoniacal total N-NH3 (KOROLEFF, 1976) e de Fósforo total P-PO4 (VALDERRAMA, 1981) são determinadas através do uso de espectrofotômetro. Para determinação do CO2 livre é utilizado o método titulométrico SMEWW 4500-CO2 C (APHA, 2012).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Referências Bibliográficas: Limnologia ABNT/NBR. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Água: determinação da dureza total - método títulométrico do EDTA-Na. NBR 12621, 1992. ABNT/NBR. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Água: determinação de alcalinidade - métodos potenciométrico e titulométrico. NBR 13736, 1996. APHA - American Public Health Association. Standard Methods for the examinations of water and wastewater, 21nd ed. Washington: APHA, 2005. APHA - American Public Health Association. Standard Methods for the examinations of water and wastewater, 22nd ed. Washington: APHA, 2012. KOROLEFF, F. Determination of nutrients. In: GRASSHOFF, K., Ed. Methods of sea water analysis. Verlag. Chemie Weinhein., p. 117-181, 1976. VALDERRAMA, J.C. The simultaneous analysis of total nitrogen and phosphorus in natural waters. Marc. Chem., v. 10, p. 1109-1122, 1981.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Metodologia: Limnologia

Análise de dureza total

Análise de DBO5

Filtração das amostras para análise de sólidos em suspensão


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Limnologia: variação temporal de alguns parâmetros no ponto P1 (rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Limnologia: variação temporal de alguns parâmetros no ponto P1 (rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Limnologia: variação temporal de alguns parâmetros no ponto P1 (rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Limnologia: variação temporal de alguns parâmetros no ponto P1 (rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE).

Segundo relatório da ANA, com fonte de dados da ONS, o ano de 2017 apresentou a menor vazão média anual desde 1931.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Resultados: Limnologia: variação temporal de alguns parâmetros no ponto P1 (rio São Francisco, próximo à cidade de Propriá/SE).

De julho a outubro de 2017 houve uma drástica diminuição nas médias mensais da vazão natural de Xingó.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO DIAGNÓSTICO DE LAGOAS MARGINAIS NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Histórico: Em março de 2012, técnicos da Codevasf realizaram levantamento limnológico e ictiológico de três lagoas marginais do baixo São Francisco (Escurial, Grande e Campinhos), localizadas entre os municípios sergipanos de Nossa Senhora de Lourdes e Amparo do São Francisco.

Lagoa Escurial (Povoado Escurial, Município de Nossa Senhora de Lurdes/SE)

Em duas dessas lagoas, foram encontradas somente duas espécies de piracema: o piau cutia (Leporinus obtusidens) e a xira (Prochilodus argenteus). Segundo relatos da comunidade, a xira encontrada foi introduzida pela CODEVASF através de peixamento. Leporinus obtusidens (piau cutia)


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO DIAGNÓSTICO DE LAGOAS MARGINAIS NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Dados: Parâmetros (Média e Desvio Padrão) Lagoa Escurial Lagoa Grande Lagoa dos Campinhos Rio São Francisco

pH

Condutividade OD (mg/L) (µS/cm)

OD (%)

Temperatura (°C)

Turbidez Sólidos totais Potencial de oxidação (UNT) dissolvidos (g/L) redução (mV)

6,23

553

4,24

53,61

27,5

5,8

0,360

168

0,08

5

0,33

4,16

0,06

2,4

0,004

117

7,20

630

6,78

91,54

31,24

8,6

0,409

224

0,05

1

0,04

0,63

0,03

1,7

0,001

13

8,62

3829

9,58

127,87

30,54

7,4

2,489

118

0,06

3

0,22

3,09

0,05

1,6

0,003

12

7,32

85

7,89

103,79

29,74

13,2

0,050

219

0,03

0

0,06

1,21

0,07

3,1

0

8

Condutividade (µS/cm)

Sólidos totais dissolvidos (g/L) 2,489

3829 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0

2500,000 2000,000 1500,000 1000,000 553

630 85

500,000

0,360

0,050

0,409

0,000 Lagoa Escurial Lagoa Grande

Lagoa dos Campinhos

Rio São Francisco

Lagoa Escurial Lagoa Grande

Lagoa dos Campinhos

Rio São Francisco


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO DIAGNÓSTICO DE LAGOAS MARGINAIS NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Dados:

Lagoa Grande (Assentamento Borda da Mata, Município de Canhoba/SE)

Coleta ictiológica na Lagoa dos Campinhos

Lagoa dos Campinhos (Povoado Pontal, Município de Amparo do São Francisco/SE)

Coleta ictiológica na Lagoa Escurial


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO DIAGNÓSTICO DE LAGOAS MARGINAIS NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Histórico: Em setembro de 2015, através de imagens históricas de satélite do Google earth, foram identificadas 40 possíveis lagoas marginais entre a foz e o reservatório de Xingó, das quais, foram visitadas 23, sendo 5 em Sergipe, e 18 em Alagoas. Pão de Açúcar: Lm1 (9º44’51.6”S - 37º25’32.0”O)

A maioria estava seca, sem uma gota de água. As que ainda tinham água, segundo informações de pescadores e população local, era de origem da chuva, já que há mais de 10 anos não ocorria uma cheia no rio São Francisco, suficiente para inundar tais áreas. Em 2019, após o período chuvoso, pretende-se fazer um novo levantamento das lagoas, e se possível, realizar o monitoramento da qualidade de água.

Porto Real do Colégio: Lm14 (10º10’22.3”S - 36º50’18.9”O) – Lm15 (10º10’42.8”S - 36º50’08.2”O) – Lm16 (10º11’00.5”S - 36º50’16.4”O)


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM PEIXES DO RESERVATÓRIO DE TRÊS MARIAS, BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL Marcos Vinícius Teles Gomes1; Yoshimi Sato2, Érica Araújo Mendes2, Mário Olindo Tallarico de Miranda3 1

Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, Alagoas. Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, Minas Gerais. 3 Ibama – Superintendência em Minas Gerais, Belo Horizonte. 2

Objetivo: avaliar a bioacumulação de mercúrio em 13 espécies de peixes com diferentes hábitos alimentares (6 carnívoros, 4 onívoros, 2 detritívoros e 1 herbívoro), capturados no reservatório de Três Marias no período de março de 2012 a abril de 2013. Após aproximadamente 6 anos, no dia 25 de janeiro de 2019, ocorreu o rompimento da barragem de Brumadinho. Segundo o Informativo nº 3 do IGAM, em alguns pontos do rio Paraopeba no primeiro dia após o rompimento, indicou concentração de mercúrio de até 21 vezes acima do limite estabelecido pelos órgãos ambientais.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM PEIXES DO RESERVATÓRIO DE TRÊS MARIAS, BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL Marcos Vinícius Teles Gomes1; Yoshimi Sato2, Érica Araújo Mendes2, Mário Olindo Tallarico de Miranda3 1

Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, Alagoas. Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, Minas Gerais. 3 Ibama – Superintendência em Minas Gerais, Belo Horizonte. 2

Espécies de peixes capturados no reservatório de Três Marias: 1- Brycon orthotaenia Günther, 1864; 2 - Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006; 3 Hoplias intermedius (Günther, 1864); 4 Leporinus piau Fowler, 1941; 5 - Leporinus reinhardti Lütken, 1875; 6 - Pachyurus francisci (Cuvier, 1830); 7 - Pimelodus maculatus Lacepède, 1803; 8 - Prochilodus argenteus Spix & Agassiz, 1829; 9 Prochilodus costatus Valenciennes, 1850; 10 - Pygocentrus piraya (Cuvier, 1819); 11 Salminus hilarii Valenciennes, 1850; 12 Schizodon knerii (Steindachner, 1875); e 13 - Serrasalmus brandtii Lütken, 1875.


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM PEIXES DO RESERVATÓRIO DE TRÊS MARIAS, BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL Marcos Vinícius Teles Gomes1; Yoshimi Sato2, Érica Araújo Mendes2, Mário Olindo Tallarico de Miranda3 1

Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, Alagoas. Codevasf – Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, Minas Gerais. 3 Ibama – Superintendência em Minas Gerais, Belo Horizonte. 2

A captura dos peixes foi realizada no reservatório de Três Marias utilizando-se um conjunto de redes de emalhar com malhas de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm (entre nós opostos). Utilizou-se o equipamento DMA-80 (Direct Mercury Analyser) da Milestone, com análise direta de mercúrio sem a necessidade de digestão ou pré-tratamento da amostra, de acordo com o método USEPA 7473, recomendado pela United States Environmental Protection Agency (USEPA).


MONITORAMENTO ICTIOLÓGICO E LIMNOLÓGICO NA REGIÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM PEIXES DO RESERVATÓRIO DE TRÊS MARIAS, BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL As espécies com hábito alimentar carnívoro apresentaram as maiores concentrações médias de mercúrio em músculo. Verificou-se que 4% dos espécimes de pirambeba e 7% de piranha, ultrapassaram o limite de 1,0 μg g-1 de Hg em peixes predadores. Deve-se realizar novas pesquisas da variação temporal destes níveis na cadeia trófica, comparando-os com os teores apresentados neste estudo, anteriores ao rompimento da barragem de Brumadinho.


OBRIGADO Marcos Vinícius Teles Gomes 5ª CII - Codevasf marcos.teles@codevasf.gov.br


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