COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO - CHESF DIRETORIA DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO - DE SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO - SPE DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA DIVISÃO DE MEIO AMBIENTE DE GERAÇÃO - DEMG
Plano de Contingência para Flexibilização da Vazão Mínima de Restrição para 800 m3/s na Bacia do Rio São Francisco Parte II: Meio Ambiente
Novembro de 2015
Avaliação dos Monitoramentos com Indicação de Possíveis Eventos Ambientais e Ações Mitigadoras 1. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS 1.1 ANÁLISE DO MONITORAMENTO REALIZADO O Monitoramento dos Processos Erosivos, vem sendo executado desde maio de 2014. Durante as campanhas mensais, foram feitas as leituras em todas as Estações de Monitoramento (Tabela 1) para a elaboração do Modelo Digital do Terreno - MDT em cada uma das estações. A partir do MDT (Figura 1), foram gerados os 5 perfis em cada estação, com uma distância de 7,50 m (sete metros e cinquenta centímetros) entre eles, tendo seu início sempre acima dos barrancos, quando da sua existência, e levantamento de cotas a cada 5,00 m (cinco metros) e em pontos notáveis, quando existentes, até a linha d'água. Visou-se, dessa forma, determinar também o nível do rio, no momento de cada medição realizada. Tabela 1 -Coordenadas geográficas das estações de Monitoramento – SIRGAS 2000 Área Vértice Latitude (S) Longitude (O) Área Vértice Latitude (S) Longitude (O) 1.1
1.3
2.1
2.5
1
9°27'23.04"
040°40'55.55"
2
9°27'24.94"
3
4.2
1
10°13'37.68" 036°46'09.41"
040°40'50.90"
2
10°13'40.67" 036°45'37.79"
9°27'26.85"
040°40'51.85"
3
10°13'54.79" 036°45'39.68"
4
9°27'25.08"
040°40'56.56"
4
10°13'51.62" 036°46'11.55"
1
9°28'49.52"
040°38'11.53"
1
10°12'58.68" 036°45'26.62"
2
9°28'58.31"
040°37'36.40"
2
10°13'14.70" 036°45'01.15"
3
9°29'16.30"
040°37'37.62"
3
10°13'24.68" 036°45'10.19"
4
9°29'06.96"
040°38'15.18"
4
10°13'08.90" 036°45'31.51"
1
9°06'10.19"
040°17'12.12"
1
10°23'48.62" 036°29'16.67"
2
9°06'16.72"
040°17'01.45"
2
10°23'44.70" 036°28'51.55"
3
9°06'44.17"
040°17'14.48"
3
10°23'50.60" 036°28'50.58"
4
9°06'37.09"
040°17'24.94"
4
10°23'54.99" 036°29'16.10"
1
9°08'43.00"
040°17'27.01"
1
10°25'58.83" 036°30'42.79"
2
9°08'46.47"
040°17'15.93"
2
10°26'00.35" 036°30'32.21"
3
9°09'26.15"
040°17'21.89"
3
10°26'08.96" 036°30'33.42"
4
9°09'24.40"
040°17'30.87"
4
10°26'06.48" 036°30'45.00"
4.3
5.1
5.2
Área Vértice Latitude (S) Longitude (O) Área Vértice Latitude (S) Longitude (O) B-05
1
9°57'49.64"
037°04'11.43" B-09
1
10°12'42.43" 036°48'02.53"
2
9°57'50.23"
037°04'10.67"
2
10°12'42.75" 036°48'01.60"
3
9°57'50.56"
037°04'10.92"
3
10°12'43.06" 036°48'01.71"
4
9°57'49.95"
037°04'11.70"
4
10°12'42.67" 036°48'02.62"
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B-06
B-08
1
9°59'10.92"
036°58'56.17" B-10
1
10°15'54.82" 036°40'55.48"
2
9°59'10.81"
036°58'57.15"
2
10°15'54.78" 036°40'54.50"
3
9°59'10.56"
036°58'57.12"
3
10°15'55.17" 036°40'54.49"
4
9°59'10.68"
036°58'56.14"
4
10°15'55.23" 036°40'55.47"
1
10°07'01.32" 036°55'35.36"
2
10°07'00.46" 036°55'35.83"
3
10°07'00.31" 036°55'35.55"
4
10°07'01.18" 036°55'35.10"
Figura 1 – Exemplo da representação do Modelo Digital do Terreno(MDT) e dos perfis transversais à margem do rio numa estação de monitoramento.
A partir das medições feitas na primeira campanha e das medições subsequentes em
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cada perfil de cada estação foi possível detectar eventuais variações nas leituras, que venham a caracterizar e mensurar processos erosivos e ou assoreadores. A análise dos dados de todas as campanhas realizadas até o momento permitiu concluir que a redução de vazões, mesmo com a fragilidade de alguns solos arenosos detectados, contribuiu para o estabelecimento de um cenário de estabilidade. A ocorrência de alguns desmoronamentos em perfis verticalizados teve como causas principais ventos fortes, precipitações nos períodos chuvosos, solo arenoso e predominantemente ação de animais e antrópica, dominantemente no trecho do Baixo São Francisco, por se tratar de zona bastante habitada (Figura 2)
Figura 2 – fragilidade das áreas do baixo São Francisco devido a ação antrópica.
1.2 PROPOSTA PARA VAZÃO DE 800 M³/S O estabelecimento de um cenário para a ação de processos erosivos aponta para a continuidade de uma estabilidade enquanto perdurar o status vigente. Desta forma, não prevemos aumento da degradação desses processos durante a vazão de 800m3/s. Desta forma, sugerimos que o monitoramento desses processos ora praticado seja suspenso até que se tenha uma situação diversa da atual: O retorno de vazões maiores ou mesmo a variação significativa nas vazões praticadas.
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2. MONITORAMENTO FRANCISCO 2.1
DA
INTEGRIDADE
DO
LEITO
DO
RIO
SÃO
ANÁLISE DO MONITORAMENTO REALIZADO
A execução do Monitoramento da Integridade do Leito do Rio São Francisco foi iniciada com a realização dos testes de redução de vazão a partir da UHE Sobradinho até o limite de 1.000 m³/s nos períodos de carga leve, proporcionada pela Autorização Especial n°. 04/2015, quando já estava vigente a Autorização Especial n°. 01/2013, que permitiu a redução em caráter emergencial da vazão do rio São Francisco dos 1.300 m³/s anteriores para 1.100 m³/s. A Autorização Especial n°. 04/2015 implementou este monitoramento como condicionante
específica,
com
base
nas
recomendações
do
Parecer
n°.
02001.003273/2014-35 CGENE/IBAMA (de 15 de agosto de 2014), da Nota Técnica n°. 02001.001837/2014-03 – COHID/IBAMA (de 08 de outubro de 2014) e da Nota Técnica n°. 02001.002124/2014-59 – COHID/IBAMA (de 27 de novembro de 2014). Em todos estes documentos técnicos, considerou-se a abordagem de que a redução da vazão produziria efeitos de redução do nível do rio, formação de poças, afloramentos rochosos e formação de bancos de areia, e que estes pudessem ter, do ponto de vista ambiental, impactos negativos sobre a ictiofauna, como o possível aprisionamento de peixes em ambientes confinados que não dessem suporte à vida, incorrendo em mortandades. Para avaliar tal impacto, a Chesf propôs a execução de vistorias aéreas ao longo do curso do Rio São Francisco submetido às restrições de vazão. Esta metodologia emprega o uso de aeronave para sobrevoo dessas áreas, com o registro visual da condição hídrica (por vídeo ou fotografia), de forma a compor acervo para avaliação ambiental acerca da ocorrência de confinamento da ictiofauna. Caso a vistoria aérea indique tal ocorrência, a área seria novamente inspecionada, agora por vias terrestre e/ou aquática para uma avaliação local mais detalhada e, a depender da necessidade, equipes de resgate seriam acionadas para a remoção da ictiofauna e devolução ao curso principal do rio. Com a realização dos testes autorizados pela AE n°. 04/2015, vistorias aéreas foram realizadas nos dias 14, 15, 19, 20, 26 e 27 de janeiro, e 02 e 03 de fevereiro de 2015 em toda a extensão dos trechos lóticos do Submédio e Baixo São Francisco, quando se concluiu que afloramentos rochosos são comuns principalmente no
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Submédio, porém é provável que a redução de vazão tenha tornado-os mais evidentes, mas não sendo possível constatar o surgimento de novos afloramentos. Além disso, a presença de bancos de areia é visível no Baixo São Francisco, no entanto a origem destes não deve ser decorrente dos testes realizados, como também não tiveram sua situação agravada. Por fim, não foi percebida a formação de empoçamentos ou desconexões que aprisionassem peixes ou impedissem a livre movimentação da ictiofauna. Estes resultados, em associação a outros, embasaram a emissão da Autorização Especial n°. 01/2013, em 1ª e 2ª Retificações (16 e 20 de março de 2015, respectivamente),
que
estabeleceu
a
execução
deste
monitoramento
como
condicionante específica para operação das usinas do Rio São Francisco nas vazões de 1.000m³/s nos períodos de carga leve e 1.100 m³/s nos demais períodos. Com isso, esta rotina de monitoramento foi novamente executada nos dias 22 e 23 de abril de 2015, e mais uma vez não foi encontrado nenhum local em que houve risco de retenção de peixes, com potencial impacto à ictiofauna. Com o agravamento da condição hídrica, foi necessária uma nova redução, para qual foi emitida a AE n°. 05/2015 (de 17 de abril de 2015) autorizando a realização de testes para redução de vazão em três etapas consecutivas de 1.000, 950 e 900 m³/s em tempo integral, estabelecendo a rotina de vistorias aquática e aérea bimestral para o monitoramento da integridade do leito do rio. Nesta ocasião, a execução do monitoramento foi ampliada com a inclusão dos reservatórios de Itaparica, do Complexo Paulo Afonso e de Xingó como áreas a serem vistoriadas, em adição aos trechos lóticos do Submédio e Baixo são Francisco. Como resultados, o monitoramento permitiu apurar que a redução de vazão para 900 m³/s não surtiu efeitos significativos no incremento de novas áreas com afloramentos rochosos, mesmo nos trechos em que eles são comuns para qualquer vazão do rio, como no Submédio. É provável que alguns deles tenham se tornado mais evidentes ou extensos, sem, contudo, constituir barreira à livre movimentação da ictiofauna. Dentre os reservatórios monitorados, apenas o de Itaparica tem função de regulação e/ou acumulação e, por isso, sofre as variações de nível impostas pelo regime hídrico. Nele, a redução de vazão pode ter contribuído para a formação de empoçamentos que provavelmente já se processava em decorrência do longo
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período de escassez hídrica. No gráfico a seguir, é possível verificar a redução lenta e gradual de cota registrada no reservatório de Itaparica, desde janeiro de 2013 até o presente.
Figura 3 – redução lenta e gradual de cota registrada no reservatório de Itaparica, desde janeiro de 2013 até o presente.
Considerando a forma com que a redução de cota se processou no reservatório, é provável que as poças também tenham se formado lenta e gradualmente, o que pode ter favorecido a saída da ictiofauna em busca de locais com melhores condições ambientais, fazendo com que nenhum desses empoçamentos apresentassem qualquer indício de retenção ou morte de peixes. Além disso, a formação de poças esteve associada a áreas marginais de solos arenosos relativamente planos, de baixas profundidades, não sendo atrativos à ictiofauna. Como os demais reservatórios foram concebidos para operação a fio d’água, a redução de vazão não implicou em variações sensíveis de nível. No Baixo São Francisco, por suas características de contornos arenosos de baixa inclinação, maiores larguras e pronunciada deposição de sedimentos com formação de bancos de areia, a formação de empoçamentos e desconexões de alguns canais foi mais evidente. Neste trecho, várias poças se formam principalmente nas áreas rasas de ilhas arenosas, sem que houvesse qualquer indicativo da retenção de peixes, pois não foi constatada a morte de peixes em nenhuma das vistorias realizadas, bem como não há nenhum relato da comunidade ribeirinha relativo ao aprisionamento da ictiofauna, assim como nas vistorias anteriores.
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Como visto, desde a adoção desse monitoramento não foi identificado nenhum dano à ictiofauna decorrente do aprisionamento de peixes em empoçamentos, tampouco foi
necessária
a
realização
de
incursões
por
vias
terrestre
ou
aquática.
2.2 PROPOSTA PARA VAZÃO DE 800 M³/S Como o período úmido 2015-2016 se iniciou sem perspectivas de volumes consistentes de chuvas, a crise hídrica por que passa toda a bacia do São Francisco tem se agravado, sendo considerada uma nova redução de vazão, agora para 800 m³/s, patamar que nunca foi praticado pelo conjunto de usinas instaladas no rio. Neste cenário, a preocupação inicial de aprisionamento de peixes persiste, mesmo que nenhum caso tenha sido registrado até então. No entanto, acredita-se que a forma também gradual de aplicação desta nova redução de vazão surta o mesmo efeito de antes, favorecendo a movimentação da ictiofauna de áreas potencialmente sujeitas à desconexão para o corpo principal do rio. Porém, o ineditismo da situação exige a mesma prudência com que o tema foi tratado até então. Assim, será mantida a rotina de inspeção aérea, complementada por checagem em campo e resgate de ictiofauna, caso esta necessidade seja diagnosticada. A redução de vazão será feita em dois patamares consecutivos. Inicialmente, a vazão será reduzida para 850 m³/s e, uma semana depois, reduzida para 800 m³/s. As vistorias aéreas estarão, portanto, sincronizadas às vazões, sendo executadas em até 02 dias após a prática dos patamares citados. Uma vez estabelecido novo patamar mínimo (800 m³/s), as vistorias aéreas retornarão à frequência bimestral. As vistorias aéreas novamente abrangerão os trechos lóticos do Submédio e Baixo São Francisco, assim como os reservatórios de Itaparica, do Complexo Paulo Afonso e de Xingó, com o registro visual (vídeos ou fotografias) das áreas. Maior atenção será dada aos locais mais propensos ao aprisionamento da ictiofauna que é, até o momento, a porção inicial do reservatório de Itaparica, entre os municípios de Belém do São Francisco – PE e Rodelas - BA, por ser o trecho em que já houve a maior formação de ilhas e empoçamentos. Caso seja identificada alguma área com potencial para retenção de peixes, o local será georreferenciado ainda em sobrevoo e indicada para inspeção terrestre e/ou aquática para reavaliação quanto a eventual impacto à ictiofauna. Este programa
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ainda manterá interlocução com o Plano de Comunicação Social e de Monitoramento dos Impactos Socioambientais da Redução da Vazão, buscando informações e relatos junto à comunidade ribeirinha acerca do aprisionamento de peixes. 2.2.1 RESGATE DE ICTIOFAUNA Uma vez configurada situação de risco, uma equipe de resgate de ictiofauna será destacada para o local para realizar os procedimentos de resgate e salvamento dos peixes confinados, e todas as informações serão registradas para composição de relatório de atividades. Tal atividade empregará equipe de trabalho prioritariamente constituída por pescadores artesanais, atuantes nas proximidades do local da ocorrência, munidos de apetrechos de pesca apropriados (redes, puçás, equipamentos de transporte etc) que atuarão enquanto perdurar o confinamento de risco; A ictiofauna capturada (para posterior soltura), enquanto mantida em procedimentos de transporte, receberá cuidados na manipulação que favoreçam sua sobrevivência, como tempo mínimo de confinamento.
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3. MONITORAMENTO MACRÓFITAS 3.1
DA
QUALIDADE
DE
ÁGUA,
CUNHA
SALINA
E
ANÁLISE DO MONITORAMENTO REALIZADO
O monitoramento da qualidade de água, cunha salina e macrófitas do Rio São Francisco durante o período de vazão abaixo de 1300 m³/s vêm levantando dados desde 2013. Nessa análise busca-se identificar o comportamento das variáveis analisadas no último ano (Setembro 2014 – Julho 2015), contando com o período de testes para vazão de 900m³/s, que ocorreu de 27 de Maio a 19 de Junho de 2015.
Figura 4 - Localização das estações de qualidade de água
Temperatura A amplitude de variação sazonal de temperatura dos corpos d´água depende diretamente da temperatura do ar, de modo que reservatórios localizados em latitudes elevadas apresentam maior variação durante o ano que aqueles situados em regiões tropicais. A temperatura da água apresentou uma variação de 22,90°C a 30,31°C durante o período analisado em todas as estações, com uma temperatura média de 26,88°C e uma mediana de 27,10°C no período de setembro de 2014 a julho de 2015. Como
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pode ser percebido nas Figuras 5, 6 e 7 abaixo: 30,00
Temperatura (°C)
28,00 26,00
24,00 22,00
SOB
ITA
MOX
PA IV
XIN
BSF
jul/15
jun/15
mai/15
Meses
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
nov/14
out/14
set/14
dez/14
20,00
Figura 5- Amplitude de variação e mediana dos valores de temperatura da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015. 31 29 28 27 26 25 24
Mediana
23
25%-75%
Mín-Máx
BSF 16
BSF 11
BSF 06
XIN 10
BSF 02
XIN 04
XIN 01
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
22
PA IV 01
KW-H(20;294) = 84,4253; p = 0,0001
MO PI 09
Temperatura (°C)
30
Estação
31 30 29 28 27 26 25 24
Mediana
23 22
25%-75%
Mín-Máx
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
KW-H(10;294) = 160,7813; p = 0,0001
Dec-2014
Temperatura (°C)
Figura 6 - Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de temperatura da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Mês
Figura 7 - – Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de temperatura da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
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Condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (STD) e salinidade A condutividade elétrica em ambientes aquáticos tropicais apresenta estreita relação com as características geoquímicas da região e as condições climáticas, usualmente apresentando diferenças sazonais em seus valores. A salinidade em ambientes aquáticos continentais, por sua vez, deve-se à presença dos íons cálcio, magnésio, sódio, potássio, bicarbonato, cloreto e sulfato (ESTEVES, 1998) responsáveis pelos níveis e comportamento da salinidade. Observou-se uma estabilidade nos valores das três variáveis entre os ambientes entre os meses analisados, sobressaindo alguns pequenos picos em outubro e dezembro/14 e julho/15 no trecho lótico final e no reservatório de Moxotó em
90 80 70 60
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
Meses
mar/15
fev/15
out/14
MOX BSF jan/15
40
ITA XIN nov/14
SOB PA IV
dez/14
50
set/14
Condutividade elétrica (mS/cm-1)
janeiro/15. (Figuras 8 a 16).
Mediana
25%-75%
Mín-Máx
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
KW-H(19;280) = 230,4743; p = 0,0001
SOB 24
105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55
SOB 22
Condutividade elétrica (mS.cm
-1
)
Figura 8 – Variação da condutividade elétrica média da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015.
Estação
Figura 9– Amplitude de variação e mediana dos valores de condutividade elétrica da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
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Mediana
25%-75%
KW-H(10;280) = 4,5224; p = 0,9207
Mín-Máx
100 90 80 70
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Oct-2014
Nov-2014
60
Sep-2014
Condutividade elétrica (mS.cm -1)
110
Mês
Figura 10– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de condutividade elétrica da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015 0,070 0,060
STD (g.L-1)
0,050 0,040
0,030 0,020
0,010
SOB
ITA
MOX
PA IV
XIN
BSF
Meses
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
0,000
Figura 11– Variação dos sólidos totais dissolvidos (STD) médio da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. 0,070
STD (g.L -1)
0,065
Mediana
25%-75%
KW-H(19;280) = 230,1648; p = 0,0001
Mín-Máx
0,060 0,055 0,050 0,045 0,040
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0,035
Estação
Figura 12– Amplitude de variação e mediana dos valores de sólidos totais dissolvidos (STD) da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
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0,070
STD (g.L -1)
0,065
Mediana
Mín-Máx KW-H(10;280) = 3,8408; p = 0,9542
25%-75%
0,060 0,055 0,050 0,045 0,040
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
0,035
Mês
Figura 13– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de sólidos totais dissolvidos (STD) da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015. 0,05
0,03 0,02
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
MOX BSF
fev/15
out/14
set/14
0,00
ITA XIN
dez/14
SOB PA IV
jan/15
0,01
nov/14
Salinidade
0,04
Meses
Figura 14– Variação da salinidade média da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. 0,052 0,048
Mediana
25%-75%
Mín-Máx
Salinidade
KW-H(19;280) = 177,9717; p = 0,0001 0,044 0,040 0,036 0,032
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0,028
Estação
Figura 15– Amplitude de variação e mediana dos valores de salinidade da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015
Página 14 de 48
0,056 Mediana
25%-75%
KW-H(10;280) = 7,2802; p = 0,6988
Mín-Máx
0,052
Salinidade
0,048 0,044 0,040 0,036 0,032
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
0,028
Mês
Figura 16– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de salinidade da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Oxigênio dissolvido Diferenças verticais na concentração de oxigênio em lagos e reservatórios estão relacionados à profundidade e estado trófico, dentre outros aspectos, sendo fortemente influenciada pela estratificação térmica. Níveis elevados de turbidez, com consequente redução da transparência e limite da zona eufótica restringem, não apenas a distribuição de calor, favorecendo a estratificação (ESTEVES, 1998), bem como processos fotossintéticos, grandemente responsáveis pelo aporte de oxigênio para o meio aquático. Os níveis médios de oxigênio dissolvido mantiveram-se elevados ao longo dos ambientes durante todo período, se destacando como mais elevados o trecho lótico inicial e o reservatório de Xingó e o mais baixo o reservatório de Moxotó, mesmo assim com concentrações acima de 6,00 mg.L-1 e 80% de saturação (Figuras 17 a 22) . Observando que nenhuma das estações apresentou concentrações de oxigênio dissolvido abaixo do limite mínimo recomendado pela Resolução nº. 357 do CONAMA, segundo a qual o oxigênio dissolvido em qualquer amostra não pode ser inferior a 5,0 mg.L-1 O2 para águas da classe 2, com exceção apenas da estação MOX 03 que registrou valores abaixo desse limite.
Página 15 de 48
jul/15
mai/15
abr/15
MOX BSF
jun/15
ITA XIN
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
out/14
nov/14
SOB PA IV
set/14
Saturação de oxigênio (%)
140 130 120 110 100 90 80 70 60
Meses
Figura 17– Variação da saturação de oxigênio média da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015 Oxigênio dissolvido (%Sat. O2)
160 Mediana
25%-75%
KW-H(20;294) = 94,7542; p = 0,0001
Mín-Máx
140 120 100 80 60
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MOX 04
MO PI 09
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
40
Estação
160 Mediana
25%-75%
Mín-Máx
KW-H(10;294) = 81,7558; p = 0,0001
140 120 100 80 60
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
40
Sep-2014
Oxigênio dissolvido (%Sat. O2)
Figura 18– Amplitude de variação e mediana dos valores de saturação de oxigênio da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Mês
Figura 19– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de saturação de oxigênio da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Página 16 de 48
9,00
8,00 7,00 SOB PA IV
6,00
ITA XIN
MOX BSF
5,00
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
out/14
nov/14
dez/14
4,00
set/14
Oxigênio dissolvido (mg.L-1)
10,00
Meses
12 Mediana
11
25%-75%
KW-H(20;294) = 72,3153; p = 0,0001
Mín-Máx
10 9 8 7 6 5 4
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
3
SOB 22
Oxigênio dissolvido (mg.L-1 O2)
Figura 20– Variação da concentração de oxigênio dissolvido média da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. A linha vermelha nesta figura e nas seguintes indica o limite mínimo estabelecido pelo CONAMA
Estação
12 11 10 9 8
Mediana
25%-75%
Mín-Máx KW-H(10;294) = 114,967; p = 0,0001
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
7 6 5 4 3
Sep-2014
Oxigênio dissolvido (mg.L-1 O2)
Figura 21– Amplitude de variação e mediana dos valores de concentração de oxigênio dissolvido da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Mês
Figura 22– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de concentração de oxigênio dissolvido da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Página 17 de 48
pH Ecossistemas aquáticos localizados em regiões áridas e semi-áridas, onde predomina um balanço hídrico negativo – precipitação menor que evaporação -, usualmente apresentam valores elevados de pH (alcalinos) (ESTEVES, 1998). Diferenças sazonais refletem níveis diferenciados do metabolismo do ecossistema aquático, balanço entre produção e decomposição e a dinâmica das diferentes formas de carbono. Os valores médios de pH apresentaram-se predominantemente alcalinos ao longo de todos os meses no diferentes ambientes analisados, e estiveram sempre dentro dos valores recomendados pelo CONAMA, com o reservatório de Xingó com as médias mais elevadas e o reservatório de Moxotó com as mais baixas (Figura 23 a 25). Os valores mensurados são compatíveis com aqueles recomendados pela Resolução no. 357/05 do CONAMA, cujo padrão para águas de classe 2 é de pH entre 6,0 e 9,0, em todas as estações de monitoramento, exceto para as estações do reservatório de Xingó que ultrapassaram o limite superior, XIN 01 em junho/15, XIN 04 em março, abril e maio/15 e XIN 10 em outubro e novembro/14 e julho/15.
10,00 9,00 pH
8,00 7,00
6,00 SOB
ITA
MOX
PA IV
XIN
BSF jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
5,00
Meses
Figura 23– Variação dos valores médios de pH da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. As linhas vermelhas nesta figura e nas seguintes indicam o limite máximo e mínimo estabelecidos pelo CONAMA para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Página 18 de 48
10 9
pH
8 7 6
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
MO PI 09
KW-H(20;294) = 105,3605; p = 0,0001
Mín-Máx
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
25%-75%
SOB 29
SOB 25
SOB 22
SOB 24
Mediana
5
Estação
Figura 24– Amplitude de variação e mediana dos valores de pH da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015. 10 9
pH
8 7 6 Mediana
25%-75%
Mín-Máx
KW-H(10;294) = 71,5706; p = 0,0001
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
5
Mês
Figura 25– amplitude de variação e mediana dos valores mensais do ph da água dentre todas as estações de amostragem do rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Transparência A transparência da água, expressa através da leitura da profundidade do disco de Secchi apresentou uma marcante diferença mensal (Figura 26 a 28), com um incremento até novembro/14 ou janeiro/15 no caso de PA IV e declínio até o final do período nos diferentes ambientes, com uma pequena exceção do trecho lótico inicial que declina até o mês de abril/15 e volta a subir até julho/15.
Página 19 de 48
MOX BSF
jul/15
jun/15
mai/15
ITA XIN
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
SOB PA IV
set/14
Transparência (m)
8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00
Meses
Figura 26– Variação dos valores médios de transparência da água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015.
8 7
Secchi (m)
6
Mediana
25%-75%
Mín-Máx
KW-H(20;294) = 153,2124; p = 0,0001
5 4 3 2 1
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0
Estação
9 8 7 6 5
Mediana
25%-75%
KW-H(10;294) = 61,2422; p = 0,0001
Mín-Máx
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
4 3 2 1 0
Sep-2014
Secchi (m)
Figura 27– Amplitude de variação e mediana dos valores de transparência da água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Mês
Figura 28– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de transparência da água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015
Página 20 de 48
Nitrato As concentrações médias de nitrato apresentaram-se mais elevadas no trecho lótico final de setembro a dezembro/14, no trecho lótico inicial de janeiro a abril/15, e no reservatório de PAIV de maio a julho/15, enquanto que as mais baixas no
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
MOX BSF
jan/15
nov/14
ITA XIN
out/14
SOB PA IV
dez/14
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
set/14
Nitrato (mg.L-1)
reservatório de Xingó (Figura 29 a 31).
Meses
Figura 29– Variação dos valores médios de nitrato na água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015.
240 Mediana
Nitrato (mg.L -1)
200
25%-75%
Mín-Máx
KW-H(20;294) = 45,6264; p = 0,0009
160 120 80 40
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0
Estação
Figura 30– Amplitude de variação e mediana dos valores de nitrato na água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Página 21 de 48
240 Mediana
Nitrato (mg.L -1)
200
25%-75%
Mín-Máx
KW-H(10;294) = 157,0093; p = 0,0001
160 120 80 40
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
0
Mês
Figura 31– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de nitrato na água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Fósforo total O fósforo participa de processos fundamentais do metabolismo dos seres vivos, através do armazenamento de energia – como parte essencial da molécula de ATP – e na estruturação da membrana celular – através dos fosfolipídios – (ESTEVES, 1998). Em águas continentais, representa o principal fator limitante de sua produtividade. Por outro lado, também representa o principal nutriente responsável pela eutrofização nestes ecossistemas. A concentração média de fósforo total apresentou valores relativamente altos, com maiores médias de um modo geral no reservatório de PA IV e menores no reservatório de Moxotó. Observa-se ainda que grande parte dos valores amostrados, nos diferentes ambientes estão acima dos valores recomendados pelo CONAMA (Figuras 32 a 34).
SOB PA IV
120
ITA XIN
MOX BSF
100 80 60 40 20
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
0
set/14
Fósforo total (mg.L-1)
140
Meses
Página 22 de 48
Figura 32– Variação dos valores médios de fósforo total na água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. As linhas vermelhas nesta figura e nas seguintes representam os limites máximos estabelecido pelo CONAMA 180 Mediana 25%-75% Mín-Máx KW-H(20;294) = 35,0097; p = 0,0201
Fósforo total (mg.L -1)
160 140 120 100 80 60 40 20
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0
Estação
180 160 140 120 100
Mediana
25%-75%
KW-H(10;294) = 104,5033; p = 0,0001
Mín-Máx
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
80 60 40 20 0
Sep-2014
Fósforo total (mg.L -1)
Figura 33– Amplitude de variação e mediana dos valores de fósforo total na água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Mês
Figura 34– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de fósforo total na água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
DBO A concentração média de DBO apresentou padrão espacial semelhante para os diferentes ambientes analisados, com pequena diferença nos padrões do trecho lótico final, apresentando uma alternância de incremento e redução entre os meses analisados (Figura 35 a 37). A demanda bioquímica de oxigênio variou dentre as estações de amostragem de 0,40 mg.L-1 O2 até 3,00 mg.L-1 O2
e uma média de 1,42 mg.L-1 O2.. Valores
inferiores ao limite máximo estabelecido pelo CONAMA de 5,0 mg.L-1 O2.
Página 23 de 48
2,50
1,50 1,00
jul/15
mai/15
abr/15
mar/15
jun/15
MOX BSF fev/15
set/14
out/14
0,00
ITA XIN dez/14
SOB PA IV
jan/15
0,50
nov/14
DBO (mg.L-1)
2,00
Mases
Figura 35– Variação dos valores médios de DBO na água dentre os ambientes de amostragem do Rio São Francisco, nos meses de setembro/2014 a julho/2015. 3,5 Mediana
DBO (mg.L -1 O2)
3,0
25%-75%
KW-H(20;294) = 8,4663; p = 0,9883
Mín-Máx
2,5 2,0 1,5 1,0 0,5
BSF 16
BSF 11
BSF 06
BSF 02
XIN 10
XIN 04
XIN 01
PA IV 01
MO PI 09
MOX 04
MOX 03
MOX 02
ITA 11
ITA 10
ITA 08
ITA 04
ITA 01
SOB 29
SOB 25
SOB 24
SOB 22
0,0
Estação
Figura36– Amplitude de variação e mediana dos valores de DBO na água nas estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015. 3,5
DBO (mg.L-1 O2)
3,0
Mediana
25%-75%
KW-H(10;294) = 88,5973; p = 0,0001
Mín-Máx
2,5 2,0 1,5 1,0 0,5
Jul-2015
Jun-2015
May-2015
Apr-2015
Mar-2015
Feb-2015
Jan-2015
Dec-2014
Nov-2014
Oct-2014
Sep-2014
0,0
Mês
Figura 37– Amplitude de variação e mediana dos valores mensais de DBO na água dentre todas as estações de amostragem do Rio São Francisco, para o período entre setembro/2014 a julho/2015.
Página 24 de 48
Cunha Salina O Monitoramento da Cunha Salina acompanhou o comportamento do ambiente estuarino do Rio São Francisco em dois picos mensais das marés de Sizígia. Os níveis de maré oceânica foram medidos no mês em maré de sizígia (lua nova e lua cheia), durante períodos de baixamar e preamar ao longo de 24 horas (2 ciclos inteiros de maré). A variação da salinidade em relação à vazão do rio São Francisco diferiu significativamente entre os valores mensais de vazão, tanto na preamar quanto na baixamar (Figura 39). Durante as duas fases de maré (baixamar e preamar), os valores medianos foram mais elevados e suas amplitudes de variação mais amplas nas estações ESF09 a ESF12, sem diferir entre os diferentes níveis de vazão registrados no período de monitoramento (Figura 40). A despeito das menores vazões praticadas nos meses de junho e julho/2015, com valores inferiores a 1000 m3.s-1 (Figura 41), os níveis mais elevados de salinidade em qualquer das estações de monitoramento ao longo do trecho monitorado não foram registrados nestes meses.
Figura 38 - Localização das estações de monitoramento da introdução da cunha salina
Página 25 de 48
Salinidade ESF09BMS: KW-H(10;244) = 69,1802; p = 0,0001 ESF09PMS: KW-H(10;331) = 51,6261; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF09BMS ESF09PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -5
0
5
10 15 20 25 30 35 Salinidade ESF10BMS: KW-H(10;266) = 53,2257; p = 0,0001 ESF10PMS: KW-H(10;358) = 67,4675; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF10BMS ESF10PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -5
0
5
10 15 20 25 30 35 Salinidade ESF11BMS: KW-H(10;402) = 61,4155; p = 0,0001 ESF11PMS: KW-H(10;526) = 116,0819; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF11BMS ESF11PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -5
0
5
10 15 20 25 30 35 Salinidade ESF12BMS: KW-H(10;417) = 146,7704; p = 0,0001 ESF12PMS: KW-H(10;519) = 134,7922; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF12BMS ESF12PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -5
0
5
10
15
20
25
30
35
Figura 39 – Variação mensal da amplitude e valores medianos da salinidade da água na coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, entre setembro/2014 e julho/2015
Página 26 de 48
Salinidade ESF14BMS: KW-H(10;220) = 123,5976; p = 0,0001 ESF14PMS: KW-H(10;313) = 41,4701; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF14BMS ESF14PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
Salinidade ESF15BMS: KW-H(10;175) = 85,9127; p = 0,0001 ESF15PMS: KW-H(10;271) = 36,8537; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF15BMS ESF15PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -2
2 Salinidade 4
0
6
8
10
ESF16BMS: KW-H(10;228) = 0; p = 0,0001 ESF16PMS: KW-H(10;311) = 0; p = 0,0001
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF16BMS ESF16PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max -1
0
1
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
2 Salinidade
3
4
5
6
ESF17BMS ESF17PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF17BMS: KW-H(10;454) = 243,8067; p = 0,0001 ESF17PMS: KW-H(10;553) = 153,9091; p = 0,0001 -2
0
2
4
6
8
10
12
Figura 39 – Variação mensal da amplitude e valores medianos da salinidade da água na coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, entre setembro/2014 e julho/2015. (CONTINUAÇÃO)
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Salinidade
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF18BMS ESF18PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF18BMS: KW-H(10;342) = 176,8704; p = 0,0001 ESF18PMS: KW-H(10;452) = 153,9008; p = 0,0001 -1
0
2 Salinidade 3
1
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
4
5
6
7
8
ESF19BMS ESF19PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF19BMS: KW-H(10;300) = 0; p = 0,0001 ESF19PMS: KW-H(10;382) = 0; p = 0,0001 -1
0
Salinidade 2 3
1
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
4
5
6
7
ESF20BMS ESF20PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF20BMS: KW-H(10;434) = 400,7099; p = 0,0001 ESF20PMS: KW-H(10;544) = 195,9189; p = 0,0001 -1
0
1
Salinidade 2
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro. -0,5
3
4
5
6
ESF21BMS ESF21PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF21BMS: KW-H(10;741) = 678,8826; p = 0,0001 ESF21PMS: KW-H(10;876) = 144,6645; p = 0,0001 0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Figura 39 – Variação mensal da amplitude e valores medianos da salinidade da água na coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, entre setembro/2014 e julho/2015. (CONTINUAÇÃO)
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Salinidade
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro. -0,2
ESF22BMS ESF22PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF22BMS: KW-H(10;513) = 473,368; p = 0,0001 ESF22PMS: KW-H(10;575) = 250,0651; p = 0,0001 0,0
0,2
0,4
1,6
1,8
2,0
2,2
Meses
ESF23BMS: KW-H(10;479) = 455,5708; p = 0,0001 ESF23PMS: KW-H(10;557) = 217,913; p = 0,0001 0,1
0,2
Salinidade 0,3 0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
ESF24BMS ESF24PMS
Meses
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF24BMS: KW-H(10;143) = 0; p = 0,0001 ESF24PMS: KW-H(10;197) = 0; p = 0,0001 0,0
0,5
Salinidade 1,0
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro. -0,2
1,4
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro. -0,5
1,2
ESF23BMS ESF23PMS
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro. 0,0
Salinidade 0,6 0,8 1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
ESF25BMS ESF25PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF25BMS: KW-H(10;169) = 0; p = 0,0001 ESF25PMS: KW-H(10;221) = 0; p = 0,0001 0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Figura 39 – Variação mensal da amplitude e valores medianos da salinidade da água na coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, entre setembro/2014 e julho/2015. (CONTINUAÇÃO)
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Salinidade
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF26BMS ESF26PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
ESF26BMS: KW-H(10;76) = 0; p = 0,0001 ESF26PMS: KW-H(10;99) = 0; p = 0,0001 0,038 0,042 0,046 0,050 0,054 0,058 0,062 0,040 0,044 0,048 0,052 0,056 0,060 Salinidade
Meses
Julho. Junho. Maio. Abril. Março. Fevereiro. Janeiro. Dezembro. Novembro. Outubro. Setembro.
ESF27BMS ESF27PMS Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF27BMS: KW-H(10;51) = 0; p = 0,0001 ESF27PMS: KW-H(10;72) = 0; p = 0,0001 -2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Figura 39 – Variação mensal da amplitude e valores medianos da salinidade da água na coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, entre setembro/2014 e julho/2015. (CONTINUAÇÃO)
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ESF09BMS: KW-H(21;244) = 160,1169; p =Salinidade 0,0001 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF09PMS: KW-H(21;331) = 152,5359; p = 0,0001 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0 Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF09BMS ESF09PMS
1146,5
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 ESF10BMS: KW-H(21;266) = 133,974; p = 0,0001 SalinidadeMedian; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF10PMS: KW-H(21;358) = 125,207; p = 0,0001 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0 Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF10BMS ESF10PMS
1146,5 -5
0
5
10
15
20
25
30
35
ESF11BMS: KW-H(21;402) = 131,122; p = 0,0001 Salinidade Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF11PMS: KW-H(21;526) = 272,2337; p = 0,0001 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0 Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF11BMS ESF11PMS
1146,5
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 ESF12BMS: KW-H(21;417) = 274,7311; p = Salinidade 0,0001 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF12PMS: KW-H(21;519) = 340,5236; p = 0,0001 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0 Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF12BMS ESF12PMS
1146,5 -5
0
5
10
15
20
25
30
35
Figura 40 – Variação da amplitude e valores medianos da salinidade da água ao longo da coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, em função da vazão do rio, entre os meses de setembro/2014 e julho/2015.
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ESF14BMS: KW-H(21;220) = 217,1486; p = Salinidade 0,0001 ESF14PMS: KW-H(21;313) = 87,7808; p = 0,0001
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF14BMS ESF14PMS
1146,5 -2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
ESF15BMS: KW-H(21;175) = 172,5759; p = Salinidade 0,0001 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF15PMS: KW-H(21;271) = 89,3319; p = 0,0001 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF15BMS ESF15PMS
1146,5 -2
0
2
Salinidade4
6
8
10
ESF16BMS: KW-H(21;228) = 0; p = 0,0001 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max ESF16PMS: KW-H(21;311) = 0; p = 0,0001
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0 1171,0 1180,5
ESF16BMS ESF16PMS
1146,5 -1
0
1
Salinidade 2
3
4
960,0
5
6
ESF17BMS ESF17PMS
946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5
ESF17BMS: KW-H(21;454) = 436,0228; p = 0,0001 ESF17PMS: KW-H(21;553) = 378,7425; p = 0,0001
1146,5 -2
0
2
4
6
8
10
12
Figura 40 – Variação da amplitude e valores medianos da salinidade da água ao longo da coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, em função da vazão do rio, entre os meses de setembro/2014 e julho/2015. CONTINUAÇÃO
Página 32 de 48
Salinidade 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1167,0
Vazão
1128,5 1137,0
ESF18BMS ESF18PMS
1171,0 1180,5 1146,5 -1
0
1
2
ESF18BMS: KW-H(21;342) = 328,325; p = 0,0001 ESF18PMS: KW-H(21;452) = 348,7047; p = 0,0001 Salinidade 3 4 5 6 7 8
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1167,0
Vazão
1128,5 1137,0
ESF19BMS ESF19PMS
1171,0 1180,5
ESF19BMS: KW-H(21;300) = 0; p = 0,0001 ESF19PMS: KW-H(21;382) = 0; p = 0,0001
1146,5 -1
0
Salinidade 2 3
1
4
5
6
7
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
ESF20BMS ESF20PMS
1128,5 1137,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5
ESF20BMS: KW-H(21;434) = 425,0981; p = 0,0001 ESF20PMS: KW-H(21;544) = 501,274; p = 0,0001
1146,5 -1
0
1
2 Salinidade
3
4
5
6
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
ESF21BMS ESF21PMS
1128,5 1137,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5
ESF21BMS: KW-H(21;741) = 725,4708; p = 0,0001 ESF21PMS: KW-H(21;876) = 483,8444; p = 0,0001
1146,5 -0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Figura 40 – Variação da amplitude e valores medianos da salinidade da água ao longo da coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, em função da vazão do rio, entre os meses de setembro/2014 e julho/2015. CONTINUAÇÃO
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Salinidade 960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
ESF22BMS ESF22PMS
1128,5 1137,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0
ESF22BMS: KW-H(21;513) = 502,0686; p = 0,0001 ESF22PMS: KW-H(21;575) = 516,482; p = 0,0001
1180,5 1146,5 -0,2
0,0
0,2
0,6 Salinidade 0,8 1,0
0,4
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
ESF23BMS ESF23PMS
1128,5 1137,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5
ESF23BMS: KW-H(21;479) = 475,5388; p = 0,0001 ESF23PMS: KW-H(21;557) = 533,7116; p = 0,0001
1146,5 0,0
0,1
Salinidade 0,3 0,4
0,2
0,5
0,6
0,7
0,8
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5 1146,5
ESF24BMS: KW-H(21;143) = 0; p = 0,0001 ESF24PMS: KW-H(21;197) = 0; p = 0,0001
-0,5
0,0
0,5
1,0 Salinidade
ESF24BMS ESF24PMS 1,5
2,0
2,5
3,0
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
ESF25BMS ESF25PMS
1128,5 1137,0 1171,0
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1180,5
ESF25BMS: KW-H(21;169) = 0; p = 0,0001 ESF25PMS: KW-H(21;221) = 0; p = 0,0001
1146,5 -0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Figura 40 – Variação da amplitude e valores medianos da salinidade da água ao longo da coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, em função da vazão do rio, entre os meses de setembro/2014 e julho/2015. CONTINUAÇÃO
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Salinidade
Vazão
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0 1128,5 1137,0 1171,0 1180,5 1146,5
Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
ESF26BMS ESF26BMS: KW-H(21;76) = 0; p = 0,0001 ESF26PMS ESF26PMS: KW-H(21;99) = 0; p = 0,0001 0,038 0,042 0,046 0,050 0,054 0,058 0,062 0,040 0,044 0,048 0,052 0,056 0,060 Salinidade
960,0 946,5 1149,0 1137,5 1159,5 1167,0
Vazão
1128,5 1137,0 Median; Box: 25%-75%; Whisker: Min-Max
1171,0 1180,5
ESF27BMS: KW-H(21;51) = 0; p = 0,0001 ESF27PMS: KW-H(21;72) = 0; p = 0,0001
1146,5 -2
0
2
4
6
ESF27BMS ESF27PMS 8
10
12
14
16
Figura 40 – Variação da amplitude e valores medianos da salinidade da água ao longo da coluna d’água nas estações de monitoramento da cunha salina no baixo rio São Francisco, em função da vazão do rio, entre os meses de setembro/2014 e julho/2015. CONTINUAÇÃO
Figura 41– Variação diária da vazão do rio São Francisco, em Propriá (AL), entre 01 de setembro de 2015 e 31 de julho de 2015.
Macrófitas
Durante o período de monitoramento, entre setembro/2014 e julho/2015, o reservatório de Itaparica apresentou uma amplitude de variação de cota de 0,56 m, enquanto no reservatório de Moxotó esta foi de 0,63m (Figura 37). Em Itaparica, foram registrados ciclos de variação com duração de 30 a 70 dias, e em Moxotó
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estes foram mais curtos, durando de 5 a 10 dias. Estas oscilações de nível influenciaram a dinâmica dos bancos, tanto no que concerne à expansão dos bancos de plantas submersas (Egerea) em Petrolândia (Itaparica) (devida à redução do nível da água), quanto à movimentação dos bancos flutuantes de Eichhornia em Canafístula (Moxotó) (escape de bancos em direção à barragem e concentração interna no braço do rio Moxotó). Dentre as três áreas monitoradas, todas apresentaram uma tendência temporal de expansão ao longo do período analisado, tendo aquela de Petrolândia apresentado as maiores áreas, seguida de Moxotó 03 (MOX 03) e Moxotó 04 (MOX 04) (Figura 5.13).
Figura 42– Variação diária da cotas dos reservatórios de Itaparica (acima) e Moxotó (abaixo), entre os dias 01 de setembro de 2014 a 31 de julho de 2015.
Figura 43– Variação mensal da extensão da cobertura com macrófitas aquáticas nas estações de monitoramento nos reservatórios de Itaparica (PET ITA 10) e Moxotó (MOX 03 e MOX 04), entre setembro/2014 e julho/2015.
Página 36 de 48
3.1.1 DISCUSSÃO As variáveis limnológicas e de qualidade da água monitoradas nas estações ao longo do trecho do rio São Francisco, entre o reservatório de Sobradinho e a foz do rio São Francisco, apresentaram, predominantemente, valores compatíveis com a Resolução nº. 357 do CONAMA, excetuando-se os casos tratados a seguir. Mantiveram-se dentro dos limites do CONAMA para águas da Classe 2, as variáveis oxigênio dissolvido (com exceção apenas da estação MOX 03 que registrou valores abaixo desse limite em maio/15), o pH (exceto para as estações do reservatório de Xingó que ultrapassaram o limite superior de 9,0, em junho/15 para XIN 01, em março, abril e maio/15 em XIN 04, e em outubro e novembro/14 e julho/15 em XIN 10), nitrato e DBO. As concentrações de fósforo total apresentaram valores amostrados
nos
diferentes
ambientes
(lóticos
e
lênticos)
acima
daqueles
recomendados pelo CONAMA. Os valores medianos foram relativamente altos, de um modo geral, no reservatório de PA IV, e mais baixos no reservatório de Moxotó. As medianas das estações dos trechos lóticos estiveram abaixo do valor máximo recomendado pelo CONAMA para esse tipo de ambiente, enquanto que para as estações do trecho lêntico, tiveram suas medianas superiores ao valor recomendado nas estações ITA 01 (Itaparica), MOX 04 (Moxotó), PA IV 01 (PA IV), XIN 01, XIN 04 e XIN 10 (Xingó). Os valores de salinidade na região da foz do rio São Francisco mantiveram-se abaixo de 35 ao longo de todo o período monitorado, em qualquer estação, nas diferentes fases de lua (cheia e nova) e maré (baixamar e preamar). Apesar das menores vazões praticadas nos meses de junho e julho/2015, com valores inferiores a 1000 m3.s-1, os níveis mais elevados de salinidade em qualquer das estações de monitoramento ao longo do trecho monitorado não foram registrados nestes meses. Nas estações próximas à cidade de Piaçabuçu, foram registrados valores de salinidade superiores a 0,5 em alguma profundidade, entre os meses de dezembro e março/2015 em ESF22 e nos meses de janeiro e março em ESF23. Durante o período de monitoramento, entre setembro/2014 e julho/2015, o reservatório de Itaparica apresentou uma amplitude de variação de cota de 0,56 m, enquanto no reservatório de Moxotó esta foi de 0,63m. Em Itaparica, foram registrados ciclos de variação com duração de 30 a 70 dias, e em Moxotó estes foram mais curtos, durando de 5 a 10 dias. Estas oscilações de nível influenciaram a dinâmica dos bancos, tanto no que concerne à expansão dos bancos de plantas
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submersas (Egerea) em Petrolândia (Itaparica) (devida à redução do nível da água), quanto à movimentação dos bancos flutuantes de Eichhornia em Canafístula (Moxotó) (escape de bancos em direção à barragem e concentração interna no braço do rio Moxotó). Em todas as áreas monitoradas, a biomassa úmida variou mais que a seca, sem correlação evidente entre elas, possivelmente devido às diferenças na composição e participação relativa das espécies, além de diferentes estados de desenvolvimento das plantas (fenologia). Apenas em Petrolândia, ocorreu uma correlação evidente de incremento da biomassa úmida com a expansão da área, decorrente do aumento da participação de Egerea, registrado desde outubro/2013, quando a redução de cota entre maio e setembro/2013 favoreceu o afloramento dos estandes da espécie e seu posterior
predomínio
na
biomassa
até
o
período
final
de
monitoramento
(setembro/2015). Ainda nesta região, foi evidenciada uma relação inversa entre a cota e a área coberta com Egerea, com incremento de área associado à redução do nível do reservatório, devido ao afloramento dos bancos submersos desta espécie. No reservatório de Moxotó, a elevação de cota coincidiu com o afluxo de água pelo rio Moxotó, o que provocou a soltura das plantas nas áreas monitoradas em seu meandro e sua dispersão pelo braço em direção à barragem. Independentemente da composição, da espécie dominante (Egerea ou Eichhornia) e da dinâmica de variação de biomassa em cada região, todas as três regiões monitoradas em Itaparica (Petrolândia) e Moxotó (rio Moxotó) apresentaram uma tendência temporal de expansão da área coberta com macrófitas ao longo do período analisado, tendo aquela de Petrolândia apresentado as maiores áreas, seguida de Moxotó 03 (MOX 03) e Moxotó 04 (MOX 04).
3.2 PROPOSTA PARA VAZÃO DE 800 M³/S Monitoramento de Qualidade de Água Rotineiro PERIODICIDADE
A redução de vazão será feita em dois patamares, 850 m³/s e após uma semana 800 m³/s. O monitoramento, durante os testes, será feito semanalmente, de modo que os dois patamares sofram esforço de monitoramento. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
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A área de monitoramento irá da Usina Hidrelétrica de Sobradinho até a Foz do Rio São Francisco, onde a qualidade de água contará com uma estação imediatamente a montante da barragem, 6 estações até a área de influência do Reservatório de Itaparica (área lótica), 5 estações em Itaparica, 4 no Reservatório de Moxotó, 1 no Reservatório de Paulo Afonso IV, 3 no Reservatório de Xingó e 4 na área lótica a jusante deste, conforme Tabela Tabela 2 abaixo: Tabela 2 – Localização Das Estações De Monitoramento Da Qualidade De Água Latitude
Longitude
(Sul)
(Oeste)
Montante da UHE Sobradinho
09°26’01”
040°50’07”
SOB 20
Sobradinho – BA
09°26'35"
040°48'21"
SOB 21
Tapera, Petrolina – PE
09°28'33"
040°37'49"
Lótico, entre Sobradinho e
SOB 22
Petrolina/Juazeiro
09°24’23’’
040°29’47’’
Itaparica
SOB 24
Vermelhos
09°05’19’’
040°07’16’’
SOB 25
Santa Maria da Boa Vista
08°48’32’’
039°49’39’’
SOB 29
Ibó
08°37’54’’
039°14’31’’
ITA 01
Belém de São Francisco
08°47'30"
038°57'42"
ITA 04
Rodelas
08°54'21"
038°41'05"
ITA 08
Petrolândia
08°55'58"
038°31'00"
ITA 10
Petrolândia
08°59'48"
038°14'09"
ITA 11
Barragem
09°05'02"
038°21'14"
MOX 02
Jusante de Jatobá
09°09'59"
038°17'58"
MOX 03
Braço do Rio Moxotó
09°16'16"
038°09'58"
MOX 04
Braço do Rio Moxotó
09°18'45"
038°13'15"
MO PI 09
Próximo a Pisciculturas
09°19'10"
038°14'49"
PAIV 01
Final do canal
09°24'31"
038°13'48"
XIN 01
Paulo Afonso
09°26’26”
038°09’18”
XIN 04
Corpo do Reservatório
09°29'57"
037°59'58"
XIN 10
Canindé de São Francisco
09°36'22"
037°52'49"
BSF 02
Entremontes
09°42’15”
037°37’34”
BSF 06
Belo Monte
09°53’45”
037°14’28”
BSF 11
Porto Real do Colégio
10°11’30”
036°50’30”
BSF 16
Piaçabuçu
10°26’04”
036°25’28”
Trecho
Estação
Localização
Reservatório de Sobradinho
SOB 19
Reservatório de Itaparica
Reservatório de Moxotó
Reservatório de PAIV
Reservatório de Xingó
Lótico, Baixo São Francisco
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VARIÁVEIS MONITORADAS
O monitoramento durante esse período de diminuição de vazão contará com as seguintes análises físico-quimícas:
temperatura (°C);
pH;
condutividade elétrica (mS/cm);
oxigênio dissolvido (mg/L e %Sat.);
salinidade;
turbidez;
transparência de Secchi (m).
amônia
nitrato (mg/L);
nitrogênio total;
ortofosfato;
fósforo total (mg/L);
DBO5/20 (mg/L O2);
Clorofila a
análise fitoplanctônica (cél/mL).
Os resultados obtidos serão correlacionados com a vazão e/ou nível do rio ou cota e vazões afluente e defluente do reservatório registrada no dia e horário de coletas. Esses resultados serão comparados aos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA n°. 357/05 e os resultados das análises fitoplanctônicas considerarão a abundância absoluta e relativa dos principais grupos, identificados ao menor nível taxonômico possível.
Monitoramento Emergencial Como o rio estará sendo vistoriado periodicamente, através de monitoramento aquático, aéreo e contato com comunidades ribeirinhas, ao sinal de qualquer alteração de suas condições, como por exemplo, degradação de qualidade de água,
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floração algal, dentre outros, será realizada uma visita técnica especializada no assunto identificado para diagnosticar a necessidade de ações de monitoramento intensivo emergencial. Esse monitoramento contará com as mesmas análises químicas previstas no item anterior e ainda contará com análises de sólidos sedimentáveis (total e frações orgânica e inorgânica), análise de sedimentos (Carbono Orgânico Total, Nitrogênio Total e Fósforo Total) e caso necessário análises para Cianotoxinas, saxitoxinas, microcistinas e cilindrospermopsinas em água e/ou peixes.
Cunha Salina O monitoramento da cunha salina acompanhará o comportamento do ambiente estuarino do Rio São Francisco em dois picos mensais de maré Sizígia ao longo de 13 estações de amostragem conforme a Figura 4, localizadas no trecho de rio compreendido entre a cidade de Piaçabuçu e a foz. Além disso, os abastecimentos públicos das cidades de Piaçabuçu-AL (ESF 22) e Brejo Grande-SE (ESF 27) serão monitorados em perfil com intervalo horário durante uma maré completa (preamar e baixamar).
Figura 44 Localização Das Estações De Monitoramento Da Cunha Salina
.
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PESCA ARTESANAL Como o período temporal com regime hídrico desfavorável está se estendendo consideravelmente, terá continuidade o monitoramento da pesca artesanal. Será realizado com amostragem diária, através de amostradores locais previamente treinados para o preenchimento de formulários com o objetivo de demonstrar a produção por local de desembarque. Através desse atividade, serão estimados os valores de Captura por Unidade de Esforço (CPUE). Serão amostrados os seguintes municípios: ALAGOAS – Pão de Açúcar, Penedo, Igreja Nova, Porto Real do Colégio, São Braz, Piaçabuçu, Traipu, Piranhas e Belo Monte; SErgipe – Canindé do São Francisco, Porto da Folha, Gararu, Propriá, Poço Redondo, Santana do São Francisco, Neópolis, Amparo do São Francisco, Ilha das Flores e Brejo Grande; Pernambuco – Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó, Orocó, Belém do São Francisco; Bahia – Juazeiro, Sobradinho,
4. PLANO DE COMUNICAÇÃO 5.1
ANÁLISE DO PLANO REALIZADO
O Plano de Comunicação e Monitoramento dos Impactos Socioambientais da Redução de Vazão vem sendo realizado desde Dezembro/2014 nos municípios do Submédio e Baixo São Francisco localizados a margem do rio ou que possuem Colônias de Pesca que atual no São Francisco. Quadro 1: Municípios a serem contemplados pelo Plano.
Estados da Área de
Municípios a serem contemplados no Plano
Abrangência Pernambuco Bahia
Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco, Floresta, Itacuruba, e Petrolândia; Sobradinho, Juazeiro, Curaçá, Abaré, Barra do Tarachil, Rodelas,
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Estados da Área de
Municípios a serem contemplados no Plano
Abrangência Glória e Paulo Afonso. Canindé do São Francisco, Porto da Folha, Gararu, Propriá, Poço Sergipe
Redondo, Santana do São Francisco, Neopólis, Amparo do São Francisco (povoado Canhoba), Ilha das flores, Brejo Grande. Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado, Piranhas, Pão de Açúcar,
Alagoas
Belo Monte, Traipu, São Brás (povoado Sampaio), Igreja Nova, Porto Real do Colégio, Penedo, e Piaçabuçu.
O Plano é desenvolvido a partir de ações informativas que visam:
À divulgação dos procedimentos da operação em caráter emergencial da redução da vazão no rio São Francisco a jusante dos reservatórios de Sobradinho e Xingó (período de realização de teste, níveis da vazão, etc.);
Oportunizar um espaço de debate sobre seus os eventuais desdobramentos da redução da vazão (rebatimentos na navegação, abastecimento, qualidade da água, etc.) e a importância desta operação como mecanismo de minimização dos efeitos da crise hídrica (estratégia de uso racional);
Além de socializar noções de conservação do recurso hídrico (importância da mata ciliar, do saneamento básico, da adoção de medidas para economia de água, etc.).
Neste período as principais atividades realizadas foram:
07
Campanhas
de
Reuniões
Informativas
com
pescadores,
lideranças
comunitárias, e população ribeirinha;
Visitas periódicas às prefeituras e secretarias municipais (Educação, Saúde, Agricultura e Meio Ambiente);
Além da produção e distribuição de material impresso (folder, banner e cartilhas).
Em função da continuidade da crise hídrica no São Francisco e da provável redução da vazão para 800 m/s à jusante da UHE Sobradinho, apresentamos a seguir o
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planejamento das atividades de continuação deste Plano.
5.2 PROPOSTA PARA 800 M³/S
Planejamento e mobilização
Atualização dos dados dos pontos focais de mobilização (prefeituras, Colônias de Pesca, e lideranças locais);
Realização de contatos para definição de local e data para a realização das atividades/eventos do Plano;
Definição dos conteúdos para elaboração do material informativo;
Elaboração de material de divulgação (cartazes, folders, banners, etc.).
Realização de eventos de comunicação social Serão utilizadas como instrumentos metodológicos duas ferramentas de comunicação de direta (face a face).
Quadro 2: Instrumentos a serem utilizados pelo Plano e Público Alvo.
Instrumentos a serem utilizados
Púbico alvo
Visitas Dirigidas, buscando ampliar os atores sociais que
Prefeituras, associações,
receberão diretamente as informações e também poderão escolas, e outros locais contribuir para a coleta de informações sobre os impactos a socioambientais da vazão reduzida. Reuniões
Informativas,
onde
serão
serem
definidos
durante a mobilização. atualizadas
as
Colônias de pescadores,
informações da operação da vazão reduzida, e serão associações, escolas, e aplicadas dinâmicas de grupo objetivando coletar dados
outros locais a serem
sobre a percepção da população ribeirinha sobre os definidos impactos socioambientais dessa operação.
durante
a
mobilização.
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5. OCORRÊNCIA DE POSSÍVEIS EVENTOS AMBIENTAIS:
Com a diminuição de vazão poderá ocorrer eventos ambientais que exijam ações para acompanhá-los e mitigá-los, tais como: Florações de Algas e Micro-organismos As áreas mais suscetíveis à ocorrência desses eventos são os reservatórios, especialmente os meandros com sistemas de captação e abastecimento, devido ao maior tempo de residência da água. Para isso haverá monitoramento aéreo dessas áreas para identificação prévia dessas ocorrências, como também interação junto à comunidade ribeirinha. Salinização de Água para Abastecimento A área suscetível a esse evento é a área entre a foz do São Francisco e as cidades de Piaçabuçu-AL e Brejo Grande-SE. Para identificação e acompanhamento prévio desse fenômeno, o monitoramento da Cunha Salina será adequado. Aprisionamento da Ictiofauna Em função do acompanhamento, maior atenção será dada aos locais mais propensos ao aprisionamento da ictiofauna que é, até o momento, a porção inicial do reservatório de Itaparica, entre os municípios de Belém do São Francisco – PE e Rodelas - BA, por ser o trecho em que já houve a maior formação de ilhas e empoçamentos.
Para
isso
haverá
monitoramento
aéreo
dessas
áreas
para
identificação prévia dessas ocorrências, como também interação junto à comunidade ribeirinha.
6. RESUMO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA AMBIENTAL Entre as condicionantes ambientais está o Plano de Contingência. Considerando os riscos indicados nos itens anteriores, apresenta-se a seguir um resumo do plano. Riscos indicados
Responsabilidades e Ações
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Riscos indicados
Responsabilidades e Ações Chesf: 1-
Realizar
previamente
reuniões
informativas, por meio da apresentação da tabela
de
marés,
aplicação,
junto
sua às
interpretação comunidades
e e
instituições localizadas nos municípios de Piaçabuçu
(AL)
e
Brejo
Grande
(SE),
indicando os períodos mais indicados para o abastecimento e para armazenamento de água potável. 2- Enviar FAX às Prefeituras, informando os de horários para armazenamento de água pela água, causada por salinização nas população. Suspensão
do
abastecimento
captações próximas a foz do rio São 3Francisco.
Enviar
FAX
para
as
Empresas
de
Abastecimento, informando os horários para bombeamento e abastecimento. Empresas de Abastecimento: Bombear Água no Horário Propício; Prefeituras: Informar a população para armazenar água. População: Armazenar água em Baldes. Chesf:
Ocorrência de eventos de florações 1- Realizar monitoramento aéreo do trecho de micro-organismos
de vazão reduzida; 2- Caso identificada floração, monitorar a
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Riscos indicados
Responsabilidades e Ações qualidade de água do ambiente; 3-Comunicação
para
as
empresas
de
abastecimento via ofício, fax, e e-mails sobre a ocorrência de florações para as providências que se fizerem necessárias. 4-Disponibilização
de
canais
de
comunicações (e-mail e site da Chesf), para receber
possíveis
informações
da
comunidade e instituições sobre a ocorrência de florações. Empresas de Abastecimento: 1-Monitorar
a
água
captada
para
abastecimento; 2-Parar o bombeamento, se necessário e/ou adequar o fornecimento e tratamento. Chesf: 1- Realizar monitoramento aéreo do trecho de vazão reduzida para identificação de possíveis
locais
de
aprisionamento
da
ictiofauna; 2-Durante as atividades de comunicação social, sensibilizar pescadores e ribeirinhos Aprisionamento de peixes
para
servir
como
“informantes”
sobre
aprisionamento da ictiofauna; 3-Disponibilização canais de comunicações (e-mail e site da Chesf), para receber possíveis informações sobre a ocorrência de aprisionamento da ictiofauna; 4-Caso
identificado
o
aprisionamento,
proceder o resgate e transporte para locais
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Riscos indicados
Responsabilidades e Ações adjacentes e seguros
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