Melancolina: Processos melancólicos Essa publicação foi desenvolvida para disciplina Desenho III, mas o processo veio de muito antes, pensar a apatia, a melancolia, tristeza e frustração e trazê-la imageticamente é um desafio que tenho tentado encarar desde 2014, quando percebi que era capaz de fazer mais com desenhos e palavras do que ilustrações e tirinhas de humor. Lá em 2015 ou 2016 um conhecido que acompanhava minhas páginas nas redes sociais descreveu meus desenhos como melancólicos. Nunca havia associado essa palavra aos desenhos que eu publicava — na época no facebook Qualquer Coisarine — Mas mesmo durante a conversa eu percebi que fazia todo sentido. Em algumas conversas com o Fê Oliveira sobre o tema da melancolia, acabei escrevendo errado, saindo “Melancolina”, já pensou, uma colina melancólica? Por fim,ambos achamos que seria um ótimo nome para uma publicação, e coincidindo com a demanda produtiva de desenho III, iniciamos as pesquisas estéticas e poéticas na busca de artistas e propostas semelhantes a que buscávamos. Pesquisamos artistas como Rupi Kaur, Gabriel Isak’s, Leonilson, ST Pam, Lucas Gehre, Scott MCloud, Tulipa Ruiz, Pollynor e Daehyun Kim. Cada um desses artistas nos inspirou de alguma forma a estrutura final desse projeto mesmo cada um trabalhando em diferentes linguagens. Também adquirimos o hábito de ler as letras das músicas que estávamos ouvindo, e percebi que a partir das discussões sobre as letras e até melodias era possível encontrar uma situação a ser trazida à tona imageticamente. Finalizar esse projeto foi satisfatório, mas nesse caso, o processo ainda não acabou. Investigar esse sentimento tão inquietante e “agoniante” é algo que pretendo continuar, talvez até sem ter escolha, pois é mais parte de mim do que eu gostaria de admitir. Carine Araújo, 2019
CoFê Carine Araújo (Coisarine) Nascida e criada em Petrolina-PE desenha desde que se lembra, e no momento cursa Artes visuais na Univasf. Grande admiradora de fanzines e publicações está sempre buscando agir e saber mais sobre essa área. Seus desenhos trazem um ar apático e melancólico, representando a realidade de quem nem sempre sente vontade de levantar pelas manhãs.
Fernando Martins ( Fê Oliveira) Nasceu e viveu boa parte de sua vida em RecifePE, escritor e Heterônimo, vive na margem entre a existência e a não existência. Seus escritos têm forte conotação emocional e autobiográfica, carregando sempre o peso e as marcas que a depressão na adolescência lhe causaram.
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