www.casaeflora.com.br 79ª edição - Ano XVIII - R$ 10,90
ARTE
TAI HSUAN-AN
PROJETOS ANA PAULA DE CASTRO E SANDERSON PORTO LUCI COSTA MICHELLE RODRIGUES E GIOVANNA DINIZ
DESIGN ARISTEU PIRES HUGO FRANÇA
KABANAS FLAMBOYANT ARQUITETURA E GASTRONOMIA
Pisos Ambienta:
Liso
Rústico
Trend
Pisos Essence:
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arquitetura & luz Pisos Vinílicos
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[ S U M Á RIO]
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INTEGRAÇÃO Paisagem natural faz parte da decoração do lar
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KABANAS Arquitetura e alta gastronomia
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ENTREVISTA
Aristeu Pires: traços com identidade no mobiliário
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CASA COR 2014 As novas tendências em cores, materiais e produtos
[ S U M Á RIO]
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MOBILIÁRIO ARTE Madeira reaproveitada vira escultura nas mãos de Hugo França
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TECNOLOGIA Estudos que serão sucesso no futuro
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VERDE FAZ BEM Paisagismo: mais do que estética, é qualidade de vida
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FAÇA VOCÊ MESMO Transforme uma parede sem graça em espaço criativo
[ E DITOR IAL] Este ano marcou a maioridade da Casa Cor Goiás, que trouxe, como nunca, elegância e beleza para a agenda de arquitetura e design da Capital. São 18 anos como o melhor acontecimento de arquitetura e design do Estado. Casa & Flora traz com destaque cada detalhe desta edição da mostra com as novas tendências em cores, materiais e produtos. Mostramos ainda três ótimas fontes de inspiração residencial. Luci Costa abriu as portas de sua casa no condomínio Aldeia do Vale e apresentou detalhes do projeto feito por ela mesma; Ana Paula de Castro e Sanderson Porto mostraram como usar desafios em benefício do projeto: diante de um muro alto, consequência de um terreno íngreme, criaram um belo jardim vertical. Michelle Rodrigues e Giovanna Diniz provaram que é, sim, possível unir o clássico ao moderno sem perder a elegância. Também não poderíamos deixar de mostrar a beleza da nova unidade do restaurante Kabanas, inaugurada recentemente no shopping Flamboyant. Uma das melhores cozinhas da capital goiana ganhou projeto especial assinado pela arquiteta Tereza Cristina Paes Del Papa. Aprecie ainda a entrevista com Aristeu Pires, que nos contou com simplicidade sua trajetória de vida, e a escolha ousada de largar a computação para se dedicar ao design. A decisão lhe rendeu frutos e hoje Aristeu é um dos designers mais aclamados do Brasil, assim como Hugo França, profissional destaque desta edição. Hugo, que também abandonou uma carreira promissora em engenharia, mudou-se para Trancoso (BA) para ficar mais perto da natureza e acabou descobrindo um talento imenso: o de transformar restos de madeira em móveis que são verdadeiras obras de arte. Não precisamos, contudo, ir longe para descobrir exemplos de vida. O artista, arquiteto e professor universitário Tai Hsuan-An é prova disso. Da infância no interior da China até o sucesso, Tai trabalhou pesado. Todas essas histórias provam que o reconhecimento geralmente vem depois de muita dedicação e empenho. Para finalizar, mais beleza e leveza nas seções de viagens e paisagismo. Muito mais do que uma questão estética, um jardim bem planejado tem o poder de nos acalmar e tranquilizar, além de melhorar a qualidade do ar. Boa leitura!
Casa&Flora é uma publicação
Flora Editora www.casaeflora.com.br facebook/revistacasaefloragoiania
Diretora e Jornalista Responsável Ruth Cavalcanti MTb 249 JP GO
Reportagem Raisa Ramos Lilian Cury
Supervisão Geral Luciana Oliveira luciana.casaeflora@hotmail.com
Direção de Arte e Design Gráfico Carla Ferreira MTb 0003225 JP GO (62) 8125 - 7866 / carlaf2@gmail.com
CTP e Impressão Gráfica Art3
www.casaeflora.com.br Rua C-249, Qd. 579, Lt. 01, no 15, Nova Suíça. Goiânia-GO – CEP 74280-140 Fones: (62) 3093-4697 / 3093-4692 / 3092-2146
“Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você for.” Salmos 91:11 12
[ P R O J E TO
R E S I D E N C I A L ]
Natureza dentro de casa
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Com total liberdade de criação, os arquitetos investiram na utilização de madeira e plantas, que garantem tranquilidade aos moradores
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Os traços da fachada indicam uma arquitetura moderna e geométrica, e a cor branca, predominante do lado de fora, realça a porta e os portões largos de madeira, que dão um toque de requinte. Os clientes deram total liberdade para os arquitetos Ana Paula de Castro e Sanderson Porto soltarem a criatividade e materializarem espaços elegantes, sofisticados e aconchegantes. O resultado disso é a casa de cerca de 500 metros quadrados, que se distribui em três níveis. Essa foi a solução encontrada pelos profissionais para driblar o terreno íngreme.
Cores neutras predominam no projeto e destacam os fortes da casa: detalhes de madeira e plantas ornamentais. Na página ao lado, o papel de parede romântico embeleza o ambiente
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Verde vertical A inclinação do lote dificultou o cercamento do local e ocasionou o surgimento de um muro muito alto na área de lazer. Para quebrar a altura da parede, os arquitetos projetaram um jardim vertical que se estende ao longo da piscina, dando aos ambientes de varanda e deck um conforto visual e térmico. Esse tipo de jardim vem sendo cada vez mais utilizado em projetos de paisagismo por ser uma forma de otimização dos espaços, além de combater ilhas de calor urbano. Ele também ameniza a falta de áreas verdes e revitaliza os edifícios. No caso deste projeto, foi uma boa forma de disfarçar o muro alto, além de agregar charme ao paisagismo.
No deck e varanda gourmet, a madeira está presente sempre. Mesa e cadeira feitas com o material valorizam o jardim vertical do fundo
Marcenaria Para os autores do projeto, os detalhes da fachada merecem destaque, com seus painéis, portões e porta principal em réguas de madeira. Estes elementos trazem a sensação de aconchego já na entrada da residência, e acolhem de imediato os proprietários e visitantes. Sempre relacionada a aconchego e conforto térmico, a madeira é uma das matérias-primas preferidas dos arquitetos. Para esta casa, além dos destaques da fachada, ela também está presente no deck da área de lazer, ao redor da piscina, e nos móveis de vários ambientes.
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Sala de televisão e cozinha também ganharam toque de requinte com a utilização da marcenaria planejada
Na sala de televisão, a madeira aparece também em um enorme painel que apoia o aparelho de TV, compondo de forma harmoniosa com o móvel baixo, a mesa de centro, os objetos de decoração e as plantas. O casamento visual do verde com a madeira gera sensação de contato com a natureza e ajuda a tranquilizar. A varanda gourmet, espaçosa e integrada com a área da piscina, também tem pontos de madeira (armários, mesa e cadeiras) que compõem muito bem com o deck do lazer.
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A área de lazer enche os olhos dos visitantes e aconchega os proprietários. Além da tranquilidade proporcionada pelo jardim vertical, o azul da piscina ajuda a relaxar
Projeto: Ana Paula de Castro e Sanderson Porto
Arquitetos e Designers de Interiores Rua 1135, 332, Quadra 243, Lote 06, Setor Marista Fone: (62) 3095-7667 / 9219-4455 Fotos: Munir Al Rubaie
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[ P R O J E TO
R E S I D E N C I A L ]
A casa da arquiteta
Projeto aproveitou ao máximo os benefícios do lote: a paisagem, a luz natural e a ventilação
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O quarto do casal é bem alimentado com luz natural. Sem janelas, possui uma porta grande de vidro que deixa o ar circular e oferece uma bela vista
A arquiteta Luci Costa, embora seja uma referência em Goiânia na área de urbanismo, tendo projetado inúmeros condomínios residenciais, sempre manteve uma clientela considerável na área de projetos residenciais, daí a sua experiência reconhecida nesta área. A arquiteta já projetou duas casas como moradia própria no Condomínio Aldeia do Vale. A primeira era uma casa grande, mas os filhos casaram e deixaram um vazio nos ambientes espaçosos. Era hora de mudar, pensou Luci, e partir para uma segunda casa. Como não queria sair do condomínio onde residia, escolheu um lote com uma condição de terreno favorável à materialização das ideias que queria implementar, seja pelo desnível ou mesmo pela vista deslumbrante que se descortina para o lago e a mata. Luci conseguiu aproveitar ao máximo todos os benefícios naturais do lote de 2 mil metros quadrados: a paisagem, a luz natural, a ventilação. Com 450 metros quadrados de área construída, todos os ambientes são bem ventilados, com portas e janelas largas, e dispensam aparelhos de ar-condicionado.
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Para a arquiteta, isso é fundamental, principalmente para uma cidade quente como Goiânia. O pé direito alto da sala e varanda também contribui com o clima fresco dentro da casa, além de deixar o projeto proporcional. Segundo Luci, o que faz uma boa arquitetura são espaços proporcionais. Para ela, de nada adianta ter espaços internos grandes se o teto é baixo. “Dá uma sensação de achatamento”.
Integração interna e externa Família é prioridade para Luci e foi pensando nela que a casa ganhou seus traçados e formas. A moradora queria que houvesse espaço suficiente para receber todos e promover eventos familiares festivos. Para isso, integrou sala, varanda, cozinha e até mesmo um spa coberto. Com banheira de hidromassagem e fontes de água, o spa tranquiliza os moradores, mas também é motivo de festa para os convidados.
O sofá grande e o tapete macio acomodam toda a família para sessões de cinema. Cores escuras ajudam a criar um clima proprício para a ocasião
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Da sala e da varanda, é possível ver o jardim se estendendo até encontrar a paisagem do fundo de vale mais adiante. Desde o início, havia o objetivo de integrar o projeto com a natureza de uma forma harmônica e complementar. A amiga Suzy Simon, também arquiteta, presenteou a moradora com um projeto de paisagismo. Como a vista não poderia ser ofuscada, Suzy optou por usar palmeiras do tipo Carpentaria acuminata, finas e compridas, que dão um toque de elegância sem competir com a vegetação exuberante de trás.
As grandes portas de vidro, quando abertas, permitem ventilação para toda a casa e integram ambientes sociais, além de evidenciar a paisagem externa
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O paisagismo assinado por Suzy Simon conta com palmeiras elegantes que n達o ofuscam a mata de fundo de vale
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A madeira, paixão da arquiteta proprietária, está presente nos beirais charmosos da casa e em detalhes pontuais
Mudança de ares A casa anterior em que Luci morava era bastante rústica, com muita presença de madeira. Para esta nova residência, a arquiteta quis variar e apostou em um projeto contemporâneo, com cores claras e alguns toques de vermelho. Apaixonada por madeira, a moradora não conseguiu ignorar completamente o material e o utilizou para fazer os beirais da casa. Apesar de ter sido a mudança dos filhos o fator determinante para Luci pensar em uma casa menor, ela não abriu mão de manter os quartos de cada um deles. São quatro suítes padronizadas, todas com iluminação indireta e acesso para a área de lazer, com piscina, sauna e área de meditação. A ausência de janelas é compensada pelas portas largas que, quando abertas, deixam entrar a luz e o vento.
Projeto: Luci Costa
Arquitetos e Urbanismo e Consultoria S/S Al. dos Buritis, 408, sala 604, Centro Fone: (62) 3942-1116 / 3941- 1118 Fotos: PH Souza Cafeina Produções e Paulo Rezende
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[ P R O J ETO
R E S I D E N C I A L ]
Clássico moderno Unir o estilo tradicional com o moderno não é fácil, mas as arquitetas conseguiram o objetivo
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O desafio desta reforma assinada pelas arquitetas Michelle Rodrigues e Giovanna Diniz foi transformar uma casa moderna em clássica, sem abrir mão completamente de detalhes atuais. Para atingir o objetivo, as profissionais optaram por fazer uso da matéria-prima que mais simboliza o estilo tradicional: o mármore, que revestiu pilares e o piso de acesso à casa, localizada no condomínio Jardins Paris. Além da pedra elegante, as arquitetas acertaram ao incluir no projeto frisos e uma fachada de quartzo, que agrega sofisticação e requinte.
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O quarto do casal foi pensado para ser refúgio e local de descanso dos proprietários, por isso a utilização de cores neutras
O papel de parede dourado do banheiro é um luxo à parte 32
Um dos grandes pontos positivos do estilo clássico, é que ele nunca sai de moda. Com espaços amplos e pé direito alto, os ambientes são recheados com peças igualmente exuberantes, como as poltronas que dão charme à sala de estar, bem como os vasos, cristaleira e castiçais. A escada de acesso ao segundo piso com corrimão de vidro e os lustres geométricos são toques de modernidade para equilibrar a decoração.
Intimista Para a sensação de acolhimento e aconchego, o projeto de decoração não economizou nas cortinas, tapetes e papel de parede. A opção por cores neutras – cinzas, beges, brancos e marrons – ajuda a acentuar o clima intimista. Para os quartos, luzes indiretas somam à composição e são grandes aliadas para esquecer o estresse e garantir o relaxamento dos moradores.
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Gourmet Foram feitas várias intervenções no projeto original, como a ampliação da cozinha, uma repaginação total de acabamentos na área da varanda gourmet e piscina. A cozinha, coração da casa, ganhou mais espaço e, consequentemente, tornou-se um ambiente mais confortável para uso. A mesa branca com apoio de vidro e as cadeiras da mesma cor e design moderno casam bem com os armários e objetos de decoração pretos. O grande destaque da casa, porém, é a varanda gourmet. Com vista para a piscina, o espaço é decorado com móveis descontraídos que trazem o aconchego e a sensação de relaxamento exigidos pelo ambiente.
Na reforma, a cozinha ganhou mais espaço e se tornou um ambiente mais confortável para uso. Móveis descontraídos decoram a varanda gourmet, com vista para a piscina
Projeto: Michelle Rodrigues e Giovanna Diniz
Riscatto – Arquitetura e Interiores Rua C-255, 270, sala 1118, Centro Empresarial Sebba, Setor Nova Suíça E-mail: Riscatto.arq@gmail.com Fone: (62) 3259-7683 Fotos: Photo Point 34
arquitetura e design com conteúdo
Studio Márcio Kogan
Mário Biselli
10/09 - 19h
10/09 - 17h
ABD 11/09 - 17h
local: Centro Cultural Oscar Niemeyer | Auditório Lygia Rassi Patrocínio:
Realização:
Apoio:
SuperUber 11/09 - 19h
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Arquitetura e alta gastronomia Nova unidade do restaurante Kabanas, inaugurada no Shopping Flamboyant, foi projetada para agradar aos mais diferentes pĂşblicos
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O Kabanas é um restaurante consagrado na capital goiana, com uma cozinha diferenciada e diversos prêmios no currículo, recebidos pela qualidade de seus pratos e serviços. Com a inauguração da nova área gourmet do Shopping Flamboyant, os proprietários do restaurante toparam o desafio de abrir mais um espaço Kabanas. A novidade já nasceu com o intuito de ratificar a qualidade da marca e ainda somar uma atmosfera de contemporaneidade.
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Perfil eclético O projeto, assinado pela arquiteta Tereza Cristina Paes Del Papa, foi elaborado com a preocupação de definir espaços que atendam ao perfil dos diferentes públicos e que agradem os mais variados gostos. Para isso, foram destinados 850 metros quadrados de área construída, dividida entre varanda, restaurante e apoios, com fluxos que facilitam a sua operação.
Tons de madeira Como a madeira é um elemento importante para a marca Kabanas, sua aplicação foi relevante, bem como a paleta de tons fendi que passeiam pelo salão desde o mobiliário, cortina e painel exclusivo em tecido. A adega altamente tecnológica entra como um elemento de destaque, sinalizando a importância do vinho para a casa. Vidro, madeira, pedra e concreto se alternam de forma harmônica, inserindo aconchego à paisagem do estacionamento do shopping. A logomarca do restaurante assinada na empena frontal de concreto traduz a força e tradição de sua cozinha. O mobiliário assinado quase em sua totalidade pelo premiado designer Aristeu Pires (leia entrevista na página 94) agrega ao espaço um ar cosmopolita, assim como a iluminação elaborada pela light designer Ana Paula Moraes.
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Hall de entrada do restaurante: espaço aconchegante e moderno
Toiletes: espelhos em formato orgânico são o destaque 42
Tereza Cristina Paes Del Papa Del Papa Arquitetura Ltda. Av. T-9, 1.116, Quadra 82, Lote 13, Setor Bueno Fotos: Estúdio Onzeonze e Edgard César 43
[ E N T R E V I S TA ]
O segredo do sucesso
Empresário conta detalhes do novo empreendimento, o restaurante Kabanas do Shopping Flamboyant
Ricardo Siqueira, proprietário do restaurante Kabanas, é um apaixonado por cozinha desde os 12 anos de idade e sempre sonhou em abrir seu próprio negócio no ramo. O bom gosto e exigência que caracterizam sua personalidade cooperaram para o sucesso do empresário, que procura oferecer o há de melhor para seus clientes. "Viajo muito, sempre com o objetivo de conhecer os melhores restaurantes para trazer novidades. Hoje temos no restaurante muitos pratos de sucesso que foram criados por mim, como nosso peixe com banana, o carpaccio Kabanas, entre outros", relata. Depois de conquistar tantos prêmios e colecionar elogios com o Kabanas Bueno, Ricardo decidiu aceitar outro desafio: abrir uma nova unidade no Shopping Flamboyant. Abaixo, o empresário conta detalhes do novo investimento.
Casa&Flora – O que a unidade do Flamboyant tem de diferente da unidade original unidade Bueno? Ricardo Siqueira – O conceito do Kabanas Flamboyant foi criar um restaurante mais moderno, com uma arquitetura contemporânea, móveis assinados por artista de design e, consequentemente, com um cardápio mais contemporâneo, assinado por uma chef francesa. Detalhes para todas as louças portuguesas, da Vista Alegre. Casa&Flora – Por que escolher uma chef francesa? Ricardo Siqueira – Quando imaginei um restaurante moderno, busquei um chef com experiência internacional e antenado, que fizesse um cardápio moderno, mas com muito sabor e leveza. Quando a conheci [a chef Valérie Lafay], achei que seria uma chef ideal para o projeto.
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Casa&Flora – O cardápio é o mesmo nas duas unidades? Quais os grandes destaques? Ricardo Siqueira – O cardápio traz alguns clássicos do Kabanas do Bueno, como nosso tradicional risoto de camarão e o congrio com banana, mas 80% do cardápio é novo, com toques mais contemporâneos. A ideia é formar um Kabanas clássico, o do Bueno, e um Kabanas contemporâneo, o do Flamboyant. Casa&Flora – O Kabanas está na lista dos melhores restaurantes da cidade já há alguns anos. Qual o segredo desse sucesso? Ricardo Siqueira – Falo sempre para nossos funcionários que o maior patrimônio de uma empresa é gente. Não adianta uma infraestrutura maravilhosa sem um pessoal qualificado, por isso invisto sempre em treinamentos. Faço treinamento de vinhos, café, cervejas especiais, bebidas de doses. Coloco a equipe de salão para provar os pratos e sempre tivemos um treinamento de atendimento com eles. Na cozinha, o maior estímulo, é dar os melhores equipamentos, uma cozinha bem planejada e, principalmente, as melhores matérias-primas do mercado. Até minhas folhagens para salada vêm de São Paulo. Busco sempre o melhor. Isso incentiva e estimula muito um chef de cozinha. A maioria dos empresários desse ramo se preocupa em fazer um restaurante bonito, mas sempre monta uma cozinha pequena e simples. E procuram comprar a matéria-prima mais barata. No Kabanas, nosso comprador busca sempre a qualidade, depois o preço. Acredito que o atendimento e a qualidade da matéria-prima e a manutenção desse padrão são os responsáveis pelo sucesso do Kabanas. Casa&Flora – Qual foi o investimento na obra do shopping? Ricardo Siqueira – O investimento total foi de R$ 5 milhões.
Fotos: Estúdio Onzeonze e Edgard César
Casa&Flora – O que o cliente pode esperar desse novo espaço? Ricardo Siqueira – O ambiente mais bonito da cidade, com um padrão de atendimento e qualidade alta de comida e bebida.
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[ E N T R E V I S TA ]
Designer consagrado assina mobiliário do novo Kabanas Representado em Goiânia Entrevista a Ruth Cavalcanti
pela Armazém da Decoração, Aristeu Pires fez questão de estar presente na inauguração do restaurante Kabanas A trajetória de vida do designer Aristeu Pires é impressionante. Até se encontrar na ocupação que hoje exerce, rodou meio mundo como profissional da área de computação. A ausência em casa fez com que perdesse momentos importantes do crescimento das filhas e lhe custou o casamento. Decidido a não repetir a mesma história, Aristeu viu o design de mobiliário como sua salvação. Nascido na Bahia, ele veio para Goiás com os pais e viveu em Anápolis por quase uma década. Anos mais tarde, elegeu Goiânia como seu lar, quando veio cursar Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Goiás (UFG). Mas o destino reservava muito mais ao jovem Aristeu. Ao atingir a maioridade, alistou-se no exército e mais uma vez mudou de cidade, desta vez para Brasília. Na capital brasileira, não quis continuar com o curso de Engenharia e optou por computação. “Estudei na Universidade de Brasília (UnB) e fiz mestrado no Rio Grande do Sul. Eu era apaixonado pelo meu trabalho”, conta Aristeu. Mas só amor não era suficiente. Ele queria mais.
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Casa&Flora – Como o design surgiu na sua vida? Aristeu Pires – Surgiu sem querer, em uma situação de desespero. Eu viajava muito como profissional de computação, cerca de 60 mil quilômetros por ano. Gostava muito do que eu fazia, mas eu tinha três filhas e não conseguia conviver com elas na época. Perdi o crescimento das minhas filhas, meu casamento acabou, tudo por causa da minha ausência e isso é irrecuperável. Comecei a vida de novo, mudei de Brasília para o Rio de Janeiro, mas continuava viajando. Quando comecei a namorar outra pessoa, percebi que tudo ia se repetir se eu não mudasse a situação. Tentei mudar da empresa que eu trabalhava para uma outra do mesmo ramo, achando que talvez isso fosse a solução, mas um amigo me alertou que seria trocar seis por meia dúzia. Pensando na vida, me lembrei da época em que morei em Gramado por conta do mestrado que estava fazendo. Era uma cidade linda, interessante, pequena e organizada. Foi um tempo muito bom aquele e pensei em voltar para lá. Ganharia menos, mas teria muito mais qualidade de vida. Fui visitar um amigo que morava lá e ele me mostrou que não existiam oportunidades para minha área na cidade, então desisti do plano. Como já estava por lá, resolvi sair para comprar móveis para minha casa do Rio de Janeiro, mas não achei nada que gostasse. A maioria eram móveis no estilo country americano, modelos importados de uma cultura que não era a nossa. Chamei um vendedor e expliquei o que queria. Apesar de ele não ter disponível na loja, pediu que eu desenhasse um modelo que ele mandaria fazer para mim. Quando peguei a peça pronta, ele perguntou se poderia incluí-la na linha de produção dele.
Linha Doris Banco 4 lugares
Minha namorada da época me abriu os olhos para aquilo, disse que aquilo era algo que eu poderia fazer profissionalmente, mas eu ri. À noite, no hotel, aquilo ficou martelando na minha cabeça. De certa forma, o desenho do móvel tem a ver com computação no que diz respeito ao processo criativo. Antes eu criava sistemas, hoje crio móvel, algo que nunca ficará obsoleto. Casa&Flora – Qual foi sua fonte de inspiração para criar as primeiras peças? Aristeu Pires – Eu gosto muito do Sérgio Rodrigues. Olha como a vida é engraçada: estudei na UnB e sentava nos móveis dele; ele criou peças para a universidade. Em 1979 comprei uma cadeira dele sem nem conhecê-lo, mas me apaixonei à primeira vista pela peça. Eu já tinha um gosto para determinado estilo. Para criar minhas peças, anos depois, olhei tudo do design nacional, mas para mim são os dinamarqueses os grandes mestres da madeira. Casa&Flora – São mais austeros? Aristeu Pires – Não acho que sejam austeros. Tenho peças de 1940 que são ainda muito contemporâneas, que se eu disser que são lançamentos da última feira de Milão, todo mundo vai achar genial e moderno. As peças dinamarquesas são atemporais.
Linha Beatriz: Poltrona estofada Beatriz 47
Casa&Flora – Você vê diferença do design brasileiro para o design estrangeiro? Aristeu Pires – Sim. Não sei dizer exatamente o que define o mobiliário brasileiro, mas é visualmente perceptível. O Sérgio Rodrigues tem uma identidade própria, o Carlos Motta tem uma identidade própria. Mas eu não sei dizer o que é. Casa&Flora – Carlos Motta disse que o brasileiro é folgado e o design daqui é feito para pessoas mais relaxadas. Você acha que faz sentido? Aristeu Pires – Acho que sim. As peças do Sérgio Rodrigues também mostram muito dessa característica relaxada. Mas é possível encontrar isso também nos dinamarqueses, claro que há peças austeras, mas muitas são descontraídas.
um dos grandes entraves são os insumos também. Não encontro fornecedores de alguns materiais que utilizo, tenho que importar e sai muito caro. Casa&Flora – Como é sua relação com Goiás? Aristeu Pires – Apesar de não morar mais aqui, venho sempre visitar a família. Gosto demais de Goiânia e Anápolis, foram os lugares que passei o fim da minha infância e começo da adolescência. Quando venho para cá, sempre tenho que comer pequi, que foi uma paixão à primeira vista, mesmo eu tendo mordido o caroço e ficado com a boca cheia de espinhos. Também adoro pamonha. Prefiro a doce, mas aquela com linguicinha também é boa.
Casa&Flora – Em termos de tecnologia o Brasil está atrasado na produção de móveis? Aristeu Pires – O país agora que está começando a evoluir, mas muitas tecnologias estão incipientes. Não existe investimento nisso aqui. Há tecnologias que já são dominadas lá fora e que trabalham a própria madeira, mas o Brasil, tão rico nessa matéria-prima e que poderia aprender com o que já estão fazendo no exterior, não tem investimento. De dez anos para cá, o design brasileiro cresceu muito. Casa&Flora – Você acha que o mercado exterior está aberto para o design brasileiro? Aristeu Pires – Sim. A indústria da cópia está muito presente no país, mas não vejo mais muito futuro para ela. Eu mesmo já perdi uma concorrência para uma cópia de um produto meu. Agora já estão começando a perceber a diferença entre cópia e original, principalmente em relação à qualidade. O mercado da cópia não se interessa pela qualidade.
Casa&Flora – Qual é o grande entrave atual para o design brasileiro, além das questões de tecnologia e pirataria? Aristeu Pires – O que falta é só qualidade e investimento. Eu, por exemplo, gostaria de executar alguns projetos com multilaminado, mas eu não consigo porque no Brasil não houve investimento na área. No exterior essa tecnologia já é dominada. Para mim, 48
Designer Aristeu Pires
Casa Cor Goiás 2014
Casa Cor Goiás entre a utilidade e a elegância Tradicional evento de arquitetura e decoração aponta as tendências do mercado em estilos, cores e produtos
Em seu 18º ano, a Casa Cor Goiás trouxe 47 ambientes assinados por 68 profissionais, que mesclam com sabedoria utilidade, conforto e elegância nos projetos apresentados. O público pôde conferir as maiores tendências do mercado em cores, produtos e materiais. Afinal, o evento já se estabeleceu como tradição no universo da arquitetura e design de interiores. Sob o comando das arquitetas Eliane Martins e Sheila de Podestá, em um imóvel residencial de 3,5 mil metros quadrados, no Setor Marista,
ADRIANA MUNDIM E FERNANDO ROCHA GALVÃO
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a mostra apresentou ambientes tradicionais para casas, apartamentos, estúdios e escritórios, e também espaços inéditos. A palavra chave é inspiração para morar bem, num lar que reflita, verdadeiramente, os gostos, hobbies e estilo de vida dos moradores. Nesta edição de Casa&Flora, você pode conferir os maiores destaques do evento, que traduzem bem a filosofia de “morar bem”, com ambientes funcionais, criativos e, principalmente, belos.
ANA MARIA MILLER
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ANA PAULA DE CASTRO E SANDERSON PORTO
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FERNANDA T. ALMEIDA E ERICO NAVES ROSA
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NATALIA VELOSO
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PEDRO ERNESTO GUALBERTO E LEANDRA CASTRO
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CLÁUDIA ZUPPANI
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LUCIANA VEIGA E MIRNA CORRÊA
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NINFA CANEDO E KARLA OLIVEIRA
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THAÍS DE SOUZA PARREIRA
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Casa Cor Goiás 2014 [Home Theater]
Tranquilidade e luxo para um bom filme Aliar conforto ao minimalismo foi o ponto de partida para os arquitetos Adriana Mundim e Fernando Rocha Galvão
Veteranos da Casa Cor, em sua 13ª participação, os profissionais criaram um ambiente sóbrio e tecnológico, numa extensa paleta entre tons verdes e cinzas. O espaço de 58 metros quadrados é divido em duas áreas: uma coberta, outra descoberta. Para a parte fechada, em vez de um único sofá, foram escolhidas várias poltronas individuais em couro fendi e estrutura verde, chamadas Beppi, da Armazém da Decoração. A intenção foi conceder certa priva52
cidade para se estender tranquilamente e assistir a um bom filme. Ainda na área coberta, o revestimento da parede foi feito com painéis laccato verde escuro da Bontempo, ideal por não ter muitas informações visuais: o foco, aqui, é a TV e as caixas de som. Para garantir a acústica perfeita, a dupla desenhou um tapete geométrico, fornecido pela Armazém da Decoração.
A parede oposta à TV foi mantida como era originalmente, e somente foi repintada. “Notamos que a textura grossa seria boa para a acústica e traria um efeito de luz interessante”, explicou Adriana. Por isso, foram utilizadas as luminárias Catellani&Smith, da Light Design, que tratam a luz como escultura. São peças que fazem uso do Led em uma silhueta extremamente discreta, mas com efeito escultural impressionante. “Uma evolução da tecnologia da luz”, complementa a arquiteta. Já na parte aberta, imagens projetadas em um painel fazem conjunto com assentos distribuídos em “U”, desenhados por Carlos Motta. Dessa forma, pode-se assistir à imagem e interagir com os amigos, de maneira diferente da individualidade proporcionada na área mais fechada e intimista. Um toldo negro da Hunter Douglas, fornecido pela Bela Arte, cobre parcialmente o ambiente externo e resguarda o interno. Destaque também para o painel com pedra HitamPalimanam, intercalada com jardim vertical, para criar um ambiente com plantas naturais, a fim de compor com os diversos itens verdes de todo o espaço. O teto, de laje lisa e livre de forro, recebeu tinta Suvinil cor Tubarão Cinza, com luminárias de sobrepor da Light Design.
Projeto: Adriana Mundim e Fernando Rocha Galvão
Arquitetos Rua T-38 n°882 – Sala 11 Setor Bueno – Cep: 74.223-042 Goiânia – Goiás Fone: (62) 3092-8688 / 9105-2635 adriana@mezzo.com.br Fone: (62) 3092-8688 / 9298-9996 fernando@mezzeo.com.br Foto: Elton Rocha
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Casa Cor Goiás 2014 [Studio]
Familiar e, ao mesmo tempo, corporativo Arquiteta Ana Maria Miller aposta em ambiente versátil
Em sua 13ª participação no evento, a arquiteta Ana Maria Miller projetou o Studio, ambiente de aproximadamente 47 metros quadrados, idealizado para famílias que gostam de compartilhar momentos entre si e com amigos. O espaço, projetado para facilitar o dia a dia de quem o utiliza, tem uma proposta viável para casas e apartamentos e pode, também, ser adaptado para espaços corporativos. Contemporâneo com um toque de estilo clássico, o Studio apresenta mobiliário elegante, com destaque para as cadeiras, revestidas em crochê, e para o sofá, um lançamento no país. A bancada gourmet, em mármore travertino, chama a atenção pelo trabalho luminotécnico executado na peça. 54
O tapete em estampa Missoni dá ao ambiente um toque de charme e personalidade. Ana Maria Miller é arquiteta graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e proprietária da Mahanaim Arquitetura. A profissional possui obras executadas em áreas comerciais e residenciais. Além de ter ampla experiência em execução de obras arquitetônicas e de interiores em condomínios horizontais e verticais, residenciais e corporativos. Participa da Casa Cor Goiás desde 2002. Em 2014, conta com o apoio de: Arraial Brasil, Art de Vie Jardins, Bela Arte, Interpam Iluminação; Moldura Minuto; Silvia Heringer Decorações; Ventura Interiores e Versato.
Projeto: Ana Maria Miller
Arquitetura e Interiores Rua 120 esq. 121 Qd. F-41 Lt. 17 Setor Sul – Goiânia – Goiás Fone: (62) 3945-7460 / 8181-0536 mahanaim.arquitetura@gmail.com Fotos: Jafé Torres Jr.
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Casa Cor Goiás 2014 [Estúdio]
Mistura elegante de materiais Dupla de arquitetos Ana Paula de Castro e Sanderson Porto aposta em harmonia de texturas diferentes
Aconchego e sofisticação são os conceitos chaves do estúdio criado pela dupla de arquitetos e designers de interiores Ana Paula de Castro e Sanderson Porto. No mercado há cerca de 20 anos, o duo apostou em uma cartela de cores clean e mistura de materiais para aquecer o ambiente de 55 metros quadrados. A aplicação de feltro nas paredes é um dos destaques do espaço, que contou também com aplicação de madeira para criar um forro entre as 56
vigas aparentes no teto – numa mescla de rústico e contemporâneo. No piso, o bambu complementa a sensação de simplicidade elegante, dosada com os tapetes. Entre os móveis, a estante projetada especialmente para o espaço, pela Dell Anno Goiânia, chama bastante a atenção. As prateleiras iluminadas em tons neutros dão um diferencial. O jogo de sombra e luz proporciona requinte com o efeito fosco da laca e o ar aveludado da madeira.
Nos detalhes, mais madeira nos objetos de decoração. Diferentes espécies de plantas colaboram, também, para criar o clima natural. O toque verde foi escolhido criteriosamente em parceria com a paisagista Fernanda Simão que selecionou vasos e floreiras de Jasmim Manga, Espadas de São Jorge, Rosas do Deserto, além de cactos e suculentas. Para complementar o ambiente, a dupla levou móveis da Armazém da Decoração e objetos exclusivos fornecidos pela loja Casa Mix (Bossa). Pendentes Sombrero da marca portuguesa Mood foram fornecidos pela loja Interpam para a iluminação central, em que se encontra a mesa Fina Etel em madeira freijó, que prima pela horizontalidade e acompanha o clássico sofá em couro claro Chesterfield capitonado. Outros destaques do ambiente são as poltronas Butterfly inox e couro, peças atemporais e que foram criadas em 1938 por Bonet, Kurchan e Ferrari-Hardoy. As cadeiras da Coleção 22 em couro tipo 3 da Etel complementam a mistura de texturas e materiais. O estúdio contou ainda com peças de designers renomados como Yoshitomo Nara, RajivSaini, Alessandro Zambelli, entre outros.
Projeto: Ana Paula de Castro e Sanderson Porto
Arquitetura e Interiores www.anapaulaescanderson.com.br Rua 1135 n° 332 Qd. 243 Lt. 06 St. Marista – Goiânia - Goiás Fone:(62) 3095-7667 I 9219-4455 Fotos: Elton Rocha
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Casa Cor Goiás 2014 [Living]
Moda como inspiração Tendências do universo fashion são o mote da arquiteta Cláudia Zuppani Ao navegar em sites de moda, a arquiteta Cláudia Zuppani teve o insight para criar o Living da Casa Cor. Uma foto de um manequim vestindo uma saia preta, uma blusa azul e um casaco nos tons preto, branco e cinza, numa estampa pied de poule, foi o pontapé inicial para desenvolver o projeto de criação. O conjunto harmônico das peças representa bem a tendência de outono e inverno deste ano no mundo fashion. E a profissional se apropriou dos contrastes e misturas para criar um ambiente atual e sofisticado. A iluminação foi a responsável pela cena do Living, criado em parceria com a especialista em Luminotécnica, Ana Paula Morais. Pontos de luz estrategicamente posicionados destacam ainda mais os objetos de decoração e os móveis. A intenção foi proporcionar uma atmosfera intimista, luxuosa e aconchegante. Na cartela de cores, tons de cinza dão o toque contemporâneo e leve. A feminilidade do espaço é latente, vista em toques de cor e nas flores rosa-choque posicionadas no centro. “O luxo é design, arte e cultura. O ambiente foi criado para a pessoa que acredita nessa tríade”, ressalta Cláudia Zuppani. Entre os materiais, destaque para o piso de porcelanato Portobello, com aparência de concreto, com rodapé em mármore branco. O teto, também em cinza, complementa o ambiente na cartela de cor predominante. O toque fashion explícito ficou a cargo do papel de parede em pied de poule.
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Projeto: Cláudia Zuppani
Arquitetura e Interiores claudia@zuppani.com.br www.claudiazuppani.com.br Rua T-30 n° 2319, Setor Bueno – Goiânia-Goiás Fone: (62) 3945-2429 I 9677-4010 Fotos: Paulo Rezende
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Casa Cor Goiás 2014 [Quarto Casal 01 ]
Rústico Chique Inspiração dos ambientes externos aparece nos materiais utilizados no projeto assinado por Fernanda Toleto e Érico Naves
Os arquitetos Fernanda Toledo de Almeida e Erico Naves Rosa estão presentes na mostra pela terceira vez e, nesta edição são os responsáveis pelo Quarto do Casal 01. Numa área de 30 metros quadrados, a concepção do espaço foi embasada nas pessoas amantes da natureza. Por isso, a dupla buscou inspirações em ambientes externos, que levam cores e texturas leves e naturais.
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Para acalmar os sentidos e relaxar, foi colocado um painel iluminado que simula espaço externo, ao trazer a vista da natureza para dentro do quarto: um dos destaques é a janela que mostra uma imagem do Morro da Baleia, da fotógrafa Laura Serradourada. A foto foi emoldurada em uma caixa de peroba de demolição clareada, com esquadria em metal corten e vidro martelado, que dão um efeito turvo à vista externa.
O ar cenográfico do ambiente fica por conta da iluminação, que reflete luz pontual, valorizando os revestimentos. O piso de mini-seixos foi parcialmente encoberto por um tapete turco de patchwork, detalhe que dá um toque rústico e de personalidade. Para completar a atmosfera de rusticidade e natureza, as paredes de tijolos maciços de cor branca, sem reboco, ganhou aspecto descascado na pintura. Na mesma concepção, o teto recebeu chapisco de reboco. A intenção foi criar uma personalidade forte e marcante ao ambiente. Quanto ao mobiliário, a dupla apostou em peças de linhas modernistas misturadas com móveis antigos, de épocas variadas. A colcha rústica e branca chama a atenção e deixa a cama mais aconchegante.
Projeto: Fernanda T. Almeida e Erico Naves Rosa
Arquitetos e Urbanista fernanda@navestoledo.com I erico@navestoledo.com Rua 101 n° 387 Loja 03 – Ed. Columbia Goiânia – Goiás Fone: (62) 3088-2540 I 9941-9977 I 8478-0130 Fotos: Elton Rocha
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Casa Cor Goiás 2014 [Home Office]
Trabalho em casa Idealizado pelas arquitetas Luciana Veiga e Mirna Corrêa, o espaço mistura lar e escritório, para uma necessidade cada vez mais usual
As arquitetas Luciana Veiga e Mirna Corrêa projetaram o Home Office da mostra neste ano. O espaço de 33 metros quadrados foi idealizado para atender a um casal jovem. A inspiração foi a mistura do lar com ambiente de trabalho, fato que está cada vez mais comum. As profissionais acreditam que os mais variados meios de comuni62
cação acabam provocando essa integração. Afinal, com smartphones e fácil acesso à internet, fica-se o tempo inteiro conectado. Por isso, a aposta foi num espaço que propicie se dedicar ao trabalho, estudo, apresentação de projeto, leitura, mas, também, descanso e contemplação.
Com cores sóbrias, linhas retas e muita personalidade, a decoração se baseia na fusão de elementos clássicos com o minimalismo contemporâneo. A mescla de tons neutros, como o preto e o branco, em variações monocromáticas e toques metálicos, confere uma linguagem moderna e dinâmica. O cinza, aqui, é utilizado como elemento de transição entre o espaço de estudo e de descanso. No espaço, estantes e prateleiras foram transformadas em superfícies retas e modernas, onde o menos é mais. Tecnológico e sustentável, o Home Office apresenta inovações que estão presentes desde as soluções arquitetônicas às peças decorativas, passando pelo layout e materiais escolhidos.
No primeiro momento, o ambiente se apresenta em forma de um pórtico preto com nichos embutidos iluminados que denomina o espaço de estudos. A mesa do escritório se destaca sob a iluminação de pendentes industriais pantográficos da mesma cor. O televisor é embutido no painel iluminado de vidro temperado e emoldurado por cortinas de ângulos estruturados. O móvel de linhas retas em laca brilhante ancora o home. Esses elementos conferem um toque ainda mais contemporâneo e sóbrio. Destaque para a mobília clássica com um porém surpreendente: o material inusitado das poltronas Luís XV, produzidas em fibra. O tapete preto e branco descansa sobre o brilho do porcelanato tipo aço escovado e unifica todo o comprimento do espaço.
Projeto: Luciana Veiga e Mirna Corrêa
Arquitetura e Interiores luveigaarq@hotmail.com arqmirnacorrea@gmail.com Av. 136 n° 515 – Setor Marista Fone: (62) 8269-7808 I 8133-5011 Fotos: Claudio Cologni
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Casa Cor Goiás 2014 [Studio do Avidador]
Prático, funcional e com personalidade Arquiteta Natalia Veloso utiliza marcenaria multiuso para ambiente descontraído A arquiteta Natalia Veloso aceitou o desafio de criar, em apenas 45 metros quadrados, um loft completo. Cada vez mais comuns nas grandes cidades, os estúdios refletem a personalidade de quem procura um estilo de vida mais descontraído e prático. Com base nesses preceitos, a arquiteta com Master em Interior Design no Instituto Politécnico de Milão e com duas especializações no Istituto Europeo di Design, também em Milão, desenvolveu um projeto bem resolvido para o Studio do Aviador, com foco na arquitetura funcional, sem deixar de lado o charme e a atmosfera aconchegante. A intenção foi criar um espaço prático e com móveis de marcenaria multiuso, projetados por Natalia e executados sob medida para a mostra. O ambiente conta com um hall/galeria, onde estão expostos quadros e objetos de colecionadores. A junção do mobiliário com peças de coleção deu personalidade ao ambiente. “É importante sugerir as peças adequadas de mobiliário e decoração, mas também saber mesclá-las ao acervo pessoal de cada cliente”, explica a arquiteta. Nova York com seus inúmeros lofts foi outro ponto de partida para o projeto. O ambiente ganhou parede de tijolinhos aparentes, da Palimanan Pedras - e piso de madeira. O banho é todo revestido de cerâmica da Colormix, que lembra os ladrilhos hidráulicos muito utilizados no início da século 20. 64
Para separar elegantemente os ambientes, mas permitir a integração visual entre os espaços, a divisória Parametre foi um dos destaques. O mobiliário foi composto por peças contemporâneas, como as poltronas de palhinha e o banco do designer Jader Almeida, e as cadeiras da marca suíça Vitra.
Projeto: Natalia Veloso
Arquitetura natalia@nataliaveloso.com.br www.nataliaveloso.com.br Rua 17 n° 39 – Setor Oeste, Goiânia- Goiás Fone: (62) 3251-8989 I 8104-9119 Fotos: Edgard Cesar
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Casa Cor Goiás 2014 [ Va r a n d a d o A r t i s t a ]
Canto do Refúgio Espaço da arquiteta Ninfa Canedo e da designer de interiores Karla Oliveira funciona para relaxar, ouvir música, ler e contemplar
Para conceber o projeto da Varanda do Artista, a dupla formada pela arquiteta Ninfa Canedo e a designer de interiores Karla Oliveira se inspirou na cantora goiana Maria Eugênia. A voz doce, o jeito tranquilo e a profunda ligação da cantora com Goiás serviram de ponto inicial para desenvolver o ambiente. Numa área de 50 metros quadrados, o espaço funciona como uma espécie de refúgio ante a agitação da cidade grande, um lugar para relaxar, ouvir 66
música, estudar e se preparar para as apresentações. Para criar esse clima acolhedor e inspirador, as profissionais utilizaram na paleta de cores apenas o branco e o azul. O objetivo foi conceder tranquilidade e um clima propício para o descanso da mente. Para complementar essa atmosfera, o espaço ganhou uma fragrância especialmente produzida para a Casa Cor, que remete à natureza.
A varanda tem duas áreas distintas: uma parte coberta por uma pérgola forrada por um aconchegante dossel de linho; e uma área descoberta. A parte coberta é amparada por dois painéis, sendo um inspirado na azulejaria portuguesa, remetendo a forte ligação da cantora com Portugal, e outro com elementos vazados e iluminados. Já na área descoberta, em meio a um jardim de vasos, uma majestosa poltrona de fibra do designer Philipe Starck chama a atenção. Todo o material utilizado - do piso de pedrisco à forração de linho da pérgula - expressou a natureza. A iluminação de foco valorizou cada detalhe, e algumas luminárias decorativas acrescentaram o clima aconchegante ao ambiente.
Projeto: Ninfa Canedo e Karla Oliveira
Arquiteta e Designer de Interiores canedoninfa@gmail.com I karlacristined@gmail.com Rua 1137 n° 108 Sl. 307 Ed. Personalité Business Setor Marista Fone:(62) 8111-2829 I (62) 8111-9556 I 3432-7874 Fotos: Amaury Zoccoli
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Casa Cor Goiás 2014 [Lounge EBM]
Respiro verde que impressiona Pedro Ernesto Gualberto e Leandra Castro destacam linhas contemporâneas e cores neutras para espaço corporativo
Há mais de 15 anos participando do evento, o arquiteto e urbanista Pedro Ernesto Gualberto e a designer de interiores Leandra Castro foram os responsáveis pelo projeto do Lounge EBM. Em cerca de 160 metros quadrados, foi criado um ambiente corporativo sofisticado e, ao mesmo tempo, com uma atmosfera aconchegante.
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A composição feita entre o pé direito duplo, o vidro e luminárias lançadas na última Feira de Milão criaram um espaço moderno, que está dividido em três funções: estar, área de atendimento (que tem como destaque uma maquete do empreendimento da EBM) e área gourmet.
O mobiliário segue a linha contemporânea, com predomínio de tons neutros. A área gourmet recebeu bancadas de silestone Dekton, enquanto os banheiros apresentam mármore na bancada, piso e rodapé. Um grandioso jardim vertical arremata o projeto, dando um respiro verde ao ambiente e quebrando a paleta de cores neutras.
Projeto: Pedro Ernesto Gualberto e Leandra Castro
Arquiteto e Urbanista e designer de interiores pedroernesto@terra.com.br leandragualberto@terra.com.br Rua 1.139 esq.c/ Al. Ricardo Paranhos, n° 30 1° Andar St. Marista, Goiânia - GO Fone:(62) 3281-1571 I 9972-4612 I 8150-0472 Fotos: Elton Rocha
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Casa Cor Goiás 2014 [Quarto da menina]
Doçura e Modernidade Arquiteta Thaís de Souza Parreira cria espaço romântico, com mistura de peças antigas e modernas
Arquiteta e especialista em design de interiores, Thaís de Souza Parreira participa pela segunda vez da mostra. Neste ano, ela assinou o Quarto da Menina, num espaço que mistura doçura e modernidade. Em 25 metros quadrados, o ambiente reflete a imagem de uma garota jovem, romântica, que curte viajar e misturar estilos e tendências.
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As diferentes estampas e cores deram um tom contemporâneo ao quarto, expresso nas paredes, mobiliários e objetos de decoração. A bancada de estudo serve, ao mesmo tempo, como penteadeira. Combinada com a cadeira Comback, assinada por Patricia Urquiola, a peça retrô ganhou um toque moderno.
A iluminação também ganhou papel importante: luminárias com design vintage foram posicionadas estrategicamente para criar um jogo de luz e um clima de conforto. O papel de parede e as molduras utilizadas seguem o estilo clássico europeu. Outros destaques são a cama de ferro retorcido, o painel em tons de azul turquesa e as cortinas com sobreposição de tecidos, quebrando a predominância dos tons pastel no quarto.
Projeto: Thaís de Souza Parreira
Arquitetura e Interiores tparquitetura@yahoo.com.br Rua 10 n° 112- Jardim Santo Antonio, Goiânia - GO Fone:(62) 3282-8040 I 9203-4213 Fotos: Elton Rocha
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[ A r t e s ]
Artista, arquiteto e professor Goiânia tem a sorte de ter entre seus habitantes um artista que encanta com seus traços: Tai Hsuan-An
Nascido no Sudeste da China, Tai sempre trabalhou seu lado artístico e colecionou prêmios. Ao vir para o Brasil, acrescentou a influência da cultura local em suas produções artísticas
Tai Hsuan-An nasceu em uma pequena cidade do Sudeste da China em 1950 e desde criança tem um contato forte com a arte, a começar por seus pais: ambos artistas. A mãe adorava tocar violão e violino; o pai era fotógrafo, desenhista, pintor, designer, multi-instrumentista e cantor da ópera de Pequim. Por conta dessa influência, o pequeno Tai cresceu em um ambiente que respirava arte. Aos sete anos de idade, foi matriculado em uma escola que incentivava a criatividade de seus alunos e logo foi convidado a participar de um grupo de estudantes chamado “Pequenos Pintores”. E foi neste ambiente escolar que Tai aprendeu a usar diversas técnicas: desenho com carvão, grafite, crayon, aquarela. “Eu fazia desenhos com euforia, me delirava ao apreciar pinturas”, conta o artista, lembrando de uma época tão importante de sua formação.
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Pássaros típicos da fauna brasileira frequentemente são retratados pelo artista, bem como árvores e flores da região
Por conta dessa escola, Tai sempre participava – e ganhava – concursos de pintura. “Na minha infância muito feliz, eu podia desenhar e pintar à vontade, resultando em centenas de obras que foram objetos de disputa dos professores e orgulho de meus pais.” As palavras confiantes em nada soam prepotentes, talvez pela personalidade tranquila, simples e simpática do atual professor dos cursos de Arquitetura e Design da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Mas para ocupar este cargo, Tai teve que suar muito, principalmente depois de imigrar para o Brasil com seus pais, aos 15 anos de idade.
Novo lar “Em agosto de 1965, cheguei ao Brasil e fiquei dois anos vivendo em fazendas, primeiro em Iguape (SP), depois em Rolândia (PR). Durante esse tempo, frequentei escolas primárias para aprender a língua brasileira, mas nunca deixei de desenhar e pintar”, relata. “No início da década de 1970, precisei trabalhar, junto com minha irmã, numa floricultura de um conterrâneo para ajudar a família e pagar o aluguel da casa onde morávamos. Foi um tempo muito duro, porque precisava trabalhar de dia e estudar à noite”.
O traço leve e delicado e as cores suaves da aquarela de Tai mostram que suas origens chinesas continam presentes nos trabalhos mais atuais
Mesmo com o trabalho pesado, principalmente nos fins de semana, Tai conseguia um tempinho para se dedicar a pintura e logo descobriu a Feira Hippie da Praça da República, na capital paulista. Lá, diversos artistas disputavam a atenção dos possíveis clientes que visitavam o local e tentavam vender alguma obra. Um dia, Tai resolveu tentar a sorte na Feira, inventou uma desculpa para não ir à floricultura e, com a bênção de sua mãe, foi cedo para o centro da maior capital da América do Sul. O destino já estava traçado para o chinês: vendeu todas as obras no primeiro dia. Boa parte das pinturas era de cavalos, feitos com pinceladas rápidas de nanquim, em técnica tradicional chinesa. Aliás, a saudade de seu país natal o fazia querer aprender mais e mais sobre sua cultura de origem, o que lhe rendeu bons frutos. Não demorou muito para Tai pedir demissão da floricultura e se dedicar às pinturas e à Feira.
O destino já estava escrito para Tai: em sua primeira vez como artista na Feira Hippie de São Paulo, conseguiu vender todas as obras
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Diploma Bem educado e com pais esclarecidos, já era esperado que o jovem artista teria o desejo de ingressar em uma faculdade – e a escolha foi audaciosa: entrou logo no curso de arquitetura da Universidade de São Paulo (USP). “Escolhi a arquitetura por ser a área mais relacionada ao desenho e às atividades criativas. E foi lá que encontrei muita arte, artistas e pessoas muito criativas”, relembra. “Foi a faculdade de arquitetura que me deu muita inspiração e contato com a arte moderna, artes gráficas e design. Eu, mergulhado em pesquisas na biblioteca da FAU, me tornei um estudioso de design, especialmente de processo criativo e Biônica”. Apesar do lado acadêmico, Tai faz questão de ressaltar que nunca esqueceu o lado artístico: “Ao mesmo tempo, eu fazia pinturas chinesas tradicionais e desenhos modernos. Participei de muitas exposições coletivas, uma delas no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Isso para mim foi uma grande conquista”.
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Terras goianas E com tudo isso no currículo, pode-se perguntar: mas como ele veio parar em Goiânia? A resposta não poderia ser mais simples: amor. Quando Lee Chen Chen, referência na área de Biofísica e então namorada de Tai, foi convidada para trabalhar no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), ela chamou o amado para conhecer Goiânia. Ele veio e gostou. No mesmo ano, casaram-se e nunca mais voltaram. Recém-chegado ao Planalto Central, o artista logo conseguiu um emprego no escritório de arquitetura de Silas Varizo, primeiro passo para seu sucesso profissional. Foi Silas que encaminhou a nova cliente Sáida Cunha para o novo funcionário, que a atendeu muito bem. Mal sabia Tai que o acaso já estava trabalhando a seu favor. Um tempo depois, tentando conseguir uma exposição em uma galeira importante de Goiânia (que o recusou porque seu “currículo não era de peso”), conheceu Cleber Gouveia, que lhe foi solidário e decidiu ajudar o artista. Conversa vai, conversa vem, Cleber perguntou se Tai teria interesse em dar aula, porque havia uma vaga para a disciplina de desenho do curso de arquitetura da então Universidade Católica de Goiás. Com a resposta afirmativa, o novo amigo disse que ele deveria procurar uma tal de professora Sáida Cunha. Mas veja só! Que coincidência! Logo a primeira cliente goiana de Tai, que ficou tão satisfeita com o trabalho.
“Assim me tornei professor, extremamente ligado ao desenho, às atividades criativas e ao design. Em 1999, fui um dos responsáveis pela criação do Curso de Design no Departamento de Artes e Arquitetura”, comenta. A partir de então, foi só alegria. Vieram exposições, elogios do público e da crítica, contatos com outros artistas goianos, como DJ Oliveira e Ana Maria Pacheco.
Hoje em dia, Tai continua conciliando o lado professor e artístico a todo vapor. “(Na arte) minha maior preocupação é expressar minha natureza, o encontro dos elementos culturais da China e do Ocidente. Como professor, preocupo-me em gerar estímulos aos alunos para criarem e construírem formas por meio de um processo criativo, que exige deles conhecimento, emoção, curiosidade, ousadia e principalmente uma integração interativa entre o pensar e o fazer”. E finaliza: “Para isso, eles devem se aproximar das artes, das mais expressivas e criativas, para desenvolverem a percepção e a sensibilidade estética.”
Como professor da PUC/GO, Tai se preocupa em gerar estímulos criativos aos alunos para que produzam melhor 77
[ Í C O N E
D O
D E S I G N ]
Esculturas mobiliárias Reaproveitando galhos, troncos e raízes que não teriam utilidade ou valor comercial, Hugo França faz verdadeiras obras de arte e conquista tanto o público brasileiro quanto o internacional
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A paixão pela natureza sempre moveu Hugo França, um dos designers brasileiros mais cultuados no país e no exterior. O gaúcho que nasceu em Porto Alegre, formou-se em engenharia de produção e se mudou para Trancoso, na Bahia, no início da década de 1980 para ficar mais próximo de plantas, pássaros, sol e mar. Mal sabia ele que a vida pacata lhe reservava uma surpresa, conduzindo-o por um caminho profissional nunca antes imaginado e o presenteando com muito sucesso. Hoje é pos-
sível encontrar peças do designer de mobiliário em coleções particulares, leilões do mundo afora e em acervos permanentes de museus como o da Casa Brasileira (São Paulo), Centro Cultural Correios, Museu do Açude (ambos no Rio de Janeiro) e Inhotim (Minas Gerais). Neste último, concentra-se um dos maiores conjuntos de obras de arte expostas a céu aberto do mundo, e reúne atualmente cerca de 100 peças de Hugo.
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Tanta aclamação tem motivo. Trabalhando exclusivamente com resíduos florestais e urbanos, com árvores condenadas naturalmente, por ação das intempéries ou do homem, as peças nascem de uma relação única do designer com a matéria-prima. Tudo se resume a aquele pedaço de madeira e nada mais. Em suas mãos cuidadosas, os móveis vão tomando forma de árvore e a árvore vai tomando forma de móvel. Impossível separar um do outro. Sua intenção é justamente levar a árvore de volta ao convívio humano de maneira harmoniosa. Adepto do respeito à natureza, Hugo usa principalmente a madeira do Pequi, tão comum no Cerrado goiano, mas em extinção no âmbito nacional. Sempre trabalhando com material descartado, o designer cria peças únicas com troncos, galhos e raízes que não teriam utilidade ou valor comercial, não fosse seu olhar apurado e intervenção precisa. O resultado é um design orgânico e surpreendente, que preserva as formas e as características naturais da madeira. Esta forma de artesanato, Hugo aprendeu observando os índios pataxós da Bahia na fabricação de seus próprios instrumentos. A comunidade local sempre foi uma grande incentivadora de seu trabalho. Essas influências simples, mas tão ricas culturalmente, transbordam nas curvas do mobiliário de Hugo. Impossível não reconhecer sua assinatura.
A intenção do trabalho artesanal de Hugo França é justamente levar a árvore de volta ao convívio humano de maneira harmoniosa 80
Namoradeira Batinga
Chaise Longue Tuwalole
R E Q U IN T E N O S E U L A R
“Os móveis de Hugo França são simples e expõem com clareza seus propósitos. Sua poética é forte, dramática e sensual. O designer imprime na forma algo de sensualidade, certas características de carne, vida, no que antes era matéria morta, esqueleto vegetal”, sintetiza Fabio Magalhães, curador e autor do livro sobre Hugo França, em Inhotim. A personalidade das peças é clara: parece que elas nasceram daquele jeito, como se um galho de uma árvore tivesse a forma exata de um banco aconchegante, sem precisar de intervenção humana alguma. Hugo França lembra o Menino do Dedo Verde: ao invés de matar uma árvore para fazer uma peça, ele encosta o dedo na madeira morta e a ressuscita, dá vida novamente para o que já estava fadado à decomposição.
As obras do designer parecem não ter tido interferência humana, como se tivessem nascido assim na natureza, confortáveis e prontas para uso
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Chaise Amartirí
As formas, buracos, rachaduras, marcas de queimada e da ação do tempo presentes na madeira são o que provocam a sensibilidade do designer
Em um momento em que alguns dos assuntos mais debatidos são sustentabilidade, preservação e reaproveitamento, Hugo França foi pioneiro, começando intuitivamente a prática do ecodesign e introduzindo a sustentabilidade na marcenaria e na decoração, quando o termo ainda nem estava em uso, há 15 anos. Para o designer-artista, a madeira é a sua inspiração: suas formas, buracos, rachaduras, marcas de queimada e da ação do tempo provocam sua sensibilidade e o conduzem a um desenho cuidadosamente escolhido, uma intervenção mínima que gera peças únicas.
O gaúcho Hugo França abandonou a engenharia e se radicou no litoral baiano para ficar mais próximo à natureza, que agora é sua principal matéria-prima 83
[ T E C N O LO G I A ]
Estudos futuristas Duas pesquisas tecnológicas em andamento chamam a atenção: uma baseada na economia e geração de energia; outra, no embelezamento de edifícios
Se todos tivermos sorte, viveremos tempo suficiente para usufruirmos das maravilhas de duas pesquisas tecnológicas interessantes que estão em andamento. Uma delas, tocada pelos cientistas da Bayer MaterialScience, grupo de estudos da Bayer especializado em polímeros e sistemas de alta tecnologia, permite a mudança instantânea da cor de edifícios. Isso significa a possibilidade de alterar a cor de uma casa sem precisar comprar tintas, embalar os móveis e fazer sujeita. É a tecnologia garantindo mais praticidade e diversão para arquitetos e designers de todo o mundo.
De acordo com os cientistas responsáveis, isto será possível em um futuro próximo graças à eletroquímica, área que aborda a transformação de energia química em energia elétrica e vice-versa. Com os materiais eletrocrômicos, que mudam de cor em função da tensão elétrica, a companhia está trabalhando para chegar a soluções específicas. A ideia é produzir eletrodos transparentes e moldáveis com os polímeros de alta tecnologia, tornando-os principais componentes de revestimentos eletrocrômicos.
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Asfalto do futuro E depois de sair da sua casa com cores novas sem a dor de cabeça de uma reforma, que tal pegar uma estrada que, além de gerar energia, possui LEDs que criam sinalização e avisam o motorista de qualquer alteração na pista? Este é o projeto Solar Roadways, tocado pelo casal Julie e Scott Brusaw, nos Estados Unidos. Com verba arrecadada através de um site de financiamento coletivo (o objetivo era arrecadar US$ 1 milhão; conseguiram ultrapassar US$ 2,2 milhões), o casal estuda painéis rodoviários solares que podem ser instalados em estradas, estacionamentos, calçadas, ciclovias, parques infantis ou em qualquer superfície onde incida luz solar. No vídeo de divulgação do projeto, Julie conta que conheceu Scott quando ambos eram crianças. “De lá para cá, muita coisa mudou no mundo, menos o asfalto”.
Feitos com material reciclável, esses painéis são fotovoltáicos, ou seja, geram energia a partir da luz solar no próprio meio urbano. São fabricados em vidro, mas não são frágeis, muito pelo contrário. O casal responsável já fez vários testes e comprovou que os painéis são resistentes e suportam o peso de veículos pesados. Como geram energia, também são capazes de esquentar e derreter a neve em países de inverno intenso, o que facilitaria o tráfego em dias de nevasca. LEDs instalados no interior seriam capazes de criar uma sinalização e avisar o motorista quando um animal atravessa a pista, por exemplo. Economia e geração de energia, além de segurança no trânsito: muitos benefícios contidos em um só painel.
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(62) 3251-0791 Av. T-2 N. 2.708 – Setor Bueno Cep: 74215-010 Goiânia - GO
Modelo: Regis Santos Produção: Leandro Britto Fotografa: Eliane de Castro Traje: PREMIER Locações de trajes Masculinos
[ PA I S AG I S M O ]
Jardins do bem Um bom projeto de paisagismo, além de prezar pela estética, descansa a mente e melhora a qualidade de vida
Do que adianta planejar os mínimos detalhes da sua nova casa ou empresa e finalizar a área externa apenas com rolos de grama esmeralda? Os jardins são tão importantes em um projeto quanto os aspectos arquitetônicos e decorativos. É na área verde que se descansa a mente, que se recebem os amigos em um domingo de sol, onde as crianças pulam e brincam e para onde se olha quando se busca uma bela paisagem. Engana-se quem pensa que paisagismo se resume apenas a jardinagem. É competência do paisagista trabalhar toda a área externa de uma residência, desde o detalhamento de muros, piscinas, paginação, iluminação, mobiliário, quiosques, pergolados e, claro, a vegetação.
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“O paisagista tem que ter um amplo conhecimento sobre as espécies vegetais e suas adequações dentro das regiões utilizadas. Deve conhecer sobre estilos de arquitetura e design para adequar o jardim”, explica a profissional da área Fabiana Bellini. Para ela, não existe moda em paisagismo; o que existe é um ciclo natural de utilização de plantas conforme a produção em campo. Ou seja, além de todos os detalhes que preocupam o paisagista, ele ainda deve estar atento às espécies da estação.
Plantas que agradam Uma planta que vem fazendo sucesso e tem ganhado mais admiradores a cada dia é a trepadeira Jade (Strongylodon macrobotrys). “É uma espécie lindíssima, natural de florestas filipinas, que floresce de uma a duas vezes ao ano, dando um espetáculo em floração exótica. Ela tem um crescimento rápido e como as folhas são largas, dão pouco trabalho na limpeza. Mas por ser trepadeira, usamos apenas quando tem pergolado”, diz Fabiana. Por ser nativa de zona tropical, a Jade floresce logo que entra a primavera.
Flores cor-de-rosa alegram o ambiente e dão mais vida para o jardim vertical
Além da vegetação, também é trabalho do paisagista pensar a iluminação do jardim, que ajuda a compor o ambiente 89
Trepadeira Jade, natural das filipinas, em tons variados
Além do sucesso dessa trepadeira, outras espécies são vistas em jardins com mais frequência do que outras, como é o caso da palmeira-fênix, agave, bambu-mossô, papiro e lança de São Jorge. Seja em projetos residenciais ou comerciais, essas plantas estão sempre dando o ar da graça, e o motivo é a facilidade de manutenção. São espécies que se adaptam bem ao frio e que não precisam de muita incidência solar. Apesar do sucesso de aceitação de determinadas plantas, Fabiana garante que o que mais conta na hora de elaborar um projeto é o gosto do cliente.
Benefícios mil Geralmente é o que mais motiva clientes a procurar um profissional de paisagismo é o quesito estética. Todos querem um belo jardim, mas os benefícios de uma área externa bem projetada vão muito além da beleza. Fabiana explica: “Sabemos que o convívio com as plantas proporciona sensação de prazer, diminui o estresse e melhora a qualidade do ar e da vida de forma geral. Além disso, as plantas também deixam os ambientes mais harmoniosos”.
Convivendo com tantas espécies diferentes de vegetação, é difícil eleger uma preferida, mas a paisagista não pensa duas vezes antes de dar sua resposta. “Sempre que me perguntam sobre a minha planta predileta respondo sem pestanejar: sou apaixonada por orquídeas. Além de ser a espécie mais evoluída da natureza, pois buscam todos os seus nutrientes no ar, gosto da surpresa que elas nos trazem a cada floração. Um espetáculo”.
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[ V I AG E M
I N E S Q U E C Í V E L ]
Coração dividido Duas cidades milenares disputam a preferência da empresária e viajante Leila Moura: Roma e Istambul
Segunda casa Como a capital italiana está frequentemente na agenda da empresária, Leila já tem uma turma de amigos na cidade, formada principalmente por pessoas que também trabalham com a extração de mármore. Assim, apesar de a viagem não ser a lazer, há sempre uma recompensa no fim de um dia de trabalho árduo. “Gosto de sair para jantar e sempre nos encontramos para comer e tomar vinho, cada vez em um lugar bem bacana.” Outro lugar que a empresária faz questão de revisitar todas as vezes que vai a Roma é a Fontana di Trevi, a maior e mais famosa fonte barroca da cidade. O lugar onde a atriz Anita Ekberg se banhou no filme La Dolce Vita (Federico Fellini, 1960) é o preferido de Leila: “Vou toda vez e faço questão de jogar uma moedinha e fazer um pedido”, diz rindo de si mesma.
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Escolher uma viagem inesquecível não é tarefa fácil para a empresária Leila Moura. Ela, que trabalha com importações de mármore, precisa viajar para o exterior a cada dois meses e, por isso, conhece meio mundo. Leila já passou por várias cidades da Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Turquia, Estados Unidos e principalmente Itália, país referência na extração da rocha. Inclusive, no momento desta entrevista, a empresária havia acabado de chegar de mais uma visita à terra da pizza. O prato típico romano, contudo, não é o preferido de Leila, que gosta de peixes e vegetais. “Sempre que vou a Roma não deixo de ir ao restaurante Sibilla, em Tivoli (região metropolitana da capital), que é o segundo mais antigo do mundo, existe desde 1720. A sensação é mágica, a decoração é muito bonita e há várias placas falando das pessoas importantes que já passaram por lá.”
A melhor parte de voltar várias vezes ao mesmo destino é, além de conhecer a cidade mais profundamente, revisitar os lugares que mais marcaram o passeio. A Capela Sistina está entre as preferências romanas da empresária, assim como a Basílica de São Pedro. Logo se vê que Leila é bastante religiosa. “Roma tem uma energia histórica, de antepassados. É incrível andar por ali e imaginar que aquilo tudo foi feito há milhares de anos.”
Banho, cheiros e lenço no cabelo Apesar do amor pela cidade italiana, o coração de Leila guarda um espaço generoso para outra capital de cultura milenar: Istambul. A antiga Constantinopla já foi dominada pelo Império Romano, mas tem características bastante peculiares e é bem distinta de Roma. Enquanto esta transborda riqueza e suntuosidade, Istambul consegue conservar uma simplicidade mesmo com a exuberância das joias da região. Inclusive, é o Grand Bazaar, local de grande concentração de joalherias e objetos turcos, a primeira sugestão que Leila dá para quem vai conhecer a cidade. Isso e o famoso banho turco. “É maravilhoso! Existem várias casas de banho e elas têm áreas separadas para homens e mulheres. Logo na entrada você ganha uma toalha, uma bucha e um sapato. O lugar reservado para o banho é uma sala grande com uma pedra de mármore quente no centro. Parece uma sauna, com água caindo ao redor. Você deita no mármore e vem uma senhora turca te dar banho com a bucha, esfregando sua pele sem passar nenhum produto. A limpeza é muito profunda. É incrível!” O cheiro da cidade também marcou muito a empresária, que não sabe descrever direito a sensação. Talvez sejam as especiarias, que temperam os pratos típicos. “A comida lá é muito diferente e vem em umas panelas de barro lacradas. É preciso quebrá-las para conseguirmos comer. A cultura é muito rica.” Apesar do encantamento pela capital turca, Leila afirma que a situação das mulheres nas cidades do interior é complicada. Lá a empresária não se sentiu à vontade para andar sozinha, nem com os cabelos à mostra. Aderiu ao lenço. Mas se engana quem pensa que ela deixou a insegurança controlar seus passos. Forte e determinada, Leila já planeja uma visita ao Irã no segundo semestre deste ano. A empresária sabe das dificuldades das mulheres no país, mas não se importa. É o trabalho que chama. E ela atende.
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[ FA Ç A
VO C Ê
M E S M O ]
Sachê de coração Esta dica pode ser utilizada de várias formas: como aromatizante de armários e carros, lembrancinha de bebês ou decoração de quarto infantil. O sachê de coração é muito fácil de fazer, além de ser uma graça. Você vai precisar de tecido - a sua escolha - e um molde de coração. Com o lápis, use o molde para traçar o desenho no pano. Para que ele não desfie, pincele termolina leitosa em cima do risco a lápis. Ela vai deixar o tecido mais resistente e o impedirá que desfie. Feitos dois corações, una as pontas de cada um e as costure dando pontos simples (quanto mais rústico, mais bonito). Deixe uma parte sem costura para poder encher com plumante e ervas aromáticas. Depois de cheio, termine de costurar e enfeite com fitas de cetim e botões.
Parede criativa Sabe aquela parede meio sem graça da sua casa, sem quadros ou cor? Que tal transformá-la em um lindo espaço criativo, onde você poderá rabiscar o que quiser, desenhar, apagar tudo e começar de novo quando bem entender? Para isso, você precisará de uma tinta de lousa escolar, disponível nas cores preta e verde-escuro. Antes de colocar a mão da massa, dê uma boa lixada na parede e delimite a área a ser pintada com fita adesiva. Isso garantirá um melhor acabamento. Invista também em uma bandeja de tinta e um rolo de espuma. Dilua a tinta com um pouco de água raz conforme manda o fabricante e é hora de brincar! Aplique a tinta uniformemente até cobrir toda a área desejada. Deixe descansar por cerca de 6 horas e pronto. Já pode escrever e desenhar o que quiser. 96
Mesa de improviso Essa é a sugestão mais fácil que você pode receber de decoração. Uma mesa lateral ou de centro faz toda a diferença e dá um ar mais aconchegante para a sala. Seja para apoiar uma xícara de chá ou descansar um livro, esse tipo de mesa, além da função decorativa, tem mil e uma utilidades. Ainda mais quando é feita com uma escadinha de madeira esquecida na despensa. Muito mais do que um simples apoio, essa mesinha é divertida e dá um toque de descontração para o ambiente, sem perder o charme. E o melhor de tudo: não tem custo algum.
Porta-lápis de lata Reciclar é cada vez mais importante e saber reutilizar materiais para fazer a decoração de sua casa ou escritório é de muito bom gosto e pode ficar elegante e divertido. Uma boa ideia é fazer porta-lápis com latas metálicas. Além do material reciclado, você vai precisar de uma placa de metal de tamanho a sua escolha (de acordo com o espaço disponível) e uma cola específica para este tipo de material (pode ser de silicone ou cianoacrilatos). Grude as latas na placa metálica e espere secar de acordo com o tempo pedido pela cola. Depois é só fixar tudo na parede. Se não quiser usar furadeira, uma boa opção são as fitas dupla face, bastante resistentes Fontes: Casa de Colorir, Lá em Casa e Bem Simples 97
Por Juliana Ramos da Costa, arquiteta
As ruínas e a caixa de sapatos
Se fosse uma pessoa, Londres seria uma velhinha moderna e estilosa. Com mais de 2 mil anos de idade e com energia de dar inveja a muitas novinhas por aí (alô, Brasília!), a cidade é destino de milhões de turistas que vêm dos quatro cantos do mundo em busca de diversão, cultura, lazer e claro, consumo. Entretanto, existe um outro seleto grupo que também tem Londres como destino: o dos bilionários. E não estamos falando de diversão ou lazer. Não só a estabilidade econômica (apesar da crise) e política do país, mas principalmente as liberdades civis, fazem com que o mercado imobiliário Londrino seja um dos mais atrativos do mundo – como investimento, não como moradia. Como resultado, tem-se um número crescente de imóveis vazios e o impacto que causam na economia da cidade é enorme. Descobriu-se recentemente que numa rua ao norte da cidade, Bishops Avenue, eleita a segunda rua mais cara da Grã-Bretanha, um terço das mansões está não só vazia mas pasme! em ruinas. Estima-se que o va-
lor dessas propriedades fica acima de £350 milhões. A maioria dessas mansões foi compradas por empresas registradas em paraísos fiscais e acredita-se que seus proprietários incluem membros da família real saudita, empresários russos e chineses. Curiosamente, esses bilionários não investem em propriedades nos seus países de origem, apesar de pertencerem a gigantes econômicos (faz pensar, não?). Inabitadas por mais de 25 anos, em alguns casos a conservação dessas mansões é tão precária que plantas crescem no meio das escadarias centenárias, vazamentos e infiltrações destroem cômodos inteiros enquanto carcaças de pombos e corujas apodrecem junto com os carpetes. “Mas isso é dinheiro jogado fora”, já ouço você dizer. Engano seu. Apesar do seu estado decadente, essas mansões continuam a valorizar. A proporção de imóveis vazios em Bishops Avenue é dez vezes maior que a média da Inglaterra. Estima-se que no mínimo 120 quartos permanecem vazios nessas propriedades, numa cidade onde 300 mil pessoas aguardam por casas do sistema de habitação e mais de seis mil dormem nas ruas, segundo dados de
Granary square 98
Arquiteta e urbanista pela PUC-GO, especialista em iluminação pela UCB-RJ e Design Gráfico e Multimídia pela Blake College. Em 2013, dois de seus filmes foram selecionados para festivais distintos em Londres, onde vive há 6 anos. Como design gráfico, tem realizado trabalhos no Reino Unido, Europa e EUA. Para maiores informações e contato, visite www.julianaramosdacosta.com
2013. Esses números exorbitantes são traduzidos num mercado imobiliário que desafia especialistas e estudiosos. Quer um exemplo? A região em torno de Kings Cross (sim, a do Harry Porter!) tem passado por profundas transformaçoes. Um plano ambicioso de reforma das estações de metrô e trens e revitalização urbana, com inserção de novos elementos – escolas, biblioteca, prédios residenciais e comerciais, transforma essa área anteriormente degradada numa das mais procuradas – e caras. Alugar um apartamento perto, ou nem tão perto assim, de Kings Cross, tem seu custo. No início de junho, um anúncio chamou a atenção do público e mais tarde do governo. Um website de uma corretora famosa oferecia um studio pela bagatela de R$2.300,00 por mês. O alto valor poderia ser justificado pela excelente localização, o que fazia do imóvel atrativo. Mas ao olhar as
fotos no site, os interessados se depararam com uma surpresa: o tal studio consistia num cômodo com uma cama, de onde se alcançava o fogão e a pia. Sim, pra cozinhar você teria de estar sobre a cama, que também impedia de abrir a porta de acesso ao studio. Como que em Alice no País das Maravilhas, onde a personagem crescia tanto que tudo virava miniatura ao seu redor, nesse studio a cama “mágica” parecia encolher paredes e porta. E antes que você pense “que absurdo”, o studio encontrou um inquilino em menos de 16 horas. Graças as mídias sociais, que apelidadram o apartamento de “caixa de sapato” ou “o apartamento mais deprimente de Londres”, o caso tomou proporções enormes e o governo interveio, retirando o imóvel do mercado. O proprietário resmungou dizendo que as fotos não faziam jus ao imóvel e não mostravam o banheiro (ufa! Tinha um!) nem a varanda coletiva. O curioso é que esse studio faz parte de um prédio com outras unidades exatamente iguais, que continuam alugadas. Um jornal da cidade fez uma pesquisa e constatou que, com o mesmo valor do aluguel da “caixa de sapatos” seria possível alugar casas com 2, 3 e até 4 quartos em várias outras cidades da Grã-Bretanha. O problema é que todos querem é ficar junto dessa velhinha serelepe.
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Por Leo Romano, arquiteto e designer
Leo fez uma curadoria de móveis, materiais, obras de arte, plantas e objetos A sala exibe móveis brasileiros de Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin... Para a Casa Cor Goiás 2014, Leo Romano projetou um estúdio multi-uso. Mais uma vez, traz para a mostra vários elementos característicos de seu repertório, como a autoria e identidade. Leo fez uma curadoria de móveis, materiais, obras de arte, plantas e objetos. Nos mais de 130m2, desenha um layout preciso. O espaço original foi reconstruído durante três meses de obra intensa, de modo a atender os anseios planejados por Leo. Eliminou-se paredes e vidraças no sentido de integração e amplitude visual. A atmosfera do conjunto é bastante masculina, exibindo uma paleta de cores neutra em contraste com volumes em “amarelo leo romano”. Leo mistura com propriedade materiais como azulejos, pedra, madeira e concreto. O espaço é caracterizado como um refúgio
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contato@leoromano.com.br |www.leoromano.com.br * Leo Romano é arquiteto, com vários trabalhos publicados em jornais e revistas
de convívio e relaxamento. A sala exibe móveis brasileiros de Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, Guilherme Torres, Cláudia Moreira Sales, além de várias peças de autoria do arquiteto. Destaque para a mesa de trabalho com tampo em azulejaria desenhada por Leo. No espaço dedicado ao relax, o banheiro está integrado a uma raia de piscina. Esta exibe uma cortina d’água que passeia entre vidros, despertando sensações e surpreendendo o espectador. Uma rede suspensa faz as vezes da cama. Leo cria ainda uma grande pérgola. Este espaço abriga um carro, uma mesa de piquenique, uma lareira e um jardim. Objetos pessoais e obras de arte ampliam a sensação de pessoalidade e vida explorados por Leo. Intensificando o elemento surpresa, um objeto artístico de um boi de tamanho natural aprisionado em uma grade é pendurado de ponta cabeça. Por tudo isso, e pela paixão com que Leo se entrega aos seus projetos, é que o espaço recebe o nome de estúdio “I Leo You”. Esse é o jeito divertido que o arquiteto tem de imprimir sua marca, surpreender e fazer as pessoas felizes.
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Por Milton Mendes, engenheiro
Novas esquadrias, mais qualidade e segurança
Na 75ª edição desta revista, exatamente há um ano atrás falamos sobre a Norma NBR 15.575:2013 - Desempenho de edifícios habitacionais, que entrou em vigor no dia 19 de Julho de 2013, norma esta que viria a impactar positivamente na construção civil brasileira com seus requisitos de desempenho. Depois de um ano o que teria acontecido? Será que o processo de melhoria nas nossas construções já se iniciou? O primeiro item a ser discutido é o conhecimento da norma, neste quesito o saldo é positivo, pois houve o interesse de vários sindicatos e associações como, Sinduscon - Sindicato da Indústria da Construção, Comunidade da Construção, AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio e outros, em informar os profissionais de arquitetura sobre os detalhes da norma através de cursos, palestras e workshops realizados por empresas especializadas, inclusive gerando discussões das normas NBR 10.821 - caixilhos para edificação - janelas, NBR 10.830 - caixilhos para edificação - acústica dos edifícios, dentre outras que se complementam. 102
O segundo item é a aplicação destes conhecimentos nos projetos de arquitetura. Os órgãos que legalizam estes projetos estão exigindo os quesitos de segurança, habitabilidade e sustentabilidade em todos os tipos de projeto, desde os de habitações unifamiliares térreas até os projetos multiuso com vários pavimentos. Esta exigência é para os projetos protocolados a partir de 19/07/2013, não sendo aplicada nas obras em andamento ou concluídas antes de entrar em vigor e nem para obras de retrofit. Os arquitetos são os primeiros a necessitar destes conhecimentos para desenvolver seu trabalho que começa já na escolha do terreno, que conforme a norma pode estar na classe de ruído I,II ou III, conforme a quantidade de ruído gerado no entorno da área escolhida. Medido através da “avaliação acústica do terreno”, este resultado já influencia na implantação do edifício no terreno, no estudo preliminar e posteriormente na escolha das vedações externas e esquadrias, que são o último filtro do ruído externo para que este não chegue no interior da edificação.
miltonmendes@yahoo.com.br *Milton Mendes é arquiteto, engenheiro de Segurança do Trabalho e atua no ramo de esquadrias em alumínio
O setor das esquadrias de alumínio está em uma fase de total atualização dos seus conceitos, modernizando e melhorando na prática, buscando os requisitos exigidos pelas normas. Já estão sendo criados novos sistemas mais eficientes que propõe solucionar o problema grave dos centros urbanos que é o “ruído externo”, provocado pela circulação de veículos e pessoas no entorno dos edifícios residenciais. Algumas empresas já vêm estudando modificações em seus produtos e testando novas linhas há algum tempo. A empresa Alcoa em conjunto com a Udinese lançou no mercado desde o ano passado a Linha Gold IV com Sistema Contact que possui um sistema de fechamento que comprime as folhas da esquadria de correr de duas ou quatro folhas contra o marco quando estas se fecham, eliminando as frestas em todo o perímetro, este processo de fechamento garante a total vedação ao ar e à água e consequentemente proporciona um isolamento acústico que, de acordo com testes realizados em laboratório, alcançou índice de redução sonora ponderado RW 31 db, acima do mínimo exigido para regiões sujeitas a situações de ruídos características de centros urbanos. A Empresa Ekoglass também disponibiliza algumas soluções em vidros duplos termo acústicos que são compostos por dois vidros insulados separados por uma câmara de ar hermeticamente fechada que possuem ótimo desempenho no controle solar com bom índice de reflexão luminosa, transmissão térmica e sombreamento. No mês de setembro teremos a realização da FESQUA – Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes, em São Paulo. É a maior feira do setor de esquadrias na América Latina e será a primeira após a entrada em vigor da norma de desempenho NBR 15.575, portanto a expectativa é de que ela seja o local escolhido para grandes apresentações de novos produtos que virão para agregar qualidade, segurança e desempenho às nossas esquadrias. Estarei presente e observarei tudo com muita atenção para informar a vocês nas próximas edições.
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Por Ana Maria Morais
A pintura erótica de Adir Sodré Computação feita à mão
Metamorfose de frutos e insetos em genitais Foto Adir Sodré.
O pintor matogrossense Adir Sodré é dono de uma pintura visceral, um grande colorista, um grande artista. Colocado entre os 100 maiores artistas do século passado, nos catálogos dos Museus de Arte Moderna, de São Paulo, Paris e Nova Iorque, Sodré vive entre tintas pincéis e palavras. Ele mais parece uma metralhadora verbal quando fala, beirando a insanidade, mas, no fundo, com uma lucidez implacável contra a hipocrisia e os preceitos morais vingentes. Na década de 80, seu trabalho se voltou para uma temática regionalista, preocupando-se com a questão indígena e com a invasão da indústria do turismo, em determinadas regiões do Brasil e com o consumismo. Na pintura atual, Sodré cria telas super coloridas, fazendo a metamorfose de frutos e fauna em genitais e exacerbando a dimensão erótica de sua pintura. Adir mostra em suas telas melancias-vaginas, montanhas-seios, pênis-borboletas, num transbordante processo de erotização da natureza. Uma cópula interminável. 104
Uma das artistas brasileiras contemporâneas de maior renome internacional, Regina Silveira faz instalações, objetos e obras bidimensionais. Durante a década de 1960, Regina Silveira formou-se como artista, produzindo principalmente gravuras geométricas. Na década seguinte, começou a utilizar mídias distintas num mesmo trabalho e, de forma precursora, fazer trabalhos com vídeo, fotografia, colagem, xerox, postais. Daí em diante, voltou sua atenção cada vez mais à temática da ocupação do espaço, desenvolvendo projetos que subvertem a perspectiva, a representação e a percepção do espectador. Nos anos 1990, a artista projeta-se internacionalmente através dos diversos prêmios, residências e bolsas com os quais foi contemplada. Aproxima-se ainda mais dos meios tecnológicos e chega a afirmar que o que faz é uma “forma de computação feita à mão”. Alia-se a isso a especificidade das obras para o contexto arquitetônico e espacial onde se encontram. Assim, através de impressões vinílicas, jogos de luz e sombra, colagens e outras interferências diretas sobre os locais, Regina Silveira tem apresentado seu discurso poético mais recente.
Ocupação do espaço com projetos que subvertem a perspectiva Foto Regina Silveira
Ana Maria Morais é jornalista
Brincando com a identidade do indivíduo
Ícones da cultura po em situações inusitadas Foto Edney Antunes
Questões políticas e sociais na obra de Edney Antunes O artista goiano Edney Antunes, atuante desde a década de 80, diz que pensa o seu trabalho como tentativa de entender o mundo, sempre tendo as condições da vida humana como ponto de partida. As questões políticas e sociais são temas marcantes da obra de Antunes, que já tratou, em suas instalações, de questões como a violência contra a mulher, da infância abandonada, das aberrações produzidas pelo show business, entre outras. Segundo o professor da Faculdade de Artes Visuais e curador, Carlos Sena, o conjunto de instalações que Antunes desenvolveu nos últimos anos exibe um alinhavo conceitual que coloca sua obra dentro de um campo de relações entre arte, política e mídia, tensionando em diferentes níveis questões relacionadas aos problemas debatidos tanto pelo circuito artístico quanto pela sociedade. Nos meses de junho e julho, o artista realizou a exposição A Vida é Bélica, no Museu de Arte de Goiânia, uma releitura divertida e criativa do mundo a partir de ícones da cultura pop, como a atriz Marylin Monroe, em situações inusitadas que nos remete aos espantos do cotidiano.
Artista paraibano radicado em São Paulo, Fabiano Gonper começou a trabalhar com esculturas na década de 90. Logo iniciou obras em pinturas e desenhos e seu trabalho passou a discutir questões clássicas, redefinindo os conceitos da pintura, escultura e do desenho. Ele se apropria de imagens de revistas, catálogos de internet, vídeos, jornais e fotos e desenha sobre estes suportes suas próprias imagens. Gonper também desenha sobre espelhos, nos quais interfere apenas com o uso da linha. Eles risca espelhos brincando com a identidade do indivíduo e a necessidade narcísica de cada um se olhar infinitamente. Pois os desenhos estão dispostos numa altura, e feitos com um critério tal, que nos obrigam a mover os olhos e o corpo em diferentes direções e posições, como se o sujeito se autocontemplasse por ângulos inusitados. Os textos verbais brincam. E na brincadeira desconstroem sentidos clichezados e constroem outros, as vezes singelamente poéticos, às vezes corrosivamente críticos, muitas vezes metalinguistico.
Textos e desenhos sobre espelhos Foto Fabiano Gonper 105
Por Renato Rocha, arquiteto
A arquitetura com eficiência energética e qualidade ambiental O projeto arquitetônico atual deve, obrigatoriamente, levar em consideração as questões ambientais e uma forte tendência de normas cada vez mais rígidas com relação à questão ambiental no projeto, exigindo assim uma maior preparação dos arquitetos para projetarem edifícios com qualidade ambiental e com eficiência energética, elevando o desempenho da edificação durante sua vida útil, considerando aspectos ambientais, sociais, econômicos, o entorno, a gestão dos recursos e a especificação dos materiais. Observa-se nos últimos anos no Brasil, uma ampliação dos edifícios projetados e construídos que incorporam os critérios da qualidade ambiental e da eficiência energética e estas construções seguem os princípios sustentáveis, além de reduzirem os custos com manutenção, geram um menor volume de resíduos, com consequente redução de gastos desnecessários com transporte e com sua disposição final. Goiânia deve seguir esta mesma tendência e ampliar este edifícios sustentáveis.
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A arquitetura sustentável exige do profissional arquiteto um maior conhecimento das relações bioclimáticas e de eficiência energética para sua plena realização e assim apresenta-se, hoje, em um nível de exigências sem precedentes, onde as demandas por edifícios mais confortáveis, seguros e, ao mesmo tempo, com consumo reduzido de energia e de água, associados a um menor impacto sobre o ambiente construído. O arquiteto Siegbert Zanettini afirma que a “arquitetura contemporânea apoia-se em fundamentos que incluem questões sobre ecoeficiência, sustentabilidade, utilização das condições climáticas naturais, incorporação de novas formas de energia”. Dentre outros aspectos relevantes e fundamentais diante das condições atuais de uma cidade em desenvolvimento como Goiânia ou mesmo em qualquer outra do planeta, sejam na diminuição da exploração dos recursos naturais, da poluição e resíduos sólidos, como na utilização da eficiência energética e da qualidade ambiental.
arqrenatorocha@gmail.com Arquiteto e Urbanista, Doutorando da Universidade de Brasília – UnB em edifícios com qualidade ambiental e eficiência energética, Professor de Construção Sustentável do IPOG e Coordenador geral do REARQ – Coletivo Arquitetônico.
Diante desta realidade, seria possível em Goiânia a qualidade ambiental dos edifícios, considerando as relações físicas, materiais e energéticas entre a construção e o ambiente que a circunda como o conforto ambiental interno, o consumo energético, a segurança, o impacto ambiental da construção e a tipologia do uso do edifício? Goiânia hoje se encontra em profunda alteração devido ao grande investimento na construção civil e a qualidade ambiental que é fundamental para a construção sustentável, objetiva as edificações com alto desempenho em termos de consumo de energia, qualidade do ar interno e despesas com recursos ou mesmo consumo de capital natural, tornando os benefícios de tais edificações, quantificáveis e concretos para os proprietários, usuários, projetistas e construtores. A qualidade ambiental remete muito mais a reflexões acerca dos problemas ambientais urbanos mais imediatos, ou seja, aqueles que se inserem num contexto apreendido entre os espaços verdes urbanos e os padrões de edificação e concentração populacional do que mesmo, padrões de qualidade ambiental que pode ser verificado em uma edificação, por exemplo, em Goiânia. Estes padrões fazem parte da cultura e dos valores sociais de cada sociedade e da mesma forma pode ser determinante na definição qualidade ambiental de um edifício, conforme os padrões locais e regionais de Goiânia.
A partir das argumentações citadas acima, a qualidade ambiental em um edifício é, em parte, objeto da percepção humana, portanto subjetiva, pois a organização dos elementos naturais e artificiais possibilita, através do arranjo de diferentes composições, a definição da qualidade ambiental. É uma questão de gosto, é uma questão de estética, porém mais do que isso é uma questão de funcionalidade que passa necessariamente pela organicidade do espaço, seja em um edifício ou meio urbano. Enfim, é o momento de se pensar em uma arquitetura local que esteja em acordo com a cultura e os padrões de Anápolis e não repetir edifícios que não possuem uma relação cultural com uma cidade tão rica em cultura, tradição e com uma história importante na formação de Goiás e assim os edifícios em Goiânia podem muito bem referenciar este conjunto de valores para que a sociedade sinta que seus edifícios fazem parte de sua cultura local.
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Por Marília Fleury, designer
Um pouco de sol na água fria. Inverno?! E tem inverno nesta cidade?! Que nada! É sol, é calor e muita sombra e água fresca. E muita alegria. E muita energia. E...muita cor. Adoro. E, embora eu admita que o branco e os tons crus deixam os ambientes frescos e aconchegantes, nada melhor do que pitadas ou derramamentos de cor para trazer aquela vibração, aquela energia vital para sua casa. Uma questão que deixa muita gente com a pulga atrás da orelha é o medo de enjoar ou de errar, quando escolhe uma cor mais forte para tecidos, papéis de parede ou para tintas. Tricia Guild, fundadora e diretora da londrina Designers Guild, que já escreveu 14 livros sobre esse assunto, redecorou as instalações reais e salvou boa parte da Inglaterra da imensidão cinzabege, entende que cor é mais uma escolha pessoal do que um conjunto de regras pré-determinadas sobre o que é de bom ou de mau gosto. Em se tratando de cores, ela sugere ainda que, a partir das cores que a pessoa usa com mais frequência no vestuário, ela faça uma experiência em sua casa. A ideia é ótima, mas algumas cores são meio complicadas: o marrom, por exemplo, se alastrando por um ambiente inteiro... Não sei, não... Cores frias misturadas a cores quentes também costumam dar ótimos resultados. Experimente, por exemplo, um azul meio vintage, como o Neve da Montanha, com a cor Papoula (ambas da Suvinil). 108
Mesa Diamante - Alice Nascimento Foto: Fredox Carvalho
Foto: Sílvia de Souza
Foto: Sílvia de Souza
Designer e blogueira www.mariliafleury.blogspot.com | www.mariliafleury.com.br 9624 1714/8136 7469
Eu sugiro, também, comprar um mostruário de tintas para pintar paredes. Uma delícia! Dá para passar um tempão aproximando e distanciando cores, até ver o que resulta numa combinação boa ou num contraste genial. E, falando em contraste, a designer de interiores Neza Cesar é outra que usa, sem medo, cores vivas em seus ambientes.
Foto: Sílvia de Souza
A memória afetiva também serve de inspiração na escolha de cores. A cor de uma parede da casa da família, uma flor que tem significado para você, o sol, as folhas... Uma amiga plantou um ipê amarelo no jardim: flores da adolescência. Por que não transportar aquele amarelo lindo para dentro de casa? Listras são geniais, porque você usa, de uma só vez, um monte de cores juntas. Se, ainda considerando esses argumentos, você tem medo de ousar ou é ultraconservadora, experimente ir colocando pequenos detalhes coloridos: uma mesa na lateral do sofá (o modelo abaixo encaixa no braço e colore o sofá), um vaso cheio de cor, penduradores, um puxador estampado, almofadas coloridas, abajures...As fotos dos ambientes abaixo são ótimos exemplos de uso acertado (e ousado) de cores, e os objetos de Cléo Burjack, Alice Nascimento e Rosy Cardoso dão cor e alegria mesmo em decorações bem basiquinhas. E não é que para colorir e alegrar é só começar? Você toma gosto e não para mais.
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Por Nida Chalegre, arquiteta
BUENOS AIRES É ASSIM Uma cidade também para ser vista olhando para cima - as cúpulas de Buenos Aires Nida Chalegre é arquiteta fundadora da Escola de Decoração Nida Chalegre em Brasília, aonde criou, há mais de 20 anos, uma metodologia própria do ensino do Design de Interiores. Atualmente reside em Buenos Aires e comercializa seu curso de Design de Interiores “a distancia”. Foi a vencedora em 2010 do 1º Concurso Nacional do Hotel Palace de Brasília para o projeto de uma suíte em homenagem a Oscar Niemeyer. www.nidachalegre.com.br
A maioria das pessoas passeia pelas cidades sem olhar para cima. Também aqui, com tantas magníficas construções e atrações, não nos damos conta que o mais lindo está perto dos céus. Isso mesmo, são mais de 400 cúpulas que enfeitam a terminação de prédios antigos e rasgam o céu de Buenos Aires, oferecendo um espetáculo único e surpreendente.
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www.nidachalegre.com.br | nida@nidachalegre.com.br * Nida Chalegre é arquiteta e professora de design de interiores
As cúpulas foram sinônimo de uma época de opulência quando a arquitetura era uma forma renascentista de irmanar-se com Deus. A cúpula, imponente, com uma ponta direcionada aos céus, era um símbolo de “status” usado pelas primeiras famílias ricas que o país teve. A influência altamente européia da arquitetura dessas cúpulas, mais as necessidades da classe da burguesia local do século XIX, de ser similar às classes altas européias, fez com que trouxessem para a América grandes mestres e artesãos da construção. Foi assim que as classes dominantes argentinas começaram a coroar seus grandes prédios com cúpulas, que no princípio eram pensadas como pombais, mas que depois passaram a ser ocupadas como quartos ou terem outros usos, porque multiplicavam o valor das propriedades.
Cúpula do Congresso
Confeitaria Molino
Diferentes hotéis cujos donos eram imigrantes também adotaram a moda. Pode-se ver a maioria dessas cúpulas nos arredores do Congresso, ao longo da Avenida de Mayo, e ao longo de todo micro-centro da cidade. Entre as que mais chamam a atenção dos transeuntes e visitantes, destaca-se a cúpula do Congresso, enorme e imponente com sua cor verde esmeralda. Ao lado direito do Congresso, vemos a antiga “Confeitaria del Molino” que espera, em processo de visível deterioração, que seja restaurada e volte ao esplendor que merece.
E assim vai-se caminhando e descobrindo as cúpulas com estilos variados aonde sobressaem o árabe, o espanhol e o russo. Ao cair da noite, algumas surgem iluminadas enfeitando os céus e criando um espetáculo romântico ao se imaginar a ocupação e a vista privilegiada da cidade que tão lindos espaços podem proporcionar. Dá até para imaginar uma “Rapunzel” jogando suas tranças... As cúpulas tem suportado o passar dos anos, tormentas, chuvas, e verões e, do alto, têm sido testemunhas privilegiadas da história argentina. Quem quiser visitar Buenos Aires, fugindo do tradicional roteiro destinado aos “turistas” pode me enviar um e-mail pelo nida@nidachalegre.com.br que encaminho dicas relativas ao seu interesse. Por exemplo: aulas de tango/milongas (o verdadeiro tango dançado pelos locais, diferente dos shows de turistas), gastronomia, vinhos e inclusive, flats lindos e baratos para estadia.
Cúpula do Edifício Barolo com seu farol.
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Por Lenise Castro, arquiteta
As novidades da XIV Bienal de Arquitetura de Veneza Em Junho de 2014 Veneza se tornou a Capital Internacional da Aquitetura, em ocasiao da abertura da 14°Bienal Internacional de Arquitetura, inaugurada oficialmente ao publico no dia 07 de junho, permanecendo até o dia 23 de novembro. Durante um belissimo dia de sol e calor pude conferir a mostra, além constatar de uma Bienal diferente, empenhativa, cerebral e cativante sob o ponto de vista arquitetonico, pude usufruir de momentos super agradaveis, girando pelo fascinante “Giardini della Biennale” (Jardins da Bienal) . Sede tradicional da exposiçao de Arte da Bienal desde a primeira ediçao, em 1895, foram construidos por Napoleao. Os Jardins hospedam 29 Pavilhoes permanentes de paises estrageiros, além do Pavilhao Central. Alguns Pavilhoes, inclusive, foram realizados por célebres arquitetos, e sao uma atraçao à parte. Este ano sao 66 os paises participantes, espalhados nos historicos pavilhoes nos “Giardini”, Arsenale e no Centro Historico de Veneza. “FUNDAMENTALS” foi o titulo escolhido pelo arquiteto holandes Kem koolhas, curador da mostra, que acolhe tres manifestaçoes complementares: “ Absorbing Modernity 19142014 , “ Elements of Architecture” e Monditalia. 112
Lenise Castro é arquiteta, residente em Milão lenisecastro@hotmail.com
“Olhar o passado, na base e fundamentos para assim, desafiar o futuro”, este o tema dominante que se desenvolve ao longo da mostra e seus inumeros eventos colaterais. A Bienal deste ano mostra a evoluçao de edificios e estrutura urbana, sendo uma grande oportunidade para compreender como se transformaram as formas de construçao dos ultimos 100 anos. O Pavilhao principal ressalta portas, janelas, tetos, sacadas, paredes, pisos e todos os elementos fundamentais da arquitetura, usados em diversos tempos e lugares. Uma Bienal que privilegia a pesquisa, voltando-se mais para a arquitetura que para os arquitetos. O Pavilhao Italia este ano se concentra principalmente sobre a arquitetura de Milao, protagonista da proxima Expo 2015, mostrando a evoluçao de edificios e estruturas urbanas no ultimo seculo. O Brasil, presente na mostra, segue o desafio lançado pelo curador aos 65 paises paticipantes, de investigarem a “ absorçao” da linguagem modernista em suas arquiteturas nacionais.
Em razao do projeto “Biennale Sessions” estao previstos para os proximos dois anos anos uma serie de encontros, debates e discussoes com o escopo de enriquecer a Bienal e aprofundar seus laços com as Faculdades de Arquitetura de todo o mundo. Em espaços especialmente estudados para tal, acontecem simultanaeamente à exposiçao, espetaculos de dança, musica e teatro constituindo um dos pontos imperdiveis desta Bienal, que promete, segundo a critica especializada, deixar sua marca.
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Notas & Eventos Bela Arte e Hunter Douglas Reuniram profissionais de arquitetura e design num brunch, para apresentar os lançamentos da marca em tecidos, sistemas de travamento e deslize, e novos formatos de persianas e cortinas. Keilen Menezes, Ramalho Neto e Viviani Zorzete receberam os convidados. Keilen Menezes e Maria Ines Almeida
Fernando Parrode e Giovanni Borges
Janes Verga, Márcia Albiere e Thais Mota
Keilen Menezes e Priscila Rassi
Michelle Ferreira, Leo Romano e Keilen Menezes
Rubiana Teixeira e Ricardo Assis
Sergio Sarmento, Keilen Menezes e Ramalho Neto
Obras iniciadas Já foi iniciada a construção do Aparecida Shopping, previsto para ser inaugurado em março de 2016. O evento de lançamento da obra foi muito prestigiado e contou com a participação dos empresários que compõem o grupo investidor do empreendimento: o CEO da Saga Malls, Fernando Maia; os proprietários da JC Distribuições, José Costa e José Carlos Vieira Silva; e o proprietário da Mará Participações, Antonio Luis dos Santos Barros, além de políticos da cidade, entre os quais o prefeito Maguito Vilela. O centro de compras já tem 50% de sua área bruta locável (ABL) comercializada, com âncoras como C&A e Riachuelo, entre outras marcas. O investimento na obra é de R$ 225 milhões.
Fernando Maia, Maguito Vilela, Antonio Luis dos Santos, José Carlos Silva e José Costa
José Carlos Silva, Antonio Luis dos Santos, Maguito Vilela, Fernando Maia e José Costa
Notas & Eventos FUAD RASSI LANÇA PRODUTO EM RIO VERDE Inspirada em edifícios comerciais de alto padrão construídos recentemente nos endereços mais valorizados de Goiânia, a Fuad Rassi Engenharia e Construção lança em Rio Verde, o Cosmopolitan Hotel & Business. O empreendimento, que terá investimento de R$75 milhões, é o primeiro da cidade com conceito de uso misto, unindo hotel, salas comerciais, salas coorporativas e lojas comerciais em uma só torre. Localizado na Avenida Presidente Vargas, o Cosmopolitan está próximo ao novo shopping, à universidade, à rodoviária e ao aeroporto, em região com total infraestrutura de serviços, comércio e com fácil acesso. Crédito: Divulgação
Home Theater e Som Ambiente
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Notas & Eventos Noite Esportiva Os amantes de esportes se reuniram na noite de sexta-feira (8) em torno do empresário e personal trainner André Villarinho, que promoveu seu encontro anual com parceiros, colaboradores e amigos. O local escolhido para o evento foi o showroom Opus Urbano Areião, mais novo decorado da Opus Inteligência Construtiva e que representa com bom gosto e elegância o conceito de urbanidade, unindo praticidade e elegância. Regada a boas bebidas e comidinhas do buffet Liliane Lobo, a noite teve animação dos DJs do Two Live Project.
Sergio Gilberto e Osmar Chiarello
Renata Carvalho e Marco Aurélio Gimenes
Regina Célia e Marcelo Vaz
Paulo Lacerda e Leandro Bueno Assis, representante comercial da Asics para o Centro-Oeste
Paula Romão e Murilo Romão
Os anfitriões André Villarinho e Sandra Villarinho
Lorena Freitas, Fernando Skinova e Camila Leandro
Marjorie Muniz e João Flávio Garcia
Felipe Campos e Débora Campos
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Notas & Eventos Alphaville ganha Academia Flex Foi inaugurada em junho a unidade Alphaville da Flex Fitness Center. Única da capital com projeto totalmente sustentável e uma das maiores do País, com quase 11.000m² e capacidade inicial para quatro mil membros, a nova unidade é a realização de um antigo projeto do empresário Edson de Castro e Silva. A ideia é a academia sirva como transformador do mercado ao oferecer uma opção ecologicamente correta para a prática de exercícios. Ao todo, são 192 aparelhos distribuídos entre musculação e condicionamento cardiovascular, uma sala de cycling indoor com 36 bicicletas, espaço para lutas com tatame e ringue oficiais e duas salas de atividades adaptadas para exercícios funcionais. Os vestiários masculino e feminino estão equipados com 250 armários e uma sauna cada. Além disso, a Flex Alphaville traz novidades
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como o Synrgy360, considerada a mais completa estação de treinamento funcional da atualidade, e outros voltados à queima de calorias com a execução de movimentos essenciais do dia a dia.
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