S HA S IN AI IR CI BE PE RI S S SE TE NO EN ER FR AD C
Edição da Grande Área Metropolitana de Lisboa 1º Semestre 2007
Alcochete
Loures
Palmela
Almada
Mafra
Seixal
Amadora
Moita
Sesimbra
Barreiro
Montijo
Setúbal
EL PUERTO DE VALENCIA
Cascais
Odivelas
Sintra
PLANO DE ORDENAMENTO DA RENT
Lisboa
Oeiras
Vila Franca de Xira
ALMADA NASCENTE ORLA RIBEIRINHA DE OEIRAS
“LISBOA 2050” WATERFRONT EXPO 2007
Rua Carlos Mayer, 2 - R/C, 1700 - 102 LISBOA Tel: 21 842 85 70 - Fax: 21 842 85 77 www.aml.pt amlgeral@aml.pt
Editorial
ACONTECEU...
Carlos Humberto de Carvalho Presidente da JML
Uma estratégia sustentada para as frentes ribeirinhas A publicação da revista AML Estuarium veio ocupar um espaço editorial na política de comunicação da Área Metropolitana, nas questões mais directamente ligadas às frentes ribeirinhas, na dimensão da sua diversidade - intervenções urbanísticas, património, actividades económicas, sustentabilidade ambiental - antecipando um debate que conhece agora novos e decisivos desenvolvimentos.
A Área Metropolitana de Lisboa, como um dos membros mais activos da RETE, respondeu positivamente ao desafio de criação de um centro operativo local – Nó Local de Lisboa, que irá ter a seu encargo o desenvolvimento, a promoção e a divulgação local de actividades de carácter formativo, de investigação, e de estudos que contribuam a resolução da problemática da cidade portuária e a sua relação com o porto. Esta nova lógica de organização, pretende replicar e potenciar as sinergias decorrentes de uma sociedade em rede, de forma a intensificar o ritmo e o alcance da troca de experiências e conhecimento.
Entre as actividades desenvolvidas mais recentemente pelo Nó de Lisboa, destacamos também, o curso de formação profissional - “Potencialidades Turísticas das Frentes Ribeirinhas” que se realizou de 21 a 30 de Maio e que teve como público alvo os Técnicos Superiores das Autarquias da Área Metropolitana de Lisboa, com funções na área do turismo, da cultura e desporto. O curso de formação terminou com um seminário, aberto ao público, dedicado aos “Grandes Projectos e Eventos”, onde podemos contar com oradores da Administração do Porto de Lisboa, da Federação Portuguesa de Vela e do Clube Naval de Cascais.
O Nó de Lisboa é um centro operativo da RETE, que tem a seu encargo o desenvolvimento, a promoção e a divulgação local de actividades de carácter formativo, de investigação, e de estudos que contribuam para reforço os objectivos da Associação. Esta nova lógica de organização, pretende replicar e potenciar as sinergias decorrentes de uma sociedade em rede, de forma a intensificar o ritmo e o alcance da troca de experiências e conhecimento.
Como ambicionamos que o Nó Local de Lisboa, em breve, se torne num referencial de divulgação e ponto de encontro de todos aqueles que se interessam pela temática da requalificação das frentes de água e relação porto-cidade, criou-se para esse efeito o estatuto de Membros Colaboradores do Nó Local de Lisboa.
A Área Metropolitana de Lisboa está a operacionalizar o site de Internet do Nó local de Lisboa (www.aml.pt/rete), instrumento que ambicionamos que se torne, em breve, referencial da temática Porto/Cidade. Para além, do espaço dedicado à promoção da região, iremos contar com um espaço de divulgação das experiências, dos projectos e intenções para as frentes de água dos municípios da AML; um espaço de indicação, consulta e downloads de publicações temáticas e por fim um espaço de divulgação das actividades desenvolvidas, como reuniões, congressos e outras actividades que se enquadrem na temática da rede.
Podem candidatar-se ao estatuto de Membros Colaboradores, entidades públicas, privadas ou cidadãos a título individual que tenham interesse pela temática da relação porto-cidade e que estejam dispostos em fomentar a troca de ideias e projectos. Para além de passarem a receber a malling list do Nó Local de Lisboa, com divulgação das actividades sobre a temática, passaram a dispor de acesso a uma plataforma colaborava, onde poderão divulgar e promover dos seus trabalhos, estudos e reflexões, bem como fazer aceder a documentos que serão de acesso exclusivo aos Membros Colaboradores.
O fim desse ciclo não significou nenhuma inversão nas nossas orientações estratégicas, mas antes uma reestruturação do projecto, visando repensar o seu objecto comunicacional, dando-lhe uma imagem deliberadamente menos lúdica, e, ao mesmo tempo, concedendo mais espaço editorial para a exposição temática e uma maior especialização nas matérias tratadas. Como poderão apreciar, através da leitura deste Caderno Especial da Estuarium, alusivo às frentes ribeirinhas, alargámos a reflexão sobre a gestão dos estuários do Tejo e do Sado, englobando os contributos que o conhecimento académico pode trazer a este debate civilizacional e o desenvolvimento portuário como factor de interactividade e complementaridade com a envolvente urbana. Não podia ser mais oportuna esta edição, em vésperas da realização em Lisboa, de 2 a 4 de Outubro, da WaterfrontExpo2007, uma conferência internacional de renome sobre a temática do desenvolvimento das frentes de água, que vai trazer a Lisboa Delegados de 36 Países e do “Open Days 2007”, no âmbito da Semana Europeia das Regiões e Cidades, que se realiza entre 8 e 11 de Outubro, com o objectivo de promover uma mudança de paradigma para as cidades - a água como um factor de competitividade e valorização nas estratégias territoriais.
43
Índice
Estudo CasoALMADA MunicípioNASCENTE de Almada
04
ORLACaso RIBEIRINHA DEdeOEIRAS Estudo Município Oeiras
11 07
EL PUERTO VALENCIA Estudo DE Caso Valência
16 13
PLANOPlano DE ORDENAMENTO de ordenamentoDA da RENT Reserva Natural do Estuàrio do Tejo
20 19
“LISBOA 2050” Dossier Faculdades: Universidade Autónoma - Projectos da Trienal
27 25
WATERFRONT EXPO 2007
33
Brochura WATERFRONT
31
NOTÍCIAS DOS PORTOS
40
Notícias dos portos
37
ACONTECEU
43
Aconteceu
40
Directores Carlos Humberto de Carvalho, Carlos Teixeira, Ministro dos Santos Directora Executiva Dalila Araújo Coordenação Ricardo Fernandes Produção Editorial Escrita das Ideias, Comunicação Integrada. Colaboração CM Almada; Ana Isabel Henriques (CM Oeiras); APL. Fotografia AML; CM Almada; CM Oeiras; Porto de Valência; RENT; APL. Director Criativo Luís Beato Produção Gráfica Papel Press Redacção e Propriedade Área Metropolitana de Lisboa Rua Carlos Mayer, nº2, r/c, 1070-102 LISBOA Tel.: 218 428 570 - Fax: 218 428 577 E-mail: amlgeral@aml.pt Distribuição gratuita ISSN: 1645 - 7471 Tiragem: 10 000 exemplares 1º Semestre 2007
Almada Nascente
ALMADA NASCENTE CIDADE DA ÁGUA Grande participação internacional - Ao concurso lançado pela autarquia foram apresentas 19 propostas, em representação de centenas de técnicos e empresas de múltiplas especialidades. As propostas foram objecto de análise por um Júri multidisciplinar que incluiu representantes da Direcção Regional de Ambiente e Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo, do Internacional Council for Local Environmental Initiatives, da Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros, da Associação dos Urbanistas Portugueses, da Agência Municipal de Energia de Almada e da Câmara Municipal de Almada. Depois de uma rigorosa selecção foi escolhido o consórcio constituído pelas empresas WS Atkins, Santa Rita Arquitectos e Richard Rogers Partnership.
ECAGG - Constituindo um elemento fulcral e determinante deste Plano Estratégico, o Estudo de Caracterização Ambiental, Geológica e Geotécnica (ECAGG) da área de intervenção procurou identificar e quantificar as fontes de poluição e meios ambientais eventualmente afectados, a par de uma rigorosa avaliação geotécnica e de uma subsequente análise de risco. O estudo deu particular ênfase à avaliação dos eventuais impactos negativos resultantes da utilização de granalha na decapagem dos navios. Do exaustivo estudo realizado, concluiu-se que as condições encontradas não impedem o desenvolvimento urbanístico do local, através da aplicação de medidas de remediação adequadas.
Uma Visão para Almada - A par do ECAGG foi concebida uma ‘Visão’ para área de intervenção, com base numa série de estudos, diagnósticos e análise das políticas nacionais e regionais em vários domínios.
Vista aérea, Almada Nascente
Em Almada, junto ao Tejo, projecta-se uma cidade do futuro. Uma cidade que aproximará as duas margens. Sustentável, qualificada e única. Num processo que visa transformar problemas em oportunidades de desenvolvimento. É Almada Nascente, a Cidade da Água. A requalificação ambiental e urbanística de uma zona de antigos estaleiros navais, a devolução de um extensa linha de contacto com a água aos cidadãos, foi o propósito da Câmara Municipal de Almada ao lançar em 2001, um concurso público internacional para a elaboração de um Estudo de Caracterização Ambiental, Geológica e Geotécnica e Plano de Urbanização para a Frente Ribeirinha da Cidade de Almada. Depois de cumpridas várias etapas, o Plano de Urbanização tem já realizada a sua versão preliminar, encontrando-se em apreciação na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
4
Este documento baseou-se na ideia de ‘Almada Nascente, Cidade da Água’, que «capitalizará a sua localização única na frente ribeirinha do Tejo para criar uma nova comunidade urbana para o século XXI, tornando-se num destino de elevada qualidade e actuando como principal porta de entrada regional.»
Objectivos do Plano - Através deste plano, a autarquia pretende, numa área de 115 hectares, que abrangem os 50ha das antigas instalações da Lisnave, criar um novo troço de cidade que promova um desenvolvimento urbano multifuncional, com forte animação urbana e capaz de reforçar a identidade local e o seu carácter urbano. Uma cidade sustentável, que privilegie a arquitectura bioclimática, a utilização racional da energia e da água, o uso dos transportes públicos e da bicicleta, a fruição dos espaços públicos e das zonas verdes. Trata-se, assim, de uma oportunidade única para, numa área de cidade consolidada, desenvolver uma operação de planeamento urbanístico de elevados padrões de qualidade ambiental e urbanística, que crie uma nova frente ribeirinha para a Cidade.
Zona de intervenção
De acordo com o projecto “Visão”, Almada Nascente Cidade da Água será: - Um lugar para trabalhar, através das condições para a instalação de actividades diversas, comércio, serviços e equipamentos de apoio à comunidade local. - Um lugar de relação com a água, potenciando a proximidade com o rio, um terminal de cruzeiros, uma marina, um museu do Estuário do Tejo e um museu nacional da Indústria Naval são alguns exemplos. - Um lugar para habitar, valorizando a arquitectura bioclimática, a diversidade da oferta residencial e o desenvolvimento de espaços exteriores. - Um lugar de cultura, tirando partido das condições naturais e apostando nos festivais, eventos e exposições, na arte pública e nos museus.
Técnicos do ECAGG no terreno
- Um lugar de conhecimento, com a instalação de um pólo universitário, desenvolvimento do Parque Tecnológico da Mutela e a criação de um centro de Ciência e Tecnologia, entre outras infraestruturas.
5
Almada Nascente
Almada Nascente
PLANO DE URBANIZAÇÃO A equipa, de posse de todas as orientações e condicionantes e suportada no documento ‘Visão’, partiu assim para a elaboração do Plano de Urbanização. Algumas Linhas de Orientação - A equipa projectista apurou as linhas de orientação para o desenvolvimento do Plano de Urbanização, das quais se destacam: - Características do Lugar – O Plano valorizará as características existentes, usando referências como as docas e o pórtico, os silos, o morro, as vias principais de circulação, os espaços verdes e edifícios históricos. - Vento e Exposição Solar - A malha urbana será orientada para aproveitar a luz solar e as sombras nas diferentes horas do dia. - Vistas e aspectos - Todos os espaços públicos principais terão vistas para o rio Tejo, Lisboa central e Almada. As ruas principais terão vistas sobre o pórtico e a sua praça. - Espaços Públicos Chave - Uma grande percentagem da área em desenvolvimento será reservada para espaços públicos de grande escala cívica. Estes incluem uma série de corredores de água e verdes, o Ecoparque, um grande plano de água, jardins e praças. - Pólos de Desenvolvimento - Três pólos de desenvolvimento com usos mistos serão estabelecidos de acordo com os constrangimentos e oportunidades do local, usos do solo e infra-estruturas de transportes públicos. Zonamento geral
Vários cenários de ocupação do solo - Com base neste projecto ‘Visão’, assim como nos resultados do ECAGG, construíram-se quatro cenários alternativos de ocupação do solo, submetidos a apreciação e deliberação por parte da Assembleia Municipal de Almada, que decidiu excluir os cenários que apresentavam uma versão predominantemente residencial. Assim, a Assembleia Municipal recomendou que a «elaboração do Plano de Urbanização se desenvolva articulando harmoniosamente as valências da habitação e do emprego, privilegiando o menor impacto em termos ambientais e paisagísticos.»
- Transportes Públicos - Uma rede de autocarros eléctricos, MST, ferry e táxis de água será criada para promover o transporte público. As ligações com Lisboa poderão vir a ser melhoradas com uma futura ligação de metro. - Acessos Viários - O transporte individual privado será condicionado de forma a criar um ambiente urbano pedestre agradável e a minimizar as áreas e necessidades de estacionamento. - Rede Ciclável – O uso da bicicleta como modo de transporte preferencial nas deslocações de curta distância, dentro e na envolvente da área de intervenção, será potenciado através de uma rede ciclável articulada com o transporte público. - Rede de Circulação Pedonal - Será criada uma nova frente ribeirinha de 1,5 quilómetros com ligações à rede interna de percursos pedonais. - Construção - O edificado ao longo do estaleiro crescerá gradualmente no sentido do interface da Doca 13, com a presença de edifícios de referência nas zonas de paragem do MST. - Praças Públicas - Será criada uma estrutura de praças hierarquizada ao longo das infra-estruturas públicas chave, estações do MST, ruas pedonais e corredores verdes.
Imagem aérea da zona de intervenção
6
7
Almada Nascente
Almada Nascente
- Tecido Urbano - Construir-se-ão bandas de espaços públicos (corredores, docas, canais, áreas verdes) que garantam uma distribuição equilibrada destes espaços na área de intervenção.
Metas do Plano - No decorrer dos trabalhos estabeleceram-se igualmente as seguintes metas:
- Quarteirões Urbanos - O desenvolvimento será organizado numa série de quarteirões urbanos sustentáveis que poderão ser faseados de diversas formas.
- Rede viária - 100% das vias de acesso local com tráfego automóvel condicionado, nas quais a prioridade é atribuída ao peão e à bicicleta (zona 30 km/h).
- Água e Corredores Verdes - Uma série de corredores verdes, enriquecidos com o elemento água, desenvolver-se-ão paralelamente às docas existentes formando uma série de espaços públicos chave.
- Uso da bicicleta - Mínimo de 5% das deslocações em bicicleta.
- Ligação com o centro de Almada - A nova área estabelecerá ligações fáceis com a zona central de Almada, através de uma série de percursos pedonais pensados em função dos desníveis e das distâncias a percorrer.
- Consumo de água - 30% de redução do consumo de água, partindo de uma redução de 20% no arranque do projecto.
Áreas singulares - O Plano de Urbanização propõe a criação de vários espaços singulares.
- Uso do automóvel - Redução de 50% do uso do automóvel. EIS ALGUNS EXEMPLOS:
- Qualidade da água - Obter a classificação Marina Azul.
- Energia – 20% das necessidades energéticas globais para a área de intervenção satisfeitas através de fontes de energia renováveis.
Docas e canais
Praça da Cova da Piedade
Praça Lisnave
Cacilhas
Praça Tejo
Parque Tecnológico da Mutela
- Emissões de GEE - Redução da percentagem de emissão de Gases com Efeito Estufa quando comparada com uma situação de “construção convencional”:
Praça Lisnave - Constituirá uma nova entrada em Almada e actuará como a maior área exterior comercial na nova área urbana. Estará localizada no final da Doca 13, na proximidade de um novo interface de transportes (estação fluvial, paragem MST e novo terminal de autocarros) e de um posto de atracagem de cruzeiros. O pórtico “LISNAVE” dominará a praça e será o foco central do espaço público, celebrando a história dos estaleiros navais.
8
Praça do Tejo - Representará um novo espaço cívico e cultural. Será o local com melhores vistas panorâmicas, ininterruptas para o estuário do Tejo e centro de Lisboa.
9
Almada Nascente
ORLA RIBEIRINHA DE OEIRAS SENTIR OEIRAS – AO LONGO DA COSTA Praça da Cova da Piedade - Os espaços públicos da Cova da Piedade serão hierarquizados de modo a reforçar a sua urbanidade local. Os silos, primeira construção em betão feita em Portugal, serão preservados para se transformarem no novo fórum cultural da Cova da Piedade. A praça formada em frente aos silos será um novo espaço de cultura. Ambiente Urbano - A área do estaleiro será dominada por docas, pelo pórtico e pelas gruas existentes. Será introduzida uma série de novos canais para formar uma rede de planos de água complementando a rede existente de docas. Dentro da nova área urbana será criada uma rede de jardins horizontais e verticais bem como coberturas ajardinadas que constituirão um ambiente paisagístico integrado.
Biblioteca, creche e jardim-de-infância, centro comunitário, centro de convívio/Centro de dia e mercado. Processo participado - Tal como acontece nos restantes Projectos Estratégicos em desenvolvimento no concelho de Almada, a elaboração deste Plano conta com a intervenção activa da população, de decisores locais e de um painel de actores-chave locais. Ao longo das várias etapas a população tem sido chamada a intervir, através de Fóruns de Participação.
Equipamentos básicos - O Plano, na sua versão preliminar, propõe um conjunto de equipamentos básicos, destacando-se: Duas escolas básicas, uma escola básica com jardim-de-infância, uma escola básica integrada e uma escola secundária. Centro de Saúde com capacidade para 9500 utentes. Complexo desportivo (campo de jogos e pista de atletismo), um grande campo de jogos, seis campos de ténis, três quintais desportivos, um pavilhão e duas piscinas cobertas. Pavilhão multiusos com capacidade para eventos de escala regional e nacional.
Forum “Almada Nascente”
Serviços de apoio - Bar/Esplanada
A revitalização da orla ribeirinha de Oeiras originou um dos mais representativos e procurados percursos do concelho – o Passeio Marítimo. Ao longo de todo o ano, munícipes de todas as idades, usufruem do Passeio Marítimo para a prática de exercício físico ou simplesmente para passear.
Zona de estaleiros da Lisnave
10
O Passeio Marítimo nasce junto ao Forte de S. Julião da Barra, sobranceiro à Praia da Torre, permitindo passear tranquilamente até ao forte das Maias, na ponta nascente da Praia de Santo Amaro de Oeiras.
11
Orla ribeirinha de Oeiras
Orla ribeirinha de Oeiras
Prolongamento do passeio marítimo - No que concerne à sua ampliação, o executivo municipal de Oeiras aprovou, recentemente, em reunião de Câmara, por unanimidade, a adjudicação da empreitada do seu prolongamento até Paço de Arcos. Dentro em breve, têm inicio as obras de prolongamento até Paço de Arcos, preservando toda a faixa litoral de Oeiras. Corresponde a um investimento de cerca de cinco milhões de euros, com um prazo de execução de 18 meses, prevendo-se a sua conclusão para finais de 2008. Trata-se de uma ampliação de 850 metros a juntar aos 2400 já existentes, criando um passeio marítimo com 3.25 quilómetros de extensão. Este novo segmento, situa-se entre o restaurante Saísa e a Doca dos Faróis, em Paço de Arcos.
Porto seguro - O Porto de Recreio surge enquadrado na óptica de requalificação da orla ribeirinha do concelho e, é sem dúvida fruto de uma excelente localização, entre a Praia da Torre e a Praia de Santo Amaro, junto ao Forte de São Julião da Barra. O Porto de Recreio de Oeiras tem capacidade para receber embarcações que vão da Classe I à Classe VI, o mesmo é dizer embarcações até aos 20/25 metros, com maior predominância das classes pequena e média. Na sua essência, este equipamento estruturante, destina-se a servir a população que possui embarcações de recreio, de pequena e média dimensão. Contudo, o equipamento está preparado para receber embarcações de maior dimensão sempre que necessário. A edificação deste porto complementar veio suprir uma das principais necessidades da região de equipamentos deste género. Conta com 274 lugares de amarração, distribuídos por sete pontões, e capacidade de estacionamento para 257 automóveis. Actualmente, todos os lugares para embarcações a nado estão esgotados e mantemos 100 barcos em lista de espera.
Porto de recreio
12
Não menos importantes são as infra-estruturas de apoio, e este espaço integra um edifício de recepção que engloba um posto de turismo municipal e instalações para a Polícia Marítima, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Guarda-fiscal e Alfândega.
Vista aérea do passeio marítimo
13
Orla ribeirinha de Oeiras
Orla ribeirinha de Oeiras
Este porto conta ainda um cais de honra destinado a receber qualquer embarcação que venha de fora, um posto de abastecimento de combustíveis, instalações sanitárias e locais para a indispensável recolha de resíduos, bem como uma área de parqueamento a seco, com 100 lugares.
Marca de Qualidade - Recorde-se que o Porto de Recreio de Oeiras foi o único da costa Atlântica que recebeu o galardão Bandeira Azul para o ano 2007, como prova da sua qualidade ambiental. O Porto de Recreio de Oeiras foi galardoado com o Prémio Vellis 2007, na categoria de Marina do Ano.
A segurança no local é assegurada, 24 sobre 24 horas, por um elemento devidamente identificado, sendo o Porto de Recreio vigiado por um sistema de vídeo, através de circuito fechado de televisão, com gravação de imagem.
Este Prémio é uma iniciativa da Revista da Vela e conta com os apoios e patrocínios de empresas e entidades representativas das actividades náuticas.
O financiamento da obra resultou de uma parceria com o ITP – Instituto de Turismo de Portugal no âmbito do Programa de Intervenção para a Qualificação do Turismo (PIQTUR). Prevê, por um lado, a obrigatoriedade, por parte da Câmara, de promover no Porto de Recreio o ensino de actividades náuticas a jovens e, por outro, a disponibilidade da infraestrutura para o tráfego de passagem, quer no que respeita ao trânsito regional, quer ao internacional.
Banhos Salgados na Piscina Oceânica - Inserida num vasto projecto de beneficiação da orla costeira, a Piscina Oceânica, sem dúvida um espaço privilegiado de lazer, que atrai diariamente, durante a época balnear – até 15 de Setembro – centenas de visitantes que não dispensam um mergulho em água salgada. Espaço privilegiado de lazer
A Piscina Oceânica de Oeiras dispõe de serviços de apoio, como bar/esplanada, balneários e sanitários, posto de primeiros socorros, cacifos, equipados com moedeiro, para guarda dos bens pessoais e parque de estacionamento. A segurança é garantida por nadadores salvadores e a tranquilidade e bem-estar são assegurados por vigilantes credenciados. A aquisição do bilhete confere direito ao usufruto de todos os serviços e incluindo o chapéu-de-sol e o colchão. Uma das novidades na Piscina, é o Ingresso Sénior, para maiores de 65 anos, assim como preços especiais para jovens entre os 12 e os 16 anos e condições especiais para grupos (escolas, associações, empresas).
Piscina Oceânica
14
15
El puerto de Valencia
EL PUERTO DE VALENCIA LA CIUDAD Y LA COPA DEL AMÉRICA Manuel Guerra Vázquez, Director de Planificación de Infrastructuras e Integración Territorial, Autoridad Portuaria de Valencia
1. Objeto y contenido. El presente artículo trata de dar una visión de los caminos históricos seguidos por la ciudad de Valencia y por su puerto hasta llegar a los inicios del S. XXI, y como la aproximación de esos caminos ha permitido alcanzar una situación inmejorable para que ambos fueran elegidos sede de la XXXII edición de la América’s Cup en Noviembre de 2.003. A partir de esa designación en el artículo se pasa a describir las transformaciones físicas efectuadas en el puerto y como la Autoridad Portuaria de Valencia ha asumido su papel de anfitrión de la famosa prueba deportiva. Como consecuencia de lo anterior el artículo queda estructurado en cuatro partes bien diferenciadas:
Desarrollo Urbano - Valencia 1882
Desarrollo Urbano - Plan General 1987
Desarrollo Portuario - Primeras etapas del Puerto de Valencia Siglo XVII
Desarrollo Urbano - Valencia años 40
Desarrollo Urbano - Valencia 2004
Desarrollo Portuario - Valencia 1670
- Desarrollo urbano - Desarrollo portuario - Desarrollo de la relación puerto/ciudad - La XXXII America’s Cup
2. Desarrollo urbano. La ciudad de Valencia fundada por los romanos en el año 137 a.C. se ubicaba en un meandro del río Turia a unos 4 ó 5 Km. de la costa y no llegó a ser una ciudad costera hasta bien entrado el S. XX en que el desarrollo urbano llegó a unir el núcleo principal con el núcleo que, al amparo del desarrollo portuario , se había ido creando en la costa desde mediados del siglo XVII.
3. Desarrollo portuario. El origen del puerto de Valencia se remonta a la primera mitad del S. XIII cuando el rey Jaime I funda el núcleo costero de Vilanova del Grao con funciones defensivas frente a los ataques por mar de los pueblos del Norte de África.
El desarrollo final de la ciudad hacia la costa en la última mitad del S.XX vino muy marcado por las obras de desvío del cauce del Turia efectuadas como consecuencia de las graves inundaciones sufridas por la ciudad en 1.957 en las que en la plaza central de la misma el agua llegó a alcanzar casi 1 metro de altura. Todo este desarrollo se ha efectuado en el marco del Plan General de Ordenación Urbana de 1.987 llegando finalmente a establecerse un contínuo urbano entre el núcleo original y la costa.
Desarrollo Urbano - Valencia 1957
Es a partir de la fundación de ese enclave costero que se empieza a desarrollar un incipiente tráfico marítimo al abrigo de precarias construcciones de abrigo que hay que ir reponiendo continuamente, la más importante la conocida como “Pont de Fusta” (Puente de madera) recientemente encontrada al efectuar las excavaciones para un aparcamiento subterráneo en las proximidades de la zona más antigua del puerto (Dársena interior).
Desarrollo Portuario - Evolución del Puerto de Valencia
A pesar de que el S. XV es realmente el “siglo de oro” de la ciudad de Valencia no será hasta bien entrado el S. XVII cuando en el puerto se construye la primera obra de abrigo de una cierta consistencia. A partir de esa primera obra de abrigo el puerto ha ido desarrollándose hasta llegar a ser lo que es hoy en día, gracias fundamentalmente a las actuaciones realizadas en el último tercio del siglo pasado.
Desarrollo Urbano - Valencia 1808
16
Desarrollo Urbano - Plan Sur 1959
Desarrollo Portuario - Verano de 2006
17
El puerto de Valencia
El puerto de Valencia
4. Desarrollo de la relación puerto/ciudad Como se puede deducir de lo descrito en los apartados anteriores la ciudad y el puerto de Valencia no han tenido hasta épocas relativamente recientes necesidad de relacionarse en el sentido físico/urbanístico, ya que constituían dos entidades físicas lo suficientemente alejadas como para no interaccionarse en el sentido antes citado. Hasta los años 80 la zona portuaria está bastante definida y separada del núcleo urbano, el tráfico portuario no es excesivamente importante y por tanto , el tráfico terrestre asociado al mismo puede asumirse sin dificultad por la red metropolitana y , en muchos casos, incluso por la red urbana, redes que, por otro lado, no recibían excesiva presión del tráfico ciudadano.
Relación Puerto/Ciudad - Convenio 1986
Ahora bien, a partir de esos años todo empieza a cambiar -incremento de tráfico portuario, incremento de tráfico ciudadano, expansión de la ciudad hacia las zonas portuarias- obligando por tanto a la ciudad como al puerto a replantearse la situación, fundamentalmente en lo relacionado con el principal acceso del puerto que se había convertido ya en una vía urbana (incluso el cambio de denominación de esta vía es significativo: de Camino al Grao a Avenida del Puerto). En el anterior contexto es en el que se materializa el primer Convenio Puerto/Ciudad en 1.986 , en el que fundamentalmente se posibilita un nuevo acceso al Puerto por el Sur aprovechando las marginales del Nuevo Cauce del Turia; la ciudad a cambio se liberó de gran parte del tráfico portuario, ya de una cierta importancia, y empieza a disponer con ciertas restricciones de espacios interiores del Puerto acondicionados por la Autoridad Portuaria para usos lúdicos.
Relación Puerto/Ciudad - Convenio 1997
Este Convenio de 1.986 también establece la normativa urbanística a aplicar a los espacios de interface Puerto/Ciudad en la Zona Sur de nueva creación. Una década después del Convenio anterior, en 1.997, se firma un nuevo acuerdo entre el Ayuntamiento y el Puerto, si bien esta vez participan también en el mismo la Administración Central del Estado y el Gobierno Regional. De este Convenio lo interesante para los fines de este artículo es que la Autoridad Portuaria desafecta del uso portuario la zona terrestre de la dársena interior para cederla a la ciudad, obviamente a cambio de unas contrapartidas a cumplir por el resto de firmantes del Convenio. Este Convenio llamado “Balcón al Mar” permite la articulación del parque del antiguo cauce del río que cruza la ciudad con el paseo marítimo de nueva construcción a través de la rótula que constituye la Dársena interior del Puerto.
5. La XXXII América’s Cup.
Integración puerto - ciudad del Puerto de Valencia “Balcón al Mar“
Si a lo anterior añadimos la climatología de la zona y el régimen de vientos, excelente a juicio de los expertos, no es de extrañar que Valencia y su puerto fueran elegidos sede de la XXXII edición de la América’s Cup.
Desarrollo Urbano - Valencia 2004
18
La desafectación de la Dársena interior del uso portuario ofreció una magnífica oportunidad a la ciudad para postularse como candidata a la celebración de la prueba ya que se contaba con unas instalaciones portuarias terrestres y marítimas llenas de posibilidades para los fines de la regata.
La necesaria bocana de acceso al canal desde el mar se diseñó de modo que pudiera dar lugar a una marina deportiva que tras la prueba diera servicio a la ciudad. De este modo , y en tiempo record , se consiguió llegar a la configuración actual del puerto en el que han quedado claramente diferenciados la zona comercial y la de contacto con la ciudad constituida por las dos dársenas deportivas enlazadas por el nuevo canal.
Desde el momento de la elección la Autoridad Portuaria comprendió la trascendencia del acontecimiento para el puerto y lo integró en su estrategia de empresa , comenzando a trabajar de inmediato en la remodelación de la dársena interior para acomodarla a las exigencias del evento; surge en estos momentos la posibilidad y conveniencia de conectar directamente la citada dársena interior con el mar abierto excavando un canal a través de uno de los muelles portuarios, para de este modo separar totalmente el tráfico deportivo del comercial.
19
Plano de Ordenamento da RENT
Maria João Burnay, Directora do DGACZH, ICNB, I.P.
Um grupo de trabalho, constituído pelos membros da Comissão Mista de Coordenação1, (CMC) nomeada para acompanhar e coordenar os trabalhos de elaboração do Plano de Ordenamento, um conjunto de técnicos dos serviços centrais do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. (ICNB), os técnicos e os vigilantes da natureza da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) e a equipa a quem o plano foi adjudicado, tornaram possível que ao fim de aproximadamente 12 meses, num trabalho sem interrupções, o PORNET se encontrasse concluído tecnicamente.
Inês Galrão
PLANO DE ORDENAMENTO DA RESERVA NATURAL DO ESTUÁRIO DO TEJO UMA VISÃO ESTRATÉGICA E DE PARCERIA VIRADA PARA O FUTURO
Arq. Ricardo Espírito Santo Esboço Espaço Tecno-Natureza
Foi igualmente importante o papel das entidades convidadas2, que não fazendo parte da CMC, activamente colaboraram com os seus contributos durante todo este processo. Em paralelo realizaram-se reuniões sectoriais, com entidades da administração pública e privadas, para melhor se compatibilizarem e integrarem sempre que possível, os seus contributos e visões distintas. Houve ainda lugar a uma prévia sessão de apresentação do início de elaboração do PORNET, que teve lugar em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Benavente e ainda, uma sessão junto de representantes do Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins, realizada nas instalações da RNET.
Entre 4 de Setembro e 18 de Outubro, estará em fase de discussão pública, o Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Estuário do Tejo (PORNET). Vinte e seis anos de aplicação do Regulamento Geral da Reserva Natural do Estuário do Tejo e seis anos do Plano de Gestão da Zona de Protecção Especial (ZPE) dão lugar a um instrumento vocacionado para a gestão sustentável dos seus valores naturais e recursos, integrando nessa gestão os principais actores sociais e económicos com interesses e competências neste território.
concretização dos objectivos que levaram à classificação do Estuário do Tejo, como reserva natural, com particular enfoque na conservação de habitats, flora e fauna selvagens protegidas. Para prossecução desses objectivos foram estabelecidas regras sobre os usos no estuário, a ocupação do solo e o desenvolvimento de actividades humanas como a agricultura, a agro-pecuária, as actividades aquícolas, a navegação fluvial e portuária, e ainda as actividades culturais, de recreio e turismo, de forma a torná-las compatíveis com a conservação dos recursos naturais.
Norteou a elaboração deste Plano de Ordenamento a necessidade de vincular uma estratégia de conservação e de gestão que permitisse a
Os planos de ordenamento das áreas protegidas, consignados como planos especiais de ordenamento, no quadro dos instrumentos de
20
gestão territorial, definem diferentes níveis de protecção consoante os valores a salvaguardar. Isto significa que, quando determinada parcela de um território é abrangida por uma área protegida, terá obviamente de ter uma abordagem diferente na sua intervenção. É através de um plano de ordenamento, que podemos tornar transparentes, coerentes e objectivas as regras de protecção, utilização e ocupação de um território. Os estudos, a ponderação, a discussão e auscultação, durante a elaboração de um plano, para além da realização de um trabalho transversal e sectorial com diferentes actores e em momentos diversos, são condições indispensáveis para se atingirem os objectivos atrás delineados.
Inês Galrão
Áreas de Sapal
É também muito importante para todos os intervenientes na gestão territorial e para todos os que usufruem deste espaço e nele partilham as suas vidas e dia-a-dia, a conclusão deste plano especial do ordenamento território. Estamos a falar de uma das primeiras áreas protegidas a ser classificada em Portugal, a Reserva Natural do Estuário do Tejo que com uma área de 14.416 ha, abrangendo os concelhos de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira. A importância desta Reserva Natural está bem patente nos diferentes estatutos de protecção que sobre ela recaem, realçando os de importância internacional, comunitária e nacional. Sítio RAMSAR desde 1980, possui o estatuto de Zona Húmida de Importância Internacional, sendo considerada uma das mais importantes Zonas Húmidas da Europa. Incluída na Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE) criada ao abrigo da Directiva Aves e no Sítio da Lista Nacional de Sítios, ao abrigo da Directiva Habitats, fazendo parte da Rede Natura 2000. Faz parte da Rede Nacional de Áreas Protegidas, integrando com mais seis reservas naturais, o Departamento de Gestão de Áreas Classificadas Zonas Húmidas, do ICNB.3
Áreas de Sapal
Cerca de dois terços da área da RNET, são constituídos por águas estuarinas, integrando ainda o seu território, para além do plano de água e das zonas adjacentes às margens, os mouchões do Lombo do Tejo, da Póvoa e de Alhandra, e uma parte da Lezíria Sul. Destaca-se a importância ecológica da área estuarina, onde zonas permanentemente submersas dão suavemente lugar a zonas de espraiados de maré e a zonas de sapal e caniçal, onde vamos en-
contrar as famosas salinas. As salinas são hoje áreas de grande importância para a avifauna selvagem, tendo sido outrora o suporte de uma complexa actividade económica e social, onde a produção e toda a faina ligada ao sal tiveram um papel importante na criação de emprego e na construção de uma cultura local ligada à salicultura, da qual ainda se encontram interessantes testemunhos. Outro ecossistema de significativo valor ecológico é a lezíria, forma-
21
Plano de Ordenamento da RENT
Inês Galrão
Eduardo Gameiro
Plano de Ordenamento da RENT
Guida Machado
Flamingos e Alfaiates
Na área estuarina distinguem-se os seguintes níveis de protecção: A Protecção total recai em áreas destinadas a garantir a manutenção dos processos naturais em estado de perturbação mínima e a criação de áreas de refúgio para a avifauna, correspondendo grosso modo a áreas do sapal de Pancas e à zona entre-marés associada a este sistema ao longo de uma faixa com a largura de 1000 metros aproximadamente, como cartografado na planta síntese. A Protecção parcial tipo I, em áreas destinadas a contribuir para a manutenção e valorização natural e paisagística, compreendendo as restantes áreas de sapal e os caniçais da zona entre-marés que se encontram nas margens. A Protecção parcial tipo II, engloba as salinas, a lagoa do mouchão do Lombo do Tejo e as restantes zonas entre-marés do estuário, são áreas destinadas a contribuir para a manutenção e valorização naturais e paisagística e dos usos e actividades associadas.
João Correia
Guida Machado
O Sítio das Hortas
O Sítio das Hortas
A Reserva Natural do Estuário do Tejo é um verdadeiro ex-libris numa área metropolitana, que muitos países gostariam de ter, dele usufruindo e tirando o melhor partido. Todo o Estuário do Tejo está incluído na área de jurisdição da Administração do Porto de Lisboa, desenvolvendo-se uma actividade portuária de relevante interesse socio-económico na área envolvente da RNET. Também outras entidades da administração pública têm jurisdição territorial ou competência em actividades que se desenvolvem na área abrangida pelo PORNET, realçando-se a administração local autárquica, o que só demonstra a necessidade de articulação constante e aferição de objectivos comuns.
22
O PORNET pretende contribuir decisivamente para o estabelecimento de parcerias que congreguem uma visão de compromisso para a conservação da natureza e da biodiversidade, promovendo condições para o desenvolvimento sustentável. Assume-se por isso ser também um instrumento privilegiado na gestão de conflitos e na procura de optimização de recursos e oportunidades de modo a imprimir uma gestão global e coerente em todo o Estuário do Tejo. As principais linhas de acção do Plano visam manter as melhores condições para a avifauna e para a riqueza ecológica que caracterizam este sistema estuarino, apostando no desenvolvimento de um modelo de gestão à altura das exigências e importância desta Zona Húmida, criando condições de visita e estada, com um especial enfoque para a oferta de turismo de natureza e turismo rural.
Os elementos do Plano de Ordenamento - Os elementos fundamentais que constituem este Plano de Ordenamento são o regulamento e a planta síntese, mas também devem ser consultados os restantes documentos que dele fazem parte, tais como os estudos que fundamentam a solução de ordenamento proposta, cartografia de suporte e ainda, entre outros, o programa de execução. Um plano de ordenamento carece sempre de uma leitura cruzada entre todos os artigos do seu regulamento e da consulta das cartas de síntese e de condicionantes, sendo a carta síntese a tradução gráfica das disposições regulamentares do plano. Os níveis de protecção - Para uma melhor leitura, interpretação e manuseamento do PORNET, distinguiu-se a Área Estuarina da Área Terrestre de modo que o regulamento e a planta sínteses, assim o reflectem, como se pode ver na carta aqui publicada.
Na área terrestre foram definidos dois níveis de protecção:
O Sítio Valedas de Frades Hortas Inês Galrão
da por antigas áreas de sapal, artificialmente isoladas das marés e das cheias e transformadas em terrenos agrícolas, onde se incluem os mouchões, constituindo um ecossistema indissociável do todo que é o Estuário.
E, por último, a Protecção complementar, cujo objectivo passa por assegurar a compatibilização das actividades humanas comos valores naturais e o amortecimento de impactes relativamente às áreas de protecção total e parcial. Estão abrangidas as zonas permanentemente submersas, como sejam os canais de navegação e restante plano de água.
Lezíria Sul
A Protecção parcial tipo II, que compreende as áreas agrícolas e de montado cartografadas na planta síntese e conforme descritas no regulamento, onde são permitidas utilizações compatíveis com a preservação dos recursos naturais. São admitidas actividades de turismo de natureza, bem como utilizações para fins agrícolas, florestais ou mistos, desde que constituam suporte dos valores naturais. A Protecção complementar, que engloba as restantes áreas agrícolas da Lezíria Sul e dos mouchões do Tejo, bem como outras áreas, devidamente cartografadas na planta síntese, sendo aqui o objectivo compatibilizar as actividades humanas necessárias ao desenvolvimento social e económico local com os objectivos de conservação da natureza e da biodiversidade.
Áreas de Intervenção Específica - O PORNET identificou dois grupos de situações que requerem a aplicação da figura de Intervenção Específica. As Salinas e os Mouchões, por serem espaços com um valor natural e cultural, que carecem de valorização, de salvaguarda, de recuperação e de reconversão, necessitando de um conjunto de medidas para além dos regimes de protecção em que estão inseridos. Os Mouchões - As áreas de intervenção específica dos mouchões de Alhandra, do Lombo do Tejo e da Póvoa incidem sobre toda a superfície dos mouchões desde as margens, diques de protecção, valas, comportas, património edificado e área agrícola. O objectivo principal desta intervenção específica é manter a integridade física dos mouchões e dos seus habitats designadamente através da contenção da erosão nas margens e da promoção de actividades sustentáveis. A intervenção específica em cada mouchão será feita de acordo com o programa global definido no regulamento do PORNET, que contempla, entre outras intervenções, a produção agrícola, limpeza das valas e matos, beneficiação dos locais para a avifauna, actividades de animação ambiental e recuperação do edificado existente para turismo ou apoio à exploração agrícola. As intervenções, dependendo da especificidade de cada acção, serão desenvolvidas pelos proprietários em colaboração com entidades públicas ou privadas, entre as quais o INCB, a APL, o INAG, e a CMVFX, quando e como adequado. As Salinas - A área de intervenção específica das salinas incide sobre todas as áreas da RNET onde actualmente existem tanques de salinas, designadamente, na Saragoça, em Vale de Frades, em Vasa Sacos e no viveiro Norte da Bela Vista. Verifica-se, por um lado o abandono destes sistemas, com a consequente degradação dos habitats, e o por outro a sua utilização sem cobertura legal e sem regras de sustentabilidade, através da apanha de camarinha e alguma aquicultura. Pretende-se valorizar as estruturas das salinas com base em usos sustentáveis que possibilitem a manutenção de condições ecológicas adequadas à conservação das aves aquáticas, compatibilizando usos tradicionais com o potencial aproveitamento
23
Plano de Ordenamento da RENT
Usos e actividades regulamentados no PORNET São várias as actividades que têm como palco a área do PORNET e como tal carecem de um conjunto de regras de forma a acautelar os objectivos de conversação dos valores naturais desta Reserva Natural. A pesca e apanha comercial e a pesca lúdica, as culturas marinhas, a produção de sal, a navegação, a fundeação e amarração, as dragagens, passando pela agricultura e pecuária, as edificações e infra-estruturas, o turismo de natureza, os trabalhos de investigação científica e monitorização e por último a recolecção de espécies vegetais ou animais não sujeitas a medidas de protecção legal, são actividades e usos, que encontram nas disposições do Regulamento e no Programa de Execução, não só as regras e orientações pelas quais se devem guiar a partir da data da sua ratifica-
ção, mas também um conjunto de medidas e acções, que abrangem as diferentes áreas de intervenção científica, social e económica que permitirão concretizar no terreno o modelo de gestão sustentável e integrado preconizado neste Plano de Ordenamento. Podemos desde já distinguir quatro projectos estruturantes em termos de visitação que serão o início de uma oferta em rede e de criação de massa crítica que se pretende imprimir a todo este território classificado, assente nas verdadeiras potencialidades para o ecoturismo, para o recreio e o lazer, ainda completamente por explorar. Em Alcochete, embora fora, mas bem perto do limite da RNET, em plena ZPE, será inaugurada brevemente uma das portas da Reserva Na-
tural. Um espaço privilegiado para o recreio e actividades de turismo de natureza, o Sítio das Hortas, um Pólo de Animação Ambiental por excelência. Em Vila Franca de Xira, Lezíria Sul, irá nascer o EVOA, o Espaço de Visitação e Observação de Aves, que concilia esta emergente actividade ligada ao turismo de natureza, com a gestão de habitats favoráveis à avifauna. Ainda em Alcochete prevê-se a criação de um ambicioso projecto que será pioneiro em Portugal e nas áreas protegidas. O Espaço Tecno-Natureza, onde entre actividades desporto de natureza, poderá usufruir-se em tempo real da natureza através da tecnologia instalada. Não querendo agora adiantar mais nada. No concelho de Benavente, com Vale de Frades, irá nascer o primeiro projecto de gestão sustentável de uma salina, cujo modelo será replicado como Inês Galrão
Inês Galrão
Plano de Ordenamento da RENT
24
João Correia
para o turismo ornitológico. Das intervenções específicas permitidas nas salinas destaca-se a exploração aquícola em regime extensivo ou semi-intensivo, com recurso à policultura integrada com espécies naturais do estuário do Tejo, reservando-se toda a área dos cristalizadores para a avifauna. Não são permitidas alterações às cotas de fundo e níveis de água nos cristalizadores e condensadores. Sem prejuízo da legislação em vigor, o regulamento prevê a obrigatoriedade de elaboração de um plano de monitorização interna e externa de vários parâmetros químicos e biológicos que garantam a qualidade da água. Admite-se a instalação de infra-estruturas para efeitos de apoio às actividades aquícolas, de produção de sal e de visitação, vocacionadas para a observação de avifauna e interpretação ambiental.
Inês Galrão
Vale de Frades
Lezíria Sul
O Sítio Valedas de Frades Hortas
Com esta abordagem pretende-se implementar um modelo de gestão sustentável das salinas e marinhas, com vista a criação de uma marca que ateste não só a qualidade do produto a comercializar, como da visitação a promover, como ainda e sobretudo da adopção de práti-
cas que melhoram as condições de habitat da avifauna principal objectivo da gestão das salinas. Este modelo será replicado às restantes áreas similares da ZPE do Estuário do Tejo e nas outras Zonas Húmidas, que integrem espaços com vocações similares.
Lezíria Sul
25
Plano de Ordenamento da RENT
Lisboa 2050
Este texto é baseado no livro “Lisboa 2050 – Estudo de possibilidades de intervenção no Estuário do Tejo”, que aprofunda os temas aqui tratados, e que foi escrito com base na informação reunida e elaborada por discentes e docentes da disciplina de Projecto do Curso de Mestrado em Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL): Arquitectos João Luís Carrilho da Graça, Inês Lobo e José Adrião. As propostas de projecto aqui apresentadas são da autoria de Sérgio Silva (Quinta do Almariz, Almada), Pedro Coelho (Quimiparque, Barreiro), Francisco Marques (Cais do Ginjal, Almada) e Bruno Henriques (Barreiro).
LISBOA 2050 A Lisboa do século XXI pode ser uma cidade voltada para o seu estuário, ou esquecida da massa de água do rio Tejo e da biodiversidade que ladeia as suas margens. Este estudo procura ser uma parte importante na discussão e desenvolvimento de soluções. Ruben P. Ferreira, Universidade Autonóma
Daqui a cinquenta anos, Lisboa à escala metropolitana pode voltar a ter o seu centro no estuário de um rio despoluído, intensamente habitado na suas margens, com actividades múltiplas e surpreendentes que agradem a todo o tipo de pessoas, como só uma grande metrópole pode tornar possível. Mas como é que se pode conseguir isso? O programa proposto pelo Núcleo Universidades da primeira Trienal de Arquitectura de Lisboa (2007), lançou à discussão o tema, “Lugares em Espera”, dando o mote para o estudo de diversos vazios urbanos situados no perímetro do estuário do Tejo, quer na margem Norte, quer na margem Sul. A equipa constituída pelos alunos finalistas do curso de Mestrado em Arquitectura da UAL, pelos consultores convocados, a par dos docentes das disciplinas de Projecto e de Estudo da Paisagem, as duas constantes do actual plano de estudos do Departamento de Arquitectura da UAL, decidiu aceitar esse desafio, optando por uma análise de Lisboa à escala da sua Área Metropolitana.
Planta Síntese Arq. Ricardo Espírito Santo
1 Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. que preside; Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo; Instituto da Água; Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano; Administração do Porto de Lisboa; Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (actual Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural); Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura; Direcção-Geral dos Recursos Florestais; Direcção-Geral do Turismo; Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico; DirecçãoGeral dos Transportes Terrestres e Fluviais; EP - Estradas de Portugal, E. P. E.; Direcção-Geral de Infra-Estruturas do Ministério da Defesa Nacional; Câmara Municipal de Alcochete; Câmara Municipal de Benavente; Câmara Municipal de Vila Franca de Xira; Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), organização não governamental de ambiente designada pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente.
Esboço Espaço Técno-Natureza
exemplo de gestão e onde será promovido o turismo de natureza com acesso universal. Estes projectos são desenvolvidos em parceria com as autarquias respectivas, entidades públicas e privadas e organizações não governamentais de ambiente, nomeadamente a Companhia das Lezírias e a Liga para a Protecção
26
da Natureza. Trata-se sem dúvida de um bom começo para o futuro sustentável do Estuário do Tejo, e uma forma de dará conhecer uma das mais importantes Zonas Húmidas da Europa, a “deux coups d’oiseaux” de Lisboa! Uma síntese de beleza entre os elementos naturais e as artes do homem!
2 Câmara Municipal de Loures; Câmara Municipal da Moita; Câmara Municipal do Montijo; Direcção Regional de Agricultura e Pesca de Lisboa e Vale do Tejo; Junta Metropolitana de Lisboa; Companhia das Lezírias; Associação Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira; Associação dos Agricultores do Ribatejo; Associação de Produtores Florestais da Península de Setúbal. 3 De acordo com os novos estatutos do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. aprovados pela Portaria nº 530/2007, de 30 de Abril, as áreas protegidas foram agrupadas e integradas em 5 Departamentos de Gestão de Áreas Classificadas cujas competências são, entre outras, a gestão directa das áreas protegidas de interesse nacional.
Procurou simular-se a sua transformação numa Metrópole que usasse e potenciasse os excelentes recursos que o Estuário do rio Tejo disponibiliza. Uma simulação para o ano de 2050, resultante de uma leitura concelho a concelho, sistematizando informações resultantes da aproximação real aos lugares, às suas especificidades, e ao entendimento do seu contexto na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Uma análise territorial a partir de persistentes deslocações e observações de campo, da consulta de cartografia, do estudo de planos e documentos escritos e do contacto directo com as populações. Centralidade metropolitana - Ao contrário de outras áreas metropolitanas, que incluem cidades como São Paulo, Los Angeles ou Madrid, a AML (abrangendo um território desde Mafra a Setúbal, com cerca de três milhões de habitantes), tem as suas actividades e usos dispersos, desconexos uns dos outros. Cada concelho estrutura o seu tecido urbano isolado do outro, com as suas infra-estruturas e actividades económicas próprias. Por vezes, repetindo as mesmas situações e os mesmos erros.
27
Lisboa 2050
Urge reconhecer qual a zona de influência da área da metropolitana e qual a sua actividade económica principal. Ao observar-se a totalidade do rio, cerceada pela ocupação de algumas das suas margens com actividades afectas ao Porto de Lisboa, pois estão na sua jurisdição, considerou-se fundamental abordar o problema da localização desse porto. Percebeu-se que a transferência para outra zona do estuário, ou até para outro estuário ou zona costeira, seria menos lesiva para Lisboa do que a sua manutenção, pois assim libertaria muitos dos espaços actualmente ocupados, que oferecem uma relação privilegiada com o i1 i2 i3 i4 i5 i6 i7 i8 i9 i10 i11 i12 i13 i14 i15 i16 i17 i18 i19
Lisboa 2050
rio. Simultaneamente, tornaria essa estrutura mais eficaz e precisa no desempenho das suas funções e nas conexões com as infra-estruturas viárias e ferroviárias territoriais que lhe são vitais, e na relação fundamental com a Europa, África e os Estados Unidos da América. Foram estudados cinco temas principais do que ficou definido como uma Estratégia Global para o Estuário do Tejo, a saber: as Bacias Hidrográficas, a Mobilidade, o Porto de Lisboa (Porto de Pesados, Porto de Recreio e Porto de Cruzeiros – estruturas existentes e propostas), o Natural – Artificial, e as Zonas Agrícolas.
A proposta elaborada entregue a concurso na Trienal de Arquitectura de Lisboa, sintetizada na exposição por uma planta e desenvolvida no livro “Lisboa 2050 – Estudo de possibilidades de intervenção no Estuário do Tejo”, foi distinguida pelo júri com o Primeiro Prémio Universidades (ex-equo).
centralização no fluxo entre margens – no Terreiro do Paço e Cais do Sodré. O lugar sugerido para a localização dos novos terminais fluviais assiste ao princípio da coordenação intermodal, que articula a sua função de comutação de fluxos de passageiros com o comércio e os serviços, constituindo interfaces entre os variados meios de transporte público, reforçando a capacidade de processamento de passageiros nos terminais existentes. Desde logo, no Montijo, Barreiro (Quimiparque), Barreiro (Seixal), Corroios, Cacilhas, Porto Brandão, Trafaria, Algés, Belém, Alcântara, Cais do Sodré, Terreiro do Paço, Xabregas e Parque das Nações.
Estratégia Global /Bacias Hidrográficas e Mobilidade - A interpretação levada a cabo teve como principal intenção a definição e sistematização de um limite marginal de intervenção correspondente a uma franja efectivamente ribeirinha. Isso reflectiu-se na possibilidade
Algés _terminal fluvial Alcântara_terminal de cruzeiros Terreiro do Paço_terminal fluvial Xabregas_programa misto Ponta da Erva_observatório de aves Alcochete_terminal fluvial Montijo_programa misto Moita_observatório de aves Barreiro_terminal fluvial Barreiro_programa misto Barreiro_clube náutico Barreiro_quinta pedagógica Barreiro / Seixal_parque tecnológico Seixal_parque tecnológico Ponta dos Corvos_residência de artistas Almada_terminal de cruzeiros Cacilhas_terminal fluvial Trafaria_programa misto Trafaria__porto de cargas
Estratégia Global – Porto e Natural/Artificial A localização do novo Porto de Cargas é sugerida para a área Atlântica, a área de entrada do estuário, onde a profundidade é maior, facto que possibilita a atracagem de barcos de diferentes calados e um maior resguardo dos ventos, das ondas e das correntes. A sua situação contém reunidas as áreas do porto actualmente existentes nos terminais de Granéis da Trafaria, de Líquidos do Porto de Buchos, de Porto Brandão e da Banática, de Granéis Alimentares de Palença; de Contentores, de Alcântara, no terminal “Multipropose” de Lisboa, nos terminais Multiusos e de Granéis Alimentares do Beato, e no terminal de Alhandra.
Fotomontagem da proposta para o novo porto de Lisboa
de divisão da forma estuarina por quatro áreas distinas: Atlântica, Metropolitana, Reserva, Local. Cada uma fazendo parte de um harmonioso conjunto – a superfície líquida – definido por unidades (lugares a intervir) que resultaram do levantamento dos vazios urbanos. Consequência da proposta de relocalização das estruturas portuárias, os lugares “expectantes”, por estarem devolutos, descaracterizados, ou serem reveladores de potencial por explorar.
Planta síntese da estratégia global
28
Outra prioridade foi o desenvolvimento de novas centralidades metropolitanas e o complemento de uma estrutura de acessibilidade em rede que diminuísse as assimetrias pendula-
res persistentes, através de uma nova Linha de Transporte Ligeiro de Superfície (TramTrain). O estudo dos percursos dessa linha concluiu que devem ser definidos entre Algés e Vila Franca de Xira, na travessia marítima nas duas pontes sobre o Tejo e na terceira, em estudo, entre Fonte da Telha e Cacilhas, Pragal e Brejos de Azeitão, Amora e Benavente, e, por fim, Barreiro e Rio Frio. Bem como pela ampliação e reforço da capacidade do sistema de transportes fluviais afectos ao estuário do Tejo. Uma reinvenção que constitui um reforço de urbanidade e um complemento às pontes existentes, contornando a tendência para a
Os terminais de Cruzeiros deverão ficar localizados na área metropolitana, perto dos acessos que ligam a zonas que oferecem maior interesse turístico. É criado um novo na margem Sul do Tejo, e nos actuais terrenos da Lisnave são reformulados os Terminais de Cruzeiros de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, sendo mantido o de Santa Apolónia. As Docas de Recreio, principalmente destinadas ao lazer, são espalhadas pelas diferentes áreas, com maior incidência nas áreas locais, como as Docas do Bom Sucesso, de Belém e de Sto Amaro. São propostas novas docas, situando-se a maioria na margem Sul do Tejo – no Barreiro e nos actuais terrenos da Lisnave. A linha de costa constitui a fronteira entre a terra e a água e deve ser valorizada. Tal limite reveste-se de um carácter dinâmico, na medida em que vê a sua configuração alterar-se com a passagem do tempo.
29
Lisboa 2050
Lisboa 2050
traçado da linha do Transporte Ligeiro de Superfície, introduzindo programas de mercados abastecedores de maior e menor dimensão no interior de zonas agrícolas ligadas a áreas verdes que, por sua vez, estabelecem limites para o desenho do tecido urbano e o reestruturam. Quinta do Almaraz, Almada - Da análise do território resultou uma proposta de ordenamento. A escolha dos lugares foi evoluindo até centrarse numa área de projecto ao longo de toda a margem do estuário, com programas específicos para cada sítio. No caso da Quinta do Almaraz, situada entre Cacilhas e o Castelo de Almada, o lugar é fechado pela topografia, plasmada nos muros e na encosta. Um palimpsesto de quatro mil anos sujeito às incertezas temporais dos trabalhos arqueológicos ali realizados. A proposta é a transformação do vazio ruralizado, vagamente privatizado por alguns agricultores, numa estrutura viva e dinâmica de cidade, potenciando-o como sítio público e de estudos arqueológicos, infra estruturando-o através da definição dos seus limites, transformando-os em membranas permeáveis, aproveitando a preexistência dos muros e edifícios situados predominantemente no limite sul. No perímetro, desenham-se outros muros que, por vezes, se transformam em edifícios, promontórios peninsulares que definem lugares e configuram praças, espaços de transição e transumância entre a urbanidade construída da cidade e o vazio da Quinta do Almaraz. Planta da proposta da Quimiparque - Barreiro
A margem Norte tem hoje um limite perfeitamente definido, resultado de sucessivos aterros. Aqui, a sua utilização relaciona-se com o lazer ou a prática náutica. A Sul, a margem alterna a intervenção artificial e a evolução natural. Praias, mouchões, sapais, canaviais vão pontuando a linha de costa, enquadrando superfícies economicamente activas, destinadas à prática agrícola, à piscicultura e à indústria transformadora, sob a forma de salinas e moinhos e maré, onde também se localizam plataformas artificiais que se foram instalando em função da presença de canais navegáveis, destinadas à ocupação industrial.
30
Com efeito, a ocupação da zona de contacto terra-água acontece essencialmente através de dois processos evolutivos e transformadores da linha de costa: por aluvião (natural), depósito de areias, cascalho e/ou lamas nas margens do Estuário. Tais sedimentos têm origem no processo de erosão da bacia hidrográfica do rio Tejo. Por aterro (artificial), que corresponde à elevação do nível do terreno, mediante a construção de plataformas horizontais em área molhada protegidas por muros de retenção marginal. Interessa sobretudo o valor da mutabilidade da linha de costa e a sua capacidade de gerar espaços entre a condição terrena e aquática.
Estratégia Global / Zonas agrícolas - A integração de áreas agrícolas bem dimensionadas pode aumentar a competitividade económica e a diversidade paisagística de uma área metropolitana. A definição do desenho de zonas verdes que acompanhem a morfologia estuarina, expandindo-se desses limites para o interior, integrando o ambiente urbano e o ambiente rural (e verde, planeado), também. Propõe-se, por isso, que a área da (antiga) Base Aérea do Montijo, lugar de terrenos férteis, seja um espaço privilegiado para uma actividade agrícola de suporte à escala da metrópole, que pode ser repetida por toda a AML, inserida ao longo do
O programa acontece nos espaços que o muro contínuo desenha, sendo sempre de carácter público, cultural, ligado ao estudo e mostragem da arqueologia, bem como comercial, permitindo que a cidade escolha naturalmente as funções a instalar. Plataforma Artificial da Quimiparque, Barreiro Vinte e três hectares de paisagem claramente industrial, marcada pela desactivação e degradação do edificado e por uma topografia única, atribuindo-lhe uma identidade e um carácter cénico no meio de toda a extensão do aterro industrial, constituem esta área de intervenção. As indústrias devolutas pontuam o local em dois núcleos separados visualmente pela topografia. A operação de organização passa pelo
Maquete da proposta para a Quinta do Almaraz - Almada
prolongamento de um corredor verde, proposto na estratégia geral para o Barreiro, que se estende desde a área urbana consolidada (1), atravessando a área urbana a consolidar (2), e pelo envolvimento dos dois núcleos construídos com este novo elemento da paisagem, que se estende até ao rio. O objectivo é a transformação num grande centro educativo direccionado para o ensino das Artes e dos Ofícios. Os dois núcleos propostos terão programas distintos mas complementares. O que se aproxima mais do estuário, como área residencial e de trabalho para estudantes e artistas. O núcleo abre-se em praça para o rio, tornando-se mais fechado, mais privado e impermeável. O edifício das residências remata esta praça com espaços escondidos na topografia que dinamizam todo o complexo: serviços, ateliers, galerias, estúdios de música, oficinas, livrarias, restaurantes e cafés surgem redesenhando a topografia existente. A escola de Artes e Ofícios ocupa o segundo núcleo de forma oposta ao primeiro. Quebra com a ideia de uma topografia permeável e absorvente de todos os fluxos, e funciona como espaço público de transição ou permanência temporária.
Proposta para os banhos do Ginjal - Almada
Banhos do Ginjal, Almada – Antigos armazéns Hugo Perry & Son - Em tempos de outrora (1860), antes ‘da construção do cais, já os banhos no Ginjal estavam oficializados no Covalinho’ (in “Memórias do Ginjal”). O local da intervenção conhecido pela sua excepcional topografia acidentada e pela possibilidade de definição de limites que podem originar percursos e acessos ao edificado, é caracterizado por uma arriba de betão totalmente construída como um grande muro de suporte. Esta arriba sofre constantes derrocadas e tem áreas vegetais que a sustêm, denunciadas pelas camadas geológicas visíveis.
31
Lisboa 2050
Waterfront Expo
WATERFRONT LISBOA 2007 WATERFRONT EXPO
Maquete da proposta para o terminal intermodal do Barreiro - Seixal
5th year, 376 cities, 61 countries Since its inception, delegates from 376 cities and 61 countries have taken part in WaterfrontExpo. In this period, the conference has addressed a broad spectrum of issues relating largely to the planning, design and development of waterfronts around the world. What continues to make WaterfrontExpo unrivalled is the fact that it is hosted by a different waterfront city every year. This means that the conference in particular is able to draw content from each host city’s unique waterfront environment – thereby adding great value for the participants. The mission of WaterfrontExpo is to make a positive difference to waterfront developments – both new and existing – around the world. This has been achieved by creating an annual platform where professionals involved in all aspects of waterfront development come together to share knowledge and promote best practice.
WaterfrontExpo 2007 conference The now well-established WaterfrontExpo conference format is based around 12 diverse and fascinating case studies. These international case studies range from small, local-community waterfront developments to massive regional waterfront mega-projects. Some are new-build, others are regeneration based. There is also a broad mixture of development types: mixed use, leisure orientated, commercial, residential-only etc. In short – something for everyone! CONFERENCE THEMES AT WATERFRONTEXPO 2007:
Sustainable waterfront development O local teve funções relacionadas com a fábrica de óleo de fígado de bacalhau e com os estaleiros de Hugo Perry & Son. A arriba de betão tinha dois acessos: por escada, a quinze metros, e por um funicular, de apoio à fabrica do Ginjal, situado a 30 metros de altura. Com o tempo, o quotidiano do cais foi diminuído pela desactivação das unidades de armazenagem. O espaço de lazer ali abrigado sobre a vista privilegiada da cidade de Lisboa, seguiu semelhante caminho. Propõe-se o aproveitamento das plataformas no terreno para encostar edifícios, usufruindo da pouca exposição solar aí existente. Na mesma condição, surgem também problemas no acesso praticamente inexistente à cidade de Almada na cota mais elevada. O cais do Ginjal surge assim como uma plataforma no nível ribeirinho. O programa proposto insere-se no contexto deste cais, uma vez que contempla a continuidade
32
de percursos e acessos a uma área ampla de água, mantendo as relações visuais diversas com a cidade e com a escarpa. O limite definido pelo percurso contínuo fecha a área de banhos entre o passeio do cais e a escarpa. Terninal Intermodal do Barreiro / Seixal - Na abordagem à escala do estuário, era importante entender a importância do ramal ferroviário do Barreiro e a sua organização ao longo dos anos, como ponto de ligação de Lisboa ao sul do país e de distribuição das matérias-primas pelas várias indústrias pesadas da região. Essas estruturas estão, hoje em dia, desmontadas ou em vias de ser abandonadas. O objectivo principal foi o de, ‘Ligar o que esteve sempre ligado’, reformulando e integrando uma nova infra-estrutura num sistema de ramal preexistente, que proporcione ligações à escala urbana e regional.
A esta reformulação assistem uma vontade e objectivos que resultam em diversas intenções: retirar o último aterro construído para o terminal do Barreiro; retomar a ligação do bairro da Quinta Pequena ao resto do Barreiro; a integração da ligação física com o Seixal, através de uma ponte; a resolução dos problemas de acesso ao terminal fluvial mais próximo da cidade, com acessos rápidos e ligação à rede de Transporte Ligeiro de Superfície (via AlmadaSetúbal); a construção de um silo automóvel com ligação ao terminal e de novas vias rodoviárias e pedonais de ligação entre o bairro da Quinta Pequena e o resto da cidade; a inclusão de espaços comerciais, creche, centro de dia e cada de jovens, espaços de apoio local; e a abertura de uma via estruturante para a cidade do Barreiro.
This is the main theme of the event. Every waterfront city in the world wants to be thought of as promoting sustainable development. But what does it actually mean? The Lisbon, Vienna and Vancouver case studies will focus on this, and in particular issues such as community development, ecology and energy efficiency.
Design as a driver for development Most of the world’s best known and commercially successful waterfronts exhibit cutting-edge architecture and planning. Waterfront design: substance or spin? The case studies from Bahrain, Vilamoura and Gdansk will go some way to answering this.
Capitalising on culture Competition between waterfront cities is intense. How can culture and leisure be leveraged to attract tourists, investors and tenants? Delegates will find the Valencia and Fremantle (both America’s Cup hosts 21 years apart) and Recife (Brazil) case studies illuminating in this respect.
Funding & infrastructure This is the business-end of waterfront development. How should developers begin preparing projects for the investment market? How can large infrastructure projects with little or no return be financed? Live examples from Middlesborough, Liverpool and Portland will illustrate these issues and put forward some solutions.
The case studies: • Bahrain • Liverpool • Valencia • Fremantle
• Portland • Vancouver • Gdansk • Recife
• Vienna • Lisbon • Middlesborough • Vilamoura
International exhibition The WaterfrontExpo exhibition complements the conference perfectly. In practice, very few delegates attend all the conference sessions. Most find the exhibition highly appealing and take time to meet the exhibitors in a relaxed and friendly setting. The exhibiting companies comprise representatives of waterfront cities from around the world, architects and urban planners, engineers, port authorities, marina designers, real estate firms, environmental consultants... to name but a few.
33
Waterfront Expo
Waterfront Expo
SOCIAL PROGRAMME
Who should attend? OUR AIM IS TO ENSURE THAT A BROAD MIX OF INTERNATIONAL WATERFRONTS AND THEIR DESIGNERS, PLANNERS AND DEVELOPERS INVOLVED IN THE PLANNING, DEVELOPMENT, DESIGN, CONSTRUCTION AND MANAGEMENT OF WATERFRONTS ARE REPRESENTED.
Lisbon walking tour
Networking has always been a key element of WaterfrontExpo – where else can you meet hundreds of high-level delegates all with an interest in waterfront development? The social programme in Lisbon will provide participants with plenty of opportunities to meet with colleagues in a relaxed environment:
A walking tour of the city hosted by professional guides incorporating the waterfront and buildings of historic and architectural interest.
Tuesday 2 October
The Tagus River waterfront tour
5.00 – 7.00
The event will be of interest to:
Participants include:
A fascinating two hour tour in the Tagus estuary starting in Belem and ending at the Parque das Nações. Complete with expert commentary and refreshments.
Welcome reception at the Parque das Nações. The reception will take place in building that was the Portuguese Pavilion during World Expo ’98. Be prepared for a view from the balcony that will take your breath away!
Owners of waterfronts wishing to explore potential development options – including port and harbour authorities, municipalities, local and regional authorities/government, private firms and consortia
architects
TOURS AND SITE VISITS Tuesday 2 October
Wednesday 3 October
Wednesday 3 October
Oeiras
5.15 – 6.00
This site visit focuses on Oeiras’ plans to develop tourism along the beautiful stretch of coast that the municipality occupies. There is an existing marina and there are plans for another. A boardwalk that will run the entire length of the Oeiras coastline is currently being constructed. Tourist-oriented enterprises will be developed along it.
Exhibition reception
Port of Lisbon Delegates will be taken to the Vessel Traffic Service Tower (with one of the best views in Lisbon) for a presentation and short film about the Port of Lisbon. The tour will then return to the Congress Centre via the the Santo Amaro Dock (now a recreational dock) and the Alcântara/Rocha area.
Real estate professionals – with retail, commercial, residential and leisure interests
surveyors civil engineers/specialist engineers landscape architects
Waterfront property developers – specialist development firms
urban planners/master-planners
Marina owners/operators, designers and developers
building/construction contractors
Tourism, hotel and leisure-related organisations
national government officials
Banks and other sources of development funding
municipal authorities and planners
Civic Reception will take place at Lisbon’s impressive City Hall. No visit to Lisbon is complete without visiting this magnificent building.
Professional firms – architects, landscape and urban designers, general and specialist construction firms, master-planners, contractors and engineers, specialist consultants
the financial and legal sector - banks
Thursday 4 October
End-users – hotel, restaurant and retail chains, leisure facility developers and operators
7.30 – 10.30
5.15 – 6.30 Sponsored drinks and snacks in the exhibition at the end of the show.
Media – construction-related, retail, real estate, hotel and leisure, specialist (marinas etc) and tourism
finance companies, insurance companies, specialist law firms investors port and harbour authorities marina designers/developers environmental consultants conservation and heritage organisations andrestoration specialists
Thursday 4 October
property developers: residential, commercial, retail, hotel and leisure
Almada
tourism promotion authorities
The Municipality of Almada has commissioned the worldrenowned architects, Rogers Stirk Harbour + Partners, to devise a masterplan for a 115-hectare site encompassing extensive former dockyards and a part of Almada’s conurbation along a two-kilometre stretch of river frontage. This site visit will provide delegates with an excellent overview of the proposed scheme.
real estate firms
Parque das Nações
land reclamation contractors
The Parque das Nações, covering 340 hectares, including 5km of river front property on the Tagus River estuary, is Lisbon’s leading tourist attraction and most impressive urban development project. It was the site of the 1998 World Exposition and includes many interesting features such as an aquarium and the Olivais Dock - a 1940’s airport for hydroplanes. The Parque das Nações has successfully re-established the link between the City and the River.
dredging companies
34
relevant international waterfront developments (case studies) building material suppliers computer software specialists
harbour/waterfront management firms
35
Waterfront Expo
CONFERENCE PROGRAMME TUESDAY 2 OCTOBER 11.00 Walking tour of old Lisbon 12.00 Registration and buffet lunch 2.00 Tagus River waterfront tour introduction and briefing 2.30 Tagus river waterfront tour 5.00 Welcome reception Portugal Pavilion, Parque das Nações Sponsored by Parque Expo SA
36
37
Waterfront Expo
Waterfront Expo
WEDNESDAY 3 OCTOBER 8.30 Registration, exhibition and coffee 9.20 Civic welcome
THURSDAY 4 OCTOBER 4.00 Seminar 1 Panel members:
Theme: Sustainable waterfront development in Greater Lisbon
Energy efficiency: Passive climate control
Chair, Charlie Hughes, CEO, Smart Futures, UK
Speakers from
9.45 The vision for the waterfronts of Greater Lisbon Presented by Area Metropolitana Lisboa 10.15 Case study: Municipality of Almada Almada Nascente – Cidade da Água Lord Richard Rogers, Rogers Stirk Harbour and Partners, UK 10.40 Case study: Municipality of Oeiras Presented by Municipality of Oeiras 11.05 Case study: Port of Lisbon Presented by Port of Lisbon
Professor Chris Short, Short & Associates, UK previous session 4.30 Tea and exhibition 5.00 Case study: Vancouver Brent Toderian, Director of Planning, City of Vancouver, Canada 5.30 Close of day two
8.30 Registration, exhibition and coffee Case studies: Capitalising on culture and leisure 9.15 Case study: Valencia Consorcio Valencia 2007 9.45 Case study: Fremantle Bret White, Associate, Cox Howlett & Bailey Woodland, Fremantle, Australia 10.15 Case study: City of Recife Luis Miguel Rodrigues, Parque Expo, Portugal 10.45 Panel discussion 10.45 – 11.10 Seminar 2
5.35 Exhibition reception
Panel members: Climate change: what are the real risks for
8.00 Civic Reception at City Hall
Speakers from waterfront cities?
11.00 Coffee and exhibition
12.00 Keynote presentation
11.30 Keynote presentation
Charlie Hughes, CEO, Smart Futures, UK 12.30 Case study: Vienna Peter Klopf, Waterfront Coordinator, City of Vienna, Austria) 12.30 Tour preview and site visit – Oeiras (Returns 13.45) 12.30 Tour preview and site visit – Port of Lisbon (Returns 13.45) 1.00 Lunch and exhibition Case studies: Design as a driver for waterfront development Chair: David Beard, Director, Waterliving, UK 2.30 Case study: Bahrain Bay Simon Harding-Roots, Principal - Real Estate Investment, ARCAPITA, Bahrain 3.00 Case study: The Lake Apartments, Vilamoura Nicole Hammond, Project Manager, Wimberly Allison Tong & Goo, London Graciano Garcia, Commercial Director, Chamartin Imobiliaria, Portugal 3.30 Case study: Young City, Gdansk Phyllis Hjelmdal Larsen, Managing Director, BPTO Gdansk Development A/S, Poland 4.00 Panel discussion
38
3.45 – 4.10 Seminar 3 Waterfront design: creating attractive destination Voon Fui Lai, Associate, Gensler, UK 4.00 Tea and exhibition 4.30 Keynote presentation Creating leisure assets for the community: Pittsburgh’s Three Rivers Park Lisa Schroeder, Executive Director, Riverlife Task Force, USA 5.00 Closing remarks 5.15 Sponsored drinks reception 6.30 Close of conference
previous session Munich Re, UK
11.30 Coffee and exhibition
Sustainable waterfront cities
Panel members: Speakers from previous session
Developing historic buildings: New Holland Island, Saint Petersburg Foster & Partners, UK 12.00 Preparing projects for the investment market Philip Harcourt, Director, Colliers CRE 12.00 Tour preview and site visit – Almada (Returns 1.15) 12.00 Tour preview – Parque das Nações (Returns 1.15) 12.30 Lunch and exhibition Case studies: Funding and Infrastructure Chair: Mark Beaumont, Director, WaterfrontExpo Limited, UK 2.00 Chair’s address 2.15 Case study: Middlehaven, Middlesborough Sean Egan, Project Director, Tees Valley Regeneration, UK Pete Halsall, Managing Director, BioRegional Quintain, UK 2.45 Case study: The South Waterfront, Portland Dennis Wilde, Principal, Gerding Edlen, USA 3.15 Case study: Liverpool The Mersey Partnership, UK 3.45 Panel discussion
39
Notícias dos portos
NOTÍCIAS DOS PORTOS A Administração do Porto de Lisboa lança Prémio “Inovação APL” - No âmbito das comemorações dos 100 anos, e enquadrado pelo documento “Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário”, a Administração do Porto de Lisboa assinou, no passado dia 8 de Maio, um Protocolo de Cooperação com a Agência de Inovação, com vista à instituição do Prémio “Inovação APL”. Desta forma, a APL pretende distinguir a realização de trabalhos de investigação académica na área da logística e da gestão marítimo-portuária, que potenciem o desenvolvimento da importância do porto de Lisboa, contribuindo para o desenvolvimento de know-how nacional e de inovação nesta área. A este prémio poderão ser candidatados trabalhos aprovados, originais ou publicados nos últimos 3 anos, no âmbito de Pós-graduações, Mestrados e/ou Doutoramentos que não tenham recebido qualquer prémio ou distinção. Espera-se que os trabalhos a serem desenvolvidos por estudantes e investigadores venham a contribuir para o desenvolvimento da importância e da afirmação do porto de Lisboa, identificando novas competências que permitirão obter novas vantagens competitivas.
Administração do Porto de Lisboa colabora com a Universidade Itinerante do Mar - A Universidade Itinerante do Mar 2007, iniciativa promovida pela Universidade do Porto e pela Universidade de Oviedo, subordinada ao tema “O Mediterrâneo, um espaço de encontro entre culturas”, dando seguimento à experiência piloto realizada em 2006, conta este ano com o apoio da APL. A UIM 2007 integrou um grupo de 84 jovens estudantes universitários, repartidos em dois cursos que terão uma com-
ponente de formação em academia, uma componente de navegação, a bordo do navio escola “Creoula” e uma componente de trabalho final a desenvolver pelos alunos (Projectos de Mar), que servirá para avaliação. O primeiro curso compreendido entre 1 e 15 de Agosto, teve início em Lisboa, na Escola Naval do Alfeite, onde decorreu a componente de formação em academia, desenvolvendo-se posteriormente a formação em navegação, num itinerário que ligou Barcelona, Ajaccio, Mahón e Alicante. O segundo curso compreendido entre 12 e 26 de Agosto, teve inicio em Oviedo, onde decorreu a formação em academia, desenvolvendose a formação em navegação também a bordo do navio escola “Creoula”, num itinerário compreendido entre Alicante e Lisboa, com escalas em Palma, Tânger e Portimão. Nos portos visitados foi efectuada uma apresentação do porto e da cidade. As visitas da UIM 2007 ao Porto de Lisboa decorreram em duas ocasiões distintas, com primeiro grupo a ser recebido a 3 de Agosto, após formação em academia, e o segundo a 25 de Agosto, após formação em navegação.
APL adquire scanner móvel de raio x para contentores - No âmbito da CSI – Container Security Initiative, acordo celebrado entre as alfândegas dos EUA e de Portugal, a APL em parceria com a DGAIEC, desenvolveu em 2005 os esforços necessários para a aquisição de um equipamento de inspecção não intrusiva de contentores, que permitisse a inspecção das cargas sem ser necessária a abertura daquelas unidades de transporte. A titulo de empréstimo os EUA forneceram um scanner fixo, que tem vindo a operar em Alcântara desde Janeiro de 2006. Tendo a APL como grande objectivo
a aquisição de um equipamento próprio, adjudicou à Siemens, o fornecimento de um modelo mais recente, o HCV-Mobile pelo valor de 1.598.800 euros. Este equipamento totalmente móvel, permite inspeccionar o veículo e o contentor num só varrimento até 4,7 m de altura, sendo uma ferramenta muito eficaz para a detecção de estupefacientes, contrabando convencional, armas, explosivos, fontes radioactivas, bem como, a capacidade adicional de detecção de passageiros clandestinos. O HCV-Mobile permite a visualização de uma imagem radioscópica (raios x) de alta definição do conteúdo da carga, chassis e cabine. Esta imagem é captada lateralmente no veículo inspeccionado, através de um braço fixado a um veículo standard Mercedes Benz que suporta todo o sistema radioscópico e que permite a deslocação do equipamento de um local para outro, sem qualquer restrição. O equipamento agora adquirido, tem uma capacidade muito superior ao scanner fixo fornecido a titulo de empréstimo pelos EUA, garantindo melhores condições operacionais para os condutores dos veículos que transportam os contentores, bem como, para os funcionários da alfandega. A utilização desta tecnologia de vanguarda, posiciona o Porto de Lisboa como porto preferencial nas trocas directas com os EUA e, à data da entrada em funcionamento do scanner fixo, o Porto de Lisboa era o segundo porto ibérico a dispor deste tipo de equipamento. A APL congratula-se com o investimento realizado, numa área tão importante como é a segurança nacional e comunitária.
A APL aderiu ao BCSD Portugal - É com satisfação que anunciamos a entrada da APL - Administração do Porto de Lisboa, S.A. no Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, atendendo a que todos seremos poucos, para o desafio do desenvolvimento sustentável no mundo dos negócios. O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável é uma associação sem fins lucrativos, foi criada em Outubro de 2001, associadas ao WBCSD – World Business Council for Sustainable Development, tendo como missão transpor para o plano na-
40
cional os princípios orientadores do WBCSD. A missão principal do BCSD Portugal é fazer com que a liderança empresarial seja catalizadora de uma mudança rumo ao Desenvolvimento Sustentável e promover nas empresas a ecoeficiência, a inovação e a responsabilidade social. A missão principal do BCSD Portugal é: • Divulgar os princípios que caracterizam o Desenvolvimento Sustentável; • Articular a cooperação entre a comunidade empresarial, os governos e a sociedade civil com vista à promoção do Desenvolvimento Sustentável; • Promover acções educacionais e de formação para divulgação dos princípios do Desenvolvimento Sustentável; • Executar projectos e estudos de casos que ilustrem e estimulem o Desenvolvimento Sustentável. Participar ou promover noutras iniciativas que contribuam para o Desenvolvimento Sustentável do tecido empresarial português. Com esta acção a APL, S.A. reconhece a importância da implementação de práticas que se traduzam num desenvolvimento sustentável, dando o seu contributo para um mundo melhor para as gerações futuras.
APL colabora em acção de formação de quadros de municípios integrantes da AML - A Administração do Porto de Lisboa (APL) colaborou com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) na organização do terceiro curso de Lisboa da RETE (Associação para a colaboração entre portos e cidades) sobre a relação porto-cidade subordinada ao tema “Potencialidades Turísticas das Frentes Ribeirinhas”, que decorreu na Gare Marítima da Rocha Conde D’Óbidos, nos passados dias 21, 22, 28, 29 e 30 de Maio de 2007. Com esta acção, inserida no seu Plano de Formação para 2007, a AML procurou desenvolver as competências dos técnicos municipais no que diz respeito à concepção e promoção de actividades de lazer e culturais, vocacionados para o turismo. Para além disso, era também objectivo da AML melhorar as capacidades para conceber uma actividade de lazer ou cultural numa zona ribeirinha do município de prove-
41
Notícias dos portos
niência, fundamentada na promoção do rio como produto turístico bem como identificar e descrever casos internacionais e nacionais na promoção turística das zonas ribeirinhas. O curso foi destinado a técnicos superiores ou equiparados das Autarquias da Área Metropolitana de Lisboa, com funções na área do turismo, cultura e desporto, tendo nele participado também seis técnicos superiores da APL, da Direcção de Património e Obras e da Direcção de Segurança e Ambiente. Esta acção de formação, que se integra já nas actividades do Nó Avançado de Lisboa da RETE, que inclui, para além da APL e AML, o Instituto de Dinâmica do Espaço da Universidade Nova de Lisboa, foi encerrada com a realização de um seminário subordinado ao tema “Grandes Projectos e Eventos em Frentes de Água”. Este seminário foi aberto como uma intervenção do Dr. Manuel Frasquilho (Presidente da APL) abordando “O Papel do Porto de Lisboa nos eventos desportivos no estuário do Tejo”, tendo sido encerrado pelo Eng.º Carlos Teixeira (Vice-Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa e da RETE).
A APL é empresa CarbonoZero - A Administração do Porto de Lisboa tornou-se numa organização CarbonoZero, ao realizar a quantificação e compensação das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) nos edifícios e frota automóvel da empresa, contabilizando as emissões verificadas através do consumo de combustíveis fosseis, electricidade nas suas instalações, o consumo de combustível na sua frota e a eliminação de resíduos produzidos nas instalações. Através da análise feita aos dados referidos concluiu-se que a APL é responsável pela emissão de um total de 977 toneladas de CO2/ ano, que vão ser compensadas através da aquisição de créditos de sequestro de carbono, provenientes da área florestal CarbonoZero, integrada na Companhia das Lezírias. Para compensar o quantitativo estimado de emissões é necessária uma capacidade de sequestro de 3900 árvores ao longo de 30 anos. Em todo o mundo, empresas e outras organizações estão a assumir voluntariamente a sua responsabilidade na protecção do clima e a transformar essa acção num poderoso instrumento de comunicação. CarbonoZero é uma solução integrada, com serviços especializa-
42
dos de quantificação e gestão de emissões de CO2 e programas inovadores de comunicação, à medida das empresas. CarbonoZero é uma atitude, uma tendência e uma vantagem.
A APL tornou-se sócia da Associação Madrid Plataforma Logística - A Administração do Porto de Lisboa é, desde o passado dia 26 de Abril, sócia da Associação Madrid Plataforma Logística, entidade presidida por D. Fernando Merry del Val y Diez de Rivera. Através da assinatura do acordo de colaboração entre a APL e a Associação Madrid Plataforma Logística (MPL), realizada em Junho do ano passado, foram estabelecidas as condições que regerão a colaboração entre ambas as entidades, com vista à promoção e ao incentivo do desenvolvimento de actividades empresariais vinculadas ao sector do transporte e da logística. Reconhecendo as vantagens mútuas na cooperação das duas organizações bem como a importância que o porto de Lisboa poderá assumir para a região de Madrid e, tendo presente a importância que a parceria entre as duas entidades poderá contribuir para o aumento da notoriedade ibérica e para a dinamização comercial do porto de Lisboa, a APL aprovou a sua inscrição como sócia da MPL. A Associação Madrid Plataforma Logística é uma associação sem fins lucrativos, constituída em Fevereiro de 2005 e, de entre os seus sócios fundadores, contam-se empresas e instituições tão importantes como a Puertos del Estado, o Instituto Madrileno de Desenvolvimento (IMADE), a Confederação Empresarial de Madrid, a Abertis e a Autoridade Portuária de Valência, para além de outros. A Associação constitui um fórum de debate com a finalidade de promover o diálogo entre os sectores público e privado para a planificação e optimização de recursos a longo prazo, com desenvolvimentos planificados e adequados às necessidades de cada momento. Os seus fundadores, conscientes da importância estratégica de Madrid, criaram a Associação “Madrid Plataforma Logística” e fomentaram a participação de todos os agentes relevantes da comunidade logística da região, através desta entidade, que tem por missão coordenar e articular a plataforma logística da Comunidade de Madrid.
Evolução dos tráfegos - No primeiro semestre de 2007, a carga movimentada no porto de Lisboa registou um crescimento de 12,5% face a igual período de 2006, ultrapassando as 6,8 milhões de toneladas, para o qual contribuiu a evolução favorável da carga geral fraccionada (+18,1%), dos granéis sólidos (+18,5%), nomeadamente os agro-alimentares (+29,7%) e da carga contentorizada (+11%). No que diz respeito à movimentação de contentores no porto de Lisboa, quer em termos de TEU, quer do número de contentores, verificou-se um crescimento relevante de 8,2% e 7,7%, respectivamente.
Porto de Setúbal - Crescimento sustentado na 1ª metade do ano - No 1º semestre de 2007, o porto de Setúbal movimentou 3,6 milhões de toneladas de mercadorias, o que representou um crescimento de 16% face ao período homólogo de 2006. Este aumento no movimento portuário ficou a dever-se, essencialmente, ao crescimento verificado nos produtos metalúrgicos (21%), cimento (4%), clínquer (96%), concentrado de cobre e zinco (32%), madeiras (100%) e pedras ornamentais (58%). O movimento de contentores registou um crescimento de 28% em volume. Os terminais de serviço público da SAPEC, TERSADO e SADOPORT foram responsáveis pelos maiores aumentos: respectivamente, de 62%, 56% e 18%. A manter-se este ritmo de crescimento neste semestre, o movimento do porto de Setúbal deverá superar os 6,5 milhões de toneladas de mercadorias.
Editorial
ACONTECEU...
Carlos Humberto de Carvalho Presidente da JML
Uma estratégia sustentada para as frentes ribeirinhas A publicação da revista AML Estuarium veio ocupar um espaço editorial na política de comunicação da Área Metropolitana, nas questões mais directamente ligadas às frentes ribeirinhas, na dimensão da sua diversidade - intervenções urbanísticas, património, actividades económicas, sustentabilidade ambiental - antecipando um debate que conhece agora novos e decisivos desenvolvimentos.
A Área Metropolitana de Lisboa, como um dos membros mais activos da RETE, respondeu positivamente ao desafio de criação de um centro operativo local – Nó Local de Lisboa, que irá ter a seu encargo o desenvolvimento, a promoção e a divulgação local de actividades de carácter formativo, de investigação, e de estudos que contribuam a resolução da problemática da cidade portuária e a sua relação com o porto. Esta nova lógica de organização, pretende replicar e potenciar as sinergias decorrentes de uma sociedade em rede, de forma a intensificar o ritmo e o alcance da troca de experiências e conhecimento.
Entre as actividades desenvolvidas mais recentemente pelo Nó de Lisboa, destacamos também, o curso de formação profissional - “Potencialidades Turísticas das Frentes Ribeirinhas” que se realizou de 21 a 30 de Maio e que teve como público alvo os Técnicos Superiores das Autarquias da Área Metropolitana de Lisboa, com funções na área do turismo, da cultura e desporto. O curso de formação terminou com um seminário, aberto ao público, dedicado aos “Grandes Projectos e Eventos”, onde podemos contar com oradores da Administração do Porto de Lisboa, da Federação Portuguesa de Vela e do Clube Naval de Cascais.
O Nó de Lisboa é um centro operativo da RETE, que tem a seu encargo o desenvolvimento, a promoção e a divulgação local de actividades de carácter formativo, de investigação, e de estudos que contribuam para reforço os objectivos da Associação. Esta nova lógica de organização, pretende replicar e potenciar as sinergias decorrentes de uma sociedade em rede, de forma a intensificar o ritmo e o alcance da troca de experiências e conhecimento.
Como ambicionamos que o Nó Local de Lisboa, em breve, se torne num referencial de divulgação e ponto de encontro de todos aqueles que se interessam pela temática da requalificação das frentes de água e relação porto-cidade, criou-se para esse efeito o estatuto de Membros Colaboradores do Nó Local de Lisboa.
A Área Metropolitana de Lisboa está a operacionalizar o site de Internet do Nó local de Lisboa (www.aml.pt/rete), instrumento que ambicionamos que se torne, em breve, referencial da temática Porto/Cidade. Para além, do espaço dedicado à promoção da região, iremos contar com um espaço de divulgação das experiências, dos projectos e intenções para as frentes de água dos municípios da AML; um espaço de indicação, consulta e downloads de publicações temáticas e por fim um espaço de divulgação das actividades desenvolvidas, como reuniões, congressos e outras actividades que se enquadrem na temática da rede.
Podem candidatar-se ao estatuto de Membros Colaboradores, entidades públicas, privadas ou cidadãos a título individual que tenham interesse pela temática da relação porto-cidade e que estejam dispostos em fomentar a troca de ideias e projectos. Para além de passarem a receber a malling list do Nó Local de Lisboa, com divulgação das actividades sobre a temática, passaram a dispor de acesso a uma plataforma colaborava, onde poderão divulgar e promover dos seus trabalhos, estudos e reflexões, bem como fazer aceder a documentos que serão de acesso exclusivo aos Membros Colaboradores.
O fim desse ciclo não significou nenhuma inversão nas nossas orientações estratégicas, mas antes uma reestruturação do projecto, visando repensar o seu objecto comunicacional, dando-lhe uma imagem deliberadamente menos lúdica, e, ao mesmo tempo, concedendo mais espaço editorial para a exposição temática e uma maior especialização nas matérias tratadas. Como poderão apreciar, através da leitura deste Caderno Especial da Estuarium, alusivo às frentes ribeirinhas, alargámos a reflexão sobre a gestão dos estuários do Tejo e do Sado, englobando os contributos que o conhecimento académico pode trazer a este debate civilizacional e o desenvolvimento portuário como factor de interactividade e complementaridade com a envolvente urbana. Não podia ser mais oportuna esta edição, em vésperas da realização em Lisboa, de 2 a 4 de Outubro, da WaterfrontExpo2007, uma conferência internacional de renome sobre a temática do desenvolvimento das frentes de água, que vai trazer a Lisboa Delegados de 36 Países e do “Open Days 2007”, no âmbito da Semana Europeia das Regiões e Cidades, que se realiza entre 8 e 11 de Outubro, com o objectivo de promover uma mudança de paradigma para as cidades - a água como um factor de competitividade e valorização nas estratégias territoriais.
43
S HA S IN AI IR CI BE PE RI S S SE TE NO EN ER FR AD C
Edição da Grande Área Metropolitana de Lisboa 1º Semestre 2007
Alcochete
Loures
Palmela
Almada
Mafra
Seixal
Amadora
Moita
Sesimbra
Barreiro
Montijo
Setúbal
EL PUERTO DE VALENCIA
Cascais
Odivelas
Sintra
PLANO DE ORDENAMENTO DA RENT
Lisboa
Oeiras
Vila Franca de Xira
ALMADA NASCENTE ORLA RIBEIRINHA DE OEIRAS
“LISBOA 2050” WATERFRONT EXPO 2007
Rua Carlos Mayer, 2 - R/C, 1700 - 102 LISBOA Tel: 21 842 85 70 - Fax: 21 842 85 77 www.aml.pt amlgeral@aml.pt