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EDITORAL

TESTE, TESTE... Esta revista é uma iniciativa da Bend Clothing, é a primeira edição da Bend Mag. A idéia da revista é trazer para o público o que tá rolando dentro do universo do skate e surf da nossa região. Nas próximas páginas você vai conhecer, por exemplo, o Alexandre Machado, surfista e skatista que enfrentou uma barra e provou que a vida não é mole não mas tem muita coisa boa pra tirar dela. Ele é um dos destaques desta edição. Vamos falar também do Victor Praun, que vem chamando a ateção no cenário da música. Tem matérias sobre as remadas de standup que andam rolando por aí e o movimento para proteger o Canto do Morcego em Itajaí-SC. Além disso temos matérias sobre moda, como não poderia faltar. Tem a coleção de inverno da Bend saindo do forno agora e uma iniciativa legal que mistura a Etnies, o Matt Willkinson e ecologia. Esperamos que você curta a revista, ela foi feita pra você sem nenhum fim lucrativo. A idéia é te trazer conteúdo que junte informação, diversão e principalmente inspiração pra remar cada vez mais, dar mais um rolê ou começar a praticar um novo esporte - por que não né? Até a próxima edição galera, valeu!

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ÍNDICE Capa: Tiago Pavan Foto: Arquivo pessoal

5 news 6 por

| Penny Skateboards

aí | Canto do Morcego

10 play

| Victor Praun Inverno 13 Bend Clothing Adriano Machado

| style 12

| inspiração 14

Iniciativa Etnies + Matt Willkinson

| style 16


NEWS

ELES ESTÃO DE VOLTA! Recriado a partir dos populares skates de plástico da década de 70 e 80 o Penny Skateboard remonta a história do australiano Ben Mackay, que abandonou a carreira para fabricar skates.

Ben aos 5 anos de idade subiu em cima do primeiro skate, vermelho e de plástico, que juntamente com seu pai ajudou a restaurar. Desde então Ben nunca deixou de andar de skate e de surfar! Quando decidiu recriar aquele skate de plástico que despertou sua paixão pelo esporte Ben fez centenas de shapes diferentes até chegar no modelo atual de 57 cm e diferentes cores vibrantes. o Skate Penny criado então por Ben é similar em tamanho, formato e visual (colorido) àquele de 40 anos atrás. Porém, em nada lembra no quesito performance. Depois de muitas tentativas Ben conseguiu criar um skate de plástico injetado e moldado com uma performance incrível, lembrando os skates longboards atuais que buscam recriar os

movimentos do surf no asfalto. O skate Penny foi desenvolvido para ser rápido, ágil, durável e, principalmente… divertido! Ele é perfeito para a cidade, como meio de locomoção ou diversão, sendo facilmente transportado em uma mochila se necessário.

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Mais de 1,5 mil pessoas protestam contra lei de zoneamento na Praia Brava, em Itajaí Ambientalistas, moradores, surfistas, turistas ou apenas simpatizantes. Todos de mãos dadas por um objetivo em comum. O Canto do Morcego, na ponta Norte da Praia Brava, em Itajaí, foi a causa que eles resolveram defender. É a segunda vez em cinco anos que as pessoas se reúnem no local para protestar contra o avanço imobiliário no local. E desta vez aconteceu depois que a Câmara de Vereadores de Itajaí aprovou a lei de zoneamento na última sessão de 2012. O objetivo do abraço simbólico ao Canto do Morcego, um dos locais que deve ser repaginado com a aprovação da lei, foi tentar mostrar às autoridades que a comunidade é contra. Foi o que justificou a presidente da União dos Amigos

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da Praia Brava (Unibrava), Cláudia Severo. - Além deste protesto, também vamos tentar barra esse lei juridicamente. E estamos bem embasados para isso. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,5 mil pessoas estavam no local no momento do abraço simbólico. É a segunda vez que é organizado um protesto deste tipo na região. A primeira havia sido em 2008. - Desde 2007, a gente vem abraçando esta causa e tentando sensibilizar nossos governantes. Já estamos vendo os efeitos no canto Sul (da Praia Brava) e não queremos que aconteça o mesmo aqui -, disse Sabrina Schneider, uma das organizadoras.


POR AÍ

O próximo passo é entrar com uma nova ação civil pública. - São alguns pontos que vamos apresentar: o fato de o conselho gestor não ser tão democrático; que a lei de zoneamento não obedece o plano diretor; os dois laudos que mostram que aqui é uma área de preservação permanente; e mostrar as várias ações civis públicas em que o Judiciário decidiu que nada pode ser mudado enquanto estas ações estiverem tramitando -, explicou Cláudia.

a nova lei de zoneamento. Na prática, ela autorizaria a construção de prédios de oito andares na segunda quadra, além de permitir o uso da região do Canto do Morcego. Depois disso, a vereadora Anna Carolina Martins (PRB) e o exvereador Níkolas Reis (PT) entraram com uma ação que aponta irregularidades na votação, entre elas o fato da lei de solo ter sido votada junto com a do zoneamento. A ação está sendo analisada.

Na época, o secretário de Planejamento de Itajaí, Paulo Praun Entenda o caso Cunha Neto, garantiu que a nova lei de zoneamento é mais restritiva No dia 31 de dezembro de 2012, que a anterior, não permitindo, por a Câmara de Vereadores de Itajaí, exemplo, construções na primeiem sessão extraordinária, aprovou ra quadra da praia na área do Morcego.

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SURF MUSIC LOCAL Não é de hoje que Santa Catarina vem formando grandes músicos do cenário “litoral”. Nomes como Armandinho e Dazaranha fazem sucesso dentro e fora do estado e estão a cada dia mais famosos. O novo talento da região se chama Victor Praun. Ele nasceu em Itajaí e só com 19 anos já está fazendo gravações com participações especiais. A última dele foi em Março, no Estúdio S. ele gravou uma de suas músicas com a colaboração do Gazu, vocalista do Dazaranha. A música chamada Paraíso Perdido fala sobre as belezas e a ação do homem no Canto do Morcego, lugar paradisíaco localizado no canto norte da Praia Brava, aqui em Itajaí-SC. BM: Desde quando existe esse interesse pela música? VP: Me interessei por música desde cedo, ouvindo cds que minha mãe tinha como Tim Maia, Raul Seixas, Gabriel o Pensador, entre outros.. BM: Quando você descobriu que, além de escutar, claro, queria de tocar também? VP: Um dia achei um violão jogado em casa, todo empoeirado, com as cordas velhas, e resolvi aprender a tocar.

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PLAY Esse violão minha mãe ganhou quando tinha 15 anos - faz tempo! BM: E já começou a compor nessa época? VP: Com 14 anos, depois de algumas letras ja escritas, eu comecei a compor uma coisa ou outra, até que com 17 anos criei uma música - Surf de Alma. Gostei dela e de tanto tocar em festas da sala e apresentações em colégio, resolvi

seguir meu sonho. Aí comecei a tocar em bares com 18 anos e continuei compondo... BM: O que serve de inspiração na hora de compor um som novo? VP: Eu gosto de estar em lugares tranquilos para poder compor. Por exemplo, sempre que componho é porque acabei de chegar de lugares como praias, sítios e lugares que fico realmente em paz. Meu local preferido é a praia.

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STYLE

INVERNO 13 BEND CLOTHING O inverno é a estação mais elegante e estilosa de todas. As sobreposições, lãs, peles, couros, texturas e acessórios típicos dessa estação favorecem na hora de montar um look mega descolado. A Bend mais uma vez traz uma coleção de muita personalidade e que certamente estará nos closets dos mais cools da região. Além das estampas exclusivas, a Bend também garante o alto nível dos seus produtos, unindo a beleza e o conforto à qualidade. Esperamos que a coleção outono/ inverno 2013 Bend faça parte do seu dia-a-dia e dos momentos incríveis que essa estação tem para proporcionar. Bisous, Gabriela Seixas

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INSPIRAÇÃO

PERFIL ADRIANO MACHADO Conhece a expressão SKATE or die? Adriano Machado, o Bico, como é chamado pelos amigos, é um skatista e surfista de São Paulo que enfrentou e venceu o câncer. Em entrevista exclusiva, ele fala sobre a luta e aprendizagem durante o combate para derrotar a doença e como o surfe e o skate o ajudaram a sair vivo do outro lado do túnel. 1 – Qual o seu nome completo? Adriano Albino Machado Filho. 2- Desde quando você anda de skate? Ando de skate desde os três anos de idade, quando ganhei meu primeiro carrinho do (Alex) Poisé e do (Álvaro) Porque de aniversário, mas parei por muitos anos e voltei com tudo em 2008, andando em bowls, porque um amigo meu, o Haruo, conseguiu com muito esforço me convencer que era igual ao surfe, não era mentira.. 3 – Há cinco anos, você enfrentou e venceu um câncer. O que aconteceu? Conte como foi o processo, desde descobrir a doença até a cura. Cara, isso foi uma parada bem foda na minha vida. Eu descobri que estava doente logo após uma viagem de fim de ano, porque meu pescoço estava com uma bolinha do lado,

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mas achei que era amigdalite e continuei minha trip. Voltando para São Paulo, eu tinha marcado um jantar com uma gata, mas passei no hospital para ver a tal da “amigdalite”. Ali fiquei. Os médicos disseram que eu estava com suspeita de câncer e teria que ficar no hospital para a biopsia. Tentei de todas as formas convencer o médico a me deixar ir ao jantar, dizendo que eu voltaria direto para o hospital, mas nada feito. Lembro muito bem o que eu disse para ele: “deixa eu ir, já ganhei um câncer, agora vou perder o bife?”. Ele se rachou de rir.

“Aprendi a dar valor às pequenas coisas”, Adriano Machado. Foto: arquivo pessoal.


“..andar de skate ou surfar eram as únicas horas do dia que eu não pensava que estava doente..”

Bom, depois disso foi só luta. Fiz o tratamento inteiro com direito a tudo: quimioterapia, radioterapia, foi um processo muito difícil, lento e chato, mas eu tinha uma missão e lutaria até o fim. Minha primeira preocupação foi minha família, minha mãe, meu pai, irmãs e amigos próximos, porque para eles estava sendo pior do que para mim. Na minha primeira fase de tratamento, eu fiz uma quimioterapia muito forte e agressiva em uma clinica pediátrica, então todos os dias, quando eu chegava, lá estavam várias crianças com o mesmo problema que eu ou coisas até piores, sabendo exatamente o que eles tinham e conversando como se fossem adultos sobre o tratamento deles. Cara, isso para mim foi uma injeção de animo e ao mesmo tempo eu só queria ver eles bem. Eu tinha 25 anos e muitos deles nem cinco, então eu só queria que eles vivessem o que eu vivi e, caso eles ficassem bons, para mim já estava ótimo. O sorriso e a energia deles me deixavam cheio de ânimo e vontade de ficar vivo. Eu me sentia um deles quando estava ali, mas assim que eu saia da clínica, eu tinha regras: não podia me machucar, ficar doente e nem comer nada cru, pois meu sistema imunológico estava muito debilitado. Foram 12 meses de tratamento e cinco anos de controle. Enfim, fiz meus últimos exames de controle agora em janeiro de 2013, me livrando de uma vez de todo esse processo chato, mas que me trouxe muitas lições. 4 – Como o skate lhe ajudou a enfrentar esta batalha? O skate era minha alegria junto com o surf. Sem eles, acho que teria sido realmente muito mais difícil. Andar de skate ou surfar eram as únicas horas do dia quando eu não pensava que estava doente, só pensava em mandar as manobras e comemorar as dos brothers: a alegria me dominava e nada mais passava pela mente a não ser o barulho das rodinhas no cimento queimado ou o barulho da água depois de um cut-back. Isso é muita vida. Ali, eu via e me sentia vivo e super saudável. bend MAG

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UMA ÁRVORE PARA CADA TÊNIS Em uma ação de marketing recente, a Etnies estipulou que para cada par de tênis vendido da linha de Matt Wilkinson, uma árvore seria plantada…. pelo próprio Wilko. O atleta que é famoso por seu estilo descontraído e bem-humorado caiu como uma luva para ação que foi apresentada como um vídeo meio tiração de sarro com o atleta, colocando árvores aperecendo para serem plantas em situações inusitadas do cotidiano de Wilko. É possível ajudar o meio-ambiente sem ser coxinha. O próprio Wilko demonstra ironicamente não aguentar mais ter que plantar tantas árvores, mas fazer o que né? Sinal que a linha de tênis do atleta está vendendo bem, ou que a galera está querendo dar mais trabalho pra ele… risos. Se você quer um tênis bacana, ou compraria um só para fazer Matt Wilkinson ter mais uma árvore para plantar acesse o site abaixo e descubra como fazê-lo. Vale lembrar que a promo pode ter restrições de entrega à países como Brasil, mas só de conhecer a linha de tênis já vale a visita.

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