TFG
UNIVERSIDADE SALVADOR - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES ARQUITETURA E URBANISMO 2011
UNIVERSIDADE SALVADOR - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES ARQUITETURA E URBANISMO
CARLOS ALBERTO MILHOR
INTERVENÇÃO EM IMÓVEL EM SITUAÇÃO DE RUÍNA NA RUA VISCONDE DE MAUÁ – CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR – BA E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO
Salvador 2011
CARLOS ALBERTO MILHOR
INTERVENÇÃO EM IMÓVEL EM SITUAÇÃO DE RUÍNA NA RUA VISCONDE DE MAUÁ – CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR – BA E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Departamento de Engenharia e Arquitetura da Universidade Salvador - Laureate International Univesities, como requisito para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Profª Orientadora: Ângela M. Magalhães
Salvador 2011
CARLOS ALBERTO MILHOR
INTERVENÇÃO EM IMÓVEL EM SITUAÇÃO DE RUÍNA NA RUA VISCONDE DE MAUÁ – CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR – BA E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Departamento de Engenharia e Arquitetura da Universidade Salvador - Laureate International Univesities, como requisito para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
profª Ângela Cristina Mattos de Magalhães Mestre pela Universidade Federal da Bahia Instituição a qual pertence: Universidade Salvador - Laureate International Universities
prof. Ernesto Regino Xavier de Carvalho Mestre pelaUniversidade Federal da Bahia Instituição a qual pertence: Universidade Salvador - Laureate International Universities
prof. Pedro Dultra Britto Mestre pela Universidade Estadual de Campinas Instituição a qual pertence: Universidade Federal da Bahia
Salvador, 13 de dezembro de 2011.
AGRADECIMENTOS Agradecimento especial à profª Ângela Cristina Mattos de Magalhães por sua dedicação e paixão ao ensino de arquitetura e por ter orientado este trabalho com seus profundos conhecimentos. Agradeço à profª Ida Matilde Pela que participou da pré-banca de Introdução ao Trabalho Final de Graduação e fez valiosas críticas ao trabalho; Aos membros da banca do Trabalho Final de Graduação: prof. Ernesto Regino Xavier de Carvalho prof. Pedro Dultra Britto Agradeço ainda, a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho: os funcionários da biblioteca; da sala de informática; da secretaria de arquitetura e urbanismo; aos professores da Unicamp e da Unip de Campinas; aos amigos, pelas discussões pertinentes ao tema; ao arq. Rodrigo de Godoy que ilustrou o projeto com suas imagens em 3D; e à minha família que acompanhou todo o processo com muita emoção!
LADEIRA DA PREGUIÇA Gilberto Gil Essa ladeira Que ladeira é essa? Essa é a Ladeira da Preguiça Preguiça que eu tive sempre De escrever para a família E de mandar contar pra casa Que esse mundo é uma maravilha E pra saber se a menina já conta as estrelas E sabe a segunda cartilha E pra saber se o menino já canta cantigas E já não bota mais a mão na barguilha E pra falar do mundo, falar uma besteira Formenteira é uma ilha Onde se chega de barco, mãe Que nem lá Na Ilha do Medo Que nem lá Na Ilha do Frade Que nem lá Na Ilha de Maré Que nem lá Salina das Margaridas Essa ladeira Que ladeira é essa? Essa é a Ladeira da Preguiça Ela não é de hoje Ela é desde quando Se amarrava cachorro com linguiça © Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul) / Preta Music (Resto do mundo)
INTRODUÇÃO 06 A escolha da área 06 Estudos de reconhecimento do objeto 07 A escolha do imóvel10
SUMÁRIO
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA - O Centro Histórico de Salvador 12 1.1 Aspectos culturais e históricos 12 1.2 Aspectos sócio-econômicos 13 1.3 Aspectos geomorfológicos e da paisagem 14 1.4 Estudos para definição da poligonal de intervenção 16 2.QUESTÕES CONCEITUAIS 20 2.1 Ocupação em áreas centrais 20 2.2 Habitação de Centros Urbanos - Ministério das Cidades 21 2.3 Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador 21 2.4 ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social 22 3.LEGISLAÇÃO/NORMAS E PARÂMETROS 23 4.TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 23 5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS 24 5.1 Espaços públicos urbanos 25 5.2 Edifícios Habitacionais 29 5.3 Edificações em Aço 36 6.PROPOSTAS 39 6.1 COM RELAÇÃO À PROPOSTA DE ZEIS 40 Mapa com identificação das poligonais 40 Análise das especificidades do lugar 41 Estudo de massas 49 Perspectivas 60 6.2.PROPOSTA DE PROJETO PARA HABITAÇÃO SOCIAL 62 O desenvolvimento do conceito 63 O desenvolvimento dos espaços internos e estudo do esquema estrutural 69 Desenhos finais da edificação 72 Cálculo dos protetores solares 74 Estudos para os sistemas de reuso de água de chuva e tratamento de esgoto 78 Perspectivas 79 Memorial Descritivo 81 REFERÊNCIAS 83
APÊNDICE A Anteprojeto do imóvel Folha 01: Implantação Geral da situação atual e definição da poligonal da ZEIS III Folha 02: Implantação Geral – uso atual / Implantação Geral – proposta Folha 03: Implantação do Beco do Sodré / Proposta de recuperação da escadaria Folha 04: Plantas Pavimento Inferior 1, Pavimento Inferior 2 e Térreo / Planta de situação / Quadro de áreas e dormitórios Folha 05: Plantas Pavimento 1, Pavimento 2, Reservatório e Cobertura Folha 06: Corte A.A, Corte B.B, Detalhe do gradil, Detalhe da fachada Folha 07: Elevações Folha 08: Detalhe dos protetores solares Folha 09: Caixilhos ANEXO A Fichas de Caracterização dos 33 imóveis da seleção do ERCAS que se encontram na área de estudo deste TFG
1. Conjunto Arquitetônico, Paisagístico, e Urbanístico do Centro Histórico de Salvador; data 19/07/1984; Livro de Tombo LAEP inscr. 86 fl.29.
2. A palavra gentrification tem relação com o termo gentry, que significa “gente de boa família” (MICHAELIS, 1994), ou seja, a gentrificação valoriza o centro para as camadas mais afluentes da sociedade, e é por isso que a palavra, segundo Otília Arantes (ARANTES, 2000), vem “escamoteada pelo recurso constante ao eufemismo: revitalização, reabilitação, revalorização, reciclagem, promoção, requalificação, e até mesmo renascença, e por aí afora, mal encobrindo, pelo contrário, o sentido original de invasão e reconquista, inerente ao retorno das camadas afluentes ao coração das cidades”. Ainda segundo Arantes, “uma cidade estrategicamente planificada de A a Z nada mais seria, enfim, do que uma cidade inteiramente gentrificada” (ARANTES, 2000).
a escolha da área Vamos trabalhar junto ao frontispício/ falha geológica, numa área dentro da poligonal do Centro Histórico definido pelo IPHAN em 1984¹, que por estar muito próxima a grandes investimentos tanto públicos como privados (identificados na Prancha 17 do apêndice A), corre o risco de se transformar em uma área gentrificada.² O que mais nos preocupa neste momento são as intervenções urbanísticas baseadas em planos de gentrificação. O chamado planejamento estratégico, tão divulgado mundialmente, faz uso da cultura como estratégia de valores para facilitar os negócios urbanos, a cultura passa a ser um dos mais poderosos meios de controle urbano (ARANTES, 2000), num processo de revalorização urbana que intensifica a substituição dos antigos moradores por outros de faixas mais altas de renda (MARICATO, 2008). Essa área foi escolhida pela grande importância que possui do ponto de vista histórico e paisagístico na cidade de Salvador e por ser carente de recursos acessíveis à população moradora. Essa população, apesar de estar próxima a um dos pontos mais importantes para a história da cidade, a Praça Castro Alves, fica à margem dos equipamentos urbanos ali existentes (ver localização da área na Prancha 01 do apêndice A – Estudos de Reconhecimento do Objeto – imagem da Análise Inicial do Local de Intervenção – trecho parcial do Centro Histórico).
Analisando a região logo abaixo da Praça Castro Alves em direção ao Museu de Arte Sacra (Rua do Sodré), encontramos imóveis em estados precários e pessoas em situação de rua, numa região de vulnerabilidade social devido ao consumo de drogas e prostituição. A partir desta rua temos um acesso de pedestres por meio de uma escadaria, local conhecido como Beco do Sodré (ver Prancha 04 do Apêndice A), que chega até a Rua Manoel Vitorino, onde encontramos uma arquitetura de casarões que compõe uma das paisagens urbanas mais belas da região do Centro Antigo para quem segue em direção à Igreja de N.S. da Conceição da Praia. Aquela escadaria e os imóveis adjacentes serão objetos de nossa intervenção. A escadaria permite acesso de pedestres do ponto mais alto da Rua do Sodré, próximo à Praça Castro Alves até o início da Ladeira da Preguiça (em seu ponto mais baixo). Hoje esta escadaria se encontra degradada e com muito mato, sem iluminação adequada e oferecendo riscos de acidentes além de local propício ao tráfico e uso de drogas. As imagens da escadaria podem ser vistas nas Pranchas 02 e 03 do Apêndice A – Imagens da Bahia de Todos os Santos e Beco do Sodré. Propomos a reabilitação desta passagem e seus arredores, criando uma praça e recuperando a auto-estima da gente que ali vive, perambula, trabalha, passeia ou apenas passa.
06
A proposta deste trabalho, dentro dos limites de um Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, é o projeto de recuperação de um imóvel existente que encontra-se em ruínas e a recuperação de seu entorno com proposta de criação de uma ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social)no local de estudo. Assim definimos uma poligonal para a ZEIS com base nos elementos que caracterizam a paisagem juntamente com as questões sociais envolvidas naquele contexto. Estamos propondo a criação de uma ZEIS nesta área, entendendo que somente com este instrumento será possível resguardar este importante local da especulação imobiliária que será provocada pelos investimentos previstos nesta região, assegurando a manutenção da população local que aí reside e/ou trabalha. De acordo com Ermínia Maricato, intervir nas áreas centrais “implica em considerar o patrimônio público ou privado, já construído, como poupança, num processo de complementação com obras urbanas (urbanização de favelas ou de loteamentos) ou recuperação de edifícios deteriorados (cortiços), ou mesmo de ampliação de moradias existentes” (MARICATO, 2008). Com essa referência da frase acima é que estamos propondo uma intervenção no local, descrito nas páginas seguintes deste trabalho, com o intuito de manter a população residente, evitando sua remoção e dando condições para que permaneçam em suas casas e com seu trabalho no Centro.
NOTAS:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Visitando o Centro Antigo de Salvador observamos a enorme quantidade de imóveis abandonados, invadidos ou em ruínas. Ao redor desses imóveis, uma situação precária, sobretudo social. Por outro lado a riqueza histórica/urbana aí encontrada necessita de um tratamento adequado. Afinal, aqui se encontra grande parte da história da formação de nosso país após a chegada dos colonizadores: as primeiras casas, ruas, praças, além do porto e o comércio que aqui foram implantados em função da posição geográfica da cidade. O valor arquitetônico/cultural desta região não deve ficar somente registrado nos livros de história e sim fazer parte da dinâmica da cidade atual, com as pessoas que ali vivem e trabalham, com a convivência entre o antigo e o novo, em um diálogo constante, com respeito às diferenças e economicamente viável.
Com isso desejamos que a região tenha sua própria dinâmica e que se mantenha como espaço prioritário de moradia social, comércio e pequenos serviços diversificados com condições urbanas dignas e acessíveis em seu entorno.
FIGURA 1. TRECHO PARCIAL DO CENTRO ANTIGO Imagem Digital: Google Earth em 16/02/2011 (data da imagem: 28/02/2009) BAÍA DE TODOS OS SANTOS
PRAÇA CASTRO ALVES
estudos de reconhecimento do objeto
MUSEU DE ARTE SACRA
BOA VIAGEM / PONTA DE HUMAITÁ TRAPICHE
DESEMBARQUE CRUZEIRO MARÍTIMO
FORTE SÃO MARCELO
07
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
QUEBRA-MAR
INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho, reforçando o que descrevemos acima, é desenvolver um projeto voltado à população residente, devolvendo a esta população um ambiente adequado ao seu cotidiano, melhorando os espaços de circulação, de convívio social, propondo equipamentos urbanos necessários; recuperação de moradias e pequenos comércios locais; valorizar visuais para a Baía de Todos os Santos e recuperar a escadaria existente no Beco do Sodré e outras que fazem a ligação entre a Rua Manoel Vitorino e Ladeira da Conceição da Praia. Estamos propondo ainda a construção de uma ligação por meio de passarela, escada e elevador da Praça Castro Alves à Praça Almirante Paula Guimarães.
Escolhemos esta área para intervenção pelo valor histórico inestimável da região, considerando que foi neste local, próximo à igreja N.S.Conceição da Praia, que foram executadas as primeiras construções da Cidade Baixa e as primeiras vias de acesso à Cidade Alta e as características encontradas no lugar estão em conformidade com as propostas de intervenção em centros antigos do Ministério das Cidades.
BECO DO SODRÉ
Alguns imóveis serão destinados à habitação social, e para que a região mantenha a dinâmica social e econômica, onde for possível, manteremos a tradição do comércio no pavimento térreo. Propomos que outros imóveis possam abrigar novos usos/atividades e a consolidação de usos já existentes na região. Também está previsto em nosso projeto a criação de uma escola que possa ser utilizada como Equipamento Associativo de Uso Múltiplo, onde poderão ser desenvolvidas atividades culturais, artísticas, encontros, cursos e palestras voltadas para a comunidade local. Propomos a recuperação das passagens de pedestres, a adequada distribuição de equipamentos numa distância possível de se chegar a pé, a recuperação da vegetação do frontispício e a prioridade aos pequenos negócios como estratégia para manutenção de empregos e das características históricas do patrimônio construído.
RUÍNA
TRAPICHE
CASARIO ANTIGO DA LADEIRA DA PREGUIÇA
ESPAÇO UNIBANCO GLAUBER ROCHA DE CINEMA
CASARIO ANTIGO
FIGURA 3. VISTA PARCIAL DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS A PARTIR DO ESTACIONAMENT DO MUSEU DE ARTE SACRA imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
FIGURA 2. VISTA PANORÂMICA DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS A PARTIR DO PÁTIO DO ESTACIONAMENTO DO MUSEU DE ARTE SACRA imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
trecho parcial do Centro Histórico DESCRIÇÃO: 01.ESCADARIA / BECO DO SODRÉ
As figuras 4, 5 e 6 representam uma aproximação/ampliação da área de estudo a partir da vista aérea da cidade chegando ao trecho parcial do Centro Histórico onde encontra-se nossa área de estudo.
02.ESTACIONAMENTO
13
03.CASARÕES ABANDONADOS 04.OCUPAÇÃO 05.PRAÇA CASTRO ALVES 06.ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA GLAUBER ROCHA
12
11
07.RESTAURANTE TRAPICHE
07
08.AVENIDA LAFAYETE COUTINHO (AV. DO CONTORNO) 09.LADEIRA DA PREGUIÇA
05
10.RUA DO SODRÉ 11.LADEIRA DA MONTANHA
02 01
12.LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
06
13.RUA MANOEL VITORINO 14.RUA SETE DE SETEMBRO
04 03 03
09
trecho parcial do Centro Antigo
10
INTRODUÇÃO
08
FIGURA 5. Imagem Digital: Google Earth em 16/02/2011 (data da imagem: 28/02/2009)
14 BAÍA DE TODOS OS SANTOS
FIGURA 6. Imagem Digital: Google Earth em 16/02/2011 (data da imagem: 28/02/2009)
CENTRO HISTÓRICO (PARCIAL)
CIDADE DE SALVADOR BAÍA DE TODOS OS SANTOS CENTRO ANTIGO (PARCIAL) OCEANO ATLÂNTICO FIGURA 4. Imagem Digital: Google Earth em 02/06/2011 (data da imagem: 11/01/2008)
08
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
ELEVADOR LACERDA
ESCADARIA EM ALVENARIA COM MUROS DE ARRIMO EM PEDRA
IMÓVEIS ABANDONADOS DA RUA DO SODRÉ
CASARIO DA LADEIRA DA PREGUIÇA
ESCADARIA
PRAÇA CASTRO ALVES
FIGURA 9. VISTA DA ESCADARIA DO BECO DO SODRÉ A PARTIR DO ESTACIONAMENTO DO MUSEU DE ARTE SACRA imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
BECO DO SODRÉ FIGURA 10. VISTA DA AV. DO CONTORNO A PARTIR DO BECO DO SODRÉ imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
FIGURA 7. VISTA DA ESCADARIA DO BECO DO SODRÉ A PARTIR DA AV. DO CONTORNO imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
CIDADE ALTA
CIDADE BAIXA
FIGURA 8. VISTA DA RUA MANOEL VITORINO A PARTIR DA AV. DO CONTORNO imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
Essas imagens foram realizadas na primeira visita ao local. Percebemos logo de início a necessidade de recuperação da escadaria do Beco do Sodré juntamente com intervenções nos imóveis do entorno devido aos seus valores culturais e paisagísticos. Também percebemos os problemas sociais e econômicos dos moradores da região, o que nos fez pensar numa proposta que pudesse envolver essas questões através de um projeto de intervenção urbana mais abrangente.
Baía de Todos os Santos e Beco do Sodré
INTRODUÇÃO
09
TRAPICHE
NOTAS:
3. Vide Anexo A: Ficha de Caracterização dos Imóveis confeccionadas pelo Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador
imagens do imóvel
a escolha do imóvel Nossa proposta de intervenção neste TFG será feita no imóvel P037 (a ficha de caracterização do imóvel encontra-se no Anexo A) e pretende contribuir com as diretrizes gerais do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador, que tem apoio do Ministério das Cidades através da Secretaria Nacional de Programas Urbanos inserido no programa de Reabilitação de Centros Urbanos lançado em 2005 pelo Governo Federal.
Encontramos em nossa área de estudo 33 imóveis selecionados pelo ERCAS, ou seja, 22% dos imóveis selecionados do universo de 150 encontram-se em nossa área de estudo, o que reforça o acerto de nossa escolha do local de nosso Trabalho Final de Graduação (TFG). Dentre os 33 imóveis, 6 foram objeto de estudo preliminar para habitação social: P014; P030; P031; P037; P402 e P404 ³ desenvolvidos pela equipe do escritório OceanByte Ambiental (contratado pelo ERCAS) do qual tive a oportunidade de participar como colaborador sob a coordenação da profª Ângela M. Magalhães.
O terreno tem uma declividade que nos permite a construção de pavimentos inferiores, o que aumenta o potencial construtivo e possibilita alocar mais famílias num mesmo imóvel sem a necessidade de elevador para o transporte vertical. Também temos neste local o privilégio das visuais para a Baía de Todos os Santos, o que colabora para escolha do imóvel. Além disso ele está localizado numa rua de baixo fluxo de veículos e seu entorno é predominantemente residencial. Apresentaremos na página seguinte a localização espacial e imagens do imóvel a partir da Rua Visconde de Mauá.
FIGURA 11. VISTA DO IMÓVEL A PARTIR DA AV. LAFAYETE COUTINHO, NAS PROXIMIDADES DO RESTAURANTE MARINA. imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
FIGURA 13. VISTA DA FACHADA DO IMÓVEL ESCOLHODO E SEU ENTORNO A PARTIR DA RUA VISCONDE DE MAUÁ. DO LADO ESQUERDO DA IMAGEM, NO CANTO SUPERIOR,VEMOS PARTE DO EDIFÍCIO DO MUSEU DE ARTE SACRA DA BAHIA. imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
E
Através do ERCAS - Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador foi celebrado um convênio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura, com o Ministério das Cidades, quando foram escolhidos 150 imóveis para o desenvolvimento de estudos de intervenção no sentido de promover o acesso democrático à terra urbanizada e à moradia digna através da implantação prioritária de projetos habitacionais, em especial de interesse social, garantindo a diversidade social entre os residentes, além dos equipamentos que se fizerem necessários dentro do contexto urbanístico-ambiental. Numa primeira etapa, foram escolhidos 20 imóveis (deste universo de 150) para desenvolvimento de estudos preliminares que foram apresentados à público em maio de 2011. Está previsto no convênio a escolha de 10 imóveis que serão objeto de projeto executivo, servindo como piloto para posteriores intervenções nos outros imóveis selecionados no Plano.
E
INTRODUÇÃO
10
O imóvel P037 foi escolhido por apresentar um ótimo potencial construtivo para habitação de interesse social devido às suas características físicas. Ele encontra-se isolado em relação à construções vizinhas, o que favorece a colocação de janelas para ventilação e iluminação naturais, o lote está praticamente livre, pois a maior parte da edificação ruiu e resta apenas uma pequena parte de três paredes externas que estão escoradas para não caírem sobre o passeio.
FIGURA 12. VISTA DO IMÓVEL A PARTIR DA AV. LAFAYTE COUTINHO, NAS PROXIMIDADES DO PORTO TRAPICHE RESIDENCIAL. imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
FIGURA 14. VISTA DA LATERAL DIREITA DO IMÓVEL A PARTIR DA RUA VISCONDE DE MAUÁ. AO FUNDO VEMOS A BAÍA DE TODOS OS SANTOS. imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
ESCALA 1:4000
LADEIRA DA PREGUIÇA
RUA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA AVENIDA LAFAYETE COUTINHO
RUA MANOEL VITORINO
LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO PROPOSTA DE ZEIS IMÓVEL DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
IMÓVEL PRÓXIMO À ÁREA DE INTERVENÇÃO PRAIA
IMÓVEL SELECIONADO PRAIA
E
INDICAÇÃO DO LOCAL DO IMÓVEL
E
MUSEU DE ARTE SACRA
RUA AREAL DE BAIXO
RUA DO SODRÉ
AV. SETE DE SETEMBRO
RUA AREAL DE CIMA
FIGURA 15. VISTA DA FACHADA DO IMÓVEL E SEU ENTORNO A PARTIR DA RUA VISCONDE DE MAUÁ. AO FUNDO VEMOS UM CASARÃO LOCALIZADO NA LADEIRA DA PREGUIÇA E LOGO ATRÁS A MATA A SER PRESERVADA PRÓXIMA AO BECO DO SODRÉ. imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
PRAÇA CASTRO ALVES
RUA CHILE
RUA PAU DA BANDEIRA
LADEIRA DA MONTANHA
Outra característica importante a ser notada são as dimensões da ruína que tomamos como base para nossa implantação. Temos aproximadamente um quadrado de 16 metros de lado, o que facilita a alocação de apartamentos com variação de tipologias (studio, um, dois ou três dormitórios) que será um dos nossos objetivos na concepção do projeto para que tenhamos a possibilidade de variação da renda dos moradores, pois a tipologia/área construída caracteriza a ocupação em função da renda familiar. O que restou do imóvel servirá como base de referência ao nosso projeto arquitetônico. A partir deste elemento juntamente com a leitura da paisagem de seu entorno criaremos nossa edificação. Manteremos as relações espaciais do entorno em respeito tanto ao patrimônio tombado quanto às características de sentido do lugar, mantendo as relações entre os atributos físicos, as atividades e usos predominantes e a percepção do meio ambiente. Quanto às paredes que se encontram em ruínas, obtivemos a informação (não oficial) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN de que poderemos demolir o que restou do edifício desde que sejam respeitados o gabarito e as relações de vizinhança da antiga edificação.
LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
FIGURA 16. VISTA DA LATERAL ESQUERDA DO IMÓVEL A PARTIR DA RUA VISCONDE DE MAUÁ imagem digital/montagem: Carlos Milhor/2011
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LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL
ESCADARIA EXISTENTE A SER RECUPERADA (BECO DO SODRÉ)
INTRODUÇÃO
RUA VISCONDE DE MAUÁ
1.1 ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS “Tendo chegado à Baía de Todos os Santos em 29 de março de 1549, já nos primeiros dias de abril fora escolhido o Sítio para a construção da Cidade do Salvador, iniciando-se os trabalhos no trecho compreendido entre a atual Praça Castro Alves e a Misericórdia, na parte alta, e sua correspondente projeção na praia, do ponto em que agora está a Praça Cairú até a Preguiça. Nessa ocasião, tendo sido encontrados, no trecho mencionado, ancoradouro seguro e aguada abundante, a esquadra veio ancorar aí, servindo, então, de primeiro alojamento daqueles que iam construir a capital do Brasil.” (BRASIL, Universidade Federal da Bahia. Fundação Gregório de Mattos, 1988, p.31)
Poligonal da área de intervenção (aproximada) Igreja N.S. da Conceição da Praia
Arsenal da Marinha
A cidade baixa era conhecida como Bairro da Praia, com pequena extensão e profundidade que ia da Ladeira da Preguiça até o Edifício da Alfândega, atual Praça Cairú. Nesta área se concentravam os comerciantes e os construtores navais, além da Igreja da Conceição. A comunicação entre cidade alta e baixa se deu desde o início através de ladeiras, algumas das quais até hoje são utilizadas, como Misericórdia, Conceição e Preguiça. A ligação entre cidade alta e baixa sempre foi muito importante no
desenvolvimento da cidade de Salvador, sendo este trecho da Igreja da Conceição o primeiro a permitir o acesso de mercadorias à parte alta da cidade. A freguesia da Conceição da Praia (como passou a ser denominado o Bairro da Praia depois da construção da igreja da Conceição da Praia em mármore) representava um verdadeiro microcosmo da sociedade da época. Segundo Sampaio Ali estavam representadas todas as camadas sociais, desde os mais distintos negociantes até os mais rebeldes escravos e toda a sorte de marginalizados da sociedade. Devido à sua localização privilegiada – separada do palácio do Governo apenas pela encosta da montanha e ligada ao mar pelo cais de desembarque -, que atraiu grandes e pequenos comerciantes, nacionais e estrangeiros, assim como havia atraído Tomé de Sousa.
Como esta era a principal região comercial haviam-se erguido no local casas de negócios e sobrados de até quatro andares, sendo que a parte do térreo servia ao comércio de toda a espécie de produtos, a família se alojava nos andares superiores e os escravos no último pavimento.
Largo da Preguiça Baía de Todos os Santos
FIGURA 17. PLANTA DA CIDADE DO SALVADOR (parcial), PELO ENGENHEIRO ADOLFO MORALES DE LOS RIOS, 1894. Arquivo Público do Estado da Bahia, Salvador.
De acordo com Cardoso (BAHIA, Secretaria de Cultura, 2010) a região do Centro Histórico ainda mantém as características do traçado urbano desde os
12
O Centro Histórico de Salvador
As primeiras construções da cidade de Salvador tiveram início na praia, com os armazéns, oficinas e barracões para os trabalhadores e os soldados, no local em que se levantou a primeira igreja consagrada a Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Governador. No mês de abril de 1549, o padre Nóbrega já pregava ao governador e a sua gente na nova cidade, na igreja de taipa, que logo depois seria substituída pelo templo de mármore inaugurado em 1765.
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
FIGURA 19 JUNÇÃO DAS LADEIRAS DO PAU DA BANDEIRA E CONCEIÇÃO DA PRAIA; ARCOS EM CONSTRUÇÃO DE APOIO À PROJETADA RUA NOVA DA MONTANHA; À ESQUERDA, TORRES DA IGREJA DE N. SRA. DA CONCEIÇÃO DA PRAIA, 1861. Benjamin Mulock/Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
primeiros tempos da fundação da cidade, sendo este traçado o testemunho material que teve início há cinco séculos e que até hoje podemos encontrar quando caminhamos pela região. Este traçado foi desenvolvido adaptando-se ao relevo bastante movimentado da cidade, principalmente na região da falha geológica. É por este motivo que encontramos um traçado menos regular e a existência das ladeiras, que fazem ligação da Cidade Baixa com a Cidade Alta.
Pelas características da diversidade de equipamentos e da infra-estrutura do Centro Histórico percebemos o grande potencial que esta área representa para a cidade, tanto do ponto de vista social quanto econômico. Do ponto de vista social, é na região central onde podemos encontrar uma variedade de tipos sociais, desde os mais populares, como os mendigos, os vendedores ambulantes, os pequenos feirantes, pequenas lojas, artistas de rua, até os executivos de escritórios ou agências bancárias que se localizam na região. Ou seja, como o Centro é uma área bem servida de transporte público, equipamentos e infra-estrutura, ela se torna atrativa para diversas camadas sociais. Por outro lado, é no sentido do Centro ser popular, que o mercado imobiliário e a elite brasileira se afastam. A questão do preconceito social acaba aflorando, quando percebemos que a camada social mais abastada não freqüenta o Centro Histórico devido à própria insegurança e pelo desejo de se freqüentar os locais mais segregados, como as áreas de lazer de seus condomínios ou shopping centers localizados em áreas distantes do centro, com amplas áreas de estacionamento de veículos e segurança privada para controle de acesso. O que ocorreu no Centro Histórico foi uma contradição em termos de desenvolvimento urbano. As habitações foram abandonadas em função de vários fatores, sendo um dos principais o investimento público na construção de novos vetores de expansão urbana, que determinaram o esvaziamento do Centro tradicional. A população
FIGURA 18. Vista da Baía de Todos os Santos, a partir da ladeira da Montanha. Litografia de Martinet. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
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Atualmente o Centro Histórico de Salvador apresenta, segundo Souza (BAHIA, Secretaria de Cultura, 2010, p.81) “não apenas um grau de esvaziamento e precariedade da ocupação, como também o potencial de renovação e requalificação urbana, sobretudo no que se refere à inserção de novas habitações e equipamentos urbanos.”
1.2 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
que ali residia foi procurar sua moradia em locais cada vez mais afastados do Centro. Por esse motivo o Centro Histórico passa por uma certa ociosidade em sua infra-estrutura nos horários não comerciais, principalmente à noite e nos fins de semana (MARICATO, 2008). Nossa proposta de intervenção tem como prioridade a moradia. E para que a moradia se torne viável, propomos não só a melhoria dos imóveis existentes no que diz respeito à segurança para habitabilidade e melhorias com relação ao conforto ambiental, mas também a melhoria de seu entorno.
Acreditamos que os incentivos ao Centro Histórico podem causar a gentrifiFIGURA 20. cação de determinadas áreas se não forem RUA BARÃO HOMEM DE MELO (MONTANHA), PARTE tomadas determinadas decisões em favor DO TEATRO SÃO JOÃO; NOTEdaqueles que ali vivem. Pela análise do zoSE BONDE PASSANDO NO VIADUTO BANDEIRA DE neamento do Centro Antigo, baseado nos MELO, FINS SÉC. XIX. dados do Plano Diretor de Desenvolvimento Acervo Ubaldo Senna,
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
Em 1959 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN decretou o tombamento do Centro Histórico de Salvador permitindo que toda essa riqueza urbana fique preservada, e nós como cidadãos, devemos contribuir para que esse rico conjunto de elementos e estilos de diversas épocas se mantenha vivo nesta cidade.
FIGURA 21. Vista parcial de Salvador, vendose o teatro São João, a ladeira da Conceição e o mosteiro de S. Bento. J.Schleier/Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
1.3 ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS
FIGURA 23. LADEIRA DA CONCEIÇÃO, VENDO-SE OS ARCOS DE SUSTENTAÇÃO DA LADEIRA DA MONTANHA, FINS SÉC. XIX. Acervo Jamil Abib, Rio Claro.
FIGURA 22. HABITAÇÕES NA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA SOB OS ARCOS QUE SUSTENTAM A LADEIRA DA MONTANHA. Duval. Álbum das curiosidades artísticas da Bahia. Biblioteca Pública da Bahia, Salvador.
Suas características principais são: predominância dos ventos alísios de SE, durante quase todo o ano, mais expressivos no outono-inverno; predominância de ventos E, particularmente no período de primavera e verão; e predominância dos ventos NE, de outubro a março, pela manhã. Os ventos predominantes do S, embora secundários, são intensos e estão geralmente associados a períodos chuvosos. Há indícios de ventos O e NO durante a madrugada. O elemento de maior destaque na morfologia de Salvador é sua situação peninsular, delimitada por três bordas marítimas com orientações distintas, que conformam as “fachadas” da cidade, alinhadas com seu litoral. A Baía de Todos os Santos está orientada para a “fachada” Noroeste. Nesta “fachada” encontramos uma estreita faixa de terra caracterizada pela falha geológica de Salvador que separa a Cidade Alta da Cidade Baixa. A “fachada” da Baía de Todos os Santos possui uma barreira à ventilação dominante (SE) que é a falha geológica, o que pode implicar em uma ventilação invertida na Cidade Baixa. A baía possibilita
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FIGURA 24. LADEIRA DA MONTANHA, C. 1890. Instituto Feminino da Bahia, Salvador.
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
Urbano de Salvador (PDDU, Lei 7400, 2008) verificamos a existência de apenas duas ZEIS nesta região: a Zona Especial de Interesse Social para um conjunto de edificações das Ruas São Francisco, 3 de Maio, 28 de Setembro, 7 de Novembro, Saldanha da Gama e Guedes de Brito e a Zona Especial de Interesse Social da Vila Nova Esperança. Para garantir e assegurar à população residente os investimentos necessários para sua preservação no local e afastar a possibilidade de gentrificação, nossa estratégia de projeto se desenvolve no sentido de promover o uso residencial de caráter social como forma de vencer a ociosidade e o abandono do Centro Antigo contemplando a criação de mais uma ZEIS na área de intervenção.
Salvador está localizada na costa nordeste do Brasil a 12º52' de latitude Sul e 38º22' de longitude Oeste, em uma região de Clima Tropical – quente e úmido, apresentando médias anuais de 25,2ºC para temperatura e 80,8% para umidade e velocidade média dos ventos em torno de 3,1m/s. A proximidade da cidade ao Equador Geográfico permite uma exposição às radiações solares quase que perpendicular a sua superfície durante todo o ano. O sistema de circulação atmosférica regional confere a Salvador um regime de ventos constantes na maior parte do ano, com baixo percentual de calmaria.
BAIA DE TODOS OS SANTOS
NO
Área de Intervenção
SE Farol da Barra Amaralina
S
FIGURA 26. VENTILAÇÃO INVERTIDA NA FAIXA DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS. UFBA. Laboratório de Conforto Ambiental FAU/UFBA. Primeira aproximação para estudo de clima urbano em Salvador. Salvador, s.d.
FIGURA 27. VENTOS PREDOMINANTES NA CIDADE DE SALVADOR Obtido através do softwere SOL-AR 6.2 - LabEEE - UFSC
Oceano Atlântico 15
A cidade de Salvador é considerada um dos primeiros centros urbanos do Brasil e da América colonial, sendo edificados os edifícios públicos inicialmente no topo de uma cumeada contendo por volta de 65m de altura localizada à direita do acesso à Baía de Todos os Santos. A região é cercada por belezas naturais e dotada de uma escarpa frontal que marca a divisão entre Cidade Baixa e Cidade Alta. O Centro Histórico encontra-se localizado na primeira cumeada onde a cidade foi fundada.
FIGURA 25. FOTO AÉREA DE SALVADOR Google Earth Data de acesso: 02/06/2011
Subúrbio Ferroviário
FIGURA 28. VENTOS PREDOMINANTES NA CIDADE DE SALVADOR Obtido através do softwere SOL-AR 6.2 - LabEEE - UFSC
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
canalizar para o interior do seu recôncavo os ventos SE e S, além de facilitar a incidência do vento NO, permitindo que essa faixa receba algum benefício da ventilação. A massa de água, situada a oeste desta faixa, reflete a radiação solar, que juntamente com a exposição poente da encosta, podem ser responsáveis por um acréscimo na temperatura desta área. Esses fatores implicam em temperaturas do ar mais elevadas, menor pluviosidade, menor velocidade do ar e maior radiação.
1.4 ESTUDOS PARA DEFINIÇÃO DA POLIGONAL DE INTERVENÇÃO Iniciamos neste momento uma análise do entorno próximo à área de intervenção. Podemos obeservar por meio da imagem abaixo o quando a região é favorecida por seus mais variados equipamentos urbanos. A análise para a definição da poligonal e aplicação da ZEIS se fará em função das características sociais, físicas e econômicas envolvidas na dinâmica da região.
FIGURA 29. VISTA PARCIAL DA REGIÃO DO CENTRO ANTIGO Imagem Digital: Google Earth em 16/03/2011 (data da imagem: 01/11/2008)
LEGENDA LARGOS,PRAÇAS E EQUIPAMENTOS URBANOS 01.PRAÇA CASTRO ALVES 02.TERMINAL DE ÔNIBUS DA BARROQUINHA 03.PAÇO MUNICIPAL
05
04.PRAÇA DA SÉ
06
05.TERREIRO DE JESUS
04
06.PRAÇA VISCONDE DE CAYRU
09
07.TERMINAL DE ÔNIBUS DA SÉ
03 07
12
08
EDIFÍCIOS HISTÓRICOS, MARCOS NA PAISAGEM
11 14
07 06
01.IGREJA DE SANTA TERESA E MUSEU DE ARTE SACRA DA BAHIA
16
10
02.IGREJA DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
03.IGREJA DA BARROQUINHA
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04.PALÁCIO DOS ESPORTES
04
05.ANTIGO EDIFÍCIO DO JORNAL «A TARDE»
01 BAÍA DE TODOS OS SANTOS
06.IGREJA N.S. DA AJUDA
05
15 03
07.PALÁCIO RIO BRANCO 08.CÂMARA MUNICIPAL 09.PREFEITURA 10.IGREJA E MUSEU DA MISERICÓRDIA 11.IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO
02 01
12.IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO
16
13.SHOPPING DA BAIXA DOS SAPATEIROS 14.FONTE NOVA DO DESTERRO
02
15.CONVENTO DE SANTA CLARA DO DESTERRO 16.FÓRUM RUY BARBOSA
POLIGONAL DA ÁREA DE ESTUDO IMÓVEL AS SER RECUPERADO
CENTRO ANTIGO
ÁREA DE ESTUDO
BECO DO SODRÉ
LEGENDA PRINCIPAIS EDIFÍCIOS GABARITO 45m
MONUMENTOS GABARITO 51m
TERMINAL DE ÔNIBUS ÁREA DE PROTEÇÃO RIGOROSA
MERCADO MODELO
ZONA PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL - 5 (ZPR-5) TERREIRO DE JESUS GABARITO 18 METROS MARCO CRUZ CAÍDA
GABARITO 24 METROS GABARITO 45 METROS
ELEVADOR LACERDA
GABARITO 51 METROS
PREFEITURA
POLIGONAL DA ÁREA DE ESTUDO IGREJA N.S. DA CONCEIÇÃO DA PRAIA TERMINAL SÉ
TRAPICHE ADELAIDE
ESTÁTUA CASTRO ALVES ÁREA DE PROTEÇÃO RIGOROSA
ÁREA DE ESTUDO
TERMINAL BARROQUINHA
ZONEAMENTO
MUSEU DE ARTE SACRA ZPR-5
GABARITO 24m
GABARITO 18m
Adotamos à princípio uma poligonal que engloba imóveis abandonados ou em estado de ruína próximos ao Museu de Arte Sacra e outros que seguem em direção à igreja N.Senhora Conceição da Praia. Portanto estão em nossa área a Ladeira da Preguiça e a Rua Manoel Vitorino. Os imóveis que se encontram após a igreja possuem características que diferem de nosso objetivo. São imóveis que já estão muito próximos de regiões focadas no turismo, como o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, portanto nestes imóveis cabe um outro tipo de intervenção diferente da que estamos propondo no presente trabalho. Os imóveis que se encontram na rua Areal de Cima e Areal de Baixo possuem seus usos consolidados, portanto não vamos intervir nesses imóveis. Sendo assim, nossa área de intervenção ficará restrita a um trecho de 6 ha localizado
FIGURA 30 MAPA DE ZONEAMENTO - PDDU 2008 Imagem Digital: PDDU - Lei 7400/08
logo abaixo da Praça Castro Alves, que vai dos arredores do Museu de Arte Sacra, segue entre a Avenida do Contorno e a Ladeira da Coneição da Praia até a igreja de N.Senhora Conceição da Praia, sendo que esta não faz parte de nosso estudo, pois já se encontra fora da poligonal por nós definida. A definição exata da poligonal será mostrada nos mapas de identificação das poligonais, onde poderemos perceber que nossa poligonal seguirá o limite da poligonal do Centro Histórico junto ao Museu de Arte Sacra, portanto inserida totalmente no Centro Histórico, ou seja, na área de proteção rigorosa como podemos ver no Mapa de Zoneamento desta página. Isso significa que em nossa proposta devemos respeitar as Portarias e Instruções Normativas do IPHAN quanto a bens tombados e seu entorno.
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
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FONTE DAS PEDREIRAS
LEGENDA POLIGONAL DA ÁREA DE ESTUDO
ÁREA DE ESTUDO
FIGURA 31 PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO E SENTIDO DE DIREÇÃO PARA O FLUXO DE VEÍCULOS Imagem Digital: Google Maps em 16/03/2011
Este mapa mostra as vias de acesso de veículos e a mão de direção. Vamos propor pequenas alterações viárias para melhorar o fluxo de veículos, regularizar e melhorar os estacionamentos no sentido de liberar mais espaço para os pedestres. A retirada dos estacionamentos de veículos sobre as praças públicas será uma das prioridades do projeto, devolvendo à cidade o que lhe é de direito e ao cidadão a oportunidade de usufruir de espaço público adequado numa região onde a densidade de edifícios é alta e as calçadas são estreitas
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
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VIAS DE ACESSO
LEGENDA POLIGONAL DA ÁREA DE ESTUDO
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
Av. Lafayete Coutinho Rua
Praça Castro Alves
Rua Chile
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Rua
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FIGURA 32 ESTUDO DA RELAÇÃO DAS VIAS E O TERRITÓRIO IImagem Digital: Google Earth em 17/03/2011 (data da imagem: 28/02/2009)
As vias seguem um traçado orgânico adaptado ao relevo da região da encosta.
entre os pontos mais baixos e mais altos do relevo.
A circulação de veículos entre Cidade Alta e Cidade Baixa é feita através das ladeiras que vencem a barreira da encosta.
Como exemplo de acesso de pedestres podemos citar o Beco do Sodré que aparece em destaque na imagem ao lado. Ele faz a ligação do início da Ladeira da Preguiça (parte baixa) até a Praça Almirante Paula Guimarães (atualmente ocupada por estacionamento de veículos).
A circulação de pedestres é realizada pelos passeios existentes junto as vias de veículos e também através de escadarias existentes
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Praça Almirante Paula Guimarães
1.ESTUDOS INICIAIS DE RECONHECIMENTO DO PROBLEMA
Museu de Arte Sacra
da Preg
ÁREA DE ESTUDO
Igreja N.S.Conceição da Praia
o
Ladeira da Montanha
Ladeira
uá
a nde de M Rua Visco
uel V itorin
uiça
Beco do Sodré
Rua da Conceição da Praia Man
2.QUESTÕES CONCEITUAIS É de vital importância neste momento a conceituação das questões relativas aos processos de intervenções urbanas atuais. Os conceitos de intervenção urbana são passíveis de confusões e possuem significados diferentes dependendo dos interesses em jogo. Segundo o Ministério das Cidades (BRASIL, 2005, p. 10): O uso do termo REABILITAR significa recompor atividades, habilitando novamente o espaço, através de políticas públicas e de incentivos às iniciativas privadas, para o exercício das múltiplas funções urbanas, historicamente localizadas numa mesma área da cidade, reconhecida por todos como uma centralidade e uma referência do desenvolvimento urbano.
Para este trabalho utilizaremos o conceito de reabilitação definido por Ermínia Maricato (2008, p. 126) onde ela descreve reabilitação ou requalificação: (...) como uma ação que preserva, o mais possível, o ambiente construído existente (pequenas propriedades, fragmentação no parcelamento do olo, edificações antigas) e dessa forma também os usos e a população moradora. A reforma necessária na infra-estrutura existente para adaptá-las a novas necessidades procura não descaracterizar o ambiente construído herdado. Nos edifícios busca-se fazer “intervenções mínimas” indispensáveis para garantir conforto ambiental, acessibilidade e segurança estrutural. (...) na reabilitação os maiores interessados estão na população residente, além de profissionais e militantes ligados à história e memória da cidade. A participação social e a solidariedade são valores que predominam sobre os de mercado.
2.1 OCUPAÇÃO EM ÁREAS CENTRAIS A ocupação da área central da cidade é o resultado do processo de movimento na cidade, acessibilidade e minimização de tempo de locomoção. De acordo com essa lógica, as melhores localizações seriam aquelas mais próximas do centro. Essa região se formou, de maneira geral, e foi ocupada inicialmente pelas camadas de classe mais alta da população, que possuem o poder político e econômico, e que ainda mantinham seus empregos no Centro. Enquanto isso, as camadas populacionais mais pobres ocupavam de maneira precária os arredores da cidade. Esse processo começa a se transformar a partir do momento em que novos investimentos públicos começam a surgir em áreas afastadas do Centro (por volta dos anos de 1960) em função do advento da indústria automobilística. O centro deixa de ser o fator determinante para as camadas de mais alta renda, pois com o desenvolvimento dos meios de transporte individuais, esses passam a ser utilizados como forma de locomoção mais rápida e as distâncias a percorrer passam a ser um fator menos preponderante. Com esse processo, novas centralidades foram sendo criadas e articuladas por uma rede de novas vias, enfraquecendo o centro tradicional. As cidades passam a ser compostas, num processo de segregação, por sub-áreas de acordo com a concentração de serviços públicos, privados e de infra-estrutura e
também em função dos incentivos oferecidos pelo poder público através das leis de zoneamento. O Centro Histórico passa por uma diminuição de seu crescimento, mas ainda é um dos locais mais importantes para a estrutura urbana da cidade, principalmente pela importância da infra-estrutura existente, das características simbólicas e dos bens culturais existentes no local. Esse processo de decadência pelo qual passou o Centro Histórico durante várias décadas possibilitou a manutenção de suas características históricas e arquitetônicas, portanto passa a representar um diferencial para a cidade a ser explorado pelo turismo. Há aproximadamente duas décadas o patrimônio começou a ser visto como algo que pode ser reincorporado à economia de forma positiva, como fator de geração de renda e emprego e da valorização imobiliária. Esse processo levou à proposição de diversos projetos de intervenção em áreas históricas (BRAGA, 2008).
20
(Revista AU - setembro 2011)
2.QUESTÕES CONCEITUAIS
“(...) é preciso repensar a casa para adequá-la à sociedade atual e aos desafios do meio ambiente. Podemos dizer que a primeira questão se resolve com a tipologia e a segunda, na relação urbana. A primeira está ligada à adequação da casa aos novos modos de vida, às diferentes necessidades de acordo com as culturas e as idades, e no necessário desaparecimento de hierarquias patriarcais. A segunda questão se dirime não apenas com uma construção saudável, adequada às capacidades construtivas, mas também reconsiderando como esses elementos conformam a cidade, que é o espaço de convivência social e das oportunidades. As cidades devem ser mais densas, para que se consuma menos energia, menos solo, menos água. Uma cidade densa e próxima permite uma melhor distribuição e utilização dos recursos, entre eles, o tempo.” Zaida Muxi - arquiteta professora da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona
Através do Programa de Reabilitação, o Ministério das Cidades busca articular as ações em conjunto com outros Ministérios, empresas e órgãos federais buscando integrar e potencializar os investimentos nas áreas centrais. Toda ação é realizada em conjunto com municípios e/ou estados visando a elaboração de planos de reabilitação que integrem todos os programas, ações e financiamentos tanto locais e estaduais, quanto federais. A promoção de habitação social nas áreas centrais constitui-se em um dos eixos de atuação do Programa Nacional de Reabilitação. Este programa tem por objetivo promover o uso e a ocupação democrática e sustentável dos centros urbanos por meio da recuperação do estoque imobiliário subutilizado, propiciando o acesso à habitação com a permanência e a atração de população de diversas classes sociais, principalmente as de baixa renda. Também consta como um dos objetivos do Programa o estímulo à diversidade funcional, recuperando atividades econômicas e buscando a complementaridade de funções e da preservação do patrimônio cultural e ambiental (BRASIL, Ministério das Cidades, 2005).
A iniciativa de elaborar um Plano para o Centro Antigo de Salvador - CAS é do Governo do Estado da Bahia, que delegou sua coordenação à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT) e seu gerenciamento operacional ao ERCAS – Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador. O ERCAS foi criado em 2 de outubro de 2007, pelo Decreto Estadual nº 10.478, como uma unidade gerencial da SECULT, com o objetivo de coordenar a elaboração do Plano de Reabilitação Integrado e Participativo do Centro Antigo de Salvador. É responsável pela articulação entre os três entes federativos (União, Estado e Município) e pela construção de parcerias com a sociedade civil - moradores, comerciantes, empresários, representantes de instituições de ensino, entre outras. Atua, portanto, como um espaço de conciliação de ações, propostas e programas para a área, além de captar recursos necessários para viabilizar projetos e encaminhar as demandas locais. O Plano para Reabilitação do CAS conta com o apoio da UNESCO através do Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a Reabilitação Sustentável do Centro Antigo de Salvador, que foi assinado em 22 de abril de 2008 entre o governo brasileiro, o Governo do Estado da Bahia e a UNESCO, tendo como agência executora a SECULT. Os entes federativos têm como objetivos comuns: promover um processo de planejamento participativo; potencializar e qualificar a infraestrutura, as atividades econômicas e culturais, os recursos ambientais e as condições das habitações e assentamentos já existentes; preservar, valorizar e requalificar o patrimônio histórico, artístico e cultural, bem como promover a atração de novos empreendimentos, atividades, moradores e usuários, mediante uma atuação integrada. O Plano de Reabilitação do Centro Antigo de Salvador segue as diretrizes do Programa Nacional de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais do Ministério das Cidades, o qual busca, por um lado, reverter o processo de esvaziamento habitacional e degradação das áreas urbanas centrais e, por outro, alterar o modelo de urbanização baseado na expansão contínua das fronteiras urbanas. Também segue as orientações do Ministério da Cultura no que diz respeito à preservação do patrimônio cultural e ao entendimento do papel estratégico da cultura para o desenvolvimento. Tem como objetivo definir, construir e instituir instrumentos que possibilitem a sustentabilidade do Centro Antigo, integrando-o às dinâmicas sociais, urbanas e econômicas da cidade, com vistas a encontrar os meios que levarão a um território urbano que seja bom para morar, trabalhar, frequentar e visitar; socialmente justo, culturalmente aceito, economicamente viável, ambientalmente sustentável e devidamente apropriado pelos seus usuários. Vamos dar alguns dados da Proposição 4 do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo - Incentivo ao uso habitacional e institucional no CAS, pois é de interesse de nosso trabalho mostrar o alinhamento de nossa proposta de Intervenção Urbana no Centro Antigo de Salvador com o incentivo ao uso habitacional. Atualmente, existem cerca de 1.100 imóveis fechados, em ruínas ou terrenos baldios que, a partir de estudos de viabilidade técnicofinanceira, poderão ser adequados para atender à demanda por habitação no CAS, com potencial para produção de aproximadamente 8.000 novas unidades, considerando as funções complementares à habitação como o comércio, lazer e a prestação de serviços. As 3.000 famílias residentes em situação de vulnerabilidade social serão realocadas para novas habitações no perímetro do CAS, evitando a expulsão desses moradores de baixa renda da área central. Os projetos habitacionais envolvem a construção de equipamentos de uso coletivo geradores de emprego e renda e a participação dos grupos comunitários e movimentos sociais vinculados à esta população. A partir da utilização do estoque imobiliário degradado, subutilizado e terrenos baldios, novas dinâmicas se configurarão nas zonas centrais, atraindo população residente e promovendo a ocupação democrática dos centros urbanos. Junto ao uso habitacional se processam dinâmicas econômicas, a partir da instalação de serviços e negócios que venham a atender às necessidades cotidianas da nova população instalada na área. A requalificação destes imóveis para moradia de baixa renda, por exemplo, contribui com a redução dos riscos de desabamentos e de deterioração do patrimônio edificado, além de se compreender a função social da propriedade. Ademais, tais ações viabilizam moradia de qualidade e democratizam os espaços urbanos (BAHIA, Secretaria de Cultura, 2010).
21
O Ministério das Cidades através da Secretaria da Secretaria Nacional de Programas Urbanos, procura apoiar projetos de reabilitação de áreas urbanas centrais. Através da possibilidade de aplicação dos princípios e instrumentos contidos no Estatuto das Cidades.
2.3 PLANO DE REABILITAÇÃO PARTICIPATIVO do Centro Antigo de Salvador
2.QUESTÕES CONCEITUAIS
2.2 HABITAÇÃO DE CENTROS URBANOS Ministério das Cidades
Segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador PDDU 2008 (Lei 7.400/2008). Art. 78. Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS, são aquelas destinadas à implementação de programas de regularização urbanística, fundiária e produção, manutenção ou qualificação de Habitação de Interesse Social, HIS. Na gestão municipal (2005/2008), a Secretaria da Habitação (SEHAB), sob o comando da Profa. Dra. Ângela Gordilho, elaborou a Política Municipal de Habitação de Interesse Social (PHIS/Salvador), constituída de forma participativa, incorporada ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador – PDDU 2008.
Nossa proposta de intervenção contempla a criação de uma ZEIS na poligonal de intervenção, e pelas características no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de SalvadorPDDU/2008 (Lei Municipal 7400/08), a categoria dessa ZEIS será a III: terrenos não edificados e imóveis subutilizados ou não utilizados e as edificações desocupadas ou em ruínas, localizados em áreas dotadas de infra-estrutura, adequados à ocupação.
01 IGREJA DE SANTA TERESA E
MUSEU DE ARTE SACRA DA BAHIA
02 PRAÇA CASTRO ALVES 03 IGREJA N. S. CONCEIÇÃO DA PRAIA 04 PALÁCIO RIO BRANCO 05 PAÇO MUNICIPAL 06 ELEVADOR LACERDA 07 PRAÇA ALMIRANTE PAULA GUIMARÃES
poligonal da ZEIS III
22
Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988, tem-se a introdução do princípio da função social da propriedade, regulamentado pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), consolidando uma nova etapa da política urbana brasileira, quer seja pelo reconhecimento da cidade informal, via processo amplo de regularização urbanística e fundiária, quer seja pela disponibilização de um conjunto de instrumentos legais e urbanísticos, os quais se devidamente aplicados pelas administrações municipais, poderão ser capazes de interferir na dinâmica seletiva e excludente do mercado imobiliário, resultando em uma gestão social da cidade, de forma mais justa e redistributiva
LEGENDA
08 PRAÇA IRMÃOS PEREIRA
2.QUESTÕES CONCEITUAIS
zonas especiais de 2.4 ZEIS interesse social
A Política Municipal de Habitação de Interesse Social tem como objetivo principal viabilizar para a população de menor renda, o acesso à terra urbanizada, à moradia digna e sua posse, aos serviços públicos essenciais e equipamentos sociais básicos. Destaca-se no seu conteúdo o Capítulo V, relativo à Zona Especial de Interesse Social - ZEIS. A Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) foi institucionalizada pelo Estatuto da Cidade (2001), em seu artigo 2º, como um dos instrumentos urbanísticos com vistas ao cumprimento da função social da propriedade, em consonância com os artigos 182 e 183 da Constituição Federal (1988). As ZEIS são zonas urbanas já habitadas, ou a serem habitadas por população de baixa renda, em área pública ou privada, prioritariamente destinadas à habitação de interesse social, onde haja interesse público em promover a regularização urbanística e/ou jurídica da posse da terra (ALFONSIN et all, 2002).
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
08 03 06
07 02 01 FIGURA 33 VISTA AÉREA COM A DEFINIÇÃO DA POLIGONAL DE INTERVENÇÃO PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE ZEIS III Imagem Digital: Google Earth em 17/03/2011 (data da imagem: 28/02/2009)
04
05
Para nosso estudo utilizamos parâmetros e definições do Estatuto da Cidade e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de SalvadorPDDU/2008 (Lei Municipal 7400/08) no que diz respeito a Uso e Ocupação do Solo e a criação de ZEIS e, o Código de Obras do Município de Salvador (LEI Nº 3.903/8) no que diz respeito a normas gerais de edificações.
de 30 de novembro de 1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Entende-se através deste decreto que qualquer intervenção que venha a ser feita na área de proteção rigorosa do centro histórico deva ser aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, respeitando os procedimentos da Portaria nº 420, de 22 de dezembro de 2010.
Foram utilizados parâmetros da ABNT/NBR 9050/2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos para a proposta de apartamento adaptado a portadores de necessidades especiais.
Para o projeto da edificação foram consultadas as normas sobre desempenho nas edificações, os manuais de construção em aço do Centro Brasileiro de Construção em Aço, o manual de escopo de projeto e serviços de arquitetura da Asbea – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura além da NBR 9077 – Saída de Emergência em Edifícios.
Com relação aos bens tombados, temos como referência o Decreto-lei nº 25,
A produção industrializada possibilita maior rapidez na construção, menos desperdício de materiais e um maior planejamento na etapa de projeto, o que acarretará numa melhor qualidade da edificação. Também procuramos projetar utilizando estrutura metálica para vencer grandes vãos e possibilitar a ocupação dos espaços com plantas livres, onde poderemos
ter possibilidades diversas de agenciamento dos espaços internos, contribuindo para que num mesmo edifício possamos ter uma variedade de tipologias, atendendo assim um conjunto maior de famílias, ou casais de idosos ou ainda jovens que procuram um apartamento menor.
materiais Temos alguns materiais para fechamento que estão sendo utilizados no Brasil e que são pertinentes para o uso em habitação de interesse social. Os materiais são o OSB, a placa de gesso acartonado e a placa cimentícia impermeabilizada. Esses materiais em conjunto com perfis metálicos, e outras tecnologias integradas já presentes no Brasil, possibilita a execução de um inovador sistema de construção que é aplicado em todo o mundo, tanto para residências de alto padrão quanto para casas populares, bem como para construções comerciais leves.
23 04.TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
3.LEGISLAÇÃO, NORMAS E PARÂMETROS
No estudo dos elementos técnicos e estéticos do projeto da edificação, fizemos uma pesquisa de materiais de fechamento aplicados com novas tecnologias de construção. Nosso objetivo é demonstrar que é possível e recomendável a utilização de processos construtivos industrializados para a produção de unidades habitacionais para fins sociais. E que sejam individualizadas, o que é preferível e mais adequado ao caso de recuperação de imóveis na região do Centro Antigo.
03.LEGISLAÇÃO, NORMAS E PARÂMETROS
4.TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Listamos abaixo alguns projetos que serviram como referências projetuais em nossa pesquisa de solução formal, estética, de uso de materiais e de intervenção em áreas urbanas centrais e edifícios abandonados ou subutilizados.
Em Espaços Públicos Urbanos procuramos referências de projetos que pudessem ter relação com equipamentos urbanos subutilizados, recuperação de áreas centrais e/ou projetos inseridos em topografia com grande desnível a ser interpretado como elemento definidor da paisagem. Com relação aos imóveis a serem recuperados temos uma referência de projetos realizados na cidade do Rio de Janeiro. Através da publicação desses projetos pela Prefeitura Municipal do Rio, intitulado “Novas Alternativas: projetos e propostas habitacionais para o Rio de Janeiro”, tivemos oportunidade de conhecer alguns exemplos muito parecidos com os casos encontrados em nossa área de intervenção. São propostas de Reabilitação de Imóveis no Centro; novas edificações no Morro da Conceição, uma área de preservação histórica; projetos para vilas habitacionais, que foram objeto de concurso público através do Programa Novas Alternativas em parceira com o Instituto dos Arquitetos do Brasil a fim de estimular o retorno das vilas na produção habitacional carioca. Também foram demonstradas a possibilidade de intervenção nos conjuntos habitacionais e propostas para o bairro São Cristóvão para o adensamento e recomposição de trechos de rua onde ainda existem vazios e áreas subutilizadas (RIO DE JANEIRO, Secretaria Municipal de Habitação, 2003). Infelizmente não foi possível conseguir imagens destes projetos, pois a edição do livro está esgotada.
Nos exemplos que apresentaremos a seguir, podemos ver como novos materiais estão sendo usados junto aos novos conceitos de edifícios para habitação. Não nos prendemos na apreciação de construções específicas para habitação social, portanto abrimos o campo de pesquisa para compreensão da qualidade estética aliada ao uso de novos métodos construtivos ou métodos construtivos convencionais aplicados a novas propostas de habitação. Para as construções em aço procuramos referências que nos fornecessem dados técnicos, estéticos e possibilidades de uso da técnica construtiva com estrutura em aço. O livro Edificações de aço no Brasil nos deu uma idéia geral das possibilidades da construção em aço e alguns parâmetros técnicos que ajudaram na concepção estrutural de nosso edifício.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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As referências projetuais estão divididas em três grupos: Espaços Públicos Urbanos, Habitação e Construções em Aço.
5.1 ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS Vistas do entorno da edificação onde foram implantadas plataformas que oferecem espaços de convivência.
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Autor do projeto: Kuadra Studio Ano: 2008
No projeto denominado “A Ilha Bella”, de autoria do Studio Kuadra (www.kuadra.it), localizado em Cuneo na Itália. O Studio Kuadra organizou uma homenagem ao arquiteto italiano Giuseppe Piermarini marcando seu bicentenário de morte. Foi proposta nesta homenagem a construção de um dos projetos de Piermarini do qual ainda existiam algumas plantas. O terreno escolhido para a construção fica no alto de um morro, o que possibilitou a construção de plataformas suspensas na encosta. Essas plataformas oferecem espaços de convivência e servem como mirantes à paisagem local.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A Ilha Bella Cuneo na Itália
FIGURAS 34/35/36. PERSPECTIVAS ILUSTRADAS Furuto, Alison. "Foligno: A Ilha Bella / Studio Kuadra" 14 de abril de 2011. ArchDaily . Acessado em 14 de junho de 2011. <http://www.archdaily.com/127050>
FIGURAS 37/38/39 Cilento , Karen . “The New York High Line officially open” 09 Jun 2009. ArchDaily. Accessed 14 Jun 2011. <http://www.archdaily.com/24362>
New York City High Line Nova Iorque – EUA
Trata-se da “New York City High Line”, que transformará a via de trens elevada (desativada) em uma área de parque com vistas panorâmicas sobre a cidade de Nova Iorque. O projeto foi objeto de concurso internacional e será executado em três etapas sendo que a primeira etapa foi entregue à população em junho de 2009. Nas fotos ao lado podemos ver a relação da via elevada com a cidade. Foram criados acessos por escadas, jardins e áreas de convivência com bancos e esteiras para o descanso e observação da paisagem.
Vistas panorâmicas da cidade
Escadaria de acesso a via elevada
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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Autores do projeto: James Corner Field Operations e Diller Scofido+Renfro Ano: 2004 a 2009
FIGURA 40 PERSPECTIVA NOVA LUZ http://www.novaluzsp.com.br/ proj_doc.asp?item=projeto
Consórcio Nova Luz/ Projeto Nova Luz São Paulo – Brasil
O projeto urbanístico específico para a Nova Luz tem como missão definir as bases para a requalificação da região e a implementação de equipamentos e serviços que reforcem suas características comerciais, sociais e culturais. A área de intervenção possui cerca de 500 mil metros quadrados e forma um polígono circunscrito pelas avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, rua Mauá e avenida Casper Líbero. A região abriga 11.600 moradores e absorve aproximadamente 24.000 colaboradores. A área possui um dos mais importantes centros de comércio de São Paulo, a rua Santa Efigênia, ricos equipamentos culturais e uma grande problemática social e uso de drogas. A equipe de projeto é formada pelo consórcio Concremat Engenharia, Cia City, AECOM Tecnology Corporation e Fundação Getúlio Vargas (FGV). As atividades tiveram início em junho de 2010 e a Prefeitura pretende entregar a proposta do projeto ainda este ano (2011) contendo: Plano Urbanístico e de Urbanização das Zonas de Interesse Social (ZEIS), Estudos de Viabilidade Econômica e Estudo de Impacto Ambiental. A iniciativa prevê a valorização dos prédios históricos, reforma das áreas livres públicas, criação de espaços verdes e de lazer e a melhoria do ambiente urbano da região. As soluções delineadas até o momento buscam estimular o aumento de moradias na área (conservando a população que ali já reside), incrementar atividades econômicas com foco num pólo tecnológico e ampliar áreas verdes e públicas.
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No segundo semestre de 2009 foi lançado edital de concorrência pública para escolher a equipe mais qualificada a desenvolver o projeto urbanístico da região da luz. O objetivo é promover uma completa transformação urbana na área por meio de uma requalificação da infraestrutura existente refletindo diretrizes da Prefeitura e as demandas sociais.
FIGURA 41 ÁREAS A TRANSFORMAR http://www.novaluzsp.com.br/ proj_doc.asp?item=projeto
FIGURA 42 EIXO VITÓRIA http://www.novaluzsp.com.br/ proj_doc.asp?item=projeto
FIGURA 43 PASSEIO CULTURAL MAUÁ http://www.novaluzsp.com.br/ proj_doc.asp?item=projeto
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Autoria do projeto: O masterplan foi desenvolvido pelo escritório norte-americano Aecom; e a Cia. City responde pela urbanização da Zona Especial de Interesse Social (Zeis) contida no plano. Ano: 2010-2011
FIGURAS 44/45/46 FOTOS DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ boldarini-arquitetura-urbanismo-parquepublico-19-01-2011.html
Autoria do projeto: Boldarini Arquitetura e Urbanismo. Ano: 2008
Parque Cantinho do Céu São Paulo – Brasil Desenhado pelo escritório Boldarini Arquitetura e Urbanismo, o parque Cantinho do Céu, no Grajaú, no extremo sul de São Paulo, vai se estender por sete quilômetros na margem da represa Billings, um dos reservatórios que abastece a capital paulista.
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Implantação do Parque Linear 5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
O equipamento é parte do projeto de urbanização da região, uma forma de desencorajar a reocupação da orla e conscientizar a comunidade da paisagem que a envolve.
Espaço de lazer
O projeto do parque não traz inovações formais, mas é uma abordagem pouco usual para tratar o problema das ocupações. Seu mérito está, sobretudo, em apostar numa solução alternativa para a situação consolidada e praticamente irreversível das habitações nas áreas de mananciais na capital paulista. Boldarini explica que a estratégia foi voltar as moradias para o reservatório e revelar a natureza à sua frente, valorizando paisagem e comunidade.
Parque inibe reocupação
5.2 EDIFÍCIOS HABITACIONAIS
Vista do entorno
Antigo silo transformado em edifício residencial Aarhus – Dinamarca
FIGURAS 47/48/49 http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ cf-moller-edificio-residencial-09-03-2011.html Acesso em: 14jun2011
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Autor do projeto: Arkitektfirmaet CF Moller Ano: 2004-2010
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Neste projeto, um silo da cidade de Aarbus na Dinamarca foi transformado em edifício residencial. Este projeto faz uso de um antigo silo desativado como circulação vertical e elemento de ligação de toda a estrutura do edifício. Os apartamentos foram dispostos e distribuídos de forma a criar variação de plantas e tipologias, criando um jogo de cheios e vazios na fachada, que dinamizam o conjunto e abre novas possibilidades visuais dependendo da localização do observador.
Distribuição dos apartamentos
Apartamentos com variação de plantas e tipologia Na parte central do edifício vemos a estrutura do antigo silo aproveitada como elemento de circulação vertical
Outro exemplo, também na Dinamarca, na cidade de Copenhagen. A proposta da Prefeitura local é transformar as áreas abandonadas próximas ao porto em um bairro residencial e de escritórios. Utilizamos como referência a fachada de um dos prédios residenciais que também oferece para o observador uma rica relação entre cheios e vazios na solução formal, quebrando a monotonia do edifício, criando varandas nesses vazios que vão em direção ao interior dos apartamentos.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
FIGURAS 50/51 http://www.west8.nl/projects/urban_ design/america_plads/ Acesso em: 14jun2011.
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Aqui fica clara a utilização de uma linguagem contemporânea em diálogo e respeito com as construções mais antigas.
Fachadas de um dos prédios residenciais
Autor do projeto: WEST8 New York Ano: 2000-2010
America Plads Copenhagen – Dinamarca
Vista da área externa do conjunto de apartamentos
FIGURAS 52/53/54 http://www.west8.nl/projects/urban_ design/america_plads/ Acesso em: 14jun2011.
Autores do projeto: GOMMA Design + Projeto ITA Ano:2010
A proposta de implantação é baseada em estudos de eficiência energética através de áreas de circulação de ar, cobertura afastada da edificação e grandes beirais criando áreas de sombra e um vazio central onde encontramos um jardim voltado para a área de circulação e acesso às moradias. Os apartamentos são constituídos de forma a garantir a circulação cruzada de ar.
FIGURAS 50/51 http://www.west8.nl/projects/urban_ design/america_plads/ Acesso em: 14jun2011.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A solução estrutural adotada foi baseada em módulos habitacionais construídos em estrutura metálica com fechamentos internos e externos em painéis pré-fabricados. A maneira como os módulos habitacionais foram distribuídos permitiu criar um jogo de volumes nas fachadas formando espaços que ora são jardins ora servem para posicionar as escadas de acesso aos andares superiores, o que contribui para a riqueza do espaço projetado.
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Cidade Coral Taguig – Metro Manila – Filipinas
Estudos de eficiência energética e implantação
Esquema estrutural em componentes pré fabricados
As “Casas Samaniego” construídas em Cuenca no Equador em 2010 são referências da técnica construtiva que estamos propondo em nosso projeto. As casas são constituídas de estrutura metálica, fechamentos externos em placas de OSB impermeabilizados, placas de gesso acartonado no interior e fundações em concreto armado que a protegem da umidade do solo. Seu processo construtivo levou em consideração a otimização e racionalização no uso de mão-de-obra e materiais, além de levar em conta o uso de materiais existentes no mercado.
Vistas das fachadas FIGURAS 55/56/57/58 http://www.vitruvius.com.br/revistas/r ead/projetos/11.124/3836 Acesso em: 14jun2011
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Las casas Samaniego Cuenca – Equador
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Autores do projeto: Pedro Samaniego Augusto Samaniego Edison Castillo Ano:2009-2010
Casa para um casal Campos do Jordão Brasil
Autor do projeto: Andre Eisenlohr Arquitetura Ano:2006
Vistas das fachadas
FIGURAS 59/60/61/62 http://andreeisenlohr.blogspot.com/2 006/10/casa-para-um-casal.html Acesso em: 22nov2011
Situada em um terreno em declive acentuado e inserida em uma área preservada de floresta de araucárias nativas da cidade de Campos do Jordão. Com o conceito orgânico de integração com o entorno, optou-se por deixar a casa com toda sua estrutura aparente, composta por pilares de eucalipto e vigas de muiracatiara, espécies que vem sendo reflorestadas de forma sustentável.
A escolha do sistema de construção seca com OSB foi feita pela facilidade e rapidez de montagem, sua resistência, sua leveza e sua textura visual, que deixa aparente o conceito orgânico e o partido ecológico do projeto, visando o mínimo impacto ambiental e a máxima integração com a natureza. O custo da obra foi reduzido em função do preço do material, da redução do tempo de construção, do sistema construtivo e da mão de obra.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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A cobertura é composta por telhas de fibra vegetal. Considerando o clima frio de Campos do Jordão, foram usadas placas de 15mm de OSB (oriented strand board) para o fechamento das paredes, formando um "sanduíche" com 5cm entre elas, proporcionando um melhor conforto e isolamento termo - acústico, além de possibilitar a passagem da fiação elétrica de forma simples e racional. Placas de 8mm foram usadas para o forro. Externamente, o OSB foi protegido com verniz Cetol especial, aumentando ainda mais sua durabilidade, impermeabilidade e valorizando sua textura original.
Vistas internas
Edifício Fidalga 772 São Paulo – Brasil Autoria do projeto: Andrade Moretin Ano:2007-2008
Vigas de concreto aparente desenham a fachada e revelam os andares e a planta diversificada das 12 unidades deste edifício residencial. Unidos às vigas, os caixilhos de alumínio em toda a extensão exterior ora são fechados por vidro, ora por painéis laminados para fachada, criando um vaivém de cheios, vazios e cores. São oito pavimentos em uma série de lajes livres que permitem a composição de 12 apartamentos de plantas diferentes que variam de 110 a 220 m2, alguns dúplex, outros simples e a cobertura de três pisos com solário e piscina.
Distribuição dos apartamentos
Vistas do acesso de pedestres
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Vista da fachada lateral
FIGURAS 63/64/65/66/67 http://www.revistaau.com.br /arquiteturaurbanismo/207/suaveabraco-219596-1.asp acesso em: 22nov2011
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A variedade foi arquitetada para atender uma demanda do cliente, que pensou em um perfil de morador diferente para cada apartamento. Pensando cada apartamento como uma concha vazia ou contêiner, era necessário deixar os ambientes livres de obstáculos estruturais e ao mesmo tempo prover todos os possíveis cômodos de serviços hidráulicos e elétricos. Assim, a distribuição de serviços está concentrada em colunas no perímetro da obra, multiplicando o número de prumadas de abastecimento, oferecendo plantas livres de fato.
Fachada principal
Pátio interno com espelho d’água
A flexibilidade da planta foi resolvida instalando as colunas de infraestrutura e Autoria do projeto: Grupo SP hidráulica junto aos pilares, o que permite Ano:2007 que as áreas molháveis - banheiros e cozinha - possam estar em praticamente qualquer lugar da planta. Em duas das três fachadas de cada unidade o morador pode, inclusive, escolher onde instalar suas janelas. Para isso, os arquitetos elegeram uma zona onde seria permitido existir aberturas e desenharam uma janela padrão que pode ser composta em módulos. O resultado da livre escolha dos moradores fica evidente nas fachadas, com o movimento aleatório das aberturas. O lote do fundo não podia se conformar como uma segunda entrada dos moradores por questões de logística e segurança. O gesto dos arquitetos foi recuar a grade de divisa deixando um alargamento da calçada, onde foi projetado um pequeno jardim com uma árvore e um banco. Este detalhe poderia até mesmo passar despercebido para quem olhasse com menos cuidado para o projeto, porém esta pequena gentileza urbana, como definiram os arquitetos, com certeza não passará despercebida pela população que vive e transita pelo bairro da Vila Madalena principalmente se gestos como este começarem a servir de modelo e exemplo de como empreendimentos podem melhorar seu entorno imediato.
Terraços em estrutura metálica
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FIGURAS 68/69/70 http://www.revistaau.com.br /arquiteturaurbanismo/207/simpatiagera-gentileza-219600-1.asp acesso em: 22nov2011
Edifício Simpatia São Paulo – Brasil
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A moradia foi encarada de maneira atual: planta livre e flexibilização total dos espaços para que cada morador pudesse adequar sua casa a suas necessidades. Para tanto, a laje foi deixada no osso - ou seja, sem contra piso. O mesmo tratamento foi dado no teto, sem forro. Assim, cada morador tem liberdade total para escolher seus acabamentos. A planta também não possui divisórias internas fixas: cada habitante, usando divisórias de gesso acartonado, decidiu como queria repartir o espaço interior.
5.3 EDIFICAÇÕES EM AÇO
Residência Pacaembu São Paulo Arquitetura: Arnaldo Martino e Eduardo de Almeida Construção: 1980
Corte longitudinal
Vistas da fachada principal FIGURAS 71/72/73/74 DIAS, Luís Andrade de Mattos. Edificações de aço no Brasil. 3.ed.São Paulo: Zigurate, 2002.
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Residência construída em terreno de acentuado aclive no formato de um polígono irregular. A silhueta de linhas ortogonais, proposta pela estrutura metálica da fachada, pintada na cor verde, alterna em requadros os cheios e os vazios, contrastando com as tonalidades e texturas dos materiais de acabamento, como tijolos maciços de barro aparentes, blocos de vidro e vidros temperados autoportantes.
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Vistas da fachada lateral
Residência Tamboré Barueri-SP Arquitetura: Ian George Simpson Mills Construção: 1992
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Vistas das fachadas
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A edificação apresenta três pavimentos escalonados acompanhando o perfil do terreno que foi praticamente mantido na configuração natural. Os pisos de dormitórios e salas são compostos de vigotas de madeira sobre os quais foi assentado assoalho de pranchas de ipê, nas demais áreas, acabamento de granilite sobre lajes constituídas de vigas pré-fabricadas armadas em treliças de aço. Todas as alvenarias são de blocos de concreto celular autoclavado e foram revestidas pelo lado externo com aglomerado de pó de pedra. A estrutura principal é composta de perfis soldados de alma cheia, que formam em planta um reticulado de 5x5m, com as ligações entre colunas e vigas consideradas semi-rígidas.
Esquema estrutural (planta)
FIGURAS 75/76/77/78/79/80/81 DIAS, Luís Andrade de Mattos. Edificações de aço no Brasil. 3.ed.São Paulo: Zigurate, 2002.
Corte longitudinal
Vistas da escada e elevador de acesso
Edifício de apartamentos destinado a Edifício Cohab Heliópolis famílias de baixa renda. O edifício é constituído por dois blocos de quatro São Paulo pavimentos interligados por uma escada. Os Arquitetura: Shahin Cury - Guilherme Isidro Construção: 1988
FIGURAS 82/83/84/85/86 DIAS, Luís Andrade de Mattos. Edificações de aço no Brasil. 3.ed.São Paulo: Zigurate, 2002.
Vista da fachada
apartamentos são constituídos de dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, apresentando 41m2 de área útil por apartamento. A estrutura metálica foi deixada aparente, com as vigas e os pilares pintados de vermelho, requadrando as alvenarias de blocos de concreto celular autoclavado 60x40x12cm, masseadas e pintadas pelo lado externo. Internamente as alvenarias receberam pintura de acabamento. Cada bloco é contituído por seis colunas de perfil “I” distanciadas a 6,25m nos dois sentidos. As lajes são constituídas de concreto maciço na espessura de 8cm.
Detalhe das ligações
5.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Planta de arquitetura e do esquema estrututural
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Vista do “esqueleto” estrutural
Vista da montagem das lajes
A figura ao lado representa aquilo que buscamos enquanto sentido de lugar para a intervenção na área. As atividades desenvolvidas na região, seus atributos físicos e a percepção do meio ambiente formam um conjunto de elementos que estruturam o reconhecimento e o sentido de lugar para os habitantes de determinada região. Por isso nossas intervenções não pretendem ser “espetaculares” e sim manter o diálogo com a paisagem, e de forma menos invasiva tentar apenas destacar alguns elementos importantes nesta paisagem que de alguma forma possam ser recuperados, como por exemplo as visuais para a Baía de Todos os Santos e os espaços públicos degradados pelo descaso do poder público e pela invasão dos interesses do capital privado, em especial as apropriações/ privatizações de espaços públicos da cidade pelas empresas de estacionamento.
SENTIDO DE LUGAR
ATIVIDADES OU USO
ATRIBUTOS FÍSICOS
CONCEPÇÕES E IMAGENS ANÁLISE VISUAL E PERCEPÇÃO DO MEIO AMBIENTE
FIGURA 87 SENTIDO DE LUGAR RUANO, Miguel. Ecourbanismo: entornos humanos sostentenibles: 60 proyectos. 2.ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2000.
6.PROPOSTAS
Dividimos esta etapa do trabalho em duas partes. Na primeira apresentaremos a PROPOSTA DE ZEIS e na segunda parte a PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO IMÓVEL.
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6.PROPOSTAS
6.1 COM RELAÇÃO À PROPOSTA DE ZEIS Mapa de identificação das POLIGONAIS poligonais do centro antigo 1:15.000 ZEIS III proposta neste trabalho
SÃO PEDRO
BARRIS
SANTO ANTÔNIO
COMÉRCIO
CENTRO HISTÓRICO CAIXA D’ÁGUA SAÚDE 40
GARCIA
6.PROPOSTAS
BARBALHO NAZARÉ TORORÓ FONTE NOVA
LEGENDA POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO - PROPOSTA DE ZEIS III ÁREA: 6Ha POLIGONAL DO CENTRO HISTÓRICO ÁREA: 78,28Ha Limite - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, 1984 POLIGONAL DA ÁREA DE PROTEÇÃO RIGOROSA ÁREA: 197,44Ha POLIGONAL DO CENTRO ANTIGO ÁREA: 645,95Ha Área Contígua à APR-PMS, Lei 3.289/1983
Este mapa representa a relação da POLIGONAL PROPOSTA (ZEIS III) com as poligonais do Centro Histórico, de Proteção Rigorosa e do Centro Antigo. Na legenda ao lado podemos ver a área (Ha) correspondente a cada uma delas.
FIGURA 88 MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DAS POLIGONAIS DO CENTRO ANTIGO ESCALA 1:15.000 Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador - ERCAS 2010.
FIGURA 89 VISTA DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS A PARTIR DO ESTACIONAMENTO DO MUSEU DE ARTE SACRA. EM PREMEIRO PLANO TEMOS AS RUÍNAS DO IMÓVEL ESCOLHIDO PARA A PROPOSTA DE HABITAÇÃO SOCIAL Carlos Milhor/2011
FIGURA 90 PRAÇA IRMÃOS PEREIRA OCUPADA POR ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS. EM SEGUNDO PLANO VEMOS IMÓVEIS LOCALIZADOS NA RUA MANOEL VITORINO E AO FUNDO EDIFÍCIOS DA CIDADE ALTA Carlos Milhor/2011
FIGURA 94 PRAÇA IRMÃOS PEREIRA Carlos Milhor/2011
análise das especificidades do lugar Definida a poligonal da ZEIS iniciamos o processo de estudo das especificidades do lugar por meio da análise gráfica de alguns parâmetros pré-definidos: RELAÇÃO ENTRE CHEIOS E VAZIOS;
41
FIGURA 91/92 LADEIRA DA PREGUIÇA Carlos Milhor/2011
USO DO SOLO; GABARITO DE ALTURA;
6.PROPOSTAS
ESTRUTURA VIÁRIA;
ZONEAMENTO ATUAL; INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS; INSERÇÃO DA PROPOSTA DE ZEIS III NO MAPA DE ZONEAMENTO
FIGURA 93 CASARÕES ANTIGOS DA RUA MANOEL VITORINO Carlos Milhor/2011
LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO IMÓVEL DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO BAÍA DE TODOS OS SANTOS
IMÓVEL PRÓXIMO À ÁREA DE INTERVENÇÃO
Na relação entre cheios e vazios podemos verificar a existência de grandes vazios sem ocupação devido em grande parte à falha geológica e uma grande área pertencente ao Museu de Arte Sacra.
PRAIA
PRAIA
«VAZIOS» COMPOSTOS DE ÁREAS PÚBLICAS/LOTES PARTICULARES VIAS DE CIRCULAÇÃO/PRAÇAS/LARGOS/ENCOSTAS
FIGURA 100 imagem digital: Carlos Milhor/2011
DIREÇÃO DA LENTE FOTOGRÁFICA
E
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IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
VISTA DA ENCOSTA A PARTIR DA AV. LAFAYTE COUTINHO, NAS PROXIMIDADES DO PORTO TRAPICHE RESIDENCIAL. 05
FIGURA 95 RELAÇÃO ENTRE CHEIOS E VAZIOS ESCALA 1:4.000 Carlos Milhor/2011
relação entre cheios e vazios 6.PROPOSTAS
FIGURA 97 imagem digital: Carlos Milhor/2011
42
imagens dos principais elementos da paisagem próxima à região de intervenção FIGURA 99 imagem digital: Google by Antonio Lobo de Souza/maio 2011
01 VISTA DA ENCOSTA A PARTIR DA RUA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA. EM PRIMEIRO PLANO VEMOS O MONUMENTO À MANOEL VITORINO, LOGO ATRÁS O CASARIO DA RUA MANOEL VITORINO E SOBRE ESTE AS ARCADAS DA LADEIRA DA MONTANHA E MAIS ACIMA À ESQUERDA O EDIFÍCIO DO PALÁCIO DOS ESPORTES QUE FICA EM FRENTE À PRAÇA CASTRO ALVES.
03
02 VISTA DA ENCOSTA A PARTIR DA AV. LAFAYETE COUTINHO. VEMOS A RELAÇÃO ENTRE CHEIOS E VAZIOS QUE APARECE NA PAISAGEM DA ENCOSTA ENTRE AS CIRCULAÇÕES, VAZIOS E A VOLUMETRIA EDIFICADA.
FIGURA 96 imagem digital: Carlos Milhor/2011
VISTA DE UM IMÓVEL NA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA A PARTIR DA LADEIRA DA MONTANHA. AO FUNDO VEMOS PARTE DA AV. LAFAYETE COUTINHO E A BAÍA DE TODOS OS SANTOS. VISTA DA RUA MANOEL VITORINO. AO FUNDO VEMOS A LATERAL DA IGREJA N. S. CONCEIÇÃO DA PRAIA
FIGURA 98 imagem digital: Google by Sberquo100/maio 2011
04
estrutura viária
RUA VISCONDE DE MAUÁ
ESCADARIA EXISTENTE A SER RECUPERADA
LEGENDA:
RUA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO VIA ARTERIAL
LADEIRA DA PREGUIÇA
AVENIDA LAFAYETE COUTINHO
RUA MANOEL VITORINO
VIA COLETORA VIA LOCAL
FIGURA 101 ESTRUTURA VIÁRIA ESCALA 1:4.000 Carlos Milhor/2011
ENCOSTA PRAIA ESTACIONAMENTO
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
PASSAGEM DE PEDESTRES (ESCADARIA) LARGOS E PRAÇAS
PRAIA
DIREÇÃO DA LENTE FOTOGRÁFICA
E
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IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
imagens das principais vias de acesso FIGURA 106 imagem digital: Carlos Milhor/2011
RUA CARLOS GOMES
AV. SETE DE SETEMBRO
RUA AREAL DE CIMA
A área de estudo é servida por uma variedade de vias que facilitam seu acesso, sendo que alguns ajustes serão necessários para organizar a questão da mobilidade do pedestre e o acesso de veículos.
FIGURA 102 imagem digital: Google by Jomarc/maio2011
RUA CHILE
RUA PAU DA BANDEIRA
LADEIRA DA MONTANHA
LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
É de fundamental importância a organização dos locais de estacionamento de veículos para que eles não ocupem o espaço do pedestre e privatizem os espaços públicos.
A estrutura viária acompanha a topografia, sendo formada principalmente por ladeiras de ligação entre a Cidade Baixa e Cidade Alta constituindo as vias locais.
FIGURA 103 imagem digital: Carlos Milhor/2011
FIGURA 104 imagem digital: Google by Caio Graco Machado/maio2011
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RUA DO SODRÉ
05 VISTA DA ESCADARIA A PARTIR DO INÍCIO DA LADEIRA DA PREGUIÇA. ESTA ESCADARIA DÁ ACESSO À PRAÇA CASTRO ALVES ATRAVÉS DA RUA DO SODRÉ.
FIGURA 105 imagem digital: Carlos Milhor/2011
04 01 VISTA DA LADEIRA DA MONTANHA A PARTIR DA PRAÇA CASTRO ALVES. AO VEMOS A REGIÃO DO COMÉRCIO NA CIDADE BAIXA.
02 VISTA DO INÍCIO DA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA A PARTIR DA AV. LAFAYETE COUTINHO.
03
VISTA DA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA. AO FUNDO VEMOS O ELEVADOR LACERDA.
VISTA DO INÍCIO DA RUA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA PRAÇA IRMÃOS PEREIRA, LOCAL UTILIZADO PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS. VEMOS ACIMA OS CASARÕES DA RUA MANOEL VITORINO.
6.PROPOSTAS
RUA AREAL DE BAIXO
Pretendemos manter as vias locais com pouco tráfego de veículos priorizando assim o pedestre.
LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO HABITAÇÃO (63 imóveis) BAÍA DE TODOS OS SANTOS
COMÉRCIO/SERVIÇO (26 imóveis) INSTITUCIONAL (03 imóveis)
PRAIA
FECHADO (03 imóveis) RUÍNA (42 imóveis) MISTO (01 imóvel)
estacionamento
VAZIO (12 imóveis)
E
FIGURA 112 imagem digital: Carlos Milhor/2011
ESTACIONAMENTO (02 praças públicas) estacionamento
PRAÇA E LARGO
E
IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (ATUALMENTE ESTÁ EM RUÍNAS)
Na análise do mapa de uso do solo juntamente com as visitas ao local percebemos o potencial da área para o uso habitacional. Foi o que encontramos na parte mais próxima ao Museu de Arte Sacra. Já na área mais próxima a Avenida do Contorno podemos verificar a existência de comércio/serviços como uso mais freqüente, sendo que os imóveis ocupados por esse uso possuem potencial para habitação nos FIGURA 108 imagem digital: Carlos Milhor/2011
pavimentos superiores, já que geralmente possuem o comércio localizado no térreo e os níveis superiores encontram-se ociosos ou com seus espaços subutilizados. Em nossa proposta procuraremos transformar os imóveis comerciais em uso misto, sendo que deveremos manter o que está consolidado e inserir o uso habitacional nos níveis superiores. FIGURA 109 imagem digital: Google by Luis Paulo Pinto/maio2011 02
01 VISTA DO CASARIO DA RUA MANOEL VITORINO A PARTIR DA AV. LAFAYETE COUTINHO.
VISTA DA OCUPAÇÃO DAS ARCADAS DA LADEIRA DA MONTANHA A PARTIR DA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA.
Também percebemos a existência de muitos imóveis em situação de ruína (42 imóveis), alguns imóveis vazios (12 imóveis) e poucos imóveis de uso institucional (3 imóveis). Outros usos estão apresentados na legenda do mapa de uso do solo. FIGURA 111 imagem digital: Carlos Milhor/2011 FIGURA 110 imagem digital:Google by Marcos A. R. Nogueira/maio2011 03
VISTA DA OCUPAÇÃO DAS ARCADAS DA LADEIRA DA MONTANHA A PARTIR DA LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA.
05
VISTA DA LADEIRA DA PREGUIÇA
04
VISTA DA LADEIRA DA PREGUIÇA
6.PROPOSTAS
uso do solo
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FIGURA 107 USO DO SOLO ESCALA 1:4.000 Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador - ERCAS, 2010.
LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE PROTEÇÃO RIGOROSA BAÍA DE TODOS OS SANTOS
E
IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Quanto ao gabarito de altura, a área encontra-se dentro da área de proteção rigorosa. Nossa intervenção,portanto, deverá ter como referência o gabarito existente e suas relações com o entorno, respeitando o valor histórico da paisagem do Centro Histórico.
gabarito de altura
E
FIGURA 115 VISTA PANORÂMICA DOS ANTIGOS SOBRADOS DA RUA MANOEL VITORINO. VERIFICAMOS A EXISTENCIA DE SOBRADOS DE 3, 4 E CINCO PAVIMENTOS imagem digital: Carlos Milhor/2011
LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ZONA DE USO PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL - ZPR.5 ZONA DE USO NÃO RESIDENCIAL - CENTROS MUNICIPAIS - CM
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
E
E FIGURA 114 USO DO SOLO ESCALA 1:4.000 PDDU - Lei 7400/08.
IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
zoneamento
A poligonal de estudo está inserida atualmente em duas áreas distintas de zoneamento. Olhando no mapa de zoneamento (do lado esquerdo do mapa na cor laranja) temos a zona de uso predominantemente residencial (ZPR.5) que tem seu limite na Ladeira da Preguiça. A partir deste ponto, seguindo para o lado direito do mapa (cor azul), temos a zona de uso não residencial – centros municipais (CM). Nossa proposta insere a poligonal da ZEIS de forma a incorporar parte de cada uma dessas zonas.
6.PROPOSTAS
45
FIGURA 113 USO DO SOLO ESCALA 1:4.000 PDDU - Lei 7400/08.
investimentos públicos e privados Neste mapa indicamos a proximidade de dois investimentos públicos na área e sete investimentos privados. Esses investimentos serão uma via de mão-dupla, trazendo benefícios para o Centro Antigo mas ao mesmo tempo podendo causar o processo de gentrificação. É com base na possibilidade de ocorrer a gentrificação que propomos a transformação do local definido pela poligonal de estudo em uma ZEIS, como garantia da permanência das famílias que residem no local.
LEGENDA:
FIGURA 116 imagem digital: Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador - ERCAS, 2010.
POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO INVESTIMENTOS PÚBLICOS 1. Falha Geológica II - Ladeira da Montanha 2. Praça Castro Alves INVESTIMENTOS PRIVADOS
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
1. Txai Salvador Hotel 2. Txai Residence 3. Hotel Boutique 4. Porto 5. Hotel Design 6. Hotel Palace 7. Casarão 28
E
No mapa ao lado podemos identificar a relação da ZEIS proposta com as zonas de uso existentes. Podemos concluir que a ZEIS vai garantir a permanência das pessoas que ocupam os imóveis nesta região, ampliando suas garantias e os investimentos públicos adequados à área. Segundo o PDDU 2008 Art. 78. Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS, são aquelas destinadas à implementação de programas de regularização urbanística, fundiária e produção, manutenção ou qualificação de Habitação de Interesse Social, HIS. Na gestão municipal (2005/2008), a Secretaria da Habitação (SEHAB), sob o comando da Profa. Dra. Ângela Gordilho, elaborou a Política Municipal de Habitação de Interesse Social (PHIS/Salvador), consti-tuída de forma participativa, incorporada ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador – PDDU/2008 (Lei 7.400/2008).
inserção da proposta de ZEIS categoria III (ZEIS III) no zoneamento atual LEGENDA: POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ZONA DE USO PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL ZPR.5 ZONA DE USO NÃO RESIDENCIAL CENTROS MUNICIPAIS - CM
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
ZEIS-III
E
IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
E
FIGURA 117 imagem digital: editado por Carlos Milhor sobre PDDU - Lei 7400/08.
6.PROPOSTAS
46
E
IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
implantação geral atual
LEGENDA
Através da análise das especificidades do lugar obtivemos informações importantes para a proposta de recuperação da área de estudo.
POLIGONAL DA POLIGONAL DE INTERVENÇÃO PROPOSTA DE ZEIS III
Na implantação geral podemos ver a relação dos imóveis existentes com a encosta através das curvas de níveis. Os imóveis localizados no Beco da Califórnia encontram-se em estado inadequado para moradia e estão em uma área logo abaixo da encosta correndo o risco de serem atingidos por deslizamento de terra. As áreas de proteção da encosta devem ser recuperadas e preservadas através de contenções e vegetação adequada para evitar este tipo de ocorrência. Mesmo com esse procedimento indicado em projeto, estamos propondo no Beco da Califórnia a retirada dessas edificações (são 12 imóveis) e a alocação das famílias para imóveis a serem recuperados na área de intervenção.
ver desenhos em escala na Folha 01 do apêndice A FIGURA 118 IMPLANTAÇÃO GERAL ATUAL SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
IMÓVEL DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO IMÓVEL PRÓXIMO À ÁREA DE INTERVENÇÃO IMÓVEL SELECIONADO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PRAIA
Trapiche Adelaide
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
Comando do 2º Distrito Naval Ministério da Marinha
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6.PROPOSTAS
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FIGURA 120 IMPLANTAÇÃO GERAL ATUAL CORTE B.B SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
Projetamos para o Beco da Califórnia uma praça que fará a ligação entre a Ladeira da Preguiça e o Beco do Sodré pela parte mais baixa do terreno.
LIMITE DA POLIGONAL DE INTERVEÇÃO
PRAÇA ALMIRANTE PAULA GUIMARÃES
60 55 50 45
Um problema muito grave encontrado no local foram dois estacionamentos de veículos privatizando áreas públicas
40
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corte B.B
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corte A.A
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PRAÇA CASTRO ALVES LADEIRA DA MONTANHA
FIGURA 119 IMPLANTAÇÃO GERAL ATUAL CORTE A.A SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
60
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LADEIRA DA CONCEIÇÃO DA PRAIA
55 50 45 40
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FIGURA 121 IMPLANTAÇÃO GERAL ATUAL CORTE C.C SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
sem escala
LIMITE DA POLIGONAL DE INTERVEÇÃO
35
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6.PROPOSTAS
45
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48
LIMITE DA POLIGONAL DE INTERVEÇÃO
50
60 55
20
O estacionamento que se encontra logo abaixo da Rua Manoel Vitorino ocupa todo o espaço da Praça Irmãos Pereira. Já no cruzamento da Rua do Sodré com a Ladeira da Montanha temos um estacionamento de veículos e uma grande caçamba metálica para depósito de lixo. O estacionamento ocupa toda a Praça Almirante Paula Guimarães. Projetamos para esta praça um estacionamento enterrado composto por dois níveis de subsolo com a intenção de devolver a praça à população.
55
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estudo de massas ver desenhos em escala nas Folhas 02 e 03 do apêndice A
POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Uso
Quantidade Atual
Quantidade Proposta
HABITAÇÃO
63 IMÓVEIS
74 IMÓVEIS
COMÉRCIO/SERVIÇO
26 IMÓVEIS
30 IMÓVEIS
INSTITUCIONAL
03 IMÓVEIS
23 IMÓVEIS
FECHADO
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42 IMÓVEIS
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MISTO
01 IMÓVEL
13 IMÓVEIS
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12 IMÓVEIS
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150 IMÓVEIS
140 IMÓVEIS
TOTAL
33 IMÓVEIS SELECIONADOS PELO ERCAS SE ENCONTRAM NA ÁREA DE INTERVENÇÃO DE NOSSO PROPOSTA. ESTES IMÓVEIS FAZEM PARTE DE UMA LISTA DE 150 IMÓVEIS SELECIONADOS PARA O PLANO DE REABILITAÇÃO DO CENTRO ANTIGO DE SALVADOR - 2010. (INDICADOS NO MAPA COM A LETRA "P" SEGUIDA DO NÚMERO CORRESPONDENTE À FICHA DE CADASTRO).
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IMÓVEL ESCOLHIDO PARA PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
49
implantação geral com indicação de usos atuais
LEGENDA
6.PROPOSTAS
FIGURA 122 IMPLANTAÇÃO GERAL USO ATUAL SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
FIGURA 124 CORTE ESQUEMÁTICO PARA A PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE HABITAÇÕES DE DOIS PAVIMENTOS NO BECO DA CALIFÓRNIA SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
proposta para recuperação dos cortiços do Beco da Califórnia
a proposta Os desenhos relativos à intervenção podem ser vistos no estudo de massas da Implantação Geral Proposta onde apresentamos a proposta de recuperação dessas praças enquanto espaço público para o pedestre, além de ser uma importante área de encontro complementar à Praça Castro Alves. Teremos portanto de volta duas praças, uma localizada na parte alta (Praça Almirante Paula Guimarães) e outra na parte baixa (Praça Irmãos Pereira) em nossa área de estudo.
FIGURA 125 ESTUDO DE MASSAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE HABITAÇÕES DE DOIS PAVIMENTOS NO BECO DA CALIFÓRNIA SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
Reconhecemos o problema atual do transporte individual tendo o automóvel como seu símbolo máximo. Enquanto não houver uma política pública voltada para o transporte de massa teremos que criar soluções para o grande número de veículos nas ruas da cidade. Portanto, para não piorar
Neste sentido, adotamos para a Praça Irmãos Pereira o nível da Rua Manoel Vitorino (cota 8,00 metros) como nível geral da praça, o que permite que o estaciona-mento fique no nível em que se encontra hoje, ou seja, com acesso em nível pela Av. Lafayete Coutinho (cota de acesso 4,00 metros). No Corte B.B do Estudo de Massas podemos ver esta relação de níveis. Essa solução permite que todos os imóveis da Rua Manoel Vitorino tenham a praça como complemento espacial de suas fachadas, fa-cilitando portanto o acesso de pedestres a essa praça que ficará livre dos automóveis. Com o intuito de dar preferência aos pedestres, estamos propondo que o acesso de veículos a essa via fique restrito à carga e descarga através de um piso diferenciado e um espaço adequado para o estacionamento de veículo médio de transporte de cargas. O acesso de pedestres do estacionamento para a praça será feito por escadas e elevador.
A Praça Almirante Paula Guimarães será executada na cota 44,00 metros, o que nos permite criar um espaço de contemplação sobre o edifício do Equipamento Associativo de Uso Múltiplo. Este edifício portanto, ficará totalmente abaixo da praça, sendo que somente seu hall de entrada estará no nível da praça. Esse hall de acesso deve possuir transparência e leveza para não interferir de maneira negativa na paisagem. É a partir da Praça Almirante Paula Guimarães que teremos acesso ao Beco do Sodré, mantendo a referência do caminho existente. O acesso será feito a partir da escada e elevadores do hall de acesso do edifício de Uso Múltiplo. A partir daí teremos acesso aos três mirantes que se encontram na encosta e também acesso à creche (edifício 02) planejada para o local. No nível 17,00 metros teremos acesso ao Beco da Califórnia, passando por um quiosque coberto. A intenção deste quiosque é que se mantenha um uso constante de forma a atrair pessoas para o local não permitindo que a praça fique desprotegida servindo de espaço para usuários de drogas.
50
primeiras idéias
ainda mais a situação dos espaços ocupados pelos veículos, que não respeitam espaços públicos reservados para o pedestre, estamos propondo que os estacionamentos, uma vez consolidados nestes locais, passam a existir legalmente sob as praças. Gostaria aqui de reforçar nossa indignação com a falta de respeito e sentido de cidadania dos motoristas que ocupam esses espaços, sejam eles praças, calçadas, largos, faixas de pedestres e locais de acesso a pessoas com necessidades especiais de locomoção.
Na Praça Almirante Paula Guimarães temos uma solução baseada no mesmo conceito: estacionamento de veículos sob a praça. Como esta área recebe grande número de veículos e estamos adensando ainda mais a região, propomos um estacionamento com dois níveis de subsolo. Aproveitamos as cotas mais altas da encosta para adequar os subsolos de forma a não descaracterizar a paisagem local, respeitando os níveis existentes para não comprometer as visuais a partir da Praça Castro Alves. Este estacionamento terá acesso por rampa a partir da Ladeira da Conceição da Praia e a saída de veículos será feita pela Rua do Sodré. O acesso de pedestres do estacionamento para a praça será feito por meio de escadas e elevadores localizados no hall de acesso do edifício projetado para o Equipamento Associativo de Uso Múltiplo.
6.PROPOSTAS
FIGURA 123 CORTE ESQUEMÁTICO DA SITUAÇÃO PROPOSTA SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
FIGURA 127 PLANTA BAIXA DO ESTUDO DE MASSAS PARA A PROPOSTA DE USOS SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
6.PROPOSTAS
FIGURA 126 PLANTA BAIXA DO ESTUDO DE MASSAS PARA A PROPOSTA URBANA SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
51
croquis iniciais da proposta de recuperação da área do entorno
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RECUPERAR ENCOSTA TALUDES/VEGETAÇÃO/CONTENÇÕES
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FIGURA 128 IMPLANTAÇÃO GERAL DE USOS PROPOSTOS SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
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LEGENDA POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Uso
Quantidade Proposta
HABITAÇÃO
74 IMÓVEIS
COMÉRCIO/SERVIÇO
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INSTITUCIONAL
23 IMÓVEIS
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TOTAL
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55
ver desenhos em escala nas folhas 02 e 03 do apêndice A
proposta geral de usos
Com relação ao conjunto geral dos imóveis, estamos propondo adensamento nos lotes vazios com inclinação adequada às edificações (12 imóveis), nos imóveis em ruínas (42 imóveis); readequar os espaços internos dos imóveis existentes que estejam ociosos ou com ocupação parcial (17 imóveis ocupados parcialmente), vazios (12 imóveis) ou fechados (3 imóveis) de tal forma a conseguir um maior número de unidades habitacionais em função da área construída. Portanto temos condições de propor intervenções em 86 imóveis da área de estudo. A área possui 150 imóveis que foram identificados através do mapa de ocupação e uso do solo obtido no Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador. Estamos considerando que os 64 imóveis restantes estão com seus usos consolidados. Isso não significa um engessamento da possibilidade de melhorias ou intervenções nesses imóveis, mas serve como orientação para o início do processo de proposições na área. Tanto que em nosso projeto, as habitações consideradas inadequadas ou em área de risco, serão remanejadas, dando espaço para outro tipo de uso ou equipamento urbano.
Na Folha 02 do apêndice A temos condições de comparar a implantação geral com uso atual e a nossa proposta de novos usos. No quadro Legenda, temos o quantitativo final de imóveis (150 imóveis), sendo a diferença do total de imóveis da proposta (140 imóveis) relativa ao remanejamento de imóveis em áreas de risco em sua maioria localizados no Beco da Califórnia. Os moradores destes imóveis deverão ser remanejados para outros imóveis recuperados na área de estudo. Pensando na readequação de usos em função do equilíbrio de equipamentos necessários para a comunidade e maior área disponível para moradias, distribuímos as funções de maneira a adequar o proposto com o existente e já consolidado. Desta forma chegamos a um resultado onde esperamos que possam ser inicialmente atendidas as necessidades básicas de comércio e serviços, mas que estarão livres para se adequarem à comunidade conforme suas necessidades, já que a cidade não é estática, portanto devemos oferecer as condições para a mudança. Por esse motivo, a maioria dos imóveis que possuem o comércio no térreo assim serão mantidos e aqueles em que o comércio esteja estabelecido também manterão suas características de uso e ocupação. Nesta área temos consolidados os usos de lojas e oficinas de equipamentos náuticos, lojas denominadas “museu do azulejo” onde encontramos peças de cerâmica para revestimento que encontram-
se fora de catálogo atual, além de bares populares. Pretendemos com esta proposta atingir os objetivos do Art. 79 estabelecido no PDDU das Zonas Especiais de Interesse Social.4 Quanto aos equipamentos urbanos, de acordo com Santos (1988, p.157): são aqueles serviços públicos que exigem áreas próprias para funcionarem. Tem de ser programados em avanço para atender bem aos fins a que se destinam. Há equipamentos públicos voltados para a vizinhança e bairros. Devem ser salpicados com a maior regularidade possível pelo território urbano. É o caso de creches, escolas, praças, postos de saúde que têm de estar situados em áreas de moradia.
Com a intenção de atender a população do bairro, estamos propondo alguns equipamentos que deverão ocupar imóveis em ruínas ou subutilizados. A distribuição dos equipamentos públicos, de comércio e serviços pode ser vista na Folha 02 do apêndice A. Concentramos comércio e serviços próximo a uma via arterial, a Avenida Lafayete Coutinho, pois verificamos que este trecho apresenta vocação histórica para este uso, pela proximidade de uma via de grande fluxo e visibilidade. Com isso, o uso residencial ocupa áreas de fluxo de veículos menos intenso e no caso da Rua Manoel Vitorino, os apartamentos ocuparão os an-
NOTAS: 4. Art. 79. As Zonas Especiais de Interesse Social têm como objetivos: I - promover a regularização fundiária sustentável, levando em consideração as dimensões patrimonial, urbanística e ambiental, dando segurança jurídica da posse da terra e da edificação aos moradores de áreas demarcadas, garantindo a permanência da população; II - assegurar as condições de habitabilidade e integrar os assentamentos informais ao conjunto da cidade; III - incentivar a utilização de imóveis não utilizados e subutilizados para programas habitacionais de interesse social; IV - permitir a participação e controle social na gestão desses espaços urbanos; V - promover o respeito às áreas de proteção cultural e ambiental; VI - proteger os assentamentos ocupados pela população de baixa renda, da pressão do mercado imobiliário.
53
A escadaria portanto, será o elemento de ligação das plataformas/mirantes que também terão a função de ligar as cotas de nível 39,00 metros, onde se encontra o acesso à creche e a cota 16,00 metros onde encontramos o Beco da Califórnia que dará acesso através de rampas e escadas ao nível 24,00 metros da Ladeira da Preguiça. No nível 24,00 metros, junto à Ladeira da Preguiça, estamos propondo a recuperação do imóvel que se encontra em ruínas para a criação de um Centro da Terceira Idade. Achamos importante este espaço devido ao fato de que esta população de idosos muitas vezes fica confinada aos seus espaços domésticos por não ter outra opção adequada para convivência social. O Centro da Terceira Idade deverá ser um espaço com o térreo livre possibilitando a ligação entre Ladeira da Preguiça e Beco da Califórnia, se transformando numa extensão da rua, criando espaço para as crianças brincarem de maneira segura, e o que é mais desejável, próximas dos idosos que terão prazer em conviver com as crianças. No Beco da Califórnia portanto abre-se a possibilidade para um uso mais
familiar, um uso comunitário em que as pessoas possam se apropriar e cuidar deste espaço de maneira a ser uma “extensão comunitária das moradias” (HERTZBERGER, 1999). Importante ressaltar que o acesso ao Beco da Califórnia é feito hoje justamente pela lateral deste edifício onde estamos propondo a edificação 22.
6.PROPOSTA
Para vencer a altura total da encosta no Beco do Sodré, aproveitamos o desnível existente entre a cota de nível 10,00 metros (parte mais baixa da Ladeira da Preguiça) e a cota 35,00m (acesso ao Equipamento Associativo de Uso Múltiplo) e criamos três plataformas/mirantes, que se localizam nas cotas 17, 25 e 30,00 metros. Esses mirantes complementam a praça Almirante Paula Guimarães, no sentido em que eles farão a ligação entre a cidade baixa e cidade alta não somente por uma escadaria, um local de passagem, mas por um local de encontro e de contemplação. Aproveitamos a encosta para criar estes espaços que ocuparão esse “vazio” urbano, não de forma agressiva, mas sim complementar à paisagem, de maneira a preservar a encosta e ao mesmo tempo utilizá-la como elemento de novas possibilidades espaciais.
co
Be
dares superiores das edificações. Os equipamentos institucionais foram distribuídos de forma a facilitar o acesso pela comunidade. Portanto equipamentos como a creche (edificação 02) o Equipamento Associativo de Uso Múltiplo (edificação 03) o quiosque (edificação 23), o Centro da Terceira Idade (edificação 22), o Posto de Saúde (edificação 04) e um dos postos policiais do local (edificação 01) foram localizados de forma centralizada na área de intervenção. Os postos policiais foram distribuídos de forma a manterem a segurança tanto da parte baixa quanto da parte alta (edificação 01) pois devido à encosta, e a região ser ocupada por usuários e traficantes de drogas percebemos a necessidade de melhorar a vigilância do local.
do So
órn
ia
dré
Na área próxima ao Museu de Arte Sacra encontramos muitos imóveis em ruínas, o que nos possibilita a ocupação com novos usos. A cidade de Salvador foi o berço de nascimento do ensino organizado no Brasil, não só do superior mas do médio, através da preparação nas artes e ofícios dos artesãos locais e o elementar, na passagem do século XVI para o XVII. O Colégio de Jesus foi o primeiro estabelecimento desta
Bec
6.PROPOSTA
od
54
aC
alif
A edificação 03 da Proposta, ou seja, o Equipamento Associativo de Uso Múltiplo será projetado como uma escola de caráter não convencional no sentido de uso do espaço. Estamos propondo que seus espaços sejam ocupados com várias atividades, portanto as salas e os espaços comuns serão de uso múltiplo. As atividades poderão acontecer de modo a ocupar o imóvel todo o tempo, sem que fique ocioso. Neste espaço poderão ocorrer atividades culturais e artísticas, reuniões da comunidade, oficinas de educação ambiental voltadas para o meio urbano, projeções de vídeos e acesso à internet. Neste espaço teremos equipamentos internos de apoio como banheiros públicos, áreas de convivência e biblioteca. ordem, localizado em sítio sagrado para a cultura nacional. Com o intuito de estabelecer o reconhecimento da importância deste fato e de atender a uma demanda da cidade de Salvador estamos propondo que as edificações 08, todas em ruínas, sejam recuperadas para a instalação de uma Escola Técnica Federal de Segundo Grau. Nesta Escola Técnica deverão existir cursos
LEGENDA POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Uso
Quantidade Proposta
HABITAÇÃO
74 IMÓVEIS
COMÉRCIO/SERVIÇO
30 IMÓVEIS
INSTITUCIONAL
23 IMÓVEIS
MISTO
13 IMÓVEIS
TOTAL
140 IMÓVEIS
FIGURA 129 IMPLANTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA DE USOS (PARCIAL) SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
Beco do Sodré Beco da Califórnia
Uso
Quantidade Proposta
HABITAÇÃO
74 IMÓVEIS
COMÉRCIO/SERVIÇO
30 IMÓVEIS
INSTITUCIONAL
23 IMÓVEIS
MISTO
13 IMÓVEIS
TOTAL
140 IMÓVEIS
Escola Técnica Federal
prioritariamente voltados ao trabalho de manutenção, preservação e restauro de edificações antigas, históricas ou tombadas. Também deverão oferecer cursos de técnicas construtivas modernas juntamente com as antigas para que o diálogo entre o novo e o antigo seja feito de forma adequada tanto esteticamente quanto tecnicamente. Propomos cursos de marcenaria, azulejaria, carpintaria, técnicas de alvenaria, cantaria, FIGURA 130 IMPLANTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA DE USOS (PARCIAL) SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
Museu de Arte Sacra
restauro, materiais de construção e outros. O espaço deverá ser adequado às aulas teórico/práticas do curso, contendo laboratórios e oficinas para trabalhos práticos que devem incluir a cidade como instrumento de aprendizado, principalmente o Centro Antigo que tanta riqueza oferece para os aprendizes. Aproveitando este rico espaço existente entre o Museu de Arte Sacra e a Escola Técnica Federal, estamos propondo a consolidação das edificações utilizadas como moradia na Travessa Aquino de Gaspar e propondo que as ruínas existentes nesta rua sejam transformados em ateliês de artistas que de alguma forma estejam conectados aos trabalhos necessários no Museu. Sejam eles de produção de obras, restauro ou divulgação do conhecimento e de técnicas artísticas. Esses ateliês estarão localizados no acesso à Escola Técnica (que não deverá ser o único) como “convite” para entrada neste universo histórico da cidade de Salvador (edificações 09). Para dar apoio a esses equipamentos consideramos oportuno criar espaço comercial para uma livraria/papelaria próxima ao local (edificação 06) e um restaurante popular (edificação 10) que deverá atender à demanda local dos estudantes, artistas e pesquisadores. Outros serviços foram distribuídos em nossa área de intervenção, como padaria, mercadinho, correio, sapataria, armarinho e oficina de costura, que podem ser observados na Folha 02 do apêndice A. Esses equipamentos de serviços foram distribuídos de forma a atender aos moradores tanto na questão de emprego e renda como elementos de apoio à vida cotidiana, devendo portanto ficarem próximos aos locais de moradia, facilitando o acesso à pé em poucos minutos e criando a noção de vínculo comunitário e boa relação de vizinhança (SANTOS, 1988).
55
POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
6.PROPOSTA
LEGENDA
FIGURA 131 CROQUIS DO BECO DO SODRÉ SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
aumento da densidade
Em sua tese de doutorado, Freitas (2005) nos apresenta um quadro de Acioly e Davidson, 1998, das vantagens e desvantagens da alta e da baixa densidade. Vamos descrever os dados desse quadro:
FIGURA 132 CROQUIS DE UM TRECHO DA ESCADARIA DO BECO DO SODRÉ SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
Alta Densidade
Baixa Densidade
Vantagens: Eficiência na oferta de infraestrutura; uso eficiente da terra; geração de receitas; vitalidade urbana; maior controle social; economias de escala; facilidade de acesso aos consumidores; maior acessibilidade e emprego. Desvantagens: Congestionamento e saturação do espaço; maiores riscos de degradação ambiental; sobrecarga nas infraestruturas; poluição; criminalidade.
Vantagens: Possibilidade de saneamento de baixo custo; mais silêncio e tranqüilidade; menos poluição. Desvantagens: Excesso de consumo da terra urbana e infraestrutura; altos custos e precariedade do transporte público; precária acessibilidade aos serviços; pouca interação social; altos custos para oferta e manutenção dos serviços.
estudo para vencer os desníveis entre mirantes através de escadas
6.PROPOSTA
56
estudo para os mirantes do Beco do Sodré
Uma questão importante de nossa proposta está relacionada à densidade populacional. É desejável que a região se mantenha com as características históricas preservadas, mas também que possa melhor utilizar a infraestrutura existente de maneira a manter um equilíbrio entre o número de pessoas e o espaço por elas utilizado, seja na forma de moradia, trabalho ou lazer.
O aumento da densidade não deve ser confundido com a congestão e com o apinhamento. No sentido prático, o desejo de adensar os centros urbanos para salvar a natureza do entorno rural, deve dialogar com os diversos indicadores da sustentabili-dade ambiental urbana. Ou seja, em muitos casos, o conforto é o limite: o desfrute de áreas públicas de lazer limita a ocupação do solo; a permeabilidade ao vento limita a proximidade das edificações; as facilidades econômicas e ambientais de acessibilidade limitam o aumento das distâncias a serem percorridas diariamente pela população.
Freitas (FREITAS, 2005) também nos revela que somos influenciados por ideários de cidades com alta densidade provindos de países economicamente desenvolvidos, e precisamos lembrar que, em geral essas cidades encontram-se em climas temperados e frios. Outros exemplos são de países árabes. Nesses casos a arquitetura tradicional é adaptada ao clima tropical quente e seco. Em ambos os casos, se forem transpostos para contextos díspares teremos resultados desastrosos. Ele conclui que “a densidade no contexto brasileiro, em uma cidade de clima tropical quente e úmido, será alta ao apresentar 140 habitantes por hectare, ou mais.” O autor cita ainda Kevin Lynch (1980) que faz um estudo da relação entre densidade baixa, média e alta concluindo que a partir de 105 habitantes por hectare começam a surgir problemas como ruído, falta de espaço para lazer e estacionamentos e a maior proximidade entre as edificações e os espaços abertos restantes diminui a privacidade dos seus usuários. Lembrando que esse padrão está
FIGURA 133 CROQUIS DA PRAÇA ALMIRANTE PAULA GUIMARÃES SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
estudo para a Praça Almirante Paula Guiamarães
Concluímos portanto que não temos uma cidade ideal, assim como não temos a densidade ideal, pois isso depende de questões que envolvem o clima, vegetação, infraestrutura, questões sociais, culturais e econômicas. Mas como parâmetro utilizaremos a tese de Freitas (2005) para estudarmos a densidade em nossa área no sentido de aumentá-la. Gordilho no Plano de Reabilitação do Centro Antigo (2010), nos apresenta alguns dados: o Centro Histórico possui uma população de 8.255habitantes, uma área de 78,28 hectares, densidade de 105,4 habitantes por hectare distribuídos em 2.610 domicílios ocupados. Consideramos esta densidade baixa para a região do centro histórico haja vista o número de imóveis desocupados, ocupados parcialmente ou em ruínas na região. Nossa área de intervenção possui 6 hectares, portanto se considerarmos uma densidade de 140 hab/ha - considerada alta por Freitas (2005) - podemos ter no mínimo 840 habitantes. Consideramos esse número uma densidade média para a área, pois em nossa proposta temos 74 imóveis para habitação e 13 imóveis mistos, o que nos dá um total de 87 imóveis disponíveis. Se dividirmos os 840 habitantes por 87 imóveis, teremos 9,65 pessoas por imóvel. Vamos demonstrar que será possível um maior adensamento da área através da utilização de alguns imóveis para a moradia social, ou seja, com uma transformação dos espaços internos, poderemos alocar várias tipologias de moradia e consequentemente disponibilizar o uso para um número maior de famílias um mesmo imóvel. Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nas duas últimas décadas houve uma queda substancial do tamanho da família. O tamanho da família brasileira diminuiu em todas as regiões: de
57
Ainda segundo Freitas (2005, p. 253):
relacionado aos padrões de conforto norte americanos. Para Kevin Lynch, a congestão completa se daria com 1575 hab/ha.
6.PROPOSTA
Verificamos pelas comparações descritas acima que a alta densidade traz mais vantagens que a baixa densidade, portanto devemos procurar a alta densidade para melhor aproveitar o espaço disponível para ocupação.
Para o Programa Minha Casa Minha Vida a Caixa Econômica determina: Tipologia mínima apresentada para apartamento: 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço: área útil mínima de 37 m².
De acordo com o Código de Obras de Salvador: Art. 85 – O princípio dimensional para determinar a área útil da unidade imobiliária residencial é presidido pela quota de conforto mínima de 10,00m² (dez metros quadrados), por pessoa. Utilizaremos para efeito de cálculo de uma unidade de moradia social a área útil de 40 m2. Consideraremos mais 30% para alvenarias e circulações, o que nos determina 52 m2 para cada unidade de habitação. Para efeito do cálculo médio do número de famílias por imóvel vamos utilizar os imóveis cadastrados pelo ERCAS (Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador) que se encontram em nossa área, retirando aqueles que apresentarem usos unicamente comercial ou institucional, portanto nos restam os imóveis de uso misto (comercial e residencial) e de uso unicamente residencial.
NOTAS: 5. Nossa área de intervenção possui 6 hectares, portanto se considerarmos uma densidade de 140 hab/ha, considerada alta por freitas (2005) podemos ter no mínimo 840 habitantes. Este número consideramos que seja uma densidade média para a área, pois em nossa proposta temos 74 imóveis para habitação e 13 imóveis mistos, o que nos dá um total de 87 imóveis disponíveis. Se dividirmos os 840 habitantes por 87 imóveis, teremos 9,65 pessoas por imóvel.
TABELA 1 POTENCIAL DE ADENSAMENTO Carlos Milhor/2011
POTENCIAL DE ADENSAMENTO
QUANT.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19
ÁREA DA PROJEÇÃO NÚMERO DE IMÓVEL HORIZONTAL PAVIMENTOS (M2) P004 P005 P014 P027 P030 P031 P033 P037 P043 P179 P202 P401 P402 P403 P404 P648 P690 P724 P725
113,37 229,10 180,16 115,18 262,29 211,59 78,28 203,98 193,30 165,91 160,00 258,49 309,67 246,89 263,71 137,20 633,64 53,72 150,70
2 2 4 2 2 1 3 3 2 3 3 3 1 2 4 3 2 2 2
ÁREA COMERCIAL NO TÉRREO 0,00 93,12 0,00 57,59 0,00 0,00 0,00 0,00 96,65 82,96 80,00 0,00 154,83 123,44 131,85 68,60 316,82 0,00 0,00 1.205,86
NÚMERO ÁREA DOS UNIDADE DE UNIDADE NÚMERO DE PAVIMENTOS RESIDENCIAL UNIDADES FAMILIAR PESSOAS RESIDENCIAIS M2 (FAMÍLIAS) 226,74 458,20 720,64 230,36 524,58 211,59 234,84 611,94 386,60 497,73 480,00 775,47 309,67 493,78 1.054,84 411,60 1.267,28 107,44 301,40 9.304,70
52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00 52,00
4,36 8,81 13,86 4,43 10,09 4,07 4,52 11,77 7,43 9,57 9,23 14,91 5,96 9,50 20,29 7,92 24,37 2,07 5,80 178,94
3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30
14 29 46 15 33 13 15 39 25 32 30 49 20 31 67 26 80 7 19 590
Na Tabela 1 podemos verificar que temos potencial para atender em 19 imóveis aproximadamente 179 famílias ou 590 pessoas. Consideraremos para efeito de cálculo que os 68 imóveis restantes de nossa amostra não cadastrados pelo ERCAS possuem potencial de 9,65 pessoas por 5 imóvel , o que nos daria 656 pessoas. Portanto, em nossa área de 6 hectares teremos uma densidade de no mínimo:
207 habitantes por hectare.
58
Como parâmetro para o tamanho da unidade mínima de habitação fizemos uma comparação entre a referência da Caixa Econômica Federal para financiamento do Programa Minha Casa Minha Vida e o Código de Obras de Salvador.
Dos 87 imóveis residenciais localizados em nossa área de estudo, temos 19 cadastrados pelo ERCAS. Na tabela abaixo fizemos uma projeção do potencial construtivo para esses 19 imóveis a partir da área de projeção horizontal retirada da base Sicar e o número de pavimentos fornecido pela Ficha de Caracterização do Imóvel elaborada pelo ERCAS. O número de pavimentos de alguns imóveis foi alterado em relação à Ficha de Caracterização do Imóvel após às visitas ao local.
6.PROPOSTA
4,3 pessoas por família em 1981, chegou a 3,3 pessoas em 2001. O número médio de filhos por família é de 1,6 filhos. Em 2002, o número médio de pessoas na família se manteve o mesmo em quase todas as regiões e por isso a média para o país se manteve em 3,3 pessoas, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2003.
Guimarães. Portanto a Rua do Sodré teria um trecho com mãos em sentidos contrários até o acesso à Ladeira da Preguiça, organizando o acesso à Rua Manoel Vitorino.
Estamos propondo uma adequação do fluxo de veículos mantendo o acesso à Ladeira da Preguiça para quem vem da Areal de Cima e também a partir da Ladeira da Conceição da Praia. Esta deverá sofrer mudança no sentido de direção para facilitar o acesso ao estacionamento que deverá ser colocado sob a Praça Almirante Paula
SENTIDO DE DIREÇÃO DAS VIAS POLIGONAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO HABITAÇÃO COMÉRCIO/SERVIÇO INSTITUCIONAL
FIGURA 134 IMPLANTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA DE USOS (PARCIAL) COM INDICAÇÃO DO SENTIDO DE DIREÇÃO DAS VIAS SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
MISTO
59
Temos acesso à área de estudo por vias arterial, coletora e local, sendo que são as vias locais que recortam o espaço interno à área mantendo assim o lugar com uma certa limitação no movimento de veículos, o que é desejável. Em visita ao local percebemos uma certa confusão no acesso à Ladeira da Preguiça a partir da Ladeira da Montanha, causado pela existência do estacionamento no cruzamento entre Ladeira da Conceição da Praia e Rua do Sodré que ocupa a Praça Almirante Paula Guimarães. Este estacionamento é aberto e faz com que motoristas realizem manobras neste local entrando muitas vezes na contra-mão de direção para acessar a Ladeira da Preguiça. O fato é que não se sabe ao certo qual a direção correta, pois não temos placas de transito no local. Também percebemos a dificuldade de acesso à Ladeira da Conceição da Praia, pois a direção viária desta via atualmente está no sentido de descida, portanto para acesso à via, o motorista tem que fazer uma curva muito fechada a partir da Ladeira da Montanha ou passar pela Praça Almirante Paula Guimarães (utilizada como estacionamento) a partir da Rua do Sodré.
LEGENDA
6.PROPOSTA
estrutura viária
Com essas pequenas mudanças e a adequada sinalização viária teremos condições de melhorar o fluxo local. Nossa proposta prevê a recuperação e conservação das calçadas, buscando melhorias para o pedestre. Todas as ruas deverão ter suas calçadas em condições de uso adequadas procurando na recuperação utilizar o máximo possível os mesmos materiais ou semelhantes aos encontrados no local, ou seja, devemos manter ao máximo as condições de identidade local desde que seja tecnicamente viável do ponto de vista do uso e da segurança.
FIGURA 135 PERSPECTIVA AÉREA DOS MIRANTES (VISTA PARCIAL) ilustração arq. Rodrigo de Godoy/2011
perspectivas
Os mirantes foram projetados de forma a não alterar a topografia local. Eles encostam parcialmente no terreno e possuem pilares de concreto que sustentam a estrutura metálica que apoia o piso de madeira. Eles servem como elementos de convívio social e valorização da paisagem, oferecendo aos cidadãos as visuais da Baía de Todos os Santos. Os mirantes terão acessibilidade garantida por meio dos elevadores estratégicamente localizados de forma a permitir o acesso a todos os níveis os seus níveis. A ligação dos mirantes através das escadas permite criar novos campos de visão a cada patamar atingido. Os patamares portanto, também criam a possibilidade do encontro e a contemplação da Baía de Todos os Santos.
FIGURA 136 PERSPECTIVA AÉREA DOS MIRANTES (VÔO DE PÁSSARO) ilustração arq. Rodrigo de Godoy/2011
6.PROPOSTA
60
Beco do Sodré
FIGURA 137 PERSPECTIVA AÉREA DA PRAÇA ALMIRANTE PAULA GUIMARÃES (VISTA PARCIAL) ilustração arq. Rodrigo de Godoy/2011
Praça Almirante Paula Guimarães A praça foi projetada como local de encontro e contemplação. O volume que vemos ao lado direito da praça será a cobertura do acesso ao Beco do Sodré, ao estacionamento sob a praça e ao edifício de múltiplo uso.
FIGURA 137 PERSPECTIVA DO ELEMENTO DE LIGAÇÃO, POR MEIO DE ELEVADOR E ESCADA, ENTRE A PRAÇA ALMIRANTE PAULA GUIMARÃES E A PRAÇA CASTRO ALVES ilustração arq. Rodrigo de Godoy/2011
Passarela suspensa de acesso à Praça Castro Alves A passarela foi projetada de forma a facilitar o acesso à Praça Castro Alves garantindo a segurança na travessia de pedestres a partir da Rua do Sodré. A acessibilidade e mobilidade será garantida através de elevador e escada. O equipamento serve ainda como uma extensão da Praça Castro Alves, pois teremos no nível da praça uma área coberta que servirá de mirante e hall de acesso ao elevador e a escada.
6.PROPOSTA
61
Este volume edificado abrigará as escadas, rampas e elevadores e será composto de estrutura leve e fechamentos de vidro para não comprometer a vista para a Baía.
6.2 PROPOSTA DE PROJETO PARA HABITAÇÃO SOCIAL
Quanto ao potencial construtivo, podemos transformar antigos casarões abandonados em imóveis que contenham vários apartamentos já que as dimensões desses casarões geralmente são generosas, pois a maioria deles foi construída em épocas em que as referências construtivas com relação ao tamanho de ambientes e altura de pédireito eram maiores do que hoje. A infraestrutura existente pode ser aproveitada e ampliada. Os equipamentos públicos existentes nas proximidades atendem a uma demanda que vai além do Centro, contando com praças, largos, comércio, cinemas, museus e prédios públicos.
Sendo assim, projetamos um edifício com características voltadas para a habitação social, considerando o aproveitamento da área do imóvel para o adensamento de famílias com baixa renda no contexto local. Fizemos uma leitura da paisagem e suas peculiaridades, adequando o imóvel ao local através da releitura de imóveis históricos juntamente com as condições de topografia e as visuais tão importantes para o ponto de convergência que é a Baía de Todos os Santos. Trabalhamos com uma proposta contemporânea enquanto solução estética, técnica e de materiais, numa experiência que pode servir como elemento catalisador para futuras intervenções na área.
O diálogo entre o novo e o antigo não deve ficar atrelado à estética do passado, deve respeitar as características da paisagem enquanto elemento de projeto sem se sujeitar a estilos do passado ou modismos do presente. A arquitetura do edifício deve se apresentar enquanto estética contemporânea mas sem comprometer o sítio histórico, devendo portanto dialogar com o entorno de forma coerente mas não tímida, pois a riqueza construída neste espaço não permite intervenções com valores do imediatismo midiático que logo poderão ser descartadas como aconteceu num dos edifícios que sofreram intervenção em décadas passadas em frente à Praça da Sé, quando os vidros pretos se destacavam em relação ao entorno. Hoje a edificação retorna à sua “posição” em “diálogo” com as edificações vizinhas de maneira mais coerente, e independente da escolha estética do autor da intervenção atual, percebemos a preocupação e respeito pelos elementos históricos da paisagem local.6 Voltando ao nosso projeto, como se trata de imóvel para fins de habitação social, nosso programa básico está relacionado com a criação de um apartamento para suprir necessidades básicas da população carente composto por sala; cozinha; pequeno espaço para um tanque e máquina de lavar roupas ou tanquinho eletrônico; banheiro; um, dois ou três dormitórios, dependendo da confi-
NOTAS: 6. Autor do projeto citado: arq. Chico Mazzoni 7. OSB: aglomerado de partículas longas e orientadas é um derivado da madeira com características estruturais significativas adequado a uma vasta gama de aplicações na construção civil e mobiliário.
62
Para inserção da habitação de interesse social na área de estudo nos baseamos nos seguintes elementos: o potencial construtivo, a infraestrutura instalada, os equipamentos públicos existentes nas proximidades, a acessibilidade e os estoques imobiliário e fundiário. A análise do local com base nesses elementos nos permite afirmar ser viável a recuperação dos imóveis dando ênfase ao adensamento populacional, já que a região oferece condições para isso.
A localização geográfica privilegiada se torna fator potencial e limitador, já que essa área possui qualificações que geram interesses diversos e divergentes por parte dos agentes sociais. Esse potencial resulta no alto valor da terra dificultando o acesso das populações de baixa renda, por este motivo é que temos na região muitos imóveis invadidos e transformados em cortiços (SANTANA, 2006). Achamos importante a intervenção do Estado através de políticas de habitação em áreas centrais, seja como financiador, fiscalizador e incentivador de políticas públicas habitacionais. Por isso nossa proposta contempla a utilização de um instrumento político para manter a população no local e ampliar o acesso à moradia na área através da criação da ZEIS.
guração dos apartamentos. Alguns apartamentos serão do tipo “studio”, ou seja, será constituído de planta livre com exceção dos banheiros. Nossa proposta construtiva considera uma estrutura que possibilite a planta livre, oferecendo a possibilidade de variação na tipologia dos espaços internos, para isso serão utilizados materiais leves e industrializados para sua construção, tais como paredes de gesso, placas cimentícias impermea7 bilizadas ou placas de OSB . As instalações hidráulicas serão executadas de modo a permitir uma variação no posicionamento das áreas molhadas, portanto não teremos uma prumada convencional para descida de tubulações na edificação. Temos a possibilidade de configuração do posicionamento de banheiros, cozinha e local para tanque conforme a necessidade tipológica. As tubulações serão externas, permitindo que a ligação das descidas possam ocorrer em vários pontos.
6.PROPOSTA
A reabilitação da função residencial é considerada como importante instrumento no processo de reversão da decadência, da manutenção e (re)aproveitamento das estruturas edificadas existentes e da ocupação de vazios ou ruínas e ainda, da otimização da infra-estrutura existente (SANTANA, 2006).
FIGURA 137/138. À PROCURA DE UMA SOLUÇÃO FORMAL Carlos Milhor/2011
Nossa base de dados gráficos para início do processo de projeto foi retirada da base SICAR de Salvador cujos arquivos eletrônicos datam do ano de 1998. Portanto a partir desta base em CAD recortamos nossa área de intervenção no trecho de interesse do projeto e posteriormente mais um recorte foi feito nas proximidades do imóvel escolhido.
base de dados gráficos
A partir desses elementos iniciamos o desenvolvimento do conceito que está sintetizado junto das figuras 141, 142 e 143. O que nos deu suporte para o desenvolvimento foi a leitura da paisagem local, considerada como ponto de partida para uma série de relações que fizemos entre cidade alta e cidade baixa e seus elementos de transição; os elementos estruturantes da paisagem tomados como referência nas edificações, na encosta, nas vias e nos vazios criados pelas relações entre esses elementos e finalmente nos significados empreendidos na própria paisagem configurados por essas relações, como os cheios nos dando a noção de proximidade e os vazios de afastamento, e os desníveis nos remetendo à adesão ao território devido à própria condição motivada pela encosta.
RUA VISCONDE DE MAUÁ
BASE SICAR - REFERÊNCIA DO IMÓVEL ESCALA 1:200
FIGURA 140 RUÍNAS ENCONTRADAS NO LOCAL DO IMÓVEL ESCOLHIDO PARA A PROPOSTA DE HABITAÇÃO SOCIAL imagem digital: Carlos Milhor/2011
63
FIGURA 139 DESENHO RETIRADO DA BASE SICAR - SALVADOR Data dos arquivos: 1998.
6.PROPOSTA
O Desenvolvimento do Conceito
No desenho da Base Sicar podemos verificar alguns dados básicos de referência com relação à área ocupada, a edificação vizinha, a Rua Visconde de Mauá, a orientação do Norte Geográfico e as curvas de níveis do terreno. Não temos nesta base a definição legal das divisas do lote, portanto para efeito de projeto estamos considerando como referência o alinhamento do terreno vizinho à direita da edificação. Aos fundos nossa referência será a curva de nível 10,00 metros e na lateral esquerda o procedimento foi o seguinte: o imóvel que se encontra do lado esquerdo de nosso objeto de estudo está em ruínas, e em visita feita ao local, verificamos que esta provável edificação desapareceu, restando apenas alguns indícios de seu alicerce, o que nos possibilita a utilização desta área em nosso estudo. Conclui-se portanto que nosso terreno deverá ser anexado em parte a este vizinho como forma de melhor aproveitamento para as questões de ventilação e iluminação naturais. Sendo assim consideramos que a divisa da lateral esquerda do imóvel estará a 1,50 metros da face externa da edificação da edificação projetada.
volumetria verticalizada gabarito variado edifícios modernos
FIGURA 141 VISTA PARCIAL DA RUA MANOEL VITORINO imagem digital: Carlos Milhor/2011
CIDADE ALTA
muros de contenção arcos sob a ladeira áreas de vegetação
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO/LIGAÇÃO CIDADE BAIXA volumetria de casarões antigos fachadas caracterizadas pela simetria das aberturas ocupação de todo o lote fachada alinhada com o passeio
VISTA PARCIAL A PARTIR DA AV. LAFAYETE COUTINHO FIGURA 142 VISTA PARCIAL DA PRAÇA IRMÃOS PEREIRA imagem digital: Carlos Milhor/2011
EDIFICAÇÕES ENCOSTA
esses elementos definem esta paisagem como única e de grande importância para a cidade, numa relação de escala urbana rica em elementos de reconhecimento do lugar
6.PROPOSTA
VIAS
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DA PAISAGEM
FIGURA 143 VISTA PARCIAL DA IGREJA NOSSA SENHORA CONCEIÇÃO DA PRAIA imagem digital: Carlos Milhor/2011
64
VAZIOS
relação entre público e privado CHEIOS/PROXIMIDADE aberturas visuais inesperadas possibilidades do encontro VAZIOS/AFASTAMENTO movimento / captura de cores e paisagens
DESNÍVEL/ relação com a topografia ADESÃO AO TERRITÓRIO complexidade de relações muros, taludes, escadas
RELAÇÕES EMPREENDIDAS NA PAISAGEM DA REGIÃO
base de dados fotográficos
Com esses elementos em nossa “paleta” de opções passamos à composição diagramática da edificação, que também já nos deu pistas da forma estrutural a ser adotada. Como o conceito surge da junção de determinadas variáveis, quais sejam: custo, função, durabilidade, segurança, normas, localização e outras, uma delas está relacionada com a simplificação estrutural modulada, o que nos trará mais tarde vantagens técnicas construtivas aliadas ao custo da obra e a determinação da padronização necessária a uma obra de habitação social.
CRIAÇÃO DOS ELEMENTOS TRIDIMENSIONAIS NA JUNÇÃO DOS DIAGRAMAS
Tiramos partido não só de elementos técnicos como vãos máximos a serem respeitados dependendo do material estrutural e pé-direito exigido pelas relações entre degraus de escadas e normas, tiramos partido de elementos estéticos retirados da própria estrutura
diagramas auxiliares
encontrada tanto no local quanto em outros imóveis da região. Esses Elementos de Criação, como chamamos, são as linhas de referências dos planos de fachadas e suas relações com as aberturas, ou seja, os cheios e os vazios aqui novamente aparecem como fortes referências projetuais. E para concluir este início de processo criativo temos que salientar que não utilizamos exatamente as dimensões das paredes encontradas no local, mas elas serviram de base para as proporções de nossa edificação, tanto em suas dimensões horizontais quanto verticais e ainda pudemos utilizar uma modulação dentro desse limite que nos permitiu dividir os cômodos de maneira a respeitar as dimensões mínimas exigidas pelo Código de Obras do Município.
FIGURA 144 DIAGRAMA BASE ESTRUTURAL EM PLANTA imagem digital: Carlos Milhor/2011
Com esses conceitos estruturados montamos a volumetria básica da edificação respeitando as condições topográficas e a referência de altura das ruínas existentes no local. A partir deste momento e com base em todos esses elementos definidores do processo criativo decidimos pela não utilização das ruínas em nossa edificação, pois as referências volumétricas que partiram dos elementos em ruínas já nos permitem projetar respeitando suas proporções e gabarito. Nesta etapa já temos condições de verificar mais claramente através da volumetria o número de pavimentos do edifício. Projetamos a partir do nível térreo dois níveis para cima e dois níveis para baixo, e estes respeitarão o espaço em desnível, sendo portanto menores a medida em que descemos a encosta.
6.PROPOSTA
65
FIGURA 145 DIAGRAMA BASE ESTRUTURAL EM CORTE imagem digital: Carlos Milhor/2011
LINHAS DE REFERÊNCIA DOS PLANOS DE FACHADAS
FIGURA 146/147 FACHADA DO IMÓVEL imagem digital: Carlos Milhor/2011
66
Os digramas coloridos nos indicam a possibilidade de formas dos apartamentos e as setas indicam suas orientações no espaço, ou seja, podem ser do tipo unidade de um único pavimento, dois pavimentos, em “Z”, em “L” tanto no sentido vertical quanto horizontal. Já temos aqui a definição do elemento de junção arquitetônica vertical, constituído pela escada de acesso e um vão no térreo que ficará livre, servirá ao uso coletivo de convivência além de ser importante como elemento definidor de paisagem, pois através deste elemento temos a visão da Baía de Todos os Santos preservada para todos os usuários, não somente para aqueles que terão a abertura de seus apartamentos voltadas para a baía. Além de oferecer um jogo entre cheios e vazios que se relaciona diretamente com o contexto local conforme a leitura desta paisagem nos permitiu reconhecer como elemento importante a ser preservado.
ELEMENTOS DE CRIAÇÃO planos de fachadas e aberturas
VISTA DAS RUÍNAS DO IMÓVEL A PARTIR DA RUA VISCONDE DE MAUÁ.
VISTA DO QUE RESTOU DA PAREDE LATERAL DA ANTIGA EDIFICAÇÃO.
FIGURA 148 FACHADA DE CONJUNTO DE IMÓVEIS DA RUA MANOEL VITORINO imagem digital: Carlos Milhor/2011
LINHAS DE REFERÊNCIA DOS PLANOS DE FACHADAS
RELAÇÃO DAS ABERTURAS COM OS PLANOS DE FACHADAS
6.PROPOSTA
A próxima etapa consistiu na utilização da volumetria para criarmos situações de cheios e vazios, captura da paisagem, aberturas e surpresas nos remetendo aos estudos da leitura da paisagem local que fizemos anteriormente. Nesta etapa já previmos os tamanhos da unidades residências e pudemos quantificálas. Este exercício criativo desenvolvido em computação gráfica nos permitiu realizar experiências com módulos do diagrama inicial, agora em três dimensões, de maneira a testar as melhores condições para apartamentos com plantas diferenciadas não somente com relação a tipologia mas também com relação a disposição espacial.
estudos de volumetria
FIGURA 149 DIAGRAMA EM 3 DIMENSÕES Carlos Milhor/2011
L.H.
L.H.
VISTA FRONTAL E LATERAL DIREITA
VISTA FRONTAL E LATERAL ESQUERDA
VOLUMETRIA OBTIDA A PARTIR DOS ELEMENTOS DO DIAGRAMA SOBRE A BASE DE REFERÊNCIA DO IMÓVEL.
6.PROPOSTA
67
A PARTIR DESTA BASE, DECIDIMOS TRABALHAR UMA FORMA MODULADA EM 5x5 EM PLANTA E NA ALTURA RESPEITAMOS A ALTURA DO IMÓVEL EXISTENTE (10metros) DIVIDINDO EM 3 NÍVEIS: TÉRREO MAIS DOIS PAVIMENTOS PARA CIMA. OS PAVIMENTOS INFERIORES RESPEITAM A TOPOGRAFIA DO LOTE: O QUE NOS SUGERE AS FOTOS DO LEVANTAMENTO E AS VISITAS ATÉ O LOCAL É A POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DE DOIS PAVIMENTOS INFERIORES.
VISTA POSTERIOR E LATERAL
VISTA LATERAL
TRABALHAMOS A VOLUMETRIA DE FORMA A CRIAR CHEIOS E VAZIOS, POSSIBILIDADES DE CAPTURA DE PAISAGEM, ABERTURAS E SURPRESAS A PARTIR DA LEITURA DA PAISAGEM LOCAL. LEGENDA CAMPO VISUAL VISTA DA COBERTURA
L.H.
LINHA DO HORIZONTE
FIGURA 150/151/152/153/154 ESTUDO DA VOLUMETRIA E SUAS RELAÇÕES ENTRE CHEIOS E VAZIOS Carlos Milhor/2011
VISTA FRONTAL
VISTA LATERAL
VISTA POSTERIOR
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO diagramas -definição da unidades habitacionais
VISTA LATERAL FIGURA 155/156/157/158 ESTUDO DA VOLUMETRIA Carlos Milhor/2011
6.PROPOSTA
68
ARTICULAÇÃO DA VOLUMETRIA NA DEFINIÇÃO DAS UNIDADES HABITACIONAIS: CADA COR REPRESENTA UMA UNIDADE. AS UNIDADES PORTANTO SERÃO TODAS DIFERENTES COM VARIAÇÃO DE PLANTAS PARA O AGENCIAMENTO DOS ESPAÇOS INTERNOS.
FIGURA 159/160/161/162/163/164 ESTUDOS PARA ELEABORAÇÃO DA FORMA E DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES HABITACIONAIS Carlos Milhor/2011
ELEMENTO DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL
ELEMENTO DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL
ELEMENTOS SURPRESA VAZIOS TERRAÇOS
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
O Desenvolvimento dos espaços internos e estudo do esquema estrutural
FIGURA 165 ESTUDOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DOS APARTAMENTOS Carlos Milhor/2011
COBERTURA
PAV. 2 PAV. 1 TÉRREO PAV. INF. 1 PAVIMENTO INFERIOR 1
PAVIMENTO INFERIOR 2
PAVIMENTO TÉRREO
PAVIMENTO SUPERIOR 1
PAVIMENTO SUPERIOR 2
PAV. INF. 2
VOLUMETRIA COM A DEFINIÇÃO DOS APARTAMENTOS A PARTIR DESTA VOLUMETRIA FORAM GERADAS AS SEÇÕES DAS PLANTAS
6.PROPOSTA
69
FIGURA 166 VOLUMETRIA Carlos Milhor/2011
ESTUDO DO POSICIONAMENTO DE VIGAS (AZUL) EM RELAÇÃO AOS PILARES (VERMELHO) E A DEFINIÇÃO DOS BALANÇOS E RECUOS. A ÁREA HACHURADA REPRESENTA O ESPAÇO OCUPADO PELO APARTAMENTO.
LOCAÇÃO DE PILARES A PARTIR DO DIAGRAMA AUXILIAR OS EIXOS DA MALHA ESTRUTURAL RESPEITAM PORTANTO OS VÃOS DE 5x5 METROS O QUE NOS PERMITE TRABALHAR COM UMA ESTRUTURA METÁLICA MODULADA.
FIGURA 167 ESTUDO PARA LOCAÇÃO DOS PILARES NA MALHA DE 5X5 Carlos Milhor/2011
AO LADO A REPRESENTAÇÃO TRIDIMENSIONAL DA ESTRUTURA.
FIGURA 168 ESTUDO PARA POSICIONAMENTO DE VIGAS E LAJES Carlos Milhor/2011
FIGURA 169 ESTRUTURA EM 3 DIMENSÕES Carlos Milhor/2011
estrutura
estudos para o agenciamento dos espaços internos dos apartamentos
70
ELEMENTO DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
FIGURA 170/171/172 PLANTAS SEM ESCALA Carlos Milhor/2011
estudos iniciais para definição de materiais de fechamentos externos FIGURA 173/174 PERSPECTIVAS Carlos Milhor/2011
ESTUDO VOLUMÉTRICO DA FACHADA USO DE ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA COR PRETA FECHAMENTO EM PLACAS DE OSB.
ESTUDO VOLUMÉTRICO DA FACHADA USO DE FECHAMENTO NA CAIXA DE ESCADA (ELEMENTO DE LIGAÇÃO VERTICAL) EM RÉGUAS DE «MADEIRA PLÁSTICA»
6.PROPOSTA
ELEMENTO DE LIGAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL
FIGURA 176 MONTAGEM DE PAREDE UTILIZANDO PLACAS DE GESSO ACARTONADO http://www.novomilenio.inf.br/real/rpimagem/e d100e3.jpg acesso em 01dez2011
FIGURA 177 MONTAGEM DE PAREDE EM PLACA CIMENTÍCIA http://images02.olx.com.br/ui/11/72/32/131126 9004_19367032_1-Construcao-a-SecoDRYWALL-GESSO-ACARTONADO-STEELFRAMING-PLACA-CIMENTiCIA-Rio-de-Janeiro.jpg acesso em 01dez2011
71
FIGURA 175 MONTAGEM DE PAREDE COM PLACAS DE OSB http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/fotos/1 34/steel-framing-painel.jpg acesso em 01dez2011
proteção através de manta de lã de vidro inseridas como “recheio” das paredes voltadas para o poente. Para atingir nossos objetivos com relação ao bom desempenho do imóvel estamos considerando estrutura metálica como elemento estrutural. As lajes serão constituídas em stelldeck e os fechamentos tanto internos quanto externos constituídos de materiais leves e de fácil manutenção. Nossa pesquisa para a definição do material de constituição das paredes extenas nos forneceu dados para a escolha da placa cimentícia impermeabilizada como opção mais viável para nosso projeto. Já as paredes internas de áreas secas poderão ser construídas em gesso acartonado ou OSB, sendo que as paredes que dividem apartamentos devem ser constituídas de placas cimentícias devido ao seu melhor desempenho acústico conforme orientação em palestra ministrada pela arqª Morgane Andrade, representante da empresa Saint-
Gobain para a região nordeste, proferida no dia 18 de novembro de 2011 no auditório da Faculdade de Arquitetura – Campus PA3 da Unifacs. As escadas internas serão construídas utilizando-se perfis de aço galvanizado estruturais para steel framing revestidas de OSB ou painéis de placa cimentícia com miolo em madeira, conhecidos como Masterboard. Os apartamentos serão entregues sem acabamentos tanto de piso quando de paredes, já que a experiência tem mostrado que os moradores preferem adotar posteriormente os acabamentos de acordo com o gosto pessoal. Deverão ser portanto orientados por profissional capacitado na escolha dos materiais. As fachadas não receberão nenhum tipo de tratamento, portanto as placas cimentícias impermeabilizadas ficarão aparentes, sendo que os brises receberão pintura branca. O piso das
áreas comuns será entregue com acabamento cimentado liso e desempenado, reduzindo portanto o custo da obra com materiais de acabamento em contrapartida oferecendo uma obra de construção de moradia industrializada, sem desperdícios e fazendo uso de novas técnicas construtivas que já possuem o apoio do principal órgão financiador de moradias sociais, a Caixa Econômica Federal.
ANTEPROJETO ver folhas 4 a 9 do Apêndice A
6.PROPOSTA
O agenciamento dos espaços internos e o sistema estrutural foram desenvolvidos conjuntamente de maneira a permitir a variação de plantas, ou seja, a planta livre. Além desta característica definidora, outro princípio básico do estudo foi a procura do conforto térmico na edificação. Entendemos como uma necessidade básica da arquitetura essa busca do conforto na edificação, do contrário ela não se constituirá num eficiente abrigo, sua função primordial. Com esse objetivo, criamos no centro da edificação um vazio que a percorre no sentido vertical e circulações horizontais que cruzam esse o pavimento térreo e o pavimento superior 2. Esses elementos permitem a circulação cruzada de ar na edificação tanto no sentido horizontal quanto vertical, não permitindo que a massa edificada absorva calor durante o dia e o transforme numa enorme estufa durante a noite. Para colaborar ainda mais com este objetivo, as janelas serão constituídas de forma a manter a circulação cruzada no interior dos apartamentos, trabalhando em conjunto com as portas de acesso que serão do tipo “holandesa”, ou seja, elas podem abrir metade do vão para permitir o contato entre vizinhos e a ventilação natural. As janelas com grandes vãos oferecem ainda a capacidade de iluminação natural em grande parte do dia, pois a cidade de Salvador possui a vantagem de sua localização e o sol que aparece no céu durante o ano todo. Também a cobertura foi projetada de forma oferecer uma grande área de sombra sobre a laje da edificação. A cobertura, além de nos remeter aos telhados de duas águas que historicamente dominam a paisagem local, será constituída de um grande beiral que protegerá boa parte da edificação no período chuvoso e oferecerá sombra nos horários de sol intenso, entre 11 horas da manhã e 15 horas da tarde durante todo o ano. Além dos elementos da própria constituição formal do edifício projetado de forma a enfatizar o conforto, fizemos a opção por brises que protegem as aberturas nos horários de sol mais intenso e por
PLANTA PAV. INFERIOR 2
PLANTA TÉRREO
72
PLANTA PAV. INFERIOR 1
6.PROPOSTA
desenhos finais da edificação ESCALA 1:250 VENTILAÇÃO CRUZADA
PLANTA PAV. SUPERIOR 1
PLANTA PAV. SUPERIOR 2
PLANTA DA LAJE DE COBERTURA
PLANTA DA COBERTURA
VENTILAÇÃO CRUZADA
ELEVAÇÃO SUDESTE
CORTE B.B
desenhos finais da edificação
6.PROPOSTA
ESCALA 1:250
73
CORTE A.A
ELEVAÇÃO NORDESTE
ELEVAÇÃO NOROESTE
ELEVAÇÃO SUDOESTE
Cálculo dos protetores solares
TÉRMICO
6.PROPOSTA
ISOLANTE
74
fachada noroeste
Utilizando um grande “beiral” de 1,42metros em partes da fachada noroeste, que formará um ângulo de 28º entre a soleira da abertura e a ponta do “beira”. Conseguiremos proteger as aberturas da incidência direta do sol no perído de verão (dezembro/janeiro) até aproximadamente 14h30 e no inverno (junho/julho) até 12h45 aproximadamente. Período crítico: verão Como este lado da edificação recebe incidência solar praticamente todo o período vespertino, vamos adotar a proteção térmica como recheio das paredes externas dessa fachada, garantindo que o calor excessivo não seja transferido para o interior do imóvel. VER DETALHE DOS PROTETORES SOLARES NA FOLHA 08 DO APÊNDICE A.
FIGURA 178 CARTA SOLAR DO MUNICÍPIO DE SALVADOR Laboratório de Eficiência Energética em Edificações - LabEEE Universidade Federal de Santa Catarina
fachada nordeste
TÉRMICO
Período crítico: verão
6.PROPOSTA
ISOLANTE
75
Nesta fachada utilizaremos protetores fixos superiores e laterais direitos nas aberturas, portanto elas estarã protegidas da incidência lateral do período matutino e da incidência direta superior no período vespertino com alguns momentos de incidência solar entre março e junho no período de 9h às 15h30, ou seja, parte do outono e parte do inverno.
Como esta fachada também recebe incidência solar praticamente todo o período matutino e parte do vespertino, vamos adotar a proteção térmica como recheio das paredes externas, garantindo que o calor excessivo não seja transferido para o interior do imóvel. VER DETALHE DOS PROTETORES SOLARES NA FOLHA 08 DO APÊNDICE A.
FIGURA 179 CARTA SOLAR DO MUNICÍPIO DE SALVADOR Laboratório de Eficiência Energética em Edificações - LabEEE Universidade Federal de Santa Catarina
FIGURA 180 CARTA SOLAR DO MUNICÍPIO DE SALVADOR Laboratório de Eficiência Energética em Edificações - LabEEE Universidade Federal de Santa Catarina
fachada sudoeste Nesta fachada utilizaremos protetores fixos superiores em duas aberturas, pois as outras aberturas estão protegidas pelo beiral e pelo volume da fachada. Esta fachada recebe sol no período matutino, portanto nossa preocupação foi proteger as aberturas da incidência direta do sol após às 10h da manhã. Após às 12h o sol não atingirá diretamente esta face, portanto estaremos com a parede sombreada no período vespertino. Neste caso, os protetores laterais foram retirados pois não possuem eficiência de proteção para os raios solares nesta posição.
VER DETALHE DOS PROTETORES SOLARES NA FOLHA 08 DO APÊNDICE A.
ISOLANTE
TÉRMICO
6.PROPOSTA
Podemos notar nos desenhos dos protetores solares da folha 08 do apêndice A que o ângulo de incidência considerado para o cálculo de incidência é o menos favorável, ou seja, considerando o peitoril mais baixo das aberturas, e isso é vádido para todas as fachadas.
76
Período crítico: verão
fachada sudeste
Período crítico: como o inverno não é rigoroso na cidade de Salvador esta fachada não passa por períodos críticos onde os ventos frios seriam causadores de transtornos com relação ao conforto térmico. ISOLANTE
TÉRMICO
VER DETALHE DOS PROTETORES SOLARES NA FOLHA 08 DO APÊNDICE A.
77
Esta fachada recebe incidência solar direta nos meses de julho a dezembro (primavera e parte do verão) no período vespertino. O protetor solar superior protegerá as aberturas o ano todo, sendo que em dezembro teremos proteção das 11h até às 13h30 aproximadamente. Antes deste período a proteção consegue ser mais eficiente, chegando até às 17h em julho. Foi por este motivo que adotamos a proteção lateral para os ventos do sudeste, prevendo que poderemos ter uma coincidência de proteção solar (sombra) e ventos frios em determinados períodos do ano que pode provocar queda de temperatura nos ambientes voltados para esta fachada.
6.PROPOSTA
FIGURA 181 CARTA SOLAR DO MUNICÍPIO DE SALVADOR Laboratório de Eficiência Energética em Edificações - LabEEE Universidade Federal de Santa Catarina
Utilizaremos protetores fixos superiores e laterais nas aberturas desta facahda, sendo que os laterais deverão estar localizados somente na lateral esquerda do vão, ou seja, somente o caixilho da esquerda é que receberá a proteção lateral. Essa estratégia será utilizada porque o protetor superior protegerá a abertura dos raios solares e o protetor lateral servirá de aparador para os ventos sudeste.
Estamos propondo que a edificação seja dotada de sistemas de aproveitamento de água de chuva e tratamento de esgoto. Para a água de chuva estamos considerando quatro reservatórios que ficarão sob a cobertura. A água desses reservatórios passará por um processo de filtragem e tratamento contra poluentes e estará em condições para posterior uso nos vasos sanitários dos apartamentos e nas torneiras de jardim (utilizada para fins não potáveis).
Estudos para os sistemas de reuso de água de chuva e tratamento de esgoto
6.PROPOSTA
corte esquemático
78
Para que o esgoto bruto não seja lançado no coletor público estamos propondo uma estação compacta de tratamento de esgoto como capacidade para redução de até 90% da carga orgânica. O lodo gerado pela estação compacta é inerte portanto poderá ser utilizado em jardins e floreiras.
croqui da laje de cobertura
croqui da área de convivência
vista a partir do estacionamento do Museu de Arte Sacra
6.PROPOSTA
79
vista a partir da avenida Lafayete Coutinho
FIGURA 182/183/184 PERSPECTIVAS DO IMテ天EL ilustraテァテ」o arq. Rodrigo de Godoy/2011
perspectivas
vista a partir da rua Visconde de Mauテ。
vista do pátio de convivência do nível térreo
perspectivas
6.PROPOSTA
80
FIGURA 185/186/187 PERSPECTIVAS DO IMÓVEL ilustração arq. Rodrigo de Godoy/2011
vista da área livre de convivência e jardim
vôo de pássaro
2.Serviços Preliminares 2.1.Limpeza do Terreno Além da retirada de vegetação e entulhos deverá ser prevista, com a devida autorização do Iphan, a demolição das ruínas existentes liberando o terreno para a nova construção. 2.2.Tapumes Os tapumes serão executados de acordo com as exigências da Prefeitura Municipal atendendo os princípios de mobilidade no local da obra. 3.Movimentos de Terra A construção foi projetada de forma a possibilitar a implantação da obra com o menor movimento de terra possível, respeitando-se as curvas de nível existentes no terreno. Os ajustes mínimos necessários serão executados até se atingir o nível que possibilite a implantação da construção, seguindo as determinações do Projeto de Arquitetura. 4.Fundações As fundações serão executadas em tubulões que deverão aflorar acima da superfície do terreno já preparado para a obra para que possam receber os pilares metálicos da estrutura principal. Desta forma manteremos os pilares metálicos afastados do solo, desta maneira ficarão protegidos da corrosão devido à umidade ascendente. As lajes dos pavimentos próximos ao solo serão afastadas do mesmo, permitindo a ventilação e proteção contra a umidade.
6.Coberturas 6.1.Estrutura A cobertura será executada em estrutura metálica, convenientemente dimensionada por profissional habilitado, devendo seguir os detalhes construtivos constantes do Projeto de Arquitetura. 6.2.Telhas As telhas utilizadas na cobertura serão de fibrocimento na cor vermelha. 7.Impermeabilizações e Isolamentos 7.1.Lajes As lajes de todos os pavimentos incluindo a de cobertura deverão receber impermeabilizante durante sua execução, sendo que a laje de cobertura deverá receber impermeabilização do tipo Vedapren branco. 7.2.Áreas molhadas As áreas molhadas receberão impermeabilização com emulsão à base de asfalto. 8.Pisos Todas as áreas de piso serão entregues em contra-piso de concreto nivelado, livre de partes soltas e gorduras sendo que os acabamentos internos poderão ser escolhidos pelo morador de acordo com suas preferências devendo ter orientação técnica para a instalação. 9.Elementos de proteção solar Os elementos de proteção solar serão fabricados em perfis metálicos galvanizados e placas cimentícias impermeabilizadas. Na fachada noroeste serão utilizados protetores solares construídos em perfis de aço “I” ou “H” e telhas cimentícias e a proteção da “caixa da escada” será composta por perfis de aço galvanizado e “réguas” de madeira plástica (perfil termoplástico). Dois apartamentos que possuem aberturas na fachada noroeste (ver arquitetura) receberão “brises” de correr em madeira plástica com estrutura em aço galvanizado.
81
1.Descrição Geral do Projeto O projeto refere-se à construção de imóvel para habitação multifamiliar de interesse social. O imóvel será construído na Rua Visconde de Mauá s/nº - Centro Histórico de Salvador – BA. A construção será do tipo industrializada, sendo formada por estrutura metálica com vigas e pilares “I” ou “H” e fechamentos com elementos pré-fabricados. As plantas dos apartamentos terão variação de tipologia de tal maneira que teremos apartamentos tipo studio, apartamentos de dois dormitórios e apartamentos de três dormitórios. Também está previsto um apartamento no térreo para pessoas portadoras de necessidades especiais A obra deverá seguir as normas da ABNT, Corpo de Bombeiros, as especificações aqui mencionadas e aquelas preceituadas pela Prefeitura Municipal de Salvador, concessionárias de fornecimento de água, esgoto e energia e demais órgãos que por circunstâncias de Lei devam ser acatadas. Deverão ser respeitados os decretos e normativas do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pois a edificação está inserida em área de Proteção Rigorosa.
5.Fechamentos Os fechamentos serão do tipo “light steel framing” compostos por perfis em aço galvanizado, placas, painéis e acessórios para construção industrializada. 5.1.Externos Os fechamentos das paredes externas serão compostos por placas cimentícias impermeabilizadas. Para obter melhor desempenho térmico serão utilizadas placas de 12mm no lado externo. Também no lado externo, entre a placa cimentícia e os perfis metálicos galvanizados, será aplicada manta de polietileno de alta densidade com a função de evitar a entrada de água e vento pelo lado externo da edificação. As placas cimentícias ficarão aparentes, sendo que a distância mínima entre placas é de 3mm. As juntas serão em baixo relevo e receberão tratamento com selante . 5.2.Internos Os fechamentos internos serão compostos por placas de OSB (aglomerado de partículas longas e orientadas), placas de gesso acartonado ou placas cimentícias, sendo que nas áreas molhadas serão utilizadas placas cimentícias impermeabilizadas. As placas internas terão espessura de 10mm, sendo que as placas das paredes de divisa dos apartamentos serão de 12mm. As paredes internas serão entregues aparentes, sendo que cada morador poderá escolher o acabamento que melhor lhe convier, devendo receber orientação técnica para a execução.
6.PROPOSTA
memorial descritivo
13.Louças As louças serão de cerâmica esmaltada, de primeira linha, na cor Branca, sendo que a linha de fabricação deve ser a mesma para todas as peças de acordo com as especificações seguintes: Bacias com caixa acoplada Cuba de Sobrepor Mictórios c/ sifão integrado Acessórios 14.Metais Os metais serão de primeira linha, terão acabamento cromado, sendo que a linha de fabricação deve ser a mesma para todas as peças de acordo com as especificações seguintes: Torneira para lavatórios Torneira para tanque Torneira para pia de Cozinha Válvulas para as peças descritas acima 15.Ferragens 15.1.Fechaduras As fechaduras serão de aço, de primeira linha, acabamento Cromo Acetinado. 15.2.Dobradiças As dobradiças serão em aço laminado 3 ½ “x3”, acabamento cromado. 15.3.Ferragens para Esquadrias de Alumínio As esquadrias de alumínio levarão ferragens próprias, de responsabilidade do fabricante. 16.Vidros 16.1.Vidros Planos Comuns Os vidros planos comuns deverão ser lisos, transparentes, ter espessura mínima de 4mm, e serão colocados nas esquadrias indicadas no Projeto de Arquitetura. 17.Instalações Elétricas As instalações elétricas serão executadas de acordo com os projetos específicos, devendo atender às normas da ABNT e seguir os pormenores constantes do Projeto de Arquitetura. 18.Instalações Hidráulicas As instalações hidráulico-sanitárias serão executadas de acordo com os projetos específicos, devendo atender às normas da ABNT e seguir os pormenores constantes do Projeto de Arquitetura.
19.Serviços Finais 19.1.Limpeza Final A limpeza final deverá satisfazer ao que segue: Todas os ambientes serão limpos e abundantemente lavados, com os cuidados necessários para que estes serviços não danifiquem outras partes da obra; Os vidros deverão ser limpos com removedor. Não será admitido o emprego de soluções ácidas na lavagem de aparelhos usando-se tão somente lavagem com água e sabão. 19.2.Arremates Finais e Retoques Após a limpeza final serão feitos todos os arremates finais e complementações ou retoques que sejam considerados necessários.
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12.Esquadrias 12.1.Esquadrias de Madeira Todas as portas de passagem nas áreas internas serão em madeira lisa semi oca com batentes em madeira e pintura em esmalte acetinado na cor branco. Todas as portas terão bandeira superior com veneziana de ventilação permanente. As portas de acesso aos apartamentos serão do tipo holandesa (saia e blusa) em madeira lisa semi oca, batentes em madeira e pintura em esmalte acetinado na cor branco. 12.2. Esquadrias de Alumínio Todos os caixilhos externos serão em alumínio anodizado natural, sendo compostos por folhas de correr, sendo uma de vidro e outra veneziana com ventilação permanente.
As águas de chuva das calhas do telhado serão coletadas e tratadas de forma adequada de modo a serem utilizadas nas bacias sanitárias dos apartamentos e torneiras de jardim. O esgoto doméstico será tratado através de biorreator e biofiltro em fibra de vidro com capacidade mínima para 56 pessoas (estação compacta de tratamento de esgoto, controle e proteção Ambiental) antes de ser despejado na rede pública. A estação compacta de tratamento de esgoto deve atender a norma técnica NBR 13969/96 e atende especificações do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente).
6.PROPOSTA
10.Forros Serão executados forros rebaixados em gesso acartonado nos apartamentos onde houver passagens de tubulações. 11.Elementos de Cantaria As bancadas das pias de cozinha serão em granito polido na de espessura 3cm.
Livros:
REFERÊNCIAS
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apêndice A
pranchas do anteprojeto Folha 01: Implantação Geral da situação atual e definição da poligonal da ZEIS III Folha 02: Implantação Geral – uso atual / Implantação Geral – proposta Folha 03: Implantação do Beco do Sodré / Proposta de recuperação da escadaria Folha 04: Plantas Pavimento Inferior 1, Pavimento Inferior 2 e Térreo / Planta de situação / Quadro de áreas e dormitórios Folha 05: Plantas Pavimento 1, Pavimento 2, Reservatório e Cobertura Folha 06: Corte A.A, Corte B.B, Detalhe do gradil, Detalhe da fachada Folha 07: Elevações Folha 08: Detalhe dos protetores solares Folha 09: Caixilhos
anexo A
Fichas de Caracterização dos 33 imóveis da seleção do ERCAS que se encontram na área de estudo deste TFG