Curso: Educação e Comunicação Multimédia Pós-Laboral Ano: 1º Ano – 1º Semestre; Turma: 1ECMPL Disciplina: História dos Média Docente: Luís Vidigal Discentes Discentes: Carmen Almeida – nº 110236002 Maria João Paulo – nº 110236009 Ano Lectivo: 2011/2012 Data: 4 de Janeiro de 2012
Índice
Índice
2
Resumo
3
Introdução
4
1 – Contextualização Histórica
5
2 – Orientações bibliográficas, problemas de caracterização de conteúdos e questões metodológicas
12
3 – Abordagem “experimental”/prática de suportes de som
16
Conclusão
17
Anexos
18
Fontes
26
Webgrafia
88
2 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Resumo A procura pela conservação de sons vem de tempos longínquos, mas a gravação analógica com o objectivo de reprodução de voz ou som é algo, relativamente, mais recente. A seguinte cronologia ilustra a evolução, ao longo dos tempos, dos suportes de registo de som: 1857 – Fonautógrafo (Leon Scott); 1877 – Paléophone (Charles Cros) 1877 – Fonógrafo (Thomas Alva Edison) 1886 – Gramofone (Chichester Bell e Charles Sumner Tainer) 1898 – Telegraphone (Valdemar Poulsen) 1934 – Bobine (BASF) 1945 – Magnetophone (AEG Telefunken) 1963 – Cassete Analógica (Philips) Este trabalho tem como objectivo dar a conhecer, sob o ponto de vista técnico e histórico, a evolução e massificação dos suportes de registo de som. Analisando mais extensivamente a bobine e a cassete analógica. As fontes que proporcionaram a elaboração do trabalho foram variadas, passando por uma pesquisa exaustiva e teórica na internet, mas também, existiu um cimentar do conhecimento através de inquéritos a pessoas anónimas que em muito contribuíram para o esclarecimento de algumas dúvidas e para o enriquecimento do trabalho. Em conclusão, podemos afirmar que com a evolução tecnológica da sociedade tudo é efémero e descartável pois a cada dia existe uma nova proposta de equipamento que supera o anterior, o que nos leva a não manter na memória todos os avanços tecnológicos.
3 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Introdução Se pensarmos na disciplina de História dos Média, temos de considerar que existem várias áreas de abrangência que a representam. Sendo assim, não podemos descorar a evolução histórica de todos os suportes de registo de som. Deste modo existiu um suscitar de curiosidade e interesse por alguns desses suportes, como a bobine ou a cassete analógica. O que nos levou a elaborar o presente trabalho de pesquisa tendo como objectivo mostrar a evolução dos dois suportes referidos sob o ponto de vista cronológico e funcional, o que nos proporcionou uma melhor compreensão relativamente à distinção entre: a conservação de sons que remonta a alguns séculos, enquanto que a reprodução de voz ou som é algo relativamente mais recente e é isto que pretendemos demonstrar ao longo de todo o trabalho.
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1 - Contextualização Histórica Histórica A procura pela conservação de sons vem de tempos longínquos, mas a gravação analógica com o objectivo de reprodução de voz ou som é algo, relativamente, mais recente. Charles Cros, a 18 de Abril de 1877, entregou, na academia das Ciências Francesa, um pacote selado que continha o projecto para um sistema de gravação e reprodução sonora, ao qual chamou “Paléophone”. A 18 de Agosto de 1877, Thomas Alva Edison conseguiu reproduzir o som gravado através do “Fonógrafo”. A sua primeira gravação foi o célebre poema “Mary has a little lamb”. Existiu alguma polémica à volta de Charles Cros e de Thomas Alva Edison pois as suas máquinas eram semelhantes e baseadas no fonautógrafo de Leon Scott, de 1857. O fonautógrafo (Anexos – Fig. 1) era um aparelho que registava o som mas não o reproduzia. Este aparelho era constituído por um funil com uma membrana esticada na extremidade estreita, no centro desta membrana estava fixada uma cerda de Porco, o estilete, que roçava contra uma folha de papel escurecida com fumo e que se encontrava enrolada a um cilindro que se movia manualmente, as vibrações do som faziam mexer o estilete inscrevendo o som no papel, mas a máquina era limitada pois não podia reproduzir o som gravado. A paternidade da primeira gravação acabou por ser atribuída a Edison, com a invenção do Fonógrafo (Anexos – Fig. 2). Este aparelho era constituído por um cilindro giratório em torno do seu eixo, este cilindro era accionado manualmente por uma manivela de progressão axial através de um sistema de parafusos. No ano seguinte Edison melhorou a sua invenção através da substituição do papel por uma folha de estanho e separando o estilete de gravação do da reprodução. Uma das desvantagens deste cilindro era a duração limitada, entre 3 a 4 utilizações, para além do som de má qualidade e da curta duração da gravação, cerca de um minuto. Em 1886 é registada a patente de um fonógrafo aperfeiçoado, o Gramofone (Anexos – Fig. 3), por Chichester Bell e Charles Sumner Tainer. A diferença entre este aparelho e o
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fonógrafo é a substituição da folha de estanho por um cilindro de cera mineral, o ozocerito, e o estilete de aço por um de safira em forma de goiva. Em 1898 é a vez de Valdemar Poulsen patentear o primeiro sistema de gravação magnético o “Telegraphone” (Anexos – Fig. 4). Na máquina original a gravação era feita num fio de aço, idêntico ao utilizado nos pianos. O arame saía de um carreto, onde se encontrava, enrolado e passava por um electroíman que o magnetizava segundo um padrão que variava de acordo com os sons captados por um microfone, enrolando-se posteriormente noutro cilindro. Para reproduzir o som gravado era só passar o arame magnetizado pelo electroíman e por indução magnética geravam-se correntes eléctricas que eram transformadas no som original e que emitiam o som gerado através de auscultadores. Este sistema, embora melhorado ao longo dos anos, manteve-se até aos anos 40, quando foi substituído pela fita de plástico revestida a óxido de ferro. A máquina de Poulsen ganhou o Grande Prémio da Exposição Mundial de Paris em 1900. Um dos métodos de gravação e reprodução de som mais fiáveis que utiliza uma fita de material plástico, com uma cobertura metálica magnetizada é a bobine que foi desenvolvida em 1934, sendo ainda nos dias de hoje um suporte utilizado nos estúdios profissionais ou para audição de alta-fidelidade em residências. O nome de gravador de bobines (Anexos – Fig. 5) foi-lhe atribuído, porque a fita encontra-se armazenada num carreto ou carretel, sendo desenrolada e, após passar pelas cabeças de leitura e/ou de gravação, é enrolada novamente noutro carreto. Estes dois carretos são peças separadas, deste modo o manuseamento dos mesmos é desconfortável, trabalhoso e sujeito à acumulação de pó. A ideia inicial de utilizar material magnético como base de gravação de sons partiu do inventor Valdemar Poulsen, em 1898, e foi posteriormente colocada em prática na década de 20, quando começaram a ser utilizadas as fitas magnéticas. Os primeiros gravadores usavam um arame, que era passado sob velocidade uniforme de um carretel para outro, através do campo magnético de um electroíman. As ondas sonoras de um fone eram transformadas em impulsos eléctricos e passavam para o electroíman, que
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magnetizava o arame, segundo as ondas sonoras originais. Para reproduzir os sons da gravação magnética, fazia-se passar o arame pelo campo de um electroíman semelhante, com a mesma velocidade e na mesma direcção que o anterior. As partes de íman do arame produziam um impulso eléctrico transmitido ao fone, onde o som era reproduzido. As modernas fitas de gravação magnética consistem num filme de base plástica recoberto de material magnético, geralmente óxido de ferro, embora também seja utilizado o dióxido de cromo e partículas de metal puro. Os gravadores podem ter várias velocidades e números de pistas, mas todos se baseiam no mesmo princípio: uma bobine magnética, chamada cabeçote de gravação, que actua como um íman e magnetiza as partículas de óxido que constituem a base magnética da fita. A fita das bobines é muito comprida e a forma mais cómoda de a armazenar é enrolando-a à volta de um núcleo cilíndrico no centro do qual um furo permite a fixação à máquina. Os tamanhos das bobines são variáveis, sendo que as mais usadas são de 15 ou 17 cm de diâmetro. No uso doméstico das bobines, as placas e o núcleo formam uma só peça, e no contexto profissional estas placas pela sua dimensão acabam por ser um incómodo, o que muitas vezes leva a só ser utilizada a placa inferior. Na actividade profissional os gravadores estão normalmente colocados numa posição mais ou menos horizontal e o núcleo e as placas são peças que se utilizam separadamente. O orifício central de fixação é muito grande (mais de 5 cm de diâmetro) e os gravadores dispõem de um dispositivo que mantém o núcleo e eventuais placas firmemente agarradas ao gravador. A bobine permite uma fácil montagem de áudio por corte da fita. Utilizando uma ferramenta cortante (ex. tesoura, lâmina e guilhotina), não magnética ou desmagnetizada e fita-cola apropriada, obtém-se uma transição de muito boa qualidade no ponto de montagem (corte). O não recurso a uma ferramenta não magnetizada pode fazer com que apareçam ruídos na gravação no ponto de corte Em 1945, a empresa alemã AEG Telefunken criou o Magnetophone (Anexos – Fig. 6), que tinha a capacidade de gravar e reproduzir o som. Foi este aparelho que, durante a Segunda Guerra Mundial, as emissoras de rádio da Alemanha usaram para gravar os discursos de Adolf Hitler e
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posteriormente colocá-los no ar. Ou seja, a partir deste momento as rádios começaram a dispor de um aparelho que lhes permitia uma boa emissão. O sistema de Pulson (1898) e a bobine originaram a cassete analógica, que é menor e mais prática, devido a ser um sistema fechado. As cassetes analógicas (Anexos – Fig. 7), para gravação de áudio, foram oficialmente lançadas em 1963, invenção da empresa Holandesa Philips e apresentaram-se no mercado como uma caixa pequena, que continha carretos e fita magnética. Este mecanismo permitia que a fita fosse colocada e retirada em qualquer ponto de gravação ou reprodução sem ser necessário rebobinar. Apresenta-se com uma dimensão de 10 cm X 7 cm o que permite uma grande economia de espaço, transformando dessa forma a gravação doméstica e profissional nos 30 anos seguintes. As Cassetes foram uma autêntica revolução na altura em que surgiram permitindo gravar e reproduzir som. Inicialmente a qualidade de som, das cassetes, não era muito boa, mas devido aos novos recursos tecnológicos este facto foi contornado facilmente e passado pouco tempo passaram a ter uma qualidade bastante sustentável no mercado, aparecendo desta forma com novas camadas magnéticas (low noise, cromo, ferro puro e metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (dolby noise reduction), a fim de reduzir o ruído. Inicialmente as cassetes foram concebidas como meio de suporte para ditados e em seguida foram incorporadas nos receptores portáteis de rádio. Devido à sua qualidade de som rapidamente substituíram a gravação de rolo na maioria das utilizações domésticas e profissionais. A utilização das cassetes revolucionou várias áreas, desde a utilização do áudio portátil de gravação caseira até ao armazenamento de dados para computadores. A produção em massa deste mecanismo, iniciou-se em 1964, em Hannover na Alemanha. As cassetes pré-gravadas que também eram conhecidas como “musicassetes”, foram lançadas na Europa no fim de 1965 e nos E.U.A. em 1966. Mas como foram desenvolvidas para ditados e uso portátil a sua qualidade na reprodução da música não era adequada e os primeiros
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modelos tinham falhas mecânicas. Em 1971 a empresa Advent Corporation lança o 201 onde introduziu uma redução de ruídos devido à utilização de uma fita de dióxido de cromo (CrO2), dolby B, com isto alcançouse uma cassete preparada para o uso musical e onde se iniciou a alta-fidelidade. As cassetes tiveram o seu auge na década de 70 até meados de 90, eram dos formatos mais comuns para a música pré-gravada. Durante a década de 80 a sua popularidade crescente deveu-se ao aparecimento dos gravadores portáteis de bolso e os reprodutores hi-Fi, como o walkman da Sony. Foi este mecanismo que, devido á sua durabilidade e facilidade de cópia, impulsionou a importação da música underground rock e punk a todas as culturas ocidentais nas camadas mais jovens. As cassetes apresentam-nos vários tipos de fita de acordo com várias características: Duração: dependendo do tamanho da fita obtemos durações de gravação diferentes. A duração também influência o nome da fita, pois cada fita era identificada pela duração da mesma, como por exemplo: C60 (60 minutos, 30 m cada lado). Espessura: quanto maior fosse o comprimento da fita mais fina era a fita, de modo a ocupar o mesmo espaço no cartucho que as de menor comprimento, o senão destas fitas era que a fita se podia enrolar com maior facilidade. Pode enumerar-se as fitas que estiveram disponíveis no mercado: C- 5, C- 7 (usadas como demonstração); C-46; C-60, C -90 (mais usada até hoje); a escala vai até C- 120. Os vários materiais utilizados para a fita da cassete são materiais magnéticos, com diferentes requisitos de polarização (bias) e equalização, onde distinguimos 4 tipos de fitas: • Fita IEC type I (normal) - baseadas em óxido de ferro (Fe2O3). Tipo original de fitas que têm equalização de 120 us; • Fita IEC type II - nos anos 70 a empresa BASF introduziu o dióxido de cromo
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(CrO2), equalização de 70 us; • Fita IEC type III - Fita desenvolvida pela Sony com camada dupla, que utilizava óxido de ferro e dióxido de cromo (FeCr). Estas fitas só estiveram disponíveis por um curto espaço de tempo na década de 70; • Fitas IEC type IV (metal) - equalização 70 us, apresentam um significativo melhoramento na qualidade do som e uma maior resistência ao desgaste. Relativamente à analogia qualidade/peço pode afirmar-se que as fitas de type I, eram as mais baratas mas as que também detêm pior qualidade. As fitas type II, apresentavam uma grande qualidade de som (equivalente a um CD)e têm um preço mediano. Enquanto que as type IV, apesar do preço mais avultado, têm uma qualidade de som superior a um CD. Com a evolução tecnológica que foi acontecendo desde meados da década de 90, a cassete sofre um declive sobretudo com o aparecimento de outros suportes de som como o CD. Apesar de tudo a cassete é mais resistente a poeiras, ao calor e aos choques do que a maioria dos meios digitais. O seu desaparecimento oficial do mercado deu-se no final da década de 2000 com o aparecimento dos meios digitais como o mp3, no entanto, há músicos que preferem registar os seus trabalhos em fita magnética, por razões artísticas e alguns consumidores preferem comprar cassetes devido à riqueza do som analógico. A empresa Holandesa ainda apresentou a sucessora da cassete analógica, a D.C.C. (Digital Compact Cassete) (Anexos – Fig. 8). Este suporte era igual às cassetes analógicas mas de gravação digital. Uma das particularidades é que os gravadores das D.C.C. também liam cassetes analógicas, mas foram um insucesso comercial e a Philips em meados dos anos 90 deixou de as comercializar. A última evolução, que ainda resiste, são as DAT (Digital Áudio Tape) (Anexos – Fig. 9), que apareceram no fim da década de 80. São um suporte totalmente diferente e com uma qualidade de som muito superior ao que as sucede, o CD. No entanto, também não tiveram muito sucesso comercial devido ao preço e á falta de cassetes pré-gravadas, o que as leva a só terem algum sucesso no meio profissional.
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2 - Orientações bibliográficas, problemas de caracterização de conteúdos e questões metodológicas No nosso caso, uma das maiores barreiras com que nos deparamos nas orientações bibliográficas, nos motores de busca da internet, foi encontrar a palavra-chave correcta a colocar nos mesmos, a fim de encontrar matéria consistente relativamente a um determinado assunto. Face a esta dificuldade, consultamos sites de informação de baixo interesse e que pouco contribuíam a nível de conteúdo e conhecimento útil na elaboração do trabalho, mas que nos ocuparam demasiado tempo de navegação. No entanto, encontramos durante toda essa pesquisa, alguns sites com conteúdos credíveis para a orientação e elaboração do nosso trabalho e que nos proporcionaram conhecimentos bastante enriquecedores. A fim de cimentar os conhecimentos adquiridos, procedemos a alguns inquéritos que abordavam questões relativamente à bobine e à cassete analógica.. Assim foram efectuados 30 inquéritos, sendo que 17 a pessoas do sexo feminino e 13 do sexo masculino, nas mais variadas faixas etárias (1936-1990) e com diversos graus académicos (do 4º ano do ensino básico ao doutoramento). Numa primeira parte abordámos a bobine e questionámos os inquiridos relativamente à sua lembrança, à facilidade de manuseamento, à sua acessibilidade e relativamente às inovações que daí advieram. Após o tratamento dos dados, chegámos às seguintes conclusões: A maioria do universo dos inquiridos tem presente na sua memória a bobine (87%); A maioria do universo dos inquiridos é da opinião que a bobine é de fácil manuseamento, embora aqui exista uma fraca discrepância entre a diferença de ideias (60% para 40%); A maioria do universo dos inquiridos afirma que a bobine tinha um elevado custo, não sendo acessível a todas as pessoas a sua aquisição (87%);
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Todos estes dados podem ser comprovados através dos seguintes gráficos que foram obtidos através do tratamento de dados:
Também verificámos que o aparecimento da bobine acarretou algumas mudanças significativas na sociedade, como: Divulgação da cultura musical; Acessibilidade da sociedade ao filme; Aproximação das pessoas face à distância, através da gravação; Personalização de gravações e escolha diferenciada das músicas a ouvir; Conhecimento cultural. Podemos concluir que a bobine inovou a cultura da sociedade, embora com o passar dos anos esteja a cair no esquecimento e existe na sociedade um abandonar progressivo da lembrança da sua existência. Na segunda e última parte abordámos a cassete analógica e questionámos os inquiridos relativamente à sua lembrança, à facilidade de manuseamento, à sua acessibilidade e relativamente às inovações que daí advieram. Após o tratamento dos dados, chegámos às seguintes conclusões: A maioria do universo dos inquiridos tem presente na sua memória a cassete analógica (93%); A maioria do universo dos inquiridos é da opinião de que a cassete analógica é
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de fácil manuseamento (90%); A maioria do universo dos inquiridos afirma que a cassete analógica tinha um custo reduzido, sendo acessível a todas as pessoas a sua aquisição (87%); Todos estes dados podem ser comprovados através dos seguintes gráficos que foram obtidos através do tratamento de dados:
Também verificámos que o aparecimento da cassete analógica acarretou algumas mudanças significativas na sociedade, como: Gravação e audição de música; Gravação de voz; Portabilidade; Divulgação de música e cantores; Selecção personalizada do som a ouvir; Acessibilidade de custos, que favorece a sua aquisição; Facilidade de manuseamento. A cassete analógica foi um importante veículo de expansão de massas e trouxe a portabilidade para o consumidor, pois ao ser de dimensões reduzidas possibilitava e facilitava o transporte.
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Nota: Para consulta exaustiva dos dados obtidos através dos inquéritos, pode ser consultada a tabela, nos anexos do trabalho, na página 24.
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3- Abordagem “experimental”/prática de suportes de som
* o panfleto promocional encontra-se em tamanho real nos anexos (página 25).
A apresentação oral será efectuada mediante a audição de uma cassete áudio gravada e através do acompanhamento da mesma por slides de PowerPoint. Iremos levar também o material físico em que nos centramos durante todo o trabalho a bobine e a cassete analógica, que servirá para colocar num rádio para audição da apresentação.
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Conclusão Ao iniciar a nossa pesquisa, avançamos com algumas reservas pessoais, tais como o pouco conhecimento da bobine por parte da grande maioria das pessoas. Relativamente à cassete analógica as reservas já não foram tantas, mas tendo sempre em consideração que não seria um suporte reconhecido pelas faixas mais jovens. Mediante a nossa pesquisa, o avanço dos trabalhos e a realização de inquéritos, chegámos à conclusão que ao longos dos tempos existiram grandes inovações a nível dos suportes de registo de som, sendo que alguns, mais relevantes que outros. A bobine era um suporte caro e de fraca acessibilidade, a não ser que a sociedade acedesse a ela em grandes aglomerados. A cassete analógica, revolucionou o mercado, devido às suas características práticas, económicas e portáteis. Sendo assim, conclui-se que todas as reservas iniciais foram fundamentadas, pois todas se comprovaram. O trabalho em equipa, nem sempre é fácil e muitas vezes as ideias são de fraca compatibilidade. Mas, apesar das adversidades, existiu um ultrapassar eficiente e que proporcionou um enriquecimento pessoal, o que exigiu uma pesquisa mais exaustiva para fundamentar os pontos de vista de cada interveniente. Em conclusão, podemos afirmar que com a evolução tecnológica da sociedade tudo é efémero e descartável pois a cada dia existe uma nova proposta de equipamento que supera o anterior, o que nos leva a não manter na memória todos os avanços tecnológicos.
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Anexos
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Fig. 1 – Fonautógrafo de Leon Scott
Fig. 2 - Modelo original do Fonógrafo de Edison
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Fig. 3 – Gramofone Pathé modelo Coquet e cilindro de cera
Fig. 4 – Telegraphone de Valdemar Poulsen
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Fig. 5 – Gravador de bobines
Fig. 6 – Magnetophone 20 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Fig. 7 – Cassete Analógica
Fig. 8 – D.C.C. (Digital Compact Cassete)
21 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Fig. 9 – DAT (Digital Áudio Tape)
22 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Cassete Analógica
Contextos
Manuseamento Cassete Analógica
Custos Cassete Analógica
Inovações
Não
Sim
Gravação
Sim
Sim
Gravação Audição
Não
Não
Sim
Audição
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sexo
Ano Nascimento
Grau Académico
Estado Civil
Lembrança da Bobine
Manuseamento Bobine
Custos Bobine
Feminino
1960
Licenciatura
Casado
Sim
Sim
Feminino
1970
Licenciatura
Casado
Sim
Feminino
1968
Licenciatura
Casado
Sim
Masculino
1979
12º
Feminino
1972
Masculino
1973
Feminino Feminino
Acessibilidade da sociedade ao filme em cinema
Não
Casado
Sim
Não
Não
Sim
Música
Sim
Sim
Divorciado
Sim
Não
Não
Sim
Música
Sim
Não
Fácil manuseamento
9º
União Facto
Sim
Não
Não
Sim
Música
Sim
Sim
Aparecimento de aparelhos portáteis
1973
Licenciatura
Casado
Não
Não
Não
Sim
Música
Sim
Sim
1972
Bacharelato
Sim
Sim
Gravação
Não
Música
Não
Não
Música
Sim
Ouvir e gravar Música
Sim
Sim
Sim
Ouvir Música
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Feminino Masculino
1971
Doutorament o
Feminino
1984
12º
Feminino
Inovações
1965
12º
Solteiro
Sim
Não
Não
União Facto
Sim
Não
Não
Casado
Sim
Não
Não
Solteiro
Sim
Sim
Sim
Casado
Sim
Não
Não
Feminino
1970
12º
Casado
Sim
Não
Masculino
1981
12º
Solteiro
Não
Não
Sim
Feminino
1990
12º
Solteiro
Não
Não
Não
Feminino
1945
Viúvo
Sim
Sim
Não
Masculino
1960
4º
Casado
Sim
Sim
Não
Masculino
1971
12º
Casado
Sim
Não
Não
Masculino
1967
9º
Casado
Sim
Sim
Não
Masculino
1969
10º
Casado
Não
Não
Não
Masculino
1970
Sim
Sim
Não
Feminino
1987
12º
Divorciado
Não
Não
Não
Masculino
1970
6º
Solteiro
Sim
Sim
Não
Sim Música
Acessibilidade da sociedade ao filme em cinema
Aproximação das pessoas face à distância Funcionalidades diversas
Gravação de músicas e escolha personalizada
Possibilidade de ouvir musica sem ser pela selecção da rádio
Possibilidade de ouvir musica sem ser pela selecção da rádio
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Ouvir e Gravar Música Audição de música seleccionada
Sim
Ouvir Música
Sim
Sim
Sim
Gravação
Sim
Sim
Sim
Gravação
Sim
Sim
Sim
Ouvir e gravar Música
Sim
Sim
Sim
Ouvir e gravar Música
Sim
Sim
Sim
Ouvir música no carro
Sim
Sim
Sim
Ouvir música no carro e sem ser nas estações de rádio
Sim
Ouvir Música no Carro e em casa
Sim
Sim
Feminino
1988
12º
Solteiro
Não
Não
Não
Sim
Ouvir música no carro
Sim
Sim
1980
9º
Casado
Sim
Não
Não
Sim
Gravar e ouvir música
Sim
Sim
Masculino
1966
12º
Casado
Sim
Sim
Não
Sim
Ouvir música
Sim
Sim
Feminino
1940
6º
Casado
Sim
Sim
Sim
Ouvir música
Sim
Sim
Feminino
1936
4º
Casado
Sim
Sim
Não
Sim
Ouvir música
Sim
Sim
Masculino
1953
9º
Casado
Sim
Sim
Não
Sim
Gravação
Sim
Sim
Sim
Ouvir música em casa no carro e mais tarde individualmente
Sim
Sim
Feminino
1960
9º
Casado
Sim
Não
Não
Conhecimento cultural
Aparecimento da portabilidade
Ouvir Música no Carro Ouvir música no carro e sem ser nas estações de rádio
Masculino
Acessibilidade da sociedade ao filme em cinema
Facilidade de gravar e ouvir música Acessibilidade de preço e aquisição
Ouvir Música no Carro e em casa
Portabilidade Liberdade de escolha no que se ía ouvir Liberdade de escolha no que se ía ouvir Gravaçãoi mais simplificada Divulgação da música e cantores
Tabela referente ao tratamento de dados dos inquéritos efectuados.
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24 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Fontes
25 Trabalho de Pesquisa de História dos Média – “Suportes de Registo de Som”
Webgrafia Webgrafia Almeida,
Carmen;
disponível
em:
http://www.audiofive.com/blog/gravaca-de-audio-a-
evolucao/; consultado em: 22 de Outubro de 2011 Paulo, Maria João; disponível em: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-historiado-gravador-de-cassete.html; consultado em: 23 de Outubro de 2011 Maria João Paulo; disponível em: http://www.protecaudoevideo.com.br/glossario.htm; consultado em: 23 de Outubro de 2011 Paulo, Maria João; http://pt.wikipedia.org/wiki/Fita_cassete; consultado em: 23 de Outubro de 2011 Pisca, Susana; disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bobine; consultado em:29 de Outubro de 2011 Pisca, Susana; disponível em: http://digartmedia.wordpress.com/2011/03/22/444/; consultado em: 29 de Outubro de 2011 Pisca, Susana; disponível em: http://lgseixas.wordpres.com/arquivos-de-audio/; consultado em: 29 de Outubro de 2011
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