Monografia do concelho de mafra

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MONOGRAFIA DO CONCELHO DE MAFRA

M

afra, um lugar geométrico de transição entre a Área metropolitana de Lisboa e a Região Oeste, é um

território de oportunidades abertas, com valores próprios bem patentes na paisagem e no património cultural, constituído ainda, e felizmente um caso ímpar no que respeita quer ao património natural quer ao edificado. Concelho multifacetado nos seus aspectos morfológicos e possuidor de extensa costa atlântica de uma beleza singular, pontuada por pequenas praias, geralmente enquadradas por falésias, estende-se por uma mancha geográfica com cerca de 300kms2, de grande compexidade geográfica, marcada por vales muito encaixados de elevações de perfil duro e bastante declivoso, seguramente na génese do actual modelo da ocupação humana. Do ponto de vista urbano destacam-se três núcleos principais, Mafra, Ericeira e Malveira, polarizando todas as funções mais relevantes e definindo um eixo ou espinha dorsal , pontuando a Norte e a Sul por uma constelação de pequenos lugares, geralmente não ultrapassando os 500 habitantes, que constituem o esteio da actividade de cerca de metade da sua população. Quanto ao património natural, avulta, para além da Tapada, autêntico eco-museu, uma paisagem com características únicas e que, com algumas excepções, ainda permanece intocada, casos por exemplo dos vales do Arquitecto, da Ribeira de Cheleiros e da Carvoeira, ou de pontos da costa como S.Julião e as praias a norte da Ericeira. Relevante ainda a fauna e a flora, como em alguns casos endógena, que é possivel observar. Quanto ao património edificado, saliente-se a majestosa obra de dimensões quase incomparáveis: omundialmente conhecido Palácio Nacional de Mafra, afamado tanto por sua preciosa biblioteca e colecção de escultura italiana, como pelos seus dosi carrilhões e seis orgãos, conjuntos únicos em todo o mundo. De uma dimensão mais modesta, no entanto , não desprezível, um número considerável de outrso exemplos de Arquitectura religiosa podem ser referidos: as igrejas matriz da Encarnação, Azueira, Enxara do Bispo, Milharado, Santo Estevão das Galés, Santo Isidoro, Gradil, S. Miguel de Alcainça, S. Pedro da Ericeira, os templos rurais da murgeira, do Arquitecto, de S.Julião, ou mesmo o templo medieval de Santo André, na Vila Velha de Mafra. O Forte da Ericeira, o conjunto de fortes e fortins, que outrora constituíram parte das Linhas de Torres, são peças chave da arquitectura militar regional. As casas de traça tradicional estão dignamente rpresentadas no Sobral da Abelheira, exemplo tipíco de aglomerado populacional rural, perfeitamente enquadrado no meio envolvente e pela Ericeira, vila piscatória, que mantém o núcleo original bastante preservado. São de referir ainda as inúmeras quintas, com Casas Senhoriais, espalhadas por todo o Concelho, algumas delas, pelo seu valor arquitectónico e artistíco, têm sido objecto de tentativas de recuperação. Para muita gente poderão vir a ser traçados projectos de turismo de habitação, turismo rural e agroturismo. Em termos arquitectónicos é um repositório do passado longínquo. O Penedo do Lexim e a Tholos da Tibuaria são casos significativos de arqueosítios, embora muitos outros, de idêntica importância, aguardando estudos mais aturados por parte dos especialistas. Também no que respeita à Arqueologia Industrial o concelho é campo fértil, com os seus moinhos de vento e azenhas, estruturas típicas de produção rural. No Concelho de Mafraexistem dosi museus de cariz regional, o Centro de Estudos Históricos e Etnográficos Professor Raúl de Almeida e o Arquivo Museu da Ericeira, ambos albergando peças de valor inestimável e constutuindo espaços de recosntituição histórica e etnográfica. De citar ainda a Gastronomia, cujo impacto turistíco é cada vez maior: o Artesanato, extremamente desenvolvido principalmente no que concerne à olaria; os grupos folclóricos, alguns dos que tiveram a coragem de encetar trabalho sério de recolha etnográfica; as Procissões, Festas e Romarias que animam o Município Mafrense, sendo de destacar as Procissões da Quaresma (Mafra), os festejos de Nossa Senhora da Nazaré, cujo círio percorre grande parte das suas freguesias, a Romaria da Serra do Socorro (Enxara do Bispo), as Festas da Senhora da Boa Viagem (Ericeira), entre outras. É ainda necessário fazer jus ao famoso mercado da Malveira, visitado todas sa quintas- feiras por multidão de comerciantes e curiosos de um aro bastante alargado, bem como a antiquíssima Feira dos Alhos, na Vila de Mafra, no terceiro domingo de julho.

AZUEIRA Promovida a Vila em 1820 e elevada a Concelho em 1837, o qual foi extinto e integrado no de Mafra. Antes da extição abrangia cinco freguesias: Azueira, Turcifal, Freiria e Enxara do Bispo. A povoação que dá o nome à freguesia é muito antiga, atribuindo-se-lhe origem romana, atestada por uma lápide sepulcral de um cidadão pertencente à tribo Galéria, importante circunscrição administrativa do Império. São notáveis os solares setecentistas e uma vasto património religioso, sendo de destacar a Capela de Santa Cristina, bem como as igrejas barrocas de S. Pedro de Grilhões e do Livramento. Igualmente reputada devido à pomicultura ( detentora de várias medalhas ganhas em concursos internacionais


) e á produção de vinho, actividades hoje coordenadas pelas empresas FrutOeste e Adega Cooperativa da Azueira, respectivamente nos seus locais.

CARVOEIRA Reguengo no séc. XVI e Concelho criado em data indeterminada no período entre 1762 e 1820 passou a freguesia do Concelho da Ericeira, tendo sido incorporado no Município de Mafra pela Reforma Administrativa de 1855. Além da Igreja Paroquial, cujo orago é N. Senhora do Ó, merece destaque a Capela de S.Julião,junto à praia homónima (entre a Foz do rio de Cheleiros e a Ribeira do Falcão). Inteiramente revestida de magníficos azulejos setecentistas, foi palco de um episódio patriótico: Mateus Álvares, denominado Rei da Ericeira, resistiu aí a ocupação filipina, fazendo-se passar por D.Sebastião.

CHELEIROS D. Dinis fez, no ano de 1304, doação destas terras a D.Violante Lopes Pacheco, mais tarde casada com um fidalgo de casa dos Condes de Castanheira, também Senhor de Mafra. Após a morte deste, sem herdeiros, reverteu para a Coroa e depois para a casa do Infantado. Foi vila e concelho, com foral de 15 de Fevereiro de 1195, confirmado por D.Dinis, e novo de D.Manuel, de 1516. Em 1855 foi anexado ao Concelho de Mafra. Os seus naturais são conhecidos por cabritos. Região assinalada por importantes vestígios arqueológicos e paleo-cristãos. A Igreja Matriz, manuelina, é considerada monumento nacional, havendo ainda a destacar ,dos mesmo período , um cruzeiro de bela factura. O vinho abafado do Carvalhal tem fama , tal como a aldeia de Broas, reminiscência de um passado retintamente saloio.

ENCARNAÇÃO É a freguesia masi setecentista do Concelho de Mafra. De carácter eminentemente rural, conta também com magníficas praias, como S.Lourenço e Calada. No lugar da Seixosa foi detectada uma estação arquelógica, ainda não totalemente investigada, atribuída ao Calabriano III (1.150.000 Anos), a qual constitui o mais importante vestígio deste período conhecido em Portugal e um dos mais antigos da Europa. Quanto ao património artístico, merece relevo a Igreja Matriz, que sucedeu, após o Terramoto de 1755, à de S.Domingos da Fanga da Fé, local aonde têm sido recolhidos inúmeros vestígios romanos. O afamado pão de Mafra é em grande parte proviniente desta freguesia cuja paisagem se encontra ainda pontilhada por inúmeros moinhos de vento. É de vista obrigatória o mercado que se realiza na Encarnação, no primeiro domingo de cada mês.

ENXARA DO BISPO Dominado pela silhueta majestosa da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus pergaminhos á história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral concedido por D.Manuel I, em 20 de Novembro de 1519. Durante vários séculos foi sede de concelho. No século transacto passou a integrar o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra. A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de esplendor. Na matriz, dedicada a N.Senhora de Assunção, guardam-se algumas tábuas com pinturas quinhentistas de grande valor, pertencente a um retábulo hoje desaparecido. À Romaria da Serra do Socorro ou da Senhora das Neves, acorre. a 5 de Agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo. O local reúne ainda excelentes condições para a práctica de Asa Delta.

ERICEIRA Vila muito antiga, pressumivelmente local de passagem e instalação dos fenícios. O seu primeiro foral remonta ao ano de 1229, concedido pelo Grão Mestre da Ordem de Aviz, D Frei Fernão Rodrigues Monteiro,reformado


pelo rei F.manuel I, em 1513 . A população, noutrso tempos constituída na generalidade por gente do mar , formou durante muitos séculos um grupo étnico-geográfico , denominado jagoz, diferenciado dos restantes habitantes da região saloia. A Ericeira conheceu no século XIX, a sua época áurea, enorme incremento, por que foi o ponto mais concorrido da estremadura, com Alfândega,por onde se fazia o abastecimento de quase toda a Província. A antiga importància comercial tem hoje correspondente no notável movimento turistíco, resultante da situação e do clima previlegiado de que goza. O embarque do Regime Monarquíco Nacional , fará sempre do porto da Ericeira um dos locais mais dramáticos da geografia de Mafra. As praias e os pesqueiros, bem como o património monumental e o gastronómico, com base numa variedadede peixes e mariscos, cosntituem os seus maiores atractivos.

GRADIL O rei D.Afonso VI concedeu-lhe o foral no a ano de 1327, depois confirmado por D.Manuel I. Foi curado da apresentação do colégio de Santo Antão de Lisboa, tendo passado para a posse da universidade de Coimbra. Andou agregado ao concelho da Azueira e, extinto este, integrou o de Mafra. Região essencialmente agrícola, rica em vinhedos e pomares, guarda, além da paisagem surpreendente e de vários solares stecentistas e oitocentistas, uma jóia preciosa: a Igreja Matriz Barroca dedicada a S.Silvestre. O empreendimento turístico do Vale da Carva tem as suas instalações nesta freguesia.

IGREJA NOVA È a freguesia que maior número de vestígios e achados arqueológicos tem produzido. O povoado do Lexim ( neolítico, calcolítico e romano ) é até ao momento o arqueosítio melhor estudaddo de todos quantos, cerca de meia centena, já se encontram referenciados no aro da Igreja Nova. Fundada após 1255, ano em que ainda se encontrava agregada a Santa Maria de Sintra, tornou-se no século XVII, cabeça do Círio da Prata Grande ou da Senhora da Nazaré, o mais popular, o mais concorrido e faustoso de toda a Estremadura. Na capela do Espírito Santo guarda-se pintura sobre tábua , so século XVI, representando o Pentecostes, a qual, apesar do estado de degradação a que chegou, constitui motivo bastante para uma visita ao local. São de sublinhar alguns trechos de paisagem ainda preservada, nomeadamente nos arredores do Casal do Rei, propriedade que exemplifica o tipo de exploração agrícola típico da região.

MAFRA Sede de um município desde o ano de 1189. No entanto, asua origem remonta a ´póca muitissímo mais recuada, presumivelmente ao neolítico ou mesmo ao paleolítico. D Manuel I concede-lhe um Foral Novo, em 1513. Porém, foi o Rei-Sol-Português, Djoão V , quem a promoveu, ao escolher uma arrabalde para nele edificar o Palácio- Convento de Santo António, geralmente considerado o ponto de partida do barroco português. Dignos de admiração: a estatuária italiana, a maior colecção existente em Portugal, os dois carrilhôes e os seis orgãos, conjuntos únicos em todo o mundo, bem como a biblioteca, repositório formidável do saber apradinhado pelo monarca Magnânimo, Coração e centro cultural da região saloia, oferece aos seus visitantes a possibilidade de se familiarizarem com o artesanato vivo, com a etnografia, com a natureza, com a história e com as artes. A tradicional doçaria constitui um dos seus mais proeminetes atractivos gastronómicos.

MALVEIRA O Casal da Malveira já existia em 1363. No século passado era lugar da freguesia de S.Miguel de Alcainça. Em 1923, foi elevada a sede de freguesia, em substituição da anterior. Importante centro de comunicações rodoviárias e ferreviárias da Estremadura, tem conhecido, nas ultímas décadas,um surto de desenvolvimente extremamente significativo. O pólo de tal desenvolvimento reside no seu mercado semanal, que ocorre todas as quintas-feiras, dao o seu valor e variedade das transacções que o tornam um dos maiores de todo o país.

MILHARADO Freguesia outrora parte integrante do Município de Enxara dos Cavaleiros. Antes da desanexação da freguesia


da Venda do Pinheiro (1984) era a maior do concelho de Mafra. As raízes históricas do Milharado recuam longe no tempocomo o demonstram os vestígios neolíticos (Tholos de Tituaria), calcolíticos e romanos( Rólia). De características profundamente rurais, destaca-se pela produção de vinho e morangos, bem como pela pecuária. Esta circunstância transforma-a num dos principais abastecedores de Lisboa em carnes de porco. Na Pòvoa da Galega, burro arrabaldino do Milharado, encontra-se em organização o futuro Centro Museológico do Brinquedo Português. Nesta mesma povoação é de realçar o Grupo Etnográfico Os Saloios da Pòvoa da Galega que fazem jus as tradições da região.

SANTO ESTEVÃO DAS GALÉS Fez parte do extinto concelho dos Olivais. Situa-se numa das regiões mais acidentadas do Concelho de Mafra, encontrando-se rodeada por montes e vales, com pinheirais e cusrsos de água que, por vezes, formam pequenas cascatas. Permanece exclusivamente agrícola. O túmulo romano encontrado em Monfirre atesta as suas bem antigas origens. A Igreja Matriz é também testemunho de vetusta história. Antigo templo com parede interior revestica a azulejos hipsno-arabes e alpendrada onde ainda é possível uma meda das Carapuças ( local de colocação dos barretes do s fiéis antes da entrada na igreja ). Na torre sineira, de quatro ventanas, conserva estes sinos que constituem um pequeno carrilhão.

SANTO ISIDORO Reclinada para o Atlântico, santo Isidoro é, apesar disso, essencialmente agrícola. É uma das freguesias que mais fundo mergulha as suas raízes na história, tendo como assinalados vestígios do paleolítico, do neolítico, bem como do período romano. A Igreja Matriz,com elementos manuelinos, é um extraordinário repositório de arte decorativa, sendo detentora de inúmeras preciosidades artistícas, tais como um Calvário pintado sobre madeira, diversas imagens estofadas dos séculos XVI a XVIII e rétabulos constituídos por azulejos setecentistas integrados num forro cerâmico único nos templos do Concelho de Mafra. A povoação da Picanceira é digna de uma visita para se admirar o Bairro dos Ilhéus, edificados para os jornaleiros oriundos dos Açores, no século XIX, para assegurarem a exploração agrícola da Quinta dos Machados.

SÃO MIGUEL DE ALCAINÇA Freguesia desanexada da Malveira pelo Dec. 100/85 de 4 de Outubro (DR,I série, 229). No ano de 1527 a vintena de Alcainça com os seus casais pertencia ao termo de Sintra, possuindo um total de 48 vizinhos. Povoação anterior à fundação da nacionalidade, porventura da época romana, uma vez que foram detectados vestígios romanos, visigóticos e medievais. Na Igreja de S.Miguel, a matriz, observam-se azulejos hispanoárabes e setecentistas. De notória importância é igualmente o portal manuelino e túmulos góticos. De notória importância é igualmente o portal manuelino da antiga Capela do Espiríto Santo.

SOBRAL DA ABELHEIRA Permanece essencialmente agrícola, mantendo practicamente inalterada a paisagem bucólica que a caracteriza. A aldeia do Codeçal situada junto do Celebredo, uma das entradas para a Tapada de Mafra, possui uma curiosa ermida, deicada a NossaSenhora da Piedade. O frontal do altar apresenta um baixo relevo iconografando três do Santos patronos de Lisboa, Máxima, Júlia e Verissímo, tal como um ex voto alusivo ao Terramoto de 1755, além de diversas imagens e painéis da autoria dos barristas da Escola de Escultura de Mafra, da qual foi discípulo o celébre Machado de Castro, escultor responsável pela estátua equestre do Rei D.João V.

VENDA DO PINHEIRO Freguesia desanexada do Milharado, em 1985 (Lei 88/85 de 4 de Outubro). Até há alguns anos atrás era procurada pelos veraneantes devido a amenidade do seu clima e pureza dos ares. Actualmente, a pressão exercida pelo alargamento dos subúrbios da capital tem provocado alterações radicais na paisagem e modo de vida da população. Uma das derradeiras manifestações tradicionais, a Feira da Cerejas, realiza-se a 13 de Junho, no Rossio da Venda do Pinheiro, diante da Capela da Nossa Senhora do Carmo. No lugar da Asseiceira Grande, aconselha-se à uma visita atenta a capela do Espiríto Santo, templo de feição popular, que remonta provavelmente ao século XIV.


VILA FRANCA DO ROSÁRIO Freguesia criada em 5 de Dezembro de 1939 pelo decreto-lei de 30/04 (D.G. 12/04/40), mediante desanexação de Enxara do Bispo. As mais remotas notícias conhecidas a seu respeito remontam a 1527. Era então uma aldeia com 17 habitantes, incluindo os dos casais em redor. A 4 de Março de 1626, Filipe III concede-lhe a mercê da actual designação, em substituição da Vila Franca, devido ao "fervor que estas gentes deste lugares têm a Nossa Senhora do Rosário", a troco de "uma ovelha, três galinhas, quatro coelhos mansos, dois cabazes de couve, um de laranjas, cinco alqueires de milho por ano" (ANTT: Livro das Mercês de Felipe III). Foi uma das catorze estações de Caminho de Ferro Larmanjat (inaugurado em 6 de Setembro de 1873) que ligava Lisboa a Torres Vedras. Fracamante arborizada, o aproveitamento agrícola e intensivo, apresentando-se a paisagem retalhada consoante o tipo de cultura: arvense e viticultura nas elevações e horti e fruticultura junto às linhas de água.


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