SCI-FI FOOD
Impressoras 3D com tinta comestĂvel!
Guia Destaque
14.
Sci-fi Food Impressora 3D que imprime comida!
Caro Leitor
03. Editorial
Sobre a Camaleão
05. Espaço do Leitor
Mensagens dos leitores
Fala Aí
22. O Malucaço do Joan Cornellà
Uma entrevista com o autor das tirinhas de humor pesado.
24. Desenhando com o Diga X 06. Olhar Convexo
Um olhar diferente e real do cenário de cima.
08. Adorável Amigo
Artista cria fotos surreais com animais de abrigo para ajuda-los a encontrar novas casas.
Coisa 10. Jóias Vivas Sustentabilidade na moda.
Artista Interior
Uma entrevista com Betty Edwards
Olha Só
28. Café com Arte
Saiba como deixar o seu café mais divertido com o Latte Art.
30. 20 formas únicas de se localizar no tempo e espaço
12. Stickwork
Um emaranhado de escultura. 1
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CARO LEITOR
Camaleão? Olá, leitor! Seja bem-vindo à nossa primeira edição da Camaleão! Antes de mais nada, você deve ter se perguntado “mas porque essa revista tem nome de um animal?”. Ora, como a revista trata de diversos assuntos onde o design pode atuar (até onde as pessoas menos esperam), e como a forma e a aplicação do design está sempre mudando e se adaptando ao meio em que se encontra, vimos que a característica do camaleão de se camuflar e se adaptar ao ambiente se encaixa perfeitamente ao nosso conceito. Além de ser um animal exótico e inusitado assim como nós! Esta edição está deliciosa! No nosso Destaque, vamos falar sobre a nova tecnologia da NASA de fazer comida com uma impressora 3D. Já imaginaram criar um formato um tanto impossível para a sua comida? Pois, essa ideia não é mais impossível! Em “Diga X” vai conhecer um trabalho fotográfico surreal e outro convexo. Separamos “Coisas” intessantes como jóias vivas e esculturas em gravetos. Vai conhecer Joan Cornellà e Betty Edwards no "Fala Aí". E "Olha Só", de quebra vai aprender a fazer latte arte e conferir os diversos tipos de relógios de pulso. Ficou com água na boca? Então, boa leitura e bom apetite!
Fulano de Tal Diretor de Redação fulanodetal@camaleão.com.br
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CARO LEITOR
Mural de Recados Cantinho do leitor! Aqui você poderá mandar um recado com perguntas, críticas e elogios para nós e nós vamos responder com muita atenção! Boa Tarde pessoal da revista! Quando soube pelo site que o primeiro número seria lançado em breve, fui correndo à banca reservar minha edição. Espero que essa revista possa abrir espaço para muitos designers que querem conhecer e mostrar seus trabalhos e novidades. Até mais! Ana Rita G. -MG
Camaleão (C): Obrigado, também estamos super ansiosos com esta primeira edição.Temos certeza que vai estar super legal recheada de curiosidades. Oi revista Camaleão, eu e meu filho Felipe somos fissurados por todo o tipo de curiosidades e estamos com altas espectativas para esta nova edição cheia de guloseimas. Carlos -RJ
C: Oi Carlos, acreditamos que nossa revista agradará vocês e muitos leitores que amam o gênero. Traremos bastante novidades para vocês, pode esperar! Oi Camaleão!É um prazer poder enviar este primeiro recado para vocês, já sou leitor da revista online, e desejo à versão impressa o mesmo sucesso. Rodrigo - MA
C: Olá Rodrigo, estamos muito satisfeitos de saber que os nossos leitores também curtiram a proposta da revista impressa! Vai ser muito bom ter vocês com a gente!
E aí camaleão? estou super empolgada para conferir esta nova edição, sou fissurada em revistas de curiosidades e esta com certeza irá para a minha coleção. Esmeralda - CE
C: Oi Esmeralda, a nossa revista terá gráficos e imagens impressionantes e realmente será um modelo para se guardar como referência de repertório e inspiração.
Recados: recado@camaleao.com. br Portfólios para divulgação na revista: potfolio@camaleao.com. br
Olá Camaleão! Estou muito ansiosa para a publicação deste primeiro número! Como apreciadora de artes e culinária fiquei fascinada com o tema anunciado no site. Enviado por: Mariah30@gmail.com
C: Oi Maria a nossa revista se dedica muito as novidades em diversos campos e o design de itens alimentícios também será um dos nossos focos nessa edição. Certamente você sempre encontrará em nossos volumes exemplos de trabalhos com artes incríveis.
Conecte-se! Na revista digital você também pode conferir todas as matérias, além de conteúdos extras em vídeos sem esperar a chegada da revista. Para acessar, basta ir ao nosso site: www.camaleão.com.br e selecionar a capa da edição que queira ler.
Fale com a gente! Perguntas, críticas e sugestões para contato@camaleão. com.br ou av. Engenheiro Luiz E. C. Coube 14-01 Núcleo Residencial - Pres. Geisel, Bauru - SP, CEP 17033-360 Assinaturas e SAC: www.camaleao.com.br ou ligue (14) 3103-6000 de segunda à sexta das 8h às 21h, sábado das 9h às 16h. Marketing e anúncios: mkt@camaleao.com.br Trabalhe conosco: www.camaleão.com.br/ trabalheconosco
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DIGA X
Olhar Convexo Um olhar diferente e real do cenário de cima. O canadense Brent Townshend se envolveu com fotografia, enquanto trabalhava em seu doutorado em pesquisa científica na Universidade de Stanford. Como um inventor com mais de 40 patentes, a sua combinação de ciência e propósito artístico foi uma progressão natural. Em 2005, começou a trabalhar em ultra grande angular, a fotografia digital de alta latitude de exposição. "Looking up" é um projeto que proporciona um englomamento geral de vistas verticais o qual questiona a visão de base antropocêntrica. O tra-
Acima: Ponpidou Direita acima: Opera Garnier, Chagall Roof Direita abaixo: University Museum, Oxford
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balho combina várias fotos de um mesmo ponto de vista, o qual são colocados juntos com suas diferentes direções e exposições. Além de criar uma imagem igualmente verdadeira de um cenário que é radicalmente diferente daquilo que você vê com os olhos em um mesmo ponto. Olhar para cima e ter uma visão ampla a cena muda radicalmente daquilo que normalmente experimentamos. Para o fotógrafo, a fotografia é sobre ver o mundo e em cima é uma direção que invariavelmente esquecemos de ver.
Esquerda, de cima para baixo: Buci Seine, Cour CarrĂŠe (quadrilĂĄtero) Lake Bohinj Direita acima: Petit Palais Direita abaixo: Les Halles
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DIGA X
Adorável Amigo Artista cria imagens surreais com animais do abrigo para ajuda-los a encontrar novas casas. Fotógrafa húngara Sarolta Ban está de volta com mais de suas imagens surreais distintas , mas desta vez há um propósito nobre por trás de seu trabalho. Cada imagem é para retratar um animal do abrigo sob uma nova luz e ajudá -los a encontrar um lar amoroso . Tudo parece ter começado com uma imagem de um cão branco que, segundo o Facebook de Ban,
ela adotou . Ela passou a criar uma série de imagens com amigos peludos que estão à procura de casas. Ela também começou a recolher imagens de animais de todo o mundo que estão à procura de casas. Ela planeja criar belas imagens para eles também, e cópias do presente vontade de estas belas imagens para as pessoas que optam por adotá-las.
“Cães abandonados tem, infelizmente, puquíssimas chances de aparecer em uma foto que irá ajudá -los a sair do abrigo... (uma) que se destaca da multidão, e “fala” para uma pessoa “, explica.
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CONHEÇA SAROLTA BAN 27 anos de idade, artista nacida em Budapeste, Hungria. Com todos os projetos de fotografia, design de jóias agora vem fica em segundo plano, embora Sarolta ainda goste de fazer isso todos os dias. Depois da nossa publicação em 2010, a artista começou a receber muito mais reconhecimento internacional, com o seu trabalho que está sendo exibido na Holanda, Irlanda, França, Polônia, Hungria e Luxemberg. Ela também recebeu Young Artist Award Talent Elle Revista juntamente com QEP prêmio (European Fotógrafo Qualificado) da Federação das Fotógrafos europeus. Seu futuro parece brilhante, Sarolta comprou recentemente a mais profissional Nikon D3100 e está planejando publicar um livro de fotos com suas imagens. Ela diz que seu sonho é ver suas imagens expostas em muitos lugares diferentes ao redor do mundo. A este ritmo de seu progresso, não deve demorar muito para isso acontecer, e nesse meio tempo, vamos dar uma olhada em algumas das suas novas obras. Se você gosta de seu trabalho artístico, não se esqueça de verificar a sua página, bem como comprar uma cópia ou mesmo conhecer um novo amigo peludo!
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COISA
Jóias Vivas Sustentabilidade na moda. Hoje em dia não é nada novo ouvir falar sobre projetos sustentáveis com ideias verdes. O designer Hafsteinn Juliusson deu origem a um projeto de joias orgânicas, a "Growing Jewely" na Islândia. Em “um choque de joia e jardinagem, alta costura e organismo”, como definido pelo próprio criador, surpreende com seu design de joias vivas. Mas não pense que foram usados materiais reciclados! A coleção feita à mão da marca HAF lançou anéis e colares de aço inoxidável com musgos islandeses dentro. É isso mesmo: musgos! Hafsteinn crê que seu design inovador ajudará os urbanos a se conectarem de novo com a natureza. Para isso, precisam de cuidados: é necessário regar e podar as joias regularmente, pois musgos gostam de umidade, e não expô-las muito ao sol. O aconselhado é guardá-las na geladeira ou freezer para que dure o máximo possível (cerca de dois anos).
Lindos anéis e colares para cuidar e cultivar. O pedido pode ser feita através do site: www.hafstudio.is Mas corra! Pois a quantidade disponível é limitada.
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UM POUCO SOBRE HAFSTEINN JULIUSSON Hafsteinn Juliusson se formou em 2008 em Design de Produtos pela universidade islandesa ListaháskóliÍslands. Posteriormente, se especializou em outras áreas do design em escolas de Milão, Itália. Apareceu em diversas publicações e exposições, entre as quais a “Exhibition on wheels”, que, como o nome indica, tentava levar literalmente as peças de arte, entre as quais a Growing Jewelery, às pessoas. "O projeto Growing Jewelry é uma redefinição dos valores da modernidade", como ele mesmo diz. O designer gosta de novas perspectivas e diferentes tipos de pessoas e interessa-se pela sociedade, ecologia e por evitar a cultura e as ideias de massa.
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COISA
Stickwork Um emaranhado de escultura. O americano Patrick Dougherty, conhecido pelas suas esculturas que se quebram ao longo do tempo, combina vários anos em habilidades de carpintaria, com criatividade e amor pela natureza. Os resultados são impressionantes e lindas esculturas feitas à partir de galhos de árvores jovens, que ao longo do tempo vão se decompondo e se tornando parte da paisagem, as “Stickworks”. Seu interesse por aquilo que a natureza tinha a oferecer, o levou a desenvolver suas esculturas emaranhadas. Cada escultura é diferente, variando de acordo com o local, com alguns medindo até 20 metros de altura. O tempo que as esculturam demoram para serem executadas depende das condições do tempo, bem como o número de voluntários para apoiar o trabalho. No entanto, varia de duas a três semanas. A maioria das pessoas vêem habitats e abrigos nos seus trabalhos. Muitos deles são destinados a ser "castelos, tocas, ninhos etc", que não é o que normalmente vem à mente. E as instalações convidam os expectadores a entrar e explorar suas paredes emaranhadas. Abaixo: "Ballroom", Melbourne, EUA Direita de cima para baixo: "Sortie de Cave / Free At Last", Chateaubourg, França "Just Around the Corner", New Harmony, EUA "Out of the Box," North Carolina Museum of Art, EUA Próxima pág acima: Close Ties, Dingwall, Scotland Próxima pág abaixo: Patrick construindo a sua obra
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SOBRE PATRICK DOUGHERTY Vindo de Oklahoma, é um graduado da Universidade da Carolina do Norte, onde estudou História da Arte e Escultura. Ele fez o seu primeiro trabalho em 1982, que foi integrado aos Artistas da Bienal de Carolina do Norte. Vale ressaltar que Patrick construiu sua própria casa usando galhos caídos, pedras e resíduos de madeira. Dougherty já construiu mais de 200 peças ao longo de sua carreira; tendo estado presente em muitos países ao redor do mundo, incluindo Japão, Austrália, Bélgica e, claro, os Estados Unidos.
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DESTAQUE
Impressora 3D
com tinta comestĂvel!
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É o novo brinquedo da NASA, mas em um futuro próximo será o novo eletrodoméstico das famílias de todo o mundo. O Sci-fi Food começa a deixar de ser uma piada barata do mundo distópico da ficção científica dos anos 60. Se a ciência avança com passos largos, a gastronomia tem o dever de tentar tirar proveito com tanto que não seja afetada a qualidade dos alimentos. Milliaways é o nome de um restaurante no fim do mundo que está construído uma bolha do tempo justo nos últimos minutos de vida da humanidade, e dá a seus clientes a oportunidade de ver uma e outra vez a destruição do universo. Assim é o restaurante que imagina Douglas Adamas no livro “El Restaurante del Fin del Universo”, onde a parte hilariante da ficção científica supera com juros à parte da ciência como é.
O Cenário Imaginem por um momento um astronauta que volta a sua nave espacial depois de longas horas flutuando no silêncio do espaço exterior. Depois dos tediosos minutos de despressurização e desvanecimento das radiações solares, o astronauta sente um nó no estômago causado pela falta de gravidade. Está com fome. Na cozinha de cor branco nuclear ativa a impressora 3D para conseguir desfrutar de seu prato impresso camada por camada. Agora imaginem, já fez um ano que a NASA assinou um contrato de 125.000 dólares com a firma Systems & Materials Research para desenvolver uma impressora de comida em 3D: chegou o fim da comida desidratada que com o tempo perde grande parte de seus nutrientes no espaço.
Formato diferente para um aperetivo de batata com peixe, não é?
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Nada de comprimidos mágicos que equivalem uma ração de carne com batata. As missões espaciais disporão de alimentos tridimensionais para uma nova dieta com visualizações dignas de supernovas luminosas. E não é ficção, é ciência pura e dura. À velocidade da luz, as empresas tecnológicas alcançam um mais que provável negócio milionário. O mercado começa a oferecer marcas de impressoras 3D para comida que podem se dividir em dois grandes grupos. As que só imprimem comida monocromática e as de maior volume capazes de imprimir objetos comestíveis de várias cores. Os preços do mercado giram entre os 1000 e 3000€, as do primeiro grupo 1000€, e as do segundo 3000€. Os primeiros clientes serão restaurantes, padarias e doceiras (o setor mais visado até então), mas o uso doméstico está a caminho nos planos dessas empresas.
Para o aperitivo temos cavalinhos de nuggets, hambúrguer de soja como prato principal e de sobremesa caixinhas de chocolate
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O GRANDE CHEF 3D Paco Morales está com seus sentidos dentro do novo mundo das impressoras 3D de comida trabalhando com o Instituto de Arquitetura Avança-da de Catalunya e o Green Geometries Laboratory. O jovem califa cordobés da alta cozinha espanhola tem objetivos muito claros e aposta firmemente nas três dimensões como fator diferencial: “Toda tecnologia que se pode aplicar procurando cami-nhos inéditos, são de meu interesse sem renunciar jamais ao sabor”. Fala de sua cozinha com devoção: “Gosto de me engajar em outras disciplinas e trabalhar junto com artistas ou arquitetos, que não estão relacionados com minha área mas que po-dem ajudar muito na minha carreira culinária”. Está tudo numa fase inicial com aplicações pensadas mais como uma ajuda no prato, do que como o prato em si. “Tenho certeza do que fazemos com as impressoras hoje, mas não como isso pode ajudar na cozinha. No momento, posso construir moldes ba-ratos para fazer louça. O tema comida esta muito embrionário atualmente. Estamos vivendo um dia a dia complicado que não permite estar atento ao que fazem outros chefs. Alguns fazem contato conosco para ver se realmente funciona. Estamos trabalhando com Paco Torreblanca um projeto de moldes impossíveis. Não sabemos muito bem até onde se pode chegar. Não posso adiantar nada, mas a verdade é que vai ser algo muito grande”. Os primeiros testes foram mais que satisfatórios: “funciona muito bem com os alimentos com mais gordura”. O que fica muito visível é que não é uma moda passageira: “Conviverá junto com outras tecnologias para ajudar no dia a dia da cozinha”.Tampouco tira o brilhantismo dos efeitos 3D do cinema: “Pode ser útil em algum prato. O que jamais pode substituir é o prazer de comer, isso é inegociável!”
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FOODINI A impressora 3D da empresa tecnológica Natural Machines com sede em Barcelona tem um nome próprio: FOODINI. “Queremos pôr a impressora como eletrodoméstico para colocá-la no mercado porque pode substituir o forno e o micro-ondas”, disse Emilio Sepúlveda, co-fundador da Start-Up Ca-talana. Os catorze trabalhadores com diferentes perfis profissionais trabalham horas extras para dar os últimos retoques à impressora que sairá ao mercado nos finais deste ano por uns 1000 euros. No estúdio/laboratório o cheiro é de morango com açúcar. Imprimem macarons de morango (biscoito tradicional francês) por um pedido de uma empresa chinesa. “Precisaremos patentear toda a tecnologia própria”. Todas as patentes se fazem nos Estados Unidos; na Espanha está tudo muito recente. As receitas de cozinha não podem ser paten-teadas, o que é patenteado são os projetos. Se quero fazer um macaron de morango, não se pode controlar nem proibir a reprodução da receita. Estamos trabalhando com algumas marcas privadas que querem vender seus produtos impressos em 3D. Não sabemos se demorará 3, 4, 5 ou 10 anos, mas eventualmente chegarão a nossas cozinhas. Aqui não há toners,(tintas em pó usada nas impressoras e fotocopiadoras para formar texto e imagens), botões nem bandejas de papel. Os desenhos são criados com um processo similar ao que é utilizado em outras impres-soras 3D para peças industriais. “Tudo funciona com um display táctil para selecionar modelos preconcebidos, criar desenhos e compartilhar com outros usu-ários”, disse Emilio. Em primeiro lugar, é preciso de um scâner 3D para poder ler a forma de alguns alimentos para uma ótima reprodução. Começando com um molde predeterminado no painel de controle, a impres-sora funciona com cinco cápsulas que aceitam alimentos não sólidos. Para moldar a comida são necessárias temperaturas altas e os ingredientes têm que ser colocados em uma cápsula em grupos e não um por um. Os primeiros modelos funcionam muito bem com chocolate, massas para cupcake, macarrão italiano, queijos e com carne para fazer hambúrguer. “Não faz barulho e é muito eficiente em gasto de energia. Além, de não perder as propriedades dos ingredientes no processo dos alimentos que só tocam a capsula, o que minimiza a limpeza”.
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COMO O FOODINI FUNCIONA?
START
Escolha ingredientes frescos
Prepare os ingredientes para as cápsulas (cozinhe se for necessário)
Coloque os ingredientes preparados nas cápsulas
85% Espera Impressão completada
Comece a imprimir
Coloque as cápsulas no Foodini
Não A comida impressa precisa ser cozinhada para comer?
Coma e divirta-se! Sim
Cozinhe
COMO VAI TE AJUDAR? USUÁRIO PROFISSIONAL - Criar designs fascinates com a comida - Automatiza a tarefa de preparar comida
USUÁRIO DOMÉSTICO - Substitui a tarefa de preparar comidas difíceis ou repetitivas
- Apresenta a comida de uma maneira fantástica
- Produz comida de maneira limpa, com o uso mínimo das mãos
- Personaliza pratos para surpreender seus clientes
- Não dependerá de comida pré-cozida, fará a sua própria comida - Incentiva crianças a comer comida saudável
Sem conservantes artificiais
Exclui ingredientes que te causam alergia
Fresco e natural
Explora sabores e formas
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Brincando com a comida! Esquerda: quiche de espinafre em forma de dinossauro. Rawr! Direita: vasinhos de chocolate. Direita abaixo: cubos arco-íris de açúcar.
OPINIÃO DO JORNALISTA Matoses, reconhecido jornalista gastronômico, visita uns 400 restaurantes de todo o mundo cada ano e é um bom observador neutro sobre o tema: “Não acredito que seja uma moda passageira. O primeiro ciclo de vida das técnicas novas parece válido com o objetivo do efeito “WOW”. Mas creio que depois de serem aperfeiçoadas encontrão seu lugar geralmente mais coerente e integrado. Pode servir para descobrir um novo jeito de chegar ao produto, de inspirar ecossistemas, formas, texturas e sabores”. Sobre a implantação no entorno doméstico têm-se mais dúvidas: “Dependerá dos usos convencionais/diários que se encontrem. Também o esforço em tempo e dinheiro que dispensará o usuário em sua casa. Mas acho que pode ter caminhado: dependerá do talento dos cozinheiros em aproveitar os meios da técnica para utiliza-la suas receitas”.
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O verdadeiro transcendente é que as impressoras 3D de comida podem mudar a maneira de comprar produtos alimentícios. As empresas publicarão em suas páginas da web os produtos em formato de arquivo 3D e cada consumidor os baixará pela web para fabricá-los em casa. Sem ir mais longe, esta revolução bem aplicada permite “inventar” comida do nada. As possibilidades são infinitas e desenham um novo marco de brincadeira com novas regras e novos protagonistas. Bem aplicado, permitiria a diminuição em grande medida do uso de conservantes e aditivos químicos da indústria. Olhando muito mais longe, abriria uma porta para que os países do terceiro mundo imprimam sua própria comida em formato 3D sem esperar as ajudas que nunca chegam, Horizontes longes e assombrosos.
CRÍTICA AO 3D COMESTÍVEL Para o setor mais critico, estas impressoras 3D fazem as funções de uma simples ferramenta doceira, mas muito mais cara. A nível mais conceptual observa-se que afasta o individuo da origem dos alimentos e que é inútil forçar a proximidade com a terra por meio de produtos mediadores. Além disso, a ideia de que a comida pode ser produzida de forma mágica seria um erro mais grave para as gerações do futuro. Em resumo, as impressoras 3D de comida podem conseguir o que ninguém mais tinha conseguido até hoje: que a nível internacional as organizações ecológicas, os lobbys privados do setor alimentício e as leis governamentais se juntem num mesmo grupo comum, só que com diferentes motivos.
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FALA AÍ
O Malucaço do Joan Cornellà Uma entrevista com o autor das tirinhas de humor pesado. A primeira vez que nosso editor cruzou com um quadrinho do Joan Cornellà no Facebook, logo correu na fanpage para ver o naipe do maluco que materializava aquele absurdo colorido. E qual não foi surpresa quando vimos que ele tinha mais de 200 mil seguidores ao redor do mundo. Falando diretamente da era do politicamente correto, é um bom número de malucos. Mas não se iluda! A quantidade de fãs de Cornellà é quase igual a de gente que denuncia seus quadrinhos diariamente, e que preferia vê-lo queimando nas labaredas do inferno, com suas tirinhas um tanto inusitadas e polêmicas. Batemos um papo com o artista espanhol para saber um pouco mais, e ele já começou nos tirando na primeira pergunta: Camaleão(C): O que você costumava desenhar quando era criança? Joan Cornellà (JC): Eu acho que você me perguntou isso porque há sangue em minhas hqs e você acha que eu tive uma infância traumática. Ok. Bem, eu costumava desenhar serial killers assassinando pessoas inocentes e pedófilos estuprando unicórnios, e unicórnios estuprando e matando
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assassinos e pedófilos e outros unicórnios. C: Quando o seu trabalho se transformou no que é agora? JC: Eu trabalhei vários anos para uma revista espanhola chamada El Jueves, e fiz um monte de coisas diferentes. Lancei dois livros de quadrinhos antes de começar a fazer as histórias sem palavras. Acho que a não existência de palavras me ajudou a espalhar o meu trabalho em todo o mundo. Graças a isso, agora eu tenho um monte de seguidores na internet. C: Seus quadrinhos não são para qualquer um. Qual a crítica mais conservadora que você lembra de ter recebido? JC: Um monte de gente me pede para remover quadrinhos do Facebook. Todos os dias tem gente vindo insultar a mim ou o meu trabalho. Mas felizmente a maioria das pessoas são boas. Uma das críticas mais conservadoras que eu já recebi foi algo como “crianças e adultos podem estar expostos a isso, e isso pode provocar seu subconsciente a cometer atos violentos com os outros e a si mesmos.” Eu me pergunto se o cara que me disse isso já viu notícias de televisão.
C: Qual tipo de quadrinhos vc costuma ler? JC: Como Uma Luva de Veludo Moldada em Ferro, é um dos meus quadrinhos favoritos. Eu amo o trabalho do Daniel Clowes. Cowboy Henk, de Kamagurka e Herr Seele é uma das minhas influências. Entrei no mundo dos quadrinhos underground muito cedo e não gosto das coisas de super-herói. Outras influências são Helge Reumann, Paco Alcázar, Kaz, Michael Kupperman, Glen Baxter, Johnny Ryan, Roland Topor e Tim Hensley C: Mostra uma foto sua? Ficamos curiosos. JC:
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FALA AÍ
Desenhando com o Artista Interior Uma entrevista com Betty Edwards Betty Edwards autora do famoso livro “Desenhando com o Lado Direito do Cérebro”, laça seu mais novo best-seller “Desenhando com o Artista Interior”, que já alcançou mais de 200.000 cópias vendidas na primeira semana e se tornando um dos livros essenciais para o repertório de qualquer artista ou designer. Betty Edwards, neste livro, indica caminhos testados em sua prática como professora de artes na Universidade Estadual da Califórnia e conferencista, de como o ensino e o aprendizado da arte de desenhar devem ocorrer tendo por base as recentes descobertas relativas ao funcionamento do cérebro humano, abrindo espaço para que nosso artista interior possa se revelar. Assim dando sequência aos estudos apresentados no livro precedente, esclarece que os dois hemisférios do cérebro – no texto representado pelas siglas LD, para o lado direito e LE para lado esquerdo - embora trabalhem de maneira cooperativa, usam métodos contrastantes para processar as informações. O hemisfério esquerdo se especializa no pensamento verbal, lógico e analítico. Já o hemisfério direito funciona de modo não verbal, particularizando-se em informações visuais, espaciais, perceptivas.
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“Um velho pianista de jazz que tocava com a cantora Billie Holiday disse:“Billie às vezes vinha de muito longe para chegar a uma nota.”“ KUSC Radio, Los Angeles, Agosto de 1982.
É a partir deste ponto que autora nos demonstra os desafios e dificuldades encontradas por seus alunos e o processo no qual puderam compreender esse novo modo de ver, utilizando suas próprias experiências e também através da observação de trabalhos de grandes artistas. Afinal, criatividade não é apenas resolver problemas já existentes ou que estão sempre surgindo, mas procurar e encontrar problemas que nem tenham sido identificados e resolvê-los. Quanto mais desenvolvemos essa parte visual, perceptiva do cérebro, mais desenvolvemos nossas habilidades criativas. Além disso, aprender a desenhar é uma experiência que nos fortalece, ajudando-nos a conquistar uma melhor compreensão sobre nós mesmos e o mundo que nos cerca.
E assim, convidamos a professora para uma entrevista: Camaleão (C): Porque o primeiro capítulo se chama “Criatividade, um Conceito Camaleônico”? Betty Edwards (B): Coloquei este nome no capítulo porque apesar da sua importância para a humanidade a criatividade é um conceito indefinível, e até agora não temos uma explicação que seja aceita por todos; assim como o camaleão, com o passar do tempo e avançar dos estudos, ela continua mudando, acrescentando novas cores à maneira como a percebemos.
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C: Para desenhar é preciso ter um grande talento? Uma pessoa comum, sem nenhum conhecimento sobre o assunto também pode se tornar um desenhista? BE: O curso de desenho que ministro costuma ser descrito no prospecto da faculdade como “Arte 100: Arte de Estúdio para quem não é artista. Curso projetado para pessoas que absolutamente não desenham que se sentem sem nenhum talento para o desenho e acreditam que provavelmente nunca irão aprender a desenhar”. “A resposta para essa apresentação tem sido extraordinária” -Continua Betty- Minhas salas de aula estão sempre apinhadas de alunos. Mas invariavelmente um ou dois alunos se aproximam de mim e dizem : “Só quero que saiba, embora você tenha ensinado muita gente a desenhar, que eu sou um grande desafio! Eu sou um cara que jamais conseguirá aprender!” Quando eu pergunto por quê, novamente a resposta quase invariável é “Porque eu não tenho talento”. “Bem”, digo eu, “vamos esperar para ver.” Evidentemente algumas semanas depois, os alunos que alegavam não ter talento estão desenhando com a maior felicidade, mostrando o mesmo nível superior de desempenho do restante da classe. Mas mesmo então eles frequentemente desconsideram a habilidade recém-adquirida atribuindo-a a algo que chamam de “talento oculto”.
Você não está enganado!! Todas a imagens desta matéria são de fato desenhos de observação hiper-realistas! Feitos por Robin Eley e James Mylne.
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C: No que o exercício do lado direito do cérebro pode ajudar no aprendizado? BE: Em contraste com o lado esquerdo a metade direita do cérebro, funciona de modo não verbal, especializando-se em informações espaciais, visuais, espaciais, perceptivas. Seu estilo de processamento é não linear e não sequencial, em vez desses recursos ele conta com o processamento simultâneo da observação das informações que entram – observando a coisa inteira, de uma única vez. - Ele tende a buscar relações entre partes e procura os modos como as partes se ajustam para formar o todo. Exercitar essas tendências alimenta o nascimento de habilidades muito úteis para desenho e linguagens visuais. C: Quais são as cinco etapas que sustentam o processo de criação?
BE: O ponto de partida é o primeiro insight, que nos permite perceber soluções novas para problemas já existentes, ou seja, temos que refletir sobre o problema, formular uma pergunta, apresentar um insight ao cérebro de forma que os olhos possam ver. A segunda etapa a saturação, tem por objetivo aprender tudo o que for possível sobre um problema; tentando descobrir uma resposta para a pergunta formulada no primeiro insight. A seguir, temos a incubação, etapa que se inicia quando o cérebro é programado para trabalhar no problema e encontrar uma solução. A quarta etapa a iluminação, é quando a solução para o problema ocorre. E por fim, a verificação, como a própria palavra diz, checa a validade da informação, comprovando que ela corresponde à realidade.
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OLHA SÓ!
Café com Arte Quer um café com estilo? Saiba como deixar o seu café mais divertido com o Latte Art. Começar o dia com um cafézinho é sempre uma boa pedida. Mas por que não deixar o seu café ou cappuccino mais bonito? O latte art ou coffe art são os desenhos feitos por baristas (profissionais especializados em preparar receitas à base de café) so-
bre a superfície de bebidas à base de café expresso. Flores, corações,bichinhos e rostos são alguns dos desenhos que podem ser feitos. Para fazer esse tipo de arte, são utilizadas duas técnicas: o free pour, ou pouring e o sketching, ou grafismo.
Passo a passo no cappucino:
Vaporize o leite, com cuidado, sem deixar que ferva, de forma que fique cremoso, com brilho e sem bolhas grandes. Despeje o leite sobre o café lentamente. 2
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Prepare um espresso duplo em uma xícara para cappuccino.
Tente essa! Para fazer o 3D é usado a espuma do leite vaporizado e colocado por camadas cuidadosamente sobre a xícara já cheia. Ajuste conforme o desenho. E finalize fazendo os riscos com o próprio café com o auxílio do palito. O barista Kazuki Yamamoto, 27 anos, tem uma coffe shop em Osaka (Japão) e faz incríveis latte arts em 3D, transformando a espuma do leite em pequenas esculturas, que já ultrapasssaram mais de 2000 esculturinhas!
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Para fazer o free pour: antes de 3b completar, derrame o leite com pequenas pausas e mexendo na inclinação da jarra. O desenho varia de acordo com maneira com que derruba o leite. E está pronto!
Free pour: as formas são criadas a partir da maneira com que derrama o leite sobre a xícara. Exige habilidade e muito treino. O que vai determinar o desenho é a forma de virar a leiteira, derrubando mais ou menos leite sobre cada ponto da xícara. Quanto maior o diâmetro do recipiente(xícara), mais possibilidades e espaço para criatividade, mas se for muito grande é mais difícil conseguir manter as proporções certas entre o café e o leite. Sketching: usa calda e palitos para os desenhos. oferece mais possibilidades. Com a ajuda de caldas, chocolate, canela em pó e palitos, que funcionam como uma espécie de caneta, é possível soltar a criatividade desenhando sobre o leite.
3a
O que precisa: - café expresso - leite integral(de preferência tipo A) - vaporizador ou cremeira - bisnaga com calda de chocolate - xícara grande (para capuccino) - palito/vareta (instrumento de ponta fina) - criatividade
Para fazer o sketching: complete com leite até chegar na borda. Com uma espátula ou colher, pegue um pouco do creme que restou na jarra do leite e faça um círculo no meio da xícara.
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Com o palito, puxe quatro linhas partindo do centro para fora do creme. O palito deve afundar cerca de um centímetro no creme para o desenho ficar bacana!
Com a bisnaga, desenhe um círculo 4a de calda de chocolate no centro da xícara e outro círculo em volta, sem encostar no creme. Complete fazendo quatro linhas partindo de fora para o centro da xícara. E pronto!
Misturando Cores!
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Mas ainda pode misturar os dois estilos, fazendo desenhos com a calda e o palito por cima do desenho do free pour!
Soltando a criatividade, o artista japonês Nowtoo Sugi faz o latte art colorido usando palito, calda de chocolate e xaropes coloridos de bartender, e misturando-as com espuma de leite para variar o tom da cor. Os temas de seus desenhos geralmente são de personagens de animes, games, filmes cultura pop e paisagens japonesas.
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OLHA SÓ!
20 formas únicas de se localizar no tempo e espaço Mesmo com novas tecnologias e a praticidade dos smartphones, ainda existem pessoas que amam relógios e mantém viva essa paixão. Com diversos modelos e parafernalhas, este pequeno objeto limitado ao nosso pulso pode mos-
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trar muito além das 24 horas do seu dia, em alguns podemos ver semanas, meses, outros as fases da lua, horas em outras cidades, o movimento dos corpos celestes e por aí vai. Se liga:
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1 - The Bradley: relógio para deficientes visuais 2 - Wingt Mille: Os dois homens detidos indicam a hora e o minuto 3 - Free Time 4 - Salvador Dali: inspirado na obra "Persistência da Memória" 5 - Poetic: relógio pintado a mão 6 - Geeky: relógio da equação 7 - Whatever, I’m Late Anyway: para os atrasados 8 - Relógio Destruído 9 - Viajante do Tempo: permite que você veja as horas em todo planeta 10 - Relógio Caveira 11 - The Accurate: relógio que nos lembra que devemos aproveitar os momentos enquanto podemos 12 - Boombox: Relógio para os apaixonados pelos 80's 13 - Dragon Gate Legend 14 - Relógio Excalibur 15 - This Bird Repeater: relógio super detalhado que vale mais de meio milhão de dólares 16 - Terra e Lua: relógio que acompanha os movimentos da lua com a terra 17 - Angular Momentum Handmade Timepieces 18 - SOH: a second of happiness 19 - Astronômico: Relógio que mostra de forma precisa os movimentos do Sistema Solar 20 - The Ora Unica: cada ponta indica horas e minutos
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FILE SP 2014
Festival Internacional de Linguagem Eletrônica file.org.br
NO RASTRO DIGITAL + Instalações + Performances interativas + Animações + Jogos para várias plataformas + Maquinemas + Videoartes + Obras entre net e sound art + Obras de artistas japoneses em parceria com o Japan Media Arts Festival.
26/08 a 05/11 Segunda a domingo Das 10h às 20h. Entrada Franca Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso Av. Paulista, 1.313 (Metrô Trianon-Masp)
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