Magé colhe os frutos - Programa Rio Rural

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O DIA NO

Estado

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■ Suplemento Especial

ENTREVISTA OPREFEITODESÃO GONÇALO,NEILTON MULIM(PR), FALA DE SUASREALIZAÇÕESÀ FRENTEDASEGUNDA CIDADEMAIS POPULOSADO ESTADO.P.5

■ TODOS OS SÁBADOS

O DIA NO ESTADO I SÁBADO, 12/10/2013

JORGE LUIZ/DIVULGAÇÃO

MAGÉ COLHE OS FRUTOS Agricultores que participam do Programa Rio Rural comemoram o aumento das safras de maracujá e aguardam confiantes as colheitas de limão, feijão e aipim. Cachoeira Grande foi a primeira localidade atendida pelo projeto, seguida por Vala Preta. P.3

ARRAIALDOCABO

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Festival Arraial vira a capital do mergulho e recebe turistas do mundo todo

VOLTAREDONDA

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Investimentos Escolas de ensinos Infantil e Fundamental recebem reformas

SEROPÉDICA

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Festa pras crianças Programação especial para comemorar o dia dos pequenos


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O DIA I SÁBADO, 12.10.2013

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FOTOS JORGE LUIZ/DIVULGAÇÃO

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rodutores da Cachoeira Grande, sexto distrito de Magé, já colhem os frutos do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas, o Rio Rural. O local foi o primeiro atendido e, desde o segundo semestre de 2011, moradores recebem suporte e assistência técnica do governo municipal e da EmaterRJ. Eles, inclusive, já comemoram a multiplicação da safra de maracujá. "O projeto é muito bom. Tenho meio hectare de maracujá plantado e estou aguardando o limão. Quando a equipe vem aqui, eles veem tudo o que precisa e colocam no projeto. Além das mudas, tem a correção de solo e fertilizantes", comentou o agricultor Paulo Meirelles, 42, nascido e criado em Piabetá, que colheu a primeira safra em maio e está esperançoso: "Plantei em dezembro e consegui tirar 100 caixas. Estou esperando que a próxima colheita seja de 400 a 500 caixas" completa, animado. O INÍCIO

O Rio Rural passou a operar em Magé no final de 2011, após o Prefeito Nestor Vidal assumir a gestão municipal. É um programa destinado a beneficiar a comunidade e preservar o ambiente nas áreas de microbacias hidrográficas que fazem ligação entre as quatro macrobacias presentes no município, os rios Inhomirim, Suruí, Iriri e Roncador. Através da parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura Sustentável e a Emater-RJ, os moradores que vivem na região de influência das microbacias são diretamente beneficiados com assessoria técnica para confeccionar projetos e receberem recursos enviados pelo Banco Mundial. As equipes técnicas mantêm o acompanhamento na execução de cada passo do processo, ensinando também o agricultor a atuar com cada tipo de cultura. O cumprimento dos projetos tornou Magé um exemplo. Segundo o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater-RJ, Edison Rodrigues, a disciplina na execução dos projetos fez com que as ações no município fossem reconhecidas tanto pelo governo estadual quanto pelo Banco Mundial "e, por isso, estamos

Através do projeto, 21 agricultores foram contemplados de imediato. Oito aguardam recursos e 46 atuam na fase de diagnóstico

MAGÉ VIRA REFERÊNCIA DO PROJETO RIO RURAL Moradores que vivem na região de influência das microbacias são orientados por equipes técnicas

O cumprimento dos projetos tornou Magé um exemplo, reconhecido pelo governo estadual e Banco Mundial ampliando a área de abrangência do Rio Rural na cidade." Edison explica ainda que o programa também visa beneficiar grupos de interesse que podem ser diferenciados de acordo com a aprovação da população local, assim como as lavouras de destaque na região de abrangência e importância econômica. O controle social faz parte de todo o processo do programa de desenvolvimento rural sustentável, através do Comitê Gestor de Microbacias (COGEM), que na visão de Aloísio Sturm, secretário de Agricultura Sustentável, é o ingrediente de sucesso da parceria com a Prefeitura de Magé. Nessa semana, o Rio Rural foi apresen-

Produtores da cidade comemoram a multiplicação da safra de maracujá

tado à localidade Vala Preta, no distrito de Vila Inhomirim, onde realizaram o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), momento em que a comunidade enumera as necessidades e aponta possíveis soluções nas áreas ambiental, social e produtiva. Entre as benfeitorias realizadas na Vala Preta estão a dragagem de canais e córregos, duas pontes construídas e uma reformada para facilitar o escoamento da produção. Na fase inicial do Rio Rural na cidade, 21 agricultores foram contemplados de imediato. Oito estão na espera pelo recebimento dos recursos e mais 46 atuam na fase de diagnóstico, de acordo com dados da Emater. João Carlos de Jesus, 56 anos, é filho de agricultor e mantém plantação no sexto distrito desde 1979. Iniciando os projetos em sua lavoura, pretende multiplicar o volume colhido. "Só em 2013, foram 600 caixas de feijão de corda e espero aumentar. Vou investir no quiabo e já tenho quatro mil mudas de aipim plantadas, mas vou me dedicar ao quiabo", contou.


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