Revista Anchieta em Casa - nº 15

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Revista para famílias do bairro Anchieta e região | nº15 | set./out. 2017

em casa

Mais espertos do que

gente grande Crianças alpha aprendem a lidar com a tecnologia antes de falar e são mais inteligentes do que as gerações anteriores

viagem & cia

educação

na sua mesa

Dicas preciosas para a sua viagem à Disney! p.4

A beleza da conexão entre crianças e natureza p.7

Docinhos originais para surpreender na festa! p.14


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anchieta em casa • SETEMBRO/OUTUBRO DE 2017


editorial

Elas ainda são nosso reflexo Que as crianças de hoje já nasceram conectadas e têm muito mais acesso a todo tipo de informação que nós, todos sabemos. A consequência disso é que nós, pais, acabamos absorvendo uma nova função: administrar e filtrar esse universo para que possamos proteger nossos filhos daquilo que consideramos nocivo à formação deles como um todo. Com isso, apesar de toda essa turbulência informacional, nossos filhos ainda são nosso reflexo. Cabe a nós a avaliação do conteúdo que chega em casa e do que é absorvido por eles. Nesse mês em que comemoramos o Dia das Crianças, a discussão sobre esse tema é abordada em nossa matéria de capa. Está planejando uma viagem à Disney com os pequenos? A viajante de carteirinha Kenia Fiúza te dá dicas preciosas para aproveitar ao máximo esse passeio. Além disso, vamos também refletir sobre a importância da relação entre a criança e a natureza com profissionais da educação infantil. Que inovar na apresentação dos docinhos nas suas festas? Nossas sugestões estão irresistíveis! Teremos também dicas culturais e mais conteúdo na nossa edição da Anchieta em Casa desse mês. E vocês já sabem: sintam-se como sempre, bem-vindo à nossa revista, vizinhos queridos. Um beijo carinhoso,

Carolina Lentz

em casa Anchieta em Casa é uma publicação da Gíria Design e Comunicação Av. Francisco Deslandes, 869/1.103 Anchieta. Tel: (31) 3222-1829 Projeto gráfico, design e redação: Equipe Gíria Jornalista responsável: Nathalia Ilovatte - MTE: 0069528/SP Tiragem: 7.500 exemplares Distribuição: VIP BH (gratuita, de porta em porta) Foto da Capa: Banco de Imagens Cartas à redação e sugestões: anchietaemcasa@giria.com.br Para anunciar, ligue: (31) 3222-1829 fb/anchietaemcasa

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viagem&cia

Por Kenia Alves Fiúza

Psicóloga e advogada, encantou-se pelo mundo das viagens e agora divide suas descobertas nas redes sociais: @viagemeintercambioemfamilia

O melhor da Disney!

Ah, Orlando e seus parques temáticos....lugar mágico onde toda a família se diverte e sempre deixa aquela vontade de voltar mais uma vez. Mas para que seu passeio seja perfeito, organização e preparação são essenciais. Veja algumas dicas:

fotos: arquivo pessoal

>> Alguns personagens da Disney encontram-se em pontos específicos e diferentes horários ao longo do dia. Para saber direitinho onde encontrá-los baixe o aplicatico “My Disney Experience”. Com ele, você saberá o local e o horário (rigorosamente respeitado) para poder tirar foto com seu personagem favorito. Prepare-se para aguardar alguns minutos na fila e dê um grande sorriso quando chegar sua vez.

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>> As famosas refeições com os personagens são muito concorridas. Existem diversas opções e nós escolhemos um jantar no Chef Mickey’s que fica bem perto do Magic Kingdom. E como funciona esse jantar? Você faz sua reserva pelo aplicativo My Disney Experience (atente-se para o fato de que as reservas estão disponíveis 180 dias antes da data desejada) e enquanto você come os personagens vão passando de mesa em mesa cumprimentando a todos, tirando fotos e fazendo brincadeiras. É cobrado um valor por pessoa e você poderá se servir à vontade. Cada restaurante tem a visita de um personagem diferente. No Chef Mickey’s você encontrará o Mickey, Minie, Pateta e Pluto, todos com roupa de chef. Há também opção de café da manhã e almoço mas, nada mais divertido que terminar um dia mágico com um jantar especial!


>> Gosta de montanha russa e curte música? Então a Hollywood Rip Ride Rockit, no Universal Studios, é perfeita pra você! Ao travar o sistema de segurança, uma tela à sua frente mostrará algumas opções de gênero musical. Escolha a sua preferida e ela tocará somente para você ouvir enquanto o carrinho atinge uma velocidade de 105 km/h entre subidas a 90 graus, loopings e essa descida radical aí da foto.

>> Para dar uma pausa na maratona de parques em Orlando que tal... outro parque? Bem diferente dos demais, o Discovery Cove é um lugar para curtir e recarregar as energias. Após três ou quatro dias de montanhas russas, outlets e filas imensas, poder relaxar em um rio lento de águas morninhas no meio de muito verde, escutando pássaros cantando, descansar na rede e, o melhor de tudo, nadar com golfinhos, te dará outro ânimo para mais alguns dias muita agitação. É uma delícia de experiência! >> Outro passeio imperdível em Orlando é o Disney Springs (antigo Downtown Disney): um enorme complexo de compras e entretenimento onde você pode passar o dia todo e ainda ficará faltando o que conhecer. É legal ir pra lá no meio da tarde e passear calmamente observando as lojas – cada uma mais fantástica que a outra – experimentando os doces maravilhosos que tem por lá ou simplesmente conhecendo o lugar. Programe-se para assistir um espetáculo do Cirque du Soleil e depois vá jantar no T-REX (foto), um restaurante que prima mais pela decoração que pela comida, mas que os apaixonados por dinossauros vão à loucura! É espetacular! Use o aplicativo para fazer sua reserva porque as vagas aqui são disputadíssimas.

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cultura

show

O maior ícone da música mundial vem falar “uai” na nossa terrinha pela segunda vez. A turnê abrange toda a carreira do Paul McCartney – do seu trabalho mais antigo com The Quarrymen até sua mais recente colaboração com Kanye West e Rihanna – assim como os tesouros mundiais dos Beatles, Wings e também sua carreira solo. Até o fechamento desta edição ainda havia algumas opções de ingressos a venda. Imperdível! Onde: Estádio Mineirão. Quando: 17 de outubro, terça-feira, às 21h. Quanto: A partir de R$ 157,00 (meia-entrada, cadeira amarela). Mais informações: www.ticketsforfun.com.br

Produções traz aos palcos teatro Ade Copas BH o musical “A Bela e a Fera”. Esta história de amor está cheia de personagens inesquecíveis, cenas fantásticas e figurinos deslumbrantes, além de belas canções. Escrito em 1740 por Gabrielle-Suzanne Barbot, a peça é sobre uma jovem aprisionada dentro de um castelo de um príncipe, que foi transformado em uma fera. Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec - Av. Amazonas, 315 - Centro Quando: 15 de outubro, domingo, às 17h. Quanto: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia). Mais informações: (31) 3201-5211.

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show

Os fãs de Anavitória em BH podem comemorar: a dupla visitará a capital mineira este mês. Ana Caetano e Vitória Falcão, se conheceu pelas redes sociais e iniciaram sua trajetória com o lançamento do primeiro EP em 2015. O álbum de estreia, que alavancou a fama para o Brasil todo, foi lançado em 2016, após uma campanha de crowdfunding, que arrecadou mais de 60 mil reais, e teve a produção de Tiago Iorc. Onde: Km de Vantagens Hall - N. S. do Carmo, 230. Quando: 21 de outubro, às 22h. Quanto: A partir de R$ 30,00.

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educação

Por Eulália Moraes e Nathalie Albarez (d) Eulália é coordenadora da escola Vila da Criança e especialista em educação infantil. Nathalie é professora do 2° período da escola Vila da Criança e especialista em educação infantil.

Conexões entre criança e natureza A Natureza é a vida que se expressa em todos os seres, coisas e fenômenos. As crianças são seres da natureza. Elas declaram sua paixão pelos espaços ao ar livre, porque são modos de expressão dessa mesma natureza. Encantar-se com a beleza do dia, brincar na chuva, ouvir o canto de um pássaro, observar as nuvens brincando no céu... quais ensinamentos, quais aprendizagens, quais estados de espírito essas experiências propiciam? A relação dos pequenos com a natureza se dá por meio da ação. Em contato com ela, eles investigam, experimentam, brincam, observam, questionam e refletem. Essa ação infantil envolve todos os sentidos. É um agir sensorial: cheirar, tocar, observar, sentir o gosto, ouvir os sons. Os espaços naturais são ambientes que despertam a imaginação infantil. Pedras, folhas e gravetos encontrados pelo chão podem ser usados numa brincadeira de construção. Flores, terra e água são ingredientes importantes na preparação de “comidinhas” quando se quer brincar de casinha. Um galho maior toma forma de espada e uma

Diante dos apelos da tecnologia, é importante reservarmos espaço na rotina diária para as crianças brincarem ao ar livre. Sem compromisso com horário, elas precisam ter tempo para inventar poções mágicas com terra e folhas, fazer comidinha com flores amassadas e água, lutar contra dragões usando sua espada de graveto. É preciso aprender com as mãos e o corpo inteiro em contato com a água, o sol, a chuva, as folhas, bichos e terra. Quando brincam na natureza elas se expandem, ficam maiores, porque a natureza oferece um refúgio, acolhe, equilibra e restaura. É a relação em que as potências vão se conectando. Não há como não concordar com Ana Carolina Thomé e Rita Mendonça do blog Ser criança é Natural: “Ter as memórias da infância vivas é fundamental para nos mantermos mais despertos. E, para que as crianças de hoje tenham oportunidades de criarem suas próprias memórias, precisam de uma infância em que o brincar livre e com a natureza inspire seus corpos e almas”.

Diante dos apelos da tecnologia, é importante reservarmos espaço na rotina diária para as crianças brincarem ao ar livre. folha de bananeira pode se transformar em escudo. A meninada é capaz de atribuir outros significados a elementos naturais e organizar diferentes brincadeiras de faz de conta. Em contato com a natureza, a criança exercita a imaginação. Observar as cores das flores e sentir o cheiro da terra molhada aguça os sentidos e desperta a criatividade. A natureza está intimamente ligada aos sentidos da vida e proporciona um vasto campo de conhecimentos: se a criança busca construir os primeiros significados da vida e do mundo, explorar e compreender as relações ao seu redor, a natureza representa concreta, imaginária e poeticamente qualidades de origem e transformação, criação e morte. Estar em espaços ao ar livre permite à meninada testar movimentos de seu corpo e, com isso, assumir riscos. Eles se aventuram ao andar por caminhos sinuosos, deliciam-se ao pisar numa poça d’água, entregam-se ao correr e sentir o vento bater em seus rostos, se arriscam ao subir em uma árvore. O interesse pelo desafio parece ser maior do que o receio. Eles estão experimentando sensações, atentando-se para os obstáculos e procurando vencê-los. A natureza permite à criança testar suas habilidades corporais e conhecer os seus limites. Elas gerenciam os entendem como são capazes.

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nossa capa

Por Nathalia Ilovatte

Jornalista formada na Universidade Santa Cecília, em Santos, mas escolheu Belo Horizonte para morar. Já cobriu Moda, Beleza, Comportamento e Mulher nos portais iG e R7.

As crianças do futuro Formada pelos nascidos a partir de 2010, a geração alpha é mais crítica, mais questionadora e tem o raciocínio mais rápido do que as gerações anteriores Elas já escolhem vídeos no YouTube antes de aprender a falar, encontram sozinhas as respostas para as perguntas mirabolantes que criam, e desconhecem a vida sem conexão WiFi e touch screen. Nascidas entre 2010 e 2024 - sim, a maioria delas sequer chegou ao mundo - as crianças da geração alpha são, sabidamente, mais inteligentes do que suas predecessoras Y e Z. E quem afirma isso não é a mãe coruja de algum desses pequenos, mas o sociólogo australiano Mark McCrindle, que se propôs a delimitar e estudar essa faixa etária. A justificativa, de acordo com a psicóloga sistêmica e mestre em psicologia Carolina Dantas Brito, está nos estímulos que a garotada recebe desde que nasce. “O nosso cérebro tem uma característica que nos torna seres adaptáveis: a plasticidade neural. Por causa disso, muitos neurocientistas já acreditam em uma ‘evolução da espécie’, o que explica por exemplo o fato de crianças antes mesmo de um ano já saberem manusear telefones e tablets com destreza. Com a quantidade de novos estímulos, cada vez mais rápidos, coloridos e sonoros, a criança se vê imersa em um mundo que oferece uma quantidade imensa de escolhas (seja de brinquedos, jogos, desenhos animados) e isso consequentemente vai exigir uma maior velocidade no processamento de informações. Daí

Esta nova geração exige uma nova paternidade e maternidade. Isso é desafiador, tudo é muito novo, mas é possível. venha talvez a perceção de que são mais espertas e curiosas. O cérebro está se adaptando a esta nova forma de ser no mundo”, explica a especialista. E essas são apenas algumas das características da geração alpha. Os reflexos desse novo modo de se relacionar com a tecnologia desde cedo só serão percebidos completamente lá na frente, quando esses pequenos virarem gente grande. Diariamente, essa turma pequenina surpreende e diverte os pais. Julia, de 3 anos, aprendeu, observando a mãe, o movimento que desbloqueia o celular, e abre sozinha o YouTube para ver os vídeos que gosta. Recentemente, pegou o celular do avô, fez o mesmo movimento, e não conseguiu desbloquear. Devolveu o aparelho para o dono e avisou: “não está funcionando!”.

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A mãe de Julia, a advogada Ana Luisa Fidelis, conta que a garotinha surpreende pelo repertório. “É impressionante como as crianças hoje têm conhecimento de mundo. Na minha época a gente sentava na frente da televisão e ficava vendo o gato correndo atrás do rato. Hoje eu converso com ela, e ela sabe me dizer o que é uma retroescavadeira, por exemplo”, conta. “Isso dá às crianças um poder de argumentação maior. Ela me pergunta: depois que eu fizer as minhas obrigações posso brincar mais um pouco? Ela tenta negociar comigo as nossas regras”, afirma a mãe, que percebe que com a geração de Julia os nãos têm que ser explicados, não basta impô-los à criança como faziam os pais que criaram filhos nos anos 80 e 90. Para a psicóloga Carolina Dantas, hoje a paternidade e a maternidade são exercidas em um outro contexto e precisam, portanto, acompanhar as necessidades das crianças da geração alpha. “As crianças precisam saber que podem contar com os pais. Uma presença de qualidade, com interação pessoal, não apenas virtual, é extremamente importante. Os pais precisam aprender a ‘ler’ seus filhos, traduzir seus sentimentos, oferecer o que de fato as crianças precisam, nada de menos ou em excesso. Saber colocar os limites, de forma não-violenta. E para isso, acredito que um passo importante seja procurar informação de qualidade. Existe muito material bom espalhado por aí”, ressalta a profissional. “Ninguém nasce sabendo ser pai e mãe, e repetir o modelo dos nossos pais nem sempre vai ser o melhor caminho, e eu duvido muito que dê certo, pois o contexto é outro, bem diferente. Então, os pais precisam buscar informação, ajuda profissional, abrir canais de discussão

A pequena Julia descobriu sozinha como desbloquear o celular da mãe


com pessoas que possam de fato auxiliá-los em suas dúvidas e inseguranças. Esta nova geração exige uma nova paternidade e maternidade. Isso é desafiador, tudo é muito novo, mas é possível”. Com essas questões em mente, a jornalista Luciane Lisboa exercita a criatividade para dialogar com a filha Cecília Maria, de 4 anos. “Ela começou agora a entender que as pessoas e os bichos morrem. Então, me pergunta se eu vou morrer, se ela vai morrer antes de mim. Aí me obrigo a pesquisar, estudar, entender a melhor maneira de abordar o assunto, porque se os pais não respondem eles vão ter acesso à informação. Ela está aí na cara da gente. E é melhor ela ser informada pelo pai, pela mãe, pela escola, do que pelo Google”, diz. Luciane conta que, recentemente, Cecília voltou a brincar com uma amiguinha do colégio de quem não gostava antes.

Luciane usa a criatividade para responder as perguntas capciosas da filha Cecília

Questionada sobre o motivo das relações estremecidas, a pequena não titubeou: “Ela tinha inveja de mim”. “Eu choquei!”, diz a mãe, “Perguntei se ela sabia o que é inveja e ela disse ‘não, me explica’. Achei muito pesado para uma criança e mudei para ciúmes. Falei ‘olha, acho que você quer falar ciúmes’, e expliquei o que é isso, dando o exemplo de quando o irmão pega as coisas dela”. Essas cabecinhas cheias de informações, curiosidade e ideias criam a necessidade de modernização da educação não só dentro de casa, mas nas escolas também. Já é uma tendência as instituições de ensino adotarem uma postura mais flexível, respeitando e até estimulando a individualidade de cada aluno. “As crianças alpha já nasceram com o Estado de Direito consolidado - falo do Brasil, particularmente. Isso significa que já nasceram com direitos em lei, em um Estado que garante proteção, diante de um novo modelo de educação e inclusive, de um novo modelo familiar. Com isso, as relações se tornaram mais horizontais, as crianças têm mais voz e vez, os adultos estão aprendendo novas formas de educar, uma educação mais positiva, menos violenta”, explica Carolina. “Esse novo modelo exige que sejamos menos autoritários com nossos filhos. Isto é muito positivo, pois possibilita o desenvolvimento de crianças autônomas, empáticas, questionadoras, com capacidade de fazer boas escolhas, mais assertivas, menos ansiosas e menos inseguras”. No entanto, é preciso cuidado para não confundir flexibilidade com ausência de regras. “O problema é quando os pais confundem criação com apego e positiva, com passivi-

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nossa capa dade e permissividade. Se isso acontece, vamos ter cada vez mais crianças que não conseguem seguir regras e horáios, que criam suas próprias regras, agressivas, egoistas, inseguras, ansiosas e dependentes”, alerta a psicóloga. Tecnologia pode ser mocinha ou vilã Embora proporcione uma lista de benefícios, a exposição das crianças à tecnologia e, especialmente, a celulares e tablets, tem um lado negativo também. De acordo com Carolina, o contato com o virtual não pode interferir na relação da criança com o mundo real. “A criança precisa ter outros contatos e atividades fora do mundo virtual e tecnológico. É importante estar em relação com o mundo real, com a natureza, com as pessoas. Além disto, temos também problemas de saúde consequentes do excesso de tempo diante das telas: problemas de vista, insônia, má alimentação, prejuízo no tônus muscular, etc. Quem precisa colocar este limite são os pais ou cuidadores. As crianças ainda não têm condições de saber o que é prejudicial ou não, não é delas esta obrigação”, explica. Mas a especialista faz uma observação. “Limitar não é proibir. É importante que tenham contato com as tecnologias, não temos mais como fugir disso. O prejudicial é o excesso”. Por esse motivo, a analista de projetos Mirian Batista Paiva optou por colocar regras na relação de Iago, de 5 anos, com as telas. “O tablet a gente usa uma vez por mês. Em celular a gente não tem jogos, a televisão a gente não liga durante a semana, ele sabe disso e nem pede”, conta.

Na casa de Mirian e do pequeno Iago há regras e limites para usar eletrônicos

O tempo livre do pequeno é ocupado com outras atividades. “Ele aprendeu a gostar de livros, quando acorda já vai escolher um para lermos. Ele gosta de lego, quebra-cabeça, casinha, super-heróis. Às vezes vira a mesa de frente pra gente e fala que vai fazer um teatro, pega objetos recicláveis e faz um robô, vai a praças, brinca ao ar livre”, relata a mãe. De acordo com Carolina, as restrições fazem a criança receber menos estímulos, e isso pode ser positivo. “Cabe aos adultos definirem quais estímulos são apropriados para cada idade, o que é indispensável, o que pode ser limitado”.

Perguntamos às mães do Grupo de Mães do Facebook (fb.com/groups/gmpequenininhos/) quais as tiradas mais engraçadas dos pequenos.

Isabel, 5 anos, ao acordar pediu para o pai: “Pai, liga o desenho”. O pai respondeu: “Espere um pouco”. E ela: “Pai, se você não ligar o desenho para mim agora, quando eu for adulta e for cuidar de você eu não vou te dar presunto”.

Marco Antônio, 3 anos: “Mamãe, não é que na verdade quando eu tinha 1 ano eu era um bebê?” Fabricia Fortini Pereira

Renata Vieira Pimentel

Isabela, 4 anos: “Mamãe, por que a gente come coisas de todas as cores mas o cocô é sempre marrom?” Conceição Resende

Cecilia, 3 anos, assistiu o desenho do Shrek e soltou: “Papai, você é o Shrek e eu sou a princesa Fiona!”. Aí perguntei, inocente que sou: “E a mamãe? Quem é?” - “Mamãe, você é o Dragão!” Luciane Lisboa

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Rafael, com 5 anos, e Juliana, com 1 ano. Juju chorava, não me lembro hoje o motivo, mas já estava incomodando. Rafael estava assistindo Discovery Kids e me solta: “Nossa, mamãe, a Juju tá muito chata! Engole ela de novo!” Daniela Pierazolle

Felipe, 3 anos: “O papai bebe café, o Felipe bebe leite e a mamãe bebe cerveja!”

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Márcia Machado

Foto: Divulgação

As pérolas da criançada!


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Lindas na primavera

boas compras

Este vestido da Môme é puro charme! A estampa é super atual e a cara da primavera. Lindo! Custa R$ 279,00.

Terrários estilosos Os terrários da Muda de Vida, além de super fáceis de cuidar, vão deixar qualquer ambiente mais charmoso e sofisticado. Custam R$ 80,00, cada.

Praticidade perfumada Uma mulher prevenida vale por duas? Com o Kit Amenidades da Avatim na sua necessaire, você valerá por três! Contém: àgua refrescante, emulsão cremosa e gel de banho. Custa R$ 44,10.

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Requinte perfumado Marcado por uma fragrância intensamente floral, o difusor de essências Avadore (100 ml) da Avatim é um produto clássico, delicado e sofisticado para ambientes aconchegantes e requintados. Custa R$ 84,00.

Abelhinhas para os pequenos Os amados e famosos kits com lancheira e mochila da Skip Hop estão disponíveis na Carlota Babies & Kids. Esse kit da abelhinha custa R$ 280,00. E o melhor: a entrega é grátis aqui no Anchieta!

Ao mestre, com carinho

Beleza e modernidade Os vasinhos de cimento com suculentas são enfeites verdes perfeito para quem não quer ter muito trabalho com plantas. Lindos! Custam de R$ 40,00 a R$ 80,00, dependendo do tamanho.

O calendário em azulejo personalizado da Gíria é o mimo perfeito para presentear no Dia dos Professores. Custa R$ 29,00.

AVATIM: F. Deslandes, 900. Tel: 2552-0182. Carlota Babies&Kids: (31) 3047-7334 / (31) 99998-7285. gíria presentes: www.giriapresentes.com.br. Muda de Vida: F. Deslandes, 851. Tel: 2512-5003. Môme: Av. Bandeirantes, 1.342, Mangabeiras - (31) 3287-4704.

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na sua mesa

Docinhos criativos para elas!

Quer inovar nas suas festas e ainda fazer sucesso com a criançada? Separamos aqui algumas ideias super legais e fáceis de fazer para que, além de gostosos, seus docinhos sejam a estrela criativa da festa! >> Aqui, biscoitos de maizena e cookies são recheados com Nutella® ou brigadeiro e amarrados com fitinhas. Um charme delicioso!

Para conseguir esse efeito lindo e gostoso, parta bananas de forma a obter um cilindro. Retire um pouco da polta de dentro dele e recheie com doce de leite. Molhe a parte de baixo em chocolate derretido e polvilhe castanhas trituradas. Delicioso, lindo e muito original >>

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>> Os docinhos clássicos espetados em um palitinho colorido ficam até mais gostosos em copinho com brigadeiro mole no fundo.

>> Para conseguir esse resultado lindo de xicarazinhas, serre a parte superior de casquinhas de sorvete. Para as alças, retire um pequeno pedaço lateral de biscoitos pequenos com furo no meio e “cole” cuidadosamente na casquinha, com chocolate derretido. Deixe na geladeira para endurecer. Pegue biscoitos redondos, coloque um pouco de brigadeiro por cima e “cole” as casquinhas. Recheie com doce de leite ou outro creme pastoso de sua preferência. O resultado fica incrível!


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