Revista para famílias do bairro Anchieta e região | nº17 | fev.mar./18
em casa
À espera de uma família Para incentivar a adoção de cães e gatos, gente que abriu as portas e o coração para alguns dos 35 mil animais abandonados da cidade divide suas histórias de amor e gratidão
Animais resgatados aguardam adoção no abrigo da Associação Cão Viver
viagem & cia
direito nosso
na sua mesa
Conheça Paris com novos e lindos olhares p.4
Sobre podas de árvores em Belo Horizonte p.10
Receitas de bolo que nunca são demais p.12
Berçário, Educação Infantil e Ensino Fundamental I • R. Bambuí, 1040 - Anchieta
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BH/MG • telefax: (31) 3221.8036 • www.ciadoverde.com.br
anchieta em casa • fevereiro/março DE 2018
editorial
Amor de bicho
Só quem tem um bicho de estimação sabe mensurar o que isso traz de bom para a casa, para a família e, principalmente, para o coração. Ter em torno de nós uma presença que só devolve amor e atenção às variações do nosso humor é incrível. E também só quem tem esse tipo de amor em casa sente dor e compaixão ao ver um animalzinho abandonado nas ruas. É sobre adoção de animais de que trata a matéria de capa dessa edição. Vamos te dar dicas e orientações sobre como adotar um bichinho e te contar histórias lindas e inspiradoras sobre pessoas que adotaram e também sobre seres humanos incríveis que dedicam seus dias a ajudar amores de quatro patas. Você sonha em conhecer a cidade luz? Ou está pensando em retornar a Paris? Que tal ter dicas de lugares sensacionais, porém fora do circuito turístico padrão pelos olhos de quem conhece bem a capital mais charmosa do mundo? Vamos também saber mais sobre a questão das podas de árvores em nossa cidade através do texto do experiente advogado Marcos Tito. Dicas culturais super bacanas e receitas deliciosas também recheiam a primeira edição do ano do nosso veículo. E você? Tem algo a dizer pra gente? Escreva pra nós que somos, sempre, todo ouvidos. Boa leitura! Um beijo carinhoso,
Carolina Lentz
Anchieta em casa Anchieta em Casa é uma publicação da Gíria Design e Comunicação Av. Francisco Deslandes, 869/1.103 Anchieta. Tel: (31) 3222-1829 Projeto gráfico, design e redação: Equipe Gíria Jornalista responsável: Nathalia Ilovatte - MTE: 0069528/SP Tiragem: 7.500 exemplares Distribuição: BH Home (gratuita, de porta em porta) Foto da Capa: Nathalia Lanne para Cão Viver Cartas à redação e sugestões: anchietaemcasa@giria.com.br Para anunciar, ligue: (31) 3222-1829 fb/anchietaemcasa
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viagem&cia
Por Kenia Alves Fiúza
Psicóloga e advogada, encantou-se pelo mundo das viagens e agora divide suas descobertas nas redes sociais: @viagemeintercambioemfamilia
Paris além do óbvio Está se preparando para conhecer (ou retornar a) Paris e gostaria de conhecer algo mais além dos tradicionais pontos turísticos? Anote aí algumas dicas de locais imperdíveis que nem sempre constam nos roteiros tradicionais:
fotos: arquivo pessoal
>> PANTHÉON: Construído inicialmente para ser uma igreja em homenagem a Sainte Geneviéve, padroeira da cidade, e inspirado no Pantheon romano, atualmente é conhecido por homenagear personalidades francesas das quais o país se orgulha. O subsolo do prédio abriga as criptas de personalidades históricas como Voltaire, Marie Curie, Rousseau, Alexandre Dumas e Victor Hugo. Lá também está o famoso Pêndulo de Foucault, uma esfera metálica de 28 kg banhada a ouro e presa ao centro da cúpula do prédio por um fio de 67 m de comprimento, com o qual o físico Jean Bernard Léon Foucault provou, em 1851, sua teoria da rotação terrestre. Não deixe de apreciar também as telas que ornam o interior do prédio e retratam a vida de Joana D´Arc. >> ÓPERA GARNIER: Imponente e suntuoso, o Palácio Garnier atrai a atenção de quem passa por ele. Essa era a intenção de Napoleão III quando mandou construir o prédio que foi inaugurado em 1875. O luxo e a opulência ficam ainda mais evidentes no interior do local que inspirou a famosa obra “O Fantasma da Ópera”. Sua construção demandou o trabalho de 73 escultores e 14 pintores e artesãos que a embelezaram com escadarias de mármores, mosaicos e pinturas magníficas. Ao visitar a sala de espetáculos, além de apreciar os 1.900 assentos de veludo vermelho e o teto maravilhoso, procure pelo camarote n. 5: era o camarote de uso exclusivo do “Fantasma da Ópera”.
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>> MUSEU RODIN: Em um casarão de 1732, recentemente restaurado, está um dos museus mais charmosos de Paris, o Museu Rodin. Em 1911, o famoso escultor francês Auguste Rodin, montou ali seu ateliê e, alguns anos depois, propôs ao governo francês, dono da propriedade, que ali montasse um museu com suas obras, as quais foram doadas pelo artista. Comece a visita pelos jardins do museu onde estão algumas réplicas de suas obras, tais como “O Pensador” e “A Porta do Inferno” que foi inspirada na Divina Comédia de Dante e que levou 27 anos para ser finalizada. É uma visita imperdível!
>> PLACE DES VOGES E MAISON VICTOR HUGO: Numa das praças mais charmosas de Paris está a Maison Victor Hugo: a casa-museu de um dos maiores escritores franceses. Victor Hugo, autor do famoso “O Corcunda de Notre Dame”, morou nessa casa por 16 anos onde escreveu parte de seu romance Les Miserables (Os Miseráveis). Lá você poderá manuscritos, cartas, rascunhos do escritor, além da escrivaninha e a pena que ele usava para escrever suas obras. A entrada é gratuita e, mesmo que você não seja fã do escritor, visite o local: você não se arrependerá!
>> Galeries Lafayette: Conhecida como o templo das compras em Paris, a Galeries Lafayette certamente estará no roteiro de quem vai à cidade em busca de novidades no mundo da moda, perfumes e cosméticos. Mas, mesmo que compras não esteja nos seus
planos, visite o local. A parte interna do prédio, com destaque para a cúpula toda de vitrais em estilo neo-bizantino, é uma verdadeira obra de arte. Além disso, você poderá ir até o terraço do prédio e ter uma vista privilegiada de Paris, sem nenhum custo!
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nossa capa
Por Nathalia Ilovatte
Jornalista formada na Universidade Santa Cecília, em Santos, mas escolheu Belo Horizonte para morar. Já cobriu Moda, Beleza, Comportamento e Mulher nos portais iG e R7.
Do abandono ao felizes para sempre Graças ao amor de adotantes e voluntários, cães e gatos se recuperam das sequelas dos maus tratos e ganham um final feliz Se há alguns anos alguém dissesse à professora Wanessa Teixeira que ela teria três gatinhas das quais cuidaria como filhas, ela certamente daria risada. “Eu sempre tive pavor de gatos”, recorda ela, que temia visitar até a própria mãe para evitar contato com o gato de estimação da família. A sorte de Wanessa mudou quando ela e o marido iam ao supermercado e passaram por um lote vago. “Ele perguntou se eu havia visto o gatinho e eu disse que não, sem dar muita importância”, conta a professora, que só voltou ao terreno por insistência do esposo. “E lá estava a Bia, pequenininha, toda suja, machucada e cheia de carrapato”. Pegá-la foi fácil. Ao contrário do que a maioria dos gatos costuma fazer diante de investidas de desconhecidos, Bia ficou quietinha e permitiu que Wanessa a tocasse. O casal colocou a pequena no carro, alimentou, levou ao veterinário e decidiu ficar com ela até encontrar alguém interessado em adotá-la. Mas, já na primeira noite, Wanessa percebeu que o lugar de Bia era ao lado dela. “Foi um amor tão grande que eu descobri a vida quando encontrei essa gata. Nunca mais nem pensei em doar”, derrete-se.
No Centro de Controle de Zoonoses da cidade, apenas 675 animais, dos 3.088 resgatados no ano, foram adotados. Mas, apesar dos números ainda insuficientes, a procura por animais que já sofreram abandono e maus tratos tem crescido. De acordo com Denise Menin, uma das fundadoras da Associação Cão Viver, o olhar das pessoas para o animal de rua tem mudado. “Há uma compreensão maior de que eles não têm culpa e não têm que estar na rua”, explica a protetora, que fundou a instituição com mais dois amigos há 15 anos.
No Centro de Controle de Zoonoses da cidade, apenas 675 animais, dos 3.088 resgatados no ano, foram adotados. Wanessa não gostava de gatos, até ser adotada por um
Hoje, Wanessa tem uma casa totalmente adaptada a felinos e até encurta viagens de férias para diminuir a saudade dos animais de estimação. No plural, mesmo. Porque, depois de Bia, vieram Bibi e Babi, uma pretinha e uma vira-latas com carinha de siamesa que foram adotadas para completar a família. Os números do abandono O trio de gatas de Wanessa tem sorte. De acordo com dados de 2015 divulgados pela Prefeitura de Belo Horizonte, estima-se que 35 mil animais vivam nas ruas da cidade, situação agravada recentemente pela crise econômica do país, que desencadeou um aumento de 30% nos índices de abandono de cães e gatos.
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Nova chance a vítimas de abandono e maus tratos Mantida com parcerias de empresas como a Pedrigree e os lucros da clínica veterinária que atende a preços populares, a Cão Viver consegue arranjar uma família para, em média, 18 animais por mês. Para abrigar e tratar de todos os bichos resgatados, a instituição conta com o trabalho da presidente Mariza Capelli, de dois veterinários, um gerente, equipe de limpeza e 30 voluntários que atuam diretamente no abrigo ou de casa, cuidando do site e das redes sociais da Cão Viver. “Desde a primeira reunião de fundação, já era a nossa intenção retirar os bichos da rua, recuperar, castrar, vacinar,
Claudia resgatou Cartola desnutrido, e hoje ele tem uma família
vermifugar e achar um dono. O abrigo funcionaria como uma casa de passagem. Só que tem cães que não vão ser adotados, então a gente vira um local definitivo para eles”, diz a protetora. Tamanho, cor dos pelos e idade podem ser empecilhos para que um animal seja escolhido por adotantes. Os pretinhos, os sem-raça-definida de porte médio e os mais velhos costumam ser preteridos na hora da adoção. Habituada a resgatar animais abandonados desde criança, a supervisora acadêmica Claudia Almeida tem uma cachorrinha que, por estar fora dos padrões dos animais facilmente adotáveis, aguarda há dois anos por uma família que a
queira. Mas as histórias de adoção que já testemunhou não a deixam perder as esperanças. Uma delas é a de Tito, o pequeno cãozinho sem raça encontrado por Pedro, marido de Claudia, perto da avenida Tereza Cristina, na saída da PUC. “Ele estava muito magro e extremamente assustado”, recorda. O casal levou o cachorro ao veterinário, fez todos os exames indicados e descobriu que Tito tinha leishmaniose, uma doença incurável, mas que pode ser controlada. Wanessa o levou para casa para submetê-lo a um tratamento com injeções ao longo de 30 dias, e começou a anunciar o novo hóspede para adoção. “Mas pensei numa estratégia assim: não vou colocar que é uma adoção especial porque tem leishmaniose. Só escrevi que era carinhoso, educado e pequeno”, conta. Logo um casal se interessou e foi visitar Tito, e a paixão foi à primeira vista. Depois que os dois já haviam morrido de amores pelo cãozinho, a protetora contou que ele era portador da doença. “Eles me pediram um tempo para pensar e foram embora. Eu dei até o contato da veterinária para que tirassem dúvidas”, afirma Wanessa, que se emocionou ao receber, já no dia seguinte, a ligação dos adotantes batendo o martelo: “queremos o Tito do jeito que está”. Hoje, o cãozinho encontrado magro e assustado é parte da família, vive uma vida feliz e ganhou até um irmãozinho: o casal que o adotou teve um bebê, e os dois convivem juntos entre beijos e lambidas. Além de Tito, Wanessa lembra da cachorrinha encontrada caída em uma vala, sem os movimentos. Achou que o me-
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nossa capa lhor para ela pudesse ser a eutanásia, mas a paralisia era decorrência da desnutrição. Hoje, a pequena anda, corre, brinca e já ganhou uma família. Outro caso marcante foi o de Cartola, encontrado desnutrido, na calçada, pelo marido da protetora, no meio do Carnaval. Invisível a quem passava pela rua, o cão foi resgatado e hoje é o feliz membro de uma família. Para a protetora, é só uma questão de dar uma chance a animais comumente ignorados. “São aqueles bichos pelos quais as pessoas passam como se não existissem”. Como adotar Para quem quer um companheiro, não faltam opções de cães e gatos de diferentes tamanhos, personalidades e belezas à espera de um lar. Grupos no Facebook, feiras de adoção esporádicas, o Centro de Controle de Zoonoses e o abrigo da Cão Viver, na região da Pampulha, são algumas das possibilidades para quem deseja encontrar um amor. Mas criar um bichinho é coisa séria. Cães de porte pequeno costumam viver 15 anos, e gatos podem chegar aos 18, portanto, antes de trazer um novo membro para a família, é preciso pensar a longo prazo. Os cuidados necessários a cada animal também devem ser ponderados. De acordo com a veterinária Lorena Santos Barbosa, da Clínica Veterinária Cães e Gatos, cães precisam de banhos frequentes, e tanto eles quanto os gatos precisam de escovação nos pelos, higiene bucal, alimentação balanceada, vacinação regular, vermifugação, aplicação de anti-pulgas e carrapaticida, check-up semestral, uso de coleira repelente do mosquito transmissor da leishmaniose e uso de telas ou outro método que impeça que os animais tenham acesso à rua. Tudo isso gera despesas e demanda tempo e atenção. Por isso, a veterinária recomenda que, antes de adotar, leve-se em consideração a disponibilidade para assumir essas responsabilidades e gastos. Para evitar que os animais passem pelo sofrimento de uma devolução, os protetores costumam seguir alguns crité-
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rios na escolha de adotantes. “Recentemente rejeitei um casal que queria adotar uma gatinha que foi jogada de um carro. Quando eu disse que iria à casa deles para conhecer, ficaram com raiva”, conta Claudia, que faz questão de se certificar de que os animais doados irão para ambientes seguros e amorosos. “A doação com responsabilidade às vezes demora, mas sempre vale a pena”, pondera.
Adote um animal adulto Filhotes são fofinhos e apaixonantes, e por isso são facilmente adotados, enquanto os animais mais velhos às vezes custam a conseguir uma família. Mas as vantagens de acolher um animal adulto são muitas. De acordo com Lorena, o comportamento e o porte já estão definidos, o que evita surpresas. Além disso, educá-los dá menos trabalho. “Filhotes costumam ser mais agitados, barulhentos, e ainda estão aprendendo a urinar e defecar no local desejado”, explica. “Mas, o mais importante é que a relação entre o adotado e o adotante costuma ser de um amor mais intenso, pois os animais adultos são nitidamente agradecidos”.
Vá lá! Cão Viver: www.caoviver.com.br Centro de Controle de Zoonoses: R. Edna Quintel, 173, São Bernardo. Tel (31) 3277-7411/7413. Rockbicho: www.rockbicho.org Clínica Veterinária Cães e Gatos: Rua Outono, 276, Sion. Tel (31) 3223 4938. Aberta 24 horas.
educação
Por Lilian de Oliveira Costa
Diretora Pedagógica da Escola Visconde de Sabugosa Pedagoga especializada em Alfabetização Infantil e pós-graduada em Neurociências
Respeito: A base das relações na escola e na vida “Inclua sua criança nos acontecimentos. Dê voz a ela e ouça-a com respeito.” Se pensarmos bem, há alguns anos atrás essa frase não se aplicaria a alunos e professores, afinal, criança não tinha querer e um bom professor precisava manter a disciplina, dominar o conteúdo e passá-lo para seus alunos com eficiência, jamais pedindo opiniões ou aceitando sugestões de alunos. Os tempos são outros e as crianças também. Que bom que os professores mudaram para melhor conduzir essa nova geração de crianças, ativas e atuantes, que têm querer e anseiam ser ouvidas. Os professores ouvem mais e atuam como mediadores do processo de construção. Em uma escola “construtivista - sociointeracionista” essas posturas são essenciais, porque a criança tem que interagir socialmente para construir. Construir relações sociais, conhecimento, identidade, personalidade... E para isso os professores dão oportunidade para a criança agir, atuar, pensar, manipular, testar, conversar, opinar, trocar ideias. A relação de aprendizagem torna-se mais participativa e agradável, logo, assimilada com mais facilidade, porque acontece de forma tranquila e respeitosa. A base das relações de uma escola construtivista é o respeito. Se pensarmos que a palavra respeito significa “atenção” ou “consideração”, ela também inclui cuidado e acolhimento. Em uma escola e, mais especificamente, em uma sala de aula, esse cuidado e essa acolhida devem ser constantes. É preciso que seu aluno reconheça seu valor próprio e os direitos dos outros. As rodinhas, também conhecidas como assembleias, são palco de várias relações de convivência respeitosa, onde há planejamento com o grupo, elaboração de projetos, construção de regras, resolução de conflitos, enfim, relações de respeito de forma justa e democrática. Sentir-se parte de um processo, perceber que sua opinião é importante, que seus colegas o consideram, que seu professor conduz a rotina de forma justa, ouvir, votar e negociar com todos, promove um ambiente de segurança para o aluno. Como incluir seu aluno em todas as atividades? Primeiramente, não o subestime pela idade, ele pode participar e opinar não só com palavras, mas com gestos, ações e olhares. Antes de toda atividade é importante fazer as rodinhas para o planejamento. Como vai ser? O que precisamos para a atividade? Reveja os combinados e, sempre que preciso, construa-os. As conversas são a maneira mais respeitosa de incluir seus alunos, por isso, se você consegue envolvê-los, você é um professor construtivista. Não se esqueça das crianças mais quietas e tímidas, solicite a opinião delas, mostre que elas são importantes. É hora de artes! Quem gosta de pintura? Que tal você me ajudar pegando o pote de tinta com sua cor preferida? Você
quer pintar com buchinha ou pincel? Dentre esses três livros, qual vocês querem que eu leia? Que tal estudarmos sobre esses animais curiosos? Quem pode me ajudar buscando mais lanche
Se pensarmos que a palavra respeito significa “atenção” ou “consideração”, ela também inclui cuidado e acolhimento. Em uma escola e, mais especificamente, em uma sala de aula, esse cuidado e essa acolhida devem ser constantes. na cozinha? Quem tem ideia de como podemos fazer esse passeio? Será que tem lugar para todos os coleguinhas? E se não couber? Essas perguntas demonstram que você precisa da opinião deles, que sem eles você não faria tão bem, que a construção consiste em amarrar ideias, testá-las e executá-las, mas com todos juntos. Assim, você consegue incluir seu aluno e ele sente que contribui, que pode fazer melhor, que ele é importante. Por isso, se você que não é professor da Escola Visconde de Sabugosa, mas é pai/mãe, tio(a), avô/avó, babá, patrão/ patroa, amigo(a), enfim, você que quer ter uma relação construtiva e respeitosa com os outros, inclua-os, dê voz a eles e ouça-os com respeito: esse é o primeiro ensinamento para que suas relações sejam produtivas, promissores e felizes!
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direito nosso
Por Marcos Tito
Advogado Pós-Graduado em Direito Público Sócio do escritório Marcos Tito Advogados Associados marcostito@marcostitoadvogados.com.br
Dos riscos, da análise ambiental e da necessidade das podas e cortes das árvores em Belo Horizonte É verão no Brasil. Sabemos que estamos passando por um período climático de grandes transformações devido ao aquecimento global já retratado por diversos ambientalistas, mesmo sendo ignorado por alguns representantes de grandes nações potentes economicamente. A cidade de Belo Horizonte, mais conhecida como “Cidade Jardim”, possui diversos tipos de árvores: podemos dar como exemplo a beleza dos ipês e quaresmeiras que decoram nossas ruas e avenidas. É sabido ainda que há várias árvores na nossa cidade que necessitam de podas, inclusive cortes, pois estão condenadas devido a sua alta periculosidade e diante dos danos e riscos de queda. Sabemos através de inúmeros cidadãos que por diversas vezes apostaram em comunicar formalmente um requerimento junto à Prefeitura Municipal através do telefone 156, porém não obtiveram sucesso. A Prefeitura Municipal disponibiliza o contato para o cidadão (156) e ainda por solicitação através do site no Portal de Informações e Serviços do Meio Ambiente. A lei municipal nº 8327/02 de 7 de fevereiro de 2002, dispõe sobre o plantio, extração, poda, substituição de árvores e dá outras providências. Ocorre que a periculosidade da queda de árvores na cidade de Belo Horizonte é real e constante e a omissão dos órgãos públicos é eminente na nossa cidade, não atendendo aos anseios da sociedade e ainda os males e danos que possam vir a causar com vítimas fatais, o que já aconteceu. Na cidade de Belo Horizonte, no verão do ano de 2011, mais precisamente no dia 12 de janeiro, uma mulher de aproximadamente 45 anos morreu após ser atingida por uma árvore de grande porte no Parque Municipal Américo Renê Giannetti. Foi constatado que a raiz da árvore estava sendo consumida por cupins, o que afetou a estrutura da mesma. É de se pasmar que uma cidadã, que conforme informado pelo Corpo de Bombeiros, fazia caminhada no Parque Municipal faleceu por volta das 8h30 da manhã, no momento em que foi atingida pela referida árvore totalmente condenada. Em outubro do ano de 2017, um taxista morreu depois que uma palmeira desabou sobre o carro dele, no centro da cidade de Belo Horizonte. No mesmo dia, uma árvore caiu na Praça Sete de Setembro, um dos pontos mais movimentados de Belo Horizonte. Após colher informações junto à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o tempo médio para uma resposta de solicitação de poda e corte de árvores com possibilidade de queda é de 60 (sessenta) dias, o que ainda pode ser prorrogado. No corrente ano de 2018, aproximadamente sete anos após o óbito
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daquela senhora que caminhava pelo Parque Municipal, existem ainda milhares de árvores condenadas com a possibilidade de causar inúmeras tragédias, o que facilmente observamos através de uma simples caminhada pela cidade. É sabido que no mundo atual devemos preservar a natureza e ainda todas as melhorias para a população através de vários estudos no âmbito do desenvolvimento sustentável. Porém, é importante ressalvar que a poda e corte de árvores tem sido alvo de críticas de muitos órgãos governamentais, pela informalidade e insegurança com que agem os cidadãos, que é realizado indiscriminadamente, clandestinamente e nem sequer têm conhecimento da legislação pertinente.
(...) a Prefeitura Municipal, antes de proibir e protelar o corte e a poda de árvores realizadas sob a forma legal, deverá resguardar o direito de ir e vir aos cidadãos (...) para que não ocorram mais óbitos banais diante da morosidade de uma simples análise, resguardando o bem estar e a vida dos transeuntes. Neste sentido, é importante que os órgãos governamentais, na esfera do Poder Executivo Municipal (no caso a PBH) realizem uma campanha de conscientização à população dos riscos de cortes e podas de árvores realizadas de forma indiscriminada e sem capacitação profissional. Porém, é importante ainda ressaltar que a Prefeitura Municipal, antes de proibir e protelar o corte e a poda de árvores realizadas sob a forma legal, deverá resguardar o direito de ir e vir aos cidadãos elencado pela Constituição Federal de 1988 para que não ocorram mais óbitos banais diante da morosidade de uma simples análise, resguardando o bem estar e a vida dos transeuntes.
cultura
cinema
Lara Croft está de volta em Tomb Raider - A Origem, que estreia em março nos cinemas. Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa. Quando: 1º de março, nos cinemas.
show show
O ano está apenas começando. Mas, em março, o Palácio das Artes será palco de grandes nomes da MPB. O público mineiro receberá a comemoração dos 50 anos de carreira de Toquinho e MPB4. Com tantos anos de sucesso, Toquinho e MPB4 prometem surpresas e histórias no show. O cantor e compositor Toquinho já gravou cerca de 80 discos e já o MPB4 é um importante grupo vocal e instrumental brasileiro. Onde: Palácio das Artes. Quando: 9 de março, sexta-feira, às 21h. Quanto: A partir de R$ 95,00 (meia entrada) Mais informações: (31) 3236-7400.
Ele está de volta! Nando Reis chega a BH com sua turnê Jardim Pomar no dia 3 de março. O showzaço será no Km de Vantagens Hall, e começa a partir das 22h. O show terá músicas do novo CD, como “Só Posso Dizer”, “Azul de Presunto”, “Pra Onde Foi”e “Inimitável”. Além dessas canções, o repertório de Nando Reis também inclui grandes sucessos de sua carreira, como “Os Cegos do Castelo”, “Sou Dela”, “All Star”, “O Segundo Sol”,
“Relicário” e “Marvin”. Onde e quando: KM de Vantagens Hall, dia 3 de março, às 22h. Quanto: A partir de R$ 60,00 (meia entrada). Mais informações: www.ticketsforfun.com.br.
festival
Neste mês acontece em BH o 7º Festival do Japão em Minas, o maior evento de cultura japonesa no Estado. Serão três dias - 23 a 25 de fevereiro - de muitas atrações culturais, oficinas, concursos e a tradicional culinária japonesa. Com uma verdadeira imersão à cultura nipônica, esta edição contará com muitas novidades e atividades interativas. Onde e quando: De 23 a 25 de fevereiro, no Expominas (Dia 23, sexta-feira, das 14h às 22h, dia 24, sábado, das 10h às 22h, dia 25, domingo, das 10h às 19h). Quanto: R$ 16,00 (inteira) R$ 8,00 (meia). Ingressos à venda na bilheteria do evento.
serpentário
Durante todo o ano, o Serpentário do Serviço de Animais Peçonhentos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) está aberto para visitação pública. Localizada em uma área de fácil acesso no bairro Gameleira, a Funed oferece um passeio interessante para crianças e adultos que querem ver de perto o Serpentário. Lá há limite de entrada de cinco pessoas. Acima disso, a Funed recomenda o agendamento prévio para que a visitação possa ser confortável e proveitosa. Onde: Rua Conde Pereira Carneiro, 80, Gameleira Quanto: Gratuito. Mais informações: (31) 3314-4760.
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na sua mesa
Bolo pra te que quero
Receitas de bolos deliciosos nunca são demais. No café da manhã, da tarde ou para celebrar qualquer coisa, sempre descobrimos novos segredos dessas delícias queridinhas de todo mundo!
bolo de batata doce Ingredientes: • 3 batatas doces cozidas • 3 ovos • 1 e ½ de xícara (chá) de açúcar • 1 colher (sopa) de fermento químico • 3 colheres de manteiga • 5 colheres de coco ralado (opcional) • 2 xícaras de farinha de trigo • 1 e ½ de xícara (chá) de leite morno modo de preparo: Cozinhe a batata, amasse e reserve. No liquidificador ou batedeira coloque os ovos e o açúcar, bata e adicione a manteiga, as batatas doces cozidas, a farinha de trigo e o leite. Bata novamente, despeje numa vasilha, adicione o coco e, por último, o fermento. Asse em uma fôrma com furo central, untada e enfarinhada (a massa cresce bastante o ideal é colocar numa forma grande) por aproximadamente 40 minutos, a 180º. Vale experimentar!
bolo mármore de cenoura Ingredientes: Bolo • 2 cenouras grandes • 4 ovos • 1 e ½ de xícara (chá) de açúcar • 1 xícara (chá) de óleo • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de fermento em pó • ½ de xícara (chá) de chocolate em pó • 1 pitada de bicarbonato de sódio • manteiga e farinha de trigo para untar a fôrma Cobertura • 200 g de chocolate meio amargo • 1 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro • 4 colheres (sopa) de água filtrada modo de preparo: Preaqueça o forno a 180 ºC. Unte com manteiga uma fôrma média para bolo de sua preferência. Lave, descasque e passe as cenouras pela parte grossa do ralador. Junte a cenoura ralada, o açúcar, o óleo e os ovos e bata bem no liquidificador. Transfira a mistura líquida para uma tigela e acrescente a farinha, aos poucos, passando pela peneira. Por último, misture o fermento. Em outra tigela menor, separe 1/3 da massa de bolo. Acrescente o chocolate em pó e o bicarbonato e misture bem com o batedor de arame – é essa massa de chocolate que vai deixar o bolo marmorizado. Para o bolo ficar marmorizado: transfira metade da massa de cenoura para a fôrma; com uma colher, distribua porções da massa de chocolate e cubra com o restante da massa de cenoura. Passe uma faca por toda a massa, fazendo o movimento de ziguezague para mesclar. Para a cobertura, derreta o cholocate em banho-maria. Junte o açúcar e mexa bem até ficar liso. Acrescente a água aos poucos, mexendo a cada adição. Com uma concha, espalhe a cobertura sobre o bolo e deixe esfriar antes de servir – a cobertura fica com uma casquinha na superfície e macia por dentro. É maravilhoso!
bolo delícia de banana com gotas de chocolate Ingredientes: • 7 bananas nanicas maduras • 2 xícaras de farinha de rosca • ½ xícara de óleo • 3 ovos • 1 xícara de açúcar refinado • 1 xícara de açúcar mascavo • ½ colher de sopa de fermento • 1 punhado de gotas de chocolate • Açúcar e canela para polvilhar modo de preparo: Bata no liquidificador as bananas, os ovos e o óleo. Coloque numa tigela. Acrescente a farinha, os açúcares e o fermento e mexa bem. Coloque as gotas de chocolate (podem ser também pedacinhos picados de cholocate meio-amargo ou ao leite, como preferir). Despeje em forma untada, salpique canela e açúcar sobre a massa. Asse em forno médio (+ ou – 180°) préaquecido por aproximadamente 30 minutos.
bolo de café delícia Ingredientes: Massa • 1 xícara de margarina derretida • 3 xícaras de açúcar • 1 xícara de chocolate em pó • 2 xícaras de café pronto • 4 xícaras de farinha de trigo • 1 colher de sopa rasa de fermento em pó • 4 ovos (separados gemas e claras) Cobertura • 2 colheres de sopa de margarina • 1 lata de leite condensado • 1 gema peneirada • 5 colheres de sopa de café pronto • 4 colheres de sopa de chocolate em pó modo de preparo: Bata as gemas, a margarina e o açúcar até formar um creme claro. Adicione o chocolate em pó e o café, acrescente a farinha de trigo e o fermento em pó. Bata bem. Por último, acrescente as claras em neve e misture delicadamente. Leve ao forno (180º) para assar em fôrma untada por 30 minutos. Para a cobertura, em uma panela coloque a margarina, o leite condensado, a gema peneirada, o chocolate em pó e o café. Leve ao fogo sem parar de mexer e deixe cozinhar até ficar cremoso, despeje o creme ainda quente em cima do bolo. Sirva em temperatura ambiente ou gelado.
bolo de paçoca e doce de leite Ingredientes: Massa • 3 ovos • 1/2 xícara de óleo • 1 xícara de leite • 1 e 1/2 xícaras de açúcar • 1 xícara de paçoca • 2 xícaras de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de fermento Cobertura • 1 lata de leite condensado • 200 g de doce de leite • 1 colher (sopa) rasa de manteiga • 2 paçocas esfareladas modo de preparo: Bata tudo no liquidificador. Coloque em fôrma untada com óleo ou manteiga e enfarinhada. Asse em forno médio (180º), pré-aquecido, por cerca de 40 minutos. Para a cobertura, leve os ingredientes ao fogo baixo, mexendo sem parar, até atingir o ponto de brigadeiro mole. Coloque sobre o bolo quando estiver frio e adicione 3 paçocas esfareladas por cima. Uma delícia!
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boas compras
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Hora de dormir
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anchieta em casa โ ข fevereiro/marรงo DE 2018